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Page 1: Aaa

objetivo visado, foi mudando e ganhando novas formas a

idéia da obra final. Rosdolsky rastreou na documentação marxiana,

entre 1857 e 1868, nada menos que catorze esboços e notas de planos

dessa obra. De acordo com o plano inicial deveria constar de seis livros,

dedicados aos seguintes temas: 1) O Capital; 2) A Propriedade Territorial;

3) O Trabalho Assalariado; 4) O Estado; 5) O Comércio Internacional;

6) O Mercado Mundial e as Crises. À parte, um livro especial

faria a história das doutrinas econômicas, dando ao estudo da realidade

empírica o acompanhamento de suas expressões teóricas.

A deflagração de nova crise econômica em 1857 levou Marx a

apressar-se em pôr no papel o resultado de suas investigações, motivado

pela expectativa de que nova onda revolucionária voltaria a agitar a

Europa e exigiria dele todo o tempo disponível. Da sofreguidão nesse

empenho resultou não mais do que um rascunho, com imprecisões e

lapsos de redação. Fruto de um trabalho realizado entre outubro de

1857 e março de 1858, o manuscrito só teve publicação na União Soviética,

entre 1939 e 1941. Recebeu o título de Esboços dos Fundamentos

da Crítica da Economia Política, porém ficou mais conhecido pela palavra

alemã Grundrisse (Esboços dos Fundamentos). Vindos à luz já

sob o fogo da Segunda Guerra Mundial, os Grundrisse não despertaram

atenção. Somente nos anos sessenta suscitaram estudos e comentários,

destacando-se, neste particular, o trabalho pioneiro de Rosdolsky.

Embora se trate de um rascunho, os Grundrisse possuem extraordinária

relevância, pelas idéias que, no todo ou em parte, só nele ficaram

registradas e, sobretudo, pelas informações de natureza metodológica.

Uma dessas idéias é a de que o desenvolvimento das forças produtivas

pelo modo de produção capitalista chegaria a um ponto em

que a contribuição do trabalho vivo se tornaria insignificante em comparação

com a dos meios de produção, de tal maneira que perderia

qualquer propósito aplicar a lei do valor como critério de produtividade

do trabalho e de distribuição do produto social. Ora, sem lei do valor,

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carece de sentido a própria valorização do capital. Assim, o capitalismo