a voz do seixo nº98

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BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO POPULAR DE MORADORES DO SEIXO N.º Mar 98 2012 Mostra-me o teu Seixo “Mostra-me o teu Seixo” foi o nome que escolhemos para o Concurso de Fotografia que planeámos para o ano de 2011. Estava planificado para meados do ano, mas tivemos de o ir adiando para mais tarde, e concre- tizou-se apenas no fim de 2011. O resultado desse con- curso foi primeiramente mostrado numa exposição que teve lugar na Junta de Freguesia de S. Mamede Infesta, que gentilmente nos cedeu a Galeria Arménio Losa para aí expormos os trabalhos concorrentes. Na inauguração contamos com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, com o Presidente da Junta de Freguesia de S. Mamede Infesta, com o Presidente da Assembleia de Freguesia de S. Mamede Infesta, com o Presidente da Federação das Colectividades do Distrito do Porto e com um representante da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio e Associação das Colectividades do Concelho de Matosinhos. Foi uma inauguração ainda animada pela actuação do Rancho Folclórico do Padrão da Légua o que em muito a enriqueceu e inaugurou. De salientar que todos os oradores enalteceram a qualidade das fotografias. Reunido o júri, este decidiu atribuir, na categoria a cores os 2 primeiros lugares a fotografias do Sr. Andriy Pavlychenko , tendo ficado o Sr. Joaquim Macedo em 3º lugar. Na categoria a preto e branco o Sr. Andriy Pavlychenko fez o pleno, ganhando todos os prémios. No dia 16 de Janeiro, na Sessão Solene do nosso aniversário, teve então lugar a entrega dos prémios aos participantes. Posteriormente, de 1 a 10 de Fevereiro, foi a vez de a exposição ter estado patente na nossa Sede Social. Podemos dizer que a qualidade das fotografias merecia muitos mais visitantes, mas só perdeu que não a visitou. No entanto as fotos ainda podem ser vistas no nosso Blog, num filme muito interessante. Aspirávamos a mais participantes e a mais fotografias; mas, para primeira vez, ficamos satisfeitos e espera- mos ainda este ano, ou no próximo, embarcar noutra aventura semelhante. A finalizar, um agradecimento especial aos fotógrafos concorrentes e a todos quantos nos apoiaram nesta iniciativa, nomeadamente à Junta de Freguesia de S. Mamede Infesta, ao Rancho Folclórico do Padrão da Légua, ao Rancho Típico de S. Mamede Infesta e ao Observatório da Cidade. O Presidente da Direcção

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A Voz do Seixo nº98

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Page 1: A Voz do Seixo nº98

BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO POPULAR DE MORADORES DO SEIXO

N.º

Mar

98 2012

Mostra-me o teu Seixo

“Mostra-me o teu Seixo” foi o nome que escolhemos para o Concurso de Fotografia que planeámos para o ano de 2011. Estava planificado para meados do ano, mas tivemos de o ir adiando para mais tarde, e concre-tizou-se apenas no fim de 2011. O resultado desse con-curso foi primeiramente mostrado numa exposição que teve lugar na Junta de Freguesia de S. Mamede Infesta, que gentilmente nos cedeu a Galeria Arménio Losa para aí expormos os trabalhos concorrentes. Na inauguração contamos com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, com o Presidente da Junta de Freguesia de S. Mamede Infesta, com o Presidente da Assembleia de Freguesia de S. Mamede Infesta, com o Presidente da Federação das Colectividades do Distrito do Porto e com um representante da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio e Associação das Colectividades do Concelho de Matosinhos. Foi uma inauguração ainda animada pela

actuação do Rancho Folclórico do Padrão da Légua o que em muito a enriqueceu e inaugurou. De salientar que todos os oradores enalteceram a qualidade das fotografias. Reunido o júri, este decidiu atribuir, na categoria a cores os 2 primeiros lugares a fotografias do Sr. Andriy Pavlychenko , tendo ficado o Sr. Joaquim Macedo em 3º lugar. Na categoria a preto e branco o Sr. Andriy Pavlychenko fez o pleno, ganhando todos os prémios. No dia 16 de Janeiro, na Sessão Solene do nosso aniversário, teve então lugar a entrega dos prémios aos participantes. Posteriormente, de 1 a 10 de Fevereiro, foi a vez de a exposição ter estado patente na nossa Sede Social. Podemos dizer que a qualidade das fotografias merecia muitos mais visitantes, mas só perdeu que não a visitou. No entanto as fotos ainda podem ser vistas no nosso Blog, num filme muito interessante. Aspirávamos a mais participantes e a mais fotografias; mas, para primeira vez, ficamos satisfeitos e espera-mos ainda este ano, ou no próximo, embarcar noutra aventura semelhante. A finalizar, um agradecimento especial aos fotógrafos concorrentes e a todos quantos nos apoiaram nesta iniciativa, nomeadamente à Junta de Freguesia de S. Mamede Infesta, ao Rancho Folclórico do Padrão da Légua, ao Rancho Típico de S. Mamede Infesta e ao Observatório da Cidade.

O Presidente da Direcção

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Editorial

“A vida é o dia de hoje, A vida é ai que mal soa A vida é sombra que foge, A vida é nuvem que voa…” dizia o grande poeta João de Deus. Mas, como sabemos, os poeta vivem, a maior parte das vezes, desfasados da realidade quotidiana, aparentemente longe das agruras do dia a dia, mesmo quando nelas mergu-lhados, e sofrendo as suas consequências – doen-ça, fome, frio, ausências, dificuldades de toda a ordem. Poderíamos pensar que elas lhes passam ao lado, sem os tocar. Mas sabemos que não é assim, que nenhuma agrura lhes é poupada – pelo contrário, dada a sua exacerbada sensibilidade, senti-las-ão mais profundamente que o comum dos mortais, mais atentos, as realidades mais visí-veis e superficiais, menos voltados para o íntimo de si próprios e dos que os rodeiam. A vida não foi fácil parta o autor deste poema, mas ele não lhe fugiu. Dificuldades financeiras durante o curso, em Coimbra, mas também depois, já integrado no mundo do trabalho, levaram esse algarvio a peregrinar por Évora e Beja, aceitando qualquer trabalho que lhe apare-cesse – desde trabalhos de costura (!) a encomen-das de versos, até ser eleito deputado, o que o levou a mudar-se para Lisboa. Contudo dedicou-se mais à educação do que à vida parlamentar. Felizmente… porque foi a sua Cartilha Maternal que foi usada amplamente, e durante muito tempo, para ensinar ás crianças as primeiras letras. Apesar de todas as agruras e dificuldades, não fugiu aos trabalhos que lhe foram aparecendo, nem às polémicas e críticas de que também foi alvo. O que, normalmente, não transparece na sua obra, em linguagem simples, acessível, poética. Quer dizer, as dificuldades, os obstáculos, não o impediram de seguir o seu rumo e atingir objecti-vos com que talvez nem tivesse sonhado. Usando,

por vezes, de imagens inspiradas na Bíblia, a sua linguagem poética apresenta-se-nos como mais moderna e actual que a dos seus contemporâneos. E o poema, cujos versos iniciam este Editorial, é considerado a obra prima do autor… As dificuldades estão em toda a parte, em todos os tempos. O que é preciso é não as negarmos nem nos deixarmos abater por elas – antes procurar os meios adequados para as ultrapassar. E o primeiro é… trabalho. Não ter medo do traba-lho (nem dos trabalhos que nos vão aparecendo) mas encará-lo como algo que tem de ser feito; e aos trabalhos… ultrapassá-los. Alguém disse que a vida é fácil? Penso que nunca o foi. Em tempo algum. Em lugar nenhum. Talvez haja períodos menos difíceis, e o nosso olhar seja tentado a fixar-se neles. Mas a facilidade é sempre mais aparente que real. A facilidade (aparente) é algo a que só se chega com muito trabalho. Que é o que nós, na nossa Associação, sempre praticá-mos. Não há patrões e trabalhadores – todos trabalham. E por isso também, ao longo dos anos, muitos entraram a saíram. E só ficavam – e ficam – aqueles que não têm medo do trabalho e o atacam de frente. Nos tempos difíceis que atravessamos (mas que não são novos – talvez andássemos, apenas, distraídos, e não tivéssemos dado atenção ás nuvens que se iam acumulando no horizonte, até desabarem sobre nós) temos de recorrer a todas as forças, usar do “engenho e arte”, em que os portugueses são peritos. Só assim conseguiremos sobreviver, ultrapassando a crise que todos sentimos, não a deixando entrar em nós, para podermos sentir não só que “a vida é o dia de hoje” mas, ainda, preparar os dias que vêm depois do de hoje. Possibilitar um futuro melhor que o presente que atravessamos. Ele virá, se todos contribuirmos para ele.

Maria Elsa Aguiar

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Carnaval 2012

Teve lugar, no passado dia 21 de Fevereiro mais

um Cortejo de Carnaval da nossa Cidade.

Um dia em que S. Pedro ajudou, pois nem estava

calor nem muito frio; e com céu aberto e sem

chuva, muitos foram, mais uma vez, os foliões,

mesmo sem tolerância de ponto…

Como tema, este ano escolhemos um arraial, a

que demos o nome de “Festas do Seixo”.

E escolhemos uma festa pois, nos dias que correm,

as festas populares tendem cada vez mais a desa-

parecer: a burocracia é tanta, as exigências mais

que muitas... só o pensar em festa já é mesmo

uma alegria. Até a nossa foi cancelada devido à

falta de Santo…

Mas a alegria, os comes, e até os bebes não

faltaram.

Tínhamos preparada mais animação por parte dos

nossos foliões, mas o falecimento de um familiar

do nosso vice-presidente levou a que tivéssemos

uma participação mais discreta - e até equaciona-

mos a não participação, mas o nosso dirigente não

concordou que o seu luto pessoal afectasse a

prestação da Colectividade.

Quanto ao desfile em si, estamos sempre limitados

para o seu visionamento, mas mesmo com todas

as dificuldades mostrámos todos, mais uma vez

que, quando queremos, conseguimos fazer.

Parabéns a todos.

Pedro Ribeiro

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Comemorações 36º Aniversário Mais um ano, mais um aniversário da nossa prestigiada Associação. Este ano com um programa que começou com a exposição de fotografia intitula-da “Mostra-me o teu Seixo”, na Junta de Freguesia de São Mamede Infesta. Tivemos a honra de a Junta de Freguesia se associar a esta festa, abrindo-nos as suas portas.

Na inauguração da exposição tivemos a presença do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos Dr. Guilherme Pinto, do Presidente da Junta de Freguesia de São Mamede de Infesta Sr. Moutinho Mendes, do Presidente da Assembleia de Freguesia, Sr. Pinto da Rocha, do Presidente da Federação das Colectividades do distrito do Porto, Sr. Domingos Martins e o representante da

Associação das Colectividades de Matosinhos, Sr. Juvenal Ribeiro, colectividades amigas, amigos e associados. A inauguração foi enriquecida com actuação do Rancho Folclórico do Padrão da Légua, abrindo, de forma brilhante e animada, a Exposição de Fotografia - actividade inserida na comemoração do

36 aniversário desta nossa Associação Popular Moradores do Seixo. A final deste aniversário foi precisamente no dia 16 de Janeiro, com a participação dos Rancho Típico de São Mamede Infesta, que já há uns anos nos felicita, com o seu grupo de Janeiras. Animou os presentes que batiam o pé ao som da música que tão bem era interpretada, mostrando que a música é sem dúvida símbolo de festa e animação. Depois veio como não poderia deixar de acontecer a série de discursos da praxe, que foi iniciada pelo Presidente da Direcção, Pedro Ribeiro, da qual retiro algumas passagens que devem ser referidas com mais afinco. Começou por agradecer a todos a presença. Fazendo uma retrospectiva da história da Associação, referiu que nem todos os projectos tiveram o desfecho que deviam ter. “Que estes 35 anos não foram fáceis, que em muitos momentos foi até bem difícil, mas sempre a perseverança, o querer e a muita boa vontade ajudaram a derrubar as muitas barreiras que iam surgindo, e só assim se conseguiu chegar até aqui.”

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Deu também um toque na crise, austeridade e sacrifícios de que tanto se fala, já são palavras conhecidas no seio da Associação. Sempre assim foi e sempre será, apertando o cinto, gastando só o necessário, arranjando maneiras, para não fazer loucuras. Destaco também o ponto em que diz: “Em 1976, quando foi fundada a Associação, viviam-se tempos de união, de envolvência em trabalhos comuns, todos lutavam por um único objectivo. Nos dias de hoje essa união desvaneceu-se, não só no Seixo, mas na sociedade em geral, vivemos numa sociedade cada vez mais egoísta, cada um a puxar para si e a lutar para si. É isso mesmo que nós teremos de contrariar. Em associativismo vive-se sobretudo para os outros, criam-se actividades não para nós, mas para os outros, trabalha-se para os outros e é isso que continuaremos a fazer, continuaremos a trabalhar para a nossa zona, para o nosso Seixo, pugnaremos, lutaremos e batalharemos para que ele melhore. “ Se há 36 anos não havia condições de habitabilida-de, hoje elas existem, mas ainda há algumas debilidades. Se, nessa altura, os esgotos corriam pelas valetas, hoje ainda existem casas sem saneamento; Se havia ruas esburacadas e sem iluminação, hoje estamos melhor, com ruas onde se pode circular, passeios largos (mas, em muitos

sítios faltam passadeiras para se poder atraves-sar); onde dantes abundavam pessoas, hoje subsistem ilhas desabitadas a degradarem-se, sen-do algumas verdadeiros locais propícios para maus vícios.” A finalizar quis agradecer, em primeiro lugar à Junta de Freguesia de S. Mamede Infesta, na pessoa do seu Presidente, por ter cedido o espaço da Junta para poder realizar a Exposição e a Sessão Solene; depois agradeceu aos fotógrafos que aceitaram o convite e que participaram; agra-deceu também, quer ao Rancho Folclórico do Padrão da Légua, quer ao Rancho Típico de S. Mamede de Infesta que nos ajudaram a abrilhantar quer a inauguração da Exposição, quer a Sessão Solene; depois a todas as colectividades que connosco quiseram partilhar o dia de festa, um momento especial. Agradeceu em especial ao Observatório da Cidade, pelo apoio no concurso de fotografia; finalizou referindo e lembrando dois directores, que não estiveram presentes, mas que muito gostaríamos de ter no meio de nós, o José Paiva, que nos deixou no início de Dezembro e o Artur Carvalho, nosso Presidente da Assembleia Geral, que se encontra com um problema de saú-de; aos associados, e em especial ao Vítor Castro que completou 25 anos de associado, a todos os amigos. Manuel Almeida, Presidente da Associação das Colectividades de Matosinhos, felicitou a

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Associação por mais um aniversário, colocando a organização por ele Presidida à disposição da APMS. Domingos Martins, Presidente da Federação das Colectividades do Distrito do Porto, disse que mais uma vez ficou com a certeza que é uma colectivida-de organizada, que tem o movimento Associativo no sangue. “ Habituei-me a sentir a alegria, o amor, o sacrifício que colocam em cada actividade. Falou também da crise, mas da crise Associativa. Referiu o pouco apoio das entidades oficiais, dizendo que só é possível o sobrevivência do Associativismo e das Colectividades graças a muito trabalho dos dirigen-tes carolas, que sacrificam a família, o trabalho e o seu lazer. O Presidente da Assembleia de Freguesia, Sr. Pinto da Rocha, começou dizendo que conhece o espírito da Associação desde o primeiro momento. “Vi esta colectividade a nascer do fumo da revolução. Havia necessidades, desde habitação, saneamento, entre outras. A Associação Popular dos Moradores do Seixo propôs-se ajudar a ultrapassar as necessida-des da sua população.” Lembrou Manuel Ribeiro, que liderava com afinco e dedicação a direcção da Associação, naqueles tempos difíceis. Para finalizar, o Presidente da Junta de Freguesia da Cidade de São Mamede de Infesta recordou que a Associação, em curto espaço de tempo, organizou dois eventos: a exposição de fotografia com grande qualidade, e a sessão solene. Disse também que “tenho uma grande admiração e até uma enorme

empatia, por esta colectividade. Uma colectividade que está sempre pronta arregaçar as mangas, estender a mão e dinamizar a sua querida zona do Seixo.” Foram entregues, intervalando as intervenções, os prémios referentes aos vencedores e demais partici-pantes do concurso de fotografia, “ Mostra-nos o teu Seixo” e a entrega de uma lembrança ao Associado Vitor Castro pela sua fidelidade à Associação Popular dos Moradores do Seixo, terminando a sessão solene cantando todos os parabéns e apagando as 36 velas. Ficando a vontade de seguir em frente. Até às 37 velas. Para já...

Hugo Ribeiro

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Eles são uns verdadeiros Tróingos… Tive um dia destes um pesa-delo com os Tróingos, ogres cor de rosa, laranja, verme-lhos, azuis e váriopinta, que pululam na polí-tica, de cutelo e maça em riste para abater ideias!

A sua primeira arma é a mentira! A Troika NÃO EXIGE A REDUÇÃO DE FREGUESIAS…apenas a redução do gasto público, ou seja, que os Tróingos não gastem tanto em mordomias e compa-drios, em Institutos Públicos e PPP’s (Parcerias Públicas e Privadas) em nomeações de familiares e na demais bandalheira destes 37 anos de Mediocracia !

Mas os Tróingos acharam mais inteligente cortar os gastos das freguesias que reduzir os custos das suas próprias tróinguices!

Posso demonstrar que o encerramento das freguesias não traz qualquer poupança nos gastos públicos e que o próprio impacto do encerramento com os gastos admi-nistrativos nem em dez anos estará amortizado!

Mas o que NUNCA deixará de ter um impacto nas populações é que, sem apelo nem agravo, se perderá aquilo de que os autarcas de base (das freguesias) são os únicos garantes: a proximidade com as populações!

As macro-freguesias, (por exemplo, no Concelho de Matosinhos ficarão apenas quatro) e que passarão a ser Câmaras de 2ª, como assegurarão essa proximidade??? Já hoje nos queixamos da dificuldade de acesso ao poder municipal… pois preparemo-nos para que o contacto, até agora fácil, com a freguesia, seja quase tão difícil como com a Câmara!

Pergunto eu ao Meu Seixo de adopção: - Porque existem vozes a favor de uma Freguesia do Padrão da Légua ??? Por mera vaidade de uma freguesia mais??? Não! As vozes levantam-se pelo direito a ser atendi-das… atendidas pelas 4 juntas em que está dividido e por um Município que, queiramos ou não, está sempre mais distante do que desejaríamos!

Pois bem, Padrão… agora acabaram-se as vozes!

A golpes de cutelo e maça, os Tróingos estão-se manifestamente a borrifar para o Padrão, para o Seixo, e para os quase 10 milhões de Portugueses que sistematicamente insultam! Sabem lá eles se o padrão é no “cu de Judas” ou no de outro Santo qualquer! E tampouco querem saber!

Dou-vos um exemplo esclarecedor: - O Presidente António Mendes conhece toda, ou quase toda, a população de São Mamede, os seus problemas, o estado das casas, das ruas, dos bairros, das entida-des, das infra-estruturas, das colectividades de São Mamede de Infesta, enfim, a Cidade, como as suas mãos! Ninguém tem disso dúvidas! Ele é o Presidente “no terreno”, que calcorreia a sua freguesia a pé, quando se podia dar ao luxo (necessidade, diria mais..) de ter um motorista! - Que ocorrerá se São Mamede e Leça do Balio forem fundidas (porque mal pagas já elas estão…) ? Mais algum Presidente ou membro do Executivo, com os parcos recursos de que as Freguesias continuarão a usufruir, poderá manter esse conhecimento e essa proximidade???

Mas pior cego é o que não quer ver! E os Tróingos não querem ver! Tróingo que é tróingo encartado, faz política tróinga para Troinga-ver! O Povo??? O Povo aguenta e não bufa! (assim pensam eles!)

Amigos! É levantar o corpinho do sofá e sair à Rua, não a gritar, mas silenciosamente, como os lobos quando atacam, em acções que fiquem a chispar, preto no branco, aos olhos de todos! Vamos dar-lhes mil chatices e mil complicações? Que os Cidadãos vejam que, enquanto houver Portugueses como os do Seixo, os Tróingos não terão vida fácil!

Aguentar-me-ei à bronca, MAS ESTAREI NA LINHA DA FRENTE, porque sei que de São Mamede do Seixo a São Mamede de Moalde, de São Mamede a Perafita, de Lavra a Leça da Palmeira, da Senhora da Hora a Guifões, de Santa Cruz do Bispo a Leça do Balio e de Matosinhos a Custóias, todos se levantarão e em silêncio deixarão, preto no branco que - OS TRÓINGOS NÃO PASSARÃO! Victor Meirinho

Os Tróingos

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FICHA TÉNICA

a voz do seixo a voz do seixo Boletim informativo da Associação Popular de Moradores do Seixo

proprietário e editor proprietário e editor Associação Popular de Moradores do Seixo Rua Carlos Oliveira, 222 – Cave 4465-055 SÃO MAMEDE INFESTA E-mail: [email protected] Telefone e Fax 229521944 Blog: apmseixo.blogs.sapo.pt

NIPC 501 386 300

design e paginaçãodesign e paginação Pedro Ribeiro

distribuição distribuição gratuita

tiragemtiragem 300 exemplares

periodicidadeperiodicidade trimestral

apoioapoio Junta de Freguesia de S. Mamede Infesta

Os meus reparos

Aqui estou novamente a escrever alguns “reparos” sobre a nossa Zona. Desta vez não vou falar sobre as passadeiras, tema que já abordei por diversas vezes - mas que, até agora, ainda não foi resolvido - mas isso ficará talvez para uma próxima - espero bem que não! Hoje vou debruçar-me - também como já falei de outras vezes - sobre os terrenos envolventes à “nova” Escola EB 1 do Padrão da Légua. Uma escola nova, onde foram gastos algumas centenas de milhares de euros e cuja zona circundante talvez esteja ainda pior do que estava anteriormente. Parece que estou a ser um pouco pessimista, mas não. Basta passar pelo local e ver que, no que resta de um muro, as pedras estão constantemente a cair; os restos de um local em obras também por lá ainda estão, bem como as placas que identificavam a obra. Do lado oposto da escola, um terreno baldio, por onde até já existe um caminho para se passar. Posto isto eu pergunto: é esta a melhor envolvente de uma escola básica? Talvez não - mas se calhar a obra ainda nem está pronta (!) pois até nem as placas foram removidas.

Outro reparo prende-se com as obras de saneamento na Travessa Central do Seixo. De facto, já há muitos anos que eram necessárias. Depois de instalado o saneamento, foi necessária a colocação de um novo tapete de alcatrão (o que já não era sem tempo, depois de tantos remendos, ao longo dos anos). Creio que por razões técnicas o alcatrão não chega até às bermas, o que deveria pressupor que deveriam ser feitos passeios para os peões, mas… nada! Nem passeio, nem um trabalho bem acabado. Surpreendido fiquei, pois há uns anos atrás, quando a Rua Central do Seixo foi requalificada, quando questionámos o porquê de passeios tão largos em algumas partes da rua, locais onde poderia haver espaços de estacionamento, sempre disseram que os passeios teriam de ser assim devido às normas europeias. Pergunto: onde estão essas normas agora? Talvez seja da crise… No final de tudo, ainda volto a questionar: o que fazem os técnicos camarários para não se aperceberem destas situações? Seria bom que não tivéssemos de esperar por um ano de eleições para vermos estas situações resolvidas; ou então que a Troika nos deixe de vez, pois a justificação da austeridade e da falta de verbas não pode servir de desculpa para tudo…

Pedro Ribeiro