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    A sndrome de BrasliaNatlia Garcia - 29/02/2012 s 18:17

    Na semana passada eu pisei pela primeira vez em Braslia. No fui para ficar, estava depassagem. Cheguei de avio e segui at a rodoviria Plano Piloto. Como meu nius s!sairia seis horas depois, me lancei pela cidade com mpeto de rever essa grave falha"

    afinal estudo plane#amento h tr$s anos e nunca tinha visitado a %nica cidade plane#ada doBrasil.

    &entar sair caminhando da rodoviria para conhecer a esplanada me fez lemrar deimediato do livro 'ue inspirou o pro#eto Cidades para Pessoas, inclusive em seu nome.Cities for People foi escrito pelo plane#ador urano dinamar'u$s (an )ehl *a 'uem pediautoriza+o para usar o nome em portugu$s na dcada de - e um verdadeiro tratadosore como criar cidades melhores para se viver.

    Pois esse plane#ador l de Copenhague tem em seu livro um captulo 'ue se chama,#ustamente, /0 1ndrome de Braslia2. 3, tentando caminhar pela capital federal, senti napele o 'ue ele 'ueria dizer. 0ntes de me deru+ar sore o 'ue essa sndrome significa,preciso e4plicar um outro conceito 'ue ele apresenta no livro" o da escala humana.

    5o ponto de vista do plane#amento ou do crescimento das cidades, h tr$s escalas 'ueprecisam ser levadas em conta.

    1. A escala vista do cu

    6 a maior escala, 'ue pensa nos contornos, nos 'uarteir7es, nas fun+7es dos espa+os eno tr8nsito das pessoas *entenda9se a'ui tr8nsito como a forma de as pessoastransitarem, no estou necessariamente falando das filas interminveis de carros 'uecongestionam as cidades, mas contemplando todos os modais utilizados na locomo+ourana diria.

    http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/cidades-para-pessoas/2012/02/29/a-sindrome-de-brasilia/http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/cidades-para-pessoas/2012/02/29/a-sindrome-de-brasilia/
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    Braslia vista do cu2. A escala vista do alto

    6 uma escala um pouco menor, 'ue determina como 'uadras e segmentos da cidade vose desenvolver, como sero os critrios de constru+7es em cada regio e como os prdiossero organizados a partir de suas fun+7es. 3ssa a escala 'ue se veria de um vo dehelic!ptero, por e4emplo.

    Braslia vista do alto3. A escala hua!a

    6 #ustamente essa a escala mais negligenciada no plane#amento e desenvolvimento dascidades. 3scala humana a cidade vista da perspectiva dos olhos das pessoas, a forma

    como os haitantes ocupam e e4perienciam a cidade. Nessa escala, o 'ue importa noso as grandes avenidas e4pressas, os arranha9cus espetaculares, mas a 'ualidade das

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    paisagens 'ue ficam visveis para 'uem caminha e permanece pela cidade. 6 a escala dosdeslocamentos a : ;m escola do modernismo, 'ue despontou no

    come+o do sculo ?? com o ar'uiteto @e Corusieur e se consolidou em meados dos anos:. 3ssa escola valoriza em demasia os prdios e a fluidez da cidade e praticamente nocontempla a escala humana em seus pro#etos.

    6 muito comum ver fotos da dcada de A de prefeitos e profissionais contemplando umpro#eto de revitaliza+o ou o plano de uma nova cidade em uma ma'uete. 6 essa aperspectiva 'ue importa aos modernistas, a do cu. 0 l!gica do plane#amento urano nomodernismo mais ou menos assim" primeiro se pensa nos grandes contornos da cidade,depois nos prdios e, por fim, no 'ue estiver entre eles. uem ocupa e utiliza a cidadeest em %ltimo na lista de prioridades. 6 a escala maior, a vista do cu, 'ue norteia aadministra+o da cidade.

    oi essa a l!gica 'ue esteve presente na cria+o de Braslia, 'ue teve o pro#eto do

    ar'uiteto @%cio Costa concludo em D-:A e foi inaugurada em D-A. 0 sndrome deBraslia, significa nortear o plane#amento urano apenas a partir da maior escala. Eista docu, Braslia tem a forma de um avio.

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    Plano Piloto de Braslia, do arquiteto Lcio Costa0s asas sul e norte possuem con#untos haitacionais e servi+os e o ei4o central contm aesplanada, com prdios comerciais 'ue comportam as instala+7es dos gainetes polticos.No cruzamento dos ei4os est a rodoviria Plano Piloto. &odos os setores so interligadospor vias e4pressas e o carro um e'uipamento indispensvel para percorrer a cidade. 0partir dos olhos humanos, 'uando estamos inseridos dentro da ma'uete, Braslia pareceum enorme e entediante superfcie cheia de grandes prdios e avenidas e4pressas difceisde atravessar.3m seu livro Cities for People, (an )ehl diz 'ue, em Braslia, /os caminhos a serem

    percorridos na cidade so muito longos e pouco convidativos, as cal+adas so compridasdemais, percorrem caminhos em linhas retas e so desinteressantes.2

    Comprovei por e4peri$ncia pr!pria. 3 o resultado de uma cidade sem escala humana 'ue ela acaa no sendo nunca =CFP050 por seus moradores, s! P3GC=GGH50.

    ver este post comenteComentriosI-

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    Poderiam convidar algum 53 BG01J@H0 para escrever um te4to sore a cidade K afinal, socariocas 'ue escrevem sore o Gio, paulistas 'ue discorrem sore 1ampa, aianos sore1alvador, etc.D

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    prolema real" o plane#amento feito sem levar a escala humana em conta. 6 contra isso 'ue euescrevo, no contra a cidade de Braslia. Oe dei4a em feliz, alis, rasilienses defendendosua cidade.

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    1! precisamos conseguir formar e escolher governantes melhores. Por'ue, oa ou ruim, estacidade tem um potencial enorme para ser muito melhorU mas, est sendo corroda por nossodescaso poltico.

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    6 uma utopia, um ideal 'ue no cotidiano funciona para alguns poucos.Pra 'uem tem carro, pra 'uem tem vaga de garagem *item de coi+a e status, para 'uem convidado vip dos eventos culturais de emai4adas

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    : torre de &EV &ente ir do Sospital de ase > rodoviria =lhe para o estado dascal+adas *'uando as h, conte as fai4as de pedestre ui uma rasiliense sem carro por

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    'uase dois anos, morando em Yguas Claras *onde h metr e traalhando no centro dacidade, com duas pernas em perfeito estado de funcionamento, caso contrrio

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    IL

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    Ds, dopois a nossa pore cidade foiinvadida por araros 'ue vieram de outras regioes 'ue acaaram com a nossa cidadeQQ )entesem um minimo de 'ualifica+ao 'ue foram trazidas por um andido chamado (oa'uim Goriz'ue trou4e toda a poreza para a Capital dando vale gas, vale comida, e os tais /lotes2. 3ssepovo criou as /invasoes2 uma favelada horrivel 'ue Brasilia civilizada como deu agua e luzpara essa gente ao contrario de outros 3stados 'ue dei4am o povo na miseria.3sse monte de gente 'uerou o nosso sistema de hospitais, transporte e escolas 'uefuncionavam tao em e muitos deles sao marginais pregui+osos 'ue ficam rouando aspessoas 'ue #a moravam a'ui. So#e Brasilia nao mais plane#ada mas refem dessas favelase dessa gente 'ue invadiu Brasilia. 3 o pior 'ue eles pretendem tudo" a#uda para isso e paraa'uilo, coisa 'ue eles nem sonhavam nos proprios 3stadosQQ3u acho 'ue se esse povo voltassem para os 3stados deles fariam um favor para a gente maseles nao voltam, falam mal de Brasilia mas nao vao emoraQQ5esculpem a falta de acentos mas estou fora do Brasil e o teclado do meu computador nao feito para a lingua portuguesa,

    DR

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    I:

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    Baslia tem o maior ndice de C=N1FO= 53 C=C0JN0 do Brasilhttp"

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    unica e verdadeira e4posi+ao ali a do proprio museu, talvez o ego do seu criador, um grandeculto ao tumor de cancer isso no ma4imo. o ser humano em rasilia e um mero detalhe 'ueno foi possivel e4terminar, ou evitar, a nao ser os mais pores, os das satelites, por isso otomamento, para 'ue so ricos pudessem morar em rasilia. nasci e moro em rasilia a maisde I: anos.

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    0penas mais um comentrio"6 verdade 'ue em outras cidades a situa+o a mesma ou at pior. Oas o 'ue me entristece 'ue Braslia poderia *e podeQ ser muito diferenteQ

    I- da cidade. No ficouclaro se o o#etivo era ser uma foto de Braslia inteira

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    cidade monumentoesta+o primeira da pazBraslia flor do cerradorios, cachoeiras, iasei4os, ecos, sacisno mesmo retrato

    ..=lha a fotografiadigaBraslia

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    om dia pra mo+a da limpezaNo h, nem nunca houve governo decente. 6 um faroeste.Braslia podia ser outraQ Braslia podia ser nossa de Cariocas e Paulistas e )oianos eOineiros e Baianos e )a%chos e sim de Brasilienses com toda a ri'ueza de culturas 'ue somostornando essa cidade mais viva e humana2.1ou de 1o Paulo e estou indo para o 'uarto morando em Braslia, por maior 'ue fossem as

    minhas tentativas no consegui ter amigos, as pessoas 'uando muito te chamam de colegas,no se cria vnculos.1ei 'ue 1o Paulo no e e4emplo de cidade pois sofre com a viol$ncia, no entanto voc$ s! nofaz amigos se realmente no 'uiser.

    A das cidades tradicionais, a l sim voc$ v$ vida, v$ movimento, v$ intera+o. @ aspessoas so mais receptivas, mais clidas em seu comportamento. 3nfim, uma nega+o aoplane#amento e > cultura desenvolvida no Plano Piloto, e isso 'ue salva Braslia.

    DA

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    ar'uitetura modernista nas pessoas 'ue vieram para c foi mais 'ue compensado pelo agradocom a aus$ncia de elementos de poreza urana > poca *corti+os, favelas, moradores de rua,etc. Hsso, somado ao paisagismo 'ue cria os espa+os vazios verdes e torna tudo distante em!rido, o 'ue agrada pessoas de classes aastadas e faz com 'ue elas digam 'ue a'ualidade de vida a'ui melhor do 'ue em 'ual'uer outro lugar. 0final, #ustamente isso 'ueelas 'uerem" se segregar, se isolar. 3 esse carter dessa parte da cidade tudo o 'ue uma

    pessoa anti9social 'uer. 5a voc$ v$ a pai4o de algumas pessoas por isto, tipo essa senhora'ue disse 'ue se sente mais livre e independente a'ui do 'ue num lugar acolhedor e com vidacomo o Gio.Por fim, falou oagem o senhor 'ue disse 'ue isso recal'ue de uranistas europeus. 0lmdo supracitado antrop!logo *'uem melhor do 'ue um antrop!logo para se preocupar com acultura e com a cidade 'ue as pessoas 'uerem para siV, tem tamm (ane (acos, umasoci!loga americana, ativista poltica, 'ue escreveu um livro fantstico descendo a lenha naar'uitetura modernista e mostrando como as interven+7es desta em cidades americanas trou4edecad$ncia a elas.

    DA

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    maldade um governo 'ue desenha um dormit!rios h 'uase R ;m de Braslia, para serempercorridos por traalhadores todos os dias *por'ue sim --, ----M dos moradores do )ama,traalha ou estuda ou amos em Braslia. = )ama, pode haver 'uem discorde, alem depadarias e mercados passou muitos anos com um comrcio ine4pressivo, 'ue tem mudadomuito nos %ltimos D anos. Oas a maioria ainda vai ao plano, )uar para fazer compras.Cultura, lazer s! via#ando para o plano mesmoQ = 'ue vc h de convir encarece astante o

    passeioQ So#e enfretamos srios prolemas de tr8nsito, causados e somados ao deficiente epssimo *e caro sistema de transporte p%lico do 5 tornam a viagem da rotina diriacasativa, estressante e desmotivadora. 3nfim no entendo muito de modernidade, mas acho'ue metr no era algo to inovador 'ue no pudesse ter sido plane#ado #unto com a cidade'ue tem dist8ncias to longas. Na minha opinio esse um dos principais erros da cidade.0tualmente o 5 inteiro intransitvel a p, de nius e tamm de carro. Posso estar sendopessimista, mas acho 'ue as oras no vo melhorar essa situa+oQ Por 'ue na minha opinioo 5 feito para carro, tanto 'ue voc$ medido, conceituado e valorizado por ele e sem ele no5 impossvel viver, por'ue mesmo 'ue a dist8ncia no se#a to longa a falta de arvores ecal+adas e a viol$ncia dei4a at a caminhada at a padaria impossvel.BicicletaVQ 3ntre acidentes, assaltos e ausos *sim os educados moradorea do 5 norespeitam mulheres pedrestes e ciclistasandar de icicletas no 5 ainda um atentado a vidaQ

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    Bahia s! tem pregui+oso, 'ue em Oanaus s! tem ndio. )eneralizar o erro mais comum dosalienados, cuidado.

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    'uadras chamadas de , 'ue cortam o plano piloto de ponta a ponta, no plano originalseriam para frutas, flores, hortas. =u se#a, o mercado imoilirio e a m gesto p%licaatropelaram a utopia. elizmente, um dos ideais dele *dos poucos 'ue se concretizaram foi decolocar a altura m4ima dos prdios residenciais com at A andares para propiciar aos pais apossiilidade de chamar seus filhos pela #anela para suirem aos apartamentos. @eia o @%cioCosta e ande pelo meio da 0sa 1ul 'ue talvez ter a mesma percep+o" 6 in#usto culpar o

    plane#amento. = erro da escala humana ter falhas em Braslia veio na e4ecu+o, nacontinuidade desta hist!ria com a ditadura, corrup+o, crescimento da desigualdade social,etc..

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    3u amo minha cidade linda, limpa, segura e tran'uila. uem mora a'ui tem a vantagem deviver em um grande centro, mas sem o nus do stress, da viol$ncia, dos tr8nsitos ca!ticos e daai4a 'ualidade de vida. Braslia permite uma locomo+o espacial 'ue desconhe+o igual.Posso conviver diariamente com pessoas 'ue moram a dezenas de 'uilmetros de mim, sem'ue isso represente um grande tempo de deslocamento. 1! tenho a agradecer a @%cio Costa e=scar NiemeTer. No troco Braslia por lugar nenhum.

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    com a sua opinio, seus gostos e sempre com a op+o de mudar.S

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    uerer ser formador de opinio tratando de assunto 'ue se'uer conhece superficialmente *seishoras de passagem no mnimo leviano.

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    Para finalizar, ficam dois registros" D uem disse para ti 'ue Braslia a %nica cidadeplane#ada do BrasilV = 'ue e onde anda estudando plane#amento urano para falar tamanhaoagemV 3 o pior" com tamanha propriedadeQ I Com 'ual argumento afirma 'ue uma cidade/ocupada2 melhorV =nde a escala humana foi um caso de sucessoV 0t onde sei, cidades/ocupadas2 possuem milhares de transtornos e nem sempre conseguem ser /percorridas2Oas 'uem sou eu para opinar, nV 0penas uma #ornalista no9especializada em plane#amento

    urano 'ue mora em Braslia desde D--.

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    Brasilia muito humana. &o humana 'ue as pessoas de fora no entendem. No saem o'ue om, o 'ue realmente 'ualidade de vida.= transporte" no s! Brasilia 'ue est tomada por carros individuais. 6 o modelo detransporte 'ue o Brasil elegeu. 1e usssemos mais transporte coletivo, Brasilia tamm usaria.0s pessoas no saem o 'ue fazer com espa+o, com lierdade. 3stranho

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    pedestre fica perdido no meio do nada, totalmente es'uecido diante de avenidas enormes, etudo parece igual. mas h tamm caminhos em lindos, uc!licos, com rvores frutferas,pssaros, lugares gostosos de caminhar a p, e o 'ue era igual vai ficando diferente, osn%meros vo se humanizando. desde 'ue me mudei, em IW, ve#o e participo de muitosmovimentos para ocupar a cidade, dar vida a ela, acaar com a /lasezisse2 'ue tantocriticamos mas acaamos nos inserindo sem nem ver.

    ID