a relevÂncia do brinquedo cantado na educaÇÃo … · mesmo eu acreditava mais que as coisas...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A RELEVÂNCIA DO BRINQUEDO CANTADO NA EDUCAÇÃO FÍSICA
INFANTIL PARA CRIANÇAS DE 04 A 06 ANOS COMO AGENTE DO
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
Orientador
Profa. Ms. Fátima Alves
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A RELEVÂNCIA DO BRINQUEDO CANTADO NA EDUCAÇÃO FÍSICA
INFANTIL PARA CRIANÇAS DE 04 A 06 ANOS COMO AGENTE DO
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR.
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do grau
de especialista em Psicomotricidade.
Por: Diego Moreira Bento.
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AGRADECIMENTOS
....aos amigos, aos meus pais que sempre
acreditaram em mim, mesmo quando nem
mesmo eu acreditava mais que as coisas
fossem dar certo e aos meus professores
que durante meu curso de especialização,
me apoiaram, mesmo durante as
adversidades....
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DEDICATÓRIA
.....dedico este trabalho a minha mãe, por
sempre me dar forças em todos os
momentos, ao meu pai, por sempre estar
comigo não importando o preço que muitas
teve que pagar, aos meus avós que sempre
que necessário me ajudaram em meus
estudos.......
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RESUMO
É relatado neste, que o desenvolvimento psicomotor da criança tem que
ocorrer em diversas áreas desde o seu período sensório motor até o período de
formação motora, cognitiva e afetiva, ele ainda acrescenta que o desenvolvimento
infantil não ocorre de forma única mas continua e seqüencial durante o
desenvolvimento, o brinquedo cantado tem um papel muito importante na
formação da criança, pois por ser uma atividade lúdica e por ser o único brinquedo
que une o jogo ao canto visam estimular o aparelho motor da criança em
necessidade de se movimentar, educando o senso de ritmo, desenvolvendo a
acuidade auditiva , ativando o sistema neuromuscular, solicitando movimentos
mais amplos. Quanto ao lado cognitivo, esses brinquedos podem ser os geradores
no processo de desenvolvimento e construção de conhecimentos das crianças
partindo pelo interesse que tenham pelos temas contidos em suas letras, por ser
um brinquedo, ele envolve o contato com outras crianças e assim desenvolve o
afetivo. Os brinquedos cantados têm uma importância fundamental na formação
das habilidades motoras, por causa dos elementos expressivos das musicas, e na
cultura corporal. Em particular , as brincadeiras cantadas permitem a associação,
tanto espontânea quanto organizada, de gesto e sonoridade. Estas possibilidades,
reconhecidamente prazerosa no contexto infantil, permitem que saiba culturais
tradicionais sejam transmitidos a cada geração. O brinquedo cantado tem uma
grande relevância no desenvolvimento psicomotor de crianças de 04 á 06 anos da
educação infantil, porque ele consegue atingir todas as áreas do desenvolvimento
ao mesmo tempo, causando uma grande contribuição à vida de movimentos da
criança.
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METODOLOGIA
Essa pesquisa foi realizada através de análise bibliográfica tendo como
referencial teórico , livros, monografias, sites e teses, publicado sobre a educação
infantil com base na aprendizagem motora através dos brinquedos cantados.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Estudo dos aspectos do desenvolvimento psicomotor 11
CAPÍTULO II - A criança e a necessidade do brincar 14
CAPITULO III – Brinquedo cantado 16
CAPÍTULO IV – Metodologias utilizadas no brinquedo cantado
para o desenvolvimento psicomotor 21
CONCLUSÃO 27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 28
ÍNDICE 30
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INTRODUÇÃO
Os brinquedos cantados no Brasil possivelmente sofreram a influência
das músicas do elemento português e do africano, ameríndios e em menor
proporção, de outros povos. É fato inegável que cada povo tem sua índole própria,
o brinquedo cantado, de origem tão diversificada, vêm sofrendo variações,
deformações lentas, mas seguras, apresentando-se, em nossos dias, com um
cunho eminente nacional.
O brinquedo cantado tem muita relevância na Educação Física infantil,
já que no desenvolvimento infantil, precisa acontecer, ao mesmo tempo, nas
diferentes áreas, motora, afetiva e cognitiva, para que haja o equilíbrio necessário
entre elas e o indivíduo como um todo. Quando o desenvolvimento acontece em
apenas uma das áreas, certamente as outras ficarão em atraso e a criança ficará
desequilibrada de alguma forma. O processo de desenvolvimento psicomotor
implica em modificações internas de um indivíduo, onde o somatório desses três
fatores resultará nas modificações de seu comportamento e ou de seu
desempenho. Neste estudo de revisão bibliográfica, fica de forma esclarecida que
toda criança estimulada de forma lúdica, através de atividades sensórias e de
gestos como o brinquedo cantado, ela se desenvolve por completo, formando-se
então uma criança mais autônoma, mais crítica e mais receptiva dentro do meio
em que vivencia. A prática psicomotora, portanto, deve ser entendida como um
processo de ajuda que acompanha a criança em seu próprio percurso maturativo,
que vai desde a expressividade motora e do movimento até o acesso à
capacidade de descentralização.
Por ser o único brinquedo que associa o jogo ao canto, o brinquedo
cantado visa estimular o aparelho motor da criança em sua necessidade de
movimentar a cabeça, braços, mãos, batida de mãos e pés e passos de dança,
educando o senso de ritmo, desenvolvendo a acuidade auditiva, ativando o
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sistema neuromuscular, solicitando movimentos respiratórios mais amplos.
Oportunizam a conscientização da orientação do espaço, bem como a
estruturação da noção temporal. Preparam a criança para a execução de danças,
dando-lhes a oportunidade de exibir sua motricidade espontânea. Quanto ao lado
cognitivo, esses brinquedos podem ser os geradores no processo de
desenvolvimento e construção de conhecimentos das crianças partindo do
interesse que tenham pelos temas contidos em suas letras. A riqueza do
brinquedo cantado decorre de sua capacidade de investigar a imaginação infantil.
As brincadeiras cantadas fundem musicalidade, dança dramatização,
mímica e jogos dependendo do enfoque a ser priorizado em cada atividade,
representando um conhecimento de grande contribuição à vida de movimentos da
criança.
Os brinquedos cantados têm uma importância fundamental no
desenvolvimento das habilidades psicomotoras, pois reúnem os elementos
fundamentais e expressivos da música: melodia, ritmo, harmonia, tempo e
dinâmica, possibilitando unir a música à ação, utilizando movimentos que implicam
no uso de grandes músculos e requerem alto grau de coordenação.
O processo de aprendizagem de habilidades motoras ocorre ao longo
de toda vida, sendo que o desenvolvimento do indivíduo deve-se às experiências
vivenciadas e em sua influência em novas habilidades experimentais. Assim as
experiências vivenciadas pelas crianças através dos brinquedos cantados podem
facilitar ou dificultar a atual aprendizagem de uma nova habilidade.
É muito importante o professor, como mediador do processo ensino-
aprendizagem, estimular o aluno a brincar, jogar, cantar e dramatizar. Por que a
brincadeira faz parte da vida dele. Isso ajudará a tomar decisões, a ser criativo e
desembaraçado, a conquistar um espaço junto ao grupo.
Através de atividades como o brinquedo cantado o ritmo do movimento
corporal se estrutura na manifestação do movimento corporal se estrutura na
manifestação do movimento num espaço e tempo determinados em qualquer
atividade física e/ou esportiva, devendo ser estimulado e orientado em todos os
conhecimentos destas áreas.
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Desta forma, se os brinquedos cantados enquanto conhecimentos da
Educação Física formal têm como objetivo básico à formação e a educação do
movimento, proporcionando o desenvolvimento integral, por outro, representa
também uma possibilidade para as pessoas se divertirem e se desenvolverem
pessoal e socialmente no tempo lazer.
Com isso, o estudo busca identificar a importância do brinquedo
cantado no desenvolvimento psicomotor da criança de 04 a 06 anos na educação
infantil. Este estudo de revisão bibliográfica foi desenvolvido e pesquisado através
de livros do gênero, delimitando-se também a monografias, sites e teses,
publicado na educação infantil com base na aprendizagem motora através dos
brinquedos cantados. A relevância deste estudo fica caracterizada pela faixa etária
de 04 a 06 anos, período da educação infantil.
No primeiro capitulo é apresentado os aspectos do desenvolvimento
psicomotores onde trabalharemos com a fase que Piaget (1998, p.66) denominou
como sendo a segunda faze do desenvolvimento da criança, que é o período da
inteligência representativa, que conduz as operações concretas que vai do
período de 2 a 12 anos, dentro, por tanto, da faixa etária delimitada pelo presente
estudo.
Já no segundo capitulo será abordado o tema brinquedos cantados que
possui o propósito de demonstrar um pouco de o que é o brinquedo cantado e
como ele pode ajudar no pleno desenvolvimento da criança durante seu período
de maturação psicomotor e o desenvolvimento de habilidades psicomotoras.
Por fim, no terceiro capitulo são apresentadas metodologias utilizadas
no brinquedo cantado para o desenvolvimento psicomotor onde são abordados
aspectos que devem ser trabalhados em crianças durante aulas de Educação
Física na educação infantil no período de 04 a 06 anos visando o pleno
desenvolvimento da criança.
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CAPÍTULO I
OS ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
Algumas observações podem trazer situações básicas e necessárias
para o desempenho psicomotora, a fim de promover uma vivência abrangente,
influenciando diretamente em sua vida.
Na visão e no entendimento de Piaget (1998, p.66) para que o
desenvolvimento de processos mentais da criança se desenvolva é preciso ser
dividido em três aspectos cruciais:
1º. Período sensório-motor (0 a 12 anos);
2º. Período da inteligência representativa, que conduz as operações concretas (02
a 12 anos);
3º. Período das operações formais ou proporcionais (12 anos em diante).
Baltazar (2000, p.28) ressalta em diversas frentes que nos primeiros
anos de vida, a criança trace um paralelismo psicomotor, já que as habilidades
motoras são observadas através do desenvolvimento. Ele também esclarece que
até os primeiros anos de vida o desenvolvimento neuromuscular se evidencia e
que com o passar do tempo à motricidade e a inteligência se separam,
determinando assim que o seu desenvolvimento poderá ser atípico ou atrasado.
Em diversas situações Tani (1992, p.26) salienta que os seis primeiros
anos de vida são os mais importantes para o desenvolvimento da
psicomotricidade em que seqüência é a mesma para todos, o que vai variar são os
aspectos de maturação dos alunos podendo assim variar a progressão em relação
aos alunos, ela ainda acrescenta que o desenvolvimento infantil não acontece de
forma única, mas continua e seqüencial durante o desenvolvimento.
Durante este processo de desenvolvimento psicomotor infantil,
podemos ressaltar em primeiro lugar o aspecto da seqüência, que é a mesma
12
para todas as crianças, apenas a velocidade de progressão é que varia, levando-
nos a crer que o desenvolvimento psicomotor depende de um fator maturacional,
das experiências vividas e das diferenças individuais.
É importante estimular a criança através do movimento para que haja
um desenvolvimento total fazendo com que o movimento se integre á inteligência
preparando assim a criança para aprendizagem da escrita, de fala e leitura.
As habilidades de desenvolvimento psicomotor, se fazem necessário
enquanto criança, elas precisam de diferentes aspectos de vivência para sua
maturação e conseqüentemente melhor aprimoramento das questões
relacionadas às habilidades motoras, dentro destes conceitos Cinciarulo (2003,
p.141) diz que o movimento básico que divide em duas frentes: Cognitivo e motor.
Já dentro dos parâmetros de Fonseca (1995, p.33) o desenvolvimento abrange
muito mais, como as partes do corpo e sua forma funcional global e geralmente
são divididos em vários fatores psicomotores como: tonicidade, equilíbrio,
lateralidade, noção corporal, estruturação espaço temporal e suas praxias fina e
global.
Com tantas formas e aspectos funcionais do desenvolvimento
psicomotor em relação ao desenvolvimento infantil. Ladewig (2000, p.689) as
classificou em cognitivo, associativo e autônomo. Quando a criança esta na fase
inicial, ela se encontra no cognitivo já que ela não domina por completo os
movimentos, contendo muitos erros, no associativo ela já compreende melhor
seus movimentos e já comete menos erros, enquanto no autônomo é onde suas
habilidades adquiridas de experiências anteriores é automática, tendo a idéia de
que o desenvolvimento psicomotor implica diretamente no somatório destes três
fatores, resultantes de suas modificações internas.
Com relação ao desenvolvimento psicomotor Sánchez (2003, p.13)
afirma que:
A prática psicomotora, portanto, deve ser entendida como um processo de ajuda que acompanha a criança em seu próprio percurso maturativo, que vai desde a expressividade motora e do
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movimento até o acesso à capacidade de descentralização. Em tal processo, são atendidos os aspectos primordiais que formam parte da globalidade que as crianças estão imersas nessa etapa, tais como afetividade, a motricidade e o conhecimento, aspectos que irão evoluindo da globalidade à diferenciação de dependência a autonomia e da impulsividade a reflexão.
Isto implica do movimento um instrumento facilitador da aprendizagem
de conteúdos ligados aos aspectos cognitivos. O movimento torna-se então, um
meio de aquisição e desenvolvimento de objetivos educacionais do ensino,
conteúdos como a recreação, os jogos, as danças, as brincadeiras, o folclore e os
brinquedos cantados etc.; além da própria psicomotricidade, podem ser
trabalhadas em conjunto por educadores e profissionais de Educação Física,
numa troca de conhecimentos específicos que só vem trazer benefícios para
ambos os lados, para a educação e principalmente para o aluno.
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CAPITULO II
A CRIANÇA E A NECESSIDADE DO BRINCAR
Toda criança já nasce com uma necessidade que irá lhe acompanhar em
todas as fases de seu desenvolvimento que é o ato de brincar e é essa
necessidade que a possibilita seu pleno desenvolvimento psicomotor.
É através do brincar que a criança começa a desenvolver sua percepção
tátil, com brincadeira de pegar, agarrar, sentir, sua percepção visual, com
brincadeiras de observação, sua acuidade auditiva, com brincadeiras de
percepção do som, sua lateralidade, sua noção espaço – temporal, seu esquema
corporal, além do desenvolvimento do lado afetivo, pois há a necessidade de
brincar com alguém, de se socializar com outras crianças sem se importar com
raça, sexo, religião, enfim com a única intenção que é pura e simplesmente o
brincar. A criança quando brinca, também desenvolve seu lado cognitivo, pois a
criança desenvolve regras e formas de brincar, formas estas que uma simples
latinha de refrigerante pode virar um carro de corrida ou uma espaçonave,
bonecos podem virar super-heróis e resistirem aos ataques de muitos tiros de
laser.
A necessidade de brincar está presente em todas as horas da vida da
criança, pois é através do brincar e dos brinquedos, segundo Leontiev (2001) que
a criança começa sua interação com o mundo dos adultos: “... a percepção que a
criança tem do mundo, dos objetos humanos determina o conteúdo de suas
brincadeiras”. (p.125)
“O brincar também possibilita às crianças desenvolverem suas próprias
habilidades de pensamento. Elas superam a sua própria condição infantil, agindo
como se fossem maiores, desafiando seus limites”. (TEIXEIRA, S.R.O., 2010,
p.48)
É através do brincar que a criança se insere no mundo dos adultos, mundo
este que ainda parece inalcançável pois tudo pare muito distante e cheio de regras
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e é por isso que ela desenvolve formas de brincar que se assemelham as atitudes
dos adultos que as cercam, é esta necessidade que faz com que as crianças
criem novos brinquedos todos os dias e segundo Vygotsky apud Teixeira (2010)
se comportem de forma diferente na brincadeira, alem do habitual, como se ela
fosse maior do que é na realidade. (p.48)
O ato de brincar tem o poder de não somente desenvolver o lado
psicomotor, mas ele também ajuda no desenvolvimento do lado afetivo e
principalmente do lado cognitivo, pois é através de brincadeiras, muitas vezes
formulada pela própria criança, que ela consegue se inserir no mundo dos adultos,
mundo este que ela está se preparando para fazer parte um dia.
A criança é inserida na educação infantil em uma idade fundamental, pois é
através de uma base bem estruturada que a criança vai começar a desenvolver
suas habilidades que serão de extrema importância para a inserção da criança
num universo em que ela terá todas as condições e os meios para desenvolverem
o lado cognitivo, afetivo e psicomotor, facilitando assim seu ingresso no mundo
dos adultos.
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CAPITULO III
O BRINQUEDO CANTADO
Na visão de desenvolvimento motor enquanto atividade física Lima
(2002, p.102) tenta esclarecer que a educação dos movimentos naturais com
percussões corporais, instrumentais e a música, brinquedos cantados e jogos
rítmicos, dramatização com musicas, dança folclórica e popular, de salão,
nacionais e internacionais buscam lapidar a psicomotricidade na educação física
infantil.
Deve-se levar em consideração que em relação ao brinquedo cantado
ou jogo rítmico, a bibliografia consultada mostra que os autores utilizam diversos
termos para designá-lo, como: declamação ritmada, brincadeira de roda, cantiga
de roda, brincadeira cantada, jogo falado e jogo rítmico.
Dentro do mundo visionário dos brinquedos cantados, onde é uma das
atividades mais aplicadas a recreação das crianças, já que é fato corriqueiro em
varias partes do mundo em diversas classes sociais, termos contato com as
crianças brincado na rua, em parques ou áreas livres de forma espontânea em
formas variadas de brinquedos cantados.
Quanto ao lado cognitivo, esses brinquedos podem ser os geradores no
processo de desenvolvimento e construção de conhecimentos das crianças
partindo de interesse que tenham pelos temas contidos em suas letras.
Contribuem para um foneticismo claro, desenvolvendo o vocabulário, aguçando a
criatividade e a atenção. As repetições das cantigas de roda oferecem uma
vivencia muito rica da estrutura da língua materna. Quadrinhas, rimas, refrões de
quatro e de dois versos, encenações, diálogos, dramatizações, solos e cantados
em uníssono, fazem parte da riqueza do vasto repertório de cantigas de rodas.
A riqueza do brinquedo cantado decorre de sua capacidade de
investigar a imaginação infantil. E não, como muitos acreditam na possibilidade de
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imitação de gestos, informações, atitudes e crenças vinculadas na situação do
brinquedo assim NODA(2004) busca o entendimento para a relevância do
desenvolvimento infantil (p.19).
3.1 – O BRINQUEDO CANTADO E O DESENVOLVIMENTO
DAS HABILIDADES PSICOMOTORAS
“O esquema corporal é um elemento básico para a formação da
personalidade da criança, pois reflete o equilíbrio entre as funções psicomotoras e
sua maturidade” (BUENO, 1998, P.63).
Analisando o processo evolutivo do ser humano, vê-se que há dois
momentos interessantes: inicialmente, as aprendizagens, ou seja, o método de
estabelecer conexão entre certos estímulos e determinadas respostas para
aumentar a adaptação do individuo ao ambiente, ficam numa dependência maior
dos aspectos internos, isto é, da maturação de sistema nervoso central (SNC);
em seguida, as aprendizagens dependem mais das informações provindas do
meio externo que são captadas pelos órgãos sensoriais. Portanto, há uma intima
relação entre as influencias internas e externas, criando a necessidade de
integridade do SNC e subsídios para o estabelecimento de conexões de estímulos
ambientais para o estabelecimento percepto-motor normal.
O brinquedo cantado através do seu senso de rítmico, afirmando a voz,
se torna uma potencial forma de desenvolver as acuidades auditivas, solicitando
movimentos respiratórios mais amplos, aprimora a memória auditiva e ajuda na
evolução do esquema corporal promovendo o conhecimento intelectual das partes
do corpo, para BUENO (1998) estas são as questões verdadeiras a serem
estudadas no desenvolvimento motor infantil (p.64).
Como o brincar pode ser visto primeiramente como produção cultural
periodicamente imaginária, dotada de significado, seu valor torna-se inconteste na
educação informal. Em particular, as brincadeiras cantadas permitem a
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associação (tanto espontânea quanto organizada) de gestos e sonoridade. Esta
possibilidade, reconhecidamente prazerosa no contexto infantil, permite que
saberes culturais tradicionais sejam transmitidos a cada geração.
Os brinquedos cantados, por proporcionarem movimentos naturais
podem ser representados por vários estímulos que lhe dão características próprias
em relação à forma, à direção, à trajetória, à duração, à intensidade e à força.
Essas variações sendo por si próprias influenciam decididamente na natureza do
ritmo dos movimentos naturais e o ritmo se estrutura na manifestação do
movimento num tempo e espaço determinados em qualquer ação motora.
Segundo Queiroz (2002, p.70) o brinquedo cantado desenvolve
habilidades psicomotoras seguindo o principio que:
O menor gesto regido por um ritmo implica uma complexa organização e coordenação do plano motor, que se reflete no plano mental e afetivo. Ou seja, a atividade rítmico-motora bem orientada fornece ao sistema nervoso central impulsos de imagens motoras estruturadas que geram ordem interior e proporcionam sensação de equilíbrio e autodomínio.
Os brinquedos cantados têm uma importância fundamental no
desenvolvimento das habilidades psicomotoras, pois reúnem os elementos
fundamentais e expressivos da música: melodia, ritmo, harmonia, tempo e
dinâmica, possibilitando unir a música à ação, utilizando movimentos que implicam
no uso de grandes músculos e requerem alto grau de coordenação.
O processo de aprendizagem das habilidades motoras, ocorre ao longo
de toda a vida, sendo que o desenvolvimento do individuo deve-se às experiências
vivenciadas e sua influencia nas novas habilidades experimentais. Assim, as
experiências vivenciadas pela criança através dos brinquedos cantados podem
facilitar ou dificultar a atual aprendizagem de uma nova habilidade.
A criança que tiver vivências, não necessitará recomeçar a aprendizagem quando enfrentar uma nova situação de aprendizagem. Isto sugere que uma das metas da prática de uma habilidade é o desenvolvimento da capacidade de transferir o desempenho da habilidade, do ambiente da prática, para um outro
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ambiente em que o individuo precise desempenhar a habilidade para atingir a mesma meta da ação (MAGILL, 2000, p.89).
Ainda dentro da visão de Magill (2000) a complexidade de uma
habilidade motora seria definida como o numero de componentes e as exigências
do processo de informação. A capacidade de aprender novas habilidades motoras
quase que de uma vez só não é acompanhada por uma capacidade
correspondentemente desenvolvida para fixar este novo movimento recém
aprendido.
“Os brinquedos cantados precisam ser suficientemente repetidos nesta
fase, para serem integrados de forma estável ao repertório motor da criança”
(WEINECK, 2000, p.73).
Baseado em Roth (2003) podemos afirmar que quem dispõe de uma
plataforma ampla de experiências, percepções e emoções têm a vantagem de
poder recorrer e procurar em um amplo repertório criativo, respostas motoras
adaptadas às mais diversas situações.
Noda apud Queirós (2002, p.89) relatam que os brinquedos cantados
são temas musicados e criativos que implicam em reações individuais ou grupais,
ás vezes, com perguntas e respostas, com gritos ou ecos e com formas de
movimentos, ou com jogo pré-determinado,recreativo e educativo em que a
criança canta e se movimenta de fácil assimilação e de agrado da mesma.
Verifica-se que existe um grande numero de brinquedos cantados em que a essência está na dramatização da letra, como por exemplo; Alinda rosa juvenil, meu pintinho amarelinho, entre outros. Entretanto, ao utilizar estes brinquedos cantados, tendo como meta uma dramatização efetiva, deve-se e sugere através da expressão corporal, utilizando-se de expressões faciais, gestos e deslocamentos, como também, objetos e materiais. (QUEIRÓS, 2002, p.89).
Segundo Jurado apud Pomin (1999, p.335) estas atividades são
institucionalizadas pelas instituições educacionais, fazendo parte na educação
geral, como conhecimento a ser utilizado por varias disciplinas ou como conteúdo
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especifico de uma determinada disciplina, em particular, a Educação Física.
Evidencia-se assim que se torna objeto de observação e aprendizagem em
contexto escolar, especificamente pedagógico.
Através dos parâmetros curriculares nacionais (PCNs) de ensino
fundamental e médio os brinquedos cantados incumbem a tarefa de garantir o
acesso dos alunos às praticas da cultura corporal, contribuindo para a construção
de um estilo pessoal de exercê-las e oferecendo instrumentos para que sejam
capazes de apreciá-las criticamente (MEC, 1997, p.28).
É através de atividades como o brinquedo cantado que o ritmo do
movimento corporal se estrutura na manifestação do movimento corporal e se
estrutura na manifestação do movimento num espaço e tempo determinados em
qualquer atividade física e/ou esportiva, devendo ser estimulados e orientados em
todos os conhecimentos destas áreas.
Desta forma, se os brinquedos cantados enquanto conhecimento da
Educação Física formal tem como objetivo básico a educação e a formação do
movimento, proporcionando o desenvolvimento integral, por outro, representa
também uma possibilidade para as pessoas se divertirem, descansarem e se
desenvolverem pessoal e social no tempo lazer.
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CAPITULO IV
METODOLOGIAS UTILIZADAS NO BRINQUEDO
CANTADO PARA O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
“O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção
de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da
direcionalidade, da lateralidade e do ritmo” (BARRETO, 2000, p.57).
o desenvolvimento psicomotor caracteriza-se por uma maturação que
integra o movimento, o ritmo, a construção espacial; e também, o reconhecimento
dos objetos, das posições, da imagem e do esquema corporal. As atividades
propostas na Educação Física através da educação psicomotora devem ocorrer
com espontaneidade, pois quando se desenvolve essas atividades com crianças
nota-se uma grande receptividade por parte delas, visto que não adquiriram
tonalidades preconceituosas. Quanto mais dinâmicas forem as experiências da
criança deficiente, a partir de sua liberdade de sentir e agir, através de
brincadeiras e jogos, maiores serão as possibilidades de enriquecimento
psicomotor.
Analisando o processo evolutivo do ser humano, vê-se que há dois
momentos interessantes: inicialmente, as aprendizagens, ou seja, o método de
estabelecer conexões entre certos estímulos e determinadas respostas para
aumentar a adaptação do individuo no ambiente, ficam numa dependência maior
dos aspectos internos, isto é, da maturação do SNC; em seguida, as
aprendizagens dependem mais das informações provindas do meio externo que
são captadas pelos órgãos sensoriais. Portanto, há uma intima relação entre as
influencias internas e externas, criando a necessidade de integridade do SNC e
subsidio para o estabelecimento de conexões com os estímulos ambientais para
um desenvolvimento percepto-motor normal.
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A psicomotricidade surge como um meio de combater a inadaptação
psicomotora, pois apresenta uma finalidade reorganizadora nos processos de
aprendizagem de gestos motores. A psicomotricidade surge como um alicerce
sensório-perceptivo-motor indispensável no processo de educação e reeducação
psicomotoras, pois atua diretamente na organização das sensações, das
percepções e das cognições, visando sua utilização em respostas adaptativas
previamente planificadas e programadas.
O professor que analisa os “erros” de seus alunos geralmente
descobrirá a causa na lacunas precipitadas e nas perturbações psicomotoras.
Assim poderá sanar estes erros promovendo diversas atividades tais como
despirem-se, as ginásticas, nas de matemática, de canto, em habilidades
manuais. Pois os elementos básicos ou “pré-requisitos”, condições mínimas para
uma boa aprendizagem, segundo Fonseca (1995, p.56), contribuem para a
estruturação psicomotora.
Já no entendimento proporcionado por Velasco (1996, p.21)
“o desenvolvimento psicomotor se processa de acordo com a maturação do SNC,
capacitando o organismo a responder aos estímulos de uma maneira mais
ordenada permitindo maior elaboração dos atos motores voluntários.” A maturação
do SNC, para o desenvolvimento psicomotor refere-se ao processo de
mielinização. O desenvolvimento infantil precisa acontecer, ao mesmo tempos,
nas diferentes áreas que haja o equilíbrio necessário entre elas e o individuo como
um todo. Quando o desenvolvimento acontece em apenas uma área, certamente
outras ficarão em atraso e a criança ficará desequilibrada de alguma forma. Muitas
crianças passam a maior parte de seu tempo diante da televisão, de jogos
eletrônicos e muito comumente hoje em dia elas passam ainda mais tempo ainda
diante de computadores e tabletes. As imagens hiper-estimulam a área cognitiva,
mas a criança não está desenvolvendo a área afetiva e motora.
É muito importante o professor, como mediador do processo ensino-
aprendizagem, estimular o aluno a brinca, jogar, cantar, dramatizar, entre outros,
porque a brincadeira faz parte da vida dele. Isso ajudará a tomar decisões, a ser
criativo e desembaraçado, a conquistar seu espaço junto ao grupo.
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No ato de brincar, a criança interpreta diferentes papeis, assumindo
responsabilidades e desenvolvendo atitudes de respeito, além de uma disciplina
liberal e salutar para a vida em sociedade. As brincadeiras propiciam a superação
das etapas do desenvolvimento do ser afetivo. As crianças se aproximam dos
companheiros com quem têm afinidades, descobrindo a importância de cultivar
amizades.
Velasco (1996, p.49) em algumas situações esclarece que quando
falamos de desenvolvimento infantil lembramos, com certeza de Piaget. Os
estágios descritos por esse importante estudioso nos mostram as leis que regem o
desenvolvimento humano. Em função disso devemos respeitar os interesses e as
aptidões das crianças em relação á fase em que se encontram, quando lhe damos
brinquedos ou lhe propomos atividades lúdicas.
No entendimento de Pimentel (2003, p.26) as brincadeira cantadas são
bastante antigas, podendo ser uma representação infantil das danças circulares
sagradas. As crianças cantavam as músicas e o elemento lúdico teria
impulsionado a realização de alterações nestas danças, resultando em novas
formas de dançar.
As brincadeiras cantadas fundem musicalidade, dança dramatização,
mímica e jogos (dependendo do enfoque a ser priorizado em cada atividade),
representando um conhecimento de grande contribuição à vida de movimento da
criança.
Para Noda (2004, p.88) as brincadeiras cantadas integram o conjunto
de cantigas próprias da criança e por elas entoadas em seus brinquedos ou
ouvidas dos adultos quando pretendem fazê-la adormecer ou instruí-la,
transmitidas pela tradição oral.
Alguns dos objetivos visados com a aplicação dos brinquedos cantados seriam: auxiliar no desenvolvimento da coordenação sensório motora;música e pelo movimento; perpetuar tradições folclóricas e incentivar o civismo; favorecer o contato sadio entre indivíduos de ambos os sexos; disciplinares emoções: timidez, agressividade, prepotência; incentivar a auto-expressão e a criatividade. Vale ressaltar que tais objetivos encontram-se
24
atrelados a um outro momento histórico, em que “incentivar o civismo” e “disciplinar emoções” eram ressaltados na educação brasileira, sobretudo pela herança do regime militar. (NODA, 2004, p.90)
É importante destacar que embora a brincadeira cantada enseje em si
mesma o objetivo de seu aprendizado, por meio dela é possível tratar
pedagogicamente outros conteúdos. A principal intermediação estaria no
desenvolvimento do ritmo e da expressão, ou seja, o conhecimento das
percepções e habilidades necessárias ao corpo, bem como a produção de
movimentos correspondentes às vibrações sonoras e aos significados daquilo que
é cantado.
Contudo, mesmo sendo inegável seu valor cultural, social e educacional
é importante que o educador esteja atento às simbologias inerentes a muitas
canções, refletindo sobre o sentido/significado das letras, especialmente ao lidar
com alunos que se encontram numa faixa etária em que é possível fomentar
discussões dessa natureza.
Pimentel (2003) cita em determinado momento que mesmo com a
invenção de novas músicas infantis, as brincadeiras cantadas são muito comuns
entre as crianças, especialmente no interior do país. Um aspecto inegável da
relação entre o lúdico e a cultura está na constante recriação dessas músicas, que
mudam conforme a geração e localidade. Embora essas atividades mereçam
valorização, muitas canções trazem ranços de discriminação sexual, racial ou
econômica que precisam ser repensadas quanto ao seu conteúdo (p.20).
Entretanto, a realidade indica que as mudanças inseridas pelos
educadores – sem a cumplicidade da criança – parecem não surtir efeito no
cotidiano.
As modificações externas feitas pelos adultos para algumas músicas
que integram as brincadeiras infantis parecem não se fixar.
Pimentel (2003) esclarece que a recriação de uma atividade lúdica
dentro da educação não-formal (recreação) e educação formal (escola) não
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podem ser desencadeadas sem um pleno conhecimento e inclusive, vivência
daquilo que se deseja superar (p.34).
Cada realidade requer uma práxis própria, é possível estabelecer
alguns encaminhamentos nesse sentido. Parece-nos relevante ao educador, no
trato com esse conhecimento estruturar metodologicamente suas aulas para:
• Despertar os interesses do aluno pelas manifestações culturais e pelo
reconhecimento dos temas sugeridos e desenvolvidos nas brincadeiras;
• Entender a brincadeira cantada como meio de educação, ludicidade,
desenvolvimento rítmico, musical e gestual de contribuição ao mundo de
movimento dos indivíduos;
• Perspectivar a brincadeira cantada como fonte de simbologias e
possibilidade de interpretação de sentidos e conotações que possam
sugerir;
• Visualizar a brincadeira cantada como fonte de pesquisa e conhecimento,
sobretudo das transformações do próprio brincar, da infância e do lúdico;
• Oportunizar aos alunos o contato com brincadeiras cantadas diversificadas
que foque tanto o jogo, quanto à dança, a dramatização e a mímica,
enriquecendo as suas possibilidades culturais.
Ainda falando sobre as idéias de Pimentel (2003, p.52) para o trabalho
com brincadeiras cantadas é importante ainda considerar:
• Ensino de letra e discussão do tema abordado (dependendo da faixa
etária);
• Contextualização da brincadeira quando possível (época em que foi criada,
forma diferenciada de realização e transformações observadas);
• Ensino da metodologia;
• Construção da gestualidade de forma coletiva (professor e aluno) ou
sugestão dada pelo professor e após modificação da atividade pelos
alunos, recriando a brincadeira e levando as novas formas de estruturação
da forma.
26
O professor pode através de estratégias de resolução de problemas
para recriar coreografias e letras tradicionais das brincadeiras cantadas. Para
ilustrar o simples fato de ser encarregado de mudar o ritmo da canção ou o
posicionamento do grupo na roda pode desencadear posturas ativas, criticas e
criativas, seja pelo processo.
Um aspecto importante a ser lembrado na distribuição didática da
brincadeira cantada seria favorecer a pluralidade de formas de esse manifestar-se.
Além de organizá-las conforme o conteúdo e origem sócio-cultural e étnica é
possível considerar os diferentes tipos de brincadeiras cantadas.
Uma maneira que o professor de Educação Física pode introduzir no
cotidiano dos alunos metodologias utilizadas no incentivo ao desenvolvimento das
crianças e realizar um resgate das brincadeiras cantadas muito brincadas no
passado, bem como aquelas que as próprias crianças concretizam na atualidade,
constitui possibilidade pedagógica de fazer com que a mesma se veja como parte
do processo educacional, contribuindo com a sistematização de um acervo que
revela brincadeiras populares tradicionais e contemporâneas, bem como as
transformações do “brincar”.
27
CONCLUSÃO
A respeito do desenvolvimento psicomotor da criança de 04 a 06 anos
na educação infantil, estes acontecimentos não ocorrem de forma única, mas sim
de forma continua e seqüencial durante todo o desenvolvimento dos primeiros
anos de vida. Esta seqüência ocorre igualmente para todas as crianças, variando
a velocidade de progressão, os estímulos e as partes do corpo desenvolvidas,
acoplando-se a isto um resumo de experiências vividas pela criança.
O brinquedo cantado influencia no processo de aprendizagem de
habilidades psicomotoras devido às experiências vivenciadas e novas habilidades
experimentadas. Essas praticas transferem do ambiente da pratica, para um outro
ambiente em que o individuo precise desempenhar as habilidades para atingir a
mesma meta de ação.
Para o nosso entendimento, fica evidenciado que a maturação
cognitiva, afetiva e motora ocorre em quanta a criança e em que atividade física é
vista como a forma ideal de se buscar esses entendimentos. Durante o inicio da
vida na criança na escola que compreende de 02 aos 08 anos, todas as atividades
propostas pelos profissionais de Educação Física deveriam ter sempre conotação
musical onde a criança possa buscar a ludicidade auxiliando com os aprendizados
psicomotores necessários para sua formação, é através de atividades como os
brinquedos cantados que a criança consegue viajar no despertar de seu próprio
descobrimento e gerando assim uma satisfação que fará com que ela busque
outras oportunidades o prazer em relacionar seus movimentos às questões
sonoras e auditivas. Então, identifica-se que o brinquedo cantado deveria fazer
parte sempre como prioridade do currículo da Educação Física infantil.
28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2000.
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TEIXEIRA, S.R.O., Jogos, brinquedos, brincadeira e brinquedoteca. Implicações
no processo de aprendizagem e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Wak, 2010.
30
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTOS 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPITULO I
Os aspectos do desenvolvimento psicomotor da criança 11
CAPITULO II
A criança e a necessidade do brincar 14
CAPITULO III
O brinquedo cantado 16
3.1 O brinquedo cantado e o desenvolvimento das habilidades psicomotoras 17
CAPITULO IV
Metodologias utilizadas no brinquedo cantado para o desenvolvimento psicomotor 21
CONCLUSÃO 27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 28
ÍNDICE 30