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A RELAÇÃO ENTRE A ENGENHARIA TÊXTIL/PRODUÇÃO E O DESIGN DE MODA EMUMA INDÚSTRIA TÊXTIL.
Wallace Nóbrega Lopo(¹); Edgar Augusto Lanzer(2) ;Grazyella Cristina Oliveira Aguiar (3)
¹Professor; UNIFEBE; Brusque/SC; [email protected]² Pesquisador; UNISOCIESC; Joinville/SC; [email protected]
3Professora; UFSC; Blumenau//SC; [email protected]
RESUMO: O fenômeno moda vem se destacando e ganhando sua devida importância a cada passodado diante da sociedade. As indústrias têxteis estão em constantes mudanças, assim como o universoda moda, para criar produtos, melhoria contínua da qualidade e até mesmo viabilizar custos, asempresas precisam contar com os conhecimentos técnicos e de mercado, de profissionais das áreas deEngenharia Têxtil/Produção e do Designer de Moda para realizar esses desenvolvimentos. O presenteartigo teve como objetivo conhecer e descrever os elos existentes entre os profissionais, que buscam odiferencial e novas tendências, e os engenheiros, responsáveis pela criação de novas estruturas eprocessos. Diante disso o método utilizado para a realização da pesquisa foi Estudo de Caso e comoresultado obteve-se dependências entre os profissionais citados acima, e a empatia que se faznecessária desenvolver, no decorrer da freqüente convivência diária, para o sucesso da relaçãoprofissional.
PALAVRAS-CHAVE: Engenharia Têxtil. Design de Moda. Indústria. Desenvolvimento. Relação
ABSTRACT: The fashion phenomenon has been outstanding and gaining its due importance withevery step in society. The textile industries are constantly changing, as well as the world of fashion tocreate new products, continuous quality improvement and even enable costs, companies need to relyon the expertise and market professionals in the fields of Textile Engineering / Production and FashionDesigner to perform these development. This article aims to discover and describe the links betweenprofessionals, seeking the differential and new trends, and the engineers responsible for the creation ofnew structures and processes. Thus the method used for the research was case study and as a resultwas obtained dependencies between the professionals mentioned above, and the empathy that isnecessary to develop in the course of frequent daily contact for the success of the professionalrelationship.
KEY-WORDS: Textile engineering. Fashion design. Industry. Development. Relationship
1. Introdução
A moda é um fenômeno que atua em grande parte do mundo, e para as indústrias que se
alimentam dela permanecerem fortes diante do mercado é preciso obter estruturas físicas e
administrativas buscando incessantemente o diferencial. De acordo com Feghali (2006), as indústrias
têxteis e de confecções estão entre as atividades industriais mais antigas da humanidade, utilizam
métodos e processos bastante conhecidos e tecnologia de domínio universal.
O presente trabalho realiza um estudo sobre a relação entre os profissionais das áreas de
Engenharia Têxtil/Produção e o Design de Moda na indústria têxtil. Busca-se uma visão realista de
como ocorre à ligação entre os dois profissionais dentro de uma indústria têxtil. De que maneira,
quando e como eles precisam ter contato direto na sua rotina de trabalho. Onde esta ligação entre eles
favorece o fluxo da empresa e quais os benefícios gerados através desta atitude.
O designer de moda precisa conhecer a capacidade produtiva da empresa e por quais produtos
ela é conhecida no mercado. Ele é responsável não apenas pelo aspecto estético dos produtos, mas
também por sua viabilidade comercial, financeira e produtiva (TREPTOW, 2013). Já o engenheiro
têxtil, segundo SENAI (2016), é o profissional que está apto a trabalhar em todas as etapas de
produção e prestação de serviço de uma cadeia têxtil e de confecção: desde a escolha das matérias-
primas mais adequadas, passando pelos processos produtivos, até o controle da qualidade e
comercialização do produto final.
Inovar é preciso e segundo Freitas Filho (2014), a inovação está associada ao conhecimento,
pois, não se inova se não houve conhecimento; diante disso, a capacidade dos profissionais que atuam
nessas áreas, desenvolvimento e engenharia de produto e de processos, além de serem inovadora eles
precisam estar sintonizados entre eles, para gerar soluções que satisfação, além do cliente, a própria
empresa.
As empresas que atuam no mercado consumidor trabalham em busca das novidades, visando o
aumento de qualidade e a satisfação dos seus clientes. Para atingir esses preceitos é preciso investir na
qualidade dos seus profissionais, incentivando-os em capacitação através de treinamento; este, um
processo educacional, aplicada de maneira sistemática e organizada, pelo qual as pessoas aprendem
conhecimento, atitudes e habilidade em função de objetivos definidos (CHIAVENATO, 2010). É
preciso também que exista uma boa comunicação entre eles, um dos focos dessa pesquisa.
2. Problema de Pesquisa e Objetivo
Numa empresa, como uma indústria têxtil, que cria e produz sua própria coleção, existem
diversos profissionais que atuam diferentes áreas, mas, que tem em comum, a otimização do produto
final, para atender os requisitos do mercado e da própria empresa.
Para compreender essa relação entre esses profissionais, necessária para o desenvolvimento do
trabalho no dia a dia, essa pesquisa como objetivo geral compreender o funcionamento dos setores de
Engenharia de Produto/Processo e do Desenvolvimento de Produto, dentro de uma indústria têxtil, no
que se refere aos tipos de relacionamentos entre um engenheiro têxtil/produção e um designer de
moda. Identificar e apresentar as ligações existentes entre os dois profissionais citados acima, no que
se refere às necessidades técnicas de um para com o outro, quais são os parâmetros necessários para
um bom entendimento entre eles e o que eles podem e devem fazer juntos.
3. Revisão Bibliográfica
3.1 Design de moda
Atualmente, muitas pessoas sabem o que significa moda, pois esta está na moda. A
disseminação da moda nos últimos anos foi muito rápida e como conseqüência, todos querem estar na
moda, criar um estilo próprio, uma comunicação visual particular, saber o que está em jogo, o que vai
ser lançado na próxima estação, inserindo-se, assim, no mundo das mutações que diferem os seres
humanos e os tornam únicos, mesmo inseridos num segmento de semelhantes opções.
Buscando-se a definição no dicionário Aurélio, encontramos três principais significados para a
palavra: “moda [Do fr. mode.] S. f .1. Uso, hábito ou estilo geralmente aceito, variável no tempo, e
resultante de determinado gosto, idéia, capricho, e das interinfluências do meio: 2. Uso passageiro que
regula a forma de vestir, calçar, pentear, etc.: 3. Arte e técnica do vestuário.” (DICIONÁRIO
AURÉLIO, 2016)
Segundo Palomino (2003), a palavra ‘moda’ vem do latim modus, significando ‘modo’,
‘maneira’. Para a autora, a moda é um sistema que acompanha o vestuário e o tempo, que integra o
simples uso das roupas no dia-a-dia a um contexto maior, político, social, sociológico.
Para Rech (2002), “A moda compreende mudanças sociológicas, psicológicas e estéticas,
intrínsecas à arquitetura, às artes visuais, à música, à religião, à política, à literatura, à perspectiva
filosófica, à decoração e o vestuário”. De acordo com Mello e Souza (1996), “A maior dificuldade ao
tratar um assunto complexo como a moda é a escolha do ponto de vista”, de acordo com as mudanças
culturais e transformações dos ideais de uma época. Barnard (2003) faz um vasto estudo da etimologia
do termo moda, recorrendo ao dicionário para defini-lo:
Para uma introdução à etimologia do significado da palavra ”fashion” (moda),o Oxford English Dictionary é um começo tão válido quanto outro qualquer. Aetimologia da palavra a remete ao latim factio, que significa fazendo oufabricando [...], até facere, isto é, fazer ou fabricar. Portanto, o sentido originalde fashion se referia a atividades; fashion era algo que uma pessoa fazia,diferentemente de hoje, talvez, quando a empregamos no sentido de algo queusamos. O sentido original de fashion refere-se também à idéia de fetiche, oude objetos que são fetiches, uma vez que facere é também a raiz da palavrafetiche.
Para Lipovetsky (2005), a moda é "[...] um dispositivo social caracterizado por uma
temporalidade particularmente breve, por reviravoltas mais ou menos fantasiosas, podendo por isso,
afetar esferas muito diversas da vida coletiva". Continuando, o autor diz que “A moda tem ligação com
o prazer de ver, mas também com o prazer de ser visto, de exibir-se ao olhar do outro”. Segundo ele, a
moda é uma espécie de “promoção pessoal”, o que difere um indivíduo do outro de acordo com cada
estilo, uma comunicação e singularidade visual, como também os atributos simbólicos que a moda
transmite.
Para Castilho (2004), seguir moda ainda é adotar figurativamente uma identidade e declará-la,
norteando-se pelas regras que garantam o reconhecimento e a identidade do sujeito e, conseqüentemente, sua
integração a um determinado grupo. O designer deve conhecer a capacidade e as limitações da indústria. É
preciso que ele domine conceitos de produtividade e conheça as metas da empresa quanto à produção e ao
faturamento, bem como a capacidade de absorção dos produtos pelo mercado-alvo. (TREPTOW, 2013).
A esse propósito Castilho (2004) afirma que “A criatividade e a espontaneidade, vinculadas a
uma aparente liberdade ou, em termos barthesianos, uma liberdade vigiada, possibilitam ao sujeito
reconstruir-se constantemente para cada uma das várias situações sociais que vivencia”. A moda é um
dos grandes negócios do mundo moderno. Abrange mercados de diversas áreas, por exemplo: editorial,
metalúrgico, arte e muitos outros (FEGHALI, 2006).
O profissional designer de moda cria produtos com design de moda, onde a busca pelo novo é
constante diariamente. Dentro das empresas têxteis o designer tem como função a criação superficial
do tecido, onde ele deve ter conhecimentos sobre as tendências do mundo fashion e sobre a capacidade
atual da empresa.
3.2 Engenharia Têxtil/Produção
De acordo com Pereira (2013), pode-se dizer que o conceito de engenharia existe há muito
tempo, desde a antiguidade, quando o ser humano inventou instrumentos como a polia, a alavanca e a
roda. Tais invenções dão origem a moderna definição de engenharia, ao explorar estruturas básicas da
mecânica para criar ferramentas e objetos utilitários. O autor (PEREIRA, 2013) complementa a
definição da palavra engenharia ao buscar sua etimologia: “[...] derivando da palavra "engenheiro”,
que apareceu na língua portuguesa no início do século XVI e que se referia a alguém que construía ou
operava um engenho”.
Para Avelar (2009) o engenheiro é o profissional que faz a diferença na sociedade ao propor
soluções para o bem-estar do ser humano, já que a engenharia tem grande papel sócio econômico ao:
“[...] produzir condições para que todos possam viver com qualidade de vida, trabalhando,
descansando e tendo momentos de lazer” (AVELAR, 2009).
Entrando especificamente na engenharia têxtil, seu papel socioeconômico se ocupa das
produções industriais relativas a matéria prima extremamente importante para nosso dia a dia. Artigos
têxteis, sem os quais, ficaria difícil sobreviver nos ambientes frios, por exemplo. Concian (2009)
explica a ocupação da engenharia têxtil e as atividades de um engenheiro têxtil:
A engenharia têxtil se ocupa do projeto e fabricação de fibras sintéticas e dotratamento das fibras naturais, destinando-as as aplicações têxteis. O engenheiro têxtildesempenha atividades nas áreas de gerenciamento da produção, nos processos deprodução de fios, roupas e tecidos, de tinturaria e estampagem. Eles estudam aviabilidade técnica e econômica da implantação das indústrias têxteis, especificandoos processos, as maquinas e dispositivos, e ainda as estratégias de manutenção.
Para Batalha (2001), a Engenharia de Produção, em conseqüentemente a Têxtil, trata do
projeto, aperfeiçoamento e implantação de sistemas integrados de pessoas, materiais, informações,
equipamentos e energia, para a produção de bens e serviços de maneira econômica, respeitando os
preceitos éticos e culturais. Isso vem de encontro às necessidades de se vincular os conhecimentos em
outras áreas, além das da engenharia, que possam viabilizar todo esse processo de desenvolvimento do
produto e dos processos.
Da mesma forma, buscando uma definição no dicionário Aurélio, encontramos alguns
significados para a palavra engenharia, mas, apenas um não era específico a uma modalidade ou
categoria: “engenharia S. f. Arte de aplicar os conhecimentos científicos à invenção, aperfeiçoamento
ou utilização da técnica industrial em todas as suas determinações.” (DICIONÁRIO AURÉLIO, 2016).
A união dos conhecimentos da Engenharia Têxtil e de Produção, dos estudos sobre a cultura e
identidade brasileira e da antropofagia pode ajudar a desenvolver modelos e atividades de
entretenimento como produtos de experiência (KAMEL e SOUZA, 2013).
Segundo Gonçalves, Girardi e Girardi (2013), o engenheiro de produção/têxtil tem como
atividades típicas, utilização de métodos e técnicas de natureza matemática e estatística para projeto,
otimização e manutenção de produtos (bens e serviços) gerados pelos sistemas de produção.
São as técnicas e os conhecimentos utilizados na fabricação e no tratamento de fibras, fios e
tecidos e na confecção de roupas. O engenheiro têxtil/produção projeta as instalações, os equipamentos
e as linhas de produção de tecelagens e indústrias de confecção de roupas (BLOGDAENGENHEIRA,
2016). Além disso, pode controlar custos, processos industriais, como estamparia, tingimento, corte e
costura, bem como a qualidade da matéria-prima e do produto final.
4. Metodologia
A pesquisa será de caráter bibliográfico onde se centraliza a pesquisa e o manuseio de material
já elaborado e publicado (RAUPP e BEUREN, 2004). Com Estudo de Caso, cujo objetivo desta
modalidade de pesquisa é uma análise profunda e exaustiva de uma ou várias unidades de estudo
(SILVA e SCHAPPO, 2002). Segundo Yin (2015) o estudo de caso é um método preferencial em
comparação com outras pesquisas, em situações nas quais as principais questões são "como?" ou "por
quê?" podem ser respondidas.
Consiste então, no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que
permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros
delineamentos já considerados. Para Gonsalves (2011) estudo de caso é o tipo de pesquisa que
privilegia uma unidade significativa, considerada suficiente para analise de um fenômeno.
A pesquisa foi realizada dentro do ambiente industrial, em uma empresa que fabrica artigos em
tecido plano para a linha de vestuário, masculino e feminino e também; todo o trabalho foi
acompanhando o trabalho dos dois profissionais durante um período de seis meses, quando da
realização de um estágio obrigatório, para a conclusão de um curso de Bacharelado em Design de
Moda.
5. Análise dos Resultados
Observa-se que, o designer possui novas idéias e o engenheiro de produção pensa mais
tecnicamente. A estrutura (tabela que informa todas as propriedades do tecido) é feitas pelos
engenheiros têxtil/produção e encaminhada para os designers que possuem total conhecimento sobre as
técnicas de criação de tecidos (fios, estruturas e estampa) e criam novos desenhos/padronagens com
base na estrutura feita pelos engenheiros, onde usam suas criatividades e inspirações para o
desenvolvimento de tecidos.
Quando as coordenadoras do setor de Design lançam as idéias de novos tecidos para a próxima
coleção, que a inspiração é feita através pesquisa de moda, em viagens, que são comprados, registrados
através de fotos, roupas, tecidos, onde tomam como base para a criação de uma nova coleção. O setor
de Engenharia inicia o processo de criação de estrutura igual citado acima. Além do mais para eles
criarem novos tecidos eles precisam de informações básicas, como, qual será o objetivo final deste
artigo, onde em qual segmento de mercado ele será usado. Neste momento acontece a interação com os
designers e os engenheiros.
O designer cria desenhos conforme o pedido do cliente. Após o desenvolvimento do desenho
do tecido segue para uma analise técnica de estrutura pelo engenheiro, onde são analisados os
desenhos procurando atender a necessidade do cliente, mas sempre pensando numa melhor
produtividade e no menor curto.
No desenvolvimento de uma coleção é criado um novo artigo, que pode resultar em novo
processo ou na utilização de novas matérias primas e insumos para a empresa. O engenheiro entra em
ação e verifica a viabilidade técnica para a confecção desse novo produto, ou a adaptação de um já
existente, o que otimizaria o processo de desenvolvimento do mesmo.
Outra observação feita foi que, ao idealizar um novo produto, o design de moda expõe suas
intenções para com o mesmo, como por exemplo, suas características físicas (resistência, finalidade e
público alvo) ao setor de engenharia. Este por sua vez, analisa essas informações e busca produtos e
processos podem viabilizar a produção do mesmo, atendendo essas necessidades apontadas pelo setor
de desenvolvimento de moda.
6. Conclusão
Diante desta reflexão conclui-se que o engenheiro têxtil/produção e o designer de moda
dependem um do outro para a realização de suas funções dentro de uma indústria têxtil. Cada um
possui seus próprios objetivos e obrigações, mas há sempre a necessidade da existência de uma ligação
entre eles, onde necessitam dialogar, ajudar e opinar sobre seus trabalhos. Tecidos de moda precisam
da criatividade de um designer e das inovações de um engenheiro de produção.
Tanto o designer de moda, quanto o engenheiro têxtil, precisa ser criativo, pois ambos podem
resolver problemas e criar soluções para uma empresa. Ambos podem trabalhar na pesquisa e no
desenvolvimento de produtos, nos processos industriais e na construção de projetos. Na pesquisa e no
desenvolvimento de produtos, o primeiro profissional se ocupa em fazer pesquisas de moda, pesquisas
de tendências, público-alvo, materiais, novas tecnologias, tema ou conceito de um produto, norteia as
questões estéticas e funcionais de um artigo têxtil. Já o segundo se ocupa em materializar a ideia do
designer, ou das tendências, preocupando-se na produção de um tecido, ao criar fibras e fios sintéticos
para a composição de novos tecidos, tentando atender as demandas do mercado e os desejos dos
consumidores. Pode trabalhar com pesquisa e desenvolvimento de têxteis técnicos.
No que tange os processos industriais o designer de moda se preocupa com as questões da
confecção do produto, se ele é viável ou não, ao fazer a ficha técnica do produto. Pode atuar no
planejamento, criação, modelagem, prototipagem ou confecção do produto. O engenheiro têxtil pode
acompanhar os processos industriais, as etapas de produção de um produto, criar ou implementar
novas tecnologias e processos têxteis, como beneficiamentos. Propor melhorarias nos processos e
indicar equipamentos mais adequados para a produção.
Ao desenvolver projetos o designer de moda pode oferecer serviços e consultoria para
empresas, assim como, o engenheiro têxtil ao planejar, instalar e ampliar empresas têxteis, como criar
maquinário e equipamentos.
A relação entre as duas áreas cresce cada vez mais, visto que ambas caminham juntas e se
tornam cada vez mais dependentes umas das outras. Com o mercado da China em expansão, entende-
se que para enfrentar a concorrência, somente com parcerias entre as áreas, investimento em pesquisa e
inovação é que se pode conseguir destaque e diferencial de mercado.
A crescente empatia que ocorre de maneira imperceptível e automática entre eles, ocorre pela
freqüente presença física, através de um constante diálogo diário. Sendo este elo tão intenso entre os
profissionais, conforme o tempo e as experiências vividas, cada um passa a ter certos conhecimentos
básicos e possui sabedoria sobre as funções do outro que resultam em noções mais claras sobre o
trabalho do companheiro.
Ajudando ao designer entender quais as limitações e possibilidades que o engenheiro
têxtil/produção pode desenvolver. E no caso do engenheiro obter conhecimento de tendências e sempre
atento para a constante novidade do mundo da moda, inovando e quebrando barreiras. Todos os
objetivos propostos inicialmente foram cumpridos. Gerando como benefício experiência, novos
conhecimentos e satisfação à acadêmica. Para a empresa houve o clareamento em relação à
convivência desses dois profissionais tão diferentes em um mesmo setor.
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