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A Questão 

Quando da elaboração do plano de mobilização deverá o ponto de vista político apagar-se perante o ponto de vista, puramente militar, isto é, deverá ele, simultaneamente, desaparecer ou subordinar-se-lhe; ou deverá, efetivamente, o ponto de vista político prevalecer, subordinando-se o ponto de vista militar?

 

“destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da

lei e da ordem.”

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Uma Reflexão

 Para que, afinal, serve a mobilização militar?

 Primeiro Caso: para guerra

O ano de 2005 marca o centenário da dissolução pacífica da união entre a Suécia e a Noruega. A cronologia seguinte expõe os acontecimentos mais importantes que ocorreram durante 1905.

25 de Março: O primeiro artigo de Fridtjof Nansen a apresentar a perspectiva da Noruega, em relação ao conflito na união é impresso no “London Times”. Esse fato desencadeia uma “guerra”, de propaganda entre ambos os países, dirigida à imprensa estrangeira e à opinião pública no estrangeiro.

28 de Julho: O Riksdag sueco (parlamento) adota as exigências suecas relativamente às ações necessárias para pôr em prática a dissolução formal da união.

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13 de Agosto: É realizado um plebiscito norueguês para decidir a favor ou contra a dissolução da união. Nesse cenário, 368 208 noruegueses votam a favor da extinção da mesma, havendo 184 votos contra.

13 de Setembro: As negociações são retomadas após uma semana de suspensão. Simultaneamente, o Ministro da Defesa, Olsson, dá ordens para uma mobilização militar parcial no lado norueguês da fronteira.

9 de Outubro: O Acordo de Karlstad é aprovado pelo Storting, tendo 101 parlamentares votado a favor e 16 contra.

26 de Outubro: O Rei Oscar II da Suécia reconhece a Noruega como nação independente e abdica do trono norueguês. A união é formalmente dissolvida.

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Segundo Caso: para acidentes nucleares

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Chernobyl - Às 09:30h de 26.04.1986, monitores de radiação na Central Nuclear de Forsmark, Suécia, detectaram níveis anormais de iodo e cobalto, motivando a evacuação dos funcionários da área devido a vazamento nuclear.

Na noite de 26 para 27 de abril de 1986, 1225 ônibus e 350 Na noite de 26 para 27 de abril de 1986, 1225 ônibus e 350 caminhões foram reunidos para transportar pessoas da cidade de caminhões foram reunidos para transportar pessoas da cidade de Prypyat. A evacuação teve início às 14:00h e às 16:00h estava Prypyat. A evacuação teve início às 14:00h e às 16:00h estava terminada; nessa tarde, 49.614 pessoas foram evacuadas com o terminada; nessa tarde, 49.614 pessoas foram evacuadas com o que podiam carregar.que podiam carregar.

A equipe dos 600 mil “liquidadores” era composta, basicamente, A equipe dos 600 mil “liquidadores” era composta, basicamente, de militares, sendo que cerca de 240 mil atuaram no período mais de militares, sendo que cerca de 240 mil atuaram no período mais critico, sendo severamente contaminados.critico, sendo severamente contaminados. Os v Os veículos militares eículos militares tais como helicópteros e caminhões ficaram, irreversivelmente, tais como helicópteros e caminhões ficaram, irreversivelmente, contaminados durante as ações. Os militares ficaram responsáveis contaminados durante as ações. Os militares ficaram responsáveis pela Zona de Exclusão.pela Zona de Exclusão.

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Terceiro Caso: para desastres naturais

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Como num triste conto surreal, na tragédia que se abateu sobre Nova Orleans, no dia 29 de agosto deste ano, viu-se militares recolhendo os cadáveres, muitos deles amarrados a postes ou deixados em casas que foram marcadas com tinta quando as águas estavam mais altas, em função do atraso das ações, por falta de um plano de mobilização.

Aeronaves de controle remoto, empregadas nas guerras no Iraque e no Afeganistão foram utilizadas em operações de resgate de pessoas presas em prédios da cidade inundada, pelo furacão Katrina, conforme afirmou um parlamentar dos Estados Unidos, o republicano da Pensilvânia, Curt Weldon.

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Essas máquinas foram usadas em operações de busca e salvamento em Nova Orleans, atingida por um dos piores desastres naturais da história dos EUA. "Com a capacidade de imagem termal, é possível ver pelas paredes e saber se a pessoa ainda está viva", disse o Vice-Presidente das comissões de Serviços Armados e Segurança Interna do Congresso Norte-Americano.

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Quarto Caso: para prestar ajuda humanitária

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A Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN disponibilizou soldados, ajuda aérea e humanitária ao Paquistão - País que foi mais atingido, em 08 de outubro de 2005, pelo terremoto de 7,6 graus na escala Richter, que afetou também a Índia e o Afeganistão, informou o secretário-geral do órgão, Jaap de Hoop Scheffer.

Ao menos 10 mil soldados, que fazem parte da Força Internacional de Assistência à Segurança – ISAF, também vinculada à OTAN, foram enviados à região da Caxemira, onde foi localizado o epicentro do terremoto.

De acordo com membros da OTAN, o governo paquistanês solicitou helicópteros, equipamentos para auxiliar na busca das vítimas, alem de tendas, colchões, alimentos e água e, ainda, foram enviados aviões Boeing-707. A União Européia - UE enviou ao Paquistão uma ajuda inicial de US$ 4,4 milhões.

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Como se observou em todos esses casos mais recentes, e mesmo no da Noruega, há 100 anos atrás os políticos tiveram um papel decisivo na mobilização militar. Como legisladores que são, alicerçam os fundamentos de uma civilização. Isto significa zelar e orientar os movimentos que acelerarão o desenvolvimento do País. Para essa variação de velocidade, faz-se necessário, às vezes, superar adversidades de qualquer natureza, inclusive uma guerra.

Todas as crises políticas, no mundo ainda não tão evoluído em que se encontram quase todas as nações, são acompanhadas de choques fatais das massas humanas. Para os povos desenvolvidos, a guerra é uma reação, um despertar sanguinário da tranqüilidade inerte e modorrenta e dos interesses insignificantes.

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A guerra sacode e regenera os povos chamados para desempenharem um papel histórico na humanidade; ela ceifa e leva à aniquilação os povos moral e fisicamente decadentes.

Quanto mais se ascende, tanto mais árduas são as provas, na estreita trilha da ascensão. Não obstante, esse embate servirá de impulso ao progresso e forjará líderes políticos, de espíritos fortes, que conduzirão os destinos dos povos.

Pois, a política é a faculdade intelectual que une e concilia todos os interesses da administração pública. Ela, em si, não é mais que o representante de todos os interesses da comunidade inteira do Estado. Compete-lhe, assim, interpretar, corretamente, o curso dos acontecimentos, para determinar a direção das ações a serem implementadas na superação das crises.

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A Resposta

 Desta forma, à luz do exposto, já se pode concluir que essa relação não deve ser de subordinação. É uma relação de processos e não de coisas; de relações criativas e não de estruturas rígidas; de flexibilidade e de procura do significado e não de força ou poder. Portanto, rigidez de estruturas, controles, hierarquias e subordinação não combinam com a relação de interdependência. E ela só será efetiva na medida em que for o oposto disso. Caso contrário, ela não conseguirá ser operacional; não conseguirá acompanhar a dinâmica da evolução, da complexidade e da relatividade dos acontecimentos.

 O envolvimento político-militar tem a finalidade de remover obstáculos; de fazer os efetivos se engajarem no processo de compreender a sua própria realidade, que é a realidade da Nação, além de estabelecer mecanismos de participação em todos os níveis e segmentos da estrutura governamental.

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Conclusão

Senhoras e Senhores! O Brasil ainda está postado no degrau inferior da escada; mas, no primeiro abalo que sucumbirá as massas humanas, como os casos analisados neste texto, é aos ilustres políticos que o destino reservou o sublime sacrifício de suportar uma provação árdua, é bem verdade, porém digna. Será que toda classe política estará, adequadamente, representada, estruturada e preparada, para se submeter a esses desígnios sem medo, rancor, ressentimentos ou constrangimentos?

A história atesta que, atrás de todos os fracassos da trajetória humana, fios invisíveis orientam os destinos dos povos. Veja-se, por exemplo, a conclusão da linha dura da elite política soviética após Chernobyl: “a guerra nuclear é impensável”.

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Em 31 de maio de 1991, o Ministro da Defesa da Ex-URSS, Dimitri Yasov, disse: “O choque causado pelo acidente convenceu a todos que Chernobyl demonstrou, aos que, ainda, não estavam convencidos, de que a guerra nuclear poderia destruir o planeta”. Assim, contribuiu, portanto, para o fim da Guerra Fria.

Em abril de 1996, dez anos depois do grande acidente, Mikhail Gorbbachov admitiu: "Simplesmente não estávamos preparados para aquele tipo de situação". Pois não havia um plano de mobilização em vigor que fosse capaz de superar essa crise.

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Como se percebe, se a adversidade diz respeito à política, ela adotará, naturalmente, o seu caráter. Se a política é grandiosa e poderosa, a superação sê-lo-á também, e poderá mesmo atingir o cume, onde ela ganhará a sua forma absoluta. Pois a política faz desse elemento todo-poderoso, que são as adversidades, um simples instrumento. Desde que para isso haja uma preparação e um planejamento prévio. Só assim será possível um emprego político adequado da mobilização, a fim de que sejam evitadas as surpresas indesejáveis, como nos casos analisados.

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Mobilizar é sensibilizar para enfrentar qualquer

“adversidade”