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A QUALIDADE DO GASTO PÚBLICO COMO
FERRAMENTA DE ENFRENTAMENTO À CRISE
HÍDRICA DE 2015 EM MINAS GERAIS IRINA BERBERT VIDAL INÁCIO COELHO
PEDRO VINÍCIUS CAMPOS
2
Painel 51/157 Redução de custos nas licitações
A QUALIDADE DO GASTO PÚBLICO COMO FERRAMENTA DE
ENFRENTAMENTO À CRISE HÍDRICA DE 2015 EM MINAS GERAIS
Irina Berbert Vidal Inácio Coelho Pedro Vinícius Campos
RESUMO
No ano de 2015 o governo de Minas Gerais adotou medidas para combater a crise
hídrica vivenciada. A Resolução 03 de 2015 da Secretaria de Planejamento e Gestão determinou a redução do consumo global de água em 30% por todos os órgãos do Poder Executivo Estadual a partir de fevereiro de 2015. Contudo, surge
a questão: Quais cri térios uti lizar para reduzir o consumo de água das unidades que compõe a estrutura física do Poder Executivo? Cortes lineares poderiam
ocasionar o que se chama de síndrome da simetria: unidades prediais que já economizam água sofreriam um impacto maior com um corte de 30% do que as que a consomem descomedidamente. Assim, este artigo objetiva demonstrar como
a Qualidade do Gasto pode auxiliar na redução do consumo de água a fim de torná-lo eficiente e equânime. A análise fez uso da coleta de dados através de
questionários e posterior análise quantitativa e quali tativa destes. Concluiu-se que no caso da água um corte linear não seria a forma mais justa de aplicar a racionalização proposta e que práticas que busquem a qualidade do gasto devem
ser pesquisadas e aplicadas em todos os órgãos públicos a fim de gerar melhores resultados à gestão pública e à sociedade.
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1 INTRODUÇÃO
Nos anos de 2014 e 2015 as notícias sobre a crise de abastecimento de
água ganharam grande notoriedade nas mídias. A carência de chuvas associada
aos baixos níveis dos reservatórios evidenciou a necessidade da redução do
consumo de água. Diante desse cenário e em conformidade com a campanha
desenvolvida pela Copasa MG (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) que
estabeleceu a redução de 30% do consumo de água – em metros cúbicos (m³) –
para a sociedade civil, o Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da
Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG), estabeleceu a mesma
meta de economia para todos os órgãos e entidades do Poder Executivo de Minas
Gerais através da Resolução 03, de 27 de janeiro de 2015.
A partir dessa determinação os setores responsáveis pela
operacionalização do corte estipulado nos órgãos e entidades passaram a
estabelecer as metas de redução do consumo para cada unidade predial que
compunha sua estrutura, tomando como valores de referência os dados de consumo
de 2014. Diante dessa atribuição, na Secretaria de Estado de Fazenda (SEF/MG),
foi identificado o problema de que a racionalização do consumo de água através de
um corte linear gera desigualdades nas metas estabelecidas para as unidades
prediais da referida secretaria.
Diante do contexto delineado o estudo inicia-se com uma breve
retomada histórica a respeito do nível dos reservatórios e a disponibilidade de água
em Minas Gerais a fim de evidenciar a gravidade da crise hídrica mineira.
Posteriormente, o artigo apresenta o que é a qualidade do gasto público e o porquê
essa ferramenta é essencial em situações nas quais cortes ou contingenciamentos
são necessários. Assim, o estudo inicia sua análise quantitativa e quali tativa sobre
o processo de redução do consumo de água pelas unidades prediais da Secretaria
de Fazenda demonstrando como a qualidade do gasto é ferramenta indispensável
neste processo.
4
1.1 Objetivos
O presente artigo apresenta como objetivo geral demonstrar como a
Qualidade do Gasto pode auxiliar na racionalização do consumo de água a fim de
torná-la eficiente e equânime, contribuindo, deste modo, no combate à crise hídrica
instalada. Para isso, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos:
Apresentar a metodologia utilizada pela Secretaria de Estado de
Fazenda de Minas Gerais para a racionalização do consumo de água
em obediência à Resolução 03, de 27 de janeiro de 2015, da Secretaria
de Estado de Planejamento e Gestão.
Estabelecer comparativo entre a aplicação de um corte linear e um
corte não linear baseado na Qualidade do Gasto e as consequências
da aplicação das respectivas metodologias.
Propor, através do estudo apresentado, uma metodologia que permita
otimizar a eficiência e a equidade no cumprimento da Resolução 03
pelos órgãos e entidades do Poder Executivo de MG.
1.2 Metodologia
Este artigo desenvolve-se através de um estudo de caso sobre a
Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF/MG) apresentando caráter
exploratório e descritivo e conta com análises quantitativa e qualitativa. Diante da
demanda gerada pela Resolução 03/2015 – SEPLAG/MG de redução de 30% no
consumo global de água, tornou-se necessário levantar dados referentes a todas as
unidades prediais da Secretaria de Fazenda. Para tanto, questionários foram
enviados a 159 unidades que se localizam nas diversas regiões de Minas Gerais.
Este questionário solicitava as seguintes informações:
Consumo mensal de água (m³) no exercício de 2014;
Quantidade de pessoas que trabalharam na unidade em 2014;
Valor mensal das contas de água (R$) no exercício de 2014;
Existência de focos de vazamento;
Existência de necessidades de manutenção;
Boas práticas no uso da água.
5
Este questionário foi encaminhado a todas as unidades pelo setor
responsável da SEF/MG no dia 05/02/2015. Após o recebimento dos dados, estes
foram consolidados em um banco de dados. Este banco de dados foi exportado para
um sistema de mineração de dados disponível na Secretaria de Fazenda o que
permitiu aplicar métodos estatísticos tais como a correlação e a regressão dos
dados possibilitando a comparação entre variáveis.
Vale destacar que após aplicação de métodos estatísticos sobre os dados
também foi realizada análise crítica dos resultados a partir das informações
qualitativas enviadas e possíveis particularidades de cada unidade predial.
2 BREVE HISTÓRICO: A ESCASSEZ DE ÁGUA EM MINAS GERAIS
"Dados da ANA, a Agência Nacional de Águas, indicam que 55% dos
municípios brasileiros podem sofrer déficit de abastecimento até 2015.”
Noeli Nobre
No ano de 2014 vários Estados e Municípios brasileiros sofreram grave
crise hídrica levando muitos a decretarem Estado de Emergência. Em 2015 este
cenário não apresentou grandes transformações. As condições climáticas
desfavoráveis somadas aos baixos níveis dos reservatórios geraram dificuldades na
oferta de água que impactaram diretamente o abastecimento dos centros urbanos
(MINAS GERAIS, 2015).
Esta é a situação atualmente vivenciada no estado de Minas Gerais. A fim
de demonstrar esse cenário é possível analisar os níveis dos reservatórios
responsáveis pelo abastecimento da região metropolitana e colar metropolitano de
Belo Horizonte, capital mineira. Segundo a Agência Nacional de Águas – ANA
(2010), os principais sistemas hídricos de abastecimento desta região são:
Paraopeba, Rio das Velhas, Catarina, Ibirité, Morro Redondo e outros sistemas
isolados (Fig. 01).
Percebe-se através da Figura 01 que o sistema Paraopeba abastece 15
municípios, totalizando, segundo a Tabela 01, uma população de 4.663.777 em 2014
segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2014).
6
Entretanto dados da Copasa MG evidenciam quedas significativas do volume deste
sistema entre os anos de 2013 e 2015. Considerando como referência o dia 18 de
março de 2013 e este mesmo dia no ano de 2015, o sistema Paraopeba apresentou
uma queda de 62,71% em seu volume passando de 252.981.025 m³ para
94.340.695 m³. Este cenário pode ser observado no Gráfico 01 divulgado pela
Copasa1 (2015) em seu site.
Figura 01 – Sistemas de Abastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Fonte: AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS, 2010
2.
1 Companhia de Saneamento de Minas Gerais.
2 Disponível em:<http://atlas.ana.gov.br/Atlas/forms/analise/RegiaoMetropolitana.aspx?rme=5>
7
Tabela 01 – População estimada dos Municípios abastecidos pelo sistema Paraopeba.
Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2014
3.
Elaboração: Próprio autor.
3 Disponível em: <http://cidades.ibge.gov.br>
8
Gráfico 01 – Volume dos reservatórios do Sistema Paraopeba.
Fonte: Copasa, 2015
4.
4 Disponível em: <http://www.copasatransparente.com.br/wordpress/wp-content/uploads/2015/01/vol -dos-reservart -sistema-paraopeba-18-03.png>
9
Segundo a Copasa (2015), caso não chova o suficiente e não haja
redução no consumo de água (em m³) pelos municípios atendidos o sistema
Paraopeba entrará em colapso em três meses (contando a partir do mês de março),
não conseguindo atender mais as demandas do abastecimento da região
metropolitana de Belo Horizonte.
A evolução do sistema Paraopeba, sendo esse um dos mais importantes
de Minas Gerais, permite vislumbrar o cenário que se configura em Minas Gerais.
Os demais sistemas de abastecimento hídrico, expostos na Figura 01, não serão
analisados em profundidade no presente artigo por ultrapassar os objetivos
propostos.
Diante desta redução significativa do volume de água disponível para o
abastecimento da população mineira, a Copasa adotou diversas medidas a fim de
solucionar esse problema. Dentre essas se destaca a interrupção do abastecimento
de diversos bairros de municípios mineiros em dias previamente informados. No mês
de março, por exemplo, bairros do município de Divinópolis não foram abastecidos
nos dias 02, 03, 06, 09, 13 e 175 (COPASA, 2015).
Além desta medida a Copasa ainda iniciou ampla campanha de
conscientização estabelecendo uma meta de 30% de redução no consumo de água,
em metros cúbicos (m³,) a todos os cidadãos e empresas de Minas Gerais.
Alinhando-se a essa iniciativa, o governo estadual publicou a Resolução 03, de 27
de janeiro de 2015, da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão que
oficializou a obrigatoriedade da redução de 30% do consumo global de água (em m³)
de todos os órgãos e entidades do poder executivo do Estado (Anexo I).
Esta redução, segundo a resolução supracitada, deve ser realizada a
partir do mês fevereiro de 2015 tendo como referência (para a redução) a média do
consumo no exercício de 2014. Além disso, determinou-se no segundo artigo da
mesma resolução, que os órgãos e entidades encaminhassem um Plano de
Racionalização do Consumo de Água através da apresentação de um relatório de
vistoria de todas as unidades prediais, identi ficando focos de vazamento,
necessidades de manutenção hidráulicas e oportunidades de reaproveitamento de
água a fim de priorizarem a atenção a esses pontos, auxi liando na redução
do consumo.
5 Dados consultados até o dia 18/03/2015.
10
Entretanto, quando se fala em racionalização, ou, como mais utilizado,
corte no consumo de água, outro assunto entra em pauta: a questão da qualidade
do gasto. Essa ferramenta pode auxiliar de maneira importante a aplicação de um
corte não linear no consumo trazendo maior racionalidade a este processo.
3 A QUALIDADE DO GASTO PÚBLICO COMO FERRAMENTA DE AUXÍLIO À RACIONALIZAÇÃO DE ÁGUA
Nas últimas décadas evidenciou-se a intensificação e fortalecimento das
pressões sociais almejando não somente maior transparência das decisões
governamentais sobre utilização dos recursos orçamentários, mas, também a
otimização da qualidade dos gastos. (REZENDE; CUNHA; BEVILACQUA, 2010).
Entretanto, como se conceitua qualidade do gasto? Segundo Chaves
(2007) apud Maia et. al. (2009)
A melhoria da qualidade do gasto público redunda em melhorar a eficiência desse gasto, ou seja, determinado investimento deverá ser concluído com o menor custo possível e gerar o máximo de benefícios para a sociedade
(Ibidem, p. 4).
Aplicando-se tal conceito a situação aqui analisada percebe-se que a
qualidade do gasto seria atingida na medida em que o consumo de água torne-se
eficiente, utilizando somente o necessário para gerar os resultados finais a
sociedade.
Indispensável se torna, ao se tratar do alcance da qualidade do gasto, a
disponibilidade de informações que permitam localizar ineficiências ou
desperdícios a fim de evitar o que se chama de Síndrome da Simetria. Este termo
é amplamente utilizado no estudo sobre arcabouço legal brasileiro acerca dos
municípios e trata da desconsideração das particularidades desses entes
federados na composição das leis.
Todos os municípios brasileiros, desde a capital de São Paulo, uma das
mais importantes cidades do mundo, até a mais pobre comuna do remoto sertão, têm não só a mesma forma de governo como os mesmos poderes, a mesma vasta competência para fazer quase tudo – desde que possam –
e a mesma irresponsabilidade para não fazer tudo que não quiserem [...]. Desvirtuada dessa forma, a instituição municipal perde parte de sua flexibilidade e de sua viabilidade, pois se espera de Munic ípios
paupérrimos e prósperos, grandes e pequenos, rurais e metropolitanos, uma atuação da mesma natureza, do mesmo tipo, da mesma amplitude. (MELLO, 1971, p. 45-49).
11
O conceito trazido por Mello (1971) demonstra que o referido tratamento
isonômico entre municípios com características econômicas, populacionais,
dimensionais, entre outras, muito distintas, faz com que a legislação se aplique
adequadamente a alguns, beneficiando-os, enquanto não se adequa a outros,
prejudicando-os.
Aplicando esse conceito ao estudo da racionalização do consumo de
água, a síndrome da simetria ocorre na medida em que são tratadas de maneira
igual instituições com características diferentes, particularidades únicas. Isso pode
gerar injustiças e ampliar desigualdades. Por analogia, aplicando -se o mesmo
conceito a uma situação na qual é necessário o corte de despesas, percebe-se que,
caso a tradicional prática de aplicar cortes lineares seja aplicada, elementos que
apresentam gastos eficientes podem ser prejudicados enquanto outros que, por sua
vez, apresentam grande grau de ineficiência em sua execução, não serão atingidos
negativamente. Observa-se, portanto, o aprofundamento de desigualdades e o
prejuízo à qualidade do gasto.
A Resolução 03/2015 da SEPLAG determinou a redução de 30% do
consumo global de água de todos os órgãos do poder executivo estadual. A
Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF/MG) possui 159 unidades
prediais espalhadas por todo território mineiro. Como analisado anteriormente, se
um corte linear de 30% fosse aplicado a todas essas unidades é possível afirmar,
mesmo sem qualquer estudo prévio, que a supracitada síndrome da simetria se
manifestaria fazendo com que algumas unidades que já utilizam conscientemente a
água fossem prejudicadas frente a outras que utilizam este recurso
descomedidamente.
A fim de evitar tal situação deve-se, portanto, utilizar como ferramenta a
qualidade do gasto público gerando informações que embasem uma metodologia
racional de cortes otimizando a eficiência do consumo de água. Este artigo, portanto,
descreve como a SEF/MG desenvolveu e utilizou esse mecanismo para alcançar a
meta proposta e auxiliar o enfrentamento da crise hídrica em Minas Gerais.
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4 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS – SECRETARIA DE ESTADO DE
FAZENDA DE MINAS GERAIS
Como destacado na metodologia deste artigo, o questionário de
levantamento de dados e informações qualitativas foi enviado a 159 unidades
prediais da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais. Entretanto, não foi
possível obter dados sobre o consumo (em m³) de todas as unidades, isso porque
muitas delas estão localizadas em condomínios ou prédios nos quais a água é paga
conjuntamente com a taxa de condomínio; em outros casos o responsável pelo
pagamento da conta de água é a prefeitura, não tendo a Unidade acesso aos dados
solicitados.
Assim, o presente estudo basear-se-á nas respostas obtidas que somam
125 unidades prediais localizadas nos diversos pontos do território de Minas Gerais
tal como representado pela Figura 02. Cabe destacar que o tamanho dos círculos do
mapa representa o volume de água consumida no exercício de 2014 – quanto maior,
mais elevado o volume de água – e a coloração simboliza o valor (em reais) gasto
em cada localidade – quanto mais escura a coloração, maior o gasto com água.
13
Figura 02 – Unidades Prediais da Secretaria de Fazenda.
Fonte: Elaboração própria6.
Consolidando-se o consumo global (m³), o valor da conta de água (R$) e
número de pessoas que trabalhavam nas unidades prediais no ano de 2014
delimita-se um panorama geral da SEF/MG, a partir das unidades prediais que
informaram o consumo. A visão geral está descrita pela Tabela 02 abaixo.
Tabela 02 – Visão global da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais.
Consumo global da SEF Gasto total da SEF Total de pessoas da SEF
41029,69 m³ R$ 335.607,82 3238
Fonte: Elaboração própria.
6 O mapa foi gerado a partir do SAS-VA (Statisc Analysis System – Visual Analytics), um sistema de
mineração de dados adquirido no exercício de 2013 pela Secretaria de Fazenda de Minas Gerais.
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Segundo o artigo 1o, parágrafo único, da Resolução 03/2015 da
SEPLAG/MG, “a meta de economia será apurada em metros cúbicos a partir da
média de consumo do ano de 2014 para todas as unidades prediais, em todo Estado
de Minas Gerais” (MINAS GERAIS, 2015, p. 1). Baseado nesta determinação, a
meta de consumo a ser atingida pela SEF/MG no exercício de 2015 é de: 28720,78
m³. Este valor distribuído entre os doze meses do ano equivalem a um consumo
mensal global de aproximadamente 2393,4 m³. Como, entretanto, aplicar os cortes
de maneira a não prejudicar unidades que já apresentam uso consciente da água?
Como justificar a racionalização?
Caso a Secretaria de Fazenda escolha pela opção tradicional de aplicar
um corte linear de 30% no consumo individual de cada unidade administrativa, sem
considerar as particularidades de cada uma, isto poderia gerar certas injustiças além
do risco de não alcançar a meta. Entretanto, por que isso ocorre?
O primeiro fator já foi explicitado no capítulo 4 deste artigo ao se
demonstrar o que é a síndrome da simetria aplicada à situação estudada. O risco de
não se alcançar a meta, por sua vez, está diretamente relacionado com o primeiro,
isto porque para uma unidade que possui alto consumo de água é mais fácil reduzir
o consumo de água em 30% do que para unidades que apresentam baixo consumo
de água. Há, ainda, situações nas quais a unidade predial consome abaixo do
mínimo de água estabelecido pela Copasa. Isto significa que, mesmo que a unidade
diminua o seu consumo de água, na fatura enviada pela Copasa estará o valor do
consumo mínimo, impossibilitando o alcance desta meta e prejudicando todo o
processo de racionalização da Secretaria de Fazenda. Este é o caso, por exemplo,
da unidade predial localizada na cidade de Bom Despacho que consome abaixo do
mínimo, mas, sua fatura apresenta o valor mínimo de consumo que é de 06 m³,
como demonstrado pela Tabela 03 que possui os dados enviados por Bom
Despacho.
Tabela 03 – Consumo mínimo da Unidade Predial de Bom Despacho.
Mês Jan
. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set Out. Nov. Dez.
M³ 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6
Fonte: Elaboração própria.
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Diante dos fatores elencados, percebe-se a necessidade de encontrar um
padrão que possa basear o estabelecimento das metas de cada unidade a fim de
evitar as consequências negativas advindas de um corte linear.
Analisando estatisticamente os dados recolhidos, percebe-se ao realizar o
cálculo do coeficiente de Pearson, ou coeficiente de correlação, que há uma
correlação positiva muito forte (0,92) entre as variáveis x – consumo (m³) – e y –
quantidade de pessoas que trabalham nas unidades 7 como demonstrado pelo
Gráfico 028. À primeira vista esta é uma relação óbvia, entretanto, uma inferência
fundamentada apenas na lógica não pode ser utilizada para embasar decisões
importantes como cortes de despesas.
Através desta análise da correlação, pôde-se, portanto, realizar estudo
não a partir de um corte no consumo total de água das unidades, mas sim um corte
baseado em seu consumo per capita, ou seja, unidades prediais que apresentem um
consumo per capita muito mais alto que o das outras deverão, a partir desta
metodologia estatística, apresentar um corte maior de água que outras. Vale
destacar que o estudo não apresenta a ideia de que este corte deve ser rígido sem
se considerar outros fatores circunstanciais. Essa metodologia deve ser utilizada
para identificar unidades que apresentam distorções quanto ao consumo e, a partir
desta informação, buscar o motivo dessa discrepância e, caso não haja nenhuma
justificativa plausível, aplicar um corte superior a 30% nestas unidades o que
compensaria um corte menor em unidades que já apresentam um consumo
consciente.
7 Uma correlação 0,92 sugere que existe uma relação linear forte entre a quantidade de funcionários e o consumo em metros cúbicos. Um valor de correlação positivo forte significa que conforme uma
variável aumenta, a segunda variável também aumenta. 8
O Gráfico 02 demonstra que, quanto mais próximos da linha de tendência os pontos estiverem distribuídos, mais provável que essa linha forneça uma boa aproximação da relação entre as
variáveis em estudo
16
Gráfico 02 – Gráfico de dispersão entre consumo e quantidade de pessoas.
Fonte: Elaboração própria
Seguindo a linha de raciocínio traçada, a Tabela 04, abaixo, apresenta o
consumo médio per capita global da SEF/MG no ano de 2014 e a Tabela 05
apresenta o consumo global e o consumo per capita de três unidades prediais.
Tabela 04 – Consumo per capita de água na SEF/MG.
Consumo Global Total de pessoas Consumo per capita Consumo per capita mensal
41029,69 m³ 3238 12,67 m³ 1,05 m³
Fonte: Elaboração própria.
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Tabela 05 – Consumo de três Unidades Prediais da SEF/MG.
Unidades Consumo Global em
2014
No de
Pessoas
Consumo per
capita
Consumo per
capita mensal
Monte Sião 92 m³ 5 18,4 m³ 1,53 m³
Muriaé 312 m³ 27 11,56 m³ 0,96 m³
Orlando Pereira
da Silva 2024 m³ 36 56,22 m³ 4,69 m³
Fonte: Elaboração própria.
A partir da Tabela 05 fica claro como um corte linear pode trazer
injustiças. Percebe-se, à primeira vista, que a unidade predial de Monte Sião
apresenta um consumo global menor que a unidade de Muriaé o que, ilusoriamente,
pode levar a crer que esta unidade apresenta uma utilização mais eficiente da água.
Entretanto, ao se analisar o consumo per capita da primeira percebe-se que esse é
maior que o apresentado por Muriaé, o que pode indicar que a segunda tem um
consumo mais eficiente que o da primeira.
Além disto, através da análise do consumo per capita podem-se identificar
outliers, ou seja, aquelas unidades que possuem um consumo per capita tão alto
que se diferenciam das demais por sua particularidade neste aspecto. Esta
informação permite arguir essas unidades sobre o porquê deste consumo desigual,
mobilizar inspeção a fim de identificar possíveis vazamentos hidráulicos ocultos, ou,
até mesmo, realizar campanhas para a redução do desperdício de água, caso
nenhum outro fator seja identificado. Esse é o caso da unidade Orlando Pereira da
Silva (que é um Posto Fiscal da SEF/MG) que apresenta um consumo per capita
extremamente maior que a média geral da Secretaria de Fazenda, cabendo, desta
maneira, um estudo qualitativo que possa identificar a causa dessa discrepância.
Entretanto, como estabelecer a meta de consumo das unidades prediais
baseado na quantidade de pessoas que trabalham neste local? Para responder esta
questão também há um procedimento estatístico que pode ser facilmente realizado
através de sistemas de informação ou, até mesmo, pelo tradicional Microsoft Excel®.
18
O primeiro passo é aplicar um corte linear de 30% fazendo com que a
meta final seja alcançada. A partir disto, aplicar-se-á o procedimento estatístico
conhecido como regressão a fim de se encontrar o valor ideal de redução de cada
unidade considerando seu consumo per capita.
O procedimento é basicamente encontrar a função F(x) que descreve a
linha de tendência descrita no Gráfico 02, considerando o corte de 30% estipulado.
Esta função, portanto, estabelecerá um valor padrão de acordo com a quantidade de
pessoas que resultará no consumo ideal de água para as unidades (baseado no
comportamento do consumo das unidades prediais da SEF/MG em 2014). Não cabe
a este estudo aprofundar ou demonstrar as metodologias estatísticas que resultam
nesta função já que, como supracitado, essa pode ser facilmente encontrada a partir
de ferramentas de amplo acesso.
A função que descreve o consumo (em m³) em relação à quantidade de
pessoas de cada unidade é: F(x) = 0,5772 + 0,7226x, sendo F(x) o consumo e a
variável “x” a quantidade de pessoas. Desta maneira, aplicando-se a função
encontrada estatisticamente para definir as metas das unidades prediais da Tabela
05, tem-se:
Tabela 06 – Metas de consumo per capita.
Unidades
Meta mensal com corte linear Meta mensal com corte não
linear
Em m³ Em corte
percentual Em m³ Em corte percentual
Monte Sião 1,07 m³ 30% 0,84 m³ 45,35%
Muriaé 0,67 m³ 30% 0,75 m³ 22,7%
Orlando Pereira da Silva 3,28 m³ 30% 0,74 m³ 77,44%
Fonte: Elaboração própria
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O corte não linear, portanto, resultaria em uma racionalização mais
correta que leva em conta a situação atual de consumo. Desta maneira, unidades
com consumo mais descomedido reduzem mais do que as que já possuem um
consumo consciente. A Tabela 07 demonstra a quantidade de água (em m³) cada
uma das unidades listadas acima reduziria num corte linear e no não linear.
Tabela 07 – Redução no consumo (em m³) das unidades supracitadas
Unidades Redução – corte linear Redução – corte não linear
Monte Sião 64,4 m³ 50,4 m³
Muriaé 218,4 m³ 241,05 m³
Orlando Pereira da Silva 1.416,8 m³ 319,68 m³
Fonte: Elaboração própria
Desta maneira, as metas das Unidades Prediais da SEF/MG devem ser
estabelecidas a partir da função F(x) encontrada estatisticamente o que
proporcionará o alcance da meta de redução global desta Secretaria em 30%
(Apêndice I). Vale destacar que aquelas Unidades que, por alguma razão, não
conseguem realizar leitura do consumo (em m³) não foram consideradas na meta de
redução, entretanto, estas devem ser conscientizadas e estimuladas a realizar um
uso mais consciente da água. Outro fator importante a ser destacado é que, a partir
das metas encontradas pela função, deve ser realizado monitoramento mensal o
que gerará informações que serão subsídio para a tomada de decisão além de gerar
o acompanhamento quanto ao alcance da meta.
Ressalta-se, novamente, que a meta estabelecida deve ser utilizada como
referência já que podem existir fatores qualitativos que justifiquem um consumo
elevado por algumas Unidades. Desta maneira, necessita-se complementar os
dados quantitativos com informações qualitativas que possibilitem a diminuição de
incertezas no processo de tomada de decisão e de redução do consumo. Estas
informações podem ser úteis na identificação de vazamentos, necessidades de
manutenção, identificação de boas práticas no uso da água, entre outras.
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4.1 Informações qualitativas sobre o consumo de água das unidades prediais
da SEF/MG
Na pesquisa realizada com as 159 Unidades Prediais da SEF/MG foram
solicitadas informações qualitativas, quais sejam: observações importantes sobre o
consumo da Unidade, focos de vazamentos e necessidades de manutenção. Como
apresentado anteriormente, essas informações são úteis no processo de
racionalização da água por que complementam os dados quantitativos e auxi liam o
processo de tomada de decisão.
Para exemplificar, apresenta-se o caso do Conselho de Contribuintes de
Minas Gerais (CCMG) que se localiza na Av. João Pinheiro, no 581 – Funcionários,
em Belo Horizonte. Os dados enviados por esta unidade estão representados no
Tabela 08.
Tabela 08 – Dados do Conselho de Contribuintes de Minas Gerais.
Valor da Conta de
Água em 2014
Consumo Médio Mensal
em 2014 (M³)
Número de
Pessoas
Consumo Per Capita
Mensal em 2014 (M³)
R$330.738,95 97,5 m³ 63 1,55 m³
Fonte: Elaboração própria.
Caso o corte fosse aplicado com base nestes dados a redução seria para
um consumo mensal de: 46,101 m³. Entretanto, esta unidade enviou uma
informação qualitativa importante que altera a visão sobre o corte que deve ser
realizado nesta unidade. No campo de observações, do questionário enviado, o
CCMG informou que: “O CCMG recebe em média 15 pessoas/dia (advogados e
estagiários)”. Desta maneira, o número de pessoas que fazem uso da água por dia
nesta unidade aumenta, o que afetará a meta a ser estabelecida demandando
análise por parte dos responsáveis pela tomada de decisão nesse caso.
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Percebeu-se, também, através da pesquisa, que diversas unidades
prediais apresentam focos de vazamentos (Quadro 01) e carecem de manutenção
(Quadro 02)9 necessitando urgentemente de consertos para evitar desperdícios de
água. Esta é uma informação qualitativa de grande importância já que auxilia na
redução do consumo da Secretaria de Fazenda otimizando a utilização dos recursos
hídricos, além de atender ao determinado pelo artigo 3o da Resolução 03/2015 da
SEPLAG:
Comporá o PRCA relatório de vistoria de todas as unidades prediais de responsabilidade de cada órgão e entidade, no qual deverão ser
identificados possíveis focos de vazamento, oportunidades de reaproveitamento da água e necessidades de manutenção nas instalações hidráulicas. (MINAS GERAIS, 2015, p. 1).
Quadro 01: Exemplos de focos de vazamentos nas Unidades Prediais da SEF/MG.
Unidade Predial Foco de vazamento
Coronel
Fabriciano
Existe foco de vazamento em uma descarga. Já apertamos a
mesma, mas, as vezes, ela volta a vazar. Em contato com o
dono do imóvel, o mesmo não quis efetuar a troca.
Mateus Leme 6 torneiras improvisadas com plásticos enrolados para conter
vazamento.
Três Corações Duas descargas com vazamentos.
Varginha 1 registro – banheiro masculino da garagem
Fonte: Elaboração própria.
9 A lista completa de focos de vazamento e necessidades de manutenção estão no Apêndice II e
Apêndice III, respectivamente.
22
Quadro 02 – Exemplos de necessidades de manutenção nas Unidades Prediais da SEF/MG.
Unidade Predial Necessidades de Manutenção
Camanducaia As mangueiras e caixas de descarga precisam de manutenção
Curvelo
A Administração Fazendária de 2o Nível de Curvelo necessita
de uma reforma geral, não só na parte hidráulica. O prédio é
antigo e, além da água, também consome muita energia (que
também nos remete à água).
Machado Necessita manutenção urgente, tendo em vista os vazamentos
ocorridos em 12/2014.
Três Pontas
Manutenção no banheiro feminino e masculino, cujas
descargas estão desreguladas; revisão na tubulação do
bebedouro público.
Fonte: Elaboração própria.
Estas informações permitem a elaboração de um plano de priorização
orçamentária com a finalidade de sanar estes pontos o que auxi liará no alcance da
qualidade do gasto público e, simultaneamente, o alcance da meta de redução
estabelecida.
4.2 Boas práticas de reutilização dos recursos hídricos.
O questionário enviado às Unidades Prediais também solicitava que estas
informassem as boas práticas de reutilização de água – realizadas ou que ainda
possam ser realizadas – que impactem positivamente a redução da utilização dos
recursos hídricos. Essas informações podem basear ações que auxiliem o
aprimoramento da qualidade do gasto público e, consequentemente, o
enfrentamento à crise hídrica em Minas Gerais. Dentre as boas práticas
identificadas, este estudo apresentará uma a fim de exemplificar o que fora
apresentado.
23
O CCMG informou que, segundo determinação, as caixas d’água devem
ser, obrigatoriamente, limpas a cada seis meses. A unidade relatou, entretanto, que
ao realizar a limpeza, grande parte da água que nela estava era descartada. Quando
essa questão foi identificada, os responsáveis começaram a fechar o registro do
imóvel alguns dias antes a fim de reduzir a quantidade de água desperdiçada.
Entretanto, ainda assim, muita água era descartada. Durante o desenvolvimento do
processo de racionalização na SEF/MG, utilizando-se os sistemas de informação
disponíveis, pode-se realizar um cálculo de quantos dias antes da limpeza da caixa
d’água o registro deveria ser fechado para que o CCMG pudesse desperdiçar a
menor quantidade de água possível nesse procedimento.
Para tanto, os seguintes dados são necessários nesse cálculo:
capacidade da caixa d’água e meta de consumo diário da unidade. Dessa forma,
será possível calcular quantos dias úteis uma caixa d’água cheia consegue atender
em cada Unidade Predial. A Tabela 09 apresenta o exemplo deste cálculo para o
CCMG.
Tabela 09 – Contagem de dias com que o registro deve ser fechado no CCMG antes da limpeza da caixa d’água.
Capacidade da caixa d’água Litros utilizados por dia10
Dias para fechar o registro
20.000 litros 2.305,05 litros 8 a 9 dias antes
Fonte: Elaboração própria.
Vale ressaltar que esta é somente uma das diversas boas práticas de
reutilização de água que foram identificadas.
10
A medida apresentada é baseada na meta mensal para 2015, já considerando a redução estabelecida, divida por 20 dias úteis – que poderá ser adaptado ao mês em que a limpeza será
realizada.
24
5 CONSIDERAÇÕS FINAIS
O constante aprimoramento da qualidade do gasto público é essencial
para o alcance da redução no consumo de água pelos órgãos e entidades do Poder
Executivo do Estado de Minas Gerais. Como demonstrado, no caso da SEF/MG,
unidades prediais apresentam consumos desiguais e, para se aplicar um corte sobre
esse consumo, as mesmas devem ser tratadas de maneira particular a fim de igualá-
las na eficiência da utilização dos recursos hídricos. Vale destacar que esta ação
pretende auxiliar o enfrentamento à crise sendo que esse somente pode ser
alcançado em plenitude com ações amplas de infraestrutura, além de
conscientização e colaboração de toda a população, indústrias e agronegócio.
Ressalta-se que a metodologia utilizada neste artigo aplicou-se
especificamente à Secretaria de Fazenda de Minas Gerais. Entretanto, aconselha-se
que todas as demais secretarias de estado uti lizem métodos semelhantes ao
estabelecer a redução para prevenir possíveis injustiças que ocorram no processo
de racionalização. Além disto, recomenda-se que as metodologias aqui aplicadas
não sejam utilizadas somente em situações tempestivas como racionalizações e
contingenciamentos, mas que se torne um processo buscando maximizar as
entregas para a sociedade e a eficiência do Estado.
Este artigo teve como objeto de estudo a racionalização do consumo de
água, entretanto, metodologias devem ser desenvolvidas para todas as despesas de
custeio do setor público visando identificar focos de ineficiência e questões passíveis
de aperfeiçoamento nos gastos públicos. Para tanto informações quantitativas e
qualitativas são essenciais sendo que o acesso a estas pode gerar a diminuição das
incertezas no processo de tomada de decisão por parte dos gestores.
Concluindo, destaca-se que o estudo de padrões e metodologias devem
ser contínuos para que não ocorra a estagnação em um método desenvolvido e tido
como correto para aplicar à redução de água ou de qualquer outra despesa.
25
REFERÊNCIAS
1. AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água. 2015. Disponível em: <
http://atlas.ana.gov.br/Atlas/forms/analise/RegiaoMetropolitana.aspx?rme=5 > Acessado em: 18 mar. 2015. 2. COPASA. Copasa Transparente. 2015. Disponível em: <
http://www.copasatransparente.com.br/ >. Acessado em: 18 mar. 2015
3. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Cidades – Minas Gerais. 2015. Disponível em: <
http://cidades.ibge.gov.br/xtras/uf.php?lang=&coduf=31&search=minas-gerais >. Acessado em: 18 mar. 2015
4. LORDELLO DE MELLO, Diogo. O Município na organização nacional: bases para uma reforma do regime municipal brasileiro. Rio de Janeiro: IBAM, p.100,
1971 5. MAIA, Alexandre Paulo et al. A importância da melhoria da qualidade do gasto público no Brasil: Propostas práticas para alcançar este objetivo. In: II
CONGRESSO CONSAD DE GESTÃO PÚBLICA – Painel 32: Qualidade do gasto
público II, 2007. Disponível em: < http://consad.org.br/wp-content/uploads/2013/02/A-IMPORT%C3%82NCIA-DA-MELHORIA-DA-
QUALIDADE-DO-GASTO-P%C3%9ABLICO-NO-BRASIL-PROPOSTAS-PR%C3%81TICAS-PARA-ALCAN%C3%87AR-ESTE-OBJETIVO1.pdf > Acessado em: 18 mar. 2015
6. MINAS GERAIS. Resolução SEPLAG no 03, de 27 de Janeiro de 2015.
Estabelece diretrizes para racionalização do consumo de água no âmbito do Poder Executivo Estadual. Imprensa Oficial – Governo do Estado de Minas Gerais – Diário do Executivo, Belo Horizonte, ano 123, n. 18, 28 jan. 2015. Caderno I, p. 7.
Disponível em: <http://jornal.iof.mg.gov.br/xmlui/handle/123456789/137515?paginaCorrente=01&po
sicaoPagCorrente=137509&linkBase=http%3A%2F%2Fjornal.iof.mg.gov.br%3A80%2Fxmlui%2Fhandle%2F123456789%2F&totalPaginas=28&paginaDestino=7&indice=0 >. Acessado em: 15 mar. 2015.
7. REZENDE, Fernando; CUNHA, Armando; BEVILACQUA, Roberto. Informações de custos e qualidade do gasto público: lições da experiência internacional. Revista de Administração Pública, v. 44, n. 4, p. 959 a 992, 2010. Disponível em: <
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rap/article/viewArticle/6955 > Acessado
em: 18 mar. 2015.
26
APÊNDICES
Apêndice I
Unidade Predial Meta Mensal (m³)
ABAETÉ 5,6354
AIMORÉS 5,6354
ALÉM PARAÍBA 10,6936
ALFENAS 12,8614
ALMENARA 10,6936
ANDRADAS 4,1902
ARAGUARI 16,4744
ARAXÁ 18,6422
ARCOS 6,358
BARÃO DE COCAIS 4,9128
BARBACENA 18,6422
BELO HORIZONTE 1 e BELO HORIZONTE 2 345,98
BELO HORIZONTE 3 133,5356
Betim 38,875
BOA ESPERANÇA 5,6354
BOCAIÚVA 5,6354
BOM DESPACHO 7,0806
BRASÍLA DE MINAS 4,1902
CAMANDUCAIA 4,1902
CAMBUÍ 6,358
CAMPINA VERDE 3,4676
CAMPO BELO 22,2552
CAMPOS GERAIS 4,1902
CAPINÓPOLIS 9,971
CARANGOLA 9,971
CARATINGA 13,584
CARMO DO PARANAÍBA 6,358
CÁSSIA 3,4676
CATAGUASES 10,6936
CAXAMBU 4,1902
CCMG 46,101
CLÁUDIO 4,1902
CONCEIÇÃO DAS ALAGOAS 4,9128
CONGONHAS 6,358
CONSELHEIRO LAFAIETE 8,5258
CONSELHEIRO PENA 2,745
COROMANDEL 4,1902
CORONEL FABRICIANO 5,6354
Curvelo 21,5326
DFT CONTAGEM 33,0942
DFT/Belo Horizonte 101,0186
DFT/Juiz de Fora 33,0942
27
DFT/Poços de Caldas 16,4744
DIAMANTINA 8,5258
DIVINÓPOLIS 85,1214
Divisão de Manutenção de Veículos/Diretoria
de Logística e Qualidade do Gasto 17,9196
Divisão de Material de Consumo e
Patrimônio/Diretoria de Logística e Qualidade do Gasto
28,7586
FORMIGA 13,584
FRANCISCO SÁ 4,1902
FRUTAL 15,0292
GUANHÃES 5,6354
GUAXUPÉ 13,584
IBIÁ 4,9128
Ibirité 4,1902
INHAPIM 6,358
IPATINGA 66,3338
ITABIRA 7,8032
ITAJUBÁ 15,0292
ITAMBACURI 4,1902
ITAOBIM 3,4676
ITUIUTABA 20,0874
ITURAMA 6,358
JACUTINGA 4,1902
JANAÚBA 12,8614
JANUÁRIA 5,6354
JOÃO MONLEVADE 12,1388
JOÃO PINHEIRO 7,0806
LAGOA DA PRATA 4,9128
LAGOA SANTA 9,2484
LEOPOLDINA 25,8682
MANHUAÇU 22,9778
MANHUMIRIM 7,0806
MANTENA 4,1902
Martins Soares 12,8614
Mateus Leme 3,4676
MATOZINHOS 7,8032
MONTE CARMELO 10,6936
MONTE SANTO DE MINAS 3,4676
MONTE SIÃO 4,1902
MONTES CLAROS 73,5598
MURIAÉ 20,0874
MUTUM 4,9128
NANUQUE 7,8032
NOVA LIMA 9,2484
Núcleo de Contribuintes Externos – São Paulo 17,197
28
Núcleo de Fronteira (Antigo P.F. Pedro Fagundes Sobrinho)
15,0292
OLIVEIRA 6,358
Orlando Pereira da Silva 26,5908
OURO FINO 7,0806
OURO PRETO 7,8032
PARÁ DE MINAS 15,7518
PARACATU 14,3066
PARAGUAÇU 3,4676
PARAISÓPOLIS 6,358
PASSOS 21,5326
PATOS DE MINAS 22,2552
PEDRA AZUL 5,6354
PEDRO LEOPOLDO 8,5258
PF Extrema 38,875
PIRAPORA 16,4744
PITANGUI 6,358
PIUMHI 7,0806
POÇOS DE CALDAS 42,488
PONTE NOVA 13,584
POUSO ALEGRE 41,7654
PRATA 4,1902
RESPLENDOR 4,1902
RIBEIRÃO DAS NEVES 7,0806
RIO CASCA 9,971
RIO POMBA 3,4676
SABARÁ 6,358
SALINAS 4,9128
SANTA LUZIA 9,971
SANTA VITÓRIA 4,9128
SANTO ANTÔNIO DO MONTE 4,1902
SÃO FRANCISCO 4,9128
SÃO GOTARDO 7,0806
SÃO LOURENÇO 11,4162
SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO 13,584
TEÓFILO OTONI 28,7586
TIMÓTEO 7,8032
TRÊS CORAÇÕES 10,6936
TRÊS PONTAS 4,9128
TUPACIGUARA 4,9128
UBÁ 30,9264
UBERABA 90,9022
UBERLÂNDIA 141,4842
VARGINHA 67,0564
VÁRZEA DA PALMA 5,6354
VESPASIANO 4,1902 Fonte: Elaboração própria.
29
Apêndice II
Unidade Predial Focos de Vazamento
AIMORÉS
O consumo registrado é incompatível com o no de usuários o que indica possível
vazamento, ainda não detectado; Foi substituído o encanamento entre o hidrômetro e caixa de água e efetuado ajustes nas válvulas de descarga, porém o problema ainda
persiste.
Antônio Reimão de Melo
Torneira do bebedouro, que atende ao público externo, no sentido MG > RJ. Descarga de banheiro atendimento público externo.
BARÃO DE COCAIS
Sim: descarga e um cano de água na parte externa do imóvel
BELO HORIZONTE 1 e
BELO HORIZONTE 2
Há necessidades de manutenção nas instalações hidráulicas.
BELO HORIZONTE 3
Há necessidades de manutenção nas instalações hidráulicas.
BOA ESPERANÇA
2 descargas
CAMANDUCAIA 2 mangueirinhas de banheiro, 02 registros e 02 caixas de descargas.
CAPINÓPOLIS SIM, torneiras dos 02 banheiros.
CAXAMBU 1 válvula de descarga
Contagem 1o Nível
e Contagem 2o
nível 31 descargas
CORONEL FABRICIANO
Existe foco de vazamento em uma descarga. Já apertamos a mesma, mas as vezes ela volta a vazar. Em contato com o dono do imóvel, o mesmo não quis efetuar a
troca.
INHAPIM Vazamento de água ocorrido em outubro, devido à quebra de um dos canos da
tubulação que abastecia o reservatório de água.
LAGOA DA PRATA
Vazamentos nas descargas dos 2 banheiros da AF.
LEOPOLDINA Sim, solucionado de forma momentânea. Temos 03 banheiros, uma cozinha, 02 mictórios (banheiro) e um tanque(garagem), sendo 07 Torneiras, 05 registros, 05
descargas, muito antigos precisando urgentemente de reforma.
Martins Soares Um fraco vazamento na torneira da cozinha do primeiro andar da unidade.
Mateus Leme 6 torneira improvisada com plásticos enrolados para conter vazamento.
MONTE CARMELO
SIM: uma torneira do banheiro.
MURIAÉ Torneira localizada embaixo da escada do andar térreo.
OLIVEIRA 2 Válvulas de descarga.
OURO PRETO 1 torneira – banheiro feminino 1 descarga- banheiro feminino
PARÁ DE MINAS Como a construção é antiga as válvulas de descarga têm maior vazão de água, não
se tratando apenas de regulagem, tendo em vista que os modelos utilizados dependem de maior volume de água
30
PEDRO LEOPOLDO
O prédio é muito antigo. No próximo fim de semana, verificaremos através do hidrômetro, se houve alguma indicação de consumo de água no prédio, o que
denotaria vazamento.
PF Extrema Banheiro externo
PIRAPORA 03 torneiras, 01 registro (ducha íntima)
POÇOS DE CALDAS
1 descarga com vazamento.
SANTA LUZIA Encanamentos velhos e já danificados.
TRÊS CORAÇÕES
Sim. Duas descargas com vazamentos.
UBÁ Temos 8 descargas, 11 torneiras e 6 registros na Unidade de Ubá (AF e DF de Ubá e
SEPLAG)
VARGINHA 1 registro – banheiro masculino da garagem
Fonte: Elaboração própria.
31
Apêndice III
Unidade Predial Necessidade de manutenção
AIMORÉS Instalação de caixa em fibra de vidro, em substituição a caixa atual que é de alvenaria; Possível substituição do encanamento de distribuição, torneiras e caixas de descargas.
ALMENARA SIM, TODA A REDE HIDRÁULICA DESTA UNIDADE É MUITO VELHA, CANOS DE
FERRO.
BARÃO DE COCAIS
Sim. A AF, em conjunto com os demais órgãos que ocupam o prédio, já oficiou a Prefeitura Municipal, proprietária do imóvel, solicitando a manutenção.
BELO HORIZONTE 1 e
BELO HORIZONTE 2
As obras para substituição da rede hidráulica e de esgoto do prédio tiveram início em setembro/14 e foram paralisadas no final de dezembro. Foram concluídos os banheiros
de 3 andares. Faltam ainda 6 andares. A situação da tubulação é crítica, com muitos vazamentos. Temos tomado medidas paliativas, mas os vazamentos são constantes.
Aguardamos a retomada da obra em 2015, visando sanar definitivamente os problemas hidráulicos do edifício, o que irá trazer uma economia significativa no consumo de
água.
BELO HORIZONTE 3
A situação da tubulação hidráulica e de esgoto deste edifício é semelhante à do prédio da R. da Bahia. Já existe no DEOP um projeto pronto para ser executado desde 2011.
Entretanto aguardamos a aprovação para início da obra. A execução desse projeto também é de extrema necessidade para o momento pelo qual estamos passando, pois
além da situação precária da tubulação (de ferro fundido) é necessário fazer a substituição das descargas convencionais por caixas acopladas, que possibilitam maior
economia de água.
Betim Manutenção preventiva por profissional qualificado para detectar vazamentos não
visíveis e possíveis substituições de materiais hidráulicas.
CAMANDUCAIA As mangueiras e caixas de descarga precisam de manutenção
CAMPO BELO
Como o prédio é constituído de dois andares, sendo que no térreo está situada a Administração Fazendária e no piso superior estão situados a EMATER e o IMA, e
possui apenas um hidrômetro para aferir o consumo de todo prédio, estamos necessitando da instalação de mais um hidrômetro e de uma caixa d'agua, para que
haja o controle do consumo individual por órgão e, assim, cada qual se responsabilizar e gerenciar o seu próprio consumo de água.
CAPINÓPOLIS Necessidade de troca das torneiras dos 02 banheiros.
CATAGUASES Reparo nas válvulas das descargas dos banheiros.
CAXAMBU Apesar de ter passado por reforma em 2005 e 2009, o imóvel é muito antigo e
necessita de manutenção em suas instalações hidráulicas (rede de água e esgoto)
Contagem 1o Nível
e Contagem 2o
nível Trocar todas as válvulas de descargas
CORONEL FABRICIANO
Descarga do banheiro
Curvelo A Administração Fazendária de 2
o Nível de Curvelo necessita de uma reforma geral,
não só na parte hidráulica. O prédio é bem antigo e, além da água, também consome muita energia (que também nos remete à água).
DFT/Belo Horizonte
Instalação de torneiras com temporizador e substituição das descargas por caixa acoplada.
Ibirité Manutenção preventiva por profissional qualificado para detectar vazamentos não
visíveis e possíveis substituições de materiais hidráulicas.
ITUIUTABA Substituição dos vasos sanitários com válvulas hidráulicas por vaso com caixa
agregado e válvulas econômicas. Substituição das torneiras convencionais nas pias do banheiro por torneiras com controle de vazão, automática.
32
JOÃO MONLEVADE
TROCAR 05 TORNEIRAS, 02 CAIXAS DE DESCARGA
LAGOA DA PRATA
Necessidade de troca das válvulas de descarga dos banheiros. O imóvel é cedido pela Prefeitura e carece de manutenção.
LEOPOLDINA Sim – URGENTE, TENDO EM VISTA VAZAMENTOS OCORRIDOS EM 12/2014.
Martins Soares Troca de uma torneira na cozinha do primeiro andar da unidade, pois ela está
gotejando fracamente.
Mateus Leme Sim, são instalações antigas e frequentemente apresentam vazamentos.
MURIAÉ Manutenção da instalação hidráulica de uma torneira localizada embaixo da escada do andar térreo que está com um vazamento no cano que sai da parede. O vazamento foi
estancado provisoriamente, mas poderá voltar.
OLIVEIRA O imóvel onde está instalada a AF/Oliveira é antigo, com instalação hidráulica com
canos de ferro, sendo inviável sua reforma.
OURO FINO REPARO EM DUAS VALVULAS DE DESCARGA E UMA TORNEIRA DE PIA
BANHEIRO
OURO PRETO Há necessidade de uma vistoria na rede hidráulica, e na rede de esgoto da Unidade,
pois são instalações antigas, bem como a troca imediata de uma torneira e uma descarga no banheiro.
PARÁ DE MINAS Para acertar a questão da vazão de água das válvulas é necessária reforma nos
banheiros
PF Extrema SIM
PIRAPORA Necessidade de reparo da torneira da pia e mictório do banheiro masculino, torneira da
pia e ducha íntima do banheiro feminino e substituição de 04 (quatro) canoplas (acabamento da válvula de descarga)
POÇOS DE CALDAS
SIM
POUSO ALEGRE Algumas descargas e torneiras apresentaram vazamento e foram consertados pelo
titular da Unidade
RESPLENDOR SIM: 01 Descarga com problema (válvula precisa ser trocada, não há possibilidade de
reparo por ser modelo muito antigo)
RIBEIRÃO DAS NEVES
Manutenção de registro e regulagem de descargas em 11/02/2015.
RIO CASCA Registro dos banheiros, descarga dos banheiros, torneiras da área de serviços e
cozinha, reparo para torneira dos banheiros
SANTA LUZIA Substituição de 05 vasos sanitários antigos, para os de caixa acoplado;05 torneiras; 05
registros e modernização do encanamento da Unidade.
SÃO JOÃO DEL REI
Sim banheiros/descargas
SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO
2 torneiras, 1 CAIXA DE DESCARGA, 2 CONECTORES PARA Registro, 2 DUCHAS HIGIÊNCIAS, 1 REGISTRO DE GAVETA,
Sete Lagoas
SIM, SUBSTITUIÇÃO DE NOVE TORNEIRAS DE LAVATÓRIO(BANHEIROS) E DUAS TORNEIRAS DE BANCADA/COZINHA. MANUTENÇÃO COM TROCA DOS
REPAROS DE 09 DESCARGAS E TROCA DE UMA DESCARGA COMPLETA (SERVIÇOS E BOMBEIRO E PEDREIRO) E VERIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS
QUATRO REGISTRO.
TEÓFILO OTONI Dois registros, três válvulas e duas torneiras.
TIMÓTEO Sugiro troca de 02 descargas, por serem muito antigas e ter um grande consumo
TRÊS CORAÇÕES
Necessitamos de reparo ou troca destas duas descargas.
33
TRÊS PONTAS Manutenção no banheiro feminino e masculino, cujas descargas estão desreguladas; de revisão na pia da cozinha que apresenta lentidão para o escoamento de água e
sinais de entupimento; de revisão na tubulação do bebedouro público.
UBERABA Substituição de reparo em registro(atendimento); substituição de cano com vazamento na área externa; substituição de torneiras comum para torneiras econômicas; reparo de
um banheiro masculino com dois mictórios entupidos.
VARGINHA Necessitamos de reparo ou troca de um registro.
Fonte: Elaboração própria.
34
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AUTORIA
Irina Berbert Vidal Inácio Coelho – Especialista em Políticas Pública e Gestão Governamental. Secretaria de Estado de Defesa Social do Estado de Minas Gerais.
Endereço eletrônico: [email protected]
Pedro Vinícius Campos – Especialista em Políticas Pública e Gestão Governamental. Secretaria de
Estado de Fazenda de Minas Gerais.
Endereço eletrônico: [email protected]