a proposição de homenagens, honrarias, denominações e datas comemorativas na câmara municipal...

21
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESPÍRITO SANTO CAMPUS COLATINA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MYRIAN COSTA SCHÜLER A PROPOSIÇÃO DE HOMENAGENS, HONRARIAS, DENOMINAÇÕES E DATAS COMEMORATIVAS NA CÂMARA LEGISLATIVA DE VITÓRIA EM 2011 COLATINA 2012

Upload: migrei-pro-g-plus

Post on 09-Aug-2015

27 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

ESPÍRITO SANTO – CAMPUS COLATINA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ESPECIALIZAÇÃO EM

GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL

MYRIAN COSTA SCHÜLER

A PROPOSIÇÃO DE HOMENAGENS, HONRARIAS,

DENOMINAÇÕES E DATAS COMEMORATIVAS NA CÂMARA

LEGISLATIVA DE VITÓRIA EM 2011

COLATINA

2012

Page 2: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

MYRIAN COSTA SCHÜLER

A PROPOSIÇÃO DE HOMENAGENS, HONRARIAS,

DENOMINAÇÕES E DATAS COMEMORATIVAS NA CÂMARA

MUNICIPAL DE VITÓRIA EM 2011

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Coordenação do Curso de Pós-graduação lato sensu Especialização em Gestão Pública Municipal, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista.

Orientadora: Profª. Ornela Delazari Cavalari

COLATINA

2012

Page 3: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

MYRIAN COSTA SCHÜLER

A PROPOSIÇÃO DE HOMENAGENS, HONRARIAS,

DENOMINAÇÕES E DATAS COMEMORATIVAS NA CÂMARA

MUNICIPAL DE VITÓRIA EM 2011

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Coordenação do Curso de Pós-graduação lato sensu Especialização em Gestão Pública Municipal, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista.

Aprovado em 22 de janeiro de 2013.

COMISSÃO EXAMINADORA

Profa. Ornela Delazari Cavalari Instituto Federal do Espírito Santo

Orientador

Prof. Mônica Costa Arrevabeni Instituto Federal do Espírito Santo

Membro Interno

Prof. Rodrigo Basseti Tardin Instituto Federal do Espírito Santo

Membro Externo

Page 4: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

DECLARAÇÃO DO AUTOR

Declaro, para fins de pesquisa acadêmica, didática e técnico-científica, que este Trabalho de Conclusão de Curso pode ser parcialmente utilizado, desde que se faça referência à fonte e ao autor.

Colatina-ES, 22 de janeiro de 2012.

Myrian Costa Schüler

Page 5: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

5

A PROPOSIÇÃO DE HOMENAGENS, HONRARIAS,

DENOMINAÇÕES E DATAS COMEMORATIVAS NA CÂMARA

MUNICIPAL DE VITÓRIA EM 2011

THE PROPOSITION OF HOMAGES, HONORS, DENOMINATIONS

AND COMMEMORATIVES DATES ON VITÓRIA'S LEGISLATIVE

CHAMBER IN 2011

SCHÜLER, Myrian Costa (1), CAVALARI, Ornela Delazari (2)

(1) Autora. Bacharel em Turismo, Especialista em Planejamento e Gestão de Destinos Turísticos e em Gestão

Pública da Informação, Pós-Graduanda em Gestão Pública Municipal, Centro de Educação à Distância – CEAD,

Instituto Federal do Espírito Santo - IFES, Campus Piúma. Email: [email protected]

(2) Professora Orientadora. Bacharel em Letras, Especialista em Administração e Supervisão Escolar e Línguas.

Centro de Educação à Distância – CEAD, Instituto Federal do Espírito Santo - IFES, Campus Piúma. Email:

[email protected]

RESUMO O presente estudo tem como objetivo identificar um dos sintomas da ocorrência de problemas, desvios ou dificuldades na produção legislativa dos parlamentares na Câmara Municipal de Vitória. Para isso foi realizado o levantamento da quantidade de normas legais visando à criação ou prestação homenagens ou honrarias e de criação ou inclusão de datas comemorativas no calendário da cidade levadas à apreciação daquela Casa Legislativa em 2011. O levantamento contemplou todos os Projetos de Lei, de Resolução e de Decreto Legislativos protocolados no período, que foram sistematizados, analisados e classificados em função da matéria que propõem. O resultado do estudo e sua comparação com a quantidade e proporção de proposições com essas finalidades nas casas legislativas municipal e estadual inclina a crer que seu grande volume pode dever-se às limitações da capacidade de iniciativa dos parlamentos Palavras-chave: produção legislativa; homenagens; honrarias; denominações, datas comemorativas.

ABSTRACT The current study aims to identify one of the symptoms of the occurrence of problems, deviations or difficulties on the lawmaking of Vitória's Legislative Chamber's parliamentarians. To this end, a data collection was conducted on the amount of legal norms aiming at the creation or provision of homages or honors and at the creation or inclusion of commemorative dates on the city's calendar taken for assessment on that Legislative House in 2011. The collection contemplates every Legislative Bill, Resolution and Decree filed within the period, which were systematized, analyzed and classified according to the theme of its proposition. The study's results and following comparison on the amount and proportion of such propositions on municipal and state levels leads to believe that its volume might be due to the limitations of the parliaments' capacity for initiative.

Keywords: Lawmaking; homages; honors; denominations; commemorative dates.

Page 6: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

6

1 INTRODUÇÃO

Nas democracias representativas, como o Brasil, o poder do povo é exercido

diretamente ou por meio de representantes eleitos, os parlamentares, que exercem

as prerrogativas e atribuições do Poder Legislativo em nome dos eleitores. Aos

parlamentares, portanto, incumbe legislar em prol dos interesses da sociedade,

propondo soluções para seus problemas e buscando atender suas necessidades e

expectativas.

Parte das proposições dos parlamentares não cumpre esse papel porque não

se adéqua às exigências de constitucionalidade, legalidade e juridicidade ou

extrapola a competência do Poder Legislativo ou da esfera de governo e não chega

a ser aprovada; e parte porque, mesmo aprovada, traz pouca ou nenhuma

contribuição para a solução dos problemas da população ou para a melhoria de sua

qualidade de vida, como é o caso das que tem finalidade meramente homenageante

ou comemorativa.

As proposições com essas finalidades não só podem constituir parte

significativa da produção parlamentar como nada impede que sejam a única

produção de alguns parlamentares, e em grande quantidade são um indício de

problemas que vão desde o distanciamento entre o eleitor e seu representante e a

concentração do poder de iniciativa nas mãos de outro poder ou esfera de governo

até o mau uso das atribuições e prerrogativas parlamentares em causa própria, por

exemplo para retribuir apoio ou doações de campanha.

Este artigo apresenta o levantamento da quantidade e percentual das

proposições voltadas à criação de datas comemorativas, concessão de títulos de

cidadão honorário, denominação de próprios, vias e logradouros públicos e

instituição de novas honrarias apresentados durante a 3ª sessão legislativa ordinária

da 16ª legislatura na Câmara Municipal de Vitória, no intuito de verificar se essas

matérias são parte significativa da produção parlamentar do período.

Esse levantamento teve como objetivo dar o primeiro passo para a avaliação

da produção legislativa de nossos parlamentares ao identificar a ocorrência de um

fenômeno que pode indicar a existência de problemas, e não pretende esgotar o

assunto, visto que a avaliação da qualidade dessa produção exigiria o estudo de

outros fatores.

Page 7: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

7

O estudo em questão foi desenvolvido no entre os meses de outubro e

dezembro de 2012, através de pesquisa exploratória em fontes primárias e

secundárias e da consulta à base de dados sobre a produção legislativa da Câmara

Municipal de Vitória, englobando toda a proposição de Projetos de Lei, Projetos de

Decreto Legislativo e Projetos de Resolução apresentada entre janeiro e dezembro

de 2011.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS DO MUNICÍPIO

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 - CF88 estabelece

que a República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios (art. 18), entes autônomos cuja organização, atribuições e

competências estão definidas em seu Título III - Da Organização do Estado.

A elevação do município a ente federativo foi uma inovação da CF88

(ROSSET, 2012; LENCIONI, 2005) que, segundo Meirelles (apud FREIRE e PINTO,

2005), proporcionou aos municípios uma autonomia político-administrativa que é

uma peculiaridade brasileira, e que, segundo Silva (apud FREIRE e PINTO, 2005)

criou uma nova instituição municipal, com reconhecido poder de auto-organização,

governo próprio, competências exclusivas e autonomia política (capacidade de auto-

organização e de autogoverno), autonomia normativa (capacidade de fazer leis

próprias sobre matéria de sua competência), autonomia administrativa

(administração própria e organização dos serviços locais) e autonomia financeira

(capacidade de decretação de seus tributos e aplicação de suas rendas).

Mas ainda que autônomos, os municípios integram a União e o Estado, de

forma que a lei que os rege obrigatoriamente atende aos princípios estabelecidos

nas Constituições Federal (art. 29) e Estadual, no caso a Constituição Estadual do

Espírito Santo - CEES (art. 20), como prescrito também na Lei Orgânica do

Município de Vitória - LOMV (art. 1º).

Em virtude disso a Constituição do Estado do Espírito Santo e a Lei Orgânica

do Município de Vitória praticamente replicam as competências atribuídas aos

municípios pela Constituição Federal em seu art. 30:

I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

Page 8: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

8

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

1

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;

2

VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.

A Constituição do Estado do Espírito Santo e a Lei Orgânica do Município de

Vitória incluíram, além das relacionadas acima, também a competência do município

para:

estabelecer incentivos que favoreçam a instalação de indústrias e empresas visando à promoção do seu desenvolvimento, em consonância com os interesses locais e peculiares, respeitada a legislação ambiental e a política de desenvolvimento estadual” (CEES, art. 28, IX e LOMV, art. 18, IX).

E a Lei Orgânica do Município de Vitória, em seu art. 18, atribui ao município

também competência privativa para:

X - ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horários para funcionamento de estabelecimentos industriais, comercias, prestadores de serviços e similares; XI – instituir a Guarda Municipal, destinada à proteção de seus bens, serviços, instalações extensivamente a todo o patrimônio histórico, cultural, artístico e paisagístico local, observada a legislação e a ação fiscalizadora e federal e estadual; XII – solicitar, mediante aprovação da Câmara Municipal, a intervenção da União no Estado, quando este:

a) deixar de entregar ao Município receitas tributárias fixadas na Constituição da República, dentro dos prazos estabelecidos em lei; b) negar a observância ou ferir, por qualquer meio, o exercício do princípio constitucional da autonomia municipal.

Assim como as competências de cada esfera de governo - Federal, Estadual,

Distrital e Municipal, também as competências de cada um dos poderes -

Legislativo, Executivo e Judiciário - é estabelecida nas Constituições Federal,

Estadual e Municipal - a Lei Orgânica. E a organização desses poderes,

independentes e harmônicos entre si nas três esferas de governo (CF88, art. 2º;

1 Na Lei Orgânica do Município de Vitória este inciso cita também a observação da própria Lei

Orgânica (art. 18, IV). 2 Acrescido de “e ao menor carente” na Constituição do Estado do Espírito Santo (art.28, VIII), e de

“ao menor e ao idoso carentes” na Lei Orgânica do Município de Vitória (art. 18, VII).

Page 9: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

9

CEES, art. 17; e LOMV, art. 2º), também é reproduzida da lei maior – a Constituição

Federal – para as menores, a Constituição Estadual e a Lei Orgânica.

Cada um dos poderes tem sua função típica ou substancial, aquela que é a

essência de cada poder e que o distingue dos demais: no Poder Executivo a função

executiva ou administrativa; no Poder Judiciário, a função jurisdicional; e no Poder

Legislativo a função legislativa (BRAZ, 2012).

A Federação e o Estado têm os três poderes, Legislativo, Executivo e

Judiciário (CF88, art. 2º e CEES, art. 17), e embora Rosset (2012) afirme que o

Poder Judiciário não é prerrogativa da União e dos Estados, mas também dos

Municípios, a Lei Orgânica de Vitória estabelece, em seu art. 2º, que no município os

poderes são apenas dois, o Legislativo e o Executivo.

Na esfera municipal o Poder Legislativo, independente dentro dos limites das

suas atribuições, é de competência das Câmaras Municipais, onde o Plenário -

órgão deliberativo e soberano da Câmara constituído pela reunião dos vereadores -

centraliza a atividade parlamentar (CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO,

2012).

2.2 O PODER DE LEGISLAR

Em Vitória o Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal de Vitória

(LOMV, art. 61), que é composta por 15 representantes do povo - os vereadores -

(LOMV, art. 63) e a quem cabe dispor sobre todas as matérias de competência do

município (LOMV, art. 64).

Segundo Lencioni (2005), com o status de partícipe da Federação o município

adquiriu competência legislativa exclusiva e suplementar para as matérias de

interesse local e um processo legislativo que lhe é peculiar, visto que

pode adotar um procedimento legislativo próprio [...] escolhendo inclusive quais atos legislativos e espécies normativas haverá no Município, e, ainda, disciplinar como serão seus respectivos procedimentos, ou relegar ao Regimento Interno da Edilidade o poder de fazê-lo (2005, p. 14).

Para Rosset (2012), o processo legislativo estabelecido na Constituição

Federal deve ser observado pelos entes federados, que não devem modificá-lo

substancialmente, mas podem suprimir alguma espécie legislativa cuja matéria

possa ser tratada por outra. Já para Monteiro e Castro (2001) o Município não está

obrigado a seguir previsões constitucionais, e sua Lei Orgânica pode estabelecer um

processo legislativo simplificado e mais adequado ao porte do Município.

Page 10: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

10

O processo legislativo, segundo Batista (2012), é um processo formal,

estruturado conforme o ordenamento legislativo, em que a cada espécie legislativa

corresponde um determinado procedimento, e essa definição é muito semelhante às

dos demais autores consultados: para Silva (1994), processo legislativo é o conjunto

de atos realizados pelos órgãos legislativos visando à formação das leis, e para

Monteiro e Castro (2001) o conjunto de atos ordenados para a elaboração das leis;

Mendes (2012) o define como uma sucessão de atos, fatos e decisões que vão da

apresentação de preposição legislativa por agente constitucionalmente capaz até a

sansão ou promulgação da norma legal, e Bastos (1998) como um conjunto de

disposições que regula o procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes,

na produção dos atos normativos; na definição de Ferreira (1991) processo

legislativo é o conjunto de atos coordenados tendo em vista a criação de regras

jurídicas, e na de Freire e Pinto (2005) o conjunto de atos pré-ordenados, realizados

pelos órgãos legislativos, com vistas à formação das leis.

Queiroz (1998) afirma que dentro do Processo Legislativo tem-se o

procedimento Legislativo, que são as fases a serem percorridas. Essas fases são,

segundo Freire e Pinto (2005) e Ferreira (1991), iniciativa, emenda, votação, sanção,

promulgação e publicação. Silva (1994) não inclui a publicação entre as fases do

processo legislativo, e para Ferreira Filho (2002) iniciativa não é uma fase do

processo legislativo, mas o ato que o desencadeia.

Iniciativa é, segundo Batista (2012) o ato pelo qual se requer ao Poder

Legislativo que dê início ao procedimento legislativo ou, conforme Portella (2006), a

manifestação de vontade, deflagrada por legitimados, no âmbito do Poder

Legislativo, de dar início a um procedimento cuja finalidade é modificar o

ordenamento jurídico.

Poder de iniciativa é, portanto, a faculdade de apresentar projetos de lei ao

Legislativo (SILVA apud RODRIGUES, 2004) ou o poder-dever de apresentar uma

proposição qualquer, dando assim início ao processo legislativo (BATISTA, 2012).

Braz (2012) define esse poder de iniciativa como privativo quando a apresentação

de determinada matéria ou espécie legislativa incumbe a um único órgão do Estado,

e como concorrente quando é partilhado pelo Parlamento e o Chefe do Poder

Executivo, já que, como salienta o autor, os demais só são titulares da competência

de iniciativa privativa.

Page 11: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

11

A Constituição Federal estabelece que o processo legislativo compreende a

elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis

delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções (art. 59), e a

LOMV estabelece que o processo legislativo compreende a elaboração de emendas

à Lei Orgânica, Leis Ordinárias, Decretos Legislativos e Resoluções (art. 78). Mas a

Câmara Municipal de Vitória, segundo seu Regimento Interno (art. 177), exerce sua

função legislativa por via da proposição de Propostas de Emenda à Lei Orgânica,

Projetos de Lei Complementar, Projetos de Lei Ordinária, Projetos de Decreto

Legislativo, Projetos de Resolução, Pareceres, Emendas, Moções, Requerimentos,

Votos de Louvor e de Pesar e Indicações3.

Cada uma dessas espécies legislativas, segundo Souza (2012) se submete a

processos e procedimentos específicos previstos no Regimento Interno de cada

Casa Legislativa. No Regimento Interno da Câmara Municipal de Vitória esses

procedimentos estão estabelecidos no Título VII, Capítulo II - Das Propostas e

Projetos.

Os Projetos de Lei destinam-se a regular as matérias de competência do

Poder Legislativo com a sanção do Prefeito Municipal (RICMV, art. 198, I), e sua

iniciativa é prerrogativa dos Vereadores, individual ou coletivamente, da Mesa, de

Comissão, do Prefeito Municipal ou dos cidadãos (RICMV, art. 199).

Projetos de Decreto Legislativo podem ser apresentados por qualquer

Vereador ou Comissão, pela Mesa ou por Colegiado específico (RICMV, art. 200), e

destinam-se a regular matérias de exclusiva competência da Câmara que não

disponham integralmente sobre assunto de sua economia interna (RICMV, art. 198,

II).

E os Projetos de Resolução destinam-se a regular matéria de competência

privativa da Câmara, de caráter político, legislativo ou administrativo, ou quando esta

deva pronunciar-se em casos concretos (RICMV, art. 198, III) e, assim como os

Projetos de Decreto Legislativo, podem ser iniciados por qualquer Vereador ou

Comissão, pela Mesa ou por Colegiado específico (RICMV, art. 200).

Essas espécies legislativas permitem a proposição de matérias que, uma vez

aprovadas, pouco contribuem para a solução dos problemas da cidade ou a

3 A Indicação, o Requerimento e a Moção, segundo Monteiro e Castro (2001) são proposituras porque

estão sujeitos à deliberação do plenário, mas não são atos normativos e portanto não se submetem ao processo legislativo.

Page 12: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

12

melhoria da qualidade de vida de sua população, uma vez que tem finalidades

puramente homenageantes ou comemorativas. Esse é o caso dos Projetos de Lei

que dão nome a próprios, vias e logradouros públicos (LOMV, art. 64, IX), instituem

datas comemorativas ou as incluem no calendário de eventos; dos Projetos de

Decreto Legislativo que concedem títulos de cidadão honorário ou outra honraria ou

homenagem (RICMV, art. 198, II, f); e dos Projetos de Resolução que se destinam a

instituir nova honraria a ser concedida pela Casa (RICMV, art. 198, III, h).

Essas proposições, além do pouco benefício, eventualmente provocam

manifestações de desagrado ou repúdio por parte da população, como no caso do

movimento popular pela mudança do nome da Ponte Costa e Silva, da controvérsia

sobre a alteração de nomes de logradouros e monumentos em Brasília (CORREIO

BRASILIENSE, 2012) e dos protestos contra a concessão de Título de Cidadão

Soteropolitano ao Pastor Silas Malafaia em Salvador (A TARDE, 2012; HORA DE

NOTÍCIAS, 2012). E podem submeter o Poder Público ao constrangimento de ter

que cassar uma honraria já concedida, como é o caso da Medalha do Pacificador

concedida a José Genoíno (TRIBUNA DA IMPRENSA, 2012).

Apesar disso esse tipo de matéria não só pode se constituir como parte

significativa da produção parlamentar de uma Casa Legislativa como nada impede

que seja a única produção de algum parlamentar.

2.3 A PRODUÇÃO LEGISLATIVA

Segundo Mendes (2012b) o parlamentar é o representante dos interesses da

sociedade e exerce as prerrogativas e atribuições do Poder Legislativo em nome dos

eleitores. E representação é, segundo Jellinek (apud FERREIRA FILHO, 2002), uma

relação entre uma pessoa e outra, ou outras, em virtude da qual a vontade da

primeira é considerada a expressão da vontade da última.

No município é o Vereador o titular desse mandato político que, segundo

Freire e Pinto (2005) é o elemento básico da democracia indireta ou representativa,

e sua atividade têm como finalidade a produção e fiscalização das normas que

regem a vida do cidadão (CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO, 2012).

O Vereador, portanto, legisla em nome do munícipe e sua produção legislativa

deve ter como objetivo o atendimento às suas necessidades e demandas. Esse

objetivo pode não ser alcançado por diversos motivos, que vão da inadequação da

Page 13: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

13

proposição às exigências de constitucionalidade, legalidade e juridicidade (RICMV

art. 79, I) até a aprovação de normas inoportunas, ineficazes ou irrelevantes.

Laroque (apud COELHO, 1991) afirma que a proporção das proposições

apresentadas que não se concretizam, isto é, não chegam a se transformar em

normas jurídicas, não é pequena porque os parlamentares nem sempre dispõem da

informação ou da competência técnica e jurídica necessárias.

Para Ferreira Filho (2002) os parlamentares não conseguem gerar a tempo as

leis que os governos e os grupos de pressão demandam, de forma que a maioria

das leis que editam é efêmera, e "destina-se a durar como a rosa de Malherbe

l'espace d'un matin..." (2002, p. 13).

A concentração de matérias que são reservadas ao legislador federal

(MALDONADO, 2012) e ao Poder Executivo (COELHO apud FERREIRA, 2001)

limita a capacidade de iniciativa dos parlamentos, que são, segundo Marco Maciel

(apud AZEVEDO, 2001) cada vez menos as instituições que fazem as leis e mais as

que aprovam as leis. O mesmo afirma Cunha (2012), para quem o Poder Legislativo

está sendo sufocado pelo Executivo, que através do veto de matérias sob alegações

diversas vem transformando-o em simples homologador das leis originadas nesse

Poder.

Interpretações errôneas sobre o processo legislativo e o papel político do

parlamentar, segundo Azevedo (2001), podem levar ao desânimo, à inação e à falta

de motivação, e a desmotivação, por sua vez, leva à falta de ideias e à reduzida

atividade legislativa, e o contrário disso ou, como diz Soares (2007), a necessidade

de exibir a produção de proposições pode levar a um fazer incessante de atos

normativos.

Mas mais grave do que isso é, segundo Azevedo (2001) o distanciamento

entre o eleitor e seus representantes, que faz com que o representante desconheça

as necessidades ou aspirações dos representados. Ferreira Filho (2002, p.14) afirma

mesmo que os parlamentares podem ser "pouco frequentados pela ponderação e

pela cultura, mas extremamente sensíveis à demagogia e à advocacia em causa

própria."

O excesso de proposições com finalidades puramente comemorativas ou

homenageantes pode ser um sinal da ocorrência de algum dos problemas citados, e

Page 14: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

14

vem sendo combatido pelas próprias Casas Legislativas. Na Câmara Municipal de

Vitória a indicação para o recebimento do Título de Cidadão Vitoriense é limitada,

em cada Sessão Legislativa, a duas por vereador e quatro para o Vereador

Presidente (RICMV, art. 326). Na Câmara Legislativa do Distrito Federal a

concessão de títulos de Cidadão Honorário e Benemérito de Brasília, além de ser

limitada a quatro por vereador a cada ano, não é permitida nos 90 dias anteriores ou

posteriores às eleições, medida necessária, segundo o deputado Chico Leite (apud

MAX, 2012), para evitar "uma verdadeira enxurrada de títulos".

As normas municipais baixadas pela Câmara de Vereadores representam o

resultado mais visível do trabalho legislativo (CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE

JANEIRO, 2012), e sua análise permite identificar se o legislador está cumprindo a

contento sua função de defender os interesses da sociedade ou se sua atuação se

pauta - ou se limita - por outros fatores, como os vistos acima.

Identificar a existência de desvios, problemas ou dificuldades na produção

legislativa de nossos representantes é o ponto de partida para a implantação de

ações que aumentem a eficácia de sua atuação, como já é feito em diversas Casas

Legislativas de todas as esferas de poder, por meio da elaboração de cartilhas e

manuais de apoio, do oferecimento de cursos, da criação de escolas do poder

legislativo e da conscientização de que, como diz Rodrigues (2004, p. 5) "mais

importante que produzir muitas leis é produzir boas leis."

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O presente trabalho baseou-se em pesquisas bibliográficas e documentais

realizadas entre os meses de outubro e dezembro de 2012 nas bibliotecas da

Câmara Municipal de Vitória, da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, da

Universidade Federal do Espírito Santo e nos sites de diversos órgãos e periódicos,

e os dados referentes ao objeto do levantamento foram extraídos do banco de dados

da Câmara Municipal de Vitória sobre a produção legislativa daquela Casa de Leis,

disponíveis em seu site.

A pesquisa realizada foi do tipo censitária e englobou todo o universo das

proposições cuja matéria poderia tratar do objeto do levantamento, ou seja, os

Projetos de Lei, de Decreto Legislativo e de Resolução, apresentados na Câmara

Municipal de Vitória no decorrer da 3ª sessão legislativa ordinária da 16ª legislatura.

Page 15: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

15

Como não comportam a proposição de homenagens, honrarias, denominações e

datas comemorativas, os Projetos de Emenda à Lei Orgânica não foram analisados

individualmente, embora seu total tenha sido considerado no cálculo da quantidade

de proposições. E as Indicações, Requerimentos e Moções apresentadas no

período, embora constassem do banco de dados consultado, como não dão origem

a normas legais, não foram contemplados pelo levantamento.

Os dados obtidos foram sistematizados por meio da tabulação e classificação

das proposições em virtude da espécie legislativa utilizada: Projetos de Lei, de

Decreto Legislativo, de Resolução e de Emenda à Lei Orgânica; e da matéria

tratada, em: denomina próprio, via ou logradouro; institui data comemorativa; inclui

data comemorativa no calendário de eventos; concede títulos de cidadão; concede

outra honraria ou homenagem; institui nova honraria; e outra.

O instrumento de coleta de dados utilizado foi uma planilha elaborada com o

programa Microsoft Excel 2007, o mesmo utilizado para o cálculo dos percentuais e

a elaboração dos gráficos e tabelas utilizados na análise quantitativa dos resultados

do levantamento e para sua exportação para o programa Microsoft Word 2007,

usado para redigir este trabalho.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

O levantamento demonstrou que em 2011 foram apresentados na Câmara

Municipal de Vitória 341 Projetos de Lei, 34 Projetos de Resolução, 5 Projetos de

Decreto Legislativo e 13 Projetos de Emenda à Lei Orgânica, num total de 393

proposições de normas legais.

Dos 5 Projetos de Decreto Legislativo apenas 1, o de nº 4, concede outra

honraria ou homenagem, um Título de Honra ao Mérito em Comemoração ao Dia do

Cidadão Vitoriense concedido a 30 pessoas, mas essa única proposição representa

20% do total dessa espécie legislativa apresentada no período.

Dos Projetos de Resolução 4, ou 12% do total de 34, propunham a instituição

de nova honraria a ser concedida pela Câmara Municipal de Vitória, 3 dos quais

visam à criação de novas comendas e um instituindo uma medalha destinada a

homenagear a categoria dos motoristas.

Quanto aos Projetos de Lei, dos 341 apresentados no período, 72 destinam-

se a dar nome a próprios, vias e logradouros públicos, instituir datas comemorativas

Page 16: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

16

ou incluí-las no calendário de eventos, o que representa 21% do total. Destes, 55

(16%) propõem denominações, 12 (4%) instituem datas comemorativas e 5 (1%) as

incluem no calendário oficial de eventos.

Acrescentando-se a esses números os 13 Projetos de Emenda à Lei

Orgânica, fica demonstrado que, das 393 proposições de normas legais, 77 tem

intenção homenageante ou comemorativa, ou seja, pouco menos de 20% do total, e

se distribuem conforme o gráfico abaixo:

Ao longo do presente artigo, evidenciou-se o fato de não terem sido

apresentados, no período analisado, nenhum Projeto de Decreto Legislativo sobre a

concessão de Título de Cidadão Honorário. Em virtude disso foi realizada nova

consulta à base de dados da Câmara Municipal de Vitória, e verificou-se que,

embora Regimento Interno, em seu art. 198, II, f, estabeleça que a espécie

legislativa adequada à apresentação dessa matéria seja o Projeto de Decreto

Legislativo, na prática foram entregues dois Requerimentos ao Presidente da

Câmara solicitando que fossem encaminhadas a uma Comissão Especial a

indicação dos nomes de três personalidades para receber a honraria.

Contatou-se também que, no decorrer do período, foi apresentado apenas um

Projeto de Decreto Legislativo sobre a concessão de honrarias ou homenagens. Mas

esse único projeto propunha a concessão do Título de Honra ao Mérito a 30

personalidades distintas.

Ainda assim a quantidade de proposições sobre os temas em estudo foi

menor do que esperávamos, visto que na Assembleia Legislativa do Espírito Santo,

entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do mesmo ano foram apresentados 446

Projetos de Lei, 373 dos quais de iniciativa do Poder Legislativo, e dentre os

iniciados pelo Legislativo, 148 propunham conceder título de cidadão e 19 a dar

Page 17: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

17

nome a próprios, vias e logradouros, o que representa 44% da proposição de

Projetos de lei pelos parlamentares no período. Frise-se que nesse número não se

incluem as proposições relacionadas à prestação de outras homenagens ou

honrarias nem a criação de datas comemorativas ou novas honrarias.

Essa comparação aumentou nossa impressão de que o volume de

proposições de normas legais com finalidades puramente homenageante ou

comemorativa resulta, pelo menos em parte, do pouco poder de iniciativa do poder

legislativo, especialmente o estadual. Isso porque, como é no município que a vida

real acontece, isto é, no município é que os cidadãos residem, trabalham e

consomem, e é lá que acontecem os problemas e a demanda por segurança, saúde

e educação, ocorrem as relações de consumo e funcionam os empreendimento

comerciais e industriais, o poder legislativo municipal tem uma competência

legislativa bem mais ampla do que o estadual.

5 CONCLUSÃO

Na literatura consultada não foi encontrada nenhuma sugestão sobre a

quantidade ou proporção comuns ou adequadas para a apresentação de matérias

sobre esses temas, e sua ocorrência na Câmara Municipal de Vitória não parece

especialmente significativa. Mas a quantidade de proposições com essas matérias

pode ser sazonal, tanto que na Câmara Legislativa do Distrito Federal foi proibida

em determinados períodos, e o estudo de uma série histórica permitiria uma visão

mais fiel de sua ocorrência.

Como dito anteriormente, este trabalho não pretendeu esgotar o assunto,

mesmo porque o levantamento da quantidade de normas legais propostas não basta

para se avaliar a qualidade do trabalho dos parlamentares. Não só porque as

matérias, que aqui classificamos como homenageantes ou comemorativas, também

podem vir ao encontro dos anseios da população, como todas as demais espécies

legislativas podem não fazê-lo. E para a avaliação da qualidade das normas

propostas é fundamental identificar sua motivação, sua conformidade e sua

efetividade, isto é, se foram elaboradas na intenção de beneficiar a comunidade, se

cumprem as exigências de constitucionalidade, legalidade e juridicidade necessárias

e se, uma vez aprovadas, atingem sua finalidade.

Page 18: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

18

6 REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Saulo. Ato Simbólico na Ponte Costa e Silva mudará nome para Honestino Guimarães. Correio Brasiliense, Brasília, 9 nov. 2012. Disponível em <http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2012/11/09/interna_cidadesdf,332794/ato-simbolico-na-ponte-costa-e-silva-mudara-nome-para-honestino-guimaraes.shtml>. Acesso em: 12 nov. 2012. ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESPÍRITO SANTO. Processo Legislativo. Disponível em: <http://www.al.es.gov.br/portal/legislativo/processo_legislativo.cfm>. Acesso em: 11 nov. 2012. ASSIS, Mário. Genoíno perderá sua Medalha do Pacificador. Tribuna da Imprensa, Rio de Janeiro, 20 out. 2012. Disponível em: <http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=50800>. Acesso em: 13 nov. 2012. AZEVEDO, Márcia Maria Corrêa de. Prática do Processo Legislativo: jogo parlamentar: fluxos de poder e ideias no congresso: exemplos e momentos comentados. São Paulo: Atlas, 2001. 403 p. BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 19 ed. São Paulo: Saraiva, 1998. p.339-366. BATISTA , Hernandez Piras. A Competência de Iniciativa. In: Cadernos do ILP. Ano I, nº 2. Curso de Processo Legislativo, Tomo 1, p. 47-50. Disponível em: <http://www.al.sp.gov.br/StaticFile/ilp/cadernos_ilp_proc_leg_tomo1.pdf>. Acesso em 5 nov. 2012. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 30 out. 2012. BRAZ , Flávio de Souza. Federalismo, Separação de Poderes e Princípio da Legalidade. In: Cadernos do ILP. Ano I, nº 2. Curso de Processo Legislativo, Tomo 1, p. 16-32. Disponível em: <http://www.al.sp.gov.br/StaticFile/ilp/cadernos_ilp_proc_leg_tomo1.pdf>. Acesso em 5 nov. 2012. CÂMARA MUNICIPAL DE VITÓRIA. Legislaturas. Disponível em: <http://www3.cmv.es.gov.br/Arquivo/Documents/PAG/legislaturas.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2012. ______. Produção Legislativa. Disponível em: <http://www3.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 1º nov. 2012. ______. Projeto de Decreto Legislativo nº 4, de 6 de setembro de 2011. Concede Títulos de Honra ao Mérito em Comemoração ao Dia do Cidadão Vitoriense. Disponível em: <http://www3.cmv.es.gov.br/Arquivo/Documents/PDL/PDL42011.pdf>. Acesso em 3 dez. 2012.

Page 19: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

19

______. Regimento Interno. Disponível em: <http://www3.cmv.es.gov.br/exibir.aspx?pag=regimento-interno>. Acesso em: 3 nov. 2012. CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO. Funcionamento do Legislativo. Disponível em: <http://www.camara.rj.gov.br/funclegisla_proclegisla_tplei.php?m1=acamrio&m2=func_legislativo&m3=proclegisla>. Acesso em: 31 out. 2012. COELHO, Inocêncio Mártires. Processo Legislativo: Relações entre o Congresso Nacional e o Poder Executivo na Constituição de 1988. Revista de informação legislativa, v. 28, nº 112, out./dez. de 1991. p. 55-68. CUNHA, Benedito Gonçalves da. Iniciativa dos Projetos de Lei a Nível Municipal. Disponível em: <http://www.cliqueache.com.br/iniciativa.html>. Acesso em 1° nov. 2012. ESPÍRITO SANTO. Constituição do Estado do Espírito Santo de 1989. Disponível em: <http://www.al.es.gov.br/appdata/anexos_internet/downloads/c_est.pdf>. Acesso em: 30 out. 2012. FERREIRA, Pinto. Curso de Direito Constitucional. 5 ed. ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 1991. p. 3-18; 261-397. FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Do Processo Legislativo. 5 ed. rev. ampl. atual. São Paulo: Saraiva, 2002. 303 p. FREIRE, Natália de Miranda; PINTO, Antônio Geraldo. Informações Úteis para o Funcionamento das Câmaras Municipais. 6 ed. Belo Horizonte: Assembleia Legislativa de Minas Gerais, 2005. 95 p. HORA DE NOTÍCIAS. LGBT é contra título de Cidadão Soteropolitano para Silas Malafaia. Salvador, 2012. Disponível em: <http://www.horadenoticias.com.br/noticias/-lgbt-e-contra-titulo-de-cidadao-soteropolitano-para-silas-malafaia-114>. Acesso em: 13 nov. 2012. LAPA, Priscila Maria; ÁTICO, Valério. Cartilha Papel do Vereador: Atribuições; Como funciona a Câmara Municipal. 1 ed. - Recife: União dos Vereadores de Pernambuco (UVP), 2005. 9 p. LENCIONI, Luis Fernando Cesar. Noções de Processo Legislativo e de Técnica Legislativa Municipal. Limeira: Câmara Municipal de Limeira, 2005. 65 p. MALDONADO, Maurílio. Separação dos Poderes e Sistema de Freios e Contrapesos: desenvolvimento no Estado Brasileiro. Disponível em: <http://www.al.sp.gov.br/web/instituto/sep_poderes.pdf>. Acesso em: 3 nov. 2012.

Page 20: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

20

MAX, Carlos. Norma limitando título de Cidadão Honorário entra em vigor. Disponível em: <http://www.blogdomax.com.br/em-vigor-lei-que-limita-concessao-de-titulo-de-cidadao-honorario>. Acesso em: 3 nov. 2012. MENDES, Simone Crema. A Urgência Constitucional e seu Reflexo no Processo Legislativo. Disponível em: <http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/2492/urgencia_constitucional_mendes.pdf?sequence=1>. Acesso em: 20 nov. 2012. MENDES, Tania Rodrigues. Processo Legislativo e Democracia Representativa. In: Cadernos do ILP. Ano I, nº 2. Curso de Processo Legislativo, Tomo 1, p. 4-15. Disponível em: <http://www.al.sp.gov.br/StaticFile/ilp/cadernos_ilp_proc_leg_tomo1.pdf>. Acesso em 5 nov. 2012. MONTEIRO, Yara Darcy Police; CASTRO, Arabela Maria Sampaio de. O Processo e a Técnica Legislativa Municipal. 2 ed. São Paulo: Fundação Prefeito Faria Lima, 2001. 112 p. OLIVEIRA, Sheila. Historiadores, pioneiros e artistas concordam com mudança em nome de ponte. Correio Brasiliense, Brasília, 29 ago. 2012. Disponível em: <http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2012/08/29/interna_cidadesdf,319627/historiadores-pioneiros-e-artistas-concordam-com-mudanca-em-nome-de-ponte.shtml>. Acesso em: 12 nov. 2012. PORTELLA, Simone de Sá. A Iniciativa de Lei no Procedimento Legislativo Ordinário. Revista da Faculdade de Direito de Campos. Ano VII, nº 9. Campos dos Goytacazes, dez. 2006. p. 667-687. QUEIROZ, Ari Ferreira de. Direito Constitucional. 8 ed. rev. E amp. Goiânia: Jurídica IEPC, 1998. p. 213-280. RODRIGUES, Geraldo de Morais. Produção legislativa: Poder Executivo & Congresso Nacional. 2004. Monografia (Especialização em Gestão Legislativa). Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade de Brasília, Brasília, 2004. Disponível em: <http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/1521/producao_legislativa_rodrigues.pdf?sequence=1>. Acesso em: 11 nov. 2012. ROSSET, Patrícia. Espécies Legislativas. Disponível em: <http://www.al.sp.gov.br/StaticFile/ilp/especies_legislativas.pdf >. Acesso em: 3 nov. 2012. SAKKIS, Ariadne. Novo nome para a Ponte Costa e Silva será escolhido pela população. Correio Brasiliense, Brasília, 28 ago. 2012. Disponível em: <http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2012/08/28/interna_cidadesdf,319404/novo-nome-para-a-ponte-costa-e-silva-sera-escolhido-pela-populacao.shtml>. Acesso em 12 nov. 2012.

Page 21: A Proposição de Homenagens, Honrarias, Denominações e Datas Comemorativas na Câmara Municipal de Vitória em 2011 - SCHÜLER, Myrian

21

SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 10 ed. rev. São Paulo: Malheiros, 1994. p. 447-510; 589-597. SOARES, Fabiana de Menezes. Legística e Desenvolvimento: a qualidade da lei no quadro da otimização de uma melhor legislação. Revista da Faculdade de Direito da UFMG. Belo Horizonte, nº 50, jan. – jul. 2007. p. 124-142. SOUZA, Sueli de. Fase de Complementação do Processo Legislativo (Plenário e Positivação). In: Cadernos do ILP. Ano I, nº 2. Curso de Processo Legislativo, Tomo 2, p. 15-25. Disponível em: <http://www.al.sp.gov.br/StaticFile/ilp/cadernos_ilp_proc_leg_tomo2.pdf>. Acesso em 5 nov. 2012. TAHAN, Lilian. Distritais apresentam projetos para mudar nomes de ruas, praças e pontes. Correio Brasiliense, Brasília, 20 nov. 2012. Disponível em: <http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2011/11/20/interna_cidadesdf,279238/distritais-apresentam-projetos-para-mudar-nomes-de-ruas-pracas-e-pontes.shtml >. Acesso em: 20 nov. 2012. TALENTO, Biaggi. Título concedido a Silas Malafaia gera mais protestos. A Tarde, Salvador, 11 set. 2012. Disponível em: <http://atarde.uol.com.br/politica/materias/1452752-titulo-concedido-a-silas-malafaia-gera-mais-protestos >. Acesso em: 13 nov. 2012. VITÓRIA. Lei Orgânica do Município de Vitória. Disponível em: <www.cmv.es.gov.br/Lei_Organica.htm>. Acesso em 30 out. 2012.