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Campinas – SP, 29 de julho a 01 de agosto de 2018. SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural A PRODUÇÃO ESPACIAL DO AÇAÍ NO BRASIL E PARÁ EM PERÍODO RECENTE (1995 – 2015) Selma Lúcia Moraes Brabo Universidade Federal do Pará - UFPA [email protected] Tatiana Pará Monteiro de Freitas Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará IFPA/CASTANHAL [email protected] André Cutrim Carvalho Universidade Federal do Pará - UFPA [email protected] Gisalda Carvalho Filgueiras Universidade Federal do Pará – UFPA [email protected] Grupo de Trabalho 7: Desenvolvimento rural, territorial e regional Resumo O Pará é o maior produtor de frutas consideradas exóticas e o açaí é o produto mais importante da fruticultura paraense. Neste aspecto, este trabalho expõe o processo da produção do açaí sobre o desenvolvimento socioeconômico regional, considerando, a análise da dinâmica do mercado do produto, sua evolução de preços a nível nacional e estadual, observando nesta atividade a relação de geração de emprego e renda, dado que sua extração é feita de forma manual pelos ribeirinhos, assim como expressa importante item na alimentação local. Então, através de dados secundários, via o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), buscou-se com a estatística descritiva para ver a evolução (ou involução) da produção, preços e ainda, pelo Sistema de Informação Geográfica –SIG, visualizar espacialmente a produção extrativa deste fruto ao longo de cinco anos (1995; 2000; 2005; 2010 e 2015). Os resultados apontaram que a demanda do açaí tem sido crescente, entretanto, em termos de produção regional, o açaí extrativo vem perdendo espaço para o açaí plantado, às vezes, com uso de irrigação, conforme dados do crédito de financiamento para esta cultura em tempos recentes (2000 a 2015) e, constatou-se ainda que pólos importantes de produção, como Cametá, deixaram de explorar esta atividade. Palavras-chave: Mercado de açaí; Oferta; Demanda; Ribeirinhos. Abstract Pará is the largest producer of fruits considered exotic and the açaí is the most important product of the fruit of Pará. In this regard, this paper exposes the process of açaí production on regional socioeconomic development, considering the analysis of the dynamics of the product market, its price evolution at national and state level, observing in this activity the relation of generation of employment and income, since its extraction is done manually by the

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Campinas – SP, 29 de julho a 01 de agosto de 2018.

SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

A PRODUÇÃO ESPACIAL DO AÇAÍ NO BRASIL E PARÁ EM PERÍODO

RECENTE (1995 – 2015)

Selma Lúcia Moraes Brabo

Universidade Federal do Pará - UFPA

[email protected]

Tatiana Pará Monteiro de Freitas

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará IFPA/CASTANHAL

[email protected]

André Cutrim Carvalho

Universidade Federal do Pará - UFPA

[email protected]

Gisalda Carvalho Filgueiras

Universidade Federal do Pará – UFPA

[email protected]

Grupo de Trabalho 7: Desenvolvimento rural, territorial e regional

Resumo

O Pará é o maior produtor de frutas consideradas exóticas e o açaí é o produto mais

importante da fruticultura paraense. Neste aspecto, este trabalho expõe o processo da

produção do açaí sobre o desenvolvimento socioeconômico regional, considerando, a análise

da dinâmica do mercado do produto, sua evolução de preços a nível nacional e estadual,

observando nesta atividade a relação de geração de emprego e renda, dado que sua extração é

feita de forma manual pelos ribeirinhos, assim como expressa importante item na alimentação

local. Então, através de dados secundários, via o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE), buscou-se com a estatística descritiva para ver a evolução (ou involução) da

produção, preços e ainda, pelo Sistema de Informação Geográfica –SIG, visualizar

espacialmente a produção extrativa deste fruto ao longo de cinco anos (1995; 2000; 2005;

2010 e 2015). Os resultados apontaram que a demanda do açaí tem sido crescente, entretanto,

em termos de produção regional, o açaí extrativo vem perdendo espaço para o açaí plantado,

às vezes, com uso de irrigação, conforme dados do crédito de financiamento para esta cultura

em tempos recentes (2000 a 2015) e, constatou-se ainda que pólos importantes de produção,

como Cametá, deixaram de explorar esta atividade.

Palavras-chave: Mercado de açaí; Oferta; Demanda; Ribeirinhos.

Abstract

Pará is the largest producer of fruits considered exotic and the açaí is the most important

product of the fruit of Pará. In this regard, this paper exposes the process of açaí production

on regional socioeconomic development, considering the analysis of the dynamics of the

product market, its price evolution at national and state level, observing in this activity the

relation of generation of employment and income, since its extraction is done manually by the

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riverside, as well as expresses an important item in the local food. Then, through secondary

data, via the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), we looked for descriptive

statistics to see the evolution of production, prices and also, through the Geographic

Information System -SIG, spatially visualize the extractive production of this five years (1995,

2000, 2005, 2010 and 2015). The results pointed out that açaí demand has been increasing,

however, in terms of regional production, the extractive açaí has been losing space for the

planted açaí, sometimes with irrigation, according to data of the financing credit for this crop

in times (2000 to 2015), and it was also noted that important production centers, such as

Cametá, stopped exploring this activity.

Key words: Açaí market; Offer; Demand; Ribeirinhos.

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresenta a discussão sobre a produção do açaí no estado paraense

nos últimos vinte um ano, em média, fazendo uma análise do seu crescimento econômico.

Destaca-se que, o interesse pela implementação da produção de frutos tem se dado pelo fato

do açaí, antes destinado totalmente ao consumo local, ter conquistado novos mercados e se

tornado em importante fonte de renda e de emprego para a economia regional.

Aliás, dados de Nogueira et al. . (2005), aponta que a economia no Brasil de açaí se

apresenta na venda de polpa congelada, para outros Estados brasileiros, o que vem

aumentando significativamente com taxas anuais superiores a 30%, podendo chegar à cerca

de 12 mil toneladas. Essa é a contribuição da produção do estado do Pará e as exportações de

polpa ou na forma de mix, para outros países, ultrapassam a mil toneladas por ano.

Neste sentido, o valor anual da produção de frutos de açaizeiro, no estado do Pará, em

2005, foi de aproximadamente 66 milhões de reais. Em 2016, no Brasil, o Valor Bruto da

Produção (VBP) de açaí foi de R$480,45 milhões e o estado do Pará incrementou este valor

em R$327,94 milhões, que correspondeu a 126 mil toneladas de frutos de açaí (PEVs-IBGE,

2017).

O açaizeiro (Euterpe Oleácea) é nativo da Amazônia brasileira e o Pará é o principal

centro de dispersão natural dessa palmácea. Populações espontâneas também são encontradas

nos estados do Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Tocantins; e em países da América do Sul

(Venezuela, Colômbia, Equador, Suriname e Guiana) e da América Central (Panamá). No

entanto, é na região do estuário do Rio Amazonas que se encontram as maiores e mais densas

populações naturais dessa palmeira, adaptada às condições elevadas de temperatura,

precipitação pluviométrica e umidade relativa do ar (NOGUEIRA et al. , 2005).

No mercado do açaí, a atual conjuntura econômica, se caracteriza pelo crescimento de

demanda, e aumento do preço dos frutos e esse cenário tem atraído novos investimentos.

Entretanto, a sua produção extrativista, não acompanhou na mesma proporção o seu ritmo de

crescimento, levando em consideração período de entressafra (CONAB, 2013). Ademais,

dado a demanda crescente por este produto nos últimos 15 anos, o crédito para a produção

desta palmeira se tem dado, também, em áreas secas com manejo de irrigação, geralmente

consorciada com banana, nos primeiros anos.

Sendo assim, com o aumento da procura e sua aceitação no mercado, tanto em nível de

importação como de exportação, resultou na expansão de açaizais manejados, em áreas de

várzeas, incentivou a implantação de cultivos racionais em terra firme.

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O Pará é o maior produtor de frutas consideradas atrativas, tendo o maior destaque o

fruto do açaí, portanto o carro chefe da fruticultura paraense, além, de ser a principal atividade

que agrega uma enorme capacidade de distribuição de renda para a população, por envolver

vários dos pequenos produtores, o que torna relevante para o Estado que além do valor

associado à nossa terra, contribui para a geração de emprego na região (FRUTAS..., 2012).

Há crescente demanda por esse produto, inclusive ocorrendo mudanças na forma de

seu consumo (palmito x vinho) e é com objetivo de melhor entender as análises de oferta e

demandas deste produto, que foram utilizados, neste trabalho, o uso da literatura da

microeconomia para analisar a dinâmica da produção do açaí, em termos espaciais, no Brasil

e estado do Pará, pela sua produção extrativa em cinco anos (1995; 2000; 2005; 2010 e 2015),

através dos modelos econométricos para entender como funcionam os processos econômicos

que podem influenciar na comercialização do açaí, e avaliar os impactos das práticas de

produção do fruto, porém, no intuito de compreender toda a demanda criada dentro ou fora de

mercado local. Questiona-se, portanto, se a demanda crescente pelo fruto pode gerar maior

benefício econômico e social para o agente produtor (coletor) que está no início do elo da

cadeia produtiva do açaí.

Considerando, hipoteticamente, que que o aumento da demanda do açaí gera

benefícios econômicos e sociais para a população ribeirinha, além de ser um item na

alimentação dessa família, além de se ver ocupado na atividade com geração de renda para a

obtenção de maior rendimento familiar procurou-se analisar sobre o desenvolvimento

econômico e social do açaí no estado do Pará, para os anos de 1995; 2000; 2005; 2010 e 2015,

observando nesta cultura a sua relevância no aspecto local (municípios produtores), em

termos espaciais, tendo como produto do estudo os gráficos e mapas da produção de açaí

extrativo nos municípios especializados.

2. REFERENCIAL TEÓRICO E BIBLIOGRÁFICO

2.1 MICROECONOMIA

A microeconomia estuda as leis que analisam o comportamento do livre mercado, essa

teoria tem por finalidade mostrar a relação de consumo (indivíduos e famílias), empresas na

produção dos preços e a quantidade de um determinado bem ou serviço em um mercado

específico e fatores produtivos, pode ser incluída neste mercado outras variáveis, tais como

fatores sazonais, localização dos consumidores, disponibilidade de credito, entre outros. Por

exemplo sobre o produto do açaí, o preço na safra é sempre mais baixo, pago pelos

atravessadores, devido a oferta de açaí ser abundante em relação a demanda.

A análise da demanda de bens e serviços tem como base, o conceito subjetivo de

utilidade. Que tem como finalidade explicar o grau de satisfação que o consumidor atribui aos

bens e serviços que pode adquirir no mercado.

De acordo com o estudo, a teoria do valor - utilidade contraria a teoria do valor-

trabalho que diz que o valor de um bem se configura do lado da oferta, através do custo do

trabalho agregado ao bem. Entretanto, com base na pesquisa pode-se considerar que essas

duas teorias são complementares, pois não seria possível a teoria do valor trabalho predizer o

desempenho dos preços dos bens apenas com base nos custos em geral, sem levar em

consideração o lado da demanda, como, por exemplo, a preferência, e o padrão dos gostos.

2.1.1 Demanda de Mercado

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No mercado consumidor, o comportamento dos consumidores não é influenciado

apenas pelos preços do produto ou serviço, mas, se deve levar em consideração a vontade e a

necessidade das pessoas, bem como, a sua disponibilidade e o seu poder de compra. A

importância do preço numa economia de mercado é servir como um eficiente sistema de

informação, pois transmite os fatores que determinam a demanda e a oferta

(VASCONCELLOS; GARCIA, 2014)

A demanda tem como teoria que ela seja proveniente de hipóteses sobre a escolha do

consumidor em fase de uma restrição orçamentária perante diversas alternativas presentes, ou

seja o consumidor pesquisará a melhor a forma possível de dividir seu orçamento entre os

diversos bens e serviços que as pessoas estão dispostas a comprar de um vendedor a um preço

específico (PINHO et al. ., 2011).

A relação entre quantidade demandada e preço do bem, e expressa matematicamente

pela forma:

Dх = f (Px, P1, P2...Pn-1, R, G)

Assim sendo:

Dx =é a demanda do bem x;

Px = é o preço do bem x;

P1= o preço de outros bens, i = 1,2..., n-1;

R = a renda;

G = as preferências do consumidor.

Neste caso, as escolhas do consumidor são influenciadas por algumas variáveis que

em geral serão as mesmas que influenciarão sua escolha em outros momentos. Para que se

possa analisar a influência de fator sobre a demanda será necessário fazer uma simplificação

que consistirá na mudança do valor de uma variável, fazendo a hipótese de que tudo o demais

permaneça constante. Esta condição é interpretada pelo economista como a cláusula do

coeteris paribus, significa dizer, a demanda é função do preço, permancendo as demais

variáveis (se houver) constantes.

2.1.2 Oferta de Mercado

Da mesma forma, a oferta indica a quantidade de bens ou serviços fornecidos por um

vendedor a determinado preço. Ou seja, nos períodos em que a oferta de um determinado

produto superar muito da procura, seu preço tende a cair (CONWAY, 2015).

A oferta tem como definição a relação da quantidade de um bem ou serviço que os

produtores almejam vender por unidade de tempo. Ela depende de seu próprio preço,

aceitando a hipótese coeteris paribus, que diz: quanto maior for o preço do bem mais

proveitoso será produzi-lo e, logo, a oferta é maior. A relação entre a quantidade ofertada de

um bem com o seu preço formulará a curva de oferta.

Fatores que afetam a oferta de um bem ou serviço, além do preço, são os custos de

produção como matéria primas, salários e por alteração tecnológica de produção, entre outros.

Os bens que mais se beneficiaram da mudança tecnológica terão uma lucratividade

aumentada, deslocando assim, nas curvas de oferta de diversos bens e serviços (PINHO et al.

., 2011.

Podemos sintetizar essas relações, oferta do bem x (Ox) matematicamente:

Ox = f (Px , P1, Pn-1, Fp, T)

Na qual:

Ox = é a quantidade ofertada do bem x;

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Px= é o preço do bem x;

P1= é o preço do bem i, sendo i = 1,2..., n-1;

Fp = é o preço dos fatores de produção p = 1,2, ..., m;

T = representa a tecnologia.

2.1.3 Equilíbrio de Mercado

A relação do equilíbrio de mercado é determinada pela interação das curvas de

demanda e de oferta onde define o preço e a quantidade de um bem ou serviço em um dado

mercado. Quando as curvas de demanda e de oferta ao se interceptarem, tem-se o preço e a

quantidade de equilíbrio, isto significa dizer que tanto o preço como a quantidade atendem as

pretensões dos consumidores e também dos produtores ao mesmo tempo

(VASCONCELLOS; GARCIA, 2014).

O preço na economia de mercado e terminado pelas forças opostas da demanda e da

oferta, analisaremos o que ocorre (PINHO et al. ., 2011):

1- Quando existir excesso de demanda aparecerá pressões para que os preços subam,

devido a seguinte situação: os compradores, incapazes de comprar tudo o que

desejam ao preço oferecido, dispõem-se a pagar mais; e os vendedores veem a

escassez e percebem que podem elevar os preços sem queda em suas vendas.

2- Quando existir excesso de oferta aparecerá pressões para os preços caírem, devido

a seguinte situação: os vendedores percebem que não podem vender tudo o que

desejam, seus estoques aumentam e, assim, passam a oferecer a preços menores; e

os compradores notam a fartura e passam a regatear no preço.

2.1.4 Comportamento do Consumidor

Com uma renda limitada o consumidor deve decidir como alocar sua renda, entre

diferentes bens e serviços, procurando maximizar sua utilidade ou bem-estar. Assim, existem

três etapas que é bem compreendida em relação ao comportamento do consumidor:

1- Preferências do Consumidor: retrata de maneira prática como as pessoas poderiam

escolher uma mercadoria a outra;

2- Restrições orçamentária: neste caso os consumidores deverão levar em

consideração os preços;

3- Escolhas do Consumidor: de acordo com suas preferências e da sua limitação de

renda, escolherão as combinações de mercadoria que possa maximizar sua

satisfação. Diante desta situação de escolhas poderemos compreender como a

quantidade de bens adquiridos pelos consumidores dependerá de seu preço.

Entretanto, deve-se levar em consideração que o consumidor deva manter o seu grau

máximo de satisfação de acordo com suas possibilidades financeira (PINDYCK;

RUBINFELD, 2006).

2.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO MERCADO DO AÇAÍ

Dentre as frutas tropicais (abacaxi, acerola, cajá, caju, côco, goiaba, graviola,

maracujá, lima, manga, mamão), o açaí é o que mais se tem destacado em termos de

agregação de valor nos últimos anos. Além disso, apenas dois estados (Pará e Maranhão) tem

respondido com ofertas desse produto, porém, ainda insuficiente para o tamanho do mercado

sendo o estado do Pará o que responde por uma maior produção

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Homma (2012), demonstra que a oferta extrativista não consegue acompanhar o

crescimento de mercado, pois este crescimento inclina-se para uma crise na economia

extrativista, justamente pelo fato de sua insuficiência de suprir a demanda, pois, com a

expansão da fronteira agrícola e com novas possibilidades econômicas, surgem alternativas de

produtos substitutos, contribuindo também para a mudança desse declínio. A solução, então,

seria a domesticação do manejo ou a procura de novos substitutos.

Nogueira et al. . (2016), comenta que com essa nova conjuntura de expansão do

mercado do açaí, tem-se apresentado uma crescente demanda, e consequentemente, favorece

o aumento dos preços. Por exemplo, na situação do açaí, se há um crescimento na procura da

polpa para outras regiões, e esta não suprir a sua demanda, ocorrerá a diminuição da oferta do

fruto, de modo consequente, haverá um aumento do preço.

2.2.1 Análise da cadeia produtiva do açaí

A cadeia produtiva do açaí reúne vários estágios, até chegar ao destino, no caso o

consumidor. Nesta fase, tem-se a participação dos seguintes agentes:

Os extrativistas que são responsáveis pela extração do fruto açaí; os produtores, são

donos das propriedades dos açaizais, que vendem para o intermediário, os intermediários

fazem a coleta das rasas (cestos de palha) por via fluvial até a cidade, enquanto, os batedores

processam a fruta para a venda no próprio local. A indústria de processamento é responsável

por distribuir a produção do açaí para fora do estado (MAPA, 2016)

Oliveira et al. (2007) diz que a capital paraense concentra cinco principais pontos de

comercialização do açaí, sendo: porto do açaí, porto da palha, ponto certo e porto de Icoaraci.

Destacando, o porto da feira do açaí como principal ponto, por estar localizado entre

principais pontos turísticos, como o forte do castelo e o mercado popular do Ver-o-Peso.

A distância entre as áreas de produção e processamento do fruto, assim como o

transporte, dificulta a qualidade final do produto. A distribuição dos produtos acontece por via

marítima ou terrestre, para reduzir o custo quando a produção for destinada ao mercado

nacional, a empresa arca com uma parte e terceiriza a outra parte. Quando for para o mercado

internacional, se utiliza de dois procedimentos, primeiro por via terrestre até o porto de

Belém, em seguida, por via marítima (GONÇALVES et al., 2012)

No âmbito mundial a demanda e a oferta, segundo Conab (2015), existem uma

exportação do açaí como produto ligado a nutrição, saúde e alimentação natural. Apesar do

grande potencial produtivo e econômico, os extrativistas ainda precisam se enquadrar ao

padrão do mercado internacional, principalmente no que tange a qualidade e ao ganho de

produção, além, dos estabelecimentos de selos e certificados.

Um ponto a se destacar, de acordo com Tavares et al. (2015) é a inexistência de

código de Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM)1 específico, da qual permitiria a

monitoração para a polpa como o mix de outros derivados, sendo assim se dificulta o

1 Trata-se de um código de oito dígitos estabelecidos pelo governo Brasileiro para identificar a natureza das

mercadorias e promover o desenvolvimento do comércio internacional, além de facilitar a coleta de dados e

análise das estatísticas do comércio exterior.

Extrativista Produtor intermediário Batedores Artesanais Indústrias de processamento

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acompanhamento da exportação, prejudicando desta forma, a falta de dados estatísticos da

coleta extrativista, de áreas manejadas e de culturas em terra firme com ou sem irrigação.

3. METODOLOGIA

3.1 METÓDO EMPÍRICO

A presente pesquisa tem como ponto de referência o estado do Pará e seus municípios,

por concentrar um amplo território inundável, conhecidas mata de várzea ou igapó, propicia

para atividade extrativista da cultura do açaí. Ademais, dados do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE, 2015), o Pará possui uma área territorial de 1.247.955,381

km2, constituídos por seis mesorregiões, 22 microrregiões e 144 municípios.

Nesta direção, o estudo se propôs em fazer uma análise na área de extração do açaí,

através de uma especialização natural (cuja média é superior ao Estado paraense) da produção

(t) e VBP do açaí, selecionando os mais especializados e plotando-os em mapas, para os anos

de 1995, 2000, 2005, 2010 e 2015 mediante os dados secundário da produção do açaí, em

nível nacional e estadual (Pará), obtidos em sites oficiais, como o SIDRA-IBGE (2017).

A confecção dos mapas se deu através da análise no Sistema de Informações Geográfica

(SIG), no qual se fez o download do software de SIG, o QGIS que consiste em um programa

de geoprocessamento necessária para fazer a análise espacial dos recursos das duas variáveis

(quantidade produzida, em toneladas e o VBP, em valores atualizados, base IGP-DI2015 =

100).

De tal modo, o SIG é uma ferramenta essencial nesse estudo, no qual através dos dados

obtidos perante o site SIDRA.IBGE foi possível verificar as informações coletadas – VBP e

quantidade produzida e, em quais municípios ocorre esta produção – a partir na geração de

mapas, em uma abordagem espacial com base no referido município onde ocorre maior coleta

do produto açaí.

O SIG possui ferramentas que possibilitam formas de organização a coleta de dados a

partir dos objetivos que se deseja alcançar. Os elementos encontrados a partir da coleta de

dados podem se visualizados de diferentes abordagens devido a inúmeros componentes que o

sistema possui. Os mapas temáticos resultantes nesse processo poderão gerar diversas

informações geográficas analisadas no espaço. Nesse contexto, ter um conhecimento

geográfico no objeto de estudo se torna mais propício nas tomadas de decisões.

Para se fazer esta análise é preciso ter uma coleta de dados como, por exemplo, os

geocódigos dos municípios paraenses que foram destaque na produção do açaí, nos anos

selecionados, para correlacionarem as tabelas de atributos, analisadas no ambiente SIG e

assim fazer a representação espacial da tabela de valores produzidos (toneladas) e valores

gerados (VBP, mil reais), por município.

A metodologia empregada se dará por meio de dados secundários juntos as fontes

oficias do governo brasileiro (IBGE, CONAB, BANCO DA AMAZONIA, etc.), com revisão

de literatura relativa ao tema auxiliando a base teórica, cujas fontes são de caráter primarias

de informação (os livros, as teses, os artigos entre outros tipos) e sondar os trabalhos feitos a

respeito do açaí, entre o período 1995 – 2015, após isso, fazer uma análise em relação ao

assunto em discussão.

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3.1.1 Cálculo das taxas geométrica de crescimento

Quanto ao método, utiliza-se a estatística descritiva (média, desvio padrão e

coeficiente de variação), mais o cálculo das taxas geométricas de crescimento (TGC) das

variáveis quantidade produzida e VBP da cultura em análise do período de 2000 a 2015,

obtidas mediante o modelo de regressão linear, conforme indicado por Costa (2000), Santana

e Silva (1998) e Hoffmann (1978):

Zt = A (1 + n)t

Sendo que:

lnZt = log A + log(1 + n)

Corresponde à:

Yt=a + bXt+ Ɛt(equação linear)

Sendo:

Yt= é o logaritmo natural de Zt;

a = logaritmo natural de A;

b = logaritmo natural da taxa geométrica de crescimento (1+i). A taxa de crescimento

foi calculada pela seguinte fórmula: i = [antilog b] - 1; e,

X = t é uma variável tendência, que para 1995 = t0, …, 2015 = t21; e,

Ɛt= é o erro aleatório, com média zero e variância constante.

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1 A EXPANSÃO DO AÇAÍ NO BRASIL E ESTADO DO PARÁ

No Brasil, em termos quantitativos, a produção do açaí cresceu de forma tendencial

positiva, passando, em 1995, de 109 mil toneladas para chegar em 2015 com 216 mil

toneladas. Pela pesquisa se observa, que existe um crescimento do mercado do açaí em certos

municípios paraenses e outras regiões do Brasil, bem como a diminuição da extração do fruto

do açaí em outros municípios da região nordeste paraense. Entretanto, esse crescimento é

devido, em decorrência da mudança do sistema extrativo para o sistema manejado. Esse

crescimento, teve um efeito positivo no que dizer respeito na sua conservação e preservação

da espécie, há uma variação na sua produtividade e no seu valor de produção.

Neste contexto, apesar de todo esse investimento para suprir a procura do açaí, nos

períodos tanto da safra como na entressafra, os preços pagos pelos consumidores locais ainda

são altos. Através da análise dos gráficos, é possível perceber que a produção do açaí, adquire

um alto nível de importância para a economia regional do estado paraense.

Assim, é necessário destacar a importância de pesquisas que sejam capazes de

colaborar com a minimização dos problemas da produção, distribuição e comercialização do

açaí, apresentando, uma política pública de destaque, não só como um grande produtor de

açaí, mas também como possuidor de um eficiente sistema de gerenciamento da cadeia de

produção do fruto.

Gráfico1: Produção, em mil toneladas, do fruto do açaí no Brasil: 1995 a 2015.

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Fonte: Elaboração da autora (2018).

Ao se calcular a TGC no período em análise, esta foi de 3,16% ao ano, com

significância estatística de 1% de probabilidade de erro. A regressão simples, mostrada no

Gráfico 1 (acima) mostra uma produção natural de 84,45 toneladas, quando qualquer forma de

incremento (intercepto b, for zero, dado o valor de X ser zero), implica dizer que, qualquer

intenção na forma de extrair esse fruto, como manejo, implementação de tecnologias, etc. este

incrementará o aumento da extração do valor X vezes o coeficiente b,no valor de 4,81. Além

disso, mostra o resultado desta equação um R2 de 51%, indicando que o aumento na produção

extrativa depende da tendência do aumento da demanda do açaí fruto.

De acordo com o Gráfico 2 (abaixo), se tem o comportamento do preço de 1995 a

2015, sendo que o menor preço da série foi de R$ 994,09/tonelada, em 2003, e o maior

(R$2.281,97/tonelada). Essa variação no preço é esperada, pois é a variável que mais sofre em

relação a outros fatores, incluindo a renda do consumidor, produtos substitutos (bacaba) e

produtos complementares, como charque, peixes e farinhas (d’água e tapioca), bem como o

açúcar.

Na teoria de mercado, se estuda esse comportamento de variação à medida que seu

preço unitário sofre alteração, entre a curva de demanda e a curva de oferta. A variável

relativa ao preço do açaí mostra como o consumidor estar disposto a adquirir um produto por

um determinado preço, resultado da produção e comercialização do açaí fruto.

Outro ponto a considerar quanto os fatores que afeta esta variação, e quando o açaí

está na fase da entressafra o seu preço aumenta. Logo, aqueles consumidores do açaí que em

média são de baixa renda, ou deixa de comprar, ou procuram um substituto que no caso do

açaí é a bacaba.

Em termos de valor gerado, expresso no VBP do açaí, tem-se o Gráfico 3, onde se

percebe uma ascensão nos valores, dado a valorização do fruto açaí em detrimento do produto

palmito, portanto, de 1995, cujo valor do VBP foi R$ 173 milhões e, em 2015, já expressa

R$480 milhões, logo uma variação positiva em 21 anos de 177,34%. Em termos de TGC,

significou um crescimento anual de 5%, com significância estatística de 1%.

Constata-se, na Tabela 1, que o VBP do açaí foi crescente, pois em 1995 registrou

apenas R$162 milhões e, em 2015 foi para R$328 milhões, logo, uma variação positiva de

mais de 102%. A mesma performance para a quantidade produzida em toneladas, em que no

ano de 1995 o Pará produziu 103 mil toneladas e em 2015 saltou para 126 mil toneladas,

embora esta variação tenha sido de apenas 22,86%. Aliás, como visualizado pelo Gráfico 4.

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Gráfico 2: Preços recebidos pelos coletores de açaí no Brasil, de 1995 a 2015, R$/toneladas.

Fonte: Elaboração da autora (2018).

Gráfico 3: Evolução do VBP do açaí no Brasil entre 1995 a 2015.

Fonte: Autora (2018).

Na Tabela 1, se observa as principais variáveis da produção do açaí no estado do Pará.

Tabela 1: Produção (toneladas), VBP (*) e preço do açaí no Pará, 1995 a 2015.

Fonte: Elaboração da autora (2018).

(*) valores atualizados pelo IGP-DI, base: 2015=100.

1.590,47 1.570,35

994,09

1.758,06 1.790,58

2.281,97 2.277,03

700,00

900,00

1.100,00

1.300,00

1.500,00

1.700,00

1.900,00

2.100,00

2.300,00

2.500,00

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

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15

Pre

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Constata-se, na Tabela 1, que o VBP do açaí foi crescente, pois em 1995 registrou

apenas R$162 milhões e, em 2015 foi para R$328 milhões, logo, uma variação positiva de

mais de 102%. A mesma performance para a quantidade produzida em toneladas, em que no

ano de 1995 o Pará produziu 103 mil toneladas e em 2015 saltou para 126 mil toneladas,

embora esta variação tenha sido de apenas 22,86%. Aliás, como visualizado pelo Gráfico 4.

Gráfico 4: Preços do açaí, em R$/toneladas, Brasil e Pará.

Fonte: Autora (2018).

(*) valores atualizados pelo IGP-DI, base: 2015=100

O estado do Pará sendo o principal produtor e, portanto, status de exportador para o

resto do País e mundo, seu preço é determinado aqui no estado. De 2010 até os anos de 2015,

o preço estadual se mostra superior ao determinado no Brasil. Tanto assim, que as TGC foram

de 2,91% e 1,79% a.a., respectivamente, para o Pará e Brasil, com significância estatística de

1 e 5%.

Por fim, na Tabela 2, tem as mesorregiões com suas produções principais derivadas

desta palmeira. Nela se vê que o maior produtor extrativo de açaí é o Nordeste paraense e o

com menor produção é o Sudoeste paraense. Tem–se que o palmito ainda é produzido, porém,

em menor escala em duas importantes mesorregiões (Marajó e Nordeste paraense).

Por fim, tem-se a participação da produção (quantidade, em toneladas) do estado do

Pará em relação ao Brasil e Norte, no qual – Gráfico 5 – revela a queda, logo, a importância

desse quantitativo em ambas regiões, passando de mais de 90% no início da série pesquisada

(1995), caindo para menos de 70% no ano de 2015. Isso deve, talvez, pela produção em outras

regiões do Norte (Amapá, Amazonas), assim como no Maranhão. De tal forma que, em 1995

o Maranhão produzia apenas 2.922 toneladas e em 2015 registrou uma produção de 14.864

toneladas, já o Amazonas saiu, para os mesmos anos, de 619 toneladas para 65.638 toneladas,

enquanto o Pará incrementou pouco este quantitativo, qual seja de 103 mil toneladas para 126

mil.

Cabe ressaltar que a presença do Banco da Amazônia no estado paraense é importante,

para o desenvolvimento local é regional, assim, no intuito de facilitar os recursos necessários

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para o estimular e incentivar novos empreendimentos, onde ainda se encontra obstáculos ou

falta de informação por parte do pequeno extrativista.

Tabela 2: Produção de Açaí e palmito nas mesorregiões paraenses, em toneladas, de 1995 a

2015.

Fonte: Elaboração da autora (2018).

Esses recursos contribuem com uma grande parcela na expansão da produção e

desenvolvimento do meio onde os produtores estão inseridos, um exemplo é a gestão do

Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), como se visualiza na Tabela 3, dos

144 municípios, no acumulado, somou – se 618 desses atendidos, implicando que existem

benefícios recorrentes para o mesmo município, mesmo porque, se atende produtores e esses,

estão localizados por todo o Estado.

Assim, os créditos em menor quantitativo de municípios foram em 2003, com apenas

14 e maior atendimento foi em 2014, para 61 municípios, aliás, com o maior valor concedido

do FNO pelo Banco, cerca de R$46,59 milhões de reais.

Gráfico 5: Participação da produção (Quantidades em toneladas) do Pará em relação ao Brasil

e Norte, 1990 a 2015.

Fonte: elaboração da autora, 2018.

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Tabela 3: Crédito do FNO para a atividade do açaí, no estado do Pará, entre 2000 a 2015.

Ano UF

Número

deMunicípiosatendidos Área (ha )

Número

Contratos

Valor

Contratado

R$1,00*

2000 PA 25 3.494,00 802 7.642.412,55

2001 PA 21 1.657,00 721 4.875.776,68

2002 PA 22 2.232,70 524 5.247.288,50

2003 PA 14 1.078,50 276 2.248.721,31

2004 PA 22 4.060,00 1.011 8.739.808,24

2005 PA 16 1.377,40 278 3.558.720,04

2006 PA 34 7.331,80 2.045 17.667.266,10

2007 PA 36 7.993,20 3.380 15.849.375,41

2008 PA 42 14.055,40 4.042 27.384.126,28

2009 PA 48 7.511,48 2.779 16.049.405,70

2010 PA 51 10.196,99 2.580 15.639.411,39

2011 PA 46 5.497,83 1.763 12.853.506,31

2012 PA 51 8.791,60 2.557 30.848.706,13

2013 PA 29 4.759,17 1.581 14.105.298,28

2014 PA 61 13.083,66 3.305 46.587.845,12

2015 PA 53 9.545,08 2.449 42.685.057,26

2016 PA 47 7.696,91 1.778 26.810.917,32

Valor

Acumulado PA 618 110.362,72 31.871 298.793.642,63

Média PA 36,35 6.416,61 1.874,76 16.998.920,33

Fonte: Banco da Amazônia (GESOP-COSCF-SIG), 2017, adaptado pela autora;

(*) Valor corrigido pelo IGP-DI, base 2015=100.

O valor concedido, em termos acumulados, de 2000 a 2016, somam R$ 298 milhões

só para a exploração do açaí, num total de 31.871 operações contratadas ao longo desse

período. A média anual do crédito concedido, para o mesmo período, foi de R$ 6.416,61.

Nesse aspecto, quanto à TGC, em termos de área (hectares), foi de 11,51% a.a. e quanto à do

Crédito FNO (valor) foi de 14,76% a.a. com 1% de significância estatística, o que revela a

importância desse fomento para a expansão da área e crédito como instrumento no

desenvolvimento sustentável no estado do Pará, para a agricultura, no caso um produto

importante na cesta alimentar regional e com emprego para os indivíduos que labutam nessa

atividade. Observa-se que em 2008, em termos de abrangência de área (ha), só em 2008,

foram mais de 14 mil hectares financiados com açaí.

4.2 A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA PRODUÇÃO DO AÇAI EXTRATIVO NOS

MUNICÍPIOS PARAENSES.

Aqui, finalmente, faz-se o levantamento no local (municípios) que ocorre a maior

produção do fruto açaí, mostrando-os espacialmente via os mapas gerados pelo SIG, tanto em

nível quantitativo (em toneladas), como o VBP (em reais), para o período de cinco anos

(1995, 2000, 2005, 2010 e 2015), conforme se mostra na Tabela 4 e Tabela 5 os dados

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resumidos dos municípios especializados na produção do açaí, com suas respectivas variáveis

(quantidade e valor), cuja seleção se deu através do valor médio igual ou superior à média do

Estado (para ambas variáveis).

Da Tabela abaixo 4 e 5, se depreende que dos sete municípios produtores, quatro

pertencem à mesorregião do Nordeste paraense (Igarapé-Miri, Limoeiro do Ajuru, Mocajuba

e São Miguel do Guamá); dois da mesorregião do Marajó (Muaná e Ponta de Pedras) e um

apenas da Mesorregião de Belém (Barcarena).

Tabela 4: Municípios paraenses especializados na produção do açaí, de 1995 a 2015, em

quantidade (toneladas / ha)

Municípios 1995 2000 2005 2010 2015

Barcarena 3.500 4.100 3.600 2.500 1.400

igarapé –Miri 8.000 9.000 8.000 5.800 4.300

Limoeiro do Ajuru 23.252 15.254 17.520 20.231 31.800

Mocajuba 5.764 4.209 5.033 5.378 7.590

Muaná 680 5.650 6.950 8.505 6.785

Ponta de Pedra 7.500 10.600 10.906 13.197 5.879

São Miguel do Guamá 2.200 1.603 1.528 4.700 4.180

Produção Pará 102.578 112.684 92.095 106.567 126.034

Média Estadual 1.367,71 1224,83 959,32 1.087,42 1.211,87

Fonte: dados do sistema Sidra. IBGE e elaborado pela autora,2018.

(*) Valor corrigido pelo IGP-DI, base 2015=100

Já, na Tabela 5, tem o valor gerado na atividade do açaí extrativo. A produção e valor

foram crescentes para o período, como se visualiza na Tabela 4 e 5, sendo que em termos de

VBP, este teve maior variação (902,25%) no período, em milhões, saindo de R$32 milhões

(1995) para R$328 milhões, indicando o aumento do preço do produto, já que em quantidades

produzidas (toneladas), o incremento não foi tão significativo (em torno de 24 mil toneladas),

o que representou uma variação de apenas de 22,87% entre 1995 e 2015.

Tabela 5: Municípios paraenses especializados no valor bruto da produção do açaí, de 1995

a 2015, em mil reais(*).

Municípios 1995 2000 2005 2010 2015

Barcarena 1.225 1.312 3.672 5.500 6.860

igarapé -Miri 2.400 2.770 7.440 11.600 20.640

Limoeiro do Ajuru 6.976 10.678 23.302 40.461 95.400

Mocajuba 2.594 2.946 3.573 13.444 22.770

Muaná 381 1.695 4.865 10.206 16.284

Ponta de Pedra 2.250 3.180 7.089 15.836 12.934

São Miguel do Guamá 660 1.042 841 3.995 6.186

Produção Pará 32.720 56.268 76.035 161.830 327.937

Média Estadual 436,27 611,61 792,03 1.651,33 3.153,24

Fonte: dados do sistema Sidra. IBGE e elaborado pela autora,2018.

(*) Valor corrigido pelo IGP-DI, base 2015=100

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Na sequência, têm-se os mapas gerados pelo SIG, através do software QGIS (versão

2.14), que por meio destas informações fornecidas é possível fazer uma visualização com

maior abrangência das localidades as quais estão sendo apontadas pela pesquisa, tanto a

quantidade de produção quanto os valores de produção em milhões de reais, da extração do

açaí fruto dos municípios selecionados, entre os anos de 1995 a 2015. O SIG dispõe de

recursos que facilita as configurações da organização na obtenção dos dados, tendo uma

informação como base que se deseja compreender, em diferentes questionamentos, devido, a

inúmeros componentes que o sistema possui. Por intermédio dos mapas construídos

decorrente nesse processo, expõe-se diversas informações geográficas pesquisado no espaço.

Na análise, têm-se os mapas gerados pelo software QGIS (versão 2.14), componente

do Sistema de Informação Geográfica que permite analisar dados geográficos e gerar mapas

temáticos para a melhor interpretação e visualização da informação projetada. Neste contexto,

percebe-se a quantidade mínima na produção de açaí extrativo, embora com um valor

expressivo, tanto em termos de valor quanto de quantidade, o município do Limoeiro do

Ajuru, mostrou sempre os maiores números na quantidade de produção e no valor da

produção. Este município vizinho ao município de Cametá acaba abastecendo a maior parte

da microrregião, pois se encontra num ponto estratégico para escoamento do produto açaí,

visto que dá acesso ao Rio Tocantins promove a exportação interna para outras regiões do

interior do estado do Pará, como Belém, cidade essa que possui grande instalação de

indústrias de beneficiamento do vinho e da polpa de açaí.

Cametá, que aparecia como maior produtor de açaí em 1995 (35.000 toneladas) e 2000

(34.987 toneladas) e em 2015 aparece sem registro de produção, portanto, exigindo uma

pesquisa de campo, para constatar essas mudanças nas atividades produtivas “in loco”.

No Mapa 1, também pode-se ver uma queda de produção em Ponta de Pedras, que

passou a oferecer o açaí tardio de verão, deixando de competir com a safra de açaí da região.

O potencial turístico trouxe investimento do governo e que pode justificar a mudança de

atividade econômica para a cidade.

No Mapa 2, se percebe que os valores se mantiveram constantes ao crescimento e a

demanda, mesmo com a grande procura do produto o valor acompanhou, pois, o açaí é um

item importante na mesa do paraense, mantendo-se vendável a qualquer custo.

Ao longo dos anos, a produção do açaí fruto vem ganhado espaço na economia

regional e experimentando uma expansão de seu processo produtivo, em alguns municípios

do nordeste paraense, como também em outros Estados brasileiros, por exemplo, os estados

do Amapá, Amazonas e Maranhão. O que, de certa forma, pode ter contribuído para a

diminuição da quantidade de produção no estado do Pará. É importante observar a maneira de

como essa atividade vem sendo executada podendo assim, sofrer variações na sua produção

ao longo dos anos.

Mapa1: produção, em toneladas, de açaí nos municípios especializados do estado do Pará,

com média superior ao estado do Pará, de 1995,2000,2005,2010 e 2015.

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Fonte: Elaborado pela Tatiana Pará, 2018

Mapa 2: VBP, em mil reais, de açaí nos municípios especializados do Pará, com média

superior ao estado do Pará, de 1995, 2000, 2005, 2010 e 2015.

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Fonte: Elaborado pela Tatiana Pará, 2018

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando o período analisado entre 1995 a 2015, com a finalidade de

compreender a evolução da oferta e demanda do fruto do açaí no estado do Pará, utilizou-se a

base da teoria de mercado, pois as curvas de oferta e demanda analisa e descreve como

funciona o mecanismo de mercado, ajudando entender porque os preços mudam, e outros

trabalhos relativos ao tema, no intuito de compreender o processo da sua comercialização e

analisar a sua importância para a economia paraense, principalmente.

De acordo com a pesquisa, o crescimento do mercado do açaí sucedeu mudanças no

sistema extrativista que não conseguiu suprir a demanda e com a valorização do açaí,

buscaram novas alternativas de exploração, por meio de sistema de manejos, com técnicas que

permitisse um maior aumento na produção, tanto na safra como na entressafra.

Neste sentido, foi possível compreender por meio da pesquisa que a produção do açaí

cresceu de forma tendencial positiva, passando, em 1995 de 109 mil toneladas e chegou no

ano de 2015 com 216 mil toneladas. Com isso, foi possível compreender que a mudança se

deu por meio da diferenciação na forma de exploração da palmeira, assim como uma nova

forma de valorizar e consumir o produto, alterando sua forma de exploração (palmito) para o

vinho, dado que desta forma foi muito mais valorizado.

Frente a toda essa dinâmica de exploração, pôde se constatar por meio de análise de

Gráficos e Tabelas construídas ao longo do período da pesquisa (1995 e 2015), que a

exploração do palmito caiu e se diferenciou frente ao fruto, posto que os agricultores e toda a

logística envolvida passou a desenvolver a produção e comercialização do fruto do açaí, de

modo a atender a demanda do mercado local, regional e internacional.

Portanto, os resultados apontaram que a demanda do açaí tem sido crescente, embora o

açaí extrativo vem perdendo espaço para o açaí plantado, às vezes, com uso de irrigação,

conforme dados relativos ao financiamento para este fim (atividade).

Logo, é de fundamental importância levar em consideração a dinâmica existente no

período da safra e da entressafra do açaí, bem como, do caráter relevante na vida do

extrativista, pois são fatores que interferem diretamente na realidade econômica dos agentes

envolvidos com a exploração e extração do açaí, gerando emprego e renda principalmente

para os que estão no início do elo da cadeia produtiva.

Então, foi possível por meio deste estudo compreender que apesar de todo o processo

desenvolvido para atender a demanda em relação a produção do açaí, a mesma não consegue

suprir a crescente procura, uma vez que existem fatores que estão para além da exploração do

fruto propriamente dito, tais como: a falta de infraestrutura que interfere na qualidade final do

produto e a distância entre a área de produção e o processamento do fruto. Mesmo porque,

uma vez que uma das características do açaí é sua alta perecibilidade.

Outro ponto indispensável a destacar, está relacionado ao aproveitamento, quase que

integral da palmeira, além da exploração do palmito e da extração do fruto do açaí. Este fruto,

em termos de resíduos (caroço), é empregado na indústria automobilística, na indústria de

cosmético (borra) mais sobretudo, na gastronomia (polpa). São alternativas que ajuda tanto na

questão ambiental como também nos impactos econômicos e social. Aliás, a comercialização

é de grande valor, para a população paraense, pois gera emprego e renda, em particular para

os produtores que vive dessa atividade de extração. Além disso, serve de alimentação para

grande parte da população local e entre as classes populares.

Por fim, foi durante o acumulo teórico e por meio da construção e da análise de

gráficos, tabelas e mapas que foi possível constatar que a produção do açaí ainda encontra

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dificuldades para atender a demanda do mercado, e que – a distribuição espacial da produção

extrativa está se tornando escassa, embora ainda seja necessário averiguar que fatores levam a

extinção de uma dada atividade, no caso de Cametá, e, se de fato, a questão da tecnologia,

como irrigação, ou novas atividades praticadas que dominam a economia local, como a

agricultura e do próprio extrativismo, e outras em expansão, como por exemplo a

incorporação dos sistema de rede técnicas (energia elétrica e telecomunicação), vem de fato

substituir a médio e longo prazo o açaí extrativo.

Assim, procede a confirmação de nossa hipótese de que a importância do açaí no

desenvolvimento local, dado que gera renda (confirmando pelo VBP ascendente no período

analisado), a estimativa de 150 mil pessoas ocupadas, além de ocorrer redirecionamento para

a produção sustentável via a criação de novas cultivares, assim como melhoramento de

manejos para a manutenção da atividade que é inerente ao povo paraense.

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