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COLEÇÃO 127 A POSSIBILIDADE EXISTENTE DE MAIOR PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NO MERCADO EUROPEU Mario Bernardo Garnero

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Estagiários e Aprendizes

C o l e ç ã o

127A possibilidAde existente

de mAior pArticipAção brAsileirA no mercAdo europeu

Mario Bernardo Garnero

Sede

Rua Tabapuã, 540 - Itaim Bibi - São Paulo/SP - CEP 04533-001

Espaço Sociocultural – Teatro CIEE

Rua Tabapuã, 445 - Itaim Bibi - São Paulo/SP - CEP 04533-011

Prédio-Escola CIEE

Rua Genebra, 65/57 - Centro - São Paulo/SP - CEP 01316-010

Telefone do Estudante: (11) 3046-8211

Atendimento às Empresas: (11) 3046-8222

Atendimento às Instituições de Ensino: (11) 3040-4533

Fax: (11) 3040-9955

www.ciee.org.br

A possibilidAde existente de mAior pArticipAção brAsileirA

no mercAdo europeu

C o l e ç ã o C I e e

1 2 7

S ã o P a u l o

2 0 1 2

C389p CENTRO DE INTEGRAÇÃO EMPRESA-ESCOLA - CIEE

A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado europeu/ Centro de Integração Empresa-Escola - São Paulo : CIEE, 2012. 41 p. ; il. (Coleção CIEE ; 127) Palestra proferida por Mario Garnero durante o Fórum Permanente de De-

bates sobre a Realidade Brasileira, realizada em 10 de abril de 2012, no Espaço Sociocultural - “Teatro CIEE”.

ISBN: 978-85-63704-15-3

1.Política Externa - Brasil - Europa 2. História - Brasil 3. Educação - Intercâmbio 4. Silva, Ruy Martins Altenfelder 5. Bertelli, Luiz Gonzaga 6. Garnero, Mario Bernardo I. Título II. Série

CDU : 327(81:4)

Planejamento e produção editorial: Pixys Comunicação IntegradaCoordenação editorial: Renato AvanziDiagramação e arte: André Brazão Apoio: Fabiana Rosa e Tânia MouraCapa: André BrazãoTaquigrafia: Antonio José Chiquetto

Editado porCentro de Integração Empresa-Escola - CIEERua Tabapuã, 540 - Itaim Bibi - São Paulo/SP - CEP 04533-001Telefone do Estudante: (11) 3046-8211Atendimento às Empresas: (11) 3046-8222Atendimento às Instituições de Ensino: (11) 3040-4533Fax: (11) 3040-9955www.ciee.org.br

Permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte.

sumário

A importânciA dA consciênciA

políticA pArA os jovens brAsileiros

Ruy Martins altenfelder Silva .......................................... 06

plAnejAmento, posicionAmento e gestão: o segredo

do sucesso nAs relAções exteriores

luiz Gonzaga Bertelli ..................................................... 14

A possibilidAde existente

de mAior pArticipAção brAsileirA

no mercAdo europeu

Mario Bernardo Garnero .................................................. 18

debAtes ....................................................................... 39

HomenAgem ................................................................. 56

ruY mArtins AltenFelder silvA

advogado, presidente voluntário do Conselho de

administração do Centro de Integração empresa-

-escola – CIee, presidente da academia Paulista

de letras Jurídicas – aPlJ; do Conselho Superior

de estudos avançados da Fiesp e vice-presidente

da academia Paulista de História – aPH.

6 | Coleção CIEE 1276 | Coleção CIEE 127 A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 7

A importÂnciA dA consciÊnciA polÍticA pArA os JoVens brAsileiros

Ruy Martins altenfelder Silva

“MarIo garnEro foI o Introdutor do quE hojE ChaMaMos dE planEjaMEnto EstratégICo. ElE fEz Isso EM todos os lugarEs ondE passou.”

6 | Coleção CIEE 127 A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 7A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 7

É uma grande satisfação abrir as portas do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE para o meu antigo colega da Faculdade Paulista de Direito da Pontifícia

Universidade Católica de São Paulo, Mario Bernardo Garnero.

Quero também fazer uma saudação especial a um dos nossos destacados fundadores, Geraldo Ziviani, que prestigiou essa edição do Fórum Permanente de Debates sobre a Realidade Brasileira, com a sua honrosa presença.

Mario Garnero é autor do livro JK - A Coragem da Ambição. Ressalto que a dedicatória dessa publicação tem duas linhas apenas, pois ele destina esse livro à juventude, futuro do Bra-sil e peça motriz do desenvolvimento do país. Ele sempre teve essa visão, desde os nossos tempos, dos idos de 1958 em diante, lá na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Líder nato, comandava o partido político universitário ao qual pertencia, que posteriormente fui seu sucessor, o Partido In-dependente Universitário, o PIU. Em oposição ao nosso parti-do havia outro que era denominado PODA, do qual o líder era o atual presidente executivo do CIEE Luiz Gonzaga Bertelli. Portanto, sempre nos confraternizamos e, consequentemente, uma convivência muito amistosa e profícua.

Mario também foi o maior presidente do Centro “Acadêmi-

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co 22 de Agosto” e, nessa posição, e como bom estudante que era, criou uma verdadeira escola política para a juven-tude. Arregaçou as mangas e entrou em cheio na política, com “P” maiúsculo.

Ele conheceu o presidente Juscelino Kubitschek e, a partir daí, surgiu um respeito recíproco, uma amizade que pode ser des-crita como imorredoura.

Aníbal Teixeira, grande brasileiro que elaborou o plano de go-verno de Juscelino Kubitschek, especialmente as catorze me-tas agrícolas, cita algo relevante que vale a pena ressaltar:

No Brasil, duas personalidade, por mim conhecidas, tiveram a oportunidade e viabilizaram um encontro histórico. Falo de Juscelino Kubitschek e Mario Garnero. De um lado o polí-tico. De outro, o jovem empresário.

Aníbal prossegue:

Havia a geografia: um, Juscelino, de Minas Gerais, e o ou-tro, Mario Garnero, de São Paulo, mas ambos sobrepondo a tudo, o Brasil. Havia a idade: um na plenitude da maturida-de e o outro na juventude. Origens e idades foram superadas. Os dois foram contemporâneos do futuro.

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Diz mais:

Quando fazia o plano de governo de JK para 1965 o Presi-dente chamou-me à sua casa e disse: “Estive em São Paulo e conheci um jovem diferente. É o Mario Garnero. Inteligente, articulado e idealista, que como eu, acredita no futuro. Você sabe, Aníbal, lá, em São Paulo, tivemos 200 mil votos. Perde-mos feio, inclusive para o Plínio Salgado. Agora, é outra coi-sa. Nosso governo fez por todos, mas São Paulo multiplicou o recebido.”

Aníbal Teixeira termina essa fala sobre Mario Garnero dizendo:

O Mario tinha uma visão de propaganda e sugeriu um lema para a campanha quando falei em dar ênfase à agricultura. Mario propôs o trator com símbolo, e o lema “Cinco anos de agricultura para cinquenta de fartura”.

E como o slogan “pegou”, Aníbal Teixeira, simplifica com maestria características marcantes sobre Mario Garnero.

Mas há mais. Quando Mario, Bertelli e eu convivíamos na Faculdade Paulista de Direito da PUC-SP ele criou, além dos partidos políticos, o que foi talvez o primeiro centro de estu-dos e debates sobre assuntos sociais e políticos, o CEDASP,

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“MarIo taMbéM foI dEstaCado prEsIdEntE do CEntro “aCadêMICo 22 dE agosto” E, nEssa posIção, E CoMo boM EstudantE quE Era, CrIou uMa vErdadEIra EsCola polítICa...”

destinado aos jovens universitários, que depois tive a respon-sabilidade de presidir.

Conviveu primeiro com Juscelino Kubitschek, depois com Carlos Lacerda (ex-político e jornalista) e, também, com Jâ-nio Quadros (22º presidente do Brasil). Ele promoveu diversos proveitosos encontros políticos na sede da Pontifícia Univer-sidade Católica, no Alto das Perdizes. Dessas conferências, destacou-se Jânio Quadros. Não é necessário contar o que aconteceu com ele.

Mario usava uma máxima que guardei comigo. Ele dizia para

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todos nós, seus colegas de turma e seus liderados:

Quando se quer compreender direito os acontecimentos e in-f luenciar o futuro, é essencial ser mestre em quatro maneiras de ver as coisas. A primeira é ver como foram. A segunda, como são. A terceira, como podem ser. E, a quarta, como de-vem ser.

Eu diria que o Mario Garnero foi o introdutor do que hoje chamamos de planejamento estratégico. Ele fez isso em todos os lugares onde passou.

Nasceu em Campinas, em 15 de agosto de 1937. Graduou-se em direito pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universi-dade Católica, considerada modelo pelo MEC, e participou de cursos de administração, especialmente de relações in-dustriais e gerenciamento financeiro nos Estados Unidos da América e na antiga Alemanha Ocidental.

É um "pater" família orgulhoso. Seu filho Álvaro, já está bri-lhando na televisão e em tudo aquilo que segue como carreira.

Mario é presidente do Conselho do Grupo Brasilinvest, do Fó-rum das Américas, da Associação das Nações Unidas – Brasil e do JURISUL, Instituto Interamericano de Estudos Jurídicos sobre o Mercosul, entre outras relevantes atividades.

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Dentre os diversos cargos exercidos, destaco a presidência da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, do Sindicato Na-cional da Indústria de Tratores, Caminhões e Veículos Simila-res, e da ANFAVEA, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Também foi presidente da Fundação Projeto Rondon e, como já foi citado, o maior presidente do Centro Acadêmico "22 de Agosto" da PUC de São Paulo.

Escreveu vários livros, entre eles JK – A coragem da ambição. Trata-se de um conteúdo histórico, exclusivo, muito fiel àque-le momento da vida de Juscelino Kubitschek. Também tem vários artigos publicados no âmbito nacional e no exterior, diversos títulos e premiações.

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luiZ gonZAgA bertelli

Presidente executivo do Centro de Integração

empresa-escola – CIee, presidente da academia

Paulista de História – aPH, diretor e conselheiro

da Federação das Indústrias do estado de São

Paulo – FIeSP.

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plAneJAmento, posicionAmento e Gestão: o seGredo do sucesso nAs

relAçÕes exteriores

luiz Gonzaga Bertelli

“onzE MIlhõEs dE jovEns já rECEbEraM bolsas-auxílIo por IntErMédIo do CEntro dE IntEgração EMprEsa-EsCola - CIEE. ”

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Onze milhões de jovens já receberam bolsas-auxílio por intermédio do Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE, em todo o Brasil. Um mecanismo fundamental para que os estudantes mais carentes pudes-sem pagar suas mensalidades escolares e prosseguirem nos seus estu-dos, seja no ensino médio ou superior.

Uma vastíssima galeria de figuras brasileiras, hoje notáveis foram estagiá-rios do CIEE, receberam bolsas por nosso intermédio e desta forma, graças a esse estímulo, puderam terminar seus cursos. Nos dias atuais são empre-sários bem sucedidos ou extraordinários profissionais liberais.

Esse dinamismo e a capacidade do CIEE, que já está prestes a completar 50 anos de proveitosa existência, deveram-se em grande parte a uma galeria de notáveis figuras do mundo empresarial, cultural, científico, educacio-nal, entre elas o meu querido amigo e colega Mario Bernardo Garnero, que participou nos primórdios da criação desta organização, juntamente com o estimado Geraldo Ziviani, atualmente conselheiro do CIEE.

O dinamismo e a capacidade empreendedora faz do CIEE, atualmente, a maior instituição de filantropia e assistência social da América Latina, e deve-se em grande parte às contribuições preciosas, entre as quais a de Mario Garnero.

Foi inquestionavelmente o maior presidente e líder universitário da nossa geração, (anos 1960), como presidente do Centro Acadêmico "22 de Agosto".

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Lembro-me com nitidez do respeito e o carinho que lhe dedicava um dos maiores religiosos do Brasil, e de todos os tempos, o cardeal ar-cebispo de São Paulo, Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, chanceler da PUC-SP.

Quando já se anunciava que o país teria uma revolução militar em face do ao que se instalara na nação, Mario promoveu um almoço em seu aparta-mento e chamou João “Jango” Goulart para que junto com o cardeal, dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, pudessem conversar sobre aquilo que se apresentava à nação às vésperas da revolução.

Durante horas, nosso saudoso cardeal tentou sensibilizar o ex-presi-dente João Goulart sobre os caminhos perigosos que estava procuran-do percorrer.

Muitas vezes almocei na casa do Mario. Estudante com dificuldades e mo-rador de pensão, eu ia até lá aguardar que o comendador Garnero, ilustre técnico da Secretaria da Agricultura, nos convidasse para a refeição. Com a falta de cerimônia característica de jovens, íamos até lá para sermos con-vidados para o almoço no apartamento dele e sempre nos recebiam com aquela fidalguia peninsular que até hoje é característica da família Garnero.

Então, em nome desta casa, o CIEE, dos nossos amigos e conselheiros, e principalmente dos jovens que prestigiaram esta edição do Fórum Permanente de Debates sobre a Realidade Brasileira, reitero os agrade-cimentos pela imensa contribuição de Mario Garnero.

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mArio bernArdo gArnero

Presidente e fundador do Grupo Brasilinvest, do

Fórum das américas, da associação das Nações

unidas – Brasil e do JuRISul, Instituto Intera-

mericano de estudos Jurídicos sobre o Mercosul.

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A possibilidAde existente de mAior pArticipAção brAsileirA

no mercAdo europeu MaRIo BeRNaRDo GaRNeRo

“uMa das forças ExprEssIvas do auMEnto da produtIvIdadE na volKsWagEn foI o EstíMulo dado aos EstudantEs, aos EstagIárIos, MuItos dos quaIs vIEraM do CIEE.”

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Tive oportunidade junto com vários amigos, de acompa-nhar o nascimento do CIEE, na época situado na rua 13 de Maio (São Paulo), quando essa brilhante ideia do

Centro de Integração Empresa-Escola estava no início.

Pelo CIEE passaram homens da maior estirpe, que trouxeram uma contribuição efetiva nessa integração entre educação e mer-cado de trabalho.

Quero dizer que e o Ruy Martins Altenfelder Silva foi muito ge-neroso em citar o que nosso amigo em comum e proeminente brasileiro Aníbal Teixeira, responsável pelo programa do Jus-celino Kubitschek em 1965, escreveu sobre mim. Muitas vezes quando se refere aos amigos, perde-se o sentido da dimensão, ul-trapassando com o coração a grandeza humana que se deve dar.

Ouvindo o Ruy Altenfelder podemos saber que ele apenas iniciou sua trajetória no CEDASP (Centro de Estudos e Debates sobre Assuntos Sociais e Políticos), fundado por nós, e também porque foi presidente do partido, comprovando que sempre foi esse ora-dor convincente, capaz e competente.

Ele e Luiz Gonzaga Bertelli sempre tiveram uma vantagem: fo-ram estudantes muito melhores que eu.

Junto com esses grandes amigos, aqui presentes, demos um gran-

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de impulso à parte política em nossa passagem pela Faculdade. Presidi o Centro Acadêmico "22 de Agosto" durante 1961. Nós éramos companheiros de partido e o Bertelli era da oposição política acadêmica, embora sempre construtiva. Ele era UDN (União Democrática Nacional) de coração, enquanto nós éramos PSD (Partido Social Democrático). Naquela ocasião, o PSD era o partido do governo, mas era o partido mineiro, que ajeitava as coisas. A UDN tomava uma posição mais radical.

O Bertelli era da UDN paulista, mas também tinha elementos mineiros enraizados, de modo que ele só trazia contribuições. Não deixava que eu entrasse nas assembleias do PODA, mas por outro lado, na hora em que tínhamos a nossa festividade fechada no PIU (Partido Independente Universitário), mandávamos ele tomar um café e voltar depois do encerramento da assembleia.

Na Faculdade comecei a fazer a vida política e me relacionar com pessoas que tinham esse engajamento. Tinha entrado em uma boa colocação no vestibular e causado impressão favorável a um professor que depois se tornou um grande amigo, chegando a ser meu padrinho de casamento, o professor José Frederico Marques, ícone do direito nacional, conhecido como “jurista eclético”.

Quando fui fazer o vestibular, tive sorte, porque na prova caiu uma questão sobre a Semana de Arte Moderna. Como gostava muito desse assunto e havia lido bastante sobre isso, fiz uma di-

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gressão considerável, recebendo nota dez e acabei entrando em segundo lugar na Universidade. O professor Frederico acreditou que eu iria repetir esse desempenho ao longo dos cinco anos do curso jurídico.

Porém, as coisas tomaram outro rumo. Nós entramos na vida política, começamos a fazer a política acadêmica. O ano de 1961 foi um período de radicalização enorme porque Jânio Quadros havia renunciado. Além disso, estávamos no auge da guerra fria, inclusive com efeitos internos. Havia um grupo de estudantes universitários que era pró-Cuba e outro que era contra Cuba.

Nós não éramos pró-Cuba e nem anti-Cuba. Éramos basicamente a favor do Brasil. Esse era o sentido que queríamos, tanto a oposi-ção do Luiz Gonzaga Bertelli, quanto o Ruy Martins Altenfelder Silva. Queríamos achar soluções para os problemas brasileiros, porque as nossas dificuldades eram maiores e mais prementes que as de Cuba, da então União Soviética, dos Estados Unidos ou de quem quer que fosse.

Fiz meu exame final do curso jurídico em 1961. O José Frederico Marques era o docente que estava aplicando essa avaliação. Na época, ele era professor de processo civil. Na parte escrita, eu ha-via feito uma prova bem razoável, mas na hora do exame oral ele disse que iria me poupar fazendo três perguntas e que somente poderia responder sim ou não. Como estava precisando de uma

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nota cinco, ele me faria três perguntas, somente três chances para eu acertar.

Então, fez a primeira e me indagou se era sim ou não. Eu disse “sim”, mas ele disse “não”, como resposta correta. Na segunda pergunta, resolvi tentar o contrário falando “não”, mas ele havia dito que essa resposta era “sim”. Como eu já estava na “zona do pênalti”, propus fazer um acordo com ele.

Falei que não queria contestar a sua competência na Escola Pau-lista de Processo civil, mas que eu tinha visões completamente diferentes da dele. Para não criar uma polêmica, queria dizer a ele que seria melhor eu não responder a ultima pergunta.

Ele ouviu, atentamente, mas não relutou em concordar que me daria a nota cinco que precisava para aprovação, mas que eu te-ria que fazer um juramento. Obviamente, naquela hora eu faria qualquer promessa que fosse necessária e aceitei rapidamente a proposta. Ele, então, me disse que me daria nota cinco, contanto que jurasse que jamais advogaria na vida, que jamais fosse advo-gado. Eu aceitei na hora e cumpri!

Espero que isso não sirva de exemplo para ninguém, mas achei interessante relatar a história, exatamente para mostrar como a vida de estudante muda: entrei na faculdade em segundo lugar na lista de aprovados e me graduei “na rabeira”.

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Sobre o trabalho feito pelo Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE quero dar um testemunho. Fui diretor de Relações In-dustriais (RI) na Volkswagen quando dirigia 33 mil pessoas e fo-ram feitos muitos trabalhos conjuntos entre o CIEE e a renomada montadora alemã. Lá eu criei a Universidade Volkswagen, onde mesmo pessoas iletradas tinham acesso ao curso, que na ocasião era o Mobral, passando depois por todo o sistema educacional. Financiávamos, inclusive, estudos de pós-graduação, onde vários dos nossos alunos tiveram o orgulho de alcançar este patamar.

Uma das forças expressivas do aumento da produtividade na Volkswagen foi o estímulo dado aos estudantes, aos estagiários, muitos dos quais vieram do CIEE.

“pElo CIEE passaraM hoMEns da MaIor EstIrpE, quE trouxEraM uMa ContrIbuIção EfEtIva nEssa IntEgração EntrE EduCação E MErCado dE trabalho.”

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No Projeto Rondon fui funcionário público voluntário, sem re-ceber nenhuma remuneração, a convite do presidente Geisel. Na-quele projeto tínhamos a mesma ideia que o Ruy Martins Alten-felder Silva e o Luiz Gonzaga Bertelli, de que era importante que a juventude tomasse conhecimento do que se passava no país.

O Projeto Rondon, infelizmente, foi extinto. O presidente Lula o reativou muito tempo depois. Quando tomei posse tínhamos apenas 15 mil alunos inscritos. Três anos depois, quando saí, tí-nhamos 150 mil estudantes envolvidos na iniciativa.

O projeto permitia não apenas levar um pouco do saber daquelas pessoas que estavam nas universidades para várias das regiões mais remotas do país, mas, acima de tudo, que esses estudan-tes aprendessem sobre a realidade brasileira, como enfrentá-la e ainda como melhorar o homem na sua qualidade cidadã em todo o Brasil.

Esse é o papel que o CIEE está fazendo na sua inclusão social. Acredito que o programa desenvolvido alcança uma amplitude extraordinária que vem acrescentar-se àquele cabedal de serviços que vocês já prestaram ao Brasil pelo CIEE.

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o posICIonaMEnto do brasIl EM rElação ao CEnárIo MundIal

O tema tratado é, talvez, um pouco mais específico sobre a posi-ção do Brasil. Acredito que os jovens têm uma responsabilidade enorme pela frente junto à nossa Nação.

O que gostaríamos que o Brasil fosse? O que queremos que nos-so país seja? Acho que hoje, desde a presidente da República ao menor lugar hierárquico e governo, temos que responder a nós mesmos o que queremos que o Brasil seja dentro de cinco, dez anos e num futuro próximo.

Não há como saber essa resposta. Se hoje perguntarmos aos polí-ticos brasileiros qual é o objetivo do Brasil como nação dentro de cinco anos teremos respostas vagas, do tipo “queremos ser uma nação desenvolvida”.

Obviamente, qualquer nação almeja isso. Há de se pensar no que queremos além do desenvolvimento, exatamente o que o ex-pre-sidente Juscelino Kubitschek tinha na cabeça. Quando iniciou

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seu programa ele dizia o seguinte: o Brasil só pode ser um país grande se integrar-se como uma nação, se tornando uma área que deixou de arranhar os litorais para encontrar-se na totalida-de de seus 8,5 milhões de quilômetros quadrados.

Desejava uma nação íntegra e que fosse tomada por todos os bra-sileiros. Assim, pergunto "é o que queremos do Brasil de hoje e de sua projeção nos próximos 25 anos?"

O segundo ponto que eu traria aqui é o seguinte: sabendo isto, quais são os meios que necessitamos para mobilizar, para se che-gar a essa realidade? E o terceiro ponto: encontrados os meios, como iremos influenciar a opinião pública, como é possível mo-bilizar a nação para que esses meios sejam permanentes?

O Brasil tem, certamente, uma vocação internacional. Nós fomos muito “caipiras” e ainda temos sido, no bom sentido e no mal sentido, de olharmos nossos umbigos por muito tempo. O Brasil é maior do que nós mesmos imaginamos. Não nos damos conta do tamanho, da força e da pujança dessa terra.

O segundo importante ponto que vejo é a projeção. O Brasil será, certamente, dentro dos próximos 30 anos, uma das quatro maio-res economias do mundo. Mas as economias não são determi-nadas apenas por seu produto bruto. São determinadas por uma unidade de língua, territorial e cultural, coisas que poucas na-

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ções no mundo têm hoje.

Atualmente, o Brasil está entre os chamados países emergentes. Particularmente, sou contra esse termo porque esses países já podem ser considerados unidades de poder. Essa classificação é equivalente a uma utilizada durante muito tempo e que estamos familiarizados, a de país de “terceiro mundo”.

Brinco com as pessoas dizendo que um francês sentado no Bou-levard Saint-Germain, tomando seu aperitivo, inventou essa ideia de terceiro mundo. Criou-se, assim, o terceiro mundo e o povo brasileiro entrou na filosofia de que pertence a essa realidade.

Nem do terceiro mundo, nem emergentes, somos um país que tem especificamente um poder extraordinário em si e na sua ca-pacitação, não apenas de juventude, mas dos homens que os con-duzem, como os que administram o CIEE.

Partindo desta premissa básica, diria que o Brasil tem que se preparar politicamente, na mentalidade de cada um, para exer-cer o poder.

O tsunami monetário permitiu ao Brasil chegar a ter 350 bilhões de dólares de reservas, mas também pagar um déficit de balanço de pagamentos de 70 bilhões anuais.

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São essas coisas que precisam ser analisadas quando imaginamos que o país tem que ter uma posição positiva pelo vasto territó-rio que possui e não uma posição negativista, apenas de crítica, sem soluções aparentes. Somos uma nação independente e isso somente será tangível na medida em que esse respeito pela autos-suficiência seja feito por condições de construção e não apenas de negação.

Voltando ao tema, vale citar o que vejo hoje de favorável ao Brasil também dentro desse aspecto. Quando eu fiz uma declaração so-bre as possibilidades e a necessidade do Brasil crescer no exterior para um dos jornais diários de grande circulação, publicaram até uma manchete engraçada: “Garnero diz que precisamos coloni-zar a Europa”.

Não foi bem esse o sentido da minha afirmação. O significado do que eu disse é o seguinte: no atual cenário as oportunidades estão abertas para que o Brasil e as empresas nacionais possam ter uma visão internacional para expandir, aproveitando-se das crises in-ternacionais e assumindo corporações que têm hoje tecnologia, management e outras capacitações em outras áreas do mundo.

Em relação às empresas multinacionais, muitas vezes não se imagina o poder que essas corporações transferem ao país que possui uma de suas unidades. Isso ocorre porque essas compa-nhias geram, também no exterior, emprego, renda e impostos e

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têm acesso privilegiado às classes políticas, basicamente porque são importantes dentro do tecido econômico e social dos países onde atuam.

Várias empresas nacionais estão se desenvolvendo nesse senti-do, especialmente na prestação de serviços. Atualmente, mui-tas oportunidades aparecem para que haja parcerias e também participações de companhias brasileiras em grandes nomes internacionais.

Costumo viajar muito e vejo com frequência a presença de nomes como, por exemplo, Camargo Corrêa, Odebretch e Andrade Gu-tierrez atuando no exterior.

O Brasilinvest, juntamente com a família real da Arábia Saudita, está levando a Petrobras (representada por uma sociedade) para atuar nesse país. Quem vai construir o empreendimento é a An-drade Gutierrez. Trata-se de um projeto de um bilhão de dólares que será dado à empresa brasileira porque a Petrobrás confiou na força de trabalho dessa companhia. Aceitamos entrar nesse pro-jeto, mas queríamos a participação de uma empreiteira brasileira e a família real saudita concordou.

Desenvolvi diversos empreendimentos de construção nos Esta-dos Unidos, em Miami e levei a Odebretch para fazer seus pri-meiros projetos na área de edifícios residenciais. Essas iniciativas

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trazem não apenas receita ao Brasil, mas também influência polí-tica. É o caso, por exemplo, da Petrobras, da Vale e outras.

Estive recentemente na França, onde está ocorrendo uma forte penetração das grandes franquias brasileiras. São muitas da área de alimentação e de outros segmentos, que estão entrando em várias regiões da Europa e também nos Estados Unidos, como o Giraffas, por exemplo.

Isto é um fator importante na fixação da imagem de uma econo-mia que será, dentro de 30 anos, uma das quatro mais importan-tes do mundo.

Entendo que o governo tenha uma grande responsabilidade nes-se assunto. Por exemplo, nos fundos de pensão há 35 bilhões de dólares que poderiam ser investidos. Os fundos de pensão, com o total de patrimônio hoje de 350 bilhões de dólares, têm a possi-bilidade de investir, por lei, até 10 por cento no exterior. Acredito que esses fundos deveriam seguir o exemplo do que a China está fazendo com enorme sucesso.

Cito também o caso da Coreia do Sul. O maior fundo de pensão deste país asiático colocou sete bilhões de dólares à disposição das companhias sul-coreanas para compras de empresas no ex-terior. Essa prática é considerada fonte de prestígio, também de dividendos, sobretudo de management.

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Por que o CIEE é uma fonte de saber e cultura? Porque antes do capital, o mais importante para fazer qualquer negócio é ter a ideia, o conceito. Nenhuma quantia monetária relevante vai para alguém que não saiba gerir o seu negócio. Não existe isso no mundo. O capital é consequência de uma ideia e de uma capaci-dade de gerir.

Portanto, o momento é bom. O real está valorizado. Não acre-dito que o fato da moeda estar forte seja motivo para provocar a desindustrialização. Essa cotação do real permitiu que o Brasil saísse de uma exportação de 80 bilhões de dólares para atingir um nível de 240 bilhões porque trouxe tecnologia, máquinas e equipamentos que permitiram com que a agricultura e os servi-ços crescessem.

Se o dólar estivesse cotado em quatro ou cinco reais não seria possível comprar nem a tecnologia e muito menos a maquinaria necessária para manter o ritmo de industrialização e moderniza-ção que teríamos necessidade para chegar a esses valores.

Portanto, classifico este momento como crucial. A China está comprando “tudo” em Portugal e também em várias partes da Europa porque os preços estão atrativos, mas principalmente porque há capacidade de gestão. Enquanto os Estados Unidos es-tão formando 50 mil engenheiros por ano, a China gradua 500 mil. Há uma pequena diferença, inclusive na geração do saber e

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na aplicação do saber.

Por isso, observa-se a importância de uma entidade como o CIEE, que além de uma extrema projeção nacional, exerce um papel sig-nificativo na propagação do conceito de gestão, principalmente na formação de gente competente empresarialmente para poder desenvolver este país com condições não apenas de chegar a ser a quarta maior economia do mundo, mas também para manter-se nessa posição.

Portanto, sem entrar em miúdos sobre a questão da Europa, tentarei descrever um cenário de maneira mais ampla, já que

“obsErva-sE a IMportânCIa dE uMa EntIdadE CoMo o CIEE, quE aléM dE uMa ExtrEMa projEção naCIonal, ExErCE uM papEl sIgnIfICatIvo na propagação do ConCEIto dE gEstão”

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a moeda brasileira forte dá uma oportunidade enorme às em-presas nacionais.

dEsIndustrIalIzação: uM grandE dIlEMa

Mais importante do que o real forte é a inflação competitiva em relação aos outros países. Enquanto o Brasil teve uma inflação de 5,5% em 2011, o restante do mundo teve uma média entre 1 a 2%. Isso representa custos extraordinários para a indústria brasileira que não são computados.

Uma alternativa seria voltar àquela época em que as exportações eram pagas por câmbio. Essa conversão é paga quando o real está desvalorizado, justamente porque o câmbio em baixa representa uma redução da renda nacional.

As discussões mostram claramente que o Brasil está no cami-nho da estabilidade, mas o equilíbrio exige uma inflação que não passe de 4%, no máximo. É preciso mantê-la em 4%, assim como os 30 bilhões de exportações, e reduzir um pouco o custo Brasil.

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Citando novamente a Arábia Saudita, vale ressaltar um número que diz bastante sobre competitividade. O preço da energia elé-trica neste país do Oriente Médio é de 0,28 por kW. No Brasil, custam 2,80 por kW. Não é fácil competir dessa maneira.

Assim, os dilemas dessa nação não são os "tsunamis". Os proble-mas são estruturais e burocráticos. São os “tsunamis” das estra-das esburacadas, por exemplo, e também da maior exportação de impostos já feita pelo Brasil, vide o ICMS (Imposto sobre Ope-rações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) que a maioria das pessoas não consegue sequer entender sua finalidade.

O povo precisa, de maneira consciente, pressionar os políti-cos e entender que uma pátria não é feita de grandes declara-ções eleitoreiras. É construída por meio das exportações e uma atuante política internacional. Sem a modernização do Estado brasileiro, não será possível alcançar a consolidação e o tão de-sejado crescimento.

Portanto, a mensagem é sempre de otimismo. Particularmente, não poderia ter aprendido algo diferente com o ex-presidente Juscelino Kubitscheck.

O atual presidente voluntário do conselho de Administra-

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ção do CIEE, Ruy Martins Altenfelder Silva, falou sobre minha amizade imorredoura com o Juscelino, nas primei-ras páginas desta palestra, e gostaria de citar um episódio triste, sobre a morte do ex-presidente.

O encontrei numa sexta-feira à noite em São Paulo. Na-quela época eu era presidente da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e lhe disse que iria para Brasília no dia seguinte. Como ele tam-bém estava indo para a capital do país, convidei-o para ir comigo, no meu avião. Combinamos de nos falarmos ao meio-dia do sábado.

Quando telefonei no horário acertado, ele já havia saído do lugar onde estava hospedado e não deixou recado algum. Fi-quei sabendo que havia viajado de automóvel para o Rio de Janeiro, quando aconteceu o acidente que lhe tirou a vida.

No dia seguinte, a Folha de S. Paulo publicou uma foto do seu corpo e nela deu para notar o que havia em um dos bolsos de Juscelino. Dava para enxergar um papel com o número do meu telefone. Se ele tivesse me ligado e tivésse-mos feito como o combinado, iria para Brasília comigo, e certamente não teria sofrido o acidente.

A convivência com Juscelino Kubitschek no meu caso se

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estendeu por muitos anos depois da sua cassação e me en-sinou uma coisa muito importante. Ele não teve jamais um problema de fígado, porque nunca odiou o seu próximo.

Juscelino Kubitschek apenas imaginava que vitórias e derro-tas são faces diversas de uma mesma moeda. Olhar o futuro de uma maneira positiva é talvez a única coisa que pessoas mais velhas e experientes podem dizer aos jovens brasileiros.

“o povo prECIsa, dE ManEIra ConsCIEntE, prEssIonar os polítICos E EntEndEr quE uMa pátrIa não é fEIta dE grandEs dEClaraçõEs ElEItorEIras.”

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debAtes38 | Coleção CIEE 127 A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 39A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 39

dEbatEs, CoordEnados por luIz gonzaga bErtEllI,Presidente executivo do ciee

Quero enfatizar que ficamos honrados e agradecidos pelas palavras incentivadoras do Mario Garnero sobre tudo o que o CIEE faz em benefício dos estudantes brasileiros, principal-mente do jovem mais desamparado, que é o objetivo maior desta organização.

É oportuno registrarmos alguns que integraram essa galeria fantástica de personalidades do mundo cultural e científico que contribuíram sobremaneira na construção desta entidade. Juntos com Ruy Altenfelder, presidente desta casa, tivemos Fer-nando Menezes e o saudoso Ricardo Izar, que faz tanta falta, ele que se desgastou por demais como presidente da Comissão de Ética da Câmara dos Deputados.

Comentava ainda há pouco com seu filho, também ilustre de-putado federal, que uma das razões principais da morte preco-ce do Ricardo Izar foi o excessivo desgaste que sofreu nas inú-meras e infindáveis reuniões da Comissão de Ética da Câmara dos Deputados.

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Dizem os cardiologistas que o atenderam no Incor (Instituto do Coração) que essa foi uma das principais razões da morte de nosso saudoso deputado Ricardo Izar, que conosco compar-tilhou de todos os esforços na estruturação do Centro Acadê-mico 22 de Agosto e na transformação da Faculdade Paulista de Direito da PUC em uma das mais notáveis escolas jurídicas da Nação, reconhecida pelo Ministério da Educação e Cultura, como modelo das Escolas Jurídicas da Nação.

LuiZ GonZAGA BerteLLi. Primeira questão, elaborada por ricardo Franscisco scurachio: Existe a possibilidade de assumir características de êxito se praticada de forma inter-cambiável, enaltecendo seu amor ao próximo e ao ser humano que o cerca?

MArio GArnero: Compreendo que essa pergunta tem o sentido de saber se o lado humano prevalece mesmo nas condi-ções econômicas ou nas condições políticas.

Acho que, fundamentalmente, tudo decorre da capacitação que o homem vai adquirindo ao longo da vida. Acredito no ser hu-mano que fundamentalmente é formado desde o momento de seu nascimento, e mesmo antes, com aquilo que vai portar du-rante sua vida.

Muitas coisas virão com a cultura, outras com as circunstân-

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cias, mas, fundamentalmente, o lado humano nasce e deve ser aprimorado dentro da linha que você tem de pensamento. Não se imagine cambiar. Você tem que ser, na sua autenticidade, aquilo que você é, porque o outro que está olhando está te ven-do na sua integridade. Ele está vendo você em essência.

Portanto, essa condição humana de saber o que você é e o que de-seja, e manter a convicção própria nos bons e nos maus momen-tos a mesma personalidade, é fundamental para o ser humano.

LuiZ GonZAGA BerteLLi. o dorival Fontes de Almeida, da Federação dos contabilistas de são Paulo, pergunta: Os executivos brasileiros têm, a seu ver, perfil e competências para exercer cargos de relevância no alto escalão das empresas europeias, sediadas na Comunidade Européia?

MArio GArnero: Sem dúvida. O que está faltando são oportunidades das empresas se estabelecerem por lá. Basta ob-servarmos o que está acontecendo na antiga AmBev e em várias outras empresas.

Um exemplo típico se refere a um dos carros mais bonitos do mundo, o Bentley, montadora que a Volkswagen comprou. O projetista que lá trabalha saiu da Volkswagen, passou pela a Audi, até chegar na Bentley. Atualmente, ele é chefe de dese-nho nessa renomada marca, responsável por fabricar o carro

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de maior prestígio na Inglaterra. Ele concebeu um veículo que recebeu diversos prêmios.

Acho que a capacitação do brasileiro está, em grande parte, ligada às dificuldades que nós já tivemos. Essas adversidades hoje se expressam pela possibilidade que temos de exportar gente competente.

O presidente da Petrobrás na China é um brasileiro extrema-mente competente. Seja onde for, se você encontrar uma pessoa do Brasil, entenderá que são muito bem cotados lá fora.

Por outro lado, acho que a presidente Dilma Rousseff está fa-zendo um grande programa para levar estagiários a estudar no exterior. Só nos Estados Unidos, a China tem cerca de 120 mil alunos estudando. A Arábia Saudita, que tem uma população de 60 milhões de pessoas, tem aproximadamente 30 mil estu-dantes no exterior. O Brasil, que já está com quase 200 milhões de habitantes, ainda conta com um número relativamente bai-xo de pessoas que estudam em outros países.

O estágio nas universidades em outras localidades, considera-das centros de saber, produz duas coisas que são extremamente importantes. Em primeiro lugar, o conhecimento de um novo mundo, e, em segundo, os relacionamentos pessoais.

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Gostaria de deixar uma sugestão para o CIEE. Da mesma forma que o marketing é uma ciência nova, acho que o networking também é algo que pode ser interpretado com base científica e já está em desenvolvimento, mas ainda não tomou forma como deveria. Acho que esse conceito será em algum momento du-rante os próximos dez anos transformado em uma ciência exa-ta, como é o marketing hoje.

O CIEE, como em todos seus programas e ações, poderia ter potencial para ter uma posição importante, de vanguarda, nesse tema.

LuiZ GonZAGA BerteLLi. A estudante vitória Prigarini, da columbia university, pergunta: Parabéns pela sua expo-sição. No seu entendimento, quais os países e quais os setores mais oportunos para o investimento no Brasil de hoje?

MArio GArnero: Estou muito contente que alguém da Universidade de Columbia esteja aqui. Temos desenvolvido ati-vidades na Columbia, fazendo seminários sobre o BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China), considerados países em desenvolvimen-to, através do Fórum das Américas.

Atualmente, o Brasil está ganhando espaço na América Lati-na, principalmente para a Argentina, Peru e Chile. Acho que é uma possibilidade muito próxima, inclusive pela facilidade de

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língua, de expressão e de distância.

Eu entendo que os Estados Unidos são um bom país para se in-vestir. Por outro lado, temos que considerar a perspectiva de que 300 mil empresas irão à falência neste ano na Europa, devido a diversos motivos, inclusive falta de capitais ou problemas de ge-rência. Será que entre essas inúmeras empresas não encontra-remos algumas que permitam a corporações brasileiras serem beneficiadas com conhecimentos avançados que lá estão e que poderão ser compradas hoje em condições vantajosas?

Isso se aplica à França, à Itália, à Bélgica, mesmo à Inglaterra e também aos Estados Unidos, que eu ainda considero o país mais barato do mundo. Uma pizza aqui custa cerca de 48 reais, que equivale (na cotação atual) cerca de 25, 30 dólares. Com essa quantia janta-se muito bem nos Estados Unidos. Com cer-teza, é possível comer mais que uma pizza com esse dinheiro.

Acho que existe realmente essa facilidade de ir para outros pa-íses e que os Estados Unidos ainda seria o objetivo principal. Na alta tecnologia e na biotecnologia o Brasil tem uma possi-bilidade enorme de aquisições de processos e de empresas que lá estão.

Na área importante das autopeças, por exemplo, que o governo está empenhado em restabelecer a produção no país, há gran-

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des oportunidades, assim como na bioquímica.

Em resumo, diria que pela facilidade do dólar, os Estados Uni-dos constituem a melhor oportunidade. Pela facilidade do co-nhecimento e das empresas que estão em dificuldades, a Euro-pa, especialmente França, Itália, Espanha e Portugal.

LuiZ GonZAGA BerteLLi. o dr. estéfano verchelli per-gunta: Como o senhor vê a política tributária brasileira, em especial a política tributária atingindo as micro e pequenas empresas e, dessa forma, inibindo o seu desenvolvimento?

MArio GArnero: Uma tragédia! Não entendo como ainda não conseguimos ter a força política para reunir os governado-res e criarmos um imposto como o IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado), substituindo essa teia de aranha inominável dos ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mer-cadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação).

E, mais ainda, esse volume de taxação que chega a 34,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em um país onde não se pode dizer que exista sonegação institucionalizada.

Temos atualmente um aparelho arrecadador importante, que cresce mais que o próprio PIB. Se fosse o contrário, seria possí-

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vel aceitar. Mas esse mecanismo cresce mais que o PIB e isso só acontece porque estamos pagando impostos.

Porém, acredito que esse problema tributário faça parte de um conjunto de problemas chamado “custo Brasil”, onde a vontade política esbarra em certas resistências que não se con-segue resolver.

Não é possível que não se consiga, com vontade política, sim-plificar esses 70 impostos que temos aqui. Uma empresa média gasta por ano três meses com auditores e com seu departamento de contabilidade para poder fazer os balanços ou para poder pagar os impostos em dia.

No caso da pequena e média empresa, ela não tem condições de montar uma estrutura que garanta o pagamento dos impostos em dia. Assim, ela paga os impostos, à medida que os fiscais aparecem, para não se ter chateação. Portanto, não há nenhum planejamento fiscal possível de ser feito em uma legislação que é de 100 anos atrás.

LuiZ GonZAGA BerteLLi: Temos uma pergunta de outra jovem estudante, a Cristina Gomes, que cursa o 5° período de Serviço Social em uma universidade sui generis, a Universida-de Ítalo-Brasileira. O reitor dessa universidade é um grande amigo e parceiro do CIEE e, quando nos convidou para co-

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nhecer a instituição, ficamos surpresos. A universidade mi-nistra aulas durante a madrugada. As aulas começam à meia--noite e terminam por volta das três horas da manhã.

O CIEE tem uma parceria muito efetiva com essa universi-dade, já que eles nos cedem graciosamente e em comodato, salas para os cursos de alfabetização. Quando lá estivemos, brincávamos com o reitor dizendo que não acreditávamos que ele teria número de alunos suficiente. Por incrível que pareça, devido ao dinamismo de São Paulo, ele tem todas as vagas preenchidas e já nos comunicou a ampliação dos cur-sos devido à grande procura de estudantes, que só podem estudar de madrugada.

Voltando a questão, a Cristina nos diz:

Como o senhor vê o fato de que sendo o Brasil já a sexta eco-nomia mundial, investe tão pouco em políticas públicas de saúde, segurança e educação?

MArio GArnero: Só posso dizer que concordo integralmen-te. Quero voltar um pouco ao começo do que falei. Será possível ser a quarta maior economia do mundo sem investir em educa-ção e em saúde?

Estive na Coreia do Sul recentemente e vi crianças de 3 anos de

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idade indo para a escola. Vi atendimentos de toda ordem, as-sim como também os presenciei na China. Os chineses tem um problema maior que o Brasil porque tem 800 milhões de pessoas que ainda estão vivendo no interior. Esses indivíduos não têm a possibilidade de uma comunicação mais eficiente. Há também a questão da língua, porque o mandarim é um idioma imposto. Na China, cada província tem o seu dialeto. O mandarim é falado apenas por uma determinada classe social.

Com todas as dificuldades que tem esse gigante asiático, eles estão conseguindo resolver o problema da saúde e o problema da edu-cação. Nós ainda falamos muito em educação, e aqui vejo o que pioneiramente o CIEE fez. As minhas preocupações sempre foram nessa linha desde a época do Centro Acadêmico "22 de Agosto".

Ora, eu acho que essas são duas prioridades que temos que en-frentar. Se chegarmos a ser a quarta maior economia do mundo com os sistemas de saúde e educação que temos, essa situação não dura nem o meio tempo de um jogo de futebol.

LuiZ GonZAGA BerteLLi: Temos aqui 5 perguntas sobre o mesmo tema: solicitam que o palestrante profira algumas palavras sobre o impacto real da Copa do Mundo de futebol em 2014 no Brasil.

MArio GArnero: Se perdermos a disputa desse torneio, o

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otimismo virará cobrança, será um forte impacto!

Alguém daqui supõe que vamos chegar mais rápido a um está-dio porque houve melhorias nas linhas de metrô, ou nas vias de acesso, ou ainda, porque haverá um trem de alta velocidade?

Teremos alguns eventos em sequência, principalmente no Rio de Janeiro. Este ano, tivemos o Rio +20. São 80 chefes de estado que se locomoveram durante três dias pela cidade. Cada um deles trouxe uma comitiva de 20 pessoas; foi possível avaliar eventuais problemas de alojamento e de movimentação.

Haverá também o encontro da juventude em 2013. Serão seis milhões de pessoas no Rio de Janeiro. No ano seguinte, haverá a Copa do Mundo e, em seguida, as Olimpíadas.

O Brasil não se dá conta do que isso representa em termos de imagem mundial. Se tivermos uma Copa do Mundo de futebol realmente bem feita, e o mesmo para as Olimpíadas, haverá os mesmos efeitos que os jogos olímpicos produziram na China, quando transformaram a visão que o mundo tinha de lá.

Estamos em uma época de transformação onde a imagem bra-sileira é positiva e não pode ser denegrida meramente pela fal-ta de organização. Há um grande risco em promover eventos desse porte.

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LuiZ GonZAGA BerteLLi. A tainá Botoni Andrade, da succar sociedade civil de Advocacia, pergunta: Que acha sobre a nossa nova presidente? O Brasil está indo bem ou po-deria estar melhor em alguns sentidos? Quais? Ela apoia os estudantes e seus estudos de todos os tipos, cursos e universi-dades? De quais formas?

MArio GArnero: Eu diria que a presidente Dilma Rousseff está procurando trazer a realidade ao Brasil de hoje.

É impossível um país manter os mesmos condicionantes finan-ceiros como déficits da balança de pagamentos de 70 bilhões de dólares por ano. Não há reservas que aguentem, muito menos a possibilidade de ser financiado indefinidamente pelos capitais internacionais.

Esse é um problema sério que não está sendo debatido no Bra-sil, e que foi enfrentado no passado: a falta de dólares.

Quando, hoje, reclama-se que não são preteridos mais dólares, eu me lembro quando uma vez, em um final de ano, estava em Nova Iorque e recebi o telefonema do Carlos Langoni, que era o presidente do Banco Central da época.

Naquela época, estava na presidência da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e havia trazido o ex-presidente norte-

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-americano Ronald Reagan para o Brasil em uma visita depois da crise do setembro negro que foi quando o México declarou moratória. Naquela ocasião, o Presidente trouxe um cheque de um bilhão de dólares para ajudar o Brasil.

Carlos Langoni telefonou-me para me pedir um favor. Disse que para fechar o balanço de pagamentos do Brasil no fim do ano, a Arábia Saudita havia prometido 500 milhões de dólares e se não conseguíssemos esses 500 milhões de dólares iríamos para o "default."

Ele queria que eu conversasse com o George Shultz, que era o Secretário de Estado dos EUA na época e que havia sido mem-bro do conselho do Brasilinvest, pedindo que ele interviesse jun-to à Arábia Saudita para a liberação dos recursos. Eu consegui falar com o Shultz na Califórnia e no dia 26 os recursos foram liberados. O Brasil fechou o balanço.

Observando o acontecido, uma situação que vi e participei, eu me pergunto: será que gostaríamos que este país passasse ou-tra vez pela mesma penúria de pedir para a Arábia Saudita nos dar 500 milhões de dólares para fechar o nosso balanço de pagamentos?

Portanto, há no ar algo que eu acho que a opinião pública pre-cisa debater. O Brasil vai bem, mas não vai bem com 2,3 % de

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crescimento. O Brasil precisa crescer, no mínimo, 4 ou 5% ao ano e precisa ter uma inf lação absolutamente sob controle. Não existe pequena inf lação, como por exemplo, não existe pequena gravidez. A inf lação existe e cresce.

E, finalmente, precisa-se verificar o seguinte: ainda temos uma herança extremamente importante de indexação a ser resol-vida neste país, que está resultando em uma inf lação mensal muito grande.

Portanto, resumindo, acho que a Presidente está tentando ser uma boa manager e ela é porque conhece os assuntos. Porém, há necessidade de olharmos o Brasil sem euforia. Precisamos olhar para o país com a responsabilidade de chegar ao 4º lugar e mantermo-nos nesse patamar, para posteriormente subir de posição. Para isso, precisamos realizar as reformas hoje, não daqui a dez anos.

LuiZ GonZAGA BerteLLi. temos mais questões. o Flá-vio renault, militar da Força Aérea Brasileira, pergunta: Se o senhor fosse dar um conselho para um jovem iniciante no mercado de trabalho, o que mencionaria como as razões pre-ponderantes que o levaram a ser uma pessoa tão exitosa e tão admirada em sua carreira profissional.

MArio GArnero: Muito obrigado pelos elogios, mas, aci-

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ma de tudo, eu daria um conselho que não é propriamente um conselho, mas é o que eu fiz na minha vida. Faça aquilo que você gosta. Se o emprego que você tem, se aquilo que você está fazendo, não lhe dá prazer 24 horas por dia, largue e comece de novo, porque você nunca sairá da mediocridade se mantiver essa linha de pensamento.

Emprego não se conquista. Emprego a pessoa tem na sua cabe-ça. Quando a pessoa cria, ela tem emprego em qualquer lugar do mundo.

LuiZ GonZAGA BerteLLi: Peço ao palestrante que dirija uma mensagem de estímulo para concluir a palestra, reiteran-do nossos agradecimentos.

MArio GArnero: Muito obrigado a todos, em especial aos meus amigos e colegas da PUC-SP.

Vocês somente terão uma noção real do que o CIEE tem feito, abrindo as portas das empresas e do conhecimento, depois de um longo período de maturação. Hoje as oportunidades são grandes. O Brasil vive uma fase de pleno emprego, mas esse cenário não permite que cada um de nós que está em busca de uma melhoria de vida imagine que ela não apresente altos e baixos.

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Haverá momentos de decepção, outros de grandeza, mas, aci-ma de tudo, o conhecimento que vocês estão adquirindo aqui, pela atuação do CIEE, será marcante na vida de cada um de vocês.

Muito obrigado, meus caros presidentes Luiz Gonzaga Bertelli, e Ruy Martins Altenfelder Silva. Agradeço também aos mem-bros do Conselho, aqui presentes.

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Durante a cerimônia de encerramento deste Fórum de Debates sobre a Realidade Brasileira, o professor e desembargador Ney Prado, presidente da Academia Internacional de Direito e Eco-nomia e integrante do Conselho Consultivo do CIEE, entregou o Troféu Integração em homenagem a Mario Garnero.

O troféu é uma produção do escultor alemão Hans Goldammer, e simboliza a busca do estudante para alcançar a realização profi ssional.

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HomenAGem

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Coleção CIEE-56 (esgotado)Globalização e hipercompetição: a sociedade das organizações e o desafio da mudançaThomaz Wood Jr.

Coleção CIEE-57 (esgotado)Desenvolvimento social, previdência e pobreza no BrasilRoberto Brant

Coleção CIEE-58 (esgotado)A paixão pela poesiaArnaldo Niskier, Carlos Nejar, Ledo Ivo, Lygia Fagundes Telles e Mário Chamie

Coleção CIEE-59 (esgotado)Rumos da educação no BrasilSimpósio CIEE/O Estado de S. Paulo

Coleção CIEE-60 (esgotado)Reforma tributária: solução ou panacéia?Osíris de Azevedo Lopes Filho

Coleção CIEE-61 (esgotado)Os atentados em Nova York e os interesses internacionais do BrasilFlávio Miragaia Perri

Coleção CIEE-62 (esgotado)Lei de responsabilidade fiscal: esperanças e decepçõesDiogo de Figueiredo Moreira Neto

Coleção CIEE-63 (esgotado)A saúde no novo conceito de filantropiaAntônio Jacinto Caleiro Palma

Coleção CIEE-64 (esgotado)Fundamentos da política econômica do governo LulaGuido Mantega

Coleção CIEE-65 (esgotado)O Banco Central e a defesa da concorrência no mercado financeiroGustavo Loyola

Coleção CIEE-66 (esgotado)Enxergando o amanhã com os olhos de hojeGaudêncio Torquato

Coleção CIEE-67 (esgotado)Juventude, escola e empregabilidadeV Seminário do 3º Setor

Coleção CIEE-68 (2ª Edição)Educação: Velhos Problemas, Novas (?) SoluçõesPaulo Nathanael Pereira de Souza

Coleção CIEE-69 (esgotado)Cobrança de impostos ameaça o futuro da filantropiaVI Seminário do 3º Setor

Coleção CIEE - Especial (esgotado) 2ª Ed. revista e ampliada Guia prático do CADE - A defesa da concorrência no Brasil

62 | Coleção CIEE 127

Coleção CIEE-70 (esgotado)A importância do estágio na formação do aluno do ensino médioAntônio Ruiz Ibañez

Coleção CIEE-71 (esgotado)Antônio Cândido, Guerreiro da Educação - Prêmio Professor Emérito 2003CIEE/O Estado de S. Paulo

Coleção CIEE-72 (2ª edição)Educação e saberPaulo Nathanael Pereira de Souza

Coleção CIEE-73 (2ª edição) O pressuposto da ética na economia, nas empresas, na política e na sociedadeRuy Martins Altenfelder Silva

Coleção CIEE-74 (esgotado)EmpregabilidadeVII Seminário CIEE - Gazeta Mercantil do 3º Setor

Coleção CIEE-75 (esgotado)Analfabetismo: proposta para a sua erradicaçãoJorge Werthein

Coleção CIEE-76 (esgotado)Educação, estágio e responsabilidade fiscal das prefeiturasIves Gandra da Silva Martins, Marcos Nóbrega, Luiz Gonzaga Bertelli e Paulo Nathanael Pereira de Souza

Coleção CIEE-77 (esgotado)Valorização imobiliáriaNelson Baeta Neves

Coleção CIEE-78 (esgotado)As metas inflacionárias no BrasilPaulo Picchetti

Coleção CIEE-79 (esgotado)A qualidade dos estágios e sua importância socioprofissionalSeminário CIEE-SEMESP

Coleção CIEE-80 (esgotado)Desafios da administração de uma grande metrópole (São Paulo)Walter Feldman

Coleção CIEE-81 (esgotado)A realidade educacional brasileira e o desenvolvimento do PaísRoberto Cláudio Frota Bezerra

Coleção CIEE-82 (esgotado)Os entraves para o desenvolvimento nacional e as recomendações para sua superaçãoAbram Szajman

Coleção CIEE-83 (esgotado)O cenário econômico latino-americano e seus reflexos no mercado acionárioAlfried Karl Plöger

Coleção CIEE-84 (esgotado)Jornalismo político: uma visão do BrasilMurilo Melo Filho

Coleção CIEE-85 (esgotado)A política monetária brasileira e seus reflexos no desenvolvimento do paísJosué Christiano Gomes da Silva

Coleção CIEE-86 (esgotado)Tecnologia, Economia e Direito: visão integrada e multissetorialJosé Dion de Melo Teles

Coleção CIEE-87 (esgotado)Brasil: competitividade e mercado globalMarcos Prado Troyjo

Coleção CIEE-88 (esgotado)A arte de empreender: o respeito aos limites do ser humano Eduardo Bom Angelo

Coleção CIEE-89 (esgotado)A educação brasileira e a contribuição das entidades de filantropia Roberto Teixeira da Costa

Coleção CIEE-90 (esgotado)A situação atual da educação brasileira Paulo Tafner

62 | Coleção CIEE 127 A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 63

Coleção CIEE-91 (esgotado)O desenvolvimento das economias japonesa e asiática Yuji Watanabe

Coleção CIEE-92 (esgotado)A contribuição da Embraer no desenvolvimento da indústria aeronáutica brasileira Luís Carlos Affonso

Coleção CIEE-93 (esgotado)A nova fase da crise brasileiraOliveiros da Silva Ferreira

Coleção CIEE-94 (esgotado)Inventário da educação brasileira e recomendações para seu aperfeiçoamentoSeminário

Coleção CIEE-95 (esgotado)Negociações agrícolas internacionaisMarcos Sawaya Jank

Coleção CIEE-96 (esgotado)Um século de sindicalismo no BrasilAlmir Pazzianotto

Coleção CIEE-97 (esgotado)A atual situação da educação brasileira - medidas para o seu aperfeiçoamentoSamuel de Abreu Pessôa

Coleção CIEE-98 (esgotado)O futuro do abastecimento energético no Brasil e no mundoCarlos Alberto de Almeida Silva e Loureiro

Coleção CIEE-99 (esgotado)Reflexões sobre a conjuntura nacionalGeraldo Alckmin

Coleção CIEE-100 (esgotado)Presença da universidade no desenvolvimento brasileiro: uma perspectiva históricaSimpósio

Coleção CIEE-101 (esgotado)O estabelecimento de um modelo de sustentabilidade ambiental no Estado de São PauloXico Graziano

Coleção CIEE-102 (esgotado)O papel dos Tribunais de Contas na Educação BrasileiraAntônio Roque Citadini

Coleção CIEE-103 (esgotado)Os desafios da administração de uma metrópoleGilberto Kassab

Coleção CIEE-104 (esgotado)A Caixa Econômica Federal e suas atividades no paísCarlos Gomes Sampaio de Freitas

Coleção CIEE-105 (esgotado)A ética no Brasil: a cabeça dos brasileirosAlberto Carlos Almeida

Coleção CIEE-106 (esgotado)A necessidade dos seguros para o desenvolvimento sustentável brasileiroLuiz Carlos Trabuco Cappi

Coleção CIEE-107 (esgotado)O mercado de trabalho paulista e a capacitação profissionalGuilherme Afif Domingos

Coleção CIEE-108 (esgotado)O papel do Ministério Público em relação a entidades do Terceiro Setor: filantrópicas e de assistência SocialAirton Grazzioli

Coleção CIEE-109 (esgotado)Olhando para o Brasil do futuro: perspectivas e debatesEmílio Odebrecht

Coleção CIEE-110 (esgotado)Para melhor entender nosso País de hoje e de amanhãCarlos Alberto Sardenberg

Coleção CIEE-111 (esgotado)A defesa nacional e a situação atual das forças armadas brasileirasGeneral Alberto Mendes Cardoso

Coleção CIEE-112 (esgotado)Células-tronco: O que poderão representar?Mayana Zatz

Coleção CIEE-113 (esgotado)Perspectivas do setor de habitaçãoJoão Crestana

Coleção CIEE-114 (esgotado)Aquecimento global e sustentabilidade Carlos Alberto de Mendes Thame

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Coleção CIEE-115 (esgotado)Amazônia: mito, realidade e futuroJoão Carlos de Souza Meirelles

Coleção CIEE-116 (esgotado)O desenvolvimento da aviação nacionalAdalberto Febeliano

Coleção CIEE-117 (esgotado)Indústria aeronáutica no Bra-sil - Evolução e perspectivas do seu desenvolvimentoFrederico Fleury Curado

Coleção CIEE-118 (esgotado)Perspectivas para a Copa do Mundo de 2014 no BrasilLuiz Sales

Coleção CIEE-119 (esgotado)A justiça superior do trabalho no Brasil: atuação e regularidade dos processos pendentes no TSTMilton de Moura França

Coleção CIEE-120 (esgotado)Perspectivas do mercado de televisão por assinatura no BrasilAlexandre Annenberg

Coleção CIEE-121 (esgotado)Como aprimorar a educação superior no BrasilEduardo Alcalay

Coleção CIEE-122 (esgotado)A visão do atual estágio da educação brasileira e recomendações para a sua melhoriaGustavo Ioschpe

Coleção CIEE-123A importância do Estado de São Paulo na economia, na cultura, na educação e no desenvolvimento do PaísGeraldo Alckmin

Coleção CIEE-124O novo jeito de fazer negócios no BrasilFernando Byington Egydio Martins

Coleção CIEE-125A preparação de engenheiros para o mercado de trabalho brasileiro: a experiência do ITAReginaldo dos Santos

Coleção CIEE-126As Agências de Formento e o seu papel no financiamento de longo prazo, notadamente junto às pequenas e médias empresas.Milton Luiz de Melo Santos

Coleção CIEE-127A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado EuropeuMario Bernardo Garnero

64 | Coleção CIEE 127 A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 65

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO(Mandato de 16/4/2012 a 15/4/2015)

PRESIDENTERuy Martins Altenfelder Silva

VICE-PRESIDENTESAntonio Penteado MendonçaAntonio Jacinto Caleiro PalmaWálter Fanganiello Maierovitch

CONSELHEIROSHumberto Casagrande NetoJosé Augusto MinarelliOrlando de Almeida Filho

FUNDADORESAloysio Gonçalves MartinsClóvis DutraGeraldo Francisco ZivianiJosé Franklin Veras ViégasMario AmatoPaulo Egydio MartinsTérbio de Mattos

PRESIDENTE EXECUTIVOLuiz Gonzaga Bertelli

Adhemar César RibeiroAna Maria Vilela IgelCarlos Eduardo Moreira FerreiraCésar Gomes de MelloÉlcio Aníbal de LuccaDom Fernando Antônio FigueiredoFlávio Fava de MoraesGaudêncio TorquatoGesner de OliveiraHermann Heinemann WeverIvette Senise FerreiraJoão Guilherme Sabino OmettoJoaquim Pedro Villaça de Souza Campos

José VicenteLiz Coli Cabral NogueiraMarcos TroyjoNey PradoNorton Glabes LabesOzires SilvaRogério AmatoSebastião MisiaraTácito Barbosa Coelho Monteiro FilhoWander SoaresWilson João ZampieriYvonne Capuano

CONSELHO FISCALTitularesAntoninho Marmo TrevisanAntonio Garbelini JuniorRicardo Melantonio

SuplentesJosé FrugisShozo MotoyamaVandermir Francesconi Júnior

Alex PeriscinotoAntonio Jacinto Caleiro PalmaHerbert Victor Levy FilhoJoão Baptista Figueiredo Júnior

Júlio César de MesquitaLaerte Setúbal FilhoPaulo Nathanael Pereira de Souza

Adib JateneAmauri Mascaro NascimentoAngelita Habr-GamaAntonio Candido de Mello e SouzaAntônio Hélio Guerra VieiraClarice MesserDorival Antônio BianchiEdevaldo Alves da SilvaEvanildo BecharaGuilherme Quintanilha de AlmeidaIves Gandra da Silva MartinsJarbas Miguel de Albuquerque Maranhão

João Geraldo Giraldes ZocchioJoão Monteiro de Barros FilhoJosé Cretella Jr.José Feliciano de CarvalhoJosé PastoreLaudo NatelLeonardo PlacucciLuiz Augusto Garaldi de AlmeidaNelson AlvesNelson Vieira BarreiraPaulo Emílio VanzoliniPaulo Nogueira NetoRuy Mesquita

Antonio Ermírio de Moraes Lázaro de Mello Brandão

CONSELHO CONSULTIVO

PRESIDENTES EMÉRITOS

MEMBROS HONORÁRIOS

MEMBROS BENEMÉRITOS

O Brasil do futurose conquista comoportunidadespara todos.Os programas de estágio e aprendizagem do CIEE beneficiam milhares de estudantes em todo o Brasil, inclusive aquelesde condição social e econômica menosfavorecida. Há 48 anos, o CIEE colabora para a inserção do jovem no mercadode trabalho, promovendo a cidadaniae a inclusão social.

Sede: Rua Tabapuã, 540Itaim Bibi - São Paulo/SPCEP 04533-001 www.ciee.org.br

(11) 3046-8211

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An150x210.indd 1 6/4/12 5:30 PM

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O Brasil do futurose conquista comoportunidadespara todos.Os programas de estágio e aprendizagem do CIEE beneficiam milhares de estudantes em todo o Brasil, inclusive aquelesde condição social e econômica menosfavorecida. Há 48 anos, o CIEE colabora para a inserção do jovem no mercadode trabalho, promovendo a cidadaniae a inclusão social.

Sede: Rua Tabapuã, 540Itaim Bibi - São Paulo/SPCEP 04533-001 www.ciee.org.br

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Nessa obra intitulada “A possibilidade existente de maior participação brasi-leira no mercado europeu”, resultado de uma edição do Fórum Permanente de Debates sobre a Realidade Brasilei-ra – CIEE, o empresário Mario Bernar-do Garnero, graduado pela Faculdade

Paulista de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, passa um pouco de sua vasta experiência política e profi ssional.

Mario Garnero é fundador e Presidente do Conselho do Gru-po Brasilinvest, do Fórum das Américas, da Associação das Nações Unidas – Brasil e do JURISUL, Instituto Interameri-cano de Estudos Jurídicos sobre o Mercosul.

Dentre os diversos cargos exercidos, foi presidente da Confe-deração Nacional da Indústria, a CNI, do Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões e Veículos Similares, e da ANFAVEA, Associação Nacional dos Fabricantes de Veí-culos Automotores.