a perspectiva empreendedora dos alunos em fase … · qual já estão se avaliando para o mercado...
TRANSCRIPT
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ
FACULDADE CEARENSE – FAC
CURSO ADMINISTRAÇÃO
CAMILA MACHADO DE OLIVEIRA
A PERSPECTIVA EMPREENDEDORA DOS ALUNOS EM
FASE DE CONCLUSÃO DO CURSO DE
ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE CEARENSE – FAC
EM 2013.
FORTALEZA
2013
CAMILA MACHADO DE OLIVEIRA
A PERSPECTIVA EMPREENDEDORA DOS ALUNOS EM
FASE DE CONCLUSÃO DO CURSO DE
ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE CEARENSE – FAC
EM 2013.
Monografia como pré-requisito para
obtenção do título de Bacharelado
em Administração, outorgado pela
Faculdade Cearense – FaC, tendo
sido aprovada pela banca
examinadora composta pelos
professores.
Professor-Orientador: Carlos Eduardo Bertho Werner, Esp.
FORTALEZA
2013
CAMILA MACHADO DE OLIVEIRA
A PERSPECTIVA EMPREENDEDORA DOS ALUNOS EM
FASE DE CONCLUSÃO DO CURSO DE
ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE CEARENSE – FAC
EM 2013.
Banca Examinadora
________________________________
Carlos Eduardo Bertho Werner
Prof. Esp. Orientador
__________________________________
Marcia Sampaio Silveira Soares
ProfessoraEsp.
__________________________________
Michel Viana Peixoto
Professor Ms.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar gostaria de agradecer a Deus por ter me iluminando meu
caminho nas escolhas certas de minha vida.
Aos meus pais por me proporcionarem financeiramente este curso, onde
sempre me deram apoio nas minhas decisões.
Ao meu esposo Dilton Gomes que me deu todo suporte emocional, quando nos
dias difíceis achava que não conseguiria concluir a minha pesquisa,
Aos meus irmãos que sempre estiveram apoiando-me neste momento.
A minha Avó que amo muito e sempre me deu força.
A uma grande amiga Maria Luiza que sempre me ajudou e sempre me
estimulou bastante.
Enfim gostaria de agradecer a Faculdade Cearense,todos os professores que
foram essências para meu aprendizado e se hoje estou aqui só tenho a
agradecer. Que foram importantes na minha trajetória acadêmica,
oportunizando-me a o término da minha graduação.
E em especial ao meu orientador Carlos Eduardo Bertho Werner.
A coordenadora do curso de administração, pois me forneceu dados que me
ajudaram em minha pesquisa.
RESUMO
Temas sobre empreendedorismo tem se tornado um assunto recorrente nas discussões acerca da inserção e formação profissional, o que mostra um interesse do meio acadêmico por identificar se realmente a forma de ensino aplicada é compatível às necessidades de seus alunos ao egresso ao meio profissional. Dentro deste contexto, o presente estudo tem como objetivo geral identificar o perfil empreendedor do aluno concludente do curso de Administração da Faculdade Cearense em 2013, como forma de avaliar suas perspectivas empreendedoras. A pesquisa realizada ocorreu em forma de estudo de caso com uso de métodos de pesquisa exploratória, formando seu referencial teórico com basebibliográfica, enquanto o perfil empreendedor comparativo foi montado de forma qualitativa e sua potencialidade medida de forma quantitativa. Nesta pesquisa concluiu-se que os alunos do curso de administração no 8º semestre já possuem um maior perfil empreendedor no qual já estão se avaliando para o mercado de trabalho onde a cada dia trona-se mais competitivo. O perfil empreendedor pode ser adquirido com o tempo com também pode ser de cada pessoa. O futuro precisa de pessoas inovadoras para que as coisas possam melhor sempre.
Palavras-chaves: Empreendedorismo, Ensino empreendedor, Administração.
ABSTRACT
Topics on entrepreneurship has become a recurring theme in discussions of
insertion and training , which shows an interest in academia to identify the form
of applied learning really is compatible to the needs of their students to egress
to the professional field . Within this context, the present study has as main
objective to identify the entrepreneur profile conclusive student of the
Administration of Ceara School in 2013 as a way to assess their entrepreneurial
prospects. The research took place in the form of a case study using the
methods of exploratory research, forming their theoretical framework with
bibliographic database, while the comparative entrepreneurial profile was fitted
qualitatively and its potential measured quantitatively. In this research it was
concluded that students of administration in the 8th semester already have a
higher profile in which entrepreneurs are already evaluating to the labor market
where every day trona become more competitive. The entrepreneurial profile
can be acquired over time can also be with each person. The future needs for
innovative people that things can always better.
Key-words: Entrepreneurship, Higher Education, Administration.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Processo Empreendedor Segundo Definições Adotadas pelo GEM ....27
Figura 2 Fluxo Metodológico ..............................................................................43
LISTA DE TABELAS
Tabela 1Classificação do Perfil Empreendedor ................................... 48
Tabela 2 Potencial das Características Empreendedora ..................... 48
Tabela 3Perfil dos pesquisados .......................................................... 49
Tabela 4 Estado Civil dos pesquisados ............................................... 50
Tabela 5 Renda dos Pesquisados....................................................... 51
Tabela 6 Fonte de Renda................................................................... 51
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Gerente e Empreendedor: atividades .................................. 26
Quadro 2 Perfil do empreendedor ....................................................... 29
Quadro 3História do Ensino do Empreendedorismo no Brasil ............. 34
Quadro 4 Esquema para o calculo da pesquisa .................................. 47
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Característica Empreendedora de Iniciativa ......................... 54
Gráfico 2Característica Empreendedora de Persistência .................... 54
Gráfico 3 Característica Empreendedora de Buscar Informações ....... 55
Gráfico 4Característica Empreendedora Prima pela Qualidade .......... 56
Gráfico 5Característica Empreendedora Compromisso ...................... 56
Gráfico 6 Característica Empreendedora Compromisso ..................... 57
Gráfico 7Característica Empreendedora Planejar-se .......................... 58
Gráfico 8 Característica Planejar-se Saber agir em conflito ................ 58
Gráfico 9Característica Empreendedora Autoconfiança ...................... 59
Gráfico 10Característica Empreendedora Autoconfiança .................... 60
Gráfico 11 Característica Empreendedora Montar Estratégia ............. 60
Gráfico 12Característica Empreendedora Avaliação e Controle .......... 61
Gráfico 13 Característica Empreendedora Controle Financeiro .......... 62
Gráfico 14Perfil empreendedor dos alunos do 7º semestre ................. 63
Gráfico 15Perfil empreendedor dos alunos do 8º semestre ................. 64
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BNDES ....... Banco Nacional do Desenvolvimento.
EUA ............ Estados Unidos da América.
IBGE ........... Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
MPME ......... Micro, Pequena e Médias Empresas.
ONU ............ Organização das Nações Unidas.
PAC ............ Programa de Aceleração e Crescimento.
PNDR.......... Política Nacional de Desenvolvimento Regional.
SEBRAE ..... Serviço Brasileiro de Apoio às Empresas.
TCC ............ Trabalho de Conclusão de Curso.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 13
2 EMPREENDEDORISMO 17
2.1 Histórico 18
2.2 Empreendedorismo na Realidade Brasileira 21
2.3 Conceitos & Definições 23
2.4 Características do Perfil Empreendedor 28
3 ENSINO DO EMPREENDEDORISMO 33
3.1 Cenário do Ensino do Empreendedorismo no Brasil 33
3.2 Pedagogia Empreendedora 37
3.3 Educação Empreendedora na Graduação 40
4 METODOLOGIA 43
4.1 Tipo de Pesquisa 44
4.2 Coletas de Dados 45
4.3 Tratamento de Dados 46
5 ESTUDO DE CASO 49
5.1 Perfil dos Entrevistados 49
5.2 Perfil Empreendedor 52
5.2.1 As características empreendedoras 52
5.2.2Perfil Empreendedor dos alunos 62
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 65
REFERÊNCIAS 67
1. INTRODUÇÃO
O empreendedorismo é um tema que vêm sendo motivo de estudo
em todo o mundo, principalmente pelo reconhecimento de seu papel no
desenvolvimento social e econômico num pais. Em consequência, a educação
empreendedora torna-se assunto de destaque, por oferecerum maior
entendimento sobre o assunto, disseminando um conhecimento necessário
para melhorar a visão futura e o planejamento empresarial. Neste cenário o
ensino superior deve contribuir para a formação do profissional mais
habilitados, capazes de criar suas próprias oportunidades de negócios.
Nas últimas décadas experimenta-se uma grande mudança no
mercado de trabalho para todas as áreas, com um destaque para a área de
gestão. O fantasma do desemprego que assola os recém-formados de cursos
superiores, também é uma das causas de desequilíbrio na economia. Por tanto
o incentivo ao empreendedorismo vem crescendo se firmando como uma
solução para esses problemas.
Abordando os conceitos de empreendedorismo, Fillion (1999) e
Dornelas (2005) apontam os primeiros estudos sobre o assunto vindo dos
economistas Richard Cantillon e Jean-Baptiste Say, e posteriormente por
Joseph Schumpeter que elevou a conotação do empreendedor à capacidade
criativa e de visão futura.
Assim a visão sobre o empreendedorismo segue aderindo adeptos e
valor na área administrativa. Percebendo o empreendedorismo como forma de
realização pessoal e de impulsionar ao mercado de trabalho, por intermédio de
empresas inovadoras e criativas capazes de gerar novos empregos e aumento
da arrecadação de tributos (GUERRA E GRAZZIOTIN, 2010); (HISRICH e
PETERS, 2004); (DORNELAS, 2005); (DOLABELA, 1999); (SEBRAE, 2004).
Hisrich e Peters (2004, p.41) chega a considerar a “era do
empreendedorismo” o momento atual. Os autores fazem ainda uma referencia
aos estudos acadêmicos, para que seja mais voltada a formação do caráter
empreendedor.
Os primeiros estudos acreditavam que o empreendedor já nascia
pronto, suas características natas garantiam o sucesso nos negócios. Porém,
quem não possuía essas características sentia-se desmotivado a tentar
empreender. O pensamento atual toma um posicionamento diferente, que
considera essa visão um mito, acreditando que tais características podem ser
adquiridas através do ensino, em que o indivíduo pode aprender a empreender
(DORNELAS, 2005).
Estudos realizados pelo Serviço Brasileiro de apoio às Micro e
Pequena Empresas - SEBRAE - apontam um índice auto de mortalidade das
pequenas empresas, demonstrando que montar um negócio pode ser algo
bastante arriscado. Esse fato leva a um dilema: montar seu próprio negócio é
uma boa ideia ou é um investimento de risco. Cabe então, uma reflexão de
maneira crítica, sobre o papel que a Universidade deve desempenhar neste
aspecto.
Uma função dos cursos superiores é de instrumentalizar os alunos
para tornarem-se aptos a ingressarem no mercado de trabalho, quer como
criadores de suas próprias empresas, ou seguindo carreira profissional. Desta
forma, nada mais oportuno do que iniciar tal empreitada conhecendo e
analisando o perfil do aluno que irá ingressar no mercado de trabalho, sob a
perspectiva da análise de um tema que tem sido foco das discussões acerca
da formação profissional - o empreendedorismo.
Cabendo uma visão empreendedora não só como empresário, mas
ainda como empreendedor de sua própria carreira profissional, o presente
estudo está voltado para uma reflexãosobre questões que possam identificar
as possíveis alternativas que promovam o que Dib & Dias (2003:02) chama de
“a ação do jovem sobre seu próprio destino”.
Publicações no site da Organização das Nações Unidas – ONU no
Brasil mostra uma perspectiva desanimadora em relação ao problema do
desemprego mundial.
Em 2012, o mundo teve 197 milhões de pessoas desempregadas, e esse número deve continuar subindo em 2013, alerta a publicação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Tendências Mundiais de Emprego. De acordo com a OIT, em 2013, este número
subirá para 202 milhões, e em 2014 mais 3 milhões de pessoas devem, ainda, perderem seus empregos (ONUBR, 2013a).
Em outro momento, o site da ONU no Brasil relata um crescimento
no comércio mundial de bens e serviços criativos, que totalizou um recorde de
624 bilhões de dólares em 2011. Bens e serviços criativos incluem artesanato,
livros, gráfico e trabalhos de design de interiores, moda, filmes, música, novas
mídias, mídia impressa e visual, bem como outros produtos audiovisuais. A
taxa de crescimento médio anual nesse período foi de 8,8%, chegando à marca
dos 12,1% ao ano nos países em desenvolvimento (ONUBR, 2013b). O que
mostra uma forte necessidade de habilidades empreendedoras para entrar e
manter-se no mercado competitivo assim.
Segundo Brasil (2013), o Ministério da Fazenda ao apresentar a
perspectivas para 2013, aponta um ritmo de crescimento mais intenso na
economia brasileira, dando prosseguimento à trajetória de aceleração
verificada a partir do segundo semestre de 2012. Apesar das dificuldades que
persistem na economia internacional, a economia brasileira continua crescendo
gradualmente. Percebe-se um momento favorável ao início de novos negócios,
momento de empreender.
Dessa forma, a questão norteadora desta pesquisa é: Qual é a
perspectiva empreendedora dos alunos do curso de Administração da
Faculdade Cearense – Fac?
Partindo desta problemática o presente trabalho tem como objetivo
geral identificar o perfil empreendedor como forma de avaliar a perspectiva
empreendedora dos alunos do Curso de Administração da Faculdade
Cearense - FAC, de modo a identificar suas habilidades empreendedoras e seu
preparo para o mercado de trabalho, bem como possibilitar reflexões a cerca
do papel desempenhado pela universidade.
Apresenta também como objetivos específicos: Identificar a
participação da universidade na aprendizagem do empreendedorismo em
termos teóricos.Conhecer as características empreendedoras dos
alunos;Identificar o nível empreendedor em que o aluno se encaixa.
A resposta à pergunta investigativa e consequente alcance dos
objetivos pretendidos, será exposta ao longo do trabalho, encontrando os
possíveis resultados na pesquisa proposta a uma amostra de alunos cursando
a partir do 5º semestre do curso de Administração, dentro do inverso da
Instituição de Ensino Superior Faculdade Cearense - FAC. Com o propósito de
seguir um prévio planejamento, serão expostos todos os passos usados para a
realização da referente pesquisa, oferecendo ainda uma disponibilidade de
análise e verificações dos métodos utilizados na pesquisa e sua validade.
A metodologia aplicada se fundamenta em estudos bibliográficos,
apoiado no pensamento de Andrade (2009). Buscando ainda, comprovações
da verdade em documentos como revistas, jornais eletrônicos, livros e a
Constituição Federal, que são pertinentes à pesquisa bibliográfica segundo
Lakatos (2008) identificando-os como fontes secundárias.
Para atuação da pesquisa de campo, optou-se pela realização de
uma survey, aplicando um questionário, onde as perguntas de opinião entram
na escala de Lickert, possibilitando uma boa análise para as respostas,
seguindo MATTAR (1999).
A estrutura do trabalho fica divida entre seções dispostas em
capítulos, onde se inicia com a Introdução, considerado como 1º capítulo,
apresentando uma rápida ideia de seu conteúdo, justificando a utilidade da
pesquisa e seus objetivos. Na segunda seção é o 2º capítulo, que fala sobre o
empreendedorismo, conceito, característica e um breve histórico, seguido do 3º
capítulo que relata os aspectos e diretrizes do ensino sobre
empreendedorismo.
A partir do 4º capítulo se relata a metodologia aplicada na pesquisa
seguida do 5º capítulo que apresenta a pesquisa em si, os dados coletados e
os resultados apresentados. Como fechamento é apresentado a Conclusão,
última seção do trabalho, que apontará as os objetivos já discriminados que a
pesquisa alcançou as constatações a que o estudo leva. Como forma de
apresentar as fontes pesquisadas, as quais direcionaram a pesquisa e
comprovação do estudo é elencado nas Referencias todas as referencias
bibliográficas utilizadas.
2.EMPREENDEDORISMO
Do ponto de vista epistemológico, o perfil empreendedor advém da
busca crescente por vantagem comercial e aos constantes avanços
tecnológicos que impulsionam os donos de empresas, o que influencia na
economia local segundo os economistas clássicos (SCHUMPETER, 1982),
(DOLABELA, 1999), (FILLION, 1999),(DORNELAS, 2001), (SILVA; CAMPOS
2002), (FARIA; SILVA 2006), (MELO 2008).
Drucker (1998), sociólogo-organizacional, conhecido por muitos
como “o pai da administração moderna”, popularizou a definição de Jean-
Baptiste Say, economista clássico, caracterizando os profissionais
empreendedores como aqueles que identificam e aproveitam o surgimento de
oportunidades para desenvolver as mudanças de forma inovadora.
Os estudos sobre empreendedorismo despontam nos Estados
Unidos da América – EUA, berço do capitalismo clássico, onde foi percebido
que o fato de se ter dinheiro suficiente para aplicar nas empresas não é
garantia de sucesso, é preciso sim ter uma percepção das oportunidades de
mercado e persistência (MELO 2008).
Uma revisão na postura empreendedora pressupõe que a empresa e
o ambiente a que está inserida sejam duas instâncias distintas. Tal
pensamento é fundamentado por uma percepção determinística do ambiente
externo, onde o contexto exógeno é tido como incontrolável e a organização
como estando à mercê das mudanças ambientais e das suas influências. O
empreendedorismo, então, é descrito como o conjunto de ações capazes de
aproveitar as oportunidades e resistir às ameaças advindas das forças
ambientais externas (DEGEN, 1989), (PORTER, 1991), (LONGENECKER et al,
1997), (KOTLER, 1999), (DOLABELA CHAGAS, 1999).
2.1 Histórico
O empreendedorismo é um termo que obteve um grande destaque
nos últimos anos, até considerado um assunto comum nos artigos, revistas,
internet e livros atuais. Chegando a aparentar ser um termo “novo”, tem um
conceito antigo que assumiu diversas vertentes ao longo do tempo, passou a
ser utilizado no começo do século XVI em alusão aos homens coordenadores
de operações militares (DORNELAS, 2001).
Na idade média, o termo empreendedor foi utilizado para definir aquele que gerenciava grandes projetos de produção. Esses indivíduos não assumiam grandes riscos, e apenas gerenciava os projetos, utilizando os recursos disponíveis, geralmente provenientes do governo do país (DORNELAS, 2001 p. 27).
O termo empreendedorismo teve surgimento no período em que
Marco Pólo, se aventurou em uma nova rota comercial para o Oriente, com a
finalidade de vender as mercadorias. Tal fato fez com que Marco Pólo ficasse
reconhecido como “o aventureiro empreendedor”, por ter se ariscado em
caminhos inexplorados, se expondo a situações imprevisíveis (DORNELAS,
2008).
A s p r i m e i r a s correntes de pensamento que abordam o termo
“empreendedor” são estudadas por economistas clássicos, que é associado à
inovação, aspectos criativo e intuitivo.
Segundo Silva; Campos (2002) identifica como a primeira menção
feita ao empreendedorismo vinda do economista clássico e industrial francês
Jean-Baptiste Say (1767-1832), em sua teoria das funções do empresário,
aderindo-o ao termo entrepreneur, ao observar sua importância no crescimento
da economia.
Fillion (1999) afirma que o economista francês Jean-Baptiste Say
entendia que a criação de novos empreendimentos era fundamental para o
desenvolvimento econômico de um país pela geração de novos postos de
trabalho e geração de renda. Seguindo essa visão, é apresentado um conceito
que explica seu efeito social, de que o empreendedor “é aquele que destrói a
ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços,... ou
pela exploração de novos recursos e materiais” (SCHUMPETER 1949, apud
DORNELAS 2008, p.39).
Na década de 1950 Schumpeter (1982) já adere ao empreendedor
características como criativo e inovador, que é através dessas características
que o indivíduo, empreendedor, contribui com o desenvolvimento econômico,
uma vez que o mesmo lança novas oportunidades de negócios ao mercado.
Desde os primeiros traços de definições sobre empreendedores,
existiu uma equiparação com administradores de empresas. Ainda hoje ocorre
semelhante confusão. Os empreendedores eram analisados como aqueles que
organizavam a empresa, planejavam, dirigiam, e controlava, sempre visando o
aumento do capital, o que orientava ao que deveria ou não ser feito. Tais
características são aderidas a função de administrador (DORNELAS, 2008).
Fillion (1993) observa uma constante confusão sobre as diferentes
definições a cerca do empreendedorismo e o indivíduo empreendedor, com o
proprietário ou administrador de empresas.
Drucker (1998) com uma nova avaliação sobre o comportamento empresarial,
afirma que um empreendedor deveria assumir riscos para poder obter sucesso em
um empreendimento. O pensamento de Drucker (1998, p. 59) é que “acima de
tudo, inovação é trabalho e não genialidade”. O autor relata que a inovação
requer talento e conhecimento, em contrapartida exige também empenho, foco
e perseverança. O que realmente se assemelha ao conceito mais aceito sobre
empreendedor.
Ainda que o fenômeno do empreendedorismo não possa ser
explicado e definido, não há como ignorar sua importância. Com o
esgotamento dos postos tradicionais de emprego, as pequenas empresas
podem ser a solução na geração de novos postos de trabalho. Assim contribuir
para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB), crescendo seu papel no
fortalecimento da economia local. Contando ainda com a possibilidade de
desenvolvimento pessoal, auto realização e liberdade de ação para os
indivíduos com características de empreendedor.
Porter (1991) afirma que para conseguir obter sucesso o
empreendedor deve ter uma visão ampla da concorrência e as formas de tirar
proveito disso. Para isso deve analisar o ambiente competitivo em que a
organização está inserida e determinar o melhor posicionamento do negócio
diante dos concorrentes. Por mais inédito que seja seu produto, se ele resolve
um problema existente, já deve haver outras formas de solucioná-lo. Daí se
preocupar com o ambiente externo da empresa, apresenta no estudo da teoria
das 5 forças de Porter.
Djankov et al (2006) fazem um estudo comparativo sobre o aspecto
do indivíduo empreendedor entre o Brasil, Rússia e China. Os resultados deste
estudo comparativo mostram que empreendedores em todos os países são
mais felizes e se percebem com mais sucesso do que os nãos
empreendedores (DJANKOV et al. apud MELHADO et al. 2013). Motivo que
demonstra uma auto realização na conquista de seus sonhos de ser dono de
seu próprio negócio.
“é importante que os valores do empreendedorismo
sejam difundidos entre os atores centrais da comunidade
local, para que, no processo de desenvolvimento
econômico, as PME não sejam uma opção de segunda
categoria, mas assumam uma posição de prioridade”
(DOLABELA, 1999: p.31).
Em pesquisa feita pela Global Entrepeneurship Monitor – GEM, em
um universo de sessenta e nove países, o Brasil está na 5ª posição dos países
impulsionados pela eficiência. Nas economias impulsionadas pela eficiência, o
desenvolvimento é caracterizado pela industrialização e pelos ganhos em
economias de escala. O que mostra o Brasil como um país de oportunidades,
com um promissor potencial para investimento em novos negócios (GEM,
2013).
Em pesquisas anteriores da GEM considerando a média de
abertura de novas empresas, o Brasil estava entre os sete países que mais
investia em novos empreendimentos. Nesta pesquisa ainda é apontado que do
total de empresas do país, 99% caracterizam-se como micro ou pequenas
empresas, as quais empregam 35 milhões de pessoas com carteira assinada
(BRUNEAU; MACHADO, 2006).
O principal propósito do GEM é medir o envolvimento dos indivíduos
na criação de novos negócios, ou seja, o empreendedor em estágio inicial. A
medida adotada pelo GEM, Total Early-Stage Entrepreneurial Activity - TEA,
traduzida como Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial, inclui os
indivíduos que estão no processo de abertura de um novo negócio, bem como
aqueles que estão conduzindo um negócio há menos de 42 meses.
Pela pesquisa da GEM se observa que o Brasil desponta como um
país empreendedor com alto índice de brasileiros abrindo o seu próprio
negócio. Esta característica empreendedora do brasileiro foi confirmada por
pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas –
SEBRAE (2004).
2.2 Empreendedorismo na Realidade Brasileira
No Brasil o empreendedorismo somente começou a ser estudado e
respeitado como fator importante para a economia local a partir dos anos 90,
quando entidades como o SOFTEX (Sociedade Brasileira para Exportação de
Software) e SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas
empresas). Até então o termo empreendedor era pouco comentado e o
surgimento de novas empresas era limitada, pelo fato do ambiente político e
econômico não fornecer incentivos.
“A partir da década de 90 o governo federal com o auxílio do
SEBRAE e SOFTEX, passam a dar suporte as pessoas interessadas em
iniciar um negócio, abrir uma empresa. Seu trabalho vai desde consultorias até
resolver problemas para o seu negocio como: identificação de fornecedores,
formulação de preços, localização de mercado, funções administrativas
importantes, entre outras (DORNELAS, 2008, p.11).”
O fato de haver uma divulgação somente ao final do século XX, não
significa uma inexistência de empreendedores no Brasil. Antes disso já se
observa muitos visionários que deram tudo de si, mesmo sem conhecerem
formalmente finanças, marketing, organização e outros conteúdos da área
empresarial, que contribuíram para o desenvolvimento da economia do país.
O SEBRAE ajuda aos pequenos empresários brasileiros, com
informações importantes e com incentivo necessário para que os desejosos a
empreender se encorajem a empreitada. Também faz parte de suas funções,
oferecer suporte necessário para a abertura de uma empresa, bem como
acompanhar através de consultorias seu andamento, solucionando pequenos
problemas do negócio. Ainda ajuda a difundir a cultura empreendedora nas
universidades brasileiras, ao promover o Desafio SEBRAE, uma competição
entre acadêmicos de várias nacionalidades, que têm como tarefa, administrar
uma empresa virtual.
A SOFTEX visa o mercado de software, facilitando a exportação e
incentivando a produção nacional, atuando de forma a desenvolver as
empresas existentes e orientando a abertura de novas. Esse trabalho se dá por
intermédio de projetos para a capacitação em gestão e tecnologia dos
empresários da área. Além de alavancar o desenvolvimento de tecnologias
nacionais, essa entidade conseguiu através de seus programas, popularizar no
país termos como plano de negócios (Business Plan) que até então eram
ignorados pelos empresários (DORNELAS, 2001).
No Brasil existem ações que visam desenvolver programas de
ensino de empreendedorismo com a finalidade de potencializa o país ao
espírito empreendedor como forma de incrementar a economia nacional.
Alguns exemplos são ordenados por Dornelas (2001).
Segundo dados fornecidos no site do Ministério da Fazenda do
Brasil o Governo brasileiro utiliza um conjunto de medidas para o aumento da
competitividade das empresas nacionais. Os investimentos em infraestrutura
por meio do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC e do programa de
concessões para ferrovias, rodovias e aeroportos, a ampliação da desoneração
da folha de pagamentos, o programa de redução do preço da energia elétrica e
o novo regime automotivo (2013-2017) são exemplos do compromisso do
governo com o crescimento sustentável, puxado pelo aumento do investimento
e da produtividade.
As medidas de incentivo aplicadas no Brasil têm seus resultados
observados em pesquisa do GEM. Na pesquisa feita em 2012, coloca o Brasil
em 5ª posição na relação de países com economias impulsionadas pela
eficiência, além de apontar em sua Tabela 1.1 - Mentalidade Empreendedora,
que o Brasil tem alta pontuação na categoria: que no país, se vê
frequentemente na mídia histórias sobre novos negócios bem sucedidos (GEM,
2013).
Outro meio de avaliar as medidas de incentivo é os dados fornecidos
pelo site do Ministério da Fazenda do Brasil, que aponta um crescimento de
1,4% na economia brasileira em relação ao mesmo período em 2011, e propõe
uma expectativa de mercado com tendência a expansão do PIB ao longo de
2013.
Segundo os dados relatados neste tópico, percebe-se que o início
da difusão do empreendedorismo no Brasil, nasce do incentivo do governo. A
partir disso, vem a preocupação com o aprimoramento de pessoas
interessadas em empreender, visando uma forma de garantir o sucesso dessas
pessoas em seus investimentos. Isso faz com que trabalhadores comuns,
estudantes e aposentados tenham a possibilidade de contribuir para o
desenvolvimento e a geração de emprego no Brasil.
2.3 Conceitos & Definições
O termo empreendedor tem or igem na l íngua
f rancesaentrepreneur, que tem como significado aquele que assume riscos e
começa algo novo. O conceito de empreendedorismo ainda apresenta um
significado subjetivo, com diferentes concepções dependendo do lugar e do
autor. No Brasil o tema pode ser considerado ainda imaturo, pelo fato de ter
recebido a devida atenção a partir da década de 90.
A visão sobre o empreendedorismo é um fenômeno cultural, e
segundo Dolabela (1999), é:
...fruto dos hábitos, práticas e valores das pessoas. Existem famílias mais empreendedoras do que outras, assim como cidades, regiões, países. Na verdade aprende-se a ser empreendedor pela convivência com outros empreendedores [...] o empreendedor aprende em um clima de emoção e é capaz de assimilar e experiência de terceiros. ( DOLABELA, 1999, pg. 31)
As primeiras menções sobre o empreendedorismo apresentada
pelos economistas clássicos davam-lhe conotação de quem exercia a função
de reunir diferentes fatores de produção, de gestão e a capacidade de assumir
riscos.
E as definições seguem sua evolução, recebendo uma identificação
sobre seu valor dentro da economia local por proporcionar inovações, com o
economista moderno, Joseph Schumpeter, já citado, “o empreendedor é aquele
que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e
serviços,” (SCHUMPETER, 1949, apud DORNELAS, 2005, p. 39).
Com a percepção conceitual dos economistas sobre o indivíduo
empreendedor gera uma incompreensão sobre os papeis de empresário e o
empreendedor. Por falta de um dimensionamento sobre as características que
formam o espírito empreendedor, fica uma relação de semelhança com a
pessoa que investe e administra uma empresa.
Rosemary Stewart (1982), do Oxford Center Management Studies, que acreditava que o trabalho dos administradores é semelhante ao dos empreendedores, já que compartilham de três características principais: demandas, restrições e alternativas (DORNELAS 2008, pg.15).
A diferença se dá pela falta de observação entre os objetivos
traçados pelo indivíduo empreendedor e o empresário, em relação aos
resultados pretendidos para os alcançados. O indivíduo empreendedor investe,
mas calcula os riscos que podem ocorrer se empenha em buscar o sucesso até
alcança-lo, não desiste no máximo muda sua estratégia.
Enquanto o empresário se restringe a aplicação de técnicas para a
execução de suas funções, chegando a não perceber as oportunidades. Como
profissional chega a obter sucesso, mas os riscos se tornam maiores por falta
de planejamento e visão futura, motivos que causam uma desistência de seus
propósitos.
Com uma definição mais atual e detalhada é dada por Drucker
(1974) que vê o empreendedorismo como uma prática; visão de mercado;
evolução, e diz ainda que o:
“... trabalho específico do empreendedorismo numa empresa de negócios é fazer os negócios de hoje serem capazes de fazer o futuro, transformando-se em um negócio diferente” [...] Empreendedorismo não é nem ciência, nem arte. É uma prática. (DRUKER, 1974, pg.25)
Em conformidade ao pensamento de Drucker, mas resumindo seu
conceito Fillion (1999), identifica o empreendedor como uma pessoa que cria,
desenvolve e realiza visões.
Sobre o mesmo conceito, Dornelas (2005) diz que
empreendedorismo significa inovar, buscar uma nova situação, identificar
novas oportunidades de negócio, tendo como foco a criação de valor. Dornelas
admite que as definições sobre empreendedorismo sejam variadas, mas insiste
numa essência, que resume em utilizar os recursos disponíveis de forma
criativa, buscar oportunidades e seguir em frente.
Dolabela (1999) apresenta um quadro que ajuda a elucidar as ações
que definem o indivíduo empreendedor, diferenciando do empresário ou
gerente. Ressalta as diferenças de comportamento em relação às funções
exercidas, apresenta a preferência dos empreendedores quanto à maneira de
realizar suas atividades.
Quadro 1 - Gerente e Empreendedor: atividades
Gerente Empreendedor
Tenta aperfeiçoar os recursos para atingir metas
Estabelece uma visão e objetivos; depois localiza os recursos.
Opera dentro de uma estrutura existente Define tarefas e papéis que criam uma estrutura de organização
Busca aquisição de conhecimentos gerenciais e técnicos
Apoia-se na autoimagem geradora de visão e inovação; busca adquirir know-how e know-how
A chave é se adaptar às mudanças A chave é iniciar as mudanças Seu padrão de trabalho implica análise racional
Seu padrão de trabalho implica imaginação e Criatividade
Trabalho centrado em processos que se apoiam no meio em que ele se desenvolve
Trabalho centrado no planejamento de processos que resultam de uma visão diferenciada do meio
Apoiado na cultura da afiliação Apoiado na cultura da liderança Centrado no trabalho em grupo e na comunicação grupal
Centrado na evolução individual
Trabalha no desenvolvimento dos dois lados do cérebro, com ênfase no lado esquerdo.
Desenvolvimento dos dois lados do cérebro, com ênfase no lado direito.
Desenvolve padrões para a busca de regras gerais e abstratas em princípios que possam se transformar em comportamentos empresariais de eficácia
Lida com situações concretas e específicas; sabe que uma oportunidade é única, um caso diferente de outros, e que deve, portanto, ser tratado de forma específica.
Voltado à aquisição de know-how em gerenciamento de recursos e da área da própria especialização
Voltado à aquisição de know-how para definir contextos que levam à ocupação do mercado
Fonte: Dolabela (1999, pg. 119)
Na prática o empreendedorismo costuma ser entendido como um
processo pelo qual se iniciam e desenvolvem algum negócio. Sendo ainda
considerado como fenômeno complexo, no qual envolve uma iniciativa sobre
um empreendimento, que parte da identificação de uma oportunidade de
mercado, tendo seus riscos calculados através de um planejamento do
negócio, tendo como fato motivacional o forte desejo de realização.
Com o objetivo de executar uma pesquisa comparativa entre vários
países sobre empreendedorismo, o GEM admite um conceito que serve de
classificação para as pesquisa. Com o objetivo de medir o envolvimento dos
indivíduos na criação de novos negócios.
Entende-se como empreendedorismo qualquer tentativa de criação de um novo empreendimento, como por exemplo: uma atividade autônoma, uma nova empresa ou a expansão de um empreendimento existente (GEM, 2013).
FIGURA1Processo Empreendedor Segundo Definições Adotadas pelo GEM
FONTE: GEM 2013
Na Figura 1. se observa a evolução das ações empreendedoras,
com o primeiro passo descrito considerando o potencial do indivíduo para o
empreendedorismo e aponta algumas característica; segue para o segundo
passo com a evolução do pensamento empreendedor, demonstrando ainda
uma característica da personalidade de um empreendedor, ter a Intenção de
começar um novo negócio; o terceiro passo mostra a Nascente, o
planejamento que é momento de calcular os riscos e avaliar as oportunidades,
que são influenciadas pela vivencia do indivíduo; o quarto passo é a
implementação do Novo negócio, que começa a sofrer a influencia externa,
mostrando uma postura do indivíduo perante o mercado; o quinto passo
considera o negócio em andamento, Estabelecido no mercado, sofrendo
influencias também do ambiente interno e as dificuldades de gestão.
Ainda é proposto, na Figura 1, a possibilidade de Descontinuidade
do negócio, a qual pode ocorrer em dois momentos distintos: No quarto passo
ao implementar o Novo negócio, a descontinuidade pode ocorrer por alguma
influencia externa ou calculo mal elaborado; No quinto passo com a empresa já
Estabelecida, vem as ameaças de mercado entre outros motivos que podem
causar sua descontinuidade. Mas para ser realmente considerado um indivíduo
empreendedor, essa descontinuidade se repete ao início do processo, dando
início a um novo empreendimento.
Com essa Figura 1 é observado o processo de empreendedorismo
que contempla as ações descritas nos diferentes conceitos sobre
empreendedorismo. O desenho é um fluxograma, onde há de se considerarde
forma prática o que os pesquisadores apresentam em forma de conceito em
resultados de estudos aplicados sobre o tema.
Um conceito que resume as ações empreendedoras em poucas
palavras é apresentado pelo SEBRAE, no Manual do Jovem Empreendedor: “o
empreendedor identifica uma oportunidade e cria um meio para aproveitá-la,
assumindo os riscos que qualquer atividade empresarial oferece” (MATOA;
SOUZA; HARIZ, 2010, pg. 11).
Para uma identificação do espírito empreendedor nos alunos do
curso administração da Faculdade Cearense – FAC serão usados os diferentes
conceitos apresentados. Mas como base de referencia inicial serão a junção do
conceito apresenta pela GEM e SEBRAE, por terem um reconhecimento
nacional, ficando: o empreendedor é aquele que identifica uma oportunidade e
cria um meio para aproveitá-la, assumindo os riscos que qualquer atividade
empresarial, considerando qualquer tentativa de criação de um novo
empreendimento, como uma atividade autônoma, uma nova empresa ou a
expansão de um empreendimento existente.
2.4 Características do Perfil Empreendedor
Drucker (1986) em sua visão de sociólogo, novamente faz uso do
termo entrepreneurship para descrever o novo padrão de comportamento de
uma sociedade, marcada pelo surgimento de novos ramos de negócios, a partir
do desenvolvimento tecnológico. O autor considera essas mudanças como a
Era da Terceira Onda, onde a procura por investimentos em um negócio
próprio como forma de realização pessoal, deve considerar também a
valorização da individualidade e da qualidade de vida, identificando um status e
dimensão econômica a setores que até então não eram representativos na
perspectiva empresarial.
Para Cher (2008) em toda sociedade existem pessoas com
características que tendem a empreender, a inovar, são mais visionárias,
questionadores, gostam de se arriscar, querem algo diferente, fazem
acontecer. São assim, pessoas diferenciadas, motivadas, apaixonadas pelo
que fazem, não se acomodam, querem ser referencia, querem deixar um
legado. Para o autor a criatividade é o combustível da inovação e afirma que
“Criamos quando descobrimos e exprimimos uma ideia, um produto, um
serviço ou uma forma de comportamento que seja nova em certo grupo social”
(Cher, 2008, pág. 203).
Bernardi (2003) considera as diferentes circunstâncias em que as
pessoas se envolvem como fontes impulsionadoras de desenvolvimento do
caráter empreendedor. Os acontecimentos passam a ser vistos absorvidos,
gerando mudanças reveladoras de seus instintos em situações como:
recebimento de uma herança, desemprego, adquirir conhecimento técnico
específico, aposentadoria e até mesmo por ser um empreendedor nato.
Quadro 2 - Perfil do empreendedor.
Sebrae Nacional Dolabela Chagas (1999)
Dornelas (2001) Bernardi (2003)
- Busca oportunidades e
toma a iniciativa;
- Corre riscos
calculados;
- Exige qualidade e
eficiência;
- É persistente;
-É comprometido;
-Busca de
- Tem iniciativa, autoconfiança,
- Necessidade de realização;
- Trabalha sozinho;
- Considera o fracasso um novo começo;
- Tem energia;
- Sabe fixar metas
- Visionário;
- Sabe tomar decisões;
- Indivíduos que fazem a diferença;
- Sabe explorar ao máximo as oportunidades;
- Determinado e dinâmico;
- Senso de oportunidade;
- Dominância;
- Agressivo e enérgico ao agir;
- Autoconfiança;
- Otimismo;
- Dinamismo;
- Independência;
informações;
- Estabelecimento
de metas;
- Persuasão e rede de contatos;
e alcançá-las;
- Tem intuição;
- Comprometido;
- Busca feedback;
- É um sonhador realista;
- Busca resultados, para o futuro em longo prazo;
- Tem imaginação e aprende a definir visões;
- Assume riscos calculados;
- Conhece seu ambiente, e sabe identificar boas oportunidades de negócios.
- Dedicado;
- Apaixonado pelo que faz;
- Independente e cria seu próprio destino;
- Ficam ricos;
- Líder de equipes;
- Bem relacionado (networking);
- Organizado;
- Assume riscos calculados;
- Cria valor para a sociedade
- Persistência;
- Flexibilidade e resistência à frustrações;
- Criatividade;
- Propensão ao risco;
- Liderança carismática;
- Equilibrar "sonho" e realização;
- Habilidade de relacionamento.
Fonte: quadro elaborado pela própria autora, junção de perfil empreendedor de acordo com autores acima citado.
O Quadro 2 tem o objetivo de dimensionar as características do
perfil empreendedor contemporâneo, uma vez que diversos autores atribuem
um aspecto subjetivo ao seu conceito e as suas características. Com o auxílio
deste quadro é possível perceber os itens que mais se repetem, construindo
assim um perfil empreendedor. O senso de oportunidade é uma característica
comum aos quatro autores, em três se repete o fato de assumir riscos
calculados, que no quarto se refere à Propensão ao risco, o que permite que
seja considerado como característica comum nos quatro.
Com base nas características apontadas no Quadro dois é possível
entender o comportamento de um indivíduo empreendedor, com condições de
classificar quem se encaixa ou não na categoria empreendedora. Ainda podem
ser analisados quais as vertentes da personalidade de cada pessoa que devem
ser trabalhadas para que seja possível despertar um instinto empreendedor em
cada uma. Uma vez que não nasce um empreendedor nato, é possível
construir esse espírito empreendedor, através do estimulo certo e de um
conhecimento específico da área.
O SEBRAE Nacional, em site, expõe como uma característica básica
do indivíduo empreendedor “o espírito criativo e pesquisador. Ele está
constante buscando novos caminhos e novas soluções, sempre tendo em vista
as necessidades das pessoas”. Além de elencar dez características que monta
um arquétipo da personalidade empreendedora.
A partir das caracterizações dos autores citados, as que apresentam
pertencer a um empreendedor bem sucedido são as seguintes características:
ser visionário, saber tomar decisões, saber fazer a diferença, perceber as
oportunidades, determinação e dinamismo, dedicação, ser apaixonado pelo
que faz, ser independente e querer construir o próprio destino, ser organizado e
principalmente saber se planejar, ter ou obter conhecimento, assumir riscos
calculados criando valor para a sociedade.
Rodrigues (2008) relata sobre sua pesquisa e enfatiza que estudos
feitos com empreendedores sobre as características às quais atribuíam o seu
sucesso, as que mais se destacaram foram a perseverança, o desejo e
vontade de traçar o rumo da sua vida, a competitividade, a autoestima, o forte
desejo de vencer, a autoconfiança e a flexibilidade. A autora ainda
complementa que odesempenho do empreendedor está associada a
características pessoais como a iniciativa, a empatia, a capacidade de
adaptação e de persuasão.
A autora ainda faz uma recomendação aos indivíduos que desejem
desenvolver o espírito empreendedor, citando três passos que ajudarão a
desenvolver as características necessárias.
1. Estar receptivo a novas ideias: pessoas que não valorizam o seu talento criativo perdem inúmeras oportunidades de criar algo de inovador. É frequente colocar de lado algumas ideias por desafiarem alguns valores e convicções nunca antes questionados. Antes de rejeitar uma ideia pense se o está a fazer por hábito ou preconceito. Se for o caso, volte a pensar nela.
2. Ser realista na apreciação de novas ideias: uma ideia só por ser nova não é necessariamente boa. Deve ser feita uma análise cuidada e realista que permita avaliar o potencial dessa ideia no mercado. 3. Não desistir antes do tempo: as novas ideias nem sempre são bem aceites de imediato. Pode ser necessário esperar algum tempo para ver o seu esforço criativo recompensado. (Thomas Edison realizou mais de 1000 experiências para desenvolver a lâmpada. Falhou mais de 1000 vezes até acertar…) (RODRIGUES, 2008, pg. 10).
Para o momento da pesquisa de campo será analisado as
características mais repetidas, das identificadas no Quadro dois. Deverá ser
pontoado com mais ênfase as duas características consideradas comuns aos
quatro atores citados, que já foram mencionadas anteriormente: senso de
oportunidade e assumir riscos calculados.
3. ENSINO DO EMPREENDEDORISMO
Como já comentado nesta pesquisa, em muitos países o
empreendedorismo é visto como instrumento para a geração de emprego e
renda, o que pode ocasionar o desenvolvimento econômico da região. Por isso,
em quase todo o mundo tem se investido em educação empreendedora,
tornando-se um dos principais objetivos de diferentes instituições de ensino.
Henrique e Cunha (2008) destaca que o interesse pelo ensino de
empreendedorismo vai crescendo e se desligando de seus primeiros traços e
firmando-se nos principais centros de graduação e pós-graduação, nos mais
diversos segmentos de formação desde cursos como engenharia, passando
por desenho industrial, até o turismo. O s autores também dão ênfase ao fato
do ensino sobre empreendedorismo estava inserido no campo da
administração como uma subárea, passando a ser estudado como campo
específico de conhecimento.
A origem do ensino do empreendedorismo está associada aos
cursos de administração de empresas como uma necessidade prática
(LAVIERI 2010). Em 1947, o professor Myles Mace em Harvard Business
School oferece o primeiro curso de empreendedorismo, chamado de
Management of New Enterprises, para 600 alunos do segundo ano do MBA em
Administração. Em fevereiro de 1947, 188 estudantes começam o curso. Um
pouco mais tarde, em 1953, Peter Drucker agrega ao ensino de
empreendedorismo o conceito de inovação e inicia o curso Entrepreneurship
and Innovation, na New York University, Complementa Henrique e Cunha
(2008).
3.1 Cenário do Ensino do Empreendedorismo no Brasil
O interesse pelo ensino sobre empreendedorismo no Brasil acontece
em um período posterior aos norte-americanos e europeus, o que Henrique e
Cunha (2008) associam historicamente ao fato de sua industrialização
tardia.Assim a relatos sobre o primeiro curso de empreendedorismo acontece
no Brasil em 1981, na Fundação Getúlio Vargas, como disciplina – Novos
Negócios – na especialização em Administração para Graduados, ministrada
pelo Professor Ronald Degen (ARAÚJO; OLIVEIRA, 2012).
Quadro 3. História do Ensino do Empreendedorismo no Brasil
História do Ensino do Empreendedorismo no País Ano IES Departamento
Nome da Disciplina
Curso Professor Responsável
1981
Fundação Getúlio
Vargas – SP
Administração de Empresas
Novos Negócios
Especialização em
Administração para
Graduados
Ronald Degen
1984
Fundação Getúlio
Vargas – SP
Administração de Empresas
Criação de Novos Negócios – Formação de Empreendedore
s
Graduação em
Administração de Empresas
Ronald Degen
1984
Universidade de São Paulo
Faculdade de Economia e
Administração de Empresas
Criação de Empresas
Graduação em
Administração de Empresas
Silvio Aparecido
dos Santos
1984 S
Universidade Federal do Rio Grande
do Sul
Ciência da
Computação
Criação de Empresas
Graduação em Ciência da Computação
Newton Braga Rosa
1985
Universidade de São Paulo
Economia e Administração de Empresas
Criação de Empresas e
Empreendimentos de Base Tecnológica
Pós- Graduação
em Administração de Empresas
FEA USP
1996
Universidade Federal de
Pernambuco
Ciência da Computação
Empreendedorismo
Graduação em Ciência da Computação
Fábio Silva e Hermano de
Moura
Fonte: Araújo; Oliveira (2012)
O Quadro dois apresenta uma evolução do histórico sobre o ensino
do empreendedorismo até o ano de 1996, no entanto já é o suficiente para
avaliar queo ensino de empreendedorismo nos cursos de graduação e pós-
graduação já é uma realidade nos principais centros educacionais do País.
Apesar desta notória evolução, o ensino sobre o empreendedorismo
no Brasil é questionado por Dolabela (1999) que sugere um desinteresse para
o empreendedorismo motivador de um novo negócio, tende então em grande
parte para a formação de profissionais que irão buscar emprego no mercado de
trabalho, o empreendedorismo pessoal.
Essa visão é compartilhada por diferentes pesquisadores (PARDINI;
PAIM 2001), (ROBERTSON et al. 2003), (SOUZA et al., 2005), (ARAÚJO;
OLIVEIRA, 2012). Os quais complementam ao afirmar que a cultura
pedagógica das universidades brasileiras está direcionada a valores e
comportamentos que não abordam as organizações pequenas e médias da
economia nacional. Em agravo a essas situações, a maioria dos estudantes
geralmente tem pouca ou nenhuma experiência de montar e dirigir um negócio,
utilizando grande parte de seu tempo dentro do sistema educacional, que
realiza pouco para criar atividades empreendedoras.
Ainda é forte na cultura nacional uma percepção infundada de que
aqueles que tivessem escolhido a carreira empreendedora eram aqueles que
não gostavam de estudar. Montar o próprio negócio era a única saída dos
“incapazes”. Um velho jargão “se tu não queres estudar vá ao menos trabalhar,
monte um comércio, vá vender”, como se para isso não fosse preciso saber de
nada. Durante muitos anos,o sonhodos pais era que os filhos conquistassem
um bom e estável emprego em uma grande empresa.
A introdução de disciplinas voltadas ao empreendedorismo se deu
pela conscientização por parte das universidades de desenvolver nos seus
discentes competências que lhes deem condições de conseguir êxito
profissional. Dessa forma, na década de 1980, com a crise econômica,
aumenta o índice de desemprego e a necessidade nas empresas por
empregados com um perfil empreendedor, com o objetivo de alavancar a
produtividade e melhorar sua competitividade no mercado.
[...] muitas das nossas instituições de ensino estão distanciadas dos "sistemas de suporte": empresas, órgãos governamentais, financiadores, associações de classe, entidades das quais os pequenos empreendimentos dependem para sobreviver. As relações universidade-empresa, essenciais na formação de empreendedores, são incipientes no Brasil
(DOLABELA,1999 p. 35).
Momento que tem início as implementações de cursos sobre
empreendedorismo, ao passo que os pesquisadores percebiam que era
necessário formar um profissional capaz, mas que também tivesse
competência para criar seu próprio negócio. Mas para isso é preciso
desenvolver nos alunos suas capacidades empreendedoras para que possam
vir a desenvolver as boas ideias (SOUZA et al., 2005).
Hisrich e Peters (2004, p. 41) considera que o momento atual é a
“era do empreendedorismo” apoiando a criação de disciplinas e estudos
acadêmicos para uma educação empreendedora dentro das Universidades.
Santos Filho (2012), Especialista em Empreendedorismo, em
reportagem para a revista Exame.com aponta ao SEBRAE e a Endeavor, como
agentes importantes que já promovem e fomentam o empreendedorismo via
programas para uma formação qualitativa no tema, mas ainda permeiam
apenas o nível superior. Santos Filho ainda cogita a possibilidade de alcançar
as crianças em todas as escolas, fomentando ideias empreendedoras através
de exemplos e estimular atividades de criação dentro da sala de aula para
despertar maior interesse nelas pelo tema.
A Endeavor é uma organização de fomento ao empreendedorismo,
com excelência na mobilização de organizações públicas e privadas e no
compartilhamento do conhecimento prático que tem fortalecido a cultura
empreendedora do Brasil. Fundada em junho de 2000 por três sócios, formou
uma rede de mentores e tornou-se responsável pelos principais programas de
educação empreendedora do país e por levar a mensagem do
empreendedorismo para os brasileiros.
A Endeavor participa da disseminação do ensino empreendedor no
Brasilcom uma grande oferta de cursos on line, incentivos a pesquisas sobre o
mercado empreendedor, programa de auxílio aos empreendedores inovadores.
O SEBRAE é a mais conhecida instituição de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (SEBRAE) é uma entidade privada sem fins lucrativos. É
um agente de capacitação e de promoção do desenvolvimento, criado para dar
apoio aos pequenos negócios de todo o país. Desde 1972, trabalha para
estimular o empreendedorismo e possibilitar a competitividade e a
sustentabilidade dos empreendimentos de micro e pequeno porte. Dissemina a
educação empreendedora através de cursos presenciais e online, consultorias,
programas de premiação, incentivos a pesquisa e suas publicações.
Um dos programas do SEBRAE mais voltado ao ensino
empreendedor é o Desafio SEBRAE, que permite a estudantes universitários
exercer as funções de empreendedor através de jogo. Neste jogo são
simulados situações no mundo virtual semelhantes à realidade de uma
empresa e o vencedor é o jogador que tiver maior habilidade em conduzir sua
empresa.
3.2 Pedagogia Empreendedora
A pedagogia empreendedora parte da premissa de que o
empreendedor não nasce pronto, ele pode e deve ser criado. Em consonância
com essa formação pedagógica, Hisrich e Peters (2004), acredita na aplicação
de métodos específicos para a criação e o desenvolvimento de um
empreendimento, que por sua vez deverá orientar o empreendedor nas
dificuldades. “Ainda que uma educação formal não seja necessária para iniciar
um negócio, ela realmente oferece uma boa experiência, em especial quando
tem a ver com a área do empreendimento” (HISRICH e PETERS, 2004, p. 80).
Pode se perceber que a educação empreendedora pode enfocar a formação do indivíduo ou focar naquele que se interessa por uma oportunidade e que estaria numa fase anterior à criação de um negócio; pode, ainda, voltar-se para os que já estariam na fase de criação de um empreendimento e, até mesmo, para aqueles que estão em fases posteriores à criação e que estão preocupados com as estratégias para permanecer ativo ou expandir o negócio. (LOPES, 2012, p. 25).
Quanto ao estilo pedagógico aplicado na maioria das instituições no
Brasil nos curso sobre empreendedorismo, Nicolini (2000, p. 96) adere “a visão
de sistema fechado” por usar uma lógica semelhante à lógica do ensino da
administração.
Cabe então a pergunta: como ensinar empreendedorismo?
Os autores Filion (2003), Dolabela (2003; 1999) e Dornelas, (2001)
são unânimes em dizer que a pedagogia empreendedora deve se firmar no
saber-se, que parti da forma que o indivíduo de percebe e de como mantém
sua relação com o meio. Para formar o espírito empreendedor tem que
canalizar o estudo na realização potencial de cada um, que vai do desejo
(sonho) de cada um até a identificação de suas habilidades profissionais.
Em conformidade com esse pensamento Filion (2003, pg.15) diz que
o “Empreendedorismo se aprende geralmente pela transmissão de valores, por
osmose e por contatos seguidos com um empreendedor, em suma por trocas
de saber com aqueles que o praticam”. Por tanto, a educação deve se
fundamentar na definição de si próprio e na aprendizagem da liderança, e em
vários conhecimentos subjetivos que vão além da simples prática de negócios.
Dolabela (2003) aponta a uma metodologia de ensino do
empreendedorismo, mesmo que direcionada para a educação básica, tem um
contexto forte. Para o autor a dinâmica pedagógica deve integrar dois ciclos de
aprendizado do empreendedor: o sonho estruturante e sua tarefa de
realização.
“Ao envolver-se na tarefa de realização do sonho, o indivíduo
estará ponderando a adequação entre o sonho, tudo o que o cerca e o seu próprio eu. Para isso, buscará, de forma autossuficiente, aprofundar conhecimentos sobre si mesmo e sobre o ambiente do sonho, aumentando sua consciência sobre o mundo e os outros. Como o sonho, o eu e o ambiente sofrem mudanças e se alteram permanentemente; desse modo, a construção do conhecimento é dinâmica, o que lhe
empresta força pedagógica” (DOLABELA, 2003, pg. 23).
Um complemento ao que Dolabela propõe como um passo a mais a
ser aderida a metodologia do ensino empreendedor é a evolução, pois, “é
possível aprender o empreendedorismo. E a aprendizagem se realiza de uma
maneira muito gradual”, acrescenta Filion (2003, pg.16).
Dornelas (2001) também defende o ensino de empreendedorismo,
em que ele pode ser entendido por todas as pessoas. Porém o autor destaca
como condição para a obtenção do sucesso uma série de fatores internos e
externos do negócio, e ainda o perfil e características do empreendedor. Mas
uma vez retrata a subjetividade de cada um sobre a ação do espírito
empreendedor, podendo existir pessoas que não se encaixe no perfil e também
não consigam desenvolver as características necessárias.
A educação empreendedora é um meio de ensinar os estudantes a
aproveitarem as mudanças ao invés de temê-las. Uma vez que é sabido sobre
o medo natural das pessoas pelo novo, o estranho. No caso da pedagogia
empreendedora ajudará aos interessados a entenderem suas opções de
mercado e os auxilia a identificarem as oportunidades que podem investir
segundo suas aptidões e desejos.
Oliveira (2012) mostra uma pesquisa sobre pequenos empresários,
em que das pessoas que se lançaram nos negócios rapidamente, atrás de uma
oportunidade, mas sem grande preparação, somente 40% ainda mantinham
seus negócios cinco anos depois. Por outro lado, 80% daquelas que dedicaram
ao menos seis meses de preparação a seu projeto, também continuavam com
seu negócio cinco anos depois. O que mostra que a educação empreendedora
não é definitiva para iniciar um novo negócio, mas ajuda significativamente
para o alcance de sucesso.
Assim se nos perguntamos quem estar mais preparado para ensinar
a disciplina, um pesquisador ou uma pessoa que pratica o empreendedorismo?
A resposta seria uma junção dos dois.
A pedagogia empreendedora deve utilizar como metodologia nas
disciplinas de empreendedorismo o desenvolvimento do comportamento
empreendedor: Ensinar como lidar com recursos limitados; Correr riscos e
tolerar o fracasso e o erro; Incentivar a perseverança e determinação; Não
temer competir com grandes empresas; Buscar liberdade e autonomia; Superar
limites e promover mudanças inovadoras (OLIVEIRA 2012).
...o professor de empreendedorismo precisa se desgarrar da sala de aula e experimentar outras técnicas de ensino vivencial, através de dinâmicas, competições, desafios, contato com empreendedores, laboratórios de experimentação, clubes de convivência e networking. Poucas áreas têm nos estudos de caso maior relevância e valor quanto empreendedorismo. Histórias de empreendedores, casos de fracasso, dilemas de gestores, servem como instrumentos fundamentais para o professor (OLIVEIRA, 2012, pg.11).
O ensino do empreendedorismo ainda deverá passar por grandes
adaptações. Uma das principais adaptações esperadas está em aplicar ao
ensino, aquilo que é o ponto alto da atividade empreendedora: a inovação. De
início a educação empreendedora centralizava-se no plano de negócios. Nos
dias de hoje o plano de negócios é utilizada cada vez mais como etapa
conclusiva, ou meio para dá início ao empreendimento.
Com isso se percebe a necessidade de ensinar sobre o
empreendedorismo de forma a tornar cada vez mais próximos o mundo da
educação ao mundo do trabalho. Em outras palavras a melhor metodologia de
ensino é a junção da teoria e a prática.
3.3 Educação Empreendedora na Graduação
O crescente papel do conhecimentona economia global sobre a
importância do espírito empreendedor aumenta os incentivos ao ensino
profissionalizante sobre empreendedorismo. Mas, no sistema escolar ainda é
concebido para aprender a dominar as questões chamadas “matérias” que as
ciências como física, matemática, química, biologia, entre outras.
Isso criaria uma maior possibilidade de desenvolvimento pessoal,
auto realização e liberdade, tudo o que o empreendedorismo proporciona ao
fornecer um amplo leque de opções ao aluno visando seu crescimento pessoal
e profissional.
O empreendedor é considerado uma pessoa que sabe identificar as
oportunidades de negócios, os espaços no mercado e que se organiza para
progredir. A função de curso profissionalizante é oferecer condições de
desenvolver tais características. É então função de um curso de graduação
forma um profissional apto ao mercado de trabalho, valorizando as
características já citadas.
Esta valorização é observada por Guerra e Grazziotin (2010), que
dizem que ela acontece no curso de administração e, fundamentalmente, nos
cursos referidos às novas tecnologias pressionados pelas mudanças em todos
os setores do mercado de trabalho e pelo crescimento da relevância da micro e
da pequena empresa no panorama mundial.
Mas enquanto existe no momento um forte incentivo ao ensino
superior voltado para o empreendedorismo, o fator cultural continua atuando
em contra partida de forma desanimadora.
Relatos de empreendedores que abandonaram a escola para
empreender ganharam notoriedade com muita rapidez e uma consequência
direta é que os que querem empreender não vão buscar na escola a sua
formação, preferem aprender por conta própria e se inspirar em histórias como
a de Steven Paul Jobs que fundou a Apple e Mark Elliot Zuckerberg que criou o
Facebook.
Outro fator que desestimula os egressos em cursos superiores com
destaque ao curso de administração, é a falta de conhecimento prático
comprovado do corpo docente. Considerando que os professores de
empreendedorismo, em sua maioria não possuem formação originalmente em
empreendedorismo, seja por graduação ou especialização.
Essa falha pode ser considerada mais uma vez pelo aspecto cultural
do país que tem na formação acadêmica o propósito de um emprego. Fato
esse que o empreendedorismo teoricamente não gera, pelo menos não é
conhecido o cargo de empreendedor em nenhuma grande corporação.
Embora o crescimento de cursos de empreendedorismo no ensino
superior seja uma boa notícia, as ofertas ainda são tímidas em termos de
quantidade de disciplinas sobre o tema, sendo na maioria dos casos, optativa.
Nos EUA, o empreendedorismo é um assunto que se desdobra em várias
disciplinas, obrigatórias e eletivas, além de vários outros cursos de extensão,
como empreendedorismo corporativo, social, franquias, empresas familiares,
capital de risco (OLIVEIRA 2012).
A tarefa do educador é árdua, cabe a ele incutir a semente da
curiosidade sobre o tema em seus alunos, também é responsabilidade do
aluno o interesse em conhecer essa possibilidade de carreira e mostrando-lhes
os caminhos para o autodesenvolvimento. Isso revela a importância para o
conhecimento acadêmico, de um professor com uma vivência empreendedora
em seu histórico de vida, seja como consultor ou como empreendedor. Esse
seria o caminho ideal para ele encontrar o melhor equilíbrio entre a teoria e a
prática, do conceitual e do instrumental.
Com todas as portas abertas para o empreendedorismo,
sãopercebidas algumas instituições com incentivos próprios ao
desenvolvimento de técnicas empreendedoras na prática.
Dentro da IES estudada a FAC, seus professores já fazem um
trabalho brilhante em torno disso, nas salas de aulas nas disciplinas como
Teoria Geral da administração a TGA, já se trabalha a criação de empresas
fictícias, colocando em prática as funções administrativas, o planejamento
estratégico e desenvolvendo este espírito empreendedor.
Na verdade é um preparatório para pequenos negócios, com o
pretexto de ser o início de uma empresa do então estudante, que saem quase
prontos para o mercado. Neste tipo de trabalho eles têm a oportunidade de
criar a empresa dos seus sonhos, e também ter o contato com as dificuldades
de um negócio, pois abrir uma empresa hoje, não é nada fácil, existem muitas
barreiras. Outras disciplinas já estão entrando com dinâmicas coerentes ao
incentivo do empreendedorismo como as disciplina de Jogos Empresarias.
4 METODOLOGIA
Descarte (2003) com a criação de seu método cartesiano faz fortes
defesas a formulação de métodos para a criação do espírito científico. Isso
serviu de apoio para a ciência moderna, que tem sua origem em meados do
século XVI, por uma necessidade de compreensão mais racional sobre os
acontecimentos no mundo, vem o estabelecimento de critérios para o
desenvolvimento de estudos e comprovações de verdade transformando a
ciência em um saber universalmente aceito.
Assim, a metodologia aplicada para a presente pesquisa é do tipo
exploratória e se fundamenta em estudos bibliográficos, apoiado no
pensamento de Andrade (2009) defendendo a Pesquisa Bibliográfica como
“obrigatória nas pesquisas exploratórias, na delimitação do tema de um
trabalho ou pesquisa, no desenvolvimento do assunto, nas citações, na
apresentação das conclusões”. Com cunho qualitativo a fim de identificar as
características do perfil empreendedor para posterior estudo de campo, e
quantitativo buscando classificar quais os alunos que se enquadram dentro do
perfil buscado na pesquisa a partir dos dados primários colhidos por meio de
questionários aplicados. Conforme passos do fluxo abaixo.
Figura 2. Fluxo Metodológico
FONTE: Elaborado pela autora
Para consecução da pesquisa, optou-se pela realização de uma
survey uma vez que “é apropriada quando a ênfase da pesquisa é analisar
traços, opiniões ou ações de indivíduos” (Roesch, 1999: 197).
Início
Pesquisa
Bibliográfica
Pesquisa de
campo
Compilação
dos dados
Conclusão Fim
4.1 Tipos de Pesquisa
O tipo de metodologia utilizada em uma pesquisa depende do
problema em estudo, sua natureza e abrangência. Dessa forma, o tipo
escolhido de método é o responsável por indicar o caminho a ser seguido,
direcionando as ações do pesquisador e utilizando de fontes e ferramentas
disponíveis. De acordo com Cervo e Bervian (2002), diferentes metodologias
requerem diferentes formas de coleta e análise de dados.
Com base nos objetivos desta monografia, decidiu-se pela
realização de uma pesquisa exploratória, fundamentada em pesquisa
bibliográfica para definição do referencial teórico. Com uma abordagem
qualitativa na busca pelo perfil empreendedor para dá início a uma pesquisa de
campo com questionários aplicados com técnicas survey, nos quais os
resultados foram submetidos a uma abordagem quantitativa.
Buscando ainda, comprovações da verdade em documentos como
revistas eletrônicas, livros, dissertações monográficas e até na Constituição
Federal. Tais fontes são consideradas documentos pertinentes à pesquisa
bibliográfica, que segundo Lakatos (2008) “todo material já publicado, em
livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita”, correlacionando esta
ideia como sendo indissociável do conceito de Pesquisa Bibliográfica,
identificando-os como fontes secundárias.
Como já descrito a pesquisa ainda se classifica como qualitativa, por
necessitar elencar as características que compõem uma personalidade
empreendedora, para identificar entre os pesquisados quem se enquadra
dentro do perfil empreendedor e classificá-los, seguindo o pensamento de
Oliveira (2002).
Tendo também um teor quantitativo devido à necessidade de
quantificar o potencial empreendedor dos pesquisados identificando o grau
empreendedor em que se formam. Conforme Silva e Menezes (2001, p. 20), “a
pesquisa quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, o que significa
traduzir em números, opiniões e informações para classificá-las e analisá-las”.
4.2 Coleta de Dados
A coleta de dados foi realizada em duas fases, em que a primeira
fase caracteriza-se por um estudo exploratório, com consulta de dados
secundários, obtidos de pesquisas bibliográficas como já citado, que
constituíram todo o referencial teórico desta monografia.
Na segunda fase, foi realizada uma pesquisa de campo, em que
foram obtidos dados primários através de um questionário estruturado, dividido
em duas etapas, com abordagem direta. A primeira etapa trata-se das
características que identificam o perfil dos respondentes da pesquisa. A
segundaetapa busca identificar nos pesquisados as características
empreendedoras. Conseguindo gerar os dados primários que tornam a
pesquisa única através do questionário aplicado.
O questionário se caracteriza por conter um conjunto de itens bem ordenados
e bem apresentados. Outra particularidade é a exigência de resposta por
escrito e a limitação nas respostas. Além de ser observada a clareza das
perguntas, o tamanho, conteúdo e organização de forma que o respondente
seja motivado a respondê-lo (SANTOS, 2009, p. 258).
Para Mattar (2008), os dados primários são aqueles que não foram
antes coletados, estando ainda em posse dos pesquisados e são coletados
com a finalidade de atender às necessidades específicas da pesquisa em
andamento.
O questionário foi elaborado com perguntas fechadas com resposta
formando escalas (escala de avaliação), onde os respondentes são solicitados
a responder qual ponto da escala melhor corresponde a sua opinião a respeito
do que está sendo perguntado (MATTAR, 2008). De acordo com Mattar (2007,
p. 95), “uma escala ordinal é aquela em que os números servem para, além de
nomear, identificar e (ou) categorizar, ordenar, segundo um processo de
comparação, as pessoas, objetos ou fatos, em relação a determinada
característica [...]”.
Como amostra de pesquisa, foi realizada numa população com 102
participantes entre alunas e alunos matriculados no sétimo e oitavo semestres
do curso de Administração da Fac. A escolha da faculdade e do curso
pesquisado foi pelo o fato em que me enquadro neste perfil, estudo na Fac
curso administração e tenho o perfil empreendedor, por isso a escolha desse
tema. A população real do universo estudado é de 102 alunos nos dois
semestres alvos, com base nas disciplinas com maior número de matriculados,
Projeto de Graduação I no 7º semestre e Projeto de Graduação II no 8º
semestre, do curso de Administração da Faculdade Cearense – Fac, Instituição
de Ensino Superior (IES), localizada no bairro Damas, em Fortaleza, no Estado
do Ceará.
Amostra é, portanto, uma parte da população selecionada de acordo com uma regra ou plano. O mais importante, ao selecioná-lo, é seguir determinados procedimentos, que nos garantam ser ela representação adequada da população, donde foi retirada, dando-nos assim confiança de generalizar para o universo o que nela for observado (RUDIO, 1986, p. 63).
Para a realização da pesquisa de campo, foram explicados os
objetivos aos respondentes e, posteriormente, aplicados individualmente
questionários aos participantes, que estavam presentes na FAC durante a
realização da pesquisa, no período de 13 a 15 de novembro de 2013. Foi
solicitado ao respondente que ele concedesse cerca de três a cinco minutos de
seu tempo para responder ao questionário, seguido dos devidos
agradecimentos.
4.3 Tratamento dos Dados
Para atuação da pesquisa de campo, optou-se pela realização de
uma survey. Dessa forma, para a realização da mesma foi aplicado um
questionário, onde as perguntas se enquadram numa escala de Lickert,
seguindo MATTAR (2008).
Dessa forma, para a realização da pesquisa foi aplicado um
questionário com 43 perguntas divididas em 2 seções: uma primeira seção com
4 perguntas destinadas a classificar o perfil socioeconômico do aluno; uma
segunda parte com 39 perguntas de alternativas múltiplas, que objetivavam
conhecer as características empreendedoras do aluno pesquisado. O
resultado apresentado no questionário busca investigar a perspectiva
empreendedora dos alunos e por meio de suas características.
Para trabalhar os resultados foramutilizados cruzamentos simples.
Estatísticas mais sofisticadas não fazem muito sentido dado o pequeno número
(estatisticamente falando) de respondentes. O software usado para tabulação
dos dados pesquisados foi o Excel. As 39 questões da segunda etapa do
questionário foram tabuladas através de somatório das perguntas aplicadas.
Para cada pergunta a resposta variava com números de 1 á 4, fornecendo um
valor as resposta, de acordo com a relação: 1 para Nunca, 2 para Raramente,
3 para Algumas vezes e 4 para Sempre.
Como o objetivo do questionário é de identificar a perspectiva
empreendedora por meio de suas características, o questionário segue um
critério próprio. Em ordem não numerada, a cada três perguntas se identifica
uma característica, e com seu somatório identifica seu potencial. Foi analisado
o perfil empreendedor em cima de 13 características. O somatório se aplica da
seguinte forma:
Quadro 4 – Esquema para o calculo da pesquisa
CARACTERÍSTICA RESPOSTAS/PREGUNTAS SOMATÓRIO
Iniciativa 1 ( ) + 2 ( ) + 3 ( ) =
Persistência 4 ( ) + 5 ( ) + 6 ( ) =
Busca Informação 7 ( ) + 8 ( ) + 9 ( ) =
Exige Qualidade 10( ) + 11( ) + 12( ) =
Compromissado 13( ) + 14( ) + 15( ) =
Objetivado 16( ) + 17( ) + 18( ) =
Planeja-se 19( ) + 20( ) + 21( ) =
Saber agir em conflito 22( ) + 23( ) + 24( ) =
Autoconfiança 25( ) + 26( ) + 27( ) =
Calcula os riscos 28( ) + 29( ) + 30( ) =
Monta estratégia 31( ) + 32( ) + 33( ) =
Avaliação e Controle 34( ) + 35( ) + 36( ) =
Controle Financeiro 37( ) + 38( ) + 39( ) =
TOTAL DO SOMATÓRIO =
FONTE: Da autora
Os resultados serão enquadrados de acordo com uma escala de
pontuação que identifica o grau do perfil empreendedor como apresentado na
tabela abaixo:
Tabela 1- Classificação do Perfil Empreendedor
Perfil empreendedor classificado Pontuação
Perfil Empreendedor Inferior (inexistente) Até 39 pontos
Perfil Empreendedor baixo De 40 á 78 pontos
Perfil Empreendedor Médio De 79 á 117 pontos
Perfil Empreendedor satisfatório De 118 á 156 pontos
A pesquisa apresenta seu resultado sustentado em aplicações de
métodos reconhecidos por sua comprovação científica, com observância aos
objetivos propostos de identificar a perspectiva empreendedora dos alunos. A
pesquisa tem um padrão de incertezas com base no entendimento e auto
avaliação dos pesquisados, com os resultados apresentados sob a forma de
como os pesquisados se percebem. O questionário aplicado encontra-se em
anexo.
Ainda como resultado da aplicação do questionário é possível
identificar quais as características empreendedoras mais desenvolvidas nos
alunos pesquisados. Para essa identificação será usado critério semelhante ao
do perfil empreendedor. Como já aqui explanado, cada característica
empreendedora corresponde a três questões seguidas no questionário. Ao
somar os itens respondidos de três em três questões, seguindo o Quadro I, o
valor encontrado será atribuído à tabela abaixo.
Tabela 2 - Potencial das Características Empreendedora
Perfil empreendedor classificado Pontuação
Característica empreendedora inexistente Até 03 pontos
Característica empreendedora baixa De 04 á 06 pontos
Característica empreendedora média De 07 á 09 pontos
Característica empreendedora satisfatória De 10 á 12 pontos
5 ESTUDO DE CASO
Nesse capítulo, são apresentados os resultados e analise do
questionário da pesquisa realizada com os alunos do 7º e 8º semestres do
curso de Administração da Fac. Para análise desses resultados, foi levada em
consideração, além dos dados primários obtidos durante a coleta, uma
metodologia que possibilita classificar em nível de empreendedorismo os
entrevistados com o uso do Quadro I e das tabelas I e II, descrito no capítulo
anterior.
Inicialmente, os resultados são catalogados e organizados em forma
de gráfico seguidos por comentários explicativos. Tais gráficos servem para
demonstrar os resultados da pesquisa feita pelo questionário, de acordo com
os objetivos específicos propostos.
Os dados apresentados a seguir são resultados da pesquisa
primária, realizada com uma amostra das alunas do curso de Administração da
Faculdade Cearense, uma IES com a sede localizada na Avenida João
Pessoa, nº 3884, no bairro Damas em Fortaleza (Ceará).
5.1 Perfil dos entrevistados
De acordo com o questionário aplicado, pôde-se caracterizar o perfil
dos respondentes, com o conjunto de respostas obtidas levando em
consideração as seguintes variáveis: idade, estado civil e renda média mensal
com sua fonte. Assim como descrito nas tabelas abaixo.
Tabela 3. Perfil dos pesquisados
Faixa etária dos alunos respondentes Quantidade %
Até 20 anos 2 1,9
De 21 a 30 anos 73 71,6
De 31 a 40 anos 21 21,4
De 41 a 50 anos 5 5,2
Mais de 50 anos 1 0,9
De acordo com a tabela acima, a maioria das pessoas pesquisadas
está na faixa etária de 21 a 30 anos, dentro da idade média determinada pelo
MEC como “Tempo certo”. Isso demonstra um comportamento de quem
mantém um ritmo de estudos e sempre buscou melhorias contínuas, cumprindo
as etapas de conclusões do ensino fundamental, médio e graduação em
período normal. Isso já sinaliza as características de compromisso, busca de
informações comtínuas e que se planejam.
Os resultados seguintes da faixa etária de 31 a 40 anos que obteve
o segundo melhor resultado, também pode ser enquadrado nas características
sitadas para essa etapa da pesquisa. Esses pesquisados podem ter procurado
formação superior por desejo de crescimento profissional, o que aponta para as
características de busca de informação e planejamento.
É observado que dois dos pesquisados não se encontram na faixa
etaria normal para uma conclusão de um curso superior, isso pode ter
acontecido por algum motivo de antecipação de cadeiras do final do curso.
Seus resultados foram considerados, mesmo com a existencia do fator de
inesperiencia e de imaturidade que dificultam o entendimento sobre uma
perspectiva empreendedora.
Um aspecto que eleva a ideia de maturidade, mesmo que com
pouca idade, é o fato de se assumir um relacionamento conjugal ificial, o
casamento. Por tanto a tabela abaixo mostra o aspecto de estado civil.
Tabela 4. Estado civil dos pesquisados
Estado Civil Quantidade %
Solteiro 65 65,5
Casado 28 27,8
Separado/divorciado 8 7,8
Viúvo 1 0,9
A tabela a cima mostra o estado civil dos pesquisados e aponta a
maioria dos pesquisados ser solteiros. O estado civil pode significar niveis de
maturidade, nos casos de casado existe um compromisso de constituir um a
família e as responsabilidades que acarreta, daí um amadurecimento acontece
mesmo que em pouca idade. Nos casos dos solteiros como o de destaque
nesta sessão, mostra um aliberdade maior de decisão e espectativas futuras na
base do que tudo é possível, podem correr mais riscos.
Para os solteiros pouco dinheiro já pode resolver muita coisa, para
os casados não. Para os separados, dependendo da quantidade de filhos que
o relacionamento deixou, a busca por melhorias financeiras passa a ser mais
necessário, por ter que cumprir com os compromissos de pensão e ainda
manter o padrão financeiro já existente, o que torna um insentivo a mais para
correr atras de melhorias profissionais.
A tabela que apresenta os resultados quanto a faixa de renda reflete
um pouco sobre a busca por melhorias salarial por intermédio de um curso
superior.
Tabela 5. Renda dos pesquisados
Faixa de renda dos alunos respondentes Quantidade %
Até R$ 700,00 8 7,7
Entre R$ 701,00 e R$ 1.400,00 34 34,4
Entre R$ 1.401,00 e R$ 2.200,00 35 35,5
Acima de R$ 2.200,00 25 25,4
Ao que se observa na tabela acima a grande maioria dos
pesquisados tem renda mensais equilibradas em relação às estipuladas no
questionário, ficando pouca diferença entre três faixas. Com pouca diferença,
mas que teve ainda mais adesão dói à faixa de renda entre R$ 1.401,00 e R$
2.200,00. Essa proximidade das faixas de renda e o valor descrito nelas leva a
uma possível ideia, de que a intenção de conseguir uma graduação de nível
superior seja por uma necessidade de melhoria profissional, despontando a
característica de planejamento. Essa ideia toma mais forma com os dados
colhidos sobre a origem de sua renda, como segue na tabela abaixo.
Tabela 6. Fonte de Renda
Fonte de renda Quantidade %
Carteira assinada 68 67,9
Atividade autônoma 25 24,8
Recursos dos pais 9 9,1
A tabela a cima aponta a origem da renda dos pesquisados, o que
fornece o conhecimento sobre suas experiências de vida profissional. A grande
maioria dos pesquisados estão em atividade profissional, com um destaque
para o trabalho com carteira assinada, ficando apenas 24,8 % com iniciativas
em seu próprio negócio. Uma observação merece ser feita, o fato de se optar
por uma carreira profissional e não por um negócio próprio não desmerece a
um espírito empreendedor, afinal pode ser considerado como o empreendedor
de se mesmo em relação ao objetivo de uma carreira profissional de sucesso.
Já os poucos que ainda não iniciaram atividades profissionais, estão
apresentando despreparo empreendedor. Esta situação denota pouca iniciativa
e falta de objetivos, medo de correr riscos, entre outras. Porém, ainda pode ser
uma estratégia pessoal, a pessoa esteja desejando passar em um concurso
público e seus esforços estejam voltados a esse objetivo, o que ainda pode ser
considerado o medo de correr riscos e certo nível de acomodação.
5.2 Perfil Empreendedor
O objetivo do presente estudo é o de avaliar a perspectiva
empreendedora dos alunos em fase de conclusão do curso de Administração
da Fac em 2013. Para tanto foi elaborado um questionário que avalia o perfil do
aluno identificando seu nível de perspectiva empreendedora. Este questionário
tem seus resultados apresentados aqui, traduzidos nos gráficos e nas
observações sequentes.
5.2.1 As características empreendedoras
Para qualificar as características empreendedoras dos pesquisados
foi utilizado às respostas do questionário, agrupadas de três em trêstirando o
somatório a cada grupo. Os grupos representam as características descritas no
Quadro I do capítulo anterior, que aqui seguem traduzidas nos gráficos abaixo,
seguidos por comentários que cruzam os resultados com a Tabela II do
capítulo anterior, a fim de classificar a potencialidade da característica.
Gráfico 1. Característica Empreendedora de Iniciativa
De acordo com o Gráfico 1, o maior número de entrevistados
somaram 9 pontos no somatório de suas respostas para essa característica. Ao
cruzarmos os dados do Gráfico 1. Com as informações da Tabela II, temos
esta característica pontuada como empreendedora de média potencialidade. Já
classifica como atuante, mas que pode ser mais trabalhada para alcançar o
sucesso esperado.
Em todo caso, a maioria dos estudantes, um total de 56 pesquisados
de uma amostra de 102 pesquisados, conseguiram resultados superiores
pontuando entre 10 e 12, o que já classifica essa característica de
potencialidade satisfatória.
Gráfico 2. Característica Empreendedora de Persistência
2 3
13
28 24
17 15
INICIATIVA
1
9 12
23
17
24
17
PERSISTÊNCIA
De acordo com o Gráfico 2, o maior número de entrevistados
somaram 11 pontos no somatório de suas respostas para essa característica.
Ao cruzarmos os dados do Gráfico 2. Com as informações da Tabela II, temos
esta característica pontuada como de potencialidade satisfatória. Essa
classificação já se enquadra como de um empreendedor.
Além disso, se observa que a maioria dos estudantes, um total de 58
dos pesquisados de uma amostra de 102 pesquisados, conseguiram resultados
superiores, pontuando entre 10 e 12, o que já classificaria essa característica
de potencialidade satisfatória.
Gráfico 3. Característica Empreendedora de Buscar Informações
De acordo com o Gráfico 3, o maior número de entrevistados
somaram 11 pontos no somatório de suas respostas para essa característica.
Ao cruzarmos os dados do Gráfico 3. Com as informações da Tabela II, temos
esta característica pontuada como de potencialidade satisfatória.
Além disso, se observa que a maioria dos estudantes, um total de 72
de uma amostra de 102 pesquisados, conseguiram resultados superiores,
pontuando entre 10 e 12, o que já classificaria essa característica de
potencialidade satisfatória. Isso confirma a ideia lançada ao identificar o perfil
dos pesquisados, de que o fato de procurarem uma graduação de nível
superior, que na maioria estão em “Tempo Certo”, sinaliza uma postura de
quem busca informações para atingir seus objetivos.
1
16
1
12 13
39
20
BUSCA INFORMAÇÃO
Gráfico 4. Característica Empreendedora Prima pela Qualidade
De acordo com o Gráfico 4, o maior número de entrevistados
somaram 11 pontos no somatório de suas respostas para essa característica.
Ao cruzarmos os dados do Gráfico 4 com as informações da Tabela II, temos
esta característica pontuada como de potencialidade satisfatória.
Ao somar os pesquisadosque conseguiram resultados superiores,
pontuando entre 10 e 12, dá um total de 68 de uma amostra de 102
pesquisados. Esse resultado já classificaria essa característica de
potencialidade satisfatória, por ser observada na maioria dos alunos.
Gráfico 5. Característica Empreendedora Compromisso
De acordo com o Gráfico 5, o maior número de entrevistados
somaram 11 pontos no somatório de suas respostas para essa característica.
3 7 8
16 21
35
12
PRIMA PELA QUALIDADE
1 2 3 10
18 17
31
20
COMPROMISSO
Ao cruzarmos os dados do Gráfico 5 com as informações da Tabela II, temos
esta característica pontuada como de potencialidade satisfatória.
Ao somar os pesquisadosque conseguiram resultados superiores,
pontuando entre 10 e 12, dá um total de 68 de uma amostra de 102
pesquisados. Esse resultado já classificaria essa característica de
potencialidade satisfatória, por ser observada na maioria dos alunos. Outra
característica que já pode ser observada pelo fato de se chegar a uma fase de
conclusão de um curso superior, que denota compromisso com aprendizado,
tempo de dedicação para estudos e concordância as normas da instituição.
Gráfico 6. Característica Empreendedora Compromisso
De acordo com o Gráfico 6, o maior número de entrevistados
somaram 9 pontos no somatório de suas respostas para essa característica.
Ao cruzarmos os dados do Gráfico 6 com as informações da Tabela II, temos
esta característica pontuada como de potencialidade empreendedora média.
Ao somar os pesquisadosque conseguiram resultados superiores,
pontuando entre 10 e 12, dá um total de 56 de uma amostra de 102
pesquisados. Esse resultado já classificaria essa característica de
potencialidade satisfatória, por ser observada na maioria dos alunos. Outra
característica que já pode ser observada pelo fato de se concluir um curso
superior, a formatura em si é o alcance de um objetivo, ou ainda uma meta a
ser cumprida para o alcance de um objetivo maior.
1 1 2
16
26 20
17 19
OBJETIVADO
Gráfico 7. Característica Empreendedora Planejar-se
De acordo com o Gráfico 7, o maior número de entrevistados
somaram 9 pontos no somatório de suas respostas para essa característica.
Ao cruzarmos os dados do Gráfico 7 com as informações da Tabela II, temos
esta característica pontuada como de potencialidade empreendedora média.
Para este gráfico, ao somar os pesquisadosque conseguiram
resultados superiores, pontuando entre 10 e 12, dá um total de 46 de uma
amostra de 102 pesquisados, ficando 56 entre médio, baixo e até inexistente.
Esse resultado já classificaria essa característica em potencialidade média, que
veio a ser a mais pontuada e não haver uma maioria em outra categoria.
Uma observação é feita de forma desapontadora, a ação de planejar
é muito estudada dentro da grade curricular do curso de Administração, o que
torna essa característica quase que obrigatória para esse grupo de alunos.
Gráfico 8. Característica Empreendedora Planejar-se Saber agir em conflito
1 2
9 11
33
19 18
9
PLANEJA-SE
2 6 4
15
27
15 16 17
SABER AGIR EM CONFLITO
De acordo com o Gráfico 8, o maior número de entrevistados
somaram 9 pontos no somatório de suas respostas para essa característica.
Ao cruzarmos os dados do Gráfico 8 com as informações da Tabela II, temos
esta característica pontuada como de potencialidade empreendedora média.
Para este gráfico, ao somar os pesquisadosque conseguiram
resultados superiores, pontuando entre 10 e 12, dá um total de 48 de uma
amostra de 102 pesquisados, ficando 55 entre médio, baixo e até inexistente.
Esse resultado já classificaria essa característica em potencialidade média, que
veio a ser a mais pontuada e não haver uma maioria em outra categoria.
Saber lidar com conflitos é uma dificuldade muito pautada em
treinamentos e curso de Liderança, devido as ações próprias do indivíduo em
relação a competitividade, o que deixa essa característica com um resultado
esperado, mas não aceitável para um perfil empreendedor.
Gráfico 9. Característica Empreendedora Autoconfiança
De acordo com o Gráfico 9, o maior número de entrevistados
somaram 9 pontos no somatório de suas respostas para essa característica.
Ao cruzarmos os dados deste gráfico com as informações da Tabela II, temos
esta característica pontuada como de potencialidade empreendedora média.
Porém, ao somar os pesquisadosque conseguiram resultados
superiores, pontuando entre 10 e 12, dá um total de 56 de uma amostra de 102
pesquisados. Esse resultado já classificaria essa característica em
1
11 9
26 24 21
11
AUTOCONFIANÇA
potencialidade satisfatória, que veio a obter uma maioria de pesquisados
dentro desta categoria.
Gráfico 10. Característica Empreendedora Autoconfiança
De acordo com o Gráfico 10, o maior número de entrevistados
somaram 9 pontos, no somatório de suas respostas para essa característica.
Ao cruzarmos os dados deste gráfico com as informações da Tabela II, temos
esta característica pontuada como de potencialidade empreendedora média.
Mesmo ao somar os pesquisadosque conseguiram resultados
superiores, pontuando entre 10 e 12, dá um total de 48 de uma amostra de 102
pesquisados, o que não configura uma maioria. Esse resultado classifica essa
característica em potencialidade média, por ser a categoria com mais
respondente com somatórios correspondente e não existir uma maioria de
pesquisados em outra categoria.
Gráfico 11. Característica Empreendedora Montar Estratégia
8 11
14
21 19
12 17
CÁLCULA RISCOS
4 5 3
12
29
15
21
13
MONTA ESTRATÉGIA
De acordo com o Gráfico 11, o maior número de entrevistados
somaram 9 pontos, no somatório de suas respostas para essa característica.
Ao cruzarmos os dados deste gráfico com as informações da Tabela II, temos
esta característica pontuada como de potencialidade empreendedora média.
Mesmo ao somar os pesquisadosque conseguiram resultados
superiores, pontuando entre 10 e 12, dá um total de 48 de uma amostra de 102
pesquisados, o que não configura uma maioria. Esse resultado classifica essa
característica em potencialidade média, por ser a categoria com mais
respondente com somatórios correspondente e não existir uma maioria de
pesquisados em outra categoria.
O que comunga com os resultados encontrados em relação a
característica de Planejar-se, que também não atingiu o nível de satisfatório,
confirmando que se não há um planejamento não precisa de uma estratégia.
Mais uma vez a característica apenas em médio potencial não condiz com o
perfil de um formando em Administração que estuda basicamente
Planejamento e Estratégias.
Gráfico 12. Característica Empreendedora Avaliação e Controle
De acordo com o Gráfico 12, o maior número de entrevistados
somaram 9 pontos, no somatório de suas respostas para essa característica.
Ao cruzarmos os dados deste gráfico com as informações da Tabela II, temos
esta característica pontuada como de potencialidade empreendedora média.
6PONTOS
7PONTOS
8PONTOS
9PONTOS
10PONTOS
11PONTOS
12PONTOS
2 4
14
28
19 19 16
AVALIAÇÃO E CONTROLE
Mesmo ao somar os pesquisadosque conseguiram resultados
superiores, pontuando entre 10 e 12, dá um total de 34 de uma amostra de 102
pesquisados, o que não configura uma maioria. Esse resultado classifica essa
característica em potencialidade média, por ser a categoria com mais
respondente com somatórios correspondente e não existir uma maioria de
pesquisados em outra categoria.
O que comunga com os resultados encontrados em relação a
característica de Planejar-se e Estratégia, que também não atingiram o nível de
satisfatório, confirmando que se não há um planejamento não precisa de uma
avaliação e controle. Mais uma vez a característica apenas em médio potencial
não condiz com o perfil de um formando em Administração.
Gráfico 13. Característica Empreendedora Controle Financeiro
De acordo com o Gráfico 13, o maior número de entrevistados
somaram 10 pontos, no somatório de suas respostas para essa característica.
Ao cruzarmos os dados deste gráfico com as informações da Tabela II, temos
esta característica pontuada como de potencialidade empreendedora
satisfatória.
Mesmo ao somar os pesquisadosque conseguiram resultados
superiores, pontuando entre 10 e 12, dá um total de 56 de uma amostra de 102
pesquisados, o que configura uma maioria. Esse resultado também classifica
essa característica em potencialidade satisfatória, por ser a categoria com mais
números de respondente com somatórios correspondentes.
6PONTOS
7PONTOS
8PONTOS
9PONTOS
10PONTOS
11PONTOS
12PONTOS
2
6
19 19 21
15
20
CONTROLE FINANCEIRO
Ter controle financeiro é de suma importância para quem deseja
empreender. O SEBRAE e a ENDEAVOR indicam que a falta controles
financeiros e identificação do capital de giro, são os grandes responsáveis pelo
fechamento de empresas.
5.2.2 Perfil empreendedor dos alunos
Para qualificar as características empreendedoras dos pesquisados
foi utilizado às respostas do questionário, efetuando o somatório de todos os
itens. Após encontrar o resultado do somatório dos itens esse valor será
avaliado de acordo com a Tabela I do capítulo anterior, onde apresenta as
escala em nível de potencialidades empreendedoras, como descrito no capítulo
de Metodologia, e que aqui seguem traduzidas nos gráficos abaixo.
Iniciando a análise com os alunos do 7º semestre, de acordo com o
Gráfico 14 apresentado abaixo.
Gráfico 14. PERFIL EMPREENDEDOR DOS ALUNOS DO 7º SEMESTRE
Ao observar o gráfico a cima é percebida o potencial empreendedor
dos alunos do 7º semestre do curso de Administração da Fac em 2013. Os
resultados são claros, 40% do grupo pesquisado no 7º semestre, apresentam
um potencial satisfatório para um perfil empreendedor, ficando ainda uma
maioria de 47% apresentando um potencial médio e apenas 13% dos
pesquisados com potencial baixo para um perfil empreendedor.
Perfil Emp. Inferior
0%
Perfil Emp. baixo 13%
Perfil Emp. Médio 47%
Perfil Emp. satisfatório
40%
PERFIL EMPREENDEDOR DOS ALUNOS DO 7º SEMESTRE
Esse resultado demonstra que os alunos tem um potencial
moderado para um perfil empreendedor. Muito embora, o maior percentual
tenha sido de médio potencial, mas ainda configura o perfil empreendedor, que
deve ser melhorado para que se consagrem como empreendedores de
sucesso.
Gráfico 14. PERFIL EMPREENDEDOR DOS ALUNOS DO 8º SEMESTRE
Ao observar o gráfico a cima, é possível conhecer o potencial
empreendedor dos alunos do 8º semestre do curso de Administração da Fac
em 2013. Os resultados são claros, 58% do grupo pesquisado no 8º semestre,
apresentam um potencial satisfatório para um perfil empreendedor, ficando
ainda uma maioria de 29% apresentando um potencial médio e apenas 13%
dos pesquisados com potencial baixo para um perfil empreendedor.
Esse resultado demonstra, além deque a grande maioria dos alunos
do 8º semestre tem um potencial satisfatório para o perfil empreendedor, mas
mostra ainda uma evolução considerável do 7º semestre para o 8º semestre
em termos de potencial empreendedor. Muito embora, apresente ainda uma
quantidade significativa em nível moderado, mas esse nível não descarta a
possibilidade de ser um empreendedor de sucesso, basta um pouco mais de
dedicação e interesse.
Perfil Emp.
Inferior 0%
Perfil Emp. baixo 13%
Perfil Emp. Médio
29%
Perfil Emp. satisfatório
58%
PERFIL EMPREENDEDOR DOS ALUNOS DO 8º SEMESTRE
Em relação aos alunos que atingiram nível baixo de potencial
empreendedor, não contamina o resultado positivo da pesquisa. Afinal seu
índice ficou muito abaixo dos outros, podendo ser até desconsiderados.
Com base nos gráficos apresentados é possível identificar, nos
alunos em fase de conclusão do curso de administração da Fac em 2013,
características empreendedoras com potencial satisfatório que indica um perfil
empreendedor.
A seguir a conclusão fará as considerações necessárias sobre a
análise dos dados do estudo de caso apresentado.
6 . CONSIDERAÇÕES FINAIS
Levando em consideração a problemática que orientou esta
pesquisa: Qual a perspectiva empreendedora dos alunos em fase de conclusão
do curso de Administração da Faculdade Cearense – Fac em 2013? Tendo em
vista que o perfil dos pesquisados são de pessoas já com um bom
entendimento sobre a vida profissional de acordo com o que declararam ao
responder o questionário, com clareza de suas responsabilidades pessoais
quanto ao seu futuro e buscam constantes melhorias através de
aprimoramento de seus conhecimentos.
Foi então alcançado o objetivo geral do trabalho de identificar as
características do perfil empreendedor e suas potencialidades a fim de avaliar -
a perspectiva empreendedora dos alunos em fase de conclusão do curso de
Administração da Faculdade Cearense – Fac em 2013. Ao chegar ao final da
análise dos dados é possível identificar o potencial de cada turma em fase de
conclusão do curso, 7º e 8º semestre, ficando o 8º semestre como uma turma
de nível satisfatório para um perfil empreendedor, com uma diferença em
termos de evolução em relação ao 7º semestre, que ficou com um nível
moderado.
Com a apresentação dos resultados do questionário aplicado em
forma de tabelas e gráficos, é possível identificar cada característica e sua
potencialidade assim como nos ultimo gráficos alinhados ao somatório da
Tabela I, analisar seu potencial do perfil empreendedor por completo. Assim
contemplando aos seguintes objetivos específicos: Conhecer as características
empreendedoras dos alunos; Identificar a que nível empreendedor o aluno se
encaixae entender sua percepção com relação aos fatores que são
determinantes para o sucesso na vida profissional.
Ficando ainda o objetivo específico de “A participação da
universidade na aprendizagem do empreendedorismo” sendo atingido ao que
fora descrito ainda no referencial teórico.
Diante dos resultados encontrados, podemos afirmar que a amostra
pesquisada, apresentou um resultado positivo em relação à pergunta de partida
do estudo aplicado. Identificando os alunos em fase de conclusão do curso de
Administração da Fac em 2013, como terem um a ótima perspectiva
empreendedora.
Levando em consideração que o grupo estudado pertinente ao 7º
semestre que obteve o resultado moderado ainda terá mais um semestre
dentro da IES para se aprimorar um pouco mais seus conhecimentos e
conseguir atingir o mesmo perfil do grupo do 8º semestre.
O que ainda como resultado da pesquisa se respaldado no
referencial teórico exposto, pode ser considerado que a IES Faculdade
Cearense exerceu seu papel de educadora preparando seu corpo docente de
forma também satisfatória.
Assim em observância a importância do assunto analisado como se
justificou o estudo, este resultado foi suficiente para responder aos objetivos
geral e específico colocado. Tendo ainda detalhes levantados pelo presente
estudo, que não era do foco do mesmo, as características empreendedoras
que não atingiram um nível satisfatório para uma composição do perfil
empreendedor, que podem ser trabalhadas ou analisadas onde faltou um
trabalho por parte da IES para suprir essa carência. Esse tipo de identificação
permite outro estudo, para possíveis melhorias no ensino universitário que vise
desenvolver o espírito empreendedor no corpo discente.
7 REFERENCIAS
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho
Científico. 9ª edição, São Paulo, Atlas, 2009.
AVENI, Alessandro. Empreendedorismo Social. UEG – UnU Luziânia, 2010.
BERNARDI, Luiz Antônio. Manual de empreendedorismo e gestão:
fundamentos, estratégias e dinâmicas. São Paulo: Atlas, 2003.
BRASIL, Ministério da Fazenda. Economia Brasileira em Perspectiva. 18ª
Edição. Governo Federal, 2013.
BRUNEAU, Juanita; MACHADO, Hilka V.. Empreendedorismo nos países da
América Latinabaseado nos indicadores do Global Entrepreneurship
Monitor (GEM). PANORAMA SOCIOECONÓMICO AÑO 24, Nº 33, p. 18-25
(Julio – Diciembre) 2006.
CHER, Rogerio. Empreendedorismo na veia: um aprendizado constante. Rio de
Janeiro: Elsevier; SEBRAE, 2008.
DEGEN, Ronald. O Empreendedor - Fundamentos da Iniciativa
Empresarial. São Paulo: Ed. McGraw-Hill, 1989.
DESCARTES, René. O Discurso do Método: Regras para a direção do
espírito. São Paulo: Martin Claret, 2003.
DIB, S. K. & DIAS, C. G. de S., Inserção profissional dos jovens: o
empreendedorismo e as formas de participação. 3º Cipeal, 2003.
DOLABELA CHAGAS, Fernando Celso. O Segredo de Luíza. São Paulo:
Cultura Editores Associados, 1999.
DOLABELA, F. Oficina do empreendedor: a metodologia de ensino que ajuda
a transformar conhecimento em riqueza. São Paulo: Cultura Editora, 1999.
_________, F. Ensino de empreendedorismo na educação Básica como
instrumento do desenvolvimento local sustentável. 3° CIPEAL, 2003.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando idéias
em negócios. 11º reimpressão. Rio de Janeiro: Elsevier, Ed. Campus, 2001.
__________, José Carlos de Assis. . Empreendedorismo Transformando
idéias em negócios. 3º ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2008.
DRUCKER, Peter. F. O Gerente Eficaz. Editora Zahar, São Paulo, 1974.
_________, Peter F..A profissão de administrador. São Paulo: Pioneira,
1998.
FARIA, Maria Helena Ferreira de;SILVA, Carlos Eduardo Sanches da.
Elementos de educação empreendedora no contexto da Engenharia de
Produção: a universidade estimulando novos negócios. XIII SIMPEP –
Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de Novembro de 2006.
FILION, L.J. Visão e Relações: Elementos para um metamodelo da
atividade empreendedora. Revista de Administração de Empresas – R.A.E. –
EAESP/FGV. São Paulo 33(6): 50-51, nov/dez 1993.
______, L.J. Empreendedorismo: empreendedores e proprietários
gerentes de pequenos negócios. Revista de Administração, São Paulo, v. 34,
n. 2, p. 5-28, abr./jun. 1999.
______, L. J. Um roteiro para desenvolver o empreendedorismo. Recife:
IEL, 2003.
GEM. Global Entrepreneurship Monitor. Empreendedorismo no Brasil : 2012 \
Coordenação de Simara Maria de Souza Silveira Greco; autores : Tales
Andreassi, Mariano de Matos Macedo... [et al] -- Curitiba : IBQP, 2013.
GUERRA, M.J.; GRAZZIOTIN, Z.J.. Educação empreendedora nas
universidades brasileiras. In: LOPES, R.M. A. (Orga.). Educação
empreendedora: conceitos, modelos e práticas. Cap. 4. Rio de Janeiro:
Elsevier; São Paulo: Sebrae, 2010.
HENRIQUE, D.C.; CUNHA, S.K. da. Práticas didático-pedagógicas no
ensino de empreendedorismo em cursos de graduação e pós-graduação
nacionais e internacionais. RAM, Rev. Adm. Mackenzie, São Paulo, vol. 9, n.
5, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1678-
69712008000500006&script=sci_arttext>Acesso em 02/10/2013.
HISRICH, R. D.; PETERS, M. P. Empreendedorismo. 5 ed. Porto Alegre:
Bookman, 2004.
LAKATOS, Eva M. & MARCONI, Marina A. Metodologia do Trabalho
Cientifio. , 7ª edição, São Paulo, Atlas, 2008.
LAVIERI, C. Educação... Empreendedora? In: LOPES, R.M. A. (Orga.).
Educação empreendedora: conceitos, modelos e práticas. Cap. 1. Rio de
Janeiro: Elsevier; São Paulo: SEBRAE, 2010.
LONGENECKER, Justin G.; MOORE, Carlos W.; PETTY, J. William.
Administração de pequenas empresas. São Paulo: Makron Books, 1997.
MATTAR, F. N. Pesquisa de marketing. 5ª edição. São Paulo: Atlas, 2008.
MELHADO,João Pedro; PLASTER, Juliana; YOONG Pui Shen.
Empreendedores Brasileiros: Perfis e percepções. Endeavor Brasil, 2013.
NICOLINI, A.M. A graduação em administração no Brasil: uma análise das
políticas públicas. Rio de Janeiro, 2000. Dissertação. Escola Brasileira de
Administração Pública, Fundação Getúlio Vargas. Disponível em:
<http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/3628/000303976.
pdf?sequence=1>. Acesso em: 05/10/2013.
OLIVEIRA, Fabiana Morais de. Empreendedorismo: teoria e prática.
Especialize IPOG Revista On Line, Maio de 2012.
ONUBR. Desemprego mundial volta a aumentar e 197 milhões de pessoas
estão desempregadas, alerta OIT.22 de janeiro de 2013. Disponível em:
<http://www.onu.org.br/desemprego-mundial-voltar-a-aumentar-e-197-
milhoes-de-pessoas-estao-desempregadas-alerta-oit/> Acesso em
21/09/2013 a.
ONUBR. Comércio de produtos criativos atingiu maior nível pós-crise de
2008, afirma ONU. Notícias - 16 de maio de 2013. Disponível em:
<http://www.onu.org.br/comercio-de-produtos-criativos-atingiu-maior-
nivel-pos-crise-de-2008-afirma-onu/> acesso em: 21/09/2013b.
PARDINI, D. J.; PAIM, L. R. C. Empreendedorismo e interdisciplinaridade:
uma proposta metodológica no ensino de graduação. In: ENCONTRO DE
ESTUDOS SOBRE EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DE PEQUENAS
EMPRESAS, 2001, Londrina. Anais... Londrina: Universidade Estadual de
Londrina; Universidade Estadual de Maringá, 2001.
PORTER, Michael E. Vantagem competitiva: criando e sustentando um
desempenho superior. 3 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1991.
ROBERTSON, M. et al. Barriers to start-up and their effect on aspirant
entrepreneurs. Education + Training, v. 45, n. 6, p. 308-316, 2003.
RODRIGUES, Sofia. Manual Técnico do Formando: “Empreendedorismo”.
Coleção: Ferramentas para o Empreendedor. Edição: ANJE - Associação
Nacional de Jovens Empresários e EduWeb, 2008.
ROESCH, S. M. A. Projetos de estágio e de pesquisa em administração:
guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertação e Estudos de Caso. 2ª
edição. São Paulo: Atlas, 1999.
RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica.
Petrópolis: Vozes, 1986.
Como estimular o empreendedorismo no Brasil? Editado por Priscila Zuini.
Exame.com revista on line, em maio de 2012. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/pme/dicas-de-especialista/noticias/como-fomentar-o-
empreendedorismo-no-brasil>Acesso em: 12/10/2013.
SCHUMPETER, Joseph A. Teoria do desenvolvimento econômico. Trad.
Maria Sílvia Possas. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
Relatório de pesquisa: fatores condicionantes da taxa de mortalidade no
Brasil. Brasília, 2004. Disponível em:
http://www.sebrae.com.br/br/mortalidade_empresas/index.asp. Acessoem: 25
agosto, 2013.
MATOS, Antônio Carlos de; SOUSA, Alexandro Araújo de; HARIZ, Melhem
Skaf. Manual do Jovem Empreendedor. SEBRAE. 2010.
SEBRAE Nacional. Característica do empreendedor In site. Disponível em:
http://www.sebrae.com.br/momento/quero-melhorar-minha-empresa/comece-
por-voce/empreendedorismo/336-caracteristicas-do-empreendedor/BIA_336.
Acesso em: 29/09/2013.
SILVA, E. L.; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de
dissertação. Florianópolis: UFSC, 2001
SILVA, Hélio Eduardo da e CAMPOS, Ana Paula dos Santos. Talento
empreendedor local: uma proposta de aprendizagem para os cursos de
administração. Revista ANGRAD, Rio de Janeiro, v.3, n.4, p.31-46, out/dez.
2002
SOUZA, E. C. L. et al. Métodos, técnicas e recursos didáticos de ensino de
empreendedorismo em IES brasileiras.Empreendedorismo além do plano de
negócio. São Paulo: Editora Atlas, 2005.
Este instrumento integra uma pesquisa de cunho estritamente acadêmico que visa identificar o perfil empreendedor dos alunos do curso de Administração da Faculdade Cearense - FAC. Desde já agradeço a sua participação.
1. PERFIL DO RESPONDENTE Idade ( ) até 20 anos ( ) 21 a 30 ( ) 31 a 40 ( ) 41 a 50 ( ) mais de 50 Estado Civil ( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Separado/ Divorciado ( ) Viúvo Renda média mensal ( )0,00 a 700,00 ( )701,00 a 1.400,00 ( ) 1.401,00 a 2.200,00 ( )acima de 2.200,00 Qual sua principal fonte de renda
( ) Emprego com carteira assinada ( ) Atividade autônoma
( ) Recursos dos Pais
2. PERFIL EMPREENDEDOR Solicitamos que leia cada afirmação cuidadosamente e decida qual a escala que melhor o descreve. Para isso, escolha um número que melhor descreva o seu comportamento no dia-a-dia, com base nos seguintes critérios:
01 - Nunca 02 - Raramente 03 - Algumas Vezes 04 - Sempre
Gosta de desafios e de novas oportunidades.
Faz as coisas antes que elas se tornem urgentes
Fica de olho nas oportunidades para fazer coisas novas
Frente a um problema difícil, dedica-se para encontrar uma solução.
Insiste para que as pessoas façam o que você precisa
Quando algo se interpõe entre o que está tentando fazer, persiste na tarefa
Ao iniciar uma atividade ou um novo projeto reúne toda informação possível
Busca orientação sobre as características da atividade que deverá realizar
Quando tem que fazer um trabalho para alguém, faz muitas perguntas
Fica aborrecido(a) quando as coisas não são bem feitas
Considera importante, fazer um trabalho com alto padrão de qualidade
Avalia o resultado do seu trabalho se é melhor do que o dos seus colegas
Se empenha muito para realizar seu trabalho
Trabalha mais horas e faz sacrifícios pessoais para concluir as tarefas no prazo
Quando faz um trabalho para outra pessoa, se esforça para que fique satisfeita com os resultados.
Costuma estabelecer suas próprias metas
Faz as coisas sempre com um resultado específico em mente
Faz as coisas certas que te ajudam a conquistar os seus objetivos
Quando tem um trabalho grande a cumprir, divide-o em etapas.
Analisa com cuidado as vantagens e as desvantagens das várias formas de executar as tarefas.
Pensa nas dificuldades possíveis e busca as soluções, caso um elas aconteçam.
Busca soluções diferentes para resolver os problemas
Mesmo que tenha escolhido uma maneira de resolver um problema, continua analisando esta solução para avaliar se está funcionando
Tem muitos projetos em mente
Acredita que terá êxito em qualquer tipo de atividade que se disponha a fazer
Mantém a maneira de pensar, mesmo que as outras pessoas discordem
Quando tem alguma coisa difícil ou que o desafia, acredita que conseguirá
Prefere tomar as decisões em que possa ter melhor controle do resultado final
Só inicia algo novo, depois de ter feito o possível para assegurar o sucesso
Considera as possibilidades de sucesso ou fracasso antes de começar a agir
Para alcançar seus objetivos, busca soluções que tragam benefícios a todas as pessoas envolvidas
Dedica tempo pensando numa maneira de convencer alguém ao que você quer
Procura pessoas importantes para que ajudem a atingir seus objetivos
Compara suas conquistas com relação as expectativas almejadas
Regularmente, verifica a que distância está de conquistar seus objetivos
Costuma coordenar a atuação das pessoas que trabalham com você
Sabe identificar quanto recurso necessita para desenvolver seus projetos ou atividades
Sebe qual o retorno financeiro que pode esperar dos seus projetos
Se Preocupa com as conseqüências financeiras do que faz.