a pequena sereia

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Pesquisado e ilustrado com apoio na iInternet por Launny Silva de 11 anos

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Page 1: A Pequena Sereia
Page 2: A Pequena Sereia

A Pequena Sereia era a filha caçula do rei Tritão, era uma sereia

diferente das outras cinco irmãs. Era muito quieta, não era difícil

vê-la distante e pensativa.

Desde os dez anos, a Pequena Sereia guardava uma estátua de

um jovem príncipe que havia encontrado num navio naufragado.

Passava às vezes horas contemplando a estátua, que aguçava

ainda mais sua vontade de conhecer o mundo da superfície.

Porém esse seu desejo só poderia ser realizado quando

completasse quinze anos, nessa idade é dada a permissão para as

sereias nadarem até a superfície do mar.

Para a Pequena Sereia esse dia especial parecia nunca chegar.

Ela acompanhava a cada ano, os quinze anos de cada uma das

suas irmãs, ansiosa para que o seu dia chegasse em breve

também, e escutava atenta o relato de cada uma delas sobre tudo

aquilo que viram.

Page 3: A Pequena Sereia

As irmãs contavam sobre os barulhos da cidade, as luzes, o céu,

os pássaros, sobre as pessoas, animais, eram tantas as novidades

que só aumentava o desejo da Pequena Sereia de conhecer

aquele mundo.

A Pequena Sereia queria ver as cores douradas que surgiam no

céu, quando o sol de escondia no horizonte. A chuva, com as

nuvens cor de chumbo. Conhecer o arco-íris, as flores, as

montanhas, as plantas.

Às vezes as cinco irmãs subiam juntas à superfície para passear,

e a Pequena sereia ficava triste em seu quarto, no castelo, sentia

uma enorme angústia e uma coisa estranha, parecia ter vontade

de chorar, embora as sereias não chorem, pois não têm lágrimas.

Até que o dia tão esperado chegou, o coração da Pequena Sereia

saltitava de felicidade. Recebeu de presente da sua avó um colar

de pérolas, símbolo da realeza.

A pequena sereia chegou à superfície na hora do pôr–do-sol. O

céu estava dourado com nuvens rosadas. Ela ficou maravilhada

com o que via.

Ela avistou um grande navio com três mastros e nadou até ele. O

céu escureceu e no navio foram acesas centenas de lanternas

coloridas. A sereiazinha nadou contornando o navio e, pela

escotilha do salão viu pessoas alegres, dançando. Um rapaz em

especial, chamou-lhe atenção.

Page 4: A Pequena Sereia

Passadas algumas horas, o vento começou a soprar forte. A lua e

as estrelas sumiram do céu e começaram a surgir trovões e

relâmpagos.

O mar estava revolto, ondas gigantescas atacavam o navio. Os

marujos assustados, retiraram as velas do navio. As pessoas

gritavam assustadas. O navio balançava muito, até que uma onda

gigantesca o tombou para o lado. A escuridão foi total.

Um raio iluminou o céu e a Pequena Sereia viu pessoas gritando

e tentando se salvar nadando.

De repente a sereiazinha viu o príncipe. Ele estava se afogando.

Ela sentia que tinha que ajudá-lo. Ela nadou entre os destroços

do navio e o alcançou.

O jovem príncipe estava desmaiado. Ela segurou firmemente,

mantendo a cabeça dele para fora da água, e flutuou com ele até

a tempestade passar.

Ao raiar do sol, a sereiazinha verificou que o príncipe respirava

tranqüilamente. Ela ficou aliviada em ver que ele estava bem,

ficou tão contente que o beijou. Nadou com ele até uma praia, o

dentou na areia e escondeu-se atrás das rochas.

Ela viu que existia algumas casinhas por perto, certamente

alguém o encontraria.

Logo uma jovem apareceu na praia e foi caminhando na direção

do rapaz. O , que até então, estava desmaiado acordou e sorriu

para a moça. A moça correu para buscar ajuda e em pouco tempo

o príncipe foi levado ao vilarejo.

A sereiazinha ficou aliviada por ter salvado o jovem, mas ficou

triste pois temia não vê-lo novamente.

Page 5: A Pequena Sereia

A Pequena Sereia voltou para o seu castelo no fundo do mar. As

irmãs a encontraram triste e quieta. Após longa insistência das

irmãs, a sereiazinha contou-lhes toda a sua aventura.

Uma das irmãs sabia quem era o príncipe e sabia que ele morava

em um castelo à beira-mar.

As seis sereias nadaram até lá. Esconderam-se atrás de uns

rochedos, esperaram até que viram o príncipe e viram que ele

estava bem.

A pequena sereia pensava muito no jovem príncipe. Ela daria sua

vida para ser humana e encontrar-se com o príncipe nem que

fosse só por um dia.

Seu pai, o rei Tritão estava preocupado com a filha, nem as

festas no palácio alegravam a jovem sereia. Ela nem cantava

mais nas festas, todos adoravam ouvi-la cantar, sua voz era linda.

Numa noite, a Pequena Sereia tomou uma decisão: foi procurar a

feiticeira do mar.

A feiticeira é uma bruxa, mora no meio dos redemoinhos,

cercada de plantas cheias de espinhos e animais peçonhento e

perigosos.

A sereiazinha acreditava que a única pessoa capaz de ajudá-la a

transformar-se em humana, seria a feiticeira.

Page 6: A Pequena Sereia

A feiticeira concordou em lhe dar duas pernas, mas a sereiazinha

só se tornaria humana se o príncipe se apaixonasse e casasse com

ela. Avisou que a sereiazinha sentiria terríveis dores nas pernas

par ao resto da vida e nunca mais poderia voltas ao fundo do

mar. Caso o príncipe não se apaixonasse por ela e casasse com

outra moça, depois da noite do casamento, o primeiro raio de sol

transformaria a Pequena Sereia em espuma.

A sereiazinha ficou assustada, mas aceitou correr o risco, pois

queria estar com o seu amado.

Em troca dos serviços da feiticeira, a jovem lhe daria a sua voz.

Mesmo assim, a sereiazinha aceitou a proposta, estava decidida a

tentar.

A feiticeira deu-lhe um frasco contendo a poção que lhe daria as

pernas .Em seguida roubou-lhe a voz.

Page 7: A Pequena Sereia

A sereiazinha não se despediu de ninguém, nadou em direção ao

palácio do príncipe. Foi então, que ela tomou a poção dada pela

feiticeira. Imediatamente sentiu terríveis dores como se punhais

lhe rasgassem a cauda.

A dor foi tamanha que a jovem não agüentou e desmaiou.

Quando amanheceu, a princesa acordou, na praia, ao seu lado

estava o príncipe, olhando-a curioso e preocupado.

A sereiazinha percebeu que estava sem roupa, e possuía duas

pernas no lugar de sua cauda. Cobriu-se então com seus longos

cabelos.

O príncipe quis saber seu nome e o que acontecera. Porém, a

jovem não conseguia falar, não tinha mais sua voz.

O príncipe a levou para o palácio, onde foi cuidada e alimentada.

A sereiazinha passou a viver feliz naquele lugar ao lado do

príncipe. Sofria terríveis dores sempre que andava, era como se

algo furasse seus pés. Mas nada era superior a sua felicidade em

estar com o seu amado.

Cada dia que passava, o príncipe gostava mais da pequena sereia,

As pessoas do palácio também se encantavam com a pequena

sereia. Porém o coração do príncipe e seus pensamentos

pertenciam à jovem que o encontrara na praia, ele achava que e a

o havia salvo.

Page 8: A Pequena Sereia

Um dia a pequena sereia descobriu que o rei planejava casar o

príncipe com a filha do rei vizinho. Eles fariam uma viagem de

navio para conhecer a futura noiva.

A pequena sereia ficou muito triste, se o príncipe se casasse com

outra ela morreria. Ficou cheia de esperança quando o jovem

príncipe lhe confidenciou que nãos e casaria com a jovem

escolhida pelo seu pai, pois já amava outra moça.

A sereiazinha acompanhou a família real na viagem.

Na hora em que conheceu a futura noiva, o príncipe ficou

encantado, era a mesma moça da praia.

Page 9: A Pequena Sereia

A pequena sereia viu que o príncipe estava apaixonado. Naquela

mesma noite ele casou-se com a jovem princesa, a moça da

praia.

Enquanto todos festejavam, a princesa sofria de tristeza. Foi

então para o convés observar o mar. Nesse momento ela viu suas

irmãs, todas de cabelos curtos.

Deram seus cabelos à feiticeira em troca de um punhal mágico.

A Pequena Sereia precisaria matar seu amado com aquele

punhal, antes do amanhecer, assim, poderia voltar a ser sereia e

viver no fundo do mar.

A sereiazinha muito triste pegou o punhal, foi até o quarto do

príncipe e vendo-o dormindo tranqüilo ao lado da sua esposa,

saiu correndo dali.

A sereiazinha tinha um coração bom, e seu amor era verdadeiro,

não poderia jamais matar o seu amado. Sendo assim, ela se

dirigiu ao convés do navio, já estava amanhecendo. A

sereiazinha, então, atirou-se no mar, no mesmo instante o

primeiro raio de sol surgiu no horizonte, e assim o feitiço se

realizou, a Pequena Sereia virou espuma branca do mar.

Page 10: A Pequena Sereia

Fim.