a palavra se fez carne -...

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A PALAVRA se fez Carne

EntrE o céu E a tErraOs 5 ingredientes

para um casamento feliz

alma fEmininaQue tipo de homens e mulheres

estão saindo dos bancos do Ensino médio?

papa francisco a paciência de Deus

“Deus é Pai e a sua paciente fidelidade é mais forte do que as trevas

e do que a corrupção”

Revi

sta

ANO XXXIX – Nº 461 | www.comunidadeemanuel.org.brA Revista da Renovação Carismática Católica

“Jesus veio para revelar seu Pai, ao falar suas palavras e realizar suas obras”

2016 • edição 461 • Jesus Vive e é o Senhor 1

Dom Cipriano Chagas, osB

Oração Inicial

Com minha bênção sacerdotal

Dom Cipriano Chagas, OSB

Combate pelos filhosPor Dom Cipriano Chagas, OSB

N o nome de Jesus Cristo meu Senhor, e sob sua autoridade, amarro todos os principados, potestades e forças espirituais do mal nos ares,

que estejam exercendo influência sobre meu(s) filho(s) (diga seus nomes). Suas reivindicações contra eles estão canceladas pelo Sangue de Jesus.

Amarro e quebro os espíritos de feitiçaria, atividade de ocultismo, interesses satânicos, controle da mente, fantasia, luxúria, perversão, rebelião, rejeição, suicídio, iras, ódio, ressentimento, amargura, recusa de perdão, orgulho, ilusão, descrença, medo, sensualidade, cobiça, vícios, comportamento compulsivo (acrescente outros que o Senhor lhe revelar). Quebro seu poder e o poder do que o(s) possa estar dominando, e declaro-os nulos e vazios nas vidas de meus filhos. Que se vão as visei-ras que o inimigo colocou em meus filhos, no nome de Jesus. Meus filhos “verão a luz” do evangelho de Cristo; serão ensinados pelo Senhor, e grande será a sua paz (Is 54,13).

Pai santo, criador de todas as coisas, eu vos agra-deço pelo dom de meus filhos. Peço-vos que envieis anjos para guardá-los e protegê-los em todos os seus caminhos (Sl 90,11). Peço-vos que envieis amigos cristãos em suas vidas para ajudá-los e ser uma boa influência. Senhor, que terrível privilégio e responsa-bilidade ser pai, ser mãe. Ajudai-me a discernir quando meus filhos precisam de minha oração ou minha ajuda. Dai-me sabedoria para ser o pai, a mãe que preciso ser, e ajudai-me a ser para eles um amigo compreensivo.

Pai, que meus filhos realizem vosso plano e fi-nalidade para suas vidas. Que o Espírito do Senhor esteja sobre eles – o Espírito de conselho e de poder, o Espírito de conhecimento e do temor do Senhor (Is 11,2). Eu liberto estes dons que me destes, Senhor, e coloco meus filhos em vossas mãos… Eu vos dou graças porque os amais mais do que eu, que vossos planos para eles são planos de bem-estar e de paz, não de mal, e que lhes dareis um futuro de esperança (Jr 29,11). Amém.

4 Jesus Vive e é o Senhor • edição 461 • 2016

Capa

Revista Jesus Vive On Line

26 A Palavra feita carne

3 Carta ao leitor Por mauro moitinho malta

1 Oração Inicial Por Dom Cipriano Chagas, osB

EnsinoA PAlAvrAPor Dom Cipriano Chagas, osB

IntercessãonAs PegADAs De ABrAÃoPor Dom Cipriano Chagas, osB

Vida e ConhecimentoorAi e nÃo vos CAnseisDa redação

6 Alma FemininaQuE tiPo dE hoMEns E MulhErEs Estão saindo dos banCos do Ensino Médio?Por Anna Gabriela Malta

8 Em pautaCoMo Está a sua vida?Por Leonardo Lanzetta

5 Testemunho | Frases

32 Curso de IntercessãoPlEitEando a sua CausaPor Dom Cipriano Chagas, OSB

35 Agenda

Índice remissivo 2016

31 Espaço MusicalCoMPosição: MístiCa ou PoEsiapor alexandre honorato

33 EducaçãoEntrE o Contato CoM a naturEza E a aProxiMação da tECnologiaPor Juliana Carrera

22 Homiliavigiai! Por Frei Raniero Cantalamessa, OFMCAP

34 Catequeseos sEntidos da EsCrituraDa Redação

19

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21

Entre o Céu e a terraos CinCo ingrEdiEntEs do CasaMEnto fElizPor AleteiaCoMo o CânCEr dEu uM novo sEntido ao MEu MinistérioPor Jeremy BoumauM Coração abErto E dEsPrEndidoPor Brenda GuimarãesPaPa franCisCo EsColhE divinóPolis Para rECEbEr a Cruz QuE hoMEnagEia o EsPírito santoDa Redação

28 Nossa SenhoraPor Cristo E Por nós Por Pe. Angel L. Strada

30 Santosantos inoCEntEsPor Jeannine leal

10 Comunhão Eclesiala PaCiênCia dE dEusPapa Francisco

Seções

Ouvir as palavras de Jesus não era bastante para receber essa vida; essas palavras tinham que ser acreditadas. Crer em suas palavras era crer em Jesus. Descrer delas era descrer de Jesus e do Pai que o enviou.

Colunistas

24 Ensinoo vErbo EntrE nósPor Dom Cipriano Chagas, OSB

14 todas as rEligiõEs são igualMEntE boas?

Vida e Conhecimento12 através dos olhos dE Maria

Por Prof. Felipe Aquino

Por Susan Chase

16 a PEsCa MilagrosaPor Dom Anselmo Chagas de Paiva, OSB


Testemunho

Frases

COnduzIdA POR MARIA AO ALtARPor Priscila Dalcin

s ingela e discreta, Nossa Senhora sempre esteve ao meu lado. Porém, mesmo com diversos sinais, eu não compreendia a Sua presença em minha vida e só a conheci após uma longa cami-

nhada. Protegida por seu manto, fui acolhida como filha, chamada a imitar suas virtudes e a abandonar-me em seus braços maternais. Quão doce e reconfortante é poder estar com nossa Mãe Santíssima!

A primeira vez que senti sua presença foi aos 16 anos. O di-vórcio dos meus pais gerou uma dor lancinante em todos nós e, ao invés de nos unirmos, nossa família desmembrou-se ainda mais. Era Natal e meu pai e irmã tomaram seus rumos, deixando-me sozinha. Levada à casa de uma amiga, o silêncio dilacerante da minha alma foi ocupado com a música que pairava no ambiente: “Nossa Senhora”. Fiquei imóvel por alguns segundos. Aos pulos, meu coração teve a certeza de que Ela me amparava naquele momento.

Quatorze anos depois, veio a conversão. Buscando conhecer melhor Nossa Senhora, pesquisei sobre o seu poder contra as forças infernais com o livro “Guerra espiritual – ataque contra a mulher”, da Comunidade Emanuel (RJ). Finalizei a leitura consagrando-me a ela, justamente em seu dia, 12 de outubro. Mais à noite, em reunião na paróquia, alguém me disse: “enquanto você subia a rua, eu vi Nossa Senhora em seu rosto”. Fiquei estupefata! O que será que aquilo poderia significar?!

Naquela época, já fazia um ano e meio que eu estava na Igreja e fiquei indignada como Deus ainda não tinha cumprido a sua promessa em me dar uma família. E não parava de reclamar, uma ladainha só. Três pessoas ouviram meu chororô e disseram-me: “vá para a Canção Nova”. O que concluí? “Vou encontrar meu marido na Canção Nova!”. Eu nem fazia ideia do que era a comunidade. Dei meu jeito e fui passar o Ano Novo no local. Convicta de que encontraria “o meu marido prometido”, caçava com olhares a vítima do meu desespero. Mas dei-me conta do ridículo, renunciei e prostrei-me em oração.

Em dado momento, pensei em Nossa Senhora. Em dúvida, perguntei a Deus se ela seria real ou se era apenas mais uma

enganação de Satanás. E se eu ficasse orando a vida toda para ela, chegasse no juízo final e visse que não valeu de nada? Pois bem, na programação do acampamento constava um luau, o qual iria partici-par mas, bastante cansada, desisti e me dirigi à pousada. Mas Deus ordenou que eu fosse ao Santíssimo e ficasse por lá. Passado algum tempo, levantei-me ansiosa mas, em tom de bronca, ouvi o Senhor: “Não ouse levantar daí. Fique até meia-noite”. “Ah, fala sério Senhor!”, sentei-me reclamando. No horário estabelecido, saí da capela e de-parei-me com o luau. Pensei: “já que estou aqui, vou ficar”. Em meio às orações de cura e libertação, um jovem manifestou a presença do inimigo. Ele pulava como um sapo, contorcia-se todo e gritava: “ele é meu, ele é meu”. Continuamos em oração e todas as vezes que o missionário citava o nome de Maria Santíssima, o rapaz manifestado gritava enfurecido: “eu odeio ela, eu odeio ela” (sic).

Lembrei-me então do livro que li sobre o poder da Virgem Maria contra o inimigo de Deus, da sincera dúvida que elevei aos céus e a resposta que o Senhor estava me dando. Entendi perfeitamente que tinha permanecido por três horas no Santíssimo, em uma espera incompreensível, para que Deus fizesse a sua obra na minha vida. Grande é o valor da obediência!

Não encontrei o meu tão prometido José na Canção Nova, mas subi ao altar, conduzida por Maria Santíssima, e selei o meu matrimô-nio com a Igreja Católica. Dei o meu “sim”, em todas as circunstâncias. Não se desiste de um casamento, não é verdade?! Assumida filha de Maria, pela Igreja de Cristo, Nela e por Ela, é amor, é decisão, é para sempre. Tem como não amar essa Igreja?! Impossível! Salve Maria Imaculada!

Priscila Dalcin. Paróquia Santo Agostinho (RJ).

“... Ninguém pode estabelecer a sua felicidade em coisas provisórias. Temos necessidade de finalidades definitivas, imutáveis, únicas, capazes de nos dar razão de viver. O homem não pode se contentar com o domínio do temporal e do provisório, porque tem dentro de si o desejo da eternidade”dom Cipriano Chagas, osbExtraído do livro o fim está Próximo

“O amor é obra paciente de pessoas que vivem ouvindo e aproximando-se dos outros”Papa franciscotwitter @pontifex – 26/10/2016

“Sê humilde para evitar o orgulho, mas voa alto para alcançar a sabedoria”santo agostinho

“Toda virtude se realiza em relação ao próximo, bem como todo pecado”santa Catarina de sena

“A vitória mais bela que se pode alcançar é vencer a si mesmo”santo inácio de loyola

“O Senhor não olha tanto a grandeza das nossas obras. Olha mais o amor com que são feitas”santa teresa d‘ávila


Alma Feminina

Que tipo de homens e mulheres estão saindo dos bancos do Ensino médio?por anna gaBriela malta

“O conhecimento é a grande moeda de troca. Flexibilidade e adaptabilidade são as palavras de ordem do dia.”

E ducação é um direito de todos. Mas, qual educação queremos dar aos nossos filhos? Temos o direito de pe-

dir educação para todos, mas garantir que nossos filhos tenham uma educação melhor e mais diversificada – uma educação que combine com os nossos valores nas várias opções da inciativa privada, enquanto a maior parte dos pais brasileiros são obrigados a aceitar a massificação e qualidade inferior da educação pública?

O modelo escolar atual não responde mais as demandas da sociedade pós-moderna. A maioria das escolas – privadas e públicas – ainda vive no século XIX, educando para preencher os chãos das fábricas da Revolu-ção Industrial. Com raras exceções, escolas estão tentando se ajustar aos novos tempos.

Tempos esses em que o professor perdeu o papel de dono do conhecimento. A tecnologia está invadindo os espaços e derrubando barreiras, e os jovens já não querem mais construir uma vida toda planejada e segura

se isso implicar abrir mão de seus sonhos. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, deixamos para trás as certezas sólidas na Modernidade para vivermos as incertezas da vida líquida do Pós-Modernismo. Nesse mundo líquido, tudo é passageiro e é preciso deixar as portas das oportunidades sempre abertas. O conhecimento é a grande moeda de troca. Flexibilidade e adaptabilidade são as palavras de ordem do dia. Tanto na vida profissional quanto na pessoal. Hoje você pode estar nesse trabalho, amanhã já estará em outra empresa fazendo outra coisa. Ao longo de uma vida de sucesso o profissio-nal terá um currículo extenso, com passagens por várias empresas e um amplo leque de expertise. Idem para as relações pessoais. Casamento para uma vida inteira, com altos e baixos, não está nos planos das gerações que estão chegando a vida adulta. Assim como o sonho da casa própria e do carro na garagem. Profissões antes tradicionais já não existem mais; em compensação, uma série nova de carreiras inimagináveis são hoje as queridinhas.

Como preparar nossas crianças e jovens para esse novo mundo que já está aí? A escola atual não está fazendo o seu dever de casa. Ela ainda está presa nas mesmas crenças com medo de abraçar o desconhecido. Sua resposta tem sido mudar um pouco aqui e ali, para continuar a mesma. Incluem nos currículos o uso de tecnologias como o smartboard e aulas de robótica, mas não abraçam a verdadeira mudança – repensar, colaborativamente, os desafios do dia a dia. Adotam o protagonismo do aluno de Paulo Freire, desde que esse protagonismo esteja previsto dentro da grade curricular do ENEM.

A escola atual está sofrendo o choque das gerações sólida e líquida, ainda segun-do Bauman. De um lado, os professores e diretores com suas crenças modernistas de progresso, sindicatos, hierarquia, aulas


Em Pauta

Como está a sua vida?por leonarDo lanzetta

“Se a sua vida está ocupada demais e toda sua energia está direcionada... pode ficar bem mais complexo conseguir um pouco de equilíbrio.”

O ano está chegando ao fim. Nessa época, é muito comum renovar as esperanças e iniciar a lista de metas

e objetivos para o ano que vai chegar. En-tretanto, se você for lembrar das mudanças que se propôs nos anos anteriores, saberia dizer quantas delas duraram apenas poucos meses? Semanas? Somente alguns dias? Se a maioria dessas metas estiver em uma das situações anteriores, significa que...está tudo normal. Afinal, é o que tem acontecido com grande parte dos brasileiros.

Na minha profissão de coach, uma das primeiras coisas que preciso definir com meu Cliente é uma meta específica para o seu projeto. Nesse processo é muito comum as pessoas terem alguma dificuldade frente aos milhares de desafios e demandas que a vida lhe apresenta todos os dias seja na área pessoal, na profissional, nos relacionamentos ou na busca por mais qualidade de vida.

Se a sua vida está ocupada demais e toda sua energia está direcionada em apenas uma coisa ou um projeto, pode ficar bem mais complexo conseguir um pouco de equilíbrio. Isto porque áreas importantes da sua vida acabam por ficar sem a devida atenção ou até mesmo por serem simplesmente ignora-das. Porém quando você não estabelece um foco e não consegue ver direito para onde suas ações estão te levando, é bem provável acabar encontrando altos níveis de frustração e stress pelo caminho.

Mas é final de ano e frustração e stress não combinam com nascimento e esperança não é verdade? Então que tal se você pudesse olhar a sua vida de cima? Isso mesmo. Bem lá do alto quase como um mapa do Google. Só que nesse mapa, ao invés de ruas você conseguiria observar graficamente as dife-rentes áreas da sua vida que estão sendo afetadas de forma positiva ou negativa em meio a esse turbilhão de tarefas, cobranças, compromissos e obrigações do dia a dia. Que tal?

Fazer uma análise através dessa pers-pectiva pode te ajudar a perceber de forma específica cada área da sua vida como:

• Saúde e Disposição

• Desenvolvimento Intelectual

• Equilíbrio Emocional

• Realização e Propósito

• Recursos Financeiros

• Ajuda ao Próximo

• Relacionamento Familiar

• Relacionamento Amoroso

• Relacionamento Social

• Diversão

• Felicidade e Plenitude

• Espiritualidade e Fé


leonardo lanzetta

Coach e analista Comportamental (sociedade latino americana de Coaching e international association of Coaching)

bacharel em Marketing e com Mba em gestão Empresarial pela fgv, em 2010 foi Premiado, nos Eua, com o ouro em estratégia no international

design Excellence awards (idEa) com o case de guaraná Jesus, foi vice Presidente do PoPai – the global association for Marketing at retail (agências) e sócio da dia Comunicação (rio, são Paulo e fortaleza). é palestrante e possui diversos artigos publicados em respeitados meios de comunicação do brasil e do mundo e vários trabalhos premiados entre os que realizou para Coca-Cola, l’oréal, Wella, oi, o globo, Petrobrás, ipiranga, drogaria são Paulo, entre outros.

Sem dúvida, você terá uma visão que te pro-porcionará mais clareza para perceber as áreas que estão precisando de mais atenção nesse momento e avaliar o impacto que cada área tem nas outras.

Para fazer a sua é bem simples e objetivo. Para cada uma das áreas da sua vida, basta atribuir uma nota de 0 a 10. Entendendo que 0 representa nenhum nível de satisfação e 10 o seu máximo de satisfação.

Seja sincero com você mesmo ao analisar cada área. Ao final olhe para todas elas e escolha o que realmente é prioritário para sua vida nesse momento. Talvez daí saiam as metas que você realmente terá energia e foco para cumprir nesse ano que vai nascer!

Te desejo um natal abençoado e faço votos que você construa um ano novo cheio de pros-peridade, felicidade e PAZ!


Vida e Conhecimento

Através dos olhos de MariaPor susan chase*

Como eu vim a conhecer o olhar de misericórdia de Jesus

“Eu queria conhecer Jesus como todo-amoroso e misericordioso, não como a estátua de mármore frio que eu tinha imaginado”

P or muitos anos, eu me senti como um pote rachado. Embora Deus estivesse derramando seu amor em mim, eu

tinha que ser completamente refeita antes para que pudesse sentir este amor e segu-rá-lo perto do meu coração.

Na minha adolescência, eu tinha me voltado para o álcool, as drogas e os relacio-namentos ruins para me ajudar a lidar com a minha ansiedade e insegurança. Mas isso só acabou me fazendo sentir pior a respeito de mim mesma e mais alienada de Deus. Isso durou até que eu voltasse à Igreja Católica – há vinte e cinco anos, quando meu marido e eu começamos a nossa própria família –, que eu comecei a sentir o toque de cura de Deus. Mas isso não aconteceu tudo de uma vez.

“Por fAVor, MostrE-ME sEu filho”Quando voltei para a Igreja, também

procurei aconselhamento profissional e os dons de cura dos sacramentos para me aju-dar com a minha ansiedade. Mas, enquanto eu fazia alguns progressos, ainda me sentia um pouco vazia. Sentia que minhas tentati-vas de rezar o rosário, ir à missa e ler livros espirituais eram monótonas e frustrantes. Jesus ainda parecia distante, sempre fora do alcance. O que eu precisava era encontrar a misericórdia de Jesus. Esse encontro acon-teceu quando assisti a um retiro inaciano.

O retiro começou numa sexta-feira à noite. Na tarde de sábado, entre as palestras, fui à capela para alguns minutos de oração silenciosa. Eu me ajoelhei, e fiz uma oração como eu nunca havia feito antes. Dirigi-me a Nossa Senhora, “Por favor, mostra-me o teu filho.” Disse que ela conhece Jesus melhor do que ninguém, então, por favor poderia me dizer como ele é. Disse a ela que sempre tinha pensado em Jesus, assim como ela também, como uma pequena crítica. Não importava o que eu houvesse feito, senti que não poderia fazer isso sozinha. Eu disse a ela que eu, embora soubesse que esses eram os meus próprios pensamentos, não

podia escapar deles. Eu queria conhecer Jesus como todo-amoroso e misericordioso, não como a estátua de mármore frio que eu tinha imaginado.

VEnDo o quE JEsus VêNa manhã seguinte, fui à capela um

pouco antes da missa de domingo. Enquan-to tentava fazer um silêncio interior, veio à minha mente a cena do evangelho da mulher apanhada em adultério. O retiro era focado na meditação e contemplação, então pensei: “Ok, eu vou com isso.”


Vida e Conhecimento

Por ProF. FeliPe aquino

todas as religiões são igualmente boas?

O então Cardeal Joseph Ratzinger afirma no li-vro, O Sal da Terra, que

não é verdade que todas as religiões são boas. Ao longo da história existiram religiões terrí-veis, que pregavam o terrorismo, o ódio, o sacrifício humano. Mes-mo numa sociedade moderna como a nossa, em que a liberdade é cláusula pétrea, essas religiões não têm o direito de existir, pois vão contra a humanidade, desa-gregam e fazem mal à sociedade. Portanto, historicamente, a afir-

mação de que todas as religiões são boas não prevalece. Também de forma lógica não se pode fazer tal afirmação. Para os católicos, Jesus Cristo é o filho de Deus que se fez homem. Assim, o Cris-tianismo tem algo que nenhuma outra religião tem.

Jesus nasceu em Belém, viveu em Nazaré e morreu em Jerusalém, fatos reais e con-cretos. Diante disso, é preciso tomar uma decisão: ou Jesus é Deus e, portanto, todas as outras religiões estão num nível inferior

Professor Felipe Aquino cons-truiu uma história literária de su-cesso, sempre abordando temas baseados na doutrina católica. Em suas obras trata de temas comuns ao ser humano, como

espiritualidade, namoro, casamento e família.

“O cristão crê que tudo que existe encontra sentido em Jesus Cristo. Tudo foi criado por e para Ele. O universo, o homem, a criação, tudo foi feito para aquele pequeno bebê nascido em Belém”

ao do Cristianismo; ou o Cristia-nismo é um grande engodo.

O cristão crê que tudo que existe encontra sentido em Jesus Cristo. Tudo foi criado por e para Ele. O universo, o homem, a criação, tudo foi feito para aquele pequeno bebê nascido em Belém - Ele é a razão de ser. É o sentido da vida de cada homem, tudo é para Ele. Para Ele, tudo foi feito e isso quer dizer que ele é o Senhor de tudo, inclusive da existência de cada um. E isso muda tudo. Muda o fato de que ninguém se pertence, mas tudo pertence a Ele. É evidente que nas outras religiões existem pequenas se-mentes dessa grande verdade que se encontra no Cristianismo.

A pregação católica consiste em dizer que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, e este homem e Deus continua vivo na história, num corpo concreto chamado Igreja Católica que, em-

bora santa, possui membros pe-cadores que nem sempre se com-portam como deveriam. Jesus Cristo continua vivo e encarnado através de Igreja, em seu Ma-gistério, em seus sacramentos. A Igreja é um grande mistério, composta de homens pecadores, mas, também de homens santos. Ela possui sacramentos santos, uma palavra santa, a graça de Deus agindo de forma real e concreta na vida dos homens.

Afirmar a fé católica não é pregar o ódio ou a intolerância contra as outras religiões. Pelo contrário, o católico sabe desde a época dos mártires das primeiras perseguições, que a fé católica não é algo pelo qual se mata, mas sim pelo qual se morre.


Vida e Conhecimento

Por Dom anselmo chagas De Paiva, osB

A pesca milagrosa

“a missão do cristão é continuar a obra de Jesus em favor do homem, procurando libertá-lo de tudo aquilo que lhe rouba a vida e a felicidade”

E ste texto, o Evangelho segundo São Lucas, nos apresenta a vocação dos quatro primeiros discípulos, no con-

texto da pesca milagrosa. Na vocação dos discípulos está retratada a missão da Igreja e, dentro dela, a dos apóstolos, particularmen-te, a de Pedro. Por isso, entre os dois barcos que havia visto, Jesus, o Mestre, escolhe pre-cisamente a barca de Simão, nela se senta, e é de onde passa a ensinar às multidões. Com este gesto, indica por quem a Palavra de Deus deve ser anunciada – por Ele mesmo, o Cristo Jesus, que fala através da cátedra de Pedro.

A pesca milagrosa ocorre junto ao mar. Neste sentido, para melhor entender o texto, precisamos recordar o que significava o “mar” no ideário judaico: era o lugar dos monstros, onde residiam os espíritos e as forças demoníacas que procuravam roubar a vida e a felicidade do homem. Dizer que os seus discípulos vão ser “pescadores de homens” significa que a missão do cristão é continuar a obra de Jesus em favor do ho-mem, procurando libertá-lo de tudo aquilo que lhe rouba a vida e a felicidade. Trata-se de salvar o homem de morrer afogado no mar da opressão, do egoísmo, do sofrimento, do medo, das forças demoníacas que impedem a sua felicidade.

Sendo o mar, ou o agrupamento de águas, o lugar simbólico de Satã e das forças hostis a Deus (cf. Gn 7, 17-24; Sl 74,13-14; Jó 38,16-17; Jn 2,2-4.6), é provável que o lago de Genesaré simbolize o campo de batalha onde os discípulos devem lutar para exercerem, com a força da graça, o ministério dado por Jesus. Este campo de combate, representado pela dificuldade da pesca e o reconhecimento de Simão como pecador, demonstra as adversidades contínuas, pois o pecado e a influência do mal se manifestam por toda a parte.

Nota-se ainda que a pesca é feita duran-te a noite. A noite é o tempo das trevas, da escuridão; significa a ausência de Jesus: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 9,4-5). O resultado da ação dos discípulos, à noite, sem Jesus, é um fracasso: “Sem Mim, nada podeis fazer” (Jo 15,5). A chegada da manhã (da luz) coin-cide com a presença de Jesus (Ele é a luz do mundo). Jesus não está com eles no barco, mas sim em terra: Ele não acompanha os discípulos na pesca; a sua ação no mundo exerce-se por meio dos discípulos. O grupo está desorientado e decepcionado pelo fracasso. Mas Jesus lhes dá indicações; e as redes enchem-se de peixes: o fruto deve-se à obediência com que os discípulos seguem as indicações de Jesus.

Por isso, Simão Pedro vê a glória de Deus em Jesus, chamando-o com o título

LuCAS 5,1-11


Entre o Céu e a terra

O Papa Francisco escolheu Divinópo-lis para receber a terceira “Cruz de Todos os Povos”, em homenagem

a Deus Espírito Santo. A Cruz terá 73,8 metros de altura, quase duas vezes e meia, a altura do Cristo Redentor (30 metros), iluminada, será vista por toda cidade e vista pelo céu.

A escolha de Divinópolis, foi divulgada no dia 25 de outubro pelo Bispo diocesa-no Dom José Carlos Campos. O projeto “Cruz de Todos os Povos”, coordenado pela Associação Terra de Deus, propõe a construção da estrutura a ser instalada no Morro do Gurita, no Bairro Santo Antônio dos Campos (Ermida).

A três cruzes são em homenagem à Santíssima Trindade. A primeira cruz lu-minosa foi construída primeiro no Líbano. Sua construção na Terra Santa – em home-nagem a Deus Pai – objetiva a unidade do Povo de Deus, essa é a espiritualidade da Cruz. Na Terra Santa, onde há a luta histó-rica entre árabes, cristãos e muçulmanos, pode parecer impossível a construção de uma cruz como essa. Contudo, a cruz foi aceita por todos esses povos: as três reli-giões monoteístas se uniram pela cruz em 2010, concluída no dia 16 de julho, dia de Nossa Senhora do Carmo.

Um ano depois, no dia 16 de julho, iniciou a construção da segunda Cruz de

Todos os Povos, no México, construída na cidade de Mérida. No mesmo local, foi construída a primeira Catedral de Todas as Américas – Catedral de Cristo da Unidade. A obra foi concluída no dia 21 de dezembro de 2012 e homenageou a Deus Filho.

Segundo Dom José Carlos, vários sinais acompanham a história da Cruz de Todos os Povos no Brasil, o divinopolitano José Geraldo, a partir de um primeiro conta-to com a Associação Terra de Deus, cogitou a possibilidade de implantação do projeto na cidade, uma primeira confirmação. A terceira Cruz, para completar a Santíssima Trindade, homenagearia a Deus Espírito Santo, nome que acompanhou a cidade do Divino desde que se tornou o “Arraial do Divino Espírito Santo do Itapecerica”, chamando-se, posteriormente, Divinópolis.

Num momento não menos oportuno, sob a inspiração e proteção materna de Ma-ria, a Cruz de Todos os Povos, edificada para homenagear o Espírito Santo, concluirá sua construção em 2017, ano em que ocorrerão três importantes datas comemorativas no Brasil: Centenário de Nossa Senhora de Fá-tima, 300 anos de Nossa Senhora Aparecida e os 250 anos de Nossa Senhora da Piedade, em Minas Gerais.

Apesar da divulgação, a construção da cruz na cidade mineira, o projeto ainda não tem data prevista para começar.

Da reDação

Papa francisco escolhe Divinópolis para receber Cruz que homenageia o Espírito santo

Legenda: Inauguração da Cruz de Todos os Povos no Líbano (Foto: Cruz do Duzulé/Reprodução)

A Caixa-Coleção é uma ótima maneira

de guardar e organizar sua coleção de revistas

Jesus Vive e é o Senhor


Ensino

o Verbo entre nósPor Dom ciPriano chagas, osB

“É preciso que cada ser humano em particular, por uma decisão pessoal, se una efetivamente ao Verbo encarnado”

Meu irmão, minha irmã,O Verbo de Deus, tomando uma carne

infinitamente pura no seio infinitamente puro de Maria, uniu-se à humanidade inteira, conforme o pensamento familiar aos Pais gregos da Igreja. Ele a deificou e divinizou. Esses Padres encontravam o ponto de par-tida de sua doutrina nesta palavra de Jesus: “O Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e mergulhou em três medidas de farinha, até que tudo se tenha fermentado” (Mt 13,33).

Unindo-se a uma natureza humana particular, o Verbo se inseriu em toda a huma-nidade: ele colocou nela um fermento divino que fará levedar toda a massa, que já, em direito ou em potência, estende seus bene-fícios a toda a massa humana. Dele escapam apenas aqueles que se excluem voluntaria-mente. Quando o Filho de Deus se incarnou

e se fez homem, recapitulou em si mesmo a longa série dos homens, dando-nos a salva-ção “em bloco”, para que reencontrássemos em Jesus Cristo o que tínhamos perdido em Adão, a saber, a imagem e a semelhança de Deus (St. Ireneu, Adv. Haer. 3,16, PG 7, 925).

Reflete Santo Atanásio: “Doravante a carne não é mais coisa terrestre, ela como que se “verbificou” pelo Verbo de Deus que por nós se fez carne. Da mesma forma que o Verbo, tendo tomado um corpo tornou-se homem, assim nós, os homens, tomados pela carne do Verbo, somos divinizados por ele.” (Contra Arian. 3, PG 27, 396-7).

São Gregório de Nissa esclarece: “Deus se uniu à nossa natureza a fim de que, graças à sua união com o divino, nossa natureza se tornasse divina.” (Or. cat.25, PG 64,65). E São Cirilo de Alexandria diz: “A fim de libertar da corrupção e da morte aquele que tinha sido condenado pela antiga maldição, o Verbo se fez homem, inserindo-se, por assim dizer ele próprio em nossa natureza, sendo ele a vida por natureza. Assim foram vencidas a força da morte e o poder da corrupção introduzidas em nós; e como a natureza


EnsinoEnsino

A Palavra feita carnePor Dom ciPriano chagas, osB

“A Palavra de Deus estava vindo para trazer vida aos homens, a própria vida de Deus”

“A todos os que receberam Jesus, que creram no seu nome, ele deu o poder

de se tornarem filhos de Deus”

JEsus é A PAlAVrA DE DEus

A Palavra que existia antes que o tempo começasse. Deus criou através dessa Palavra. Deus disse essa Palavra do céu para seu povo através dos anos da Antiga Aliança.

Alguns ouviram essa Palavra neles mesmos: Noé, Abraão, Moisés, Oséas, Jeremias, Ezequiel, para citar apenas alguns. Outros ouviram essa Palavra indiretamente, através das reve-lações dadas a tais homens. E, muitas vezes, essa Palavra foi deliberadamente ignorada e desobedecida.

Sob a Nova Aliança, Deus quis que todo o seu povo ou-visse a Palavra por eles mesmos, através do próprio Espírito de Deus vivendo dentro deles. Antes que pudesse vir o Espírito, a Palavra tinha que vir em carne humana e então poderiam ouvir claramente o que Deus estava dizendo. Poderiam agora ouvir diretamente, sem intermediários. Poderiam ouvir as promessas que Deus queria realizar em suas vidas.

A Palavra de Deus estava vindo para trazer vida aos ho-mens, a própria vida de Deus; para trazer luz na escuridão do mundo, separado da amizade com o seu Criador. O próprio Deus estava vindo para viver no meio de seu povo!

Jesus descreveu sua própria missão nestes termos: “Vim para que os homens possam ter vida e tê-la em abundância” (Jo 10,10). A vida de Deus, a vida eterna, vida em toda a plenitude. Isso é o que Deus quer para os filhos de sua Nova Aliança: que o conheçam e vivam a sua vida divina.

Ouvir as palavras de Jesus não era bastante para receber essa vida; essas palavras tinham que ser acreditadas. Crer em suas palavras era crer em Jesus. Descrer delas era descrer de Jesus e do Pai que o enviou.


Catequese

A Sagrada Escritura deve ser entendida ao pé da letra? Ou suas palavras trazem sentidos

para que ela seja entendida de uma forma mais ampla e profunda?

Segundo uma antiga tradição, podemos distinguir dois sentidos da Escritura: o sentido literal e o sentido espiritual, sendo este último subdividido em sentido alegórico, moral e anagógico. A concordância profunda entre os quatro sentidos garante toda a sua riqueza à leitura viva da Escritura na Igreja.

Um dístico medieval resume a significação dos quatro sentidos:

Littera gesta docei, quid credas allegoria, moralis quid agas, quo tendas anagogia.

A letra ensina o que aconteceu; a alegoria, o que deves crer; a moral, o que deves fazer; a anagogia, para onde deves caminhar.

Os sENTIDOs DA EsCRITURA

É o sentido significado pelas pala-vras da Escritura e descoberto pela exegese que segue as regras da cor-reta interpretação. “Omnes sensus fundantur super litteralem – Todos os sentidos (da Sagrada Escritura) devem estar fundados no literal”.

1. O sENTIDO AlEgóRICO. Podemos adquirir uma compreensão mais profun-da dos acontecimentos, re-conhecendo a significação deles em Cristo; assim, a travessia do Mar Verme-lho é um sinal da vitória de Cristo, e também do Batismo.

“É dever dos exegetas esforçar-se, dentro dessas diretrizes, por entender e expor com maior aprofundamento o sentido da Sagrada Escritura, a fim de que, por seu trabalho como que prepara-tório, amadureça o julgamento da Igreja.

Pois todas estas coisas que concernem à maneira de interpretar a Escritura estão sujeitas, em última instância, ao juízo da Igreja, que exerce o divino ministério e mandato do guardar e interpretar a Pa-lavra de Deus”.

Ego vero Evangelio non crederem, nisi me catholicae Ecclesiae commoveret auctoritas.

“Eu não creria no Evangelho, se a isto não me levasse a autoridade da Igreja católica”

O sentido espiritual. Graças à unida-de do projeto de Deus, não somente o texto da Escritura, mas também as realidades e os acontecimentos de

que ele fala, podem ser sinais.

2. O sENTIDO mORAl. Os acontecimentos relatados na Escritu-ra devem conduzir-nos a um justo agir. Eles foram escritos “para nossa instrução” (1Cor 10,11)

3. O sentido anagógico. Podemos ver realidades e acontecimentos em sua significação eterna, conduzindo-nos (em grego: “anagogé”; pro-nuncie “anagogué”) à nossa Pátria. Assim, a Igreja na terra é sinal da Jerusalém celeste.

O sENTIDO lITERAl O sENTIDO EspIRITUAl


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dom cipriano chagas, oSBMonge beneditino do Mosteiro de São Bento do Rio de

Janeiro, um dos precursores da Renovação carismática

no Brasil e presidente-fundador da comunidade Emanuel

e da revista Jesus Vive e é o Senhor

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