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Professor Roberson Sidnei Calegaro A Mitologia A Mitologia

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Professor Roberson Sidnei Calegaro

A Mitologia A Mitologia

Professor Roberson Sidnei Calegaro

Exemplificando:

“Análogo ao mito de Midas, em que o toque real, obtido por intermédio do deus Dionísio, tornou-se capaz de transformar tudo o que tocasse em ouro, o professor, incorporando o altruísmo e invertendo a perspectiva mitológica, também possui tal dom, conquistado em academias e nas experiências da vida, e que, ao tocar seus alunos, consegue agregar um valor supra áureo a eles.”

“Semelhante ao que ocorre no mito de Eco, em que a ninfa é condenada pela deusa Hera a repetir, e somente repetir, aquilo que ouve, o homem moderno, de igual maneira, acostumou-se a reproduzir o que recebe. Assim, a tecnologia promove uma verdadeira massificação, pois facilita essa reprodução irrefletida por parte de seus usuários, através ferramentas como whatsap, facebook, e-mail, entre tantos outros meios.”

Professor Roberson Sidnei Calegaro

Mitologia Grega

1. Mito de Narciso

2. Mito de Eco

3. Mito de Midas

4. Mito de Prometeu

5. Mito de Pandora

6. Mito do Minotauro

7. Mito de Dédalo

8. Mito de Medusa

9. Mito de Édipo

10. Mito de Orpheu

11. Mito de Sísifo

12. Mito de Afrodite

13. Mito de Eros e Psiquê

14. Kronos e Kairós

15. Dâmocles

16. Ares e Afrodite

17. Mito da Caverna

18. Mito de Er

19. Mito de Giges

Professor Roberson Sidnei Calegaro

Segundo a mitologia existia uma ninfa bela e graciosa tão jovem quanto Narciso, chamada Eco e que amava o rapaz em vão. A beleza de Narciso era tão incomparável que ele pensava que era semelhante a um deus. Como resultado disso, Narciso rejeitou a afeição de Eco até que esta, desesperada, definhou, deixando apenas um sussurro débil e melancólico. Para dar uma lição ao rapaz frívolo, a deusa Nemesiscondenou Narciso a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco. Encantado pela sua própria beleza, Narciso deitou-se no banco do rio e definhou, olhando-se na água e se embelezando. As ninfas quando foram buscar o corpo, apenas encontraram uma flor no seu lugar: o narciso.

Professor Roberson Sidnei Calegaro13/10/2015

O Mito de Eco

Professor Roberson Sidnei Calegaro

Eco era uma linda ninfa que amava os bosques e os montes, onde se dedicava a distrações campestres. Porém tinha um grave defeito: falava demais e em qualquer conversa ou discussão, queria sempre dizer a última palavra.Um dia a deusa Hera saiu à procura do marido, de quem desconfiava, que sempre estava se distraindo com as ninfas. Mas Eco conseguiu entretê-la com sua conversa até as ninfas fugirem. Percebendo isso, Hera a condenou: “Só conservarás o uso dessa língua com que me iludiste, para uma coisa de que gostas tanto: responder. Continuarás a dizer a última palavra, mas nunca poderá falar em primeiro lugar”.Certa manhã a ninfa viu Narciso, um belo jovem que perseguia a caça na montanha. Apaixonada por ele, começou a seguir os seus passos, desejando ardentemente poder dirigir-lhe a palavra, e dizer-lhe frases gentis e agradáveis, para assim conquistar-lhe o afeto. Mas como não conseguia fazê-lo, em virtude do castigo imposto pela deusa Hera, não teve melhor alternativa senão esperar que ele falasse primeiro, para que ela finalmente pudesse responder. Quando Narciso procurava pelos companheiros ele gritava bem alto mas Eco só conseguia responder a última palavra. Quando Narciso viu a jovem, fugiu dela.Eco foi esconder sua vergonha no recesso dos bosques e passou a viver nas cavernas e entre os rochedos das montanhas. De pesar, seu corpo se transformou em rochedos e só restou a sua voz. A ninfa continua ainda disposta a responder a quem quer que a chame e conserva o velho hábito de dizer a última palavra.

O mito de Eco revela que a pior prisão é aquela em que o ser humano não pode expressar o que pensa ou o que sente; é a tortura de conviver com seus pensamentos e sentimentos presos pelo medo ou pelas convenções ameaçadoras.

Professor Roberson Sidnei Calegaro

Mito de Midas

Midas era um rei lendário da Frígia, na Ásia Menor.

Um dia, quando Dioniso, deus do vinho, da inspiração e do delírio místico, passava pela região, um dos membros do seu séquito permanente, o sátiro Sileno perdeu-se da companhia, pois ficou a dormir, muito embriagado. Um grupo de camponeses que o encontrou levou-o ao rei Midas, que o reconheceu, pois era um iniciado no culto de Dioniso, e o acolheu na sua corte, com todas as mostras de franca hospitalidade. Depois foi ele próprio acompanhá-lo até junto do deus. Em recompensa, Dioniso prometeu a Midas satisfazer-lhe um desejo, qualquer que ele fosse, e o rei pediu que tudo aquilo em que tocasse se transformasse em ouro. A satisfação de Midas não podia ser maior ao começar a pôr em prática a sua nova capacidade! Mas a alegria foi de pouca duração, pois, quando sentiu fome e quis comer, todos os alimentos em que pegava se transformavam em ouro e ele não os podia engolir. O mesmo se passava com a água e o vinho. Até sua própria filha vindo abraçá-lo, foi transformada em uma estátua de ouro. Cheio de fome e de sede, já sem forças, Midas implorou ao deus que lhe retirasse o dom concedido e o deixasse voltar ao estado normal. Dioniso condescendeu e mandou-o ir purificar-se na nascente do rio Pactolo. Midas assim fez: o ouro passou para as águas do rio e ele ficou curado.

Professor Roberson Sidnei Calegaro

Foi dada a Prometeu e seu irmão Epimeteu a tarefa de criar os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu encarregou-se de supervisioná-la. Na obra, Epimeteu atribuiu a cada animal os dons variados de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. Porém, quando chegou a vez do homem, formou-o do barro. Mas como Epimeteu gastara todos os recursos nos outros animais, recorreu ao seu irmão Prometeu. Este roubou o fogo dos deuses e deu-o aos homens. Isto assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais. Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Como Zeus descobriu o que Prometeu fez, então ordenou a Hefesto que o acorrentasse no cume do monte Cáucaso, onde todos os dias um corvo dilacerava o seu fígado que, todos os dias, se regenerava. Esse castigo devia durar 30.000 anos. Hércules o libertará, prendendo em seu lugar o centauro Quíron.

Professor Roberson Sidnei Calegaro

Prometeu, deus cujo nome em grego significa "aqueleque vê o futuro", doou aos homens o fogo e as técnicaspara acendê-lo e mantê-lo. Zeus, o soberano dos deuses, se enfureceu com esse ato, porque o segredo do fogodeveria ser mantido entre os deuses. Por isso, ordenou a Hefesto, que criasse uma mulher que fosse perfeita, e quea apresentasse à assembléia dos deuses.

Todos os deuses lhe deram seus presentes, ela recebeu o nome de Pandora, que em grego quer dizer “aquela que possui todos os dons".

Finalmente, Zeus lhe entregou uma caixa bem fechada, e ordenou que ela a levasse como presente a Prometeu. Entretanto, ele não quis receber nemPandora, nem a caixa, e recomendou a seu irmão, Epimeteu, que também nãoaceitasse nada vindo de Zeus. Epimeteu, cujo nome significa "aquele que refletetarde demais", ficou encantado com a beleza de Pandora e a tomou como esposa.

A caixa de Pandora foi então aberta e de lá escaparam a Senilidade, a Insanidade, a Doença, a Inveja, a Paixão, o Vício, a Praga, a Fome e todos osoutros males, que se espalharam pelo mundo e tomaram miserável a existênciados homens a partir de então. Epimeteu tentou fechá-la, mas só restou no fundoda caixa a Esperança, uma criatura alada que estava preste a voar, mas que ficouaprisionada e é graças a ela que os homens conseguem enfrentar todos os males e não desistem de viver.

Professor Roberson Sidnei Calegaro

Sempre à deriva dos caprichos reais, a bela rainha Pasífae, a esposa do rei Minos, tendo se apaixonado por um touro, pediu a Dédalo que criasse uma armadura no formato de uma novilha que lhe permitisse atrair o touro. Dédalo esculpiu uma novilha em madeira e desse amor incomum da rainha e o touro nasceu o Minotauro, uma criatura com corpo de homem e cabeça de touro. Para esconder a vergonha da traição da mulher, Minos ordenou que Dédalo construísse uma prisão para o monstro, um lugar de onde ele jamais pudesse sair. Dédalo construiu um labirinto com becos e caminhos sinuosos, como um enigma.O Labirinto tornou-se a maior obra arquitetônica de todo o Mediterrâneo gerando a admiração dos povos, inquietando a curiosidade de outros reinos. Aprisionado, o Minotauro se revelou uma violenta fera e exigia ser alimentado de carne humana. Minos que havia conquistado o reino de Atenas, exigia do rei Egeu sete rapazes e sete moças para serem sacrificados. Teseu, o filho do rei de Atenas, revoltado com a maléfica exigência, misturou-se com os jovens que seriam enviados para Creta. Em Creta, Teseu seduziu a bela princesa Ariadne, filha de Minos. Com sua ajuda, penetrou no Labirinto levando um novelo de lã que foi desenrolado desde a porta de entrada. Teseu venceu o Minotauro e conseguiu sair do labirinto seguindo as linhas do novelo. A bela Ariadne esperava-o na saída e apaixonada fugiu com Teseu, levando seu irmão como refém. Perseguidos pelo rei Minos, esquartejaram o filho de Minos, e enquanto Minos recolhia os pedaços do filho no mar, Teseu e Ariadne fugiram. O rei Minos culpou Dédalo por toda tragédia e como castigo, encerrou Dédalo e seu filho Ícaro dentro do Labirinto, fazendo-os prisioneiros perpétuos.

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Dédalo era um soberbo inventor, que trabalhava regularmente com o seu sobrinho Talo, do qual estava encarregado da educação.Talo, um dia, após passear pela praia, viu o esqueleto de um peixe, forma da qual se viria a inspirar para criar a primeira serra. Movido por inveja, Dédalo tentou matar este seu sobrinho, atirando-o de um alto penhasco. Contudo, antes que atingisse o chão, os deuses interviriam, e o jovem foi transformado numa perdiz, que voou para evitar a desgraça iminente.Acusado de homicídio, Dédalo foi obrigado a abandonar a cidade natal, indo refugiar-se em Creta, a ilha do famoso rei Minos . Aí, foi incumbido de construir um labirinto, onde o famoso Minotauro viria a ser aprisionado. Seria, mais tarde, impedido de deixar esta ilha, pois foi posto preso no labirinto feito por ele, altura em que concebeu a sua mais famosa invenção, as asas que lhe permitiriam voar. Pretendia, juntamente com o filho, usá-las para escapar da ilha. No entanto, as coisas não iriam correr bem para o pequeno Ícaro. Ignorando os conselhos de Dédalo, voou demasiado alto, o que fez com que a cera que prendia as asas derretesse, precipitando-o no mar.

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Medusa teria sido originalmente uma bela donzela, sacerdotisa do templo de Atena. Um dia ela teria cedido às investidas do "Senhor dos Mares", Poseidon, e deitado-se com ele no próprio templo da deusa Atena; a deusa então, enfurecida, transformou o belo cabelo da donzela em serpentes, e deixou seu rosto tão horrível de se contemplar que a mera visão dele transformaria todos que o olhassem em pedra. Enquanto a Medusa esperava um filho de Poseidon, deus dos mares, teria sido decapitada pelo herói Perseu, que havia recebido do rei Polidetes de Sérifo a missão de trazer sua cabeça como presente. Com o auxílio de Atena, de Hermes, que lhe forneceu sandálias aladas, e de Hades, que lhe deu um elmo de invisibilidade, uma espada e um escudo espelhado, o herói cumpriu sua missão, matando a Górgona após olhar apenas para seu inofensivo reflexo no escudo, evitando assim ser transformado em pedra.

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O MITO DE ÉDIPOLaio, rei de Tebas, foi advertido pelo Oráculo, que não poderia gerar filhos com a bela Jocasta. Caso esse aviso fosse descumprido ele seria morto pelo próprio filho, e outras desgraças seguiriam.Não acreditando na no Oráculo, teve um filho com a Jocasta, porém arrependido, mandou que o filho fosse abandonado em uma montanha com os tornozelos furados e amarrados. E No monte Citerão, entre Tebas e Corinto, com os pés amarrados, um bebê tebano foi deixado para morrer. Um pastor coríntio, porém, encontrando o bebê leva-o para sua cidade, onde será adotado pelo rei Pólibo. Muitos anos depois, consultando o oráculo de Delfos para esclarecer uma dúvida sobre sua origem, o jovem, de nome Édipo, é atingido por uma terrível profecia: seu destino é matar o pai e desposar a própria mãe.A fim de evitar o desastre, Édipo abandona Corinto. Em suas andanças, encontra um velho homem, que o maltrata. Encolerizado, mata o viajante e quase toda sua comitiva (um só homem escapa). Édipo, seguindo sem rumo, chega às portas de Tebas, onde a Esfinge propõe-lhe um enigma. Se errar, morrerá. A resposta de Édipo salva a sua vida e a da cidade.Como dupla recompensa, recebe de Creonte – irmão da rainha e até então regente de Tebas – o título de rei e a mão de Jocasta, viúva de Laio, rei que havia sido assassinado misteriosamente.Passam-se mais de quinze anos.Uma peste terrível assola a cidade. Após consulta ao oráculo de Delfos, Creonte diz ao rei que, para livrar a cidade do flagelo, é preciso encontrar e punir o assassino de Laio.

Professor Roberson Sidnei Calegaro

Édipo diz aos tebanos que o criminoso, banido, será maldito para sempre. O cego Tirésias, chamado para ajudar nas investigações, diz a Édipo que o assassino está mais perto do que ele imagina. O rei se lembra então da antiga profecia que o fez sair de Corinto e teme ter fracassado na tentativa de se opor ao seu destino. Nesse ínterim, chega um mensageiro de Corinto noticiando a morte de Pólibo, de quem Édipo não era filho legítimo, conforme se vem a saber. Quase ao mesmo tempo, aparece o homem que compunha a comitiva de Laio no dia em que este foi morto. Trata-se do mesmo pastor que abandonara o bebê no monte Citerão. Aquela criança está agora diante dele: é o rei de Tebas. Tudo se revela: Édipo matara seu verdadeiro pai (Laio) e desposara sua mãe (Jocasta).Jocasta Enforcou-se e Édipo após cegar-se, exila-se na cidade de Colona.

Professor Roberson Sidnei Calegaro

Notável tocador de cítara e de lira, Orfeu emocionava os corações mais insensíveis que se detinham contemplativos e sonhadores a ouvir o seu canto e a sua música. Quando Eurydice, a quem amava perdidamente, morreu picada por uma serpente, desceu aos infernos acompanhado da sua lira, para resgatá-la das trevas, depois de se ter abandonado a um silencioso e profundo desgosto. Graças à sua arte, comoveu os deuses da obscuridade, conseguindo permissão para trazê-la de volta à luz e à vida, com a condição de não se voltar e de não a olhar, nem lhe falar, antes de estarem ambos de novo no mundo dos vivos. Mas, à saída do inferno, vencido pela tentação, Orfeu não pôde impedir-se olhar para trás para se certificar de que Eurydice o seguia, perdendo-a, assim, para sempre.

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Filho de Eolo (o deus dos ventos), Sísifo foi considerado como o homem mais astuto do seu tempo. Tendo presenciado o rapto de Egina, filha de Asopo (o deus rio) denunciou Zeus, o deus dos deuses, ao pai da moça, em troca de uma fonte na sua cidade. Furioso com tal insolência Zeus ordenou a Tânatos que o matasse. Sísifono entanto armou uma cilada e conseguiu aprisionar o deus da morte, provocando desse modo um desequilíbrio no Hades. Hefesto, preocupado com a parada de ingresso dos mortais em seus domínios, queixou-se a Zeus. Este providenciou pessoalmente para que a tarefa da morte de Sísifo fosse cumprida. Sabendo do inexorável da sentença, Sísifo ordenou à sua mulher para que não lhe prestasse homenagem fúnebre nenhuma. Chegando ao Hades nessas condições foi interpelado por Efesto: como poderia um rei apresentar-se de modo tão irregular perante o deus dos mortos, sem ter realizado os rituais premonitórios? Fingindo estar furioso, atribuiu toda a culpa dessa profanação à mulher e exortou que lhe fosse permitido voltar, apenas por um dia, para puni-la de forma exemplar. Efesto hesitou porém não pode negar-lhe o direito de fazer cumprir os rituais obrigatórios para a sua passagem ao mundo dos mortos. Sísifoaproveitou-se da concessão e não retornou ao Hades, conforme havia prometido. Voltou a defrontar-se com a morte somente muitos anos depois e, dessa vez, ele sim, foi castigado de forma exemplar – condenado a subir uma montanha carregando uma pedra enorme, a qual, a partir do cume deveria fazer rolar pela encosta abaixo, repetindo a tarefa indefinidamente.

Professor Roberson Sidnei Calegaro

Ela nasceu quando Cronos cortou os órgãos genitais de Urano e arremessou-os no mar; da espuma surgida ergueu-se Afrodite.Por sua beleza, os outros deuses temiam que o ciúme pusesse um fim à paz que reinava entre eles, dando início a uma guerra; pois, tão grande era o poder sedutor de Afrodite que ele e os demais deuses estavam brigando o tempo todo pelos encantos dela, enquanto esta os desprezava a todos, como se nada fosse. Por este motivo Zeus a casou com Hefesto, que não era visto como uma ameaça. Afrodite e Hefesto se amavam, mas pela falta de atenção, Afrodite começou a trair o marido para melhor valorizá-la, este, usando toda sua perícia para cobri-la com as melhores jóias do mundo, inclusive um cinto mágico do mais fino ouro, entrelaçado com filigranas mágicas. Isso não foi muito sábio de sua parte, uma vez que quando Afrodite usava esse cinto mágico, ninguém conseguia resistir a seus encantos. Dessa forma, teve diversos amantes, tanto deuses quanto mortais.

Professor Roberson Sidnei Calegaro

“Havia em certa cidade um rei e uma rainha; eles tinham três filhas de notável beleza”. A mais jovem, Psiquê, era tão formosa que o povo da cidade e até os estrangeiros adoravam-na mais do que a própria Afrodite; adoravam-na, mas ninguém a pedia em casamento.A deusa Afrodite, ao ver seus templos e santuários se esvaziarem, decidiu vingar-se e encarregou seu filho Eros de fazer Psiquê se apaixonar "pelo mais abjeto dos homens". Nessa tarefa, acidentalmente, Eros acaba por se ferir com suas próprias flechas. O rei, pouco depois, foi informado pelo oráculo de Apolo que a filha estava destinada a desposar um "monstro cruel como uma serpente, que voa pelos ares e não poupa ninguém" e que tinha de abandoná-la no alto de um rochedo.Entristecido, o rei obedeceu ao comando divino; ninguém viu Zéfiro, o suave vento oeste, levar a jovem até um suntuoso palácio de ouro, marfim e pedras preciosas onde serviçais invisíveis atendiam seus menores desejos.À noite, em meio à total escuridão que não permitia enxergar nada, foi consumado o casamento de Psiquê com o impiedoso monstro da profecia — o próprio Eros, que se apaixonara por ela...Embora nunca visse o marido e nem mesmo soubesse seu nome, Psiquê viveu feliz por muito tempo. Acabou, porém, sentindo saudades da família; implorou ao marido permissão para revê-la e o deus consentiu, a contragosto. Avisou-a, porém, várias vezes, para jamais revelar nada a ninguém e que nunca tentasse ver-lhe o rosto, sob pena de perder o marido para sempre.Mas, enciumadas pela evidente felicidade de Psiquê e impressionadas pelos ricos presentes que ela lhes trouxera, as duas irmãs mais velhas convenceram-na a contar tudo e incutiram-lhe a ideia de que somente um monstro horrendo evitaria mostrar o rosto à própria esposa.

Professor Roberson Sidnei Calegaro

À noite, já de volta, Psiquê esperou o marido adormecer e acendeu um candeeiro; sua mão, porém, tremeu ao reconhecer o deus e uma gota de óleo fervente caiu sobre ele, acordando-o. Ao se ver descoberto, Eros ergueu vôo e disse à esposa que ela nunca mais o veria.Fora de si, Psiquê primeiro tentou se afogar, mas o rio jogou-a de volta à margem; depois, desesperada, começou a andar de cidade em cidade, à procura do marido. Encontrou várias divindades em sua peregrinação, e, por fim, chegou ao palácio de Afrodite. A deusa, ainda enciumada e enraivecida (havia sido enganada pelo próprio filho), humilhou-a e tratou-a pior que a última de suas escravas. Encarregou-a, ainda, de quatro tarefas impossíveis, mas as próprias forças da natureza ajudaram Psiquê a cumpri-las.Eros, enquanto isso, conseguira obter o inestimável auxílio de Zeus. O pai dos deuses interferiu na questão com divina simplicidade: transformou Psiquê em deusa e avisou todos os deuses que aprovava o casamento dela com Eros. Assim, finalmente, tudo se resolveu: os dois amantes ficaram unidos por toda a eternidade e Afrodite voltou a receber as devidas homenagens.

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Kronos, era descrito como o velho, o Senhor do tempo, das . estações, da pressão das horas ordenadas pelo relógio e pelos . dias, meses e anos determinados pelo calendário. Cruel e . tirano, Kronos controlava o tempo desde o nascimento até a . morte, aquele tempo comum, real, visível e rotineiro. O Tempo . Kronos era o ditador da quantidade de coisas realizadas . durante o dia, o tempo burocrático, o tempo humano, o tempo . que nunca é suficiente, o tempo que escraviza, preocupa e . estressa. Kronos deu origem ao cronômetro e aos medidores do . tempo, o tempo dos homens.

Kairós era descrito como um jovem que não se importava com . o relógio, o calendário e o tempo cronológico.

Kairós era o tempo que não podia ser cronometrado, o tempo . que não pertencia a Kronos porque não previsível, apenas acontecia, por isso chamado de momento ou oportunidade.

É o tempo divino que o vento traz, a vida conspira, decide acontecer sem tempo, sem hora marcada, se manifesta instante a instante e permanece eterno.

Kairós marca os momentos que se tornam eternos, ainda que tenham sido breves.

Os gregos acreditavam que com Kairós poderiam enfrentar o cruel tirano Kronos.

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Kairós, o deus da oportunidade, era filho de Zeus - o deus dos . deuses e de Tykhé, a divindade da fortuna e prosperidade. Descrito . como um belo jovem calvo com um cacho de cabelos na testa, ele . era um atleta e tinha uma agilidade incomparável. Resplandecente . e com a flor da juventude, Kairós tinha duas asas nos ombros e nos . joelhos. Se assemelhava a dioniso; tinha as bochechas vermelhas e . a pele delicada.

Sempre sem roupas, ele corria rapidamente e só era possível . alcançá-lo agarrando-o pelo topete, ou seja, encarando-o de frente. . Depois que ele passava, era impossível perseguí-lo, pegá-lo ou . trazê-lo de volta. Na entrada do estádio em Olímpia havia dois . altares: um era consagrado a Hermes ,que simbolizava os jogos e o outro era consagrado a Kairós, que simbolizava a oportunidade.

Entre os romanos era chamado de Tempus, o breve momento em que as coisas são possíveis. Kairós tinha o poder do movimento rápido que podia passar despercebido aos olhos desatentos, tornando impossível recuperar a visão de sua passagem. Dada à sua natureza difícil, raramente proporcionava uma segunda chance. Na filosofia grega e romana é a experiência do momento certo e oportuno.

Kairós era o tempo em potencial enquanto kronos era a duração de um movimento e uma criação.

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Mito de DâmoclesDionísio, monarca de Siracusa, a cidade mais rica da Sicília, vivia num palácio cheio de requinte e luxo, atendido por criados que lhe satisfazia todas as vontades. Naturalmente, por ser rico e poderoso, muitos invejavam sua sorte. Dâmocles, um de seus amigos, frequentemente falava da sorte de Dionísio, supondo que ele era o homem mais feliz do mundo, usufruindo de tanta mordomia.Certo dia Dionísio percebendo a inveja do amigo, propôs que ele ocupasse seu lugar por um dia, usufruindo totalmente de tudo o que lhe era oferecido. Logo o amigo pensou como seria maravilhoso ter toda aquela riqueza, desfrutar de todos os prazeres, sem se preocupar com nada. E assim, Dionísio lhe entregou o trono por um dia.No dia seguinte, Dâmocles chegou ao palácio onde criados colocaram-lhe a coroa de ouro sobre a cabeça; sentou-se à mesa de banquetes e logo foi servido com uma maravilhosa refeição, vinhos, frutos, doces e tudo o que desejasse. Lindas flores, musica e perfumes preenchiam os espaços. Dâmoclesrecostou-se nas almofadas e quando olhou para cima, não se sentiu o homem mais feliz do mundo.

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O sorriso fugiu-lhe dos lábios e o rosto empalideceu. Suas mãos estremeceram. Esqueceu-se da comida, do vinho, da música. Acima de sua cabeça pendia uma espada, presa por um único fio. A lâmina brilhava apontando diretamente sobre si. Seu único desejo era sair logo dali. Quis se levantar, mas teve receio de que seu movimento fizesse a espada cair. Perguntou ao rei se ele tinha visto o eminente perigo daquela espada. O rei Dionísio respondeu:- É claro que vejo-a todos os dias. Está sempre pendendo sobre minha cabeça e há sempre a possibilidade de alguém ou alguma coisa partir o fio. Um dos meus conselheiros pode ficar enciumado do meu poder e tentar me matar. As pessoas podem espalhar mentiras a meu respeito, para jogar o povo contra mim. Pode ser que um reino vizinho envie um exército para tomar-me o trono. Posso tomar uma decisão errônea que leve à minha derrocada.Cada um sabe das delícias e das amarguras, de ter o que tem; de ser o que é.Quem quer ser um líder precisa estar disposto a aceitar esses riscos.Eles vêm junto com o poder.

Professor Roberson Sidnei Calegaro

Ares e Afrodite

Ares, deus da guerra, foi concebido por Hera sem a semente masculina. Alegrava-se com a luta e junto com seus dois filhos, Deimos - o espanto e Phobos - o terror, estavam sempre em batalhas. Ares era oposto a Atena, a divindade guerreira representada pela estratégia e coragem refletida, enquanto Ares amava o calor da batalha e exultava em derrotar o inimigo. Ares sempre foi repelido pelos deuses pois estava sempre associado aos conflitos e guerras sangrentas, usando sua força bruta e sem refinamento.

Afrodite era casada com Hefesto, irmão de Ares, um deus ferreiro, doente e deformado. Porém, impressionada pelo vigor do jovem guerreiro, correspondia aos encantos de Ares. Hefesto descobriu o adultério e planejou uma terrível vingança. Em segredo forjou uma rede muito fina, quase invisível, porém muito forte que não podia ser destruída, e pendurou-a sobre o leito.

Quando Ares e Afrodite adormeceram, Hefesto soltou a rede sobre ambos e chamou todos os deuses para testemunhar o adultério. A paixão de Ares jamais foi suplantada pela vergonha. Tempos depois nasceu Harmonia, estabelecendo uma ligação equilibrada entre o amor e a paixão.

Professor Roberson Sidnei Calegaro

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Mito de Er: Conta Platão que após a sua alma sair do corpo viajou com outras almas até chegar a um lugar divino com duas aberturas contíguas na terra e duas no céu frente a estas. No espaço entre elas presidiam juízes que, depois de se pronunciarem, decidiam para onde se encaminhariam as almas. Os justos seguiam para a abertura da direita, que subia ao céu, os injustos seguiam para a da esquerda, que descia. Todas levavam uma nota com o julgamento e com tudo o que haviam feito. A Er foi dito que seria o mensageiro junto dos homens das coisas daquele lugar.O funcionamento habitual era o de que cada alma pagasse sucessivamente todas as injustiças cometidas, fosse contra quem fosse. A pena de cada injustiça era paga dez vezes. Os atos justos seriam também recompensados deste modo. Er observou então que os que já tinham pago os seus pecados regressavam à vida, passando por um lugar onde estavam as três filhas da Necessidade, as Parcas: Láquesis (o Passado), Cloto (o Presente) e Átropos (o Futuro), que teciam o destino dos humanos.Então, um mensageiro dos deuses pegou em lotes e modelos de vida e dispô-los para as almas escolherem, pois iria começar tempo de vida humana. Havia destinos para todas as espécies, mas destas escolhas resultavam imensas armadilhas. O essencial era escolher a fim de não cair na ganância da tirania e da riqueza, evitar os excessos na vida mundana e optar sempre com muita prudência. Só assim um humano alcançaria a felicidade suprema, não esquecendo que a escolha deveria ser dirigida pela procura da virtude, pois a responsabilidade pesaria apenas sobre quem escolhe.Depois as almas foram conduzidas para a planura do rio Lethé e, junto do rio Amelas, todas foram forçadas a beber uma certa quantidade de água, esquecendo tudo, umas mais que as outras, conforme bebiam mais ou menos. As que irrefletidamente bebiam mais, esqueciam demais, eram os tolos e as que bebiam menos eram os sábios.Troa o trovão e um tremor de terra, era a hora das almas irem ao encontro dos seus destinos a fim de nascerem cintilando como estrelas, e Er impedido de beber acordou divinamente na pira funerária.

Professor Roberson Sidnei Calegaro