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UNIVERSID DEPART COLEGIAD EM L A LINGUAGEM INTERFERÊNCIA ADOL DADE DO ESTADO DA BAHI TAMENTO DE EDUCAÇÃO CAM DO DO CURSO DE LETRAS COM HAB LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA LICENCIATURA GEORJEAN LEITE CORDEIRO M UTILIZADA NAS REDES SO A NAS PRODUÇÕES REALIZA LESCENTES NA SALA DE AU Conceição do Coité 2012 IA – UNEB MPUS XIV BILITAÇÃO AS OCIAIS E A ADAS PELOS ULA

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Page 1: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

UNIVERSID

DEPARTACOLEGIADO

EM LÍN

A LINGUAGEM

INTERFERÊNCIA N

ADOLE

RSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

TAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPGIADO DO CURSO DE LETRAS COM HABILM LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS

LICENCIATURA

GEORJEAN LEITE CORDEIRO

GEM UTILIZADA NAS REDES SOC

CIA NAS PRODUÇÕES REALIZAD

OLESCENTES NA SALA DE AUL

Conceição do Coité 2012

AHIA – UNEB

MPUS XIV ABILITAÇÃO URAS –

S SOCIAIS E A

LIZADAS PELOS

AULA

Page 2: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

GEORJEAN LEITE CORDEIRO

A LINGUAGEM UTILIZADA NAS REDES SOCIAIS E A

INTERFERÊNCIA NAS PRODUÇÕES REALIZADAS PELOS

ADOLESCENTES NA SALA DE AULA

Monografia apresentada ao Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Curso de Letras com Habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas – Licenciatura, como parte do processo avaliativo para obtenção do grau de Licenciado em Letras. Orientador: Prof. Wilson Oliveira Carneiro

Conceição do Coité 2012

Page 3: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

Do rolo ao códice medieval, do livro impresso ao texto eletrônico, várias rupturas menores dividem a longa historia da maneira de ler.

Roger Chartier

Page 4: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

AGRADECIMENTOS

A Deus, em primeiro lugar, pois é o autor da minha vida, que me dá forças para

continuar a caminhar.Os meus Pais, pelo esforço e dedicação durante todos esses anos

para me dar condições de poder chegar até aqui.

À Verônica Danila Costa, minha esposa, pelo incentivo, amor, ajuda e pela

presença nos momentos de fragilidade.

À Wilson Oliveira Carneiro, meu orientador, pela paciência e dedicação com que

orientou meus passos até aqui.

Enfim, a todos que fizeram e fazem parte da minha vida e que contribuíram

satisfatoriamente na construção deste trabalho e que um dia se importou com meu

bem-estar e com minha formação, enquanto pessoa.

Page 5: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

RESUMO

Este trabalho visa demonstrar a linguagem utilizada nas redes sociais e a

interferência que estes causam nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula, demonstrando a trajetória da internet, sua grande importância e crescimento entre as pessoas nas últimas décadas. Vem elencar a maior parte das redes sociais, como: Orkut, facebook, Messenger (MSN) e twitter demonstrando à utilidade de cada uma destas, sua pertinência, contribuição a sociedade e a influência destes ambientes virtuais na prática de leitura e escrita no ambiente escolar. Esta pesquisa surgiu para demonstrar que o hábito da escrita vem caindo em desuso, à medida que o computador se dissemina, surgindo assim uma grande preocupação entre os pais de alunos e professores, pois os estudantes passaram a usar uma linguagem abreviada na internet, possivelmente para poderem se comunicarem com maior rapidez entre si, vindo a transcrever essas palavras nos trabalhos e avaliações realizadas em sala de aula. A pesquisa foi desenvolvida com alunos do Ensino Fundamental II do 9º ano, demonstrando que essa linguagem formada por códigos e/ou fragmentos de palavras, que eram usadas inicialmente na internet e passaram a ser difundidos também no ambiente escolar, através dos textos escritos.

Palavras-chave: Internet. Linguagem. Redes sociais.

Page 6: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................... 06

CAPÍTULO 1 ORIGEM DA INTERNET.............................................................. 08

1.1 Nos dias atuais .................................................................................. ......... 09

1.2 Redes sociais..................................................................................... ......... 10

1.2.1 Orkut........................................................................................................... 11

1.2.2 Facebook………………………………………………………………............. 12

1.2.3 Messenger (MSN)…………………………………………………………....... 13

1.2.4 Twitter………………………………………………………………….............. 13

CAPÍTULO 2 ESCRITA NO PAPEL VERSUS DIGITAL................................... 14

2.1 Linguagem usada nas redes sociais............................................................. 15

CAPÍTULO 3 PROCESSOS METODOLÓGICOS............................................. 17

3.1 O local e os sujeitos da pesquisa................................................................. 20

3.2 Instrumentos de pesquisa............................................................................. 21

CAPÍTULO 4 A PESQUISA E SEUS RESULTADOS....................................... 22

4.1 Análise dos dados........................................................................................ 22

CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS................................................................. 26

REFERÊNCIAS.................................................................................................. 29

ANEXOS............................................................................................................. 32

Page 7: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

INTRODUÇÃO

O uso da internet está cada vez mais presente no cotidiano dos nossos

estudantes, através da leitura/escrita nos diversos gêneros digitais, como as salas

de bate papo, Orkut, Messenger (MSN), Twitter, facebook entre outros.

Assim, diante da evolução tecnológica, nos últimos anos, o computador

passou a se disseminar entre os jovens, principalmente no que diz respeito à

Internet, uma grande ferramenta de entretenimento e comunicação que trouxe

grandes benefícios à humanidade, uma vez que a maioria das pessoas sente uma

grande necessidade de utilizar-se da rede, seja para procurar empregos, fazer

pesquisas escolares, transferência de valores, a interação com pessoas de outros

lugares e entre outras inúmeras utilidades que esta ferramenta de comunicação e

interação pode proporcionar.

Nessa perspectiva, surge uma grande preocupação no ambiente escolar

vivida pelos pais de alunos e professores, pois muitos estudantes estão

transcrevendo abreviaturas e fragmentos de palavras usadas no ambiente virtual

para suas atividades e até mesmo para suas avaliações realizadas em sala de aula.

Dessa forma, este estudo foi fundamentado e embasado tendo como

destaque os teóricos: Pierre Lévy (1993) que aborda a evolução da internet e suas

ferramentas de comunicação; Raquel M. Freitag (2006) que destaca os variados

ambientes de interação e comunicação na rede. Além destes, é necessário destacar

Roger Chartier (2002) e sua contribuição acerca da linguagem utilizada no ambiente

virtual. Tendo esta pesquisa como objetivo geral demonstrar desde a criação da

Internet, sua utilização e funcionamento de alguns de seus ambientes virtuais mais

usados pelos jovens, como as salas de bate papo, Messenger (MSN), Orkut e

facebook, entre outros existentes e conhecidos pelos jovens, citando a grande

importância desta ferramenta de comunicação para a maioria das pessoas. Assim,

apresentam-se também os objetivos específicos: analisar cada um desses

ambientes virtuais, demonstrando as linguagens que surgiram nesse ambiente;

verificar como a escrita utilizada nas redes sociais e aparatos tecnológicos afetam

na produção textual em sala de aula, principalmente em turmas do Ensino

Page 8: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

Fundamental II; além de observar com que frequência as redes sociais são utilizadas

pelos estudantes.

Justificando esse estudo como necessário, visto que na contemporaneidade

observam-se transformações nas formas de leitura e escrita na sala de aula, isto é,

significa dizer que diversas mudanças foram provocadas pelas tecnologias, em

especial a Internet.

A pesquisa teve como sujeitos alunos do nono ano do Ensino Fundamental II,

do Centro Educacional Estefânio Simões Dias, no município de Valente. Para

alcançar os objetivos esperados, realizou-se uma pesquisa de abordagem

qualitativa, fazendo uso de instrumentos como questionários respondidos por cinco

alunos e análise de produções textuais escritas.

Quanto à estrutura, esta monografia está organizada em quatro capítulos, ao

longo dos quais se discute acerca da temática.

No primeiro capítulo, que tem como título “Origem da internet”, discute-se

desde o surgimento da internet aos dias atuais com a influência das redes sociais,

como o Orkut, twitter, facebook e MSN (Messenger) descrevendo-as em suas

peculiaridades.

O segundo capítulo, “Escrita no papel versus Digital”, fala sobre as mudanças

ocorridas em torno da escrita no papel e a escrita digital, da revolução do texto

eletrônico fazendo este uma profunda transformação nas relações com a escrita,

bem como a linguagem usada nas redes sociais.

No terceiro capítulo, enfatiza-se sobre a metodologia adotada, o tipo de

pesquisa, os sujeitos envolvidos e as formas de coleta para obtenção dos dados que

nortearam nossa discussão, bem como a análise dos dados obtidos na pesquisa,

tecendo comentários acerca das respostas do questionário para, assim,

compreendermos a interferência da linguagem utilizada nos ambientes virtuais na

escrita textual dos estudantes em sala de aula.

Ao final, mostram-se algumas considerações conclusivas acerca das análises

feitas através dos dados obtidos, destacando os resultados, na intenção de

colaborar para uma discussão, no contexto escolar, sobre a interferência dessa

linguagem utilizada nas redes sociais, nos textos escritos escolares, por entender

que a linguagem usada na internet configura-se por ser extremamente abreviada e

oralizada, estilo correspondente aos internautas jovens, para uma maior rapidez na

Page 9: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

comunicação entre os envolvidos. Sendo que essa linguagem, de alguma forma,

acabou adentrando o ambiente escolar.

CAPÍTULO 1 - ORIGEM DA INTERNET

Com o avanço das telecomunicações e com um grande aumento do uso da

Internet foi possível estabelecer maior rapidez nas informações entre pessoas,

empresas e países. A transmissão da informação de forma rápida e oferecida por

essas tecnologias gera inúmeras oportunidades de negócios. Agora, podendo as

empresas utilizar-se de informações de melhor qualidade, retiradas de um universo

com maior número de dados e em um curto espaço de tempo.

Pode-se definir internet como uma gigantesca rede mundial de computadores, interligados por linhas de telefone, linhas de comunicação privadas, cabos, canais de satélite e diversos outros meios de telecomunicação. (FEDELI, 2010, p.211)

Essa grande transformação que a sociedade está vivenciando possibilita que

as empresas e as pessoas se comuniquem de forma cada vez mais eficiente. Hoje,

a realização de uma videoconferência, na qual várias pessoas, em diferentes partes

do mundo, se comunicam por meio de som e imagem, praticamente como se

estivessem em uma mesma sala de reunião, está cada vez mais freqüente e

acessível. E, sem dúvida, a principal rede propulsora dessa transformação é a

internet.

Se fizermos um paralelo com a estrutura das estradas de ferro, a internet

funciona como uma ferrovia pela qual a informação contida em textos, som e

imagem pode trafegar em alta velocidade entre qualquer computador conectado a

essa rede. É por essa razão que a internet é muitas vezes chamada da supervia da

informação.

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Surgindo durante a década de 1970, durante a Guerra Fria entre os Estados

Unidos e a extinta União Soviética, a partir de um projeto militar, desenvolvido pelo

Departamento de Defesa Norte-Americano, o objetivo do projeto era criar uma rede

de computadores interligados às principais bases militares norte-americanas e que

pudesse continuar funcionando mesmo que a central de computadores do

Pentágono fosse destruída por um eventual ataque atômico, levando ao caos as

comunicações militares.

Depois de a internet estarem funcionamento, a criação foi estendida às

universidades norte-americanas. Não demorou muito para que países da Europa

Ocidental e o Canadá aderissem a essa rede, que passou a funcionar em âmbito

mundial. Quando isso aconteceu, a rede ARP Anet tornou-se internacional,

ganhando a denominação de internet. (FEDELI, 2010)

Nos anos 90, para facilitar a navegação pela Internet, surgiram muitos

programas navegadores, como, por exemplo, o Internet Explorer da Microsoft e o

Netscape Navegator. A Internet começou a ser usada por vários segmentos sociais,

muitos estudantes passaram a buscar informações para pesquisas escolares,

desempregados iniciaram a busca de empregos através de sites de agências de

empregos ou enviando currículos por e-mail. As empresas descobriram na Internet

um excelente caminho para melhorar seus lucros e as vendas online dispararam,

transformando a Internet em verdadeiros shopping centers virtuais.

1.1. Nos dias atuais

A internet tem sido o meio mais usado pelas pessoas para fazer várias tarefas

do dia a dia, pois esta tem um enorme e extenso acervo de informações,

entretenimento e comunicações, porém, não são todos que tem acesso a ela

diariamente ou pelo menos freqüentemente. Mas a maioria das pessoas não vive

mais sem a rede e sem os grandes benefícios que proporciona, sendo um dos

maiores meios de geração de renda e empregos, muitas pessoas dependem dela

para sobreviver e criar seus filhos. O fato é que a internet é extremamente

importante na vida dos brasileiros e dos demais povos do mundo, sendo geração de

renda e desenvolvimento para os países e para as pessoas que fazem uso dela,

podendo notar que sua importância para a atualidade não é pequena, afinal de

Page 11: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

contas, além de divertimento, comunicação, entretenimento, fontes de pesquisas e

estudos, exerce um importante papel no desenvolvimento econômico e social do

país. Muitas pessoas fazem uso da internet atualmente, sendo que através dela, as

pessoas realizam diversas tarefas, uma vez que esta permite com que as pessoas

possam fazer várias coisas sem sair de casa, com muita praticidade e segurança.

Com a internet, as pessoas podem conversar de vários locais do mundo,

diminuindo assim a distância entre elas. Permitindo com que pessoas consigam

conversar de maneira rápida através de comunicadores instantâneos, ela é um dos

meios de comunicação mais utilizados atualmente, podendo as pessoas fazerem

diversas tarefas, podendo consultar a conta bancária, pagar contas entre outras

tantas tarefas que antes só eram realizadas pessoalmente, facilitando assim a vida

da população.

1.2. Redes sociais

A massificação do uso da Internet na chamada “sociedade em rede” está

proporcionando grandes mudanças em diferentes âmbitos da sociedade

contemporânea. Segundo Castells (1999), o surgimento de um sistema eletrônico de

comunicação de alcance global que possibilita a integração de todos os meios de

comunicação e que possui interatividade potencial está mudando e mudará para

sempre nossa cultura.

O contato com alguns dos “serviços” disponibilizados pelos sistemas convoca os

usuários a participar ativamente nas redes, produzindo e consumindo diferentes

mídias, pessoas, compartilhar sons, imagens ou vídeos, discutir sobre temáticas

específicas, são alguns dos “serviços” disponibilizados pelos sistemas que

convocam os usuários a participar ativamente nas redes, produzindo e consumindo

diferentes mídias.

Algumas das redes sociais mais difundidas na Internet e representativas em

termos de popularidade, segundo o Alexa apud Santana (2009) são o Orkut,

Facebook, MSN Messenger,Twitter e ainda as famosas salas de bate-papo, como as

da UOL, BOL, YAHOO entre outras.

Page 12: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

1.2.1. Orkut

O Orkut surgiu em 2004 nos Estados Unidos e é muito utilizado pelos

usuários do Brasil. É um site de comunidade online que foi criado para amigos,

tendo como objetivo principal tornar a vida social das pessoas mais ativa e

estimulante. A rede social do Orkut funciona da seguinte forma: tanto serve para

manter relacionamento, como para adquirir novas amizades com pessoas

desconhecidas, que cada usuário é quem decide com quem quer interagir, sendo

possível ainda visualizar rede de amigos da pessoa que se pretende adicionar como

amigo. Cada usuário dessa rede possui uma conta e um perfil, só podendo criar uma

conta aquele que é convidado por um usuário. No perfil de cada integrante dessa

rede, encontramos algumas afinidades e características pessoais como descrições

físicas, listas de preferências literárias, músicas, filmes e um texto de apresentação.

O Orkut é um imenso banco de informações sobre quem é amigo de quem,

ou seja, sobre uma rede de amigos, onde você pode encontrar de maneira rápida e

fácil pessoas que compartilhem seus Hobbies e interesses.

O Brasil é o país com o maior número de membros, superando inclusive os

EUA. Aproximadamente 73,2% dos usuários do sistema, quase oito milhões e meio

(8.400.000) são brasileiros (FEDELI, 2010). Na verdade, esse número não

apresenta muita exatidão, já que muitos membros se inscrevem como habitantes de

outros países ou criam mais de um perfil por usuário. Portanto, as estatísticas

oficiais do site não podem ser consideradas precisas.

Os EUA são o segundo país com o maior número de membros, possuindo

uma fatia de aproximadamente 9,8%, o que equivale a cerca de 1.127.000 usuários.

Dentre os EUA, o estado que mais participa é a Califórnia, com cerca de 23%.

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1.2.2. Facebook

O facebook é uma rede de relacionamento que foi criada em 2004 pelo

americano Mark Zuckerberge e pelo brasileiro Eduardo Saverin, que estudaram

Ciência da Computação na Universidade de Havard. Com a finalidade de colocar os

estudantes em contato uns com os outros, compartilharem fotos e se fazer novas

amizades. Logo no início, o site era chamado thefacebook.com, sendo que

rapidamente se tornou popular nas universidades americanas. Em pouco tempo

alcançou a marca 5(cinco) milhões de usuários ativos, logo depois tendo seu nome

mudado para o atual facebook (RABÊLO, 2011).

Foi criado inicialmente para estudantes universitários, mas, nos dias de hoje,

qualquer pessoa pode se unir a essa rede, tendo como propósito um intuito de

conhecer diversas nacionalidades e culturas, compartilhando informações de uma

forma fácil e divertida.

Para usar o facebook, deve-se primeiramente criar uma conta gratuita no site,

tendo idade mínima de treze anos, sendo que os membros de treze a dezoito anos

devem estar na escola.

O Facebook fornece várias maneiras de encontrar amigos, pode-se navegar e

filiar às redes, organizadas em quatro categorias: regiões (redes ligadas a cidades

ou países específicos), universidades, locais de trabalho e colégios; pode classificar

as pessoas por idade, sexo, estado civil, opiniões políticas e outros critérios; pode

deixar o Facebook extrair os contatos de uma conta de correio eletrônico na web,

além disso, pode usar a busca do Facebook para procurar por uma pessoa

específica. Digitar o nome da pessoa no campo de busca e o este apresentará

quaisquer perfis que combinem com o nome. Atualmente, segundo Rabelo (2011),

“o site possui mais de 500 milhões de usuários ativos espalhados por todos os

continentes e de acordo com o ranking de tráfego de visitantes (Alexa) está em 7º

lugar como o mais acessado”.

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1.2.3. Messenger (MSN)

MSN, Messenger, é um programa de mensagens instantâneas criado pela

Microsoft Corporation. O serviço nasceu a 22 de Julho de 1999, anunciando-se

como um serviço que permitia falar com uma pessoa através de conversas

instantâneas pela Internet. Assim, Marcuschi, (2005, p.42 e 51) enfatiza que,

Trata-se de um programa de conversas on-line agendado: os usuários realizam as conversas quando estão on-line e só interagem com amigos ou conhecidos que tenham adicionado à sua lista de contatos e que também estejam conectados. É um tipo de interação particular, diferente das salas abertas, em que todos os usuários têm acesso às mensagens enviadas por todos (p. 42-51).

O programa permite que um usuário da Internet se relacione com outro que

tenha o mesmo programa em tempo real, podendo ter uma lista de amigos "virtuais"

e acompanhar quando eles entram e saem da rede. Ele foi fundido com o Windows

Messenger e originou o Windows Live Messenger. Além disso, é muito utilizado

pelas diversas faixas etárias, de crianças a adultos.

1.2.3. Twitter

Uma das redes sociais, o Twitter, é um serviço gratuito que pode ser utilizado

por qualquer pessoa, não precisa de convite, e pode escrever até o limite de 140

(cento e quarenta) caracteres. Para criar uma conta, é bastante fácil e rápido, só

seguir as instruções que são fornecidas na página deste. Já criada uma conta, está

pronto para responder as perguntas do site.

No Twitter, é preciso ser bem objetivo, porém, como em qualquer página em

branco, tem-se a liberdade para escrever o que quiser, desde fazer breves

confissões sobre o seu cotidiano “acabei de chegar do banho de piscina! E vcs

amigos por onde andam?”, ou relatar, tal qual um repórter com câmera na mão os

fatos que se estar testemunhando naquele momento. ("Ñ peguem a Br 324 neste

momento, pq esta bastante congestionada) acabou de virar um caminhão"). Como

diz Valente (2010), “através do Twitter o usuário pode manifestar sua opinião acerca

de diversos acontecimentos, influenciando o que está sendo dito pelo mundo além

de divulgar notícias, piadas, promoções etc”.

Page 15: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

CAPÍTULO 2 - A ESCRITA NO PAPEL VERSUS DIGITAL

A revolução do texto eletrônico é uma transformação profunda nas relações

com a cultura escrita, pois atinge a produção dos textos, o suporte do escrito e as

próprias práticas de leitura (CHARTIER, 2002). A partir da mudança nessas relações

surgem os atuais gêneros digitais: e-mail, blog, chats, redes sociais entre outros.

Nos EUA, especificamente no Estado da Indiana e mais quarenta estados que

utilizam o mesmo currículo educacional, recentemente, o governo desobrigou as

escolas de ensinar à escrita cursiva recomendando o uso contínuo da digitação em

teclados de computador.

Segundo a Revista VEJA, os efeitos do computador sobre a tradição da

escrita em papel foi objeto de uma recente pesquisa na área da neurociência,

Por meio da observação do cérebro de crianças e adultos, verificou-se que a escrita de próprio punho provoca uma atividade significativa mais intensa que a da digitação na região dedicada ao processamento das informações armazenadas na memória, o que tem conexão direta com a elaboração e a expressão de idéias. Provou-se que o ato de escrever desencadeia ligações entre os neurônios na parte do cérebro que faz o reconhecimento das palavras, contribuindo para a fluidez da leitura. Dessa forma, com a digitação essa área fica inativa (BARRUCHO, 2011 p.41).

O hábito da escrita vem caindo em desuso à medida que o computador se

dissemina. O computador traz uma nova dimensão à aquisição de conhecimento e à

interação entre as gerações que chegam aos bancos escolares. Para elas, escrever

à mão corre o risco de se tornar apenas mais um registro do passado guardado em

arquivo digital.

A escrita extremamente abreviada, oralizada e cheia de recursos visuais e

sonoros não é um mero estilo criado pelo internauta: corresponde ao ambiente

discursivo eletrônico em que esses textos são produzidos, no qual prevalece a

rapidez em atender às necessidades imediatas de uma relação semelhante a que se

estabelece no diálogo cotidiano. Consoante aos pressupostos bakhtinianos, essa

motivação é precisamente o que torna o chat e as redes sociais em gêneros

secundários, oriundos da transmutação de um gênero anterior baseado na oralidade

(ARAÚJO, 2005).

Page 16: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

2.1 - Linguagem usada nas redes sociais

A Internet é um grande facilitador do encontro de pessoas que compartilham as

mesmas opiniões, gostos, curiosidades e interesses. Graças a blogs, e-mails,

programas como o MSN e redes sociais como o Orkut, faz-se amigos por todo o

Brasil e exterior. E isso se dá porque um dos grandes motivos pelos quais a internet

é tão interessante é a maneira como eliminar as distâncias geográficas. É no

território digital da Internet, uma das facetas do acontecimento tecnológico do

século XX, que a língua é analisada em seu funcionamento no espaço digital de

salas de bate-papo, redes sociais, e conversas instantâneas.

Mas existe uma grande preocupação que nos cerca nos dias de hoje, como

nos sites de redes sociais (Orkut, Facebook, MSN e Twitter) é quando a internet

começa a influenciar nas vidas dos internautas segundo Fasciani (1998, p.119),

“nenhum instrumento ou tecnologia inventada pelo homem pode ser intrinsecamente

positivo ou negativo, certo ou errado, útil ou perigoso. É só a utilização que disso se

faz que pode ser julgada com regras éticas”.

Entende-se que esse público ao utilizar cada vez mais a internet para se

comunicar nas redes sociais e nos chats aos poucos vai ficando com seu raciocínio

limitado, já que os discursos utilizados nas salas de bate-papo e na maioria das

redes sociais caracterizam-se por frases curtas e abreviações, sendo que a

utilização freqüente dessa linguagem pode interferir nas produções realizadas pelos

adolescentes na sala de aula. A partir desse momento, deparamo-nos com

questionamentos que nos fazem pensar sobre até que ponto a influência é saudável

e não surge como um empecilho no processo de aprendizado nas escolas. De

acordo com Freitag:

A invasão do “internetês”, especialmente entre os jovens em fase escolar, tem preocupado aos pais e professores, receosos quanto a influencia dessa modalidade no ensino/aprendizagem da norma padrão da língua portuguesa. É necessário discutir mais aprofundadamente o uso da língua na internet e a sua relação com o ensino da norma padrão (2006, p 09).

Esta linguagem ou dialeto surgiu no meio online para acelerar a comunicação

entre usuários. É utilizada, principalmente, em salas de bate-papos e sites de

relacionamento, e difundida em todas as idades, mas principalmente entre

adolescentes. Quanto mais fácil for para digitar mais aproveitamento terá da

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agilidade que o mundo online proporciona. Na frase: “– Og v6s naum tm 9da10?”,

temos um exemplo da linguagem utilizada nas salas de bate-papo, e o leitor

consegue interpretar o que está escrito, uma vez que está lendo como se estivesse

ouvindo. Ele sabe que esse código significa: - “Hoje vocês não tem novidades?”.

Porém, no momento de escrever de maneira formal, podem surgir erros de

gramática, já que, conforme Freitas,

A maioria das características do pensamento e da expressão fundadas no oral é relacionada com a interiorização do som. As palavras pronunciadas são ouvidas e internalizadas. Com a escrita, precisa-se de outro sentido: a visão (2005, p.13).

As palavras não são mais ouvidas, mas vistas; entretanto, o que se vê não são

as palavras reais, mas símbolos, que evocam na consciência do leitor palavras

reais; o som se reduz ao registro escrito.

Uma frase escrita conforme o exemplo acima não apresenta mais a maneira

formal da escrita e, sim, um novo símbolo e, agora, a visão não é mais suficiente no

momento de interpretá-lo e inseri-lo em suas produções textuais, pois no código

“Og” não é possível identificarmos o tipo de letra correta para transformá-lo na

palavra “Hoje”. Considerando que, no ambiente virtual, a compreensão se dá

principalmente através da fonética, é preciso refletir sobre a extensão dessa

alternativa de percepção, para poder avaliar/analisar sua influência sobre a

produção textual.

A escrita está presente em nosso dia-a-dia, seja em uma carta, uma notícia lida

em revista ou jornal, no bilhete da geladeira ou então, naquele e-mail que

recebemos ou enviamos. Por isso, ela tornou-se cada vez mais importante e

prioritária para nossa existência, já que agora também nos comunicamos através da

escrita, ainda que de maneira diferente daquela feita através das cartas: “Sim, pela

primeira vez nossa humanidade já tão velhinha, as pessoas estão se conhecendo

primeiramente pela palavra escrita.

A evolução da escrita trouxe consigo seus benefícios, mas também algumas

preocupações, principalmente, em se tratando da formação de adolescentes, pois

esse público está em fase de amadurecimento pessoal, construindo valores que

farão parte da sua personalidade, e as influências ao seu redor muito contribuem, de

forma positiva ou negativa, nessa formação.

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CAPÍTULO 3 - PROCESSOS METODOLÓGICOS

Partindo da necessidade em se procurar respostas para suas dúvidas e

inquietações, o homem recorreu ao processo de pesquisa que tem como objetivo

segundo Marcone e Lakatos (2002, p. 83) “conseguir informações ou

conhecimentos acerca de um problema para o qual se procura uma resposta, ou

ainda descobrir novos fenômenos”. Desta forma, entende-se por pesquisa a busca

de novos conhecimentos, e o desejo dos sujeitos em se aprofundar de certo

assuntos, em busca de respostas, neste caso a mesma tem a função de verificar

fatos, através de experimentos planejados com o objetivo final de explicar tais fatos.

A pesquisa proporciona não só a produção do conhecimento, mas sim, criar um

espaço de interação e debate com o fenômeno a ser pesquisado, confrontando

teoria e contexto, em busca de uma construção coletiva. Pesquisar não seria

somente,

[...] produzir conhecimentos, [mas], sobretudo aprender em sentido coletivo [...]. Dialogar com a realidade talvez seja a definição mais apropriada [...], o porquê a apanha como princípio científico e educativo. Quem sabe dialogar com a realidade de modo crítico e criativo [fez] da pesquisa condição de vida, progresso e cidadania. (DEMO, 2002 p.44).

De acordo com Ludke e André (1986), para se realizar uma pesquisa, é preciso

promover o confronto entre os “dados”, as evidências, as informações coletadas

sobre determinado assunto. Essas investigações são feitas por um método, com o

objetivo de analisar dados, ou seja, com a pesquisa científica podemos disponibilizar

para a sociedade construções teóricas e produtos que visem beneficiá-las.

A pesquisa é iniciada a partir de uma necessidade, onde se escolhe um tema e

gradativamente define-se um problema e as formas de solucioná-los.

Assim, utilizando a pesquisa, que segundo Pádua (2000) irá possibilitar no

campo da ciência “elaborar um conhecimento, ou um conjunto de conhecimentos,

que nos auxilie na compreensão desta realidade e nos oriente em nossas ações”.

Quando partimos para o âmbito educacional, devemos considerar que a

pesquisa não deve ser encarada apenas como “função que se exerce rotineiramente

Page 19: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

para preencher expectativas legais”, e sim ser uma atividade com vistas a

enriquecer o trabalho do educador.

Assim, a pesquisa em educação surge através dos atos, ações e atividades de

investigação de atores, situações, proporções que envolvem seres humanos e

processo de vida.

No campo educacional, a pesquisa trará resultados ao solucionar problemas

que afetam o ensino aprendizagem, implicando em um processo que deve aparecer

em todo o projeto educativo, tornando a pesquisa como princípio científico e

educativo, instituindo-a na prática cotidiana educacional, como enfatiza Demo

(2000): “a pesquisa não é qualquer coisa, ela parte de um desejo que visa conhecer

a problemática do fato educacional e assim produzir novos conhecimentos”, o que

de fato através de seus resultados os sujeitos mantêm-se atualizados das

necessidades educacionais, impondo desafios para sua prática reflexiva.

Deste modo, diversos fatores levam a uma investigação cientifica significativa

no que diz respeito aos processos de desenvolvimento da linguagem e escrita no

contexto de sala de aula, nessa perspectiva nasce o estudo da linguagem utilizada

nas Redes sociais e a interferência destas nas produções realizadas pelos

adolescentes em sala de aula, tendo como objetivo geral: Demonstrar desde a

criação da internet, sua utilização e funcionamento de alguns de seus ambientes

virtuais mais usados pelos jovens, como as salas de bate papo, Messenger (MSN),

Orkut e facebook, entre outros existentes e conhecidos pelos jovens citando a

grande importância desta ferramenta de comunicação para a maioria das pessoas.

Assim, tendo como objetivos específicos: analisar cada um desses ambientes

virtuais, demonstrando as linguagens que surgiram nesse ambiente; verificar como a

escrita utilizada nas redes sociais e aparatos tecnológicos afetam na produção

textual em sala de aula, principalmente, em turmas do Ensino Fundamental II; além

de observar com que freqüência as redes sociais são utilizadas pelos estudantes.

Dessa forma, buscamos ter um contato com os textos escritos produzidos

pelos alunos do Ensino Fundamental II a fim de analisar os códigos linguísticos com

intuito de verificar a ocorrência ou não de termos utilizados nos ambientes virtuais.

Assim, realizamos uma pesquisa qualitativa, uma vez que esta tem como alicerce

interpretar e descrever os fenômenos, atribuindo sentido à relação entre o sujeito e a

realidade, como diz Goldenberg:

Page 20: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

Os dados qualitativos consistem em descrições detalhadas de situações como o objetivo de compreender os indivíduos em seus próprios termos. Estes dados não são padronizáveis como os dados quantitativos, obrigando o pesquisador a ter flexibilidade e criatividade no momento de coletá-los e analisa-los. (2003, p.53)

Pensando na perspectiva qualitativa como norteadora deste estudo, define-se

este trabalho através da observação de produções textuais, entrevista com os

sujeitos e, em seguida, análise de tais documentos.

Sabemos que o campo de pesquisa qualitativa não é passível de definição é

um método que desafia os paradigmas de interpretação, pois a realidade não é dada

e sim construída.

A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento. Segundo os dois autores, a pesquisa qualitativa supõe o contato direto do pesquisador com o ambiente e a situação que está sendo investigada, via regra através do trabalho de campo. (ANDRÉ E LÜDKE, 1986, p.11).

André (1986) definiu a concepção qualitativa de pesquisa como “sendo uma

busca pela interpretação e descoberta do conhecimento”, que considerava que fatos

e valores estariam relacionados tornando-se inaceitável uma postura neutra do

pesquisador. Já para Demo (2000), a pesquisa qualitativa se caracterizaria pela

“abertura de perguntas, rejeitando-se toda resposta fechada, dicotômica, definitiva

em função da sua capacidade de acolhimento a complexidade do mundo vivido”.

E, é a partir de todos esses fatos, que se pretende através de estudos

epistemológicos aprofundados, fazer a descrição tematizando e problematizando a

realidade pesquisada compreendê-la à medida que se vai interpretando-a, numa

percepção sensibilizadora, sem esquecer os princípios do rigor científico.

Diante do exposto, cumpriu-nos destacar que a pesquisa A linguagem

utilizada nas Redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos

adolescentes na sala de aula surgiu ao longo das experiências durante os estágios

da UNEB e das interfaces que construímos com os estudos teóricos realizados no

curso de Letras – Campus XIV. Processo esse, que resultou na problemática que

motivou essa investigação. Frente ao desafio criado por essa problemática, avaliei

que teria um trabalho árduo e cuidadoso pela frente. Para tanto, inspirei-me em

Cardoso (1986), quando esta propôs que a pesquisadora e o pesquisador

Page 21: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

precisariam ter bom senso para poder interpretar e compreender o fenômeno a ser

pesquisado sem retirá-lo do contexto histórico.

Portanto, esta pesquisa fez com que se compreendesse melhor o problema

buscado, permitindo diversas e novas interpretações sobre a relação existente entre

teoria e prática.

3.1. O local e os sujeitos da pesquisa

Como forma de adentrar o mundo vivido das práticas textuais dos discentes,

escolhi alunos do Centro Educacional Estefânio Simões Dias, além de optar pela

concepção qualitativa de pesquisa, selecionei como abordagem o estudo de caso.

Isto em função da demanda de compreender de modo específico uma instância

singular e especial. E pelo fato de ter sido realizada num espaço institucional, o

estudo de caso em questão assumiu o caráter histórico e organizacional.

Diante disto, considerei relevante uma breve contextualização do lócus do estudo.

O Centro Educacional Estefânio Simões Dias está localizado no município de

Valente (Região sisaleira, a 29 km do município de Conceição do Coité). A escola

pertence à rede pública municipal.

A escola citada funciona das 08h00min às 11h45minh da manhã, com Ensino

Fundamental I; e das 13h10min às 17h30min da tarde, com o Ensino Fundamental

II. Esta, possui oito (8) turmas, sendo quatro (4) pela manhã e quatro (4) a tarde e

uma média de 120 (cento e vinte) alunos, funcionando do 1º ano ao 9º ano do

Ensino Fundamental I e II. Alguns alunos residem em comunidades próximas à

escola, utilizando o transporte escolar para se locomover até ela. Com relação às

dependências da escola, esta possui cinco (5) salas de aula, dois (2) banheiros,

além de secretaria, sala de professores, sala de leitura e pátio.

Page 22: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

3.2.Instrumentos de pesquisa

A coleta de dados se deu através de questionário e análise de produções

textuais. Questionário é definido por Ruiz (1996) como “[...] um elenco de questões

cuidadosamente elaboradas” aplicadas aos sujeitos.

Escolhi o questionário e as produções textuais por compreender que estes

constituem em instrumentos úteis em investigações relacionadas às ciências sociais,

visto que pode-se buscar as informações de maneira direta aos sujeitos ligados ao

problema. Os questionários, constituídos de cinco questões (anexo), foram aplicados

com os discentes. As produções textuais foram realizadas com a temática “Drogas”,

uma vez que este trata de um assunto atual e instigante.

Page 23: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

CAPÍTULO 4 - A PESQUISA E SEUS RESULTADOS

Para a realização da coleta de dados, foi solicitada pela docente da turma do 9º

ano a produção de um texto com a temática drogas. No momento de viabilizar a

investigação, foi escolhida como instrumentos mediadores da coleta de informações

o questionário e a análise dos documentos.

Assim, enfatiza-se que a priorização pela observação parte do pressuposto de

que os pontos importantes desta técnica são observados, que segundo Freire (1997)

“é altamente reflexiva, quando o olhar está pautado para buscar ver o que ainda não

se sabe. E esse olhar não é vago e sim um olhar focalizado para diagnosticar o

saber e não saber dos grupos pesquisados”.

Para realizar uma pesquisa é necessário que o pesquisador se coloque

próximo ao objeto a ser estudado para que possa efetivamente haver uma maior

interação do pesquisador, local da pesquisa e objeto. A partir daí, há necessidade de

ver o mundo através de um “olhar sensível”.

Como a intenção foi identificar em que medida as relações de escrita através

da internet e salas de bate papo poderiam influenciar na escrita de textos escolares,

foram escolhidas como sujeitos da pesquisa cinco alunos do 9º (nono) ano do

Ensino Fundamental II, uma vez que estes irão, posteriormente, adentrar o Ensino

Médio, além da maturidade mais avançada comparados com os demais discentes

da referida escola. Os sujeitos foram denominados como A1, A2, A3, A4 e A5.

4.1. Análise dos dados

Após a pesquisa de campo, através da qual coletei informações significativas,

faz-se necessária uma análise desses dados, observando a prática textual dos

sujeitos da pesquisa e a interferência da escrita utilizada nas redes sociais nos

textos escritos produzidos em sala de aula.

É inquestionável a crescente utilização das redes sociais, em especial o

Messenger (MSN), Orkut e facebook pelos adolescentes de todo o território

Page 24: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

nacional. Em vista disso, ao perguntar com que frequência a internet é utilizada por

eles, estes afirmaram:

Uso a internet sempre para fazer pesquisas que a professora pede, mas, entro mais no Orkut e no MSN para falar com meus amigos e conhecer novas pessoas. (A1) Adoro a internet. Entro quase todos os dias nas salas de bate-papo da UOL e no Orkut. Pesquiso também. (A2) Só uso a internet de vez em quando, às vezes vou no cyber para fazer pesquisas da escola e usar o MSN. (A3) Uso sempre. Gosto muito de bater papo e conhecer novas pessoas. (A4)

Diante dessas falas, fica evidente o uso constante pelos alunos do 9º ano da

internet e das redes sociais. Percebe-se que estes sujeitos consideram a Internet

como um meio de comunicação entre indivíduos, além desta também ser utilizada

como fonte de pesquisa bibliográfica, como fica evidente na fala de A1.

As respostas acima nos mostram que todos os estudantes consultados fazem

uso da rede para realizar também as pesquisas escolares, em virtude da praticidade

não encontrada em outros suportes de pesquisa, como por exemplo, o livro

(biblioteca), já que pela internet ele tem um leque de possibilidades para pesquisa e

produção de textos.

É perceptível ainda, nas três falas descritas acima, que os discentes usam e,

com frequência, as redes sociais para se comunicarem e interagirem com o mundo

através destas.

Ao perguntar, por meio do questionário, com que frequência utiliza as redes

sociais, os discentes responderam:

Uso quase todos os dias. Quando mainha deixa usar o computador. Abro o Orkut e o MSN. Não conheço o facebook. (A4) Abro meu MSN todos os dias, já virou vício. [risos] (A1) Olho meu Orkut sempre e as vezes entro no MSN. (A5) Normalmente entro dia sim e dia não para ver as novidades no Orkut. (A3)

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As respostas mostraram que é irrefutável a presença constante das redes

sociais no cotidiano dos estudantes, principalmente no uso do Orkut e MSN

(Messenger) que foram os mais mencionados pelos discentes nas respostas ao

questionário. É interessante ressaltar também que estes estudantes apresentam

certa consciência da contribuição da internet para sua formação intelectual, já que a

usam também como fonte de pesquisa.

Ao considerar que o acesso a internet passou a fazer parte do cotidiano dos

nossos estudantes que recorrem, cada vez mais, a esse recurso, questionei aos

alunos a respeito do uso que eles fazem das redes sociais e se a escrita utilizada na

internet, uma escrita que tem como predominância a construção de palavras

abreviadas, tem interferência nos seus textos escritos na escola. Como respostas,

eles disseram:

Tem vezes que a professora passa um texto e acabo esquecendo e escrevo igual ao que escrevo no MSN. Quando ela pede para corrigir, conserto. (A1) Depende. Se a professora quiser que a gente faça o texto em apenas uma aula, tenho que escrever rápido, assim não tem como não escrever algumas palavras abreviadas. (A4) No Msn abrevio as palavras,até porque todo mundo faz isso, mas quando escrevo um texto para entregar a professora, escrevo corretamente. (A5) Não. Escrevo de um jeito na internet e de outro nos textos na sala. (A2)

Ao analisar as falas dos alunos, percebi que alguns deles afirmam não

transcrever as abreviações utilizadas no meio virtual para o papel escrito. No

entanto, percebe-se que alguns também afirmam que dependem do tempo proposto

para a realização da produção escrita em sala de aula.

O sujeito A1, ao declarar que sua escrita é influenciada a depender da ação

do docente, percebe-se que este tem consciência de que se deve escrever de

maneira adequada, ou seja, de acordo com as normas linguísticas.

Já o estudante A4 considera que sua escrita textual depende do tempo que

este tem para a realização desta atividade. Prática essa não tão comum no cotidiano

escolar. Em contrapartida, os discentes A5 e A2 afirmam que não utilizam a mesma

Page 26: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

linguagem da internet nos textos escritos. Isso nos deixa a entender que estes têm

consciência da importância do uso correto da língua portuguesa nos textos escritos.

Ao ler as produções escritas pelos alunos sobre o tema drogas, observa-se a

frequente utilização da linguagem peculiar a internet presente também nos textos

produzidos no ambiente escolar. Os erros mais frequentes podemos observar,

O uso desse produto tem causado muita violência, pq as pessoas usuárias não sabem o q/ fazem [...] p/ aumentar o seu consumo. (A1) Vc q/ ñ usa droga nunca tente esperimentar pq quando ela entra em sua vida é muito difícil dela sair a ñ ser q vc esteja no início [..] (A2) As drogas estão acabando c/ a vida das pessoas. As famílias estão desestruturadas e n conseguem dar conta do vício dos seus filhos [...](A3) Quando a pessoa esperimenta uma vez, acaba ficando viciado e n consegue se livrar mais desse vício [...] (A4) O vício tbm ocorre pq a pessoa n quer fazer nada. Ñ procura um trabalho, um emprego [...] (A5)

Após a análise dos dados coletados, com base nas leituras realizadas acerca

da temática investigada, fica evidente a relevância dessa discussão no contexto

escolar, uma vez que as redes sociais estão a cada dia fazendo parte do

cotidiano do aluno e que, esta linguagem peculiar usada nessa tecnologia, se não

monitorada pelo docente, podem prejudicar a escrita textual dos alunos em sala

de aula.

Assim, cabe ao docente, principalmente aos de língua portuguesa, um

monitoramento e um maior enfoque na diferenciação desse novo tipo de

linguagem, que é utilizado na internet, aos da língua padrão necessários a

qualquer tipo comunicação.

Page 27: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS

A Internet vem transformando a comunicação como nenhuma outra invenção

foi capaz de realizar anteriormente, sendo um grande mecanismo de disseminação

de informação no mundo, propondo ser uma grande ferramenta de interação entre

pessoas e computadores. A Internet trouxe muitas mudanças, até mesmo no

vocabulário usado nas conversas dentro e fora do ambiente virtual.

Os ambientes de comunicação virtual, como as salas de bate-papo, e as redes

sociais são caracterizados pelo uso de uma nova variedade da língua portuguesa,

repleta de abreviações, gírias e emotions (símbolos que representam sentimento),

sem respeito às normas ortográficas. Os textos estão cada vez mais curtos.

Cada época tem tido uma forma própria de comunicar-se: os sons de tambor, o fogo, os sinais com panos ou bandeiras, o bilhetinho, o telefone, o telégrafo, e agora o telefone fixo-móvel, a Internet e os telemóveis. O século XXI não foge à regra de qualquer outra época. As necessidades de comunicação têm sido muitas, o ritmo de vida é muito rápido, e o Homem continua a inventar sempre o material que faz avançar os seus sonhos e sempre aperfeiçoando e indo mais além, de descoberta em descoberta. E assim o homo sapiens está a converter-se em homo digitalis com a introdução, na vida diária, dos computadores, da Internet e dos telemóveis. (BENEDITO, 2003, p. 191)

A comunicação textual na Internet é fundamentada na escrita, apesar dos seus

altos recursos de som e de imagem, a escrita ainda é essencial. Os jovens que

usam a rede tratam a variedade linguística como uma “fala escrita”, ou seja, uma

transposição do falar para a escrita. Porém, é preciso considerar que a ideia de uma

"fala por escrito" deve ser vista com cautela, pois a escrita (regida, em ambientes

virtuais, mais por normas fonéticas do que por normas ortográficas) está entrelaçada

a representações semióticas, não importando qual seja o idioma materno dos

usuários remetentes e destinatários. No que diz respeito a universalização da língua

dos ambientes virtuais, vale considerar a posição de Lévy (1998), que sugere a

hipótese do surgimento de uma linguagem, a "ideografia dinâmica", um hibridismo a

partir do princípio de escritas que utilizam conceitos ou idéias ao invés de símbolos

Page 28: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

fonéticos– com o caráter dinâmico dos novos suportes multimídia. Essa nova

linguagem é uma espécie de interface em que abreviações substituem palavras. A

"ideografia dinâmica" não seria uma nova escrita, atrelada a uma língua, mas uma

nova linguagem, uma forma de comunicação universal, compreensível a todos os

internautas – uma verdadeira revolução nas relações humanas.

A variedade linguística utilizada na Internet não tem nada de caótico, mas

ainda assim muitos pais e professores a temem. Um dos motivos do temor está

relacionado aos mitos difundidos sobre aspectos da variedade da Internet que

poderiam influenciar negativamente o ensino da norma padrão, como a proliferação

de abreviaturas e o uso de semioses.

Então, quando aparecer um "elemento estranho" no texto dos alunos, como

uma abreviatura, mesmo que seja em uma avaliação, o professor não pode culpar a

Internet, apesar das práticas precederem a ela, a sociedade cobra um

posicionamento da escola, mais especificamente, dos professores de língua

portuguesa.

Educadores posicionam-se favoravelmente à inclusão da nova variedade no

rol dos conteúdos de língua portuguesa. Ramal (2003) propõe que a escola deva

valorizar também a linguagem codificada que os alunos usam em ambientes de

comunicação virtual, porém, mostrando as diferenças de uso de acordo com

contexto. Assim como uma tese exige linguagem formal e um bate-papo no bar,

descontração, a comunicação na Internet precisa de códigos e sinais mais rápidos e

curtos. Gírias com os amigos e abreviaturas no computador são adequadas a

determinadas situações comunicativas, num currículo ou carta comercial, a norma

padrão é requisitada. Segundo Ramal (2003, p.28), "o cidadão preparado para o

futuro tem que dominar tantas linguagens quantas forem as janelas que se abrirem

para ele". Apesar da inclusão, não se pode deixar de lado o ensino da norma

padrão, pois a capacidade de decodificar as mensagens na interação virtual está

atrelada à intuição lingüística aguçada.

Com relação à Internet e ao ensino, pode-se fazer duas constatações: (1) os

jovens leem hoje cada vez mais por causa da Internet; e (2) os jovens também

escrevem cada vez mais por causa da Internet, ficando o professor no ambiente

escolar responsável pela correlação entre a norma e o uso da língua, adequada aos

gêneros discursivos, novos ou emergentes.

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A Internet, no que se refere ao uso da língua nesse ambiente virtual, não deve

ser ignorada, uma vez que a linguagem usada na rede por esses usuários também

estão sujeitas a regras e devem ser respeitadas. Cabe ao professor integrar a

linguagem da internet ao rol das variedades sócio-estilísticas da língua, fazendo as

correlações entre a norma e o uso da língua.

Page 30: A linguagem utilizada nas redes sociais e a interferência nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula

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ANEXO 1

ROTEIRO PARA ENTREVISTA COM ALUNOS DO 9º ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL II

1. Você tem acesso à internet? Com que freqüência?

2. Para que você utiliza a internet?

3. Você tem acesso às redes sociais, como: Orkut, facebook, twitter, MSN?

4. Com que freqüência utiliza essas redes sociais?

5. Na sua opinião, a escrita utilizada na internet, ou seja, uma linguagem com

abreviações, tem interferência nos seus textos escritos na escola?