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A LIAHONA A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS ABRIL DE 2001

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Page 1: A LIAHONA - La feuille d'olivier€¦ · A LIAHONA 2 Testemunhas Especiais de Cristo A seguir transcrevemos o texto da apresentação em vídeo feita pela Primeira Presidência e

A LIAHONAA I G R E J A D E J E S U S C R I S T O D O S S A N T O S D O S Ú LT I M O S D I A S � A B R I L D E 2 0 0 1

Page 2: A LIAHONA - La feuille d'olivier€¦ · A LIAHONA 2 Testemunhas Especiais de Cristo A seguir transcrevemos o texto da apresentação em vídeo feita pela Primeira Presidência e

A LIAHONAA IGREJA DE JESUS CR ISTO DOS SANTOS DOS ÚLT IMOS D IAS � ABR I L DE 2001

S U M Á R I O2 TESTEMUNHAS ESPECIAIS DE CRISTO: TEXTO EXTRAÍDO DE UMA APRESENTAÇÃO

EM VÍDEO FEITA PELA PRIMEIRA PRESIDÊNCIA E O QUÓRUM DOS DOZE APÓSTOLOS

25 MENSAGEM DAS PROFESSORAS VISITANTES: COMO AUMENTAR NOSSA FÉ EM JESUS CRISTO

42 ALBIN LOTRIâ: O VALOR DE UMA ALMA MARVIN K. GARDNER

48 COMO UTILIZAR A LIAHONA DE ABRIL DE 2001

E S P E C I A L M E N T E P A R A O S J O V E N S26 VOZES DA IGREJA: CONFIAR EM SEU CUIDADO

“ATÉ QUE NÃO HAJA LUGAR SUFICIENTE PARA A RECOLHERDES” GLORIA OLAVEDAVI MOSTROU O CAMINHO SERGIO ARROYO

30 CONSELHOS E ORAÇÃO DO PROFETA PARA OS JOVENSPRESIDENTE GORDON B. HINCKLEY

O A M I G O2 PÁSCOA: UMA HISTÓRIA PARA CONTAR

4 TEMPO DE COMPARTILHAR: OUVIR A VOZ DE UM PROFETA DIANE S. NICHOLS

6 FAZENDO AMIGOS: NORBERTO HARIJAONA DE ANTANANARIVO, MADAGASCARANITA F. BOTT

9 HINO: O BOSQUE SAGRADO JOAN D. CAMPBELL E HAL K. CAMPBELL

10 HISTÓRIAS DO NOVO TESTAMENTO: JESUS ESCOLHE SEUS APÓSTOLOS

14 FICÇÃO: O DISCURSO T. S. HETTINGER

NA CAPAO Cristo, de Bertel Thorvaldsen.(Fotografia de Craig Dimond) Foto Menor: Fotografia de Acey Harper, de A Missão.

CAPA DE O AMIGOO Cuidado Constante de Deus, de Sheri Lynn Boyer Doty.

VER O AMIGO,PÁGINA 2

VER PÁGINA 30 VER PÁGINA 2

Page 3: A LIAHONA - La feuille d'olivier€¦ · A LIAHONA 2 Testemunhas Especiais de Cristo A seguir transcrevemos o texto da apresentação em vídeo feita pela Primeira Presidência e

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Abril de 2001, Vol. 25, Nº 4A LIAHONA, 21984 059Publicação oficial em português de A Igreja de JesusCristo dos Santos dos Últimos Dias.A Primeira Presidência: Gordon B. Hinckley, Thomas S. Monson, James E. FaustQuórum dos Doze: Boyd K. Packer, L. Tom Perry, David B. Haight, Neal A. Maxwell, Russell M. Nelson,Dallin H. Oaks, M. Russell Ballard, Joseph B. Wirthlin,Richard G. Scott, Robert D. Hales, Jeffrey R. Holland,Henry B. EyringEditor: Dennis B. NeuenschwanderConsultores: L. Lionel Kendrick, Yoshihiko Kikuchi, John M. MadsenAdministradores do Departamento de Currículo: Diretor Gerente: Ronald L. KnightonDiretor de Planejamento e Editorial: Richard M. RomneyDiretor Gráfico: Allan R. LoyborgEquipe Editorial:Editor Gerente: Marvin K. GardnerEditor Gerente Assistente: R. Val JohnsonEditor Adjunto: Roger TerryEditor Assistente: Jenifer GreenwoodEditor Associado: Susan BarrettAssistente de Publicações: Collette Nebeker AuneEquipe de Diagramação:Gerente Gráfico da Revista: M. M. KawasakiDiretor de Arte: Scott Van KampenDiagramador Sênior: Sharri CookDiagramadores: Thomas S. Child, Randall J. PixtonGerente de Produção: Jane Ann PetersProdução: Reginald J. Christensen, Kari A. Couch, Denise Kirby, Kelli Pratt, Rolland F. Sparks Claudia E. WarnerPré-Impressão Digital: Jeff MartinEquipe de Impressão e Distribuição:Diretor Grafico: Kay W. BriggsGerente de Distribuição (Assinaturas):Kris T. ChristensenA Liahona:Diretor Responsável e Produção Gráfica:Dario MingoranceEditor: Luiz Alberto A. Silva (Reg. 17.605)Tradução e Notícias Locais: Dario MingoranceAssinaturas: Cezare Malaspina Jr.© 2001 por Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitosreservados. Impressa no Brasil.REGISTRO: Está assentado no cadastro da DIVISÃO DECENSURA DE DIVERSÕES PÚBLICAS, do D.P.F., sob nº1151-P209/73 de acordo com as normas em vigor.“A Liahona”– © 1977 de A Igreja de Jesus Cristo dosSantos dos Últimos Dias acha-se registrada sob o nú-mero 93 do Livro B, nº1, de Matrículas e OficinasImpressoras de Jornais e Periódicos, conforme oDecreto nº4857, de 9-11-1930. Impressa no Brasilpor ULTRAPRINT Impressora Ltda. – Rua AchillesOrlando Curtolo, 597/617 – Barra Funda – SãoPaulo – SP – 01144-000. ASSINATURAS: Toda correspondência sobre assinaturasdeverá ser endereçada a: Departamento de Assinaturasde A Liahona Caixa Postal 26023, CEP 05599-970 –São Paulo, SP. Preço da assinatura anual para o Brasil: R$ 18,00. Preço do exemplar em nossa agência: R$ 1,80. Para Portugal – Centro de DistribuiçãoPortugal, Rua Ferreira de Castro, 10 – Miratejo, 2800 –Almada. Assinatura Anual: 1.300$00. Para o exterior:Exemplar avulso: US$ 3.00; Assinatura: US$ 30.00. As mudanças de endereço devem ser comunicadas indicando-se o endereço antigo e o novo.Envie manuscritos e perguntas para: Liahona, Floor 24, 50 East North Temple, Salt Lake City,UT 84150-3223, USA. Ou envie um e-mail para: [email protected] “Liahona” (um termo do Livro de Mórmon que significa“bússola” ou “orientador”) é publicada em albanês,alemão, amárico, armênio, búlgaro, cebuano, chinês,coreano, dinamarquês, esloveno, espanhol, estoniano,fijiano, finlandês, francês, haitiano, hiligaynon, húngaro,holandês, ilokano, indonésio, inglês, islandês, italiano,japonês, letão, lituano, malgaxe, marshallês, mongol,norueguês, polonês, português, quiribatiano, romeno,russo, samoano, sueco, tagalo, tailandês, taitiano,tcheco, tonganês, ucraniano e vietnamita. (A periodicidade varia de uma língua para outra.)

COMENTÁRIOS

todos os que estão na escuridão a trilharconosco esse caminho de luz.

Marina Ruseva, Ramo Stara Zagora, Distrito Plovdiv Bulgária

MISSIONÁRIOS SERVEM COM PUREZA

DE CORAÇÃO

Minha filha e eu lemos a Liahona(ucraniano), assim ficamos sabendo arespeito dos acontecimentos atuais d’AIgreja de Jesus Cristo dos Santos dosÚltimos Dias e sobre a vida dos membrosda Igreja em todas as partes do mundo.Fico emocionada quando leio a respeitodos irmãos e irmãs que fazem o trabalhomissionário em muitos países apesar dasdificuldades que possam encontrar. Compureza de coração, grande fé e muito amor,eles visitam cada casa, cada família e fazemesse importante trabalho. Eles nos ajudam,por meio das escrituras e de seu exemplo, a conhecer melhor o Pai Celestial. Essetrabalho não agrada somente aos olhos,mas ao coração.

Leonid Stepanovich Shkolny, Ramo Vynohradars’ka, Distrito Kiev Ucrânia Sviatoshyns’kyi

Nota dos editores: Neste número,“Testemunhas Especiais de Cristo” substitui aMensagem da Primeira Presidência. Osmestres familiares são aconselhados a usaresta mensagem durante o mês de abril.

DEUS ILUMINA NOSSO CAMINHO

Quero dizer a todos os leitores d’aLiahona como é importante ter Deus emnossa vida. Tornei-me uma pessoa total-mente diferente ao filiar-me à Igreja. A vidaé tão mais fácil agora. Sou grata pela sabe-doria, bondade, paciência, proteção e amordo Pai Celestial. Os problemas não desapa-receram; eles ainda existem, mas Deus meajuda a vencer a adversidade.

Sei que da mesma forma que a luz doluar torna visível uma estrada escura, Deusilumina o caminho que nos leva a Seureino. Podemos abrir os braços e convidar

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A B R I L

FORTIFICADA PELA LIAHONA

Sou membro da Igreja desde os oitoanos de idade e gostaria de agradecer-lhespelas mensagens edificantes d’A Liahona(francês). Por causa da revista, sinto-meconsolada e fortificada em saber que hájovens fiéis que permanecem firmes apesarda grande oposição.

Tem sido muito doloroso ver meusamigos afastarem-se do caminho reto.Muitas vezes, penso se terei forças ecoragem para resistir ao convite deles defazer parte do mundo. O testemunhosincero dos jovens publicado na revistatem-me fortalecido muito. É reconfortantesaber que não sou a única jovem a ter espe-rança na verdade, a praticar o evangelho ea lutar para ter princípios elevados. Muitoobrigada por essa ajuda. A Liahona é comouma bússola neste mundo.

Vayana Mataoa, Ala Arue, Estaca Arue Taiti

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TestemunhasEspeciais de Cristo

A seguir transcrevemos o texto da apresentação em vídeo feita pela

Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos d’A Igreja de Jesus Cristo

dos Santos dos Últimos Dias. A apresentação foi transmitida via satélite no

intervalo entre as sessões da conferência geral de 1º e 2 de abril de 2000.

Presidente Gordon B. Hinckley

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A imponente e antiga cidade deJerusalém é sempre uma inspi-

ração para mim. Isso acontece porqueeste lugar guarda marcas do Filho deDeus. Há dois mil anos, o Salvador da humanidade nasceu em Belém,poucos quilômetros ao sul. Aindapequeno, foi trazido para o templo daqui. Nele, Maria eJosé ouviram as maravilhosas profecias de Simeão e Anasobre o infante que fora preordenado Salvador do mundo.

A L I

Ele passou a infância em Nazaréda Galiléia, ao norte de onde estamosagora. Aos doze anos de idade, foitrazido novamente a Jerusalém.Aqui, foi encontrado por Sua mãeconversando com os doutores notemplo, que estavam “ouvindo-o e

fazendo-lhe perguntas”. (TJS, Lucas 2:46)Foi perto daqui que Ele contemplou a cidade e, com

pesar, suspirou: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os

A H O N A

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GRA

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profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantasvezes quis eu ajuntar os teus filhos ( . . . ) e tu nãoquiseste!” (Mateus 23:37)

Jerusalém foi o palco dos momentos finais da vidamortal do Filho de Deus. Aqui Ele sofreu a agonia doGetsêmani, foi preso, julgado, condenado, padeceu a dorindescritível da morte na cruz, foi sepultado na tumba deJosé e ressurgiu triunfante na Ressurreição.

Ninguém pode compreender plenamente o esplendorde Sua vida, a majestade de Sua morte, Suas dádivas a toda a humanidade. Declaramos, assim como o fez ocenturião por ocasião da morte de Cristo:“Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus”.(Marcos 15:39)

Já transcorreram 2.000 anos desde Seu nascimento em

MINISTÉRIO

Élder NealD O Q U Ó R U M D O S

. . . . . . . . . . . . . . . . . .

A B R I L

Belém. Certamente é um momento para O recordarmose renovarmos nosso compromisso para com Ele. Emnossos dias, o Senhor chamou 15 testemunhas especiaispara testificarem de Sua divindade perante o mundo.Eles têm um chamado único: são todos Apóstolos doSenhor Jesus Cristo, escolhidos e comissionados por Ele.Receberam o mandamento de prestar testemunho de Suarealidade viva pelo poder e autoridade do santo aposto-lado com que foram ungidos.

Convido-os a darem ouvidos às palavras dessas teste-munhas especiais. Elas nos falarão de várias partes domundo, testificando do ministério pré-mortal, mortal epós-mortal de Cristo. Rendamos graças a Deus pelo domde Seu Filho, o Redentor do mundo, o Salvador dahumanidade, o Príncipe da Vida e da Paz, o Santo.

PRÉ-MORTAL

A. MaxwellD O Z E A P Ó S T O L O S

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Esse extraordinário telescópio delongo alcance foi cuidadosa-

mente posicionado de modo a ficaracima do nevoeiro e assim tercondições de sondar melhor asgaláxias. E assim é na vida, aoolharmos pelas lentes da fé. Sequisermos ver as coisas com maisclareza, também devemos erguer-nos acima das brumas do mundo.Assim, poderemos tornar nossas aspalavras do hino: “[Vejo] maravi-lhado os grandes feitos ( . . . ) datua mão, ( . . . ) a proclamar teunome na amplidão”. (“GrandiosoÉs Tu”, Hinos, nº 43) Do contrário,

não nos será possível examinar oevangelho universal de Jesus nemenxergar as “coisas como realmentesão”. (Jacó 4:13)

Contudo, ao fixarmos o olhar nocosmo infinito, podemos contemplarhumildemente a vastidão das obrasdivinas. Muito antes de nascer emBelém e ficar conhecido como Jesusde Nazaré, nosso Salvador era Jeová.Já naquele estágio, sob a direção doPai, Cristo era o Senhor do universo,que criou mundos incontáveis — onosso é apenas um deles. (Ver Efésios3:9; Hebreus 1:2.)

Quantos planetas no universo são

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habitados? Não sabemos, mas nãoestamos sós no universo! Deus não éo Deus de um único mundo!

Testifico que Jesus é verdadeira-mente o Senhor do universo, “quepor [Cristo] e por meio dele e dele osmundos são e foram criados; e seushabitantes são filhos e filhas geradospara Deus”. (D&C 76:24)

Por ter-nos comprado (ver I Coríntios 7:23) com Seu sangueredentor (ver Atos 20:28) na grandee maravilhosa Expiação, Jesustornou-Se nosso Legislador. (VerIsaías 33:22.) É pela obediência a Suasleis e mandamentos que poderemos

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voltar, um dia, à presença Dele e denosso Pai Celestial.

Só esses fatos cósmicos já mencio-nados seriam o suficiente para fazercom que nos prostrássemos hoje,bem antes do dia do Juízo Final,ocasião em que todo joelho sedobrará e toda língua confessará queJesus é o Cristo. Testifico que Jesusdesempenhou esses grandiosospapéis de Criador e Legisladormovido pelo desejo de conceder aimortalidade a todos os filhos do Pai Celestial e viver com os mais

O Élder Neal A. M

sit

valorosos no lar de Seu Pai, que temmuitas moradas.

Quando Cristo regressar, não serácomo o manso infante na manje-doura, mas para ser aclamado comoRedentor e Senhor do universo! Emum grande espetáculo no firmamento,as estrelas serão arremessadas de seulugar, como que testemunhando oevento, (ver D&C 133:49), de forma muito mais extraordináriado que na época de Seu nasci-mento, quando “estrelas brilhando[O] banhavam de luz”. (“Jesus

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axwell falando no Observatório Lick n

uado nos arredores de San José, Califó

num Presépio”, Hinos, nº 127)Apesar das inúmeras criações, o

Senhor do universo, que se dá contaaté mesmo da queda de um passa-rinho, é nosso Salvador pessoal eDele presto meu testemunho apostó-lico, no santo nome de Jesus Cristo.Amém!

Élder Russell M. NelsonD O Q U Ó R U M D O S D O Z E

A P Ó S T O L O S

Sempre que olho as estrelas docéu, recordo que, há cerca de

o monte Hamilton,

rnia.

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O Élder Russell M. Nelson falando nos jardins da Praça do Templo em Salt Lake City.

4.000 anos, Jesus o Cristo (falandocomo Jeová, o Deus do VelhoTestamento) fez convênio com o PaiAbraão. Entre as promessas, estava ade que o Salvador do mundonasceria por sua linhagem e de quesua semente se multiplicaria como“as estrelas dos céus”. Além disso,foi-lhe dito que por meio de suadescendência “[seriam] benditastodas as nações da terra”. (Gênesis22:17–18) Esse convênio seriaeterno: duraria até “mil gerações”.(I Crônicas 16:15) Abraão recebeuainda a seguinte garantia: “Estedireito continuará em ti e em tuasemente depois de ti ( . . . ), sim, asbênçãos do Evangelho, que são asbênçãos da salvação, sim, da vidaeterna”. (Abraão 2:11)

Nas escrituras aprendemos que esseconvênio “haveria de ser cumpridonos últimos dias”. (1 Néfi 15:18)

Então, a plenitude de Seu evangelhoseria pregada e muitos verdadeira-mente creriam que Jesus Cristo é oFilho de Deus.

Em 1836, foram conferidas aschaves do “evangelho de Abraão”.(D&C 110:12) Em 1843, o Senhordeclarou ao Profeta Joseph Smith:“Abraão recebeu promessas relativasa sua semente e ao fruto de seuslombos — dos quais tu provéns. ( . . . )Esta promessa é vossa também,porque sois de Abraão”. (D&C132:30–31)

Irmãos e irmãs, vocês tambémtêm direito às grandiosas bênçãosprometidas à linhagem fiel deAbraão. O Senhor explicou quevocês podem receber as bênçãos eresponsabilidades do sacerdócioDele por meio de sua fé, obras elinhagem (declarada em sua bênçãopatriarcal). “Sois herdeiros legais”,

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disse Ele. “Vossa vida e o sacer-dócio permaneceram; e é neces-sário que permaneçam por meio devós e de vossa linhagem.” (D&C86:9–10)

As bênçãos máximas do convênioabraâmico são conferidas nos templossagrados. Elas permitem-nos surgirna Primeira Ressurreição e herdartronos, reinos, principados, poderes e domínios para nossa “exaltação e glória em todas as coisas”. (D&C132:19) O cumprimento do antigoconvênio abraâmico só é possível em virtude do Senhor Jesus Cristo. É graças a Ele que poderemos habitar com Deus, com Ele e nossafamília eternamente. Essa é Sua obra e Sua glória. Eu O amo; testifico Dele e expresso-Lhe minhaeterna gratidão agora e para todo o sempre. Em nome de Jesus Cristo.Amém.

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MINISTÉRIO MORTAL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Élder Joseph B. WirthlinD O Q U Ó R U M D O S D O Z E A P Ó S T O L O S

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O Élder Joseph B. Wirthlin falando em Salt Lake City.

Há dois mil anos, dois viajantesprovenientes de Nazaré — um

homem e uma mulher — divisaramao longe uma cidadezinha, Belém.Ela estava grávida e a longa jornadaera-lhe muito penosa e incômoda.

Devido ao súbito influxo de visi-tantes, todas as estalagens da cidadejá estavam ocupadas. O único localonde José e Maria encontraramabrigo foi num estábulo.

Foram nessas condições que Elenasceu: Jesus o Cristo, o Messias, oFilho Amado de Deus. O Criador desóis, luas e mares bravios estava ali,envolto em panos, nas circunstân-cias mais humildes que a Terrapoderia oferecer

Desde minha infância e ao longo deminha vida, sempre me impressioneicom a bela história do nascimento denosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.A parte mais inspiradora de todas foi oanúncio feito por meio dos profetas doVelho Testamento e do Livro deMórmon. Eles conheciam o plano desalvação e o papel fundamental queJesus desempenharia na redenção detoda a humanidade. Os anjos cantarampara os pastores nos campos paracomunicar o maior acontecimento dahistória e, os magos do orienteseguiram a estrela de Belém. Esseseventos inspirados cativaram-me e

fizeram com que eu aprendesse a amare compreender nosso querido Salvador.

Sua vida não foi muito diferente deSeu nascimento. “Desprezado, e ( . . . )rejeitado ( . . . ), homem de dores, eexperimentado nos trabalhos.” (Isaías53:3) Ele não tinha onde reclinar acabeça. Nos tempos modernos,quando a glória e a fama estão ligadasa troféus e riquezas deste mundo,parece-nos quase impossível que umhomem solitário, sem lar e seminfluência política pudesse modificaro curso da história e da eternidade.

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Mas testifico a vocês que Ele o fez.Jesus o Cristo ensinou as palavras davida. Mostrou o caminho da verdade,da paz e da felicidade. Presto teste-munho de que, quando Ele andoupela Terra, milhares de pessoas Ofitaram nos olhos, ávidas de respostase alívio para seus sofrimentos epesares e ansiando que seus fardosfossem amenizados. Todos os quemiraram os olhos Dele com fé encon-traram a cura, a paz e a felicidade.

Como Apóstolo do Senhor JesusCristo, testifico-lhes hoje que tempo

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virá em que todos contemplaremosos olhos amorosos do Salvador. Eentão saberemos com certeza que acriança que nasceu de Maria é defato o Filho de Deus, o Salvador domundo. Veremos que não há pesardemasiado grande, dor por demaispungente ou fardo tão insuportávelque Seu toque bendito não possaaliviar.

Ele pede que acreditemos Nele,aprendamos Dele e nos esforcemospara seguir Seus ensinamentos. Oropara que nenhum de nós jamais seesqueça da santidade desse aconteci-mento e celebre Seu nascimentoachegando-se a Ele e guardandoSeus mandamentos. Em nome deJesus Cristo. Amém.

O Élder Richard G. Scott falando em

de Salt Lake.

Élder Richard G. ScottD O Q U Ó R U M D O S D O Z E

A P Ó S T O L O S

Todos recordamos nitidamente odia em que nos batizamos e rece-

bemos o Espírito Santo. À medidaque aumenta nossa compreensão dovastíssimo significado da vida deJesus Cristo, do que Ele fez paraabençoar todas as pessoas, essa orde-nança assume uma importânciaainda maior. Realmente vivemos napresença de nosso Pai Eterno e deSeu Filho Amado, nosso Salvador.Todos os mortais que já viveram ouainda viverão nesta Terra optarampor esse privilégio após terem aperfeita compreensão do plano desalvação que guiaria nossa vida aqui.

A L I A H O N A

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frente à pia batismal no Tabernáculo

Somente quem fizer e guardar osconvênios do batismo, obedecerdiligentemente aos mandamentos ereceber todas as demais ordenançasnecessárias terá a alegria completana Terra e viverá eternamente noreino celestial. Para os que verda-deiramente se arrependerem, obatismo proporciona a remissão dospecados devido à Expiação de JesusCristo.

O Salvador disse: “Aquele quenão nascer da água e do Espíritonão pode entrar no reino de Deus”.(João 3:5) Esse é um requisitoindispensável para todos os quedesejarem a plenitude das bênçãosque Ele tem a oferecer. É por issoque realizamos vicariamente nostemplos sagrados a ordenança dobatismo por nossos antepassadosfalecidos. O próprio Mestre foibatizado para “cumprir toda ajustiça”. (Mateus 3:15) Ele é nossoexemplo perfeito em todas ascoisas.

Testifico que nosso Senhor eSalvador, Jesus Cristo, é um serressurreto dotado de perfeito amore compaixão. Presto testemunhode que Ele deu Sua vida para quepudéssemos viver eternamentecom Ele, nosso Pai Celestial enossos entes queridos que semostrarem dignos por meio daobediência aos mandamentos e dorecebimento de todas as orde-nanças da salvação. Testifico sole-nemente que sei que o Salvadorvive.

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O Élder L. Tom Perry falando em Salt Lake City.

Élder L. Tom PerryD O Q U Ó R U M D O S D O Z E

A P Ó S T O L O S

Uma experiência que tivesempre me traz à mente a

alegria que sentimos ao fazer apergunta: “O que o Senhor farianesta situação?”

Eu estava no primeiro destaca-mento de fuzileiros navais que aportouno Japão após a assinatura do tratadode paz que pôs fim à Segunda GuerraMundial. Uma das experiências maistristes de minha vida foi entrar nacidade de Nagasaki, que estava devas-tada. Grande parte dela havia sidototalmente destruída e alguns mortosainda nem tinham sido enterrados.Como tropas de ocupação, montamosnossa base e começamos a trabalhar.

A situação era desalentadora ealguns de nós estávamos dispostos afazer uma contribuição mais significa-tiva. Procuramos o capelão de nossadivisão e pedimos permissão paraajudar a reconstruir as igrejas cristãsdo país. Devido às restrições governa-mentais do período da guerra, elas

quase haviam parado de funcionar. Ospoucos prédios que restaram estavamseriamente danificados. Alguns inte-grantes de nosso grupo prontificaram-se a reconstruir e reformar essascapelas em nossas horas de folga paraque elas estivessem em condições devoltar a receber os fiéis.

Não tínhamos conhecimentoalgum do idioma japonês. Nossa cola-boração resumia-se ao trabalho braçalde reerguer igrejas. Encontramos osministros que se viram impossibili-tados de servir nos anos da guerra e osincentivamos a voltar ao púlpito. Foiuma experiência excepcional acom-panhar esses cristãos no processo deretomada da liberdade de praticar suareligião.

Jamais me esquecerei de algo queaconteceu quando estávamos prestesa sair de Nagasaki para voltar paracasa. Enquanto embarcávamos notrem que nos levaria até o navio,muitos outros fuzileiros ficaramcaçoando de nós. Eles estavam acom-panhados das respectivas namoradasque tinham vindo despedir-se. Eles

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riram de nós e disseram que desperdi-çáramos a parte mais divertida daestada no Japão. Para eles, havíamosperdido nosso tempo prestandoserviço voluntário e pintando paredes.

No auge das críticas, surgiram, doalto de um pequeno morro perto daestação ferroviária, cerca de 200 dos valorosos cristãos japoneses das igrejas que reconstruíramos.Cantando “Com Valor Marchemos”,vieram até nós e encheram-nos depresentes. Depois, enfileiraram-se aolongo dos trilhos, e quando o tremcomeçou a andar, estenderam osbraços, e tocamos os dedos aopartirmos. Nem conseguíamos falar; aemoção era forte demais. No entanto,estávamos gratos por ter dado nossahumilde contribuição para ajudar arestabelecer o cristianismo em umanação arruinada pela guerra.

Sei que Deus vive. Sei que somostodos Seus filhos e que Ele nos ama.Sei que Ele enviou Seu Filho aomundo para realizar o sacrifícioexpiatório por toda a humanidade eque quem aceitar Seu evangelho e Oseguir receberá a vida eterna, o maiorde todos os dons de Deus. Sei que,por intermédio do Profeta JosephSmith, o Salvador esteve à frente daRestauração do evangelho na Terra.Sei que só teremos alegria e felicidadeduradoura em nossa experiênciamortal se O seguirmos, obedecermosà Sua lei e guardarmos Seus manda-mentos. Ele vive. Este é o teste-munho que lhes presto em Seu santonome, Jesus Cristo. Amém.

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O Élder Henry B. Eyring falando nas escadarias orientais do Templo de

Salt Lake.

Élder Henry B. EyringD O Q U Ó R U M D O S D O Z E

A P Ó S T O L O S

Este prédio tem a seguinteinscrição em sua fachada

oriental: “A Casa do Senhor”. Naprimeira vez que entrei neste templo,tive a impressão de já ter estado aquiantes. Em um instante, veio-me opensamento de que aquela sensaçãoera uma paz superior a tudo o que eu jávivenciara antes na vida, mas que euparecia reconhecer e quase lembrar.

Conhecíamos o Pai Celestial e SeuFilho Amado antes de virmos paraesta vida. Sentimos paz com Elesnaquele estágio e ansiamos por estarcom Eles novamente, ao lado de nossafamília e das pessoas a quem amamos.

Os templos dedicados são lugaressagrados que o Salvador ressurretopode visitar. Neles podemos sentir apaz que desfrutávamos em Suapresença na existência pré-mortal.Nos templos podemos fazer osconvênios que nos ajudarão a vir aEle nesta vida e que Lhe permitirão,

caso sejamos fiéis a nossas promessasa Ele, levar-nos de volta ao lar celes-tial, para junto do Pai, com nossafamília, no mundo vindouro.

Todas as partes desses prédios etudo o que acontece dentro delesrefletem o amor do Salvador por nóse nosso amor por Ele. Certo dia, sentiisso neste templo. Eu encontrava-menuma das torres, num local visitadopor poucas pessoas desde a dedicação.Numa sala pequena e raramenteusada, vi uma bela obra de arte emmadeira do tempo dos pioneiros.

Lembro-me de ter ficado profun-damente impressionado ao pensarnos artistas que a tinham esculpido efeito o acabamento. Eles haviamrealizado uma tarefa árdua, semequipamentos elétricos, em um lugarpraticamente esquecido por todos,com exceção de seres celestiais e doSenhor a quem amavam. Eles nãofizeram aquela obra para os homensou com o intuito de serem reconhe-cidos, mas para o Senhor, para a casaDele. Sabiam, assim como eu sei, que

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Ele vive e que pedira a Seu povo quese reunisse e fosse digno de cons-truir-Lhe uma casa para que Elepudesse orientá-los e abençoar a elese as famílias.

Sei que Ele vive, que JosephSmith foi Seu profeta e recebeuvisões não apenas do formato dasjanelas do primeiro templo, mas dogrande número de templos espa-lhados por toda a Terra. O Senhor,em Sua bondade e amor, confiou aschaves do sacerdócio exercido nessestemplos a Seus servos a fim de aben-çoar a nós e nossos familiares fale-cidos e concluir a obra para Seuretorno glorioso. Sei que isso éverdade. Traz-me paz ao coração. Emnome de Jesus Cristo. Amém.

Élder Robert D. HalesD O Q U Ó R U M D O S D O Z E

A P Ó S T O L O S

Tenho grande amor pelas escri-turas. Gosto muito de ler sobre a

experiência mortal de Jesus Cristo.Há inúmeras passagens de Sua vidaque podem nos elevar, inspirar-nos efortalecer-nos em nossos momentosde necessidade. Para mim, um doscapítulos mais sagrados de todas asescrituras é João 17. O capítulointeiro é uma oração intercessória deJesus Cristo a Seu Pai. Em outraspalavras, Ele diz: “Quisera que omundo Te conhecesse como Teconheço”. Ele garantiu ao Pai quefizera tudo o que Lhe fora pedido.

Às vezes, nem nos damos contada extraordinária obediência do

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Salvador. Tudo o que Ele fez e dissefoi por obediência a Seu Pai. Todosos Seus atos, como estender a mãoaos pobres e preocupar-Se com eles,chamar os discípulos, ensinar naPalestina e nas Américas, foramordenados por Seu Pai. Ele não fazianada por Si próprio. De fato,declarou: “Nada faço por mimmesmo; mas falo como meu Pai meensinou”. (João 8:28) Que exemploperfeito de obediência!

Nas escolhas que fazemos na vida,precisamos conhecer o Salvador.“Vem, ( . . . ) segue-me.” (Mateus19:21) Essa simples admoestaçãoDele poderia transformar porcompleto a existência humana, sepermitíssemos. Ele tem o poder de

O Élder Robert D. Hales falando nos

tornar nossos fardos leves se nosachegarmos a Ele.

Como Apóstolo do Senhor JesusCristo, tenho a oportunidade detestificar como uma testemunhasagrada do Salvador. Meu maiordesejo é que meu testemunho venhaa penetrar o coração dos que oouvirem.

Sei que Jesus Cristo vive. Sei queEle guia e dirige Sua Igreja por inter-médio de revelação a Seus profetasna atualidade. Se tivermos fé emnosso Salvador, Ele nos ajudará asuperar nossas dificuldades e tribula-ções, e conseguiremos perseverar atéo fim e retornar à Sua presença apósesta provação mortal. Ele vive econhece e ama cada um de nós. Ele

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jardins do Templo de Bountiful Utah.

deseja muito abençoar-nos; só preci-samos voltar-nos para Ele. Dissopresto meu humilde testemunho, emnome de Jesus Cristo. Amém.

Élder David B. HaightD O Q U Ó R U M D O S D O Z E

A P Ó S T O L O S

Nunca esqueço o momento emque o Presidente Spencer W.

Kimball, alguns anos atrás, pediu queeu fosse até o quarto andar dotemplo. Eu estava trabalhando comoAssistente dos Doze e ele chamou-me para conversar. Ele disse: “David,você pode vir agora?” Respondi:“Posso, presidente”. E ele insistiu:“Neste instante”. A caminho dotemplo, meu coração batia acele-rado, sem saber o motivo daqueleconvite do Presidente Kimball.

O Presidente Kimball levou-me auma sala onde eu jamais estivera e láme entrevistou, fazendo perguntassobre minha dignidade. Obviamente,fiquei assustado pelo fato de eleconversar comigo daquela forma,principalmente porque eu não tinha amenor idéia do que fora fazer ali. Emseguida, fez sinal para que nos levan-tássemos. Quando estávamos os doisde pé, ele tomou-me pela mão e disse:“Com todo o amor que há em meucoração, estou chamando-o parapreencher a vaga do Quórum dosDoze”. Ao ouvir isso, achei que iriadesfalecer, tamanho o susto.

Fiquei desconcertado. Nas noitesinsones que passei depois daqueleanúncio, não conseguia parar de

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pensar na responsabilidade que mefora confiada. Ao comunicar-me, oPresidente Kimball não disse: “ComoPresidente da Igreja”, “ComoProfeta” nem “Por minha autori-dade”. Disse, isto sim, com a humil-dade que lhe era tão peculiar: “Com todo o amor que há em meu coração”. Ele estava tentandoensinar-me que o amor é essencial, o amor que o Salvador espera que desenvolvamos, demonstremos,externemos e sintamos no coração ena alma a fim de ensinarmos o evan-gelho como Lhe convém.

Ao reunir-me com pessoas detodo o mundo e prestar testemunhodo Deus vivo, tenho a sensaçãocálida e agradável no coração de queEle é real, de que vive e é nosso Pai

O Élder David B. Haight falando no

Celestial e de que Jesus é o Cristo, oFilho Unigênito de Deus na carne.Sei que isso é verdade. Assim, trans-mito-lhes meu testemunho, meuconhecimento e o ardor que há emmeu coração sobre a veracidadedessas coisas. Em nome de JesusCristo, nosso Salvador. Amém.

Élder Dallin H. OaksD O Q U Ó R U M D O S D O Z E

A P Ó S T O L O S

Ao fim de Seu ministério, Jesusinstituiu o sacramento da Ceia

do Senhor. Partiu o pão, abençoou-oe distribuiu-o aos discípulos dizendo:“Tomai, comei, isto é o meu corpo”.(Mateus 26:26) “Fazei isto emmemória de mim”. (Lucas 22:19) Etomando o cálice, deu graças e disse:

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Edifício de Escritórios da Igreja.

“Isto é o meu sangue, o sangue donovo testamento, que é derramadopor muitos, para remissão dospecados”. (Mateus 26:28)

O sacramento da Ceia do Senhor éa renovação dos convênios e bênçãosdo batismo. Recebemos o manda-mento de arrependermo-nos denossos pecados, achegarmo-nos aoSenhor com o coração quebrantado eo espírito contrito e tomarmos o sacra-mento. Ao comermos o pão, testifi-camos que estamos dispostos a tomarsobre nós o nome de Jesus Cristo,recordá-Lo sempre e guardar Seusmandamentos. Quando cumprimosesse convênio, o Senhor restaura oefeito purificador de nosso batismo.Tornamo-nos limpos e podemos tersempre Seu Espírito conosco.

Participar do sacramento, reno-vando nossos convênios e santifi-cando-nos, é a parte mais importanteda adoração do Dia do Senhor paranós santos dos últimos dias. Fazemosisso em lembrança do sangue do FilhoUnigênito de Deus, Jesus Cristo, emQuem está centrada nossa fé. Ele énosso Salvador e Redentor.

Neste ano em que comemoramosos 2.000 anos do nascimento deCristo, somo meu testemunho ao deSeus outros Apóstolos. Presto teste-munho de que Ele vive e nos ama.Testifico que, como a Luz e Vida doMundo, Ele proporcionou-nos omeio de voltarmos a nosso lar celes-tial para vivermos ao lado de Deusnosso Pai Eterno e desfrutarmos Suasbênçãos mais sublimes, a saber, a

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O Élder Dallin H. Oaks falando numa capela localizada no Joseph Smith

Memorial Building em Salt Lake City.

vida eterna, o maior de todos os donsde Deus. Em nome de Jesus Cristo.Amém.

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Élder Jeffrey R. Holland falando no Jardim do Getsêmani.

Élder Jeffrey R. HollandD O Q U Ó R U M D O S D O Z E

A P Ó S T O L O S

Poucos lugares da Terra são tãosagrados e importantes como

este pequeno bosque aqui no Montedas Oliveiras em Jerusalém. Foi aquino Jardim do Getsêmani, na Suaúltima noite da mortalidade, queJesus deixou Seus Apóstolos emergulhou sozinho nas profundezasda agonia que constituiriam Seusacrifício expiatório pelos pecados detoda a humanidade.

Respirando com dificuldade, dejoelhos, curvado, exclamou: “Aba,Pai, todas as coisas te são possíveis;afasta de mim este cálice; não seja,porém, o que eu quero, mas o que tuqueres”. (Marcos 14:36)

Ao parar para refletir, qualquerseguidor de Cristo fica assombradocom o fato de o sacrifício voluntário e

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isericordioso de um único Ser satis-azer às exigências infinitas e eternas daustiça, expiar todos os erros humanos,uportar todas as enfermidades mortais sentir todas as angústias, pesares aflições de todas as pessoas. Masestifico que é exatamente isso o que

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Cristo fez por todos nós. Presto meusolene testemunho de que a Expiaçãode Jesus Cristo estabeleceu os alicercesda compaixão e constitui o âmago doplano eterno de Deus para nossasalvação e felicidade.

Não seria de esperar que tambémnos portássemos com serenidade ereverência aqui? Não seria de esperarque fizéssemos convênios sagradosem vista do amor que se demonstrouaqui? Não seria de esperar queCristo, o maior de todos, tivesse

este local tomado a taça amargaem retroceder para que não preci-ássemos sofrer caso nos arrependês-emos e viéssemos a Ele?

Manifesto meu assombro e reve-ência, minha adoração e teste-unho apostólico Dele em Seu

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nome redentor, o nome do SenhorJesus Cristo. Amém.

Presidente Gordon B.Hinckley

Fora dos muros de Jerusalém, nesteou em outro local das proximi-

dades, ficava a tumba de José deArimatéia, onde foi sepultado o corpodo Senhor. No terceiro dia após Suamorte, “Maria Madalena e a outraMaria foram ver o sepulcro.

E eis que houvera um grandeterremoto, porque um anjo doSenhor, descendo do céu, chegou,removendo a pedra da porta, esentou-se sobre ela. ( . . . )

Mas o anjo ( . . . ) disse às mulheres:Não tenhais medo; pois eu sei que

O Presidente Gordon B. Hinckley fal

buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressus-

citou, como havia dito. Vinde, vede olugar onde o Senhor jazia”. (Mateus28:1–2; 5–6)

Essas são as palavras mais reconfor-tantes de toda a história da humani-dade. A morte, até então universal eirreversível, fora conquistada. “Ondeestá, ó morte, o teu aguilhão? Ondeestá, ó inferno, a tua vitória?” (I Coríntios 15:55)

A primeira pessoa a quem oSenhor ressurreto apareceu foiMaria. Ele falou-lhe e ela respondeu.Ele era real, estava vivo, Ele cujocorpo fora sepultado. Não é de estra-nhar que, ao vê-Lo pouco depois comas marcas nas mãos e no lado, Tomé

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ando no Jardim do Sepulcro.

tenha exclamado enlevado: “Senhormeu, e Deus meu!” (João 20:28)

Isso jamais acontecera. Antes, nãohavia esperança para a morte. Agorahavia a vida eterna. Somente um Deuspoderia ter feito isso. A Ressurreiçãode Jesus Cristo foi o grandioso eventoque coroou Sua vida e missão, o pontoculminante da Expiação. O sacrifíciode Sua vida por toda a humanidadenão seria completo se Ele não ressur-gisse do sepulcro com a garantia daRessurreição para todos os que jáhouvessem vivido na Terra.

De todas as vitórias já registradasnos anais da história da humanidade,nenhuma é tão importante, tãouniversal em seus efeitos e de conse-qüências tão eternas quanto o triunfo

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O Élder M. Russell Ballard em frente à ampliação feita por Grant Romney

Clawson da pintura de Harry Anderson “Portanto Ide, Fazei Discípulos de

Todas as Nações”.

do Senhor crucificado sobre a tumbanaquela primeira manhã de Páscoa.

Todos os que presenciaram esseacontecimento, todos os que viram eouviram o Senhor ressurreto oufalaram com Ele testificaram da reali-dade desse que foi o mais sublime dosmilagres. No decorrer dos séculos, Seusseguidores viveram e morreram procla-mando a veracidade desse fato divino.

A todos esses testemunhos acres-centamos o nosso e testificamos Deleque morreu na cruz do Calvário eressuscitou em fulgurante esplendorcomo Filho de Deus, o Mestre davida e morte.

Élder M. Russell BallardD O Q U Ó R U M D O S D O Z E

A P Ó S T O L O S

Quando o Salvador deu a SeusApóstolos o mandamento de

“[ir] por todo o mundo” (Marcos16:15), Sua Igreja era muito pequenae seus membros estavam espalhadosna região geográfica hoje conhecidacomo Oriente Médio. Seus dinâ-micos Apóstolos, como Pedro, Tiago,João e Paulo, viajando quase semprea pé ou de barco, fizeram tudo a seu alcance para manter o pequenorebanho unido.

Mas as distâncias e a falta decomunicação dificultavam sobrema-neira o trabalho. Eles própriossabiam que no futuro ocorreria uma“apostasia” dos ensinamentos doevangelho (II Tessalonicenses 2:3);também tinham ciência de que nofinal dos tempos haveria na Terra a

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restauração da plenitude do evan-gelho de Jesus Cristo. Testifico queal Restauração ocorreu, começandoom a visita do Pai Celestial e doenhor Jesus Cristo ao Profetaoseph Smith na primavera de 1820.

Desde aquele dia glorioso, mais de0 homens foram chamados paraervir como Apóstolos com as mesmasesponsabilidades dos Apóstolos origi-ais: ensinar a todas as nações queesus é o Cristo, o Filho de Deus nossoai Eterno. Hoje, somos abençoadosm nosso trabalho com aviões a jato e notável tecnologia que estendem olcance de nosso ministério aosonfins da Terra. Desde 1820, mais de50.000 missionários de tempo inte-ral já serviram no mundo, ensinando testificando em mais de 100 idiomas em 137 países e territórios.

Testifico-lhes que é da vontade deosso Pai Celestial, por meio de Seuilho Amado, o Senhor Jesus Cristo,ue esta obra maravilhosa avance. Éor Ele e por intermédio Dele que

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nossos missionários prestam seuhumilde e sincero testemunho. Soutestemunha disso. Aprendi por mimmesmo a veracidade desta obra e dadivindade do Salvador enquantoservia como missionário de tempointegral na Inglaterra 50 anos atrás.Meu conhecimento é ainda maissólido hoje, enriquecido por experiên-cias que são por demais numerosas esagradas para relatar.

Este é o evangelho Dele. Ele está àfrente: santo, divino, soberano, cheiode poder, majestade, graça e verdade.Ele viveu por nós e morreu por nósporque nos ama. Amo-O de formamais profunda e intensa do que as pala-vras me permitem expressar. Ele é meuSenhor, Salvador, Redentor e amigo.Sei que Jesus Cristo é o Filho de Deusnosso Pai Eterno. Ele vive e atualmentedirige Sua Igreja por meio de Seuprofeta e Seus Apóstolos. Sua grandeobra continuará a rolar até encher todaa Terra. Esse é meu testemunho emnome do Senhor Jesus Cristo. Amém.

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MINISTÉRIO PÓS-MORTAL

Presidente Boyd K. PackerP R E S I D E N T E I N T E R I N O D O Q U Ó R U M D O S D O Z E A P Ó S T O L O S

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O Presidente Boyd K. Packer falando no Templo de Kirtland.

Neste recinto, em 3 de abril de1836, foi cumprida uma

profecia feita mais de dois mil anosantes. As últimas palavras do VelhoTestamento, proferidas pelo ProfetaMalaquias, diziam: “Eis que eu vosenviarei o profeta Elias, antes quevenha o grande e terrível dia doSenhor;

E ele converterá o coração dospais aos filhos, e o coração dos filhosa seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição”.(Malaquias 4:5–6)

Quando o anjo Morôni apareceuao Profeta Joseph Smith, citou váriasescrituras, entre elas essa deMalaquias que hoje figura na Seção 2de Doutrina e Convênios. Então,naquele dia de abril de 1836, JosephSmith e Oliver Cowdery estavamnesta sala e ajoelharam-se em oraçãosolene e silenciosa e, ao levantarem-se, disseram: “Retirou-se o véu denossa mente e abriram-se os olhos denosso entendimento.

“[E vimos] o Senhor de pé no para-peito do púlpito.” (D&C 110:1–2)

O Senhor dirigiu-lhes a palavra.Em seguida, Moisés apareceu econferiu-lhes as chaves da coligaçãode Israel e Elias outorgou-lhes aschaves do evangelho de Abraão.Finalmente, surgiu Elias, o profeta,

repetindo a declaração que fizerasobre o coração dos pais voltar-separa os filhos e o dos filhos para ospais. Logo depois, declarou: “Assimsabereis que o grande e terrível diado Senhor está ( . . . ), às portas”.(D&C 110:16)

Esta obra maravilhosa está indoavante em nossos dias: o trabalho dehistória da família, o trabalho dotemplo, por meio do qual as famíliasestão sendo unidas para toda a eter-nidade. Num mundo que está dege-nerando-se com o enfraquecimento

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das famílias, esta obra está progre-dindo em toda parte. É uma obradivina, criada pelo Senhor. Elepróprio a introduziu, ao vir até estelocal e apresentar Elias, o profeta,que conferiu as chaves necessárias.

Presto testemunho de que Jesus éo Cristo, de que esta obra é celestiale não poderia ser concebida pelamente humana. É verdade, Jesus é oCristo, Ele vive, Ele dirige e governaesta Igreja. Disso presto meu solenetestemunho. Em nome de JesusCristo. Amém.

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Presidente James E. FaustS E G U N D O C O N S E L H E I R O N A

P R I M E I R A P R E S I D Ê N C I A

Sinto-me honrado por estar nestelocal sagrado na histórica

Nauvoo, que também era conhecidacomo Cidade de Joseph, por causa deJoseph Smith, seu fundador. Foi eleque teve a visão de Deus o Pai e SeuFilho, Jesus Cristo, no BosqueSagrado em Palmyra, Estado de NovaYork. Sua vida é um testemunho deque ele trabalhou lado a lado comCristo para trazer mais verdade,chaves e autoridade espirituais àTerra do que qualquer outro profeta.

Grande parte da significativahistória dos primórdios de nossa

O Presidente James E. Faust falando

Igreja desenrolou-se neste local.Aqui foi erigido um templo magní-fico, o segundo a ser edificado nestadispensação. O Templo de Nauvoofoi construído para que os membrosda Igreja pudessem receber asmaiores bênçãos que Deus tem paraSeus filhos.

Ao andar por entre os alicercessagrados do Templo de Nauvoo,tenho uma sensação indescritível. Noúltimo dia antes de o templo serfechado e os santos partirem, muitosestavam praticamente morando nele.Meus bisavós, John e Jane Akerley,estavam entre os derradeiros a rece-berem as bênçãos do templo nesteprédio maravilhoso, em 3 de fevereiro

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em Nauvoo, Illinois — a Cidade de Jo

de 1846. E foi providencial, pois JohnAkerley morreu em Winter Quarters.Dentro de pouco tempo, este temploadmirável será reconstruído para aglória do Senhor.

Aqui ficava a pia batismal do templo. O Senhor disse aNicodemos: “Aquele que não nascerda água e do Espírito, não podeentrar no reino de Deus”. (João 3:5)A salvação tanto para os vivos comopara os mortos depende dessa e deoutras ordenanças, e isso tudo sóvem a corroborar firmemente minhacrença de que Jesus é o Cristo.

Ao longo das muitas e cruciantesprovações da vida (com as quaissempre me deparo em meu chamado),

seph.

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O Presidente Thomas S. Monson falando no Edifício Grandin em Palmyra,

Nova York.

procuro ajoelhar-me com o espíritohumilde e buscar auxílio na únicafonte possível. Muitas vezes o fizprofundamente angustiado, supli-cando ardentemente a Deus que meconcedesse forças para realizar otrabalho que aprendi a amar mais doque a própria vida. Em algunsmomentos, senti a terrível solidão dador e do sofrimento, a pungenteagonia, as bofetadas de Satanás e ocálido e envolvente consolo doEspírito do Mestre.

Também já me senti sobrecarre-gado e tive dúvidas a respeito deminha própria capacidade e digni-dade e a sensação momentânea deter sido esquecido e abandonado,logo depois recebendo um fortaleci-mento mil vezes superior. Por diversasvezes escalei o monte Sinai espiritual,procurando comunicar-me e receberinstruções. Foi como se eu realmentetivesse passado pelo Monte daTransfiguração, sentido grande forçae poder na presença de Deus. Umsentimento sagrado e especial temsido uma influência revigorante e nãoraro uma companhia muito íntima.

Ao servir no chamado do santoapostolado, reconheço que sou umhomem muito comum. Contudo,admito ter recebido um dom especial:o conhecimento seguro de que Jesusde Nazaré é nosso Divino Salvador.Sei que Ele vive. Sei que por meio daindescritível agonia da Expiação, oshomens e mulheres, caso se arre-pendam, podem ser perdoados deseus pecados. Em virtude do milagre

da Ressurreição, todos vencerão amorte. Sinto Seu amor e fico assom-brado ao pensar no preço que pagoupor todos nós. Às vezes me perguntoquantas gotas de sangue Elederramou por mim. Esse é o teste-munho que presto Dele e o faço emnome de Jesus Cristo. Amém.

Presidente Thomas S.MonsonP R I M E I R O C O N S E L H E I R O

N A P R I M E I R A P R E S I D Ê N C I A

Vemos aqui o Edifício Grandinque foi reformado com todo o

cuidado e fidelidade ao original eestá situado em Palmyra, Nova York.O objetivo da restauração foi“conservar a integridade histórica doprédio, permitindo aos visitantesmergulhar na atmosfera daquelemomento histórico”.

Este é o local em que foi rodada aprimeira edição do Livro deMórmon, com tiragem de 5 milexemplares, cifra impensável parauma gráfica do interior. O Sr. E. B.

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Grandin adquirira novas máquinas,entre elas a recém-lançada PrensaSmith, em Nova York. Essa máquinausava tecnologia mais avançada queas demais existentes na época epermitiu ao Profeta Joseph Smithimprimir o Livro de Mórmon maisperto de casa.

Retrocedamos um pouco naspáginas da história para darmos odevido valor a uma das maiores mara-vilhas da civilização, a invenção dotipo móvel. Antes dessa descoberta deGutenberg, escrevia-se tudo a bico depena, letra por letra, linha por linha,página por página. Foi com o tipomóvel que o Sr. Grandin imprimiu oLivro de Mórmon, composto minucio-samente pelas mãos de um tipógrafohabilidoso que, com a memória e aexperiência acumulada, conheciatodos os tipos, matrizes e tamanhosexistentes. Depois de formada, apágina recebia uma camada de tinta,era impressa e estava pronta para aencadernação.

O Senhor trouxe ao mundo o

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O Presidente Monson falando no monte Cumora.

Livro de Mórmon em um momentoda história em que os métodosgráficos facilitariam sua difusão portodo o mundo. Atualmente, as novasmáquinas permitem que a Igrejaimprima e distribua anualmentemilhões de exemplares do Livro deMórmon.

Agora gostaria de relatar-lhes umaexperiência que tive há vários anos nosul dos Estados Unidos quando, apósuma conferência de estaca, uma irmãveio até mim e perguntou: “O Senhorconhece o Élder Delbert L. Stapley?”Respondi que eu e ele éramosApóstolos do Senhor e servíamosjuntos na obra do Mestre. Então, elaentregou-me um exemplar do Livro deMórmon que trazia uma dedicatória ea assinatura de Delbert L. Stapley.Explicou que sua avó recebera aquelelivro do jovem Élder Stapley. Emseguida, pediu: “Poderia mostrar esselivro ao Élder Stapley e dizer-lhe quecentenas dos descendentes de minhaavó foram convertidos por meio dele eque eles, por sua vez, levaram amensagem do Livro de Mórmon amuitas outras pessoas?”

Mostrei aquele Livro de Mórmoncom a dedicatória ao Élder Stapley.Muito atento, ele ouviu minhanarração de como o livro caíra emminhas mãos. Examinou sua assina-tura em silêncio e disse: “Hoje é umdos dias mais felizes de minha vida”.

Tenho o testemunho pessoal deque o Livro de Mórmon muda a vidadas pessoas. É de fato outro testa-mento de Jesus Cristo.

[O PRESIDENTE MONSON FALA

AGORA NO MONTE CUMORA.]

Que privilégio é estar aqui nomonte Cumora e refletir sobre

os significativos acontecimentos queocorreram em 22 de setembro de1827, quando um profeta de origemrural pegou uma carruagem e, nomeio da noite, dirigiu-se a este monteonde receberia um registro antigo dasmãos do anjo Morôni. Em um períodoincrivelmente curto, esse rapaz depouca instrução traduziu um livro quecontinha detalhes de 1.000 anos dehistória e em seguida cuidou dospreparativos para sua distribuição.

A trajetória de Joseph Smith foipermeada de críticas impiedosas ecaracterizada por esforços sobre-humanos. Mas ele não vacilou nem

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esmoreceu. Posteriormente, declarou:“( . . . ) Pela sabedoria de Deus [asplacas] continuaram [seguras] emminhas mãos até que cumpri, pormeio [delas], o que me fora requerido.Quando o mensageiro [as] reclamou,de acordo com o combinado, entre-guei[-as] a ele”. (Joseph Smith —História 1:60)

Este local belo e florido atrailiteralmente milhões de visitantes,que na maioria dos casos vêmassistir ao espetáculo teatral ence-nado ao ar livre no monte Cumora.As pessoas costumam vir movidaspela curiosidade, mas saem daquicom a alma tocada pelo Espírito doSenhor.

O Livro de Mórmon é uma novatestemunha de Jesus Cristo. Sua

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O Presidente Hinckley falando no Bosque Sagrado.

mensagem é para toda a Terra eajuda os leitores a chegarem aoconhecimento da verdade. Respondeà pergunta profunda e universal queencontrou sua melhor tradução nasseguintes palavras de Jó: “Morrendoo homem, porventura tornará aviver?” (Jó 14:14)

Há muitos anos, fui chamado aoleito de morte de um jovem, RobertWilliams. A esposa e os filhos nãosaíam de seu lado. Estávamostentando ser fortes, mas não conse-guíamos conter as lágrimas. Robertperguntou-me: “Para onde irá meuespírito quando eu morrer?” Fiz umaoração silenciosa. Logo depois, vi namesa-de-cabeceira um exemplar dacombinação tríplice das escrituras.Peguei o livro e folheei-o.

Subitamente, percebi que, semnenhum esforço de minha parte,parara no capítulo 40 de Alma, noLivro de Mórmon. Li o seguinte paraRobert: “Eis que me foi dado saberpor um anjo que o espírito de todosos homens, logo que deixa este corpomortal, sim, o espírito de todos oshomens, sejam eles bons ou maus, élevado de volta para aquele Deusque lhes deu vida.

E ( . . . ) o espírito daqueles quesão justos será recebido num estadode felicidade, que é chamado paraíso,um estado de descanso, um estado depaz, onde descansará de todas as suasaflições e de todos os seus cuidados etristezas”. (Alma 40:11–12)

Ao continuar a ler sobre aRessurreição, um brilho despontou

no rosto de Robert, um sorrisoadornou-lhe os lábios e seu corpocansado e enfermo adormeceu.Despedi-me de sua esposa e filhos.Só voltei a vê-los no funeral deRobert. Volta e meia, minha menteregressa àquela noite em que umjovem suplicou para ouvir a verdadee, no Livro de Mórmon, encontrou aresposta que buscava.

Fui eu que li a passagem, masDeus é quem virara as páginas.Nosso Pai Celestial verdadeiramenteouve nossas orações, em Seu própriotempo e a Seu próprio modo. Prestoo testemunho apostólico de queJesus é o Salvador do mundo e deque Ele e Seu Pai apareceram aoProfeta Joseph Smith para dar inícioa esta dispensação da plenitude dos

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tempos e isso declaro em Seu santonome, o de Jesus Cristo. Amém.

Presidente Gordon B.Hinckley

Este é o Bosque Sagrado. Estesolo santo é reverenciado pelos

membros da Igreja do mundo inteiro.É aqui que tudo começou, o milagredesta grande obra que se irradiou portoda a Terra. Foi aqui que ocorreu aPrimeira Visão. Foi aqui que Deus, oPai Eterno, apareceu com Seu FilhoAmado, Jesus Cristo, o Senhorressurreto. O Pai, apontando paraSeu Filho anunciou: “Este é MeuFilho Amado. Ouve-O!” (JosephSmith — História 1:17)

Dão-se conta da importânciadessa declaração? Aqui estava Deus,

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o Pai Eterno, o Todo-Poderoso, testi-ficando em palavras simples. Jamaishouve um testemunho mais expres-sivo ou veemente a respeito doSenhor Ressurreto do que esse pres-tado por Seu próprio Pai.

O véu que se mantivera cerradodurante séculos agora se abria.Começava uma nova e gloriosadispensação que ainda reservavaoutras revelações sublimes. Outrotestamento de Jesus Cristo foitrazido à luz para testificar qual umavoz clamando desde o pó. O santosacerdócio, conferido originalmentepelo Mestre aos apóstolos de Suaépoca, foi restaurado para oshomens vivos por esses mesmosApóstolos, agora ressurretos.Seguiu-se uma verdadeira “nuvemde testemunhas” com chaves e

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. . . . . . . .

poderes para levar a cabo a restau-ração da Igreja estabelecida porJesus Cristo quando de Suapassagem pela Terra, que agora seriaconhecida como A Igreja de JesusCristo dos Santos dos Últimos Dias.

Aqui, exatamente neste lugar,findou a longa noite de apostasia eraiou a gloriosa aurora de uma novaera. O próprio Deus foi visto eouvido. Aqui, em meio a essasárvores que inspiram tanta tranqüili-dade, neste local extremamentesagrado, a natureza da Deidade foinovamente revelada.

A mente receptiva e livre deidéias preconcebidas de um meninotornou-se o veículo ideal para a reve-lação que aqui foi concedida e asmuitas outras que se seguiram. Nacondição de 15º profeta desde

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sidente Gordon B. Hinc

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Joseph Smith e de portador domanto profético que lhe foi confe-rido, solenemente declaro meu teste-munho de que o relato que ele fezdesses eventos é verdadeiro, de queaqui o Pai testificou da divindade deSeu Filho, de que o Filho instruiu omenino-profeta e que a partir daíteve início a sucessão de aconteci-mentos que resultaram na organi-zação da “única igreja verdadeira eviva na face de toda a Terra, com aqual”, Ele declarou, “Eu o Senhor,“me deleito”. (D&C 1:30)

Presto meu testemunho solene ereverente da realidade e personali-dade do Deus vivo e de Seu Filho,nosso Redentor. Profiro essas pala-vras pelo poder do Espírito Santo, nosagrado nome de Jesus Cristo.Amém.

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Como amo meu Senhor e Salvador Jesus Cristo! Suamissão inspiradora e Seu amor divino são uma moti-

vação para todos nós neste trabalho.Amo meus irmãos que foram chamadoscomo Autoridades Gerais. Sem exceção,são leais e atendem a todos os chamadossem hesitar. São verdadeiros discípulosdo Senhor Jesus Cristo.

É Ele, Jesus Cristo, que está à frentedesta Igreja que leva Seu nome sagrado.

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le vela por ela e a guia. À mão direita de Deus, Eleirige esta obra. Unidos, como Seus Apóstolos, autori-

zados e comissionados por Ele para tal,prestamos nosso testemunho de que Elevive e de que voltará para tomar possede Seu reino e governar como Rei dosReis e Senhor dos Senhores. Dissotemos certeza e prestamos nosso teste-munho apostólico em Seu santo nome,sim, o de Jesus Cristo. Amém. �

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MENSAGEM DAS PROFESSORAS VISITANTES

COMO AUMENTAR NOSSA FÉ EM JESUS CRISTO

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OÉlder Stephen D. Nadauld,quando serviu como membrodos Setenta, contou a

seguinte experiência: “Fui com umpresidente de estaca visitar umajovem senhora ( . . . ). O marido delafalecera num acidente de carro; elacontava vinte e nove anos e moravanum modesto apartamento com doisfilhos pequenos. Creio que esperá-vamos encontrá-la triste e desani-mada ( . . . ). Pelo contrário, estavaalegre, calma e muito afável.Agradeceu-nos pela visita e ( . . . )disse: ‘Irmãos, quero que saibam quecreio no plano de salvação. Sou grataa nosso Salvador pela promessa deuma gloriosa ressurreição com meumarido. Sou grata pelo sacrifícioredentor’. Em seguida, abraçando os dois filhos, disse: ‘Nossa fé emJesus Cristo nos ajudará a sobre-pujar tudo’.” (“Fé e Boas Obras”, A Liahona, julho de 1992, p. 87)

A humilde declaração dessa irmãmostra como a fé no Salvador podesubstituir o medo e a dúvida pelaesperança e a coragem.

4:13)” (“Nossa Única

PRECISAMOS TER FÉ

No mundo instável de hoje,talvez não saibamos o que nosreserva o amanhã, mas a fé emJesus Cristo pode dar-nos paz espiritual,mesmo em face atragédias e sofrimento.

Quando era Presidente do Quórumdos Doze Apóstolos, o Presidente Ezra Taft Benson(1899–1994) explicou: “Ter fé [emJesus Cristo] significa acreditar que,apesar de não entendermos todas as coisas, Ele as entende”. (“JesusCristo: Nosso Salvador e Redentor”, A Liahona, janeiro de 1984, p. 11)

A fé em Jesus Cristo é o primeiroprincípio do evangelho. (Ver Regrasde Fé 1:4.) Pelo exercício da fé rece-bemos força para enfrentar as dificul-dades e vencer as tentações. Aocolocarmos nossa fé em Cristo epraticarmos o arrependimento e aobediência, Ele nos perdoará e nosajudará a voltarmos a Ele. “Setiverdes fé em mim”, prometeu oSenhor, “tereis poder para fazer tudoquanto me parecer conveniente.”(Morôni 7:33)

COMO NUTRIR A FÉ

Para exercer qualquer atividadeterrena, temos que estudar e treinarpara desenvolver as habilidades neces-

sárias. Devemos agir da mesma formase quisermos desenvolver fé. OApóstolo Paulo explicou: “De sorteque a fé é pelo ouvir, e o ouvir pelapalavra de Deus”. (Romanos 10:17) OÉlder Henry B. Eyring, do Quórumdos Doze Apóstolos observou que“basta ouvir as palavras da doutrinapara que a semente da fé seja plantadano coração. Mesmo uma sementinhade fé em Jesus Cristo serve de conviteao Espírito”. (“A Força da Doutrina”,A Liahona, julho de 1999, p. 86)

Uma vez plantada a semente da fé em nosso coração, precisamoscuidar dela. Nossa fé em Jesus Cristo éalimentada quando estudamos,pesquisamos e ponderamos as escri-turas, quando jejuamos e oramos,participamos das ordenanças sagradas,guardamos nossos convênios, servimosao Senhor e ao próximo, apoiamos oslíderes da Igreja e obedecemos aosmandamentos.

Na medida em que nossa fé emJesus Cristo se fortalece, aprendemosa andar pela fé. “Ter fé em Cristo é acreditar Nele, confiar Nele e

segui-Lo. É receber a bênçãode ter a paz mental e deconsciência da qual oApóstolo Paulo falou

quando disse: ‘Possotodas as coisas em

Cristo que mefortalece’. (Filipenses

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Confiar em Seu CuidadoVOZES DA IGREJA

OPai Celestial pede que oremos solicitandoas coisas de que necessitamos e prometeuresponder às nossas preces. No entanto, a

forma e o momento em que atenderá às nossasnecessidades ficam a critério Dele. Devemosconfiar que Ele sabe melhor do que nós ascoisas de que precisamos e a melhormaneira de concedê-las a nós. Afinal,somos Seus filhos. ❦ Como o ÉlderGeorge Q. Cannon (1827–1901),do Quórum dos Doze Apóstolos,explicou: “O Pai Celestial é umPai amoroso, bondoso e benevo-lente. ( . . . ) Sabe guiar-nos e qual

. . . . . . . . . . . . . . . . . . .

seria o melhor momento de abençoar-nos, deacordo com as nossas necessidades. ( . . . ) Eleconhece nossa situação; sabe o que é bompara nós. Se precisarmos de uma dádiva oubênção, Ele saberá o momento de conferi-la a

nós”. (Gospel Truth: Discourses and Writingsof George Q. Cannon, compilado

por Jerreld L. Newquist [1974], p. 102.) ❦ A fé no Pai Celestial ésempre recompensada, emboranem sempre de imediato ouexatamente da maneira queesperamos, como ilustram ashistórias a seguir.

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“Até que Não Haja LugarSuficiente para aRecolherdes”Gloria Olave

Meu coração exultou em 7 denovembro de 1981 quando

recebi o chamado para servir naMissão Chile Concepción. Quandoabri aquela carta, parecia que omundo parara, e tudo em que euconseguia pensar era a missão.

Quase tudo já estava pronto.Examinei a lista de necessidadesinúmeras vezes. Assinalava cada itemda relação à medida que o colocava namala. No entanto, mesmo com meuplanejamento meticuloso, esqueci-mecompletamente de algo essencial.

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Apenas duas horas antes de partir que me dei conta de que precisavae dinheiro para viajar de minha asa em Quilpué para o Centro e Treinamento Missionário emantiago, Chile, a cerca de duas horase distância. Eu já gastara todas asinhas economias e a quantia queeus pais me deram.Meu bispo não estava em casa

uando, correndo, fui ver se eleoderia emprestar-me o dinheiro. soma não era grande, mas naqueleomento parecia uma fortuna.Angustiada, ajoelhei-me em meu

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uarto e relatei ao Pai Celestial o ue estava acontecendo, emboraubesse que Ele já tinha ciência.uando me levantei, estava confiante

e que Ele iria ajudar-me a resolver oroblema. Eu era dizimista fiel e sabiaue o Senhor abriria as janelas do céuderramaria bênçãos sobre mim até

ue não mais houvesse lugar paracebê-las. (Ver Malaquias 3:10.)Minha mãe telefonou-me e pediu

penas duas horas antes de partir é

ue me dei conta de que precisava de

inheiro para viajar para o Centro de

einamento Missionário. Angustiada,

joelhei-me e relatei ao Pai Celestial

que estava acontecendo.

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que eu desse uma olhada no meuguarda-roupa e decidisse quais peçaseu deixaria e quais minha irmãpoderia usar. Enquanto eu separavaas roupas, achei uma bolsa tãopequena que cabia na palma da mão.Lembrei-me de que a ganhara muitosanos antes e que escondera nelaminhas primeiras economias.

Abri-a e — que bênção! Bemguardado dentro da bolsa estavaalgum dinheiro que eu deixara alimuitos anos antes. Era o bastantepara comprar duas passagens paraSantiago. Convidei meu pai, quenão é membro da Igreja, paraacompanhar-me até o Centro deTreinamento Missionário.

Passaram-se os anos, mas aindame lembro dessa resposta à minhaoração. Ajuda-me a recordar como égrande o poder e a misericórdia denosso Pai Celestial.

Gloria Olave é membro do Ramo Paterson I

(de língua espanhola), Distrito Paterson New

Jersey.

David Mostrou o CaminhoSergio Arroyo

C omo missionários na MissãoChile Antofagasta, meu compa-

nheiro e eu estávamos ensinandouma jovem senhora e seu irmão, quetinha oito anos. Na segunda palestra,o irmão convidou David Marín, umamigo da mesma idade, para parti-cipar. David era um menininho eainda não sabia ler. Mas fitava-noscom atenção, ouvia com entusiasmoe pediu um Livro de Mórmon. Eu e

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eu companheiro olhamos um para outro. Como David não sabia ler,acitamente decidimos não lhe dar oivro de Mórmon.

Mais tarde, naquele mesmo dia,opamos com David na rua. Eleobrou: “Élderes, quando vão dar oeu Livro de Mórmon?” Ainda

chando que o livro não teria utili-ade alguma para ele, mais uma vezeixamos passar a oportunidade.final, ele era só um menino de oito

nos.Quando apresentamos a terceira

alestra àquela jovem senhora e aeu irmão, lá estava o pequenoavid novamente. Depois da

alestra, tornou a pedir, dessa vezeio aborrecido: “E onde está o meuivro de Mórmon?”

Olhei para ele e senti algo espe-ial. Sorrindo, tentei explicar porue não lhe déramos o livro,izendo: “Você não sabe ler, David”.le ficou visivelmente desolado.ontudo, naquele momento, o

eguinte pensamento veio-me àente: Os pais dele sabem ler. Assim,

ontinuei: “Mas seus pais sabem.amos até sua casa conversar comles”.

David sorriu, saltou de alegria eevou-nos para sua casa. Lá, conhe-emos seu pai, Don Astemio; suaãe, María; suas irmãs, Macarena ealeska, ambas de onze anos; e seu

rmão de um ano de idade.Os Maríns eram uma família

umilde e amorosa. No passado, oai fora um excelente atleta, masofria do mal de Parkinson havia sete

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nos; nos últimos dois anos, estiveraonfinado ao leito.

Depois de ouvir as palestras,avid, Macarena e Valeska foram

atizados, mas Don Astemio não,evido à enfermidade. A esposa,aría, também não se batizou.Continuamos a visitar a família e

m dia Don Astemio anunciou:Amanhã vou ser batizado”, acres-entando, “e depois serei curado”.o ouvir essas palavras, senti grande

legria, mas também fiquei comeceio. Eu sabia que a sua fé aumen-ara, mas o que aconteceria se eleão conseguisse andar após oatismo? Tentei explicar-lhe que oatismo o curaria espiritualmente,as a cura física estava nas mãos deosso Pai Celestial. A despeito deudo o que meu companheiro e euissemos, ele continuava convictoe que, após o batismo, voltaria aaminhar.

Naquela noite, ajoelhei-me e oreie todo o coração, pedindo ao Paielestial que se fizesse a vontadeele. Depois de minha oração, sentima paz especial.

No dia seguinte, Don Astemioevantou-se com grande dificuldade.

ão conseguia dar um só passo semer amparado. Quando chegamos àapela, tivemos que subir um enormeance de degraus até o segundondar. Estávamos todos comovidos

uando topamos com David

ovamente, ele cobrou: “Élderes,

uando vão dar o meu Livro

e Mórmon?”

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Sergio Arroyo é membro da Ala Los

Presidentes, Estaca Santiago Chile Ñuñoa.

com o grande esforço e dor de DonAstemio ao galgar a escada, passo apasso. Por fim, ao entrarmos, osmembros presentes olharam-noscom surpresa.

Quando Don Astemio saiu daágua, vi que ele tinha grande fé, masseu corpo continuava igual. Ele nãoconseguia ficar de pé sozinho.

Depois da reunião batismal,deixamo-lo em casa. Ele não queriair para a cama e ficou sentado sere-namente numa poltrona.

No dia seguinte, fizemos-lhe uma

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equena visita. Ao chegarmos pertoe sua casa, vimos o pequeno Davidrincando lá fora com uma bola e lástava Don Astemio correndo ealtando com o filho. Eu mal acredi-ava no que estava vendo. Meuslhos encheram-se de lágrimas e nooração agradeci ao Pai Celestial poreu grande amor. Duas semanasepois, María foi batizada.

Embora a cura de Don Astemioenha sido incomum, sou gratoelo fato de o Senhor haver aben-oado essa família de modo tão

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notável. Se nos tivéssemos restrin-gido à nossa própria inteligência,eu e meu companheiro teríamoscontinuado a ignorar o pequenoDavid, mas o Senhor sabia de algoque desconhecíamos. Sabia queaquela criança seria o meio peloqual uma família inteira entrariapara a Igreja e receberia auxílio demaneiras que nem poderíamosantever. �

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Conselhos eOração do Profetapara os JovensPresidente Gordon B. Hinckley

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Acho que nunca houvereunião semelhante a esta naIgreja antes. Vocês são muitonumerosos aqui hoje à noite.Como são bonitos.

Alguns de vocês vieramcom dúvidas. Outros, comaltas expectativas. Queroque saibam que passei muito

tempo ajoelhado pedindo ao Senhor que me abençoassecom as forças, a capacidade e as palavras que viessem apenetrar-lhes o coração.

Além das pessoas que estão neste prédio, há outrascentenas de milhares participando conosco. A cada umade vocês dou as boas-vindas. Fico feliz por esta inigua-lável oportunidade de dirigir-lhes a palavra e tenho plenaconsciência da enorme importância disso.

Estou com a idade avançada: mais de 90 anos. Já vivibastante e sempre tive grande amor pelos rapazes emoças da Igreja. Que grupo extraordinário vocês consti-tuem. Vocês falam os mais diferentes idiomas. São todosparte de uma grande família. Mas também são indiví-duos, cada um com os próprios problemas, cada qualdesejando respostas para as coisas que os inquietam epreocupam. Como nós os amamos e oramos constante-mente para poder ajudá-los. Sua vida está repleta dedecisões difíceis e de sonhos, esperanças e o desejo deencontrar o que lhes trará paz e felicidade.

Muitíssimo tempo atrás eu tinha a sua idade. Eu não

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me preocupava com as drogas ou a pornografia porquenaquela época elas ainda não estavam disseminadascomo hoje. Preocupava-me com os estudos e o futuroque eles me proporcionariam. Era o período da terríveldepressão econômica. Preocupava-me com a forma deganhar a vida. Entrei no campo missionário depois determinar a faculdade. Fui para a Inglaterra. Viajamos detrem até Chicago. Lá, atravessamos a cidade de ônibus afim de tomar outra linha e seguimos para Nova York,onde pegamos um navio a vapor rumo às ilhas Britânicas.Durante a viagem de ônibus em Chicago, uma senhoraperguntou ao motorista: “Que prédio é esse logo àfrente?” Ele respondeu: “É a sede da Junta Comercial deChicago. Todas as semanas, alguém que perdeu todos osbens atira-se de uma dessas janelas. São pessoas que nãotêm mais motivo para viver”.

Essa era a época em que vivíamos, tão difícil e cruel.Ninguém que não tenha vivenciado aquele período écapaz de compreendê-lo plenamente. Espero de todo ocoração que nunca voltemos a passar por algo seme-lhante.

Agora vocês estão no limiar da maturidade. Vocêstambém se preocupam com os estudos. Preocupam-secom o casamento. Preocupam-se com muitas coisas.Prometo-lhes que Deus não os abandonará caso andemnos caminhos Dele, guiados por Seus mandamentos.

Esta é uma época de grandiosas oportunidades. Vocêstêm muita sorte de estarem vivos hoje. Nunca na históriada humanidade a vida apresentou tantas oportunidades e

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Sejam GratosJovens e jovens adultos esperam

o início do serão do lado de fora

do Centro de Conferências em

Salt Lake City.

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desafios. Quando nasci, a expectativa de vida média deum homem ou mulher nos Estados Unidos e em outrospaíses ocidentais era de 50 anos; agora, passa dos 75. Já pararam para pensar nisso? Na média, vocês podemesperar viver pelo menos 25 anos a mais do que alguémem 1910.

Em nossa época vemos uma explosão de conheci-mentos. Por exemplo, quando eu tinha a idade de vocês,não havia antibióticos. Esses remédios prodigiosos sóforam descobertos e aperfeiçoados recentemente.

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Alguns dos grandes flagelos da Terra não mais existem.Antigamente, a varíola dizimava populações inteiras.Isso certamente é coisa do passado. É um milagre. A poliomielite causava pavor a todas as mães. Lembro-me de visitar um homem com poliomielite no hospitalmunicipal. Ele estava num enorme pulmão de aço quemovimentava os pulmões dele, bombeando para cima epara baixo. Não havia esperança para ele, pois nemrespirava mais sozinho. Ele veio a falecer, deixandoesposa e filhos. Essa terrível enfermidade não nos aflige

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Sejam Inteligentes

mais. Isso também é um milagre. E o mesmo se dá emoutros campos.

É claro que vocês enfrentam dificuldades, assim comotodas as gerações que já passaram pela Terra. Poderíamosficar a noite inteira falando sobre elas. Mas em compa-ração aos desafios do passado, creio que os de hoje sejammuito mais fáceis de enfrentar. Digo isso porque sãocontornáveis. Em grande parte, envolvem decisões indi-viduais relativas ao comportamento, mas tais escolhaspodem ser feitas e mantidas. E quando isso acontece,transpomos o obstáculo.

Suponho que a maioria de vocês esteja na escola. Ficofeliz que tenham esse desejo e oportunidade. Espero queestejam estudando com afinco e que sua grande ambiçãoseja tirar a nota máxima nas várias disciplinas. Esperoque seus professores sejam generosos com vocês e queseus estudos rendam notas altas e uma educação exce-lente. Eu não poderia desejar nada melhor para vocês emsua instrução.

Espero que os professores lhes dêem as notas altas quevocês merecem. Mas hoje quero passar-lhes algumaslições de casa adicionais. Escutem bem:

1. Sejam gratos;2. Sejam inteligentes;3. Sejam puros;

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4. Sejam fiéis;5. Sejam humildes;6. Orem sempre.Que tal repetirem comigo esses conselhos para que

depois eu discorra sobre cada um deles?1. Sejam gratos;2. Sejam inteligentes;3. Sejam puros;4. Sejam fiéis;5. Sejam humildes;6. Orem sempre.Sejam gratos. Existe uma palavrinha que talvez

tenha mais significado do que todas as outras: é apalavra “obrigado”. Encontramos termos comparáveisem todas as línguas, como gracias, merci, danke, thankyou, domo.

O hábito de agradecer é uma característica doshomens e mulheres nobres. Com quem o Senhor estádescontente? Ele menciona “os que não confessam Suamão em todas as coisas”. (D&C 59:21) Ou seja, aquelesque não expressam gratidão. Tenham o coração grato,meus caros amigos. Agradeçam pelas bênçãos maravi-lhosas que possuem. Sejam gratos pelas formidáveis opor-tunidades que têm. Sejam gratos aos pais que seimportam tanto com vocês e que tanto já trabalharam

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Jovens e jovens adultos na Ala Taytay I,

Estaca Cainta Filipinas, ouvem o serão

pela Internet.

para sustentá-los. Externem-lhes sua gratidão.Agradeçam à sua mãe e a seu pai. Agradeçam a seusamigos. Agradeçam a seus professores. Demonstremgratidão a todos que lhes prestarem algum favor ou osajudarem de qualquer maneira.

Agradeçam ao Senhor por Sua bondade para comvocês. Agradeçam ao Todo-Poderoso por Seu FilhoAmado, Jesus Cristo, que fez por vocês o que ninguémmais em todo o mundo poderia. Agradeçam-Lhe por Seugrande exemplo, Seus extraordinários ensinamentos epor Sua mão que está sempre estendida para erguer eamparar. Pensem no significado de Sua expiação infinita.Leiam sobre Ele e leiam as palavras Dele no NovoTestamento e em 3 Néfi 11, no Livro de Mórmon. Leiam-nas em silêncio e ponderem-nas. Abram o coração paraEle agradecendo pelo dom de Seu Filho Amado.

Agradeçam ao Senhor por Sua Igreja maravilhosa quefoi restaurada neste período excepcional da história.Agradeçam a Ele por tudo o que lhes oferece. Agradeçampelos amigos e entes queridos, pelos pais e irmãos, pelafamília. Que um espírito de gratidão guie e abençoe seusdias e noites. Empenhem-se por isso e presenciarão resul-tados notáveis.

Segundo conselho: Sejam inteligentes.Vocês estão entrando na época mais competitiva que

o mundo já conheceu. A concorrência é generalizada.Vocês precisarão de toda a instrução que puderemobter. Sacrifiquem um carro ou tudo o que for neces-sário para qualificarem-se para o trabalho profissional.O mundo, em geral, os remunerará de acordo com oque julgar que merecerem. E seu valor aumentará à

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medida que vocês adquirirem mais instrução e compe-tência em sua área de atuação.

Vocês pertencem a uma Igreja que prega a impor-tância da educação. Vocês receberam o mandamento doSenhor de educar a mente, o coração e as mãos. O Senhor declarou: “Ensinai diligentemente ( . . . ) tantoas coisas do céu como da Terra e de debaixo da Terra;coisas que foram, coisas que são, coisas que logo hão desuceder; coisas que estão em casa, coisas que estão noestrangeiro; as guerras e complexidades das nações e osjulgamentos que estão sobre a terra; e também umconhecimento de países e reinos — para que estejaispreparados em todas as coisas”. (D&C 88:78–80)

Prestem atenção, essas palavras não são minhas, masdo Senhor, que os ama. Ele deseja que vocês treinem amente e as mãos para que sejam uma influência positivaao longo da vida. E ao fazerem isso, ao agirem comhonradez e excelência, trarão honra para a Igreja, poisserão respeitados como homens ou mulheres de integri-dade, capacidade e competência. Sejam inteligentes.Não sejam tolos. Vocês não podem enganar nem iludir aspessoas nem a si mesmos.

Muitos anos atrás, trabalhei para uma companhiaferroviária em seu escritório central em Denver,Colorado. Eu era responsável pelo transporte de baga-gens. Isso foi na época em que quase todos usavam otrem como meio de transporte. Certa manhã, recebi otelefonema de um colega em Newark, Nova Jersey, quedisse: “O trem nº tal chegou sem o vagão das bagagens.300 passageiros perderam as malas e estão indignados”.

Imediatamente, esforcei-me para saber onde as baga-gens poderiam estar. Descobri que o vagão havia sidocarregado normalmente em Oakland, Califórnia, enca-minhado para nossa ferrovia em Salt Lake City, depoispara Denver e Pueblo, no Colorado, e depois seguiuoutra rota, até chegar a Saint Louis. Lá, deveria ter sidodirecionado para outra via férrea, que o levaria atéNewark. Mas algum manobreiro descuidado em SaintLouis deslocou um pequeno pedaço de aço de menos de7,5 centímetros, a agulha de desvio, e depois puxou aalavanca para desconectar o vagão. Descobrimos queaquele vagão de bagagens, que deveria estar em Newark,

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Nova Jersey, de fato fora parar em Nova Orleans,Louisiana — a 2.400 quilômetros do destino. O meromovimento de 7,5 centímetros na agulha de desvio daferrovia em Saint Louis por um funcionário desatento fezcom que o vagão iniciasse no caminho errado e que adistância do destino correto aumentasse enormemente. E o mesmo ocorre em nossa vida. Em vez de seguirmosum curso constante, por vezes somos influenciados poralguma idéia errada para irmos em outra direção. O desvio de nosso destino original pode ser muitopequeno, mas se continuarmos, essa curva insignificantese tornará um enorme fosso e nos levará para muito longede onde pretendíamos chegar.

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Já observaram alguma vez uma porteira de fazenda de5 metros de largura? Quando ela se abre, o movimento éalgo impressionante. Embora a extremidade perto dasdobradiças não se mexa muito, em termos de perímetro,o movimento total é enorme. São as pequenas coisas emtorno das quais a vida gira que fazem a grande diferençaem nossa jornada eterna, queridos e jovens amigos.

Sejam inteligentes. O Senhor deseja que vocêseduquem a mente e as mãos, seja qual for sua área deatuação. Quer consertando geladeiras ou realizandocirurgias delicadas, vocês precisam receber treinamento.Procurem a melhor instrução a seu alcance. Tornem-setrabalhadores íntegros no mundo que os aguarda. Repito,vocês trarão honra para a Igreja e serão ricamente aben-çoados por causa desse empenho.

Não há dúvida nenhuma de que a instrução vale a

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NFOTOGRAFIA DE WAYNE SALTZGIVER

Jovens, jovens adultos e missionários reunidos para

ouvir o serão em Johanesburgo, África do Sul.

Sejam Fiéis

pena. Não se contentem com menos do que seu poten-cial, queridos e jovens amigos. Se fizerem isso, sofrerão asconseqüências no decorrer de toda a sua vida.

Terceiro conselho: Sejam puros. Vivemos num mundocheio de imundície e sordidez, um mundo que chafurda

A L I

na perversão. Estamos cercados por ela. Está na tele-visão, no cinema, nos livros populares, na Internet. Vocêsnão podem dar-se ao luxo de envolver-se com isso,queridos e jovens amigos. Não podem permitir que essapeçonha suja os contamine. Mantenham distância.Abstenham-se disso. Vocês não podem alugar vídeos quemostrem cenas degradantes. Vocês que possuem o sacer-dócio de Deus não podem misturar essa baixeza com osanto sacerdócio.

Não usem linguagem inadequada. Não tomem o nomedo Senhor em vão. Em meio aos trovões do Sinai, o dedodo Senhor escreveu nas tábuas de pedra: “Não tomarás onome do Senhor teu Deus em vão”. (Êxodo 20:7)

Não é prova de masculinidade usar o nome do

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Todo-Poderoso ou de Seu Filho Amado de modo vão etrivial, como muitos tendem a achar.

Escolham suas amizades com cuidado. Elas é que osconduzirão em uma direção ou outra. Todos queremamigos. Todos precisam de amigos. Ninguém quer ficarsó. Mas nunca percam de vista o fato de que são seusamigos que os levarão pelos caminhos que vocêstrilharão.

Embora devamos tratar bem todas as pessoas, esco-lham com grande cuidado quem vocês desejam ter a seulado. Essas pessoas serão seu apoio quando vocês esti-verem indecisos entre duas escolhas e vocês, por sua vez,também poderão salvá-las.

Sejam puros. Não desperdicem seu tempo com diver-sões destrutivas. Recentemente, realizou-se em Salt Lakeo show de um grupo de outra cidade. Disseram-me que foialgo imundo, lascivo e abominável em todos os aspectos.Os jovens pagaram entrada de U$ 25 a U$ 35. E o quereceberam em troca? Só uma voz sedutora convidando-os para as coisas desprezíveis da vida. Suplico-lhes,jovens amigos, que fiquem longe disso. Isso não vaiajudá-los. Só poderá prejudicá-los.

Há pouco tempo, discursei para seus pais. Entre outrascoisas, falei sobre as tatuagens.

Que criação é mais grandiosa que o corpo humano? É uma coisa maravilhosa, o supra-sumo da obra do Todo-Poderoso.

Paulo, ao escrever para os coríntios, declarou: “Nãosabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito deDeus habita em vós?

Se alguém destruir o templo de Deus, Deus odestruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo”. (I Coríntios 3:16–17)

Já pararam para pensar que seu corpo é santo? Vocêssão filhos de Deus. Seu corpo é criação Dele. Vocês desfi-gurariam essa criação gravando na pele desenhos depessoas, animais e palavras?

Prometo-lhes que dia virá em que, se vocês tiveremtatuagens, se lamentarão por isso. E não há como retirá-las, são permanentes. Só por meio de um processo caro edoloroso é que podem ser removidas. Se vocês tiveremtatuagens, então é bem provável que, pelo restante da

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vida, vocês as levem na pele. Creio que um dia se enver-gonharão delas. Não se tatuem. Nós, como AutoridadesGerais que os amam, rogamos que não desrespeitem ocorpo que o Senhor lhes concedeu.

Vou mencionar também os brincos colocados nasorelhas e em outras partes do corpo. Eles não são viris.Não são atraentes. Os rapazes ficam com a aparênciamuito melhor sem eles e acredito que também se sentirãomelhor sem eles. E vocês moças não precisam colocarvários brincos em cada orelha. Um simples par de brincosjá é o suficiente.

Falo sobre essas coisas porque, mais uma vez, elasdizem respeito a seu corpo.

Como é verdadeiramente bela uma jovem bem vestidaque é pura em corpo e espírito. Ela é uma filha de Deusde quem seu Pai Eterno pode orgulhar-Se. Como é bonitoum rapaz bem vestido. Ele é um filho de Deus, digno depossuir Seu santo sacerdócio. Ele não precisa de tatua-gens nem brincos na orelha ou em outras partes do corpo.A Primeira Presidência e o Quórum dos Doze são todosda mesma opinião quanto a isso.

E ao tocar nesse assunto, gostaria de voltar a ressaltara questão da pornografia. Ela tornou-se uma indústria dedez bilhões de dólares nos Estados Unidos, uma atividadeem que algumas pessoas enriquecem à custa de centenasde milhares de vítimas. Mantenham distância disso. É algo estimulante, mas que vai destruí-los. Embotaráseus sentidos. Suscitará em vocês apetites que os levarãoa fazer qualquer coisa para satisfazer. E não tentem criarrelacionamentos por meio da Internet e das salas de chat.Eles podem arrastá-los ao abismo do pesar e da amargura.

Gostaria também de falar um pouco sobre as drogasilegais. Vocês sabem quais são meus sentimentos emrelação a elas. Nem conheço todos os tipos existentes,mas sei que elas vão arruiná-los se as usarem. Vão escra-vizá-los. Quando estiverem sob o poder delas, farão qual-quer coisa para conseguir dinheiro para comprar mais.

Fiquei estupefato quando, por meio de um programade televisão, tomei conhecimento de que, em 20 porcento dos casos, os próprios pais apresentam as drogasaos filhos. Não consigo entender a insensatez e insâniadesses pais. Que futuro, além da escravidão, eles podem

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SejamHumildes Jovens e jovens adultos em Bogotá, Colômbia, assistem

ao vivo à transmissão do serão do Presidente Hinckley.

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FOTOGRAFIA DE H. DANIEL ROSAS L.

esperar para os filhos? As drogas ilícitas destruirãocompletamente quem nelas se viciar.

Meu conselho e súplica a vocês, rapazes e moçasmaravilhosos, é: mantenham total distância delas. Vocêsnão precisam experimentá-las. Olhem em volta de simesmos e vejam seus efeitos sobre os usuários. Não hánecessidade alguma para qualquer menino ou menina,rapaz ou moça da Igreja mesmo prová-las. Mantenham-se limpos desses vícios que deformam a mente e criamhábitos maléficos.

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Agora, apenas algumas palavras sobre o mais comume mais difícil de todos os problemas que os rapazes emoças enfrentam. É o relacionamento que mantêm unscom os outros. Vocês estão lidando com o mais forte dosinstintos humanos. Apenas o instinto de sobrevivênciatalvez seja maior.

O Senhor fez-nos atraentes uns para os outros com umpropósito grandioso. Mas essa própria atração torna-seum barril de pólvora se não for mantida sob controle. Éalgo belo quando exercido da maneira correta, mas letal

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quando extrapola os limites estabelecidos pelo Senhor.É por isso que a Igreja opõe-se ao namoro precoce.

Essa regra não tem o intuito de prejudicá-los de modoalgum. Ela visa a ajudá-los e o fará, caso a observem.

O namoro firme entre pessoas de pouca idade costumaacabar em tragédia. Há estudos que mostram que quantomais tempo um menino e menina namoram, maior é aprobabilidade de fazerem coisas que não deveriam.

É melhor, meus amigos, sair com várias pessoas dife-rentes até vocês estarem prontos para casar. Divirtam-se,mas mantenham a devida distância. Não se precipitem.Talvez não seja fácil, mas é possível.

Os rapazes que pretenderem servir como missioná-rios precisam reconhecer que o pecado sexual podeprivá-los dessa oportunidade. Talvez vocês achem quepoderão ocultá-lo. Nossa longa experiência mostra quenão. Para terem sucesso no campo missionário, vocêsnecessitam do Espírito do Senhor, e transgressões nãoconfessadas afugentam-No. Mais cedo ou mais tarde,vocês se sentirão compelidos a confessar seus pecadosdo passado. Como bem disse o Sir Galahad: “Minhaforça é como a de dez homens, pois meu coração épuro”. (Alfred, Lord Tennyson, Sir Galahad [1842],primeira estrofe)

Caros e jovens amigos, no que tange ao sexo vocêssabem o que é certo. Sabem quando estão pisando emterreno perigoso, quando é muito fácil tropeçar e escor-regar rumo ao abismo da transgressão. Suplico-lhes quetenham cuidado, que fiquem longe do desfiladeiro dopecado, no qual é tão fácil cair. Mantenham-se puros dotenebroso e decepcionante mal da transgressão sexual.Caminhem sob a luz da paz advinda da obediência aosmandamentos do Senhor.

E se algum de vocês tiver transposto os limites e trans-gredido, haveria esperança? É evidente que sim. Quandoo arrependimento é verdadeiro, há perdão. Esse processoinicia-se com a oração. O Senhor declarou: “Eis queaquele que se arrependeu de seus pecados é perdoado eeu, o Senhor, deles não mais me lembro”. (D&C 58:42)Dividam o fardo com seus pais, se puderem. E, acima detudo, não deixem de confessar-se ao bispo, que estásempre a seu lado e disposto a ajudá-los.

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Próximo conselho: Sejam fiéis.Shakespeare escreveu: “A ti mesmo sê fiel, e se isso

fizeres, tal qual a noite sucede o dia, não poderás ser falsocom ninguém na vida”. (Hamlet, I, iii, 78–81) Vocês têmuma herança extraordinária. Muitos de vocês são descen-dentes dos pioneiros que morreram aos milhares devido aseu testemunho da veracidade desta obra. Se pudessemdirigir-se a vocês, eles suplicariam: “Sejam fiéis. Sejamleais. ‘Sempre fiéis [sua fé guardem], sempre valentescom ardor [lutem]’”. Eles diriam hoje: “Fé dos nossospais, santa fé, até o fim te seremos fiéis”. (Ver Hinos, 183e Hymns, 84.)

E, mesmo que não tenham antepassados pioneiros,vocês pertencem a uma Igreja que se tornou forte pelalealdade e amor inquebrantáveis de seus membros nodecorrer das gerações. Como é magnífico pertencer a umasociedade cujos objetivos são nobres, cujas realizações sãonotáveis e cujo trabalho é edificante, mesmo heróico.Sejam leais à Igreja em todas as circunstâncias. Prometo-lhes que as autoridades desta Igreja não os desencami-nharão, mas os conduzirão pelos caminhos da felicidade.

Vocês que são membros desta Igreja devem-lhe leal-dade. Esta Igreja é de vocês. Sua responsabilidade em suaesfera de ação é tão grande quanto a minha em minhaárea de atuação. A Igreja pertence a vocês tanto quantopertence a mim. Vocês abraçaram o evangelho. Tomaramsobre si um convênio nas águas do batismo e renovam-noa cada vez que tomam o sacramento. Esses convêniosaumentarão em magnitude quando vocês se casarem notemplo. Vocês não podem tratá-los com leviandade. Elessão por demais grandiosos. Esta é a própria obra de Deus,criada para levar a efeito a imortalidade e a vida eternade Seus filhos.

Andem com fé diante Dele, com a cabeça erguida,orgulhosos por pertencerem à grande causa e reino quefoi restaurado na Terra nesta última dispensação daplenitude dos tempos. Por quê? Para trazer-lhes felicidade.

Sejam fiéis às suas próprias convicções. Vocês sabem oque é certo e o que é errado. Sabem quando estãofazendo o que devem fazer. Sabem quando estão canali-zando forças para a causa correta. Sejam leais. Sejam

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O Centro de Conferências ficou lotado de jovens

e jovens adultos que foram ouvir os conselhos

do Presidente Gordon B. Hinckley.

fiéis. Sejam verdadeiros, amados companheiros, nestereino grandioso.

Quinto conselho: Sejam humildes.Não há lugar para a arrogância em nossa vida. Não há

espaço para a presunção. Não há lugar para o egocen-trismo. Temos um grande trabalho a executar. Temosmuito a realizar. Precisamos de orientação para adqui-rirmos instrução. Necessitamos de auxílio na escolha deum companheiro eterno.

O Senhor declarou: “Sê humilde; e o Senhor teu Deuste conduzirá pela mão e dará resposta a tuas orações”.(D&C 112:10)

Que promessa formidável recebemos nesta passagem.Se não formos pretensiosos, orgulhosos nem arrogantes,se formos humildes e obedientes, o Senhor nos guiarápela mão e responderá às nossas preces. Que coisa maisgrandiosa poderíamos pedir? Não há nada que secompare a isso.

O Salvador, no admirável sermão da montanha,afirmou: “Bem-aventurados os mansos, porque elesherdarão a terra”. (Mateus 5:5)

Acredito que os mansos e humildes sejam aqueles quesão doutrináveis. Eles estão dispostos a aprender, prontospara ouvir os sussurros da voz mansa e delicada que osguiará na vida. Eles colocam a sabedoria do Senhoracima de sua própria sabedoria.

Por fim, chegamos ao último conselho: Orem sempre.Vocês não conseguem fazer tudo sozinhos. Ao olhar

esta vasta congregação, sei que vocês são jovens queoram, que se ajoelham e conversam com o Senhor. Vocêssabem que Ele é a fonte de toda a sabedoria.

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Vocês precisam da ajuda Dele e têm consciência disso.Vocês não conseguem fazer tudo sozinhos. E, com opassar dos anos, cada vez mais se darão conta disso.Assim, vivam de modo a poderem, com a consciênciatranqüila, conversar com o Senhor. Ajoelhem-se e agra-deçam a Ele por Sua bondade para com vocês eexpressem-Lhe os desejos justos de seu coração. Omilagre de tudo isso é que Ele ouve. Ele atende. Eleresponde — nem sempre como gostaríamos, mas nãotenho a menor dúvida de que o faz.

Vocês têm uma enorme responsabilidade, rapazes emoças. Vocês são o produto de todas as gerações que osantecederam. Tudo o que vocês têm no corpo e na mentefoi transmitido por seus pais. Um dia vocês também terãofilhos e repassarão às gerações seguintes as qualidadesfísicas e mentais que receberam do passado. Não rompama corrente de gerações de sua família. Mantenham-navigorosa e forte. Muitíssimo depende de vocês. Vocês sãopor demais preciosos. Significam tanto para a Igreja. Elanão seria a mesma sem vocês. Atinjam seu potencial,com orgulho de sua herança como filhos de Deus.Voltem-se para Ele em busca de entendimento e orien-tação. Andem segundo Seus preceitos e mandamentos.

Vocês podem divertir-se. É claro que sim! Queremosque o façam. Desejamos que desfrutem a vida. Nãoqueremos que sejam puritanos. Desejamos que sejamsaudáveis e alegres, que cantem e dancem, que riam esejam felizes.

Mas em tudo isso, tenham humildade e fé, e o céu lhessorrirá.

Eu não poderia desejar-lhes nada melhor do que umavida produtiva, com serviço dedicado e voluntário econtribuições para o conhecimento e o bem-estar domundo em que vivem. E que o façam em espírito desubmissão e fidelidade diante de Deus. Ele os ama. Nós os amamos. Queremos que sejam felizes e bem-suce-didos, que façam contribuições significativas para omundo e para o progresso desta grande e majestosa obrado Senhor.

Bem, irmãos e irmãs, essa foi a “lição de casa” que lhesdesignei: sejam gratos, sejam inteligentes, sejam puros,sejam fiéis, sejam humildes, orem sempre.

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exto de um discurso proferido para os jovens e jovens adultos

olteiros da Igreja em 12 de novembro de 2000 no Centro de

onferências de Salt Lake City e transmitido via satélite para

oda a Igreja.

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Agora, para concluir, gostaria de oferecer-lhes umaoração.

Ó Deus, nosso Pai Eterno, como Teu servo, curvo-meperante Ti para orar em favor dos jovens espalhados portoda a Terra que estão reunidos hoje à noite em tantoslocais. Suplico que os abençoes e favoreças. Rogo que osouças quando erguerem a voz em oração a Ti. Por favor,guia-os serenamente pela mão no rumo que devemseguir.

Peço que os ajudes a trilhar os caminhos da verdade eretidão e que os protejas dos males do mundo. Abençoa-os para que sejam alegres nos momentos certos e sériosnos momentos certos, para que apreciem a vida e adesfrutem em sua plenitude. Abençoa-os para que seportem de maneira aceitável perante Ti, como Teus

ilhos queridos. Cada um deles é filho Teu, com capaci-ade de realizar coisas grandiosas e nobres. Mantém-noso caminho elevado que conduz à realização. Salva-osos erros que poderão destruí-los. Caso eles tenhamecado, perdoa-lhes as ofensas e leva-os de volta àseredas da paz e do progresso. Por essas bênçãos eu oroumildemente, com gratidão por eles, e invoco sobreles Tuas bênçãos com amor e carinho. Em nome Deleue leva o peso de nossos pecados, sim, o Senhor Jesusristo. Amém. �

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Ele era um forasteiro em uma terra estranha. Ficaria ali por apenas

três meses, depois voltaria para sua casa, num país onde, a Igreja ainda não tinha

sido estabelecida. Será que valeria a pena conhecê-lo? Será que valeria a pena os

missionários despenderem seu tempo ensinando a ele o evangelho?

M A AL M AMarvin K. Gardner

Albin Lotriã morou toda a suavida na Eslovênia, com exceção dostrês meses em que trabalhou naNoruega. Aqueles três mesesmudaram sua vida, e ajudaram ainiciar o estabelecimento da Igrejana Eslovênia.

Albin nasceu em 1963, em umapequena vila nos Alpes Julianos, napenínsula dos Balcãs, na Europa.Naquela época, a Eslovênia faziaparte da República Federal Socialistada Iugoslávia. Seus pais trabalhavamem uma fábrica, cuidavam da pequenafazenda da família e ensinavam os

filhos a trabalharem e a estudaremarduamente. Depois de formar-se nocurso secundário, ele aceitou umemprego na empresa em que seuspais trabalhavam.

Seu trabalho foi interrompido porum período de quinze meses deserviço militar no exército iugos-lavo, onde teve que conviver com“todo o tipo de pessoas, tanto boasquanto más”, diz ele. “Aprendi quenão devia pensar muito, apenas fazertudo o que me fosse ordenado.Cheguei a acreditar que todas aspessoas eram egoístas e dispostas a

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Página oposta: Albin Lotriã (inserção)

conheceu o evangelho em uma terra

estranha e levou-o de volta para sua

terra natal, a Eslovênia (fundo).

Page 46: A LIAHONA - La feuille d'olivier€¦ · A LIAHONA 2 Testemunhas Especiais de Cristo A seguir transcrevemos o texto da apresentação em vídeo feita pela Primeira Presidência e

“Orei cada vez mais, esperando

receber algum tipo de resposta.

Então, um dia, enquanto estava

lendo as palavras de Morôni, a

resposta veio, inesperadamente e

sem aviso. O Espírito Santo fez-

me sentir algo indescritível, e

minha mente se iluminou. ( . . . )

Naquele momento, eu soube que

o Espírito Santo estava presente

comigo, e senti-me agradecido

ao Senhor.”

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pisar em todos os que fossem mais fracos. Passei a descon-fiar de todos e a confiar apenas em mim mesmo. Nãosentia emoções verdadeiras, naquela época.”

Depois do serviço militar, Albin voltou ao emprego,mas sentia-se inquieto e insatisfeito. Acabou pedindodemissão do emprego para estudar computação e tecno-logia da informação na universidade. Mas ainda assimnão sentia alegria na vida. “Nos fins de semana, meusamigos e eu fazíamos o que considerávamos ser diversão:Andar de um lado para o outro, bebendo e flertando comas moças que encontrávamos”, diz ele. “Eu não estavafeliz e sentia um vazio interior. Tudo parecia falso.”

Então, em 1987, ele conheceu BoÏa Gartner, e osdois começaram a namorar. Em junho de 1989, ele foiaceito como estagiário no exterior, por um período detrês meses, em uma companhia que ficava emStavanger, Noruega. Mudou-se para a Noruega, iniciouseu estágio, e conheceu os missionários poucassemanas depois.

“Um rapaz com um livro na mão me parou na rua”, dizAlbin. “Disse-me algo em norueguês, e seu livro estavaescrito naquela língua. Expliquei, em inglês, que não

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compreendera uma única palavrado que ele dissera e que não tinhainteresse em ficar com livro algum,muito menos um livro escrito em uma língua que eu nãocompreendia.” Para surpresa sua, omissionário, que era americano,

respondeu em inglês e ofereceu-se para conseguir umexemplar do Livro de Mórmon em inglês para Albin.Albin educadamente deu seu endereço aos missionários,torcendo para que aquilo desse em nada.

Poucos dias depois, os missionários foram até sua casae entregaram-lhe um exemplar do Livro de Mórmon eminglês. Mais tarde, entregaram-lhe um exemplar emcroata, que ele também sabia ler. (Ainda não existia umaedição em eslovaco, na época.) A conversa de Albin comos missionários fez com que ele refletisse a respeito desuas próprias crenças religiosas.

“Sempre acreditei em Deus”, diz ele. “E orava quasetodos os dias, mas minhas orações eram as que eu tinhaaprendido como católico, sendo apenas uma repetiçãomental de palavras decoradas. Não acreditava que minhaigreja fosse verdadeira, mas não estava à procura de outra.”

Embora certas partes do Livro de Mórmon fosseminteressantes, “não recebi um testemunho espiritualenquanto o lia”, diz ele. E ao visitar o ramo de Stavanger,na Noruega, sendo um estrangeiro que não conhecianinguém nem falava a língua, sentiu-se pouco à vontade,a princípio.

Mas gostou muito do que viu e sentiu na Igreja, e osmembros o receberam calorosamente. “Eles foram extre-mamente gentis comigo”, diz ele. “Mostraram grandeinteresse por mim, perguntando-me de onde era e o queestava fazendo na cidade. Convidaram-me a voltar.Quando voltei a visitar o ramo, eles me aceitaram comoparte da família.”

Sentiu-se então mais motivado a estudar o Livro deMórmon e orar a respeito dele. “Orei cada vez mais”, dizele, “esperando receber algum tipo de resposta. Então,um dia, enquanto estava lendo as palavras de Morôni, aresposta veio, inesperadamente e sem aviso. O EspíritoSanto fez-me sentir algo indescritível, e minha mente seiluminou. Naquele momento, tomei consciência de todos

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os meus pecados e comecei a chorar. Nunca tinhachorado por causa de um livro antes. Naquele momento,soube que o Espírito Santo estava presente comigo, esenti-me agradecido ao Senhor.”

Albin foi batizado no dia de seu vigésimo sextoaniversário, em 19 de agosto de 1989. “Tornei-me umhomem completamente diferente daquele que tinha idopara a Noruega em junho”, diz ele. “Minha alma estavalimpa, meus pecados tinham sido perdoados, e eu estavacomeçando uma nova vida, muito diferente da quetivera antes. Senti-me feliz, tranqüilo e seguro.” Eletambém sentiu o Espírito Santo alertá-lo acerca dasresponsabilidades espirituais que o aguardavam em suaterra natal.

Quando ele soube que a Igreja ainda não tinha sidoestabelecida na Eslovênia e que, pelo que ele sabia, nãohavia nenhuma membro da Igreja naquele lugar, elepercebeu a importância de aprender tudo o que pudessenas poucas semanas que ainda lhe restavam na Noruega.Continuou a freqüentar às reuniões da Igreja, as reuniõesfamiliares e outras atividades; recebeu o SacerdócioAarônico; conversou muito com os missionários, com osmembros e com os líderes da Igreja; e leu Doutrina eConvênios, em inglês.

“Fiquei preocupado em ter de ficar sozinho quandovoltasse para casa”, diz ele. “Orei para que Deus me desseforças para explicar minha crença à minha namorada,meus pais e outras pessoas. Sabia que seria difícil, massabia também que Deus me ajudaria, desde que perma-necesse digno.”

O ramo mais próximo na então República FederalSocialista da Iugoslávia ficava em Zagreb, na Croácia, atrês horas da casa de Albin na Eslovênia. Ele descobriumais tarde que havia um pequeno ramo a pouco mais deuma hora dali, em Klagenfurt, Áustria. Por mais de umano, ele freqüentou o ramo na Áustria, todos os

“Certo domingo, em 1990, f

resposta, tal como Joseph S

como um calor muito forte

que Deus queria que eu ace

T E S T E M U N H O D E B O Î A

domingos, emboraseu conhecimentodo alemão fosse limi-tado. “O presidente doramo e todos os membrosforam muito gentis e cordiais”, diz ele.Recebeu o Sacerdócio de Melquisedeque eserviu em seus primeiros chamados na Igreja no ramo deKlagenfurt. E sua namorada, BoÏa, freqüentemente iacom ele. As missionárias ensinaram o evangelho para ela.

“Levei quase seis meses para conseguir meu própriotestemunho”, diz BoÏa. “O Livro de Mórmon ainda nãotinha sido traduzido para o eslovaco, e era-me difícil lê-lo em croata. Certo domingo, em 1990, fui até um bosquepróximo para orar pedindo uma resposta, tal comoJoseph Smith tinha feito. A resposta veio no meio daoração como um calor muito forte no coração. Pensei aprincípio que o calor era por causa do sol, mas o sol jáhavia se posto, e o calor ainda estava lá. Senti paz e soubenaquele momento que Deus queria que eu aceitasse Seuevangelho”. Albin batizou-a no Ramo de Klagenfurt, emmarço de 1990.

Em dezembro daquele ano, foram designados os doisprimeiros missionários de tempo integral para aEslovênia, e em pouco tempo ocorreram os primeirosbatismos naquele lugar. No verão de 1991, a Eslovêniaproclamou independência da Iugoslávia. Depois houveuma guerra muito tensa por dez dias, o assunto foi resol-vido pacificamente. Poucos meses depois, em 22 dedezembro de 1991, foi organizado o primeiro ramo naEslovênia, com Albin Lotriã como presi-dente do ramo.

No ano seguinte, em julho de 1992, Albine BoÏa casaram-se na Eslovênia e foramselados no templo de Frankfurt Alemanha,sendo o primeiro casal da Eslovênia a ser

ui até um bosque próximo para orar pedindo uma

mith tinha feito. A resposta veio no meio da oração

no coração. (. . . ) Senti paz e soube naquele momento

itasse Seu evangelho.”

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selado. “Eu jamais poderia encontrar uma mulher melhore mais compreensiva do que ela”, diz Albin. “Ela me dáforças com seu amor e incentivo. É particularmentemaravilhoso estarmos juntos no templo, para rever oplano de salvação e estabelecer um laço eterno entre nós.Isso dá uma nova perspectiva a todas as outras atividadesde nossa vida.”

Seus três filhos nasceram sob convênio: Lea Martina,

em abril de 1993; Flora Ema, em janeiro de 1995; eBenjamin Luka, em novembro de 1996. “Minha mulhere eu estamos tentando plantar no coração de nossosfilhos as sementes de uma vida centralizada no evan-gelho”, diz Albin, “para que eles sejam suficientementefortes para enfrentar as dificuldades que virão, de modoque possam defender suas crenças.” Os filhos estãoaprendendo o evangelho por meio das reuniões familiares

1991Organização do primeiroramo na Eslovênia; AlbinLotriã é o presidente doramo.

1992Albin e BoÏa Lotriã são oprimeiro casal da Eslovêniae ser selado no templo (à esquerda, acima, com o Élder Dennis B. e a SísterLeAnn C. Neuenschwander).

1993Matjaz Juhart é o primeiromissionário de tempo inte-gral chamado da Eslovênia.

1998Leon Berganao centro) redos meios dao abandoncomo ciclistaservir numa integral. (Verde Bicicleta”,de 1999, pp

1999É criada a MLiubliana (àabaixo, o esmissão) a pÁustria Vien

2001A Liahona éna Eslovênia

U M O L H A R S O B R E A I G R E J A N A E S L OV Ê N I A

A Igreja na Eslovênia tem atualmente um distrito e três ramos:

Liubliana, Celie e Maribor, com aproximadamente 200

membros. A respeito do futuro da Igreja na Eslovênia,

o Presidente Lotriã diz: “Tenho a visão de que os

santos irão florescer como a rosa neste país”.

e do estudo das escrituras, usando o livro HistóriasIlustradas do Livro de Mórmon, que foi traduzido para oeslovaco. Albin e BoÏa os estão ajudando a reconhecer asrespostas de suas orações singelas.

“O Senhor está nos abençoando imensamente”, dizAlbin. “Estou tentando retribuir essas bênçãos, sendo fielna Igreja e procurando ser um bom marido e pai.”

Como a Igreja ainda está iniciando na Eslovênia, oPresidente e a irmã Lotriã, e outrossantos pioneiros, continuam a dar todaa assistência que podem a seu cresci-mento. A irmã Lotriã serve nas auxi-liares e está escrevendo a história daIgreja na Eslovênia. Depois de servircomo presidente do ramo por seteanos, o Presidente Lotriã foi chamado,em abril de 1998, para seu cargo atual,sendo o primeiro presidente de distritoda Eslovênia. Ao longo dos anos, elerepresentou a Igreja na televisão e norádio do país, nos jornais e revistas, enos assuntos legais.

Enquanto isso, teve muito sucessoem sua carreira. Com diplomauniversitário em administração deempresas e ciência da computação,ele está atualmente trabalhando nodepartamento de tecnologia da

informação do ministério das finanças da Eslovênia. Eletem boa amizade com seus colegas de trabalho e senteque a maioria respeita seu estilo de vida e suas crenças.“Viver de acordo com os ensinamentos da Igreja exigemuito dos membros”, diz ele. “Mas sei por experiênciaprópria que as bênçãos resultantes trazem muito maisalegria do que qualquer outra coisa terrena.”

Uma de suas designações mais memoráveis foi a de

t (à esquerda, cebe atenção e comunicaçãoar uma carreira profissional paramissão de tempo “Ainda Andando A Liahona, abril. 26–28.)

issão Eslovênia esquerda,critório daartir da Missãoa Sul.

publicada .

Liubliana

ESLOVÊNIA

ÁUSTRIA

CROÁCIA

Celie

Maribor

Page 49: A LIAHONA - La feuille d'olivier€¦ · A LIAHONA 2 Testemunhas Especiais de Cristo A seguir transcrevemos o texto da apresentação em vídeo feita pela Primeira Presidência e

Os filhos do casal Lotriã, Benjamin, Lea e Flora, estão sendo criados dentro do verdadeiro evangelho de Jesus Cristo. BoÏa e Albin

estão trabalhando para compartilhar sua fé e fortalecer seus filhos para o futuro.

servir na equipe de tradução da edição em eslovaco doLivro de Mórmon, que em breve estará concluída.“Quando o Livro de Mórmon chegar com toda a suanatureza divina e vigor”, diz o Presidente Lotriã, “asportas do céu irão se abrir amplamente. O Espírito testi-ficará com vigor ainda maior ao povo da Eslovênia quea palavra de Deus foi novamente revelada aos filhos doshomens e que não há nenhum outro nome dado abaixodos céus, a não ser o de Jesus Cristo, por meio do qualse pode alcançar a salvação.”

Em julho de 1999, quase 10 anos depois do batismode Albin, foi criada a Missão Eslovênia Liubliana, queinclui vários países da antiga Iugoslávia. Na própriaEslovênia, um país com dois milhões de habitantes,atualmente há 200 membros, um distrito e três ramos:em Liubliana, em Celie e Maribor. Os líderes e membros

A B R I L

locais estão aprendendo a integrar os recém-conversos.Casais foram selados no templo. Há rapazes a moças daEslovênia servindo como missionários de tempo integralem muitas partes do mundo. E os membros da Eslovêniajá recebem a Liahona, em sua própria língua.

“Sei que isso é apenas o começo”, diz o PresidenteLotriã. “Tenho a visão de que os santos irão florescercomo a rosa neste país.”

Valeu a pena fazer amizade com um estrangeiro emuma terra estranha e ensinar-lhe o evangelho, sabendoque em três meses ele voltaria para sua casa em um paísonde a Igreja não tenha sido estabelecida?

“Os caminhos do Senhor são muitas vezes imprevisí-veis e bem além da imaginação humana”, diz AlbinLotriã. “Ele escolheu uma forma maravilhosa de me apre-sentar o evangelho.” �

D E 2 0 0 1

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Page 50: A LIAHONA - La feuille d'olivier€¦ · A LIAHONA 2 Testemunhas Especiais de Cristo A seguir transcrevemos o texto da apresentação em vídeo feita pela Primeira Presidência e

TÓPICOS DESTA EDIÇÃO

Adversidade .................................... 26

Apóstolos ................................ 2, A10

Conferência Geral .......................... A4

Conversão .......................... 26, 42, A6

Cura ........................................ 26, A6

Dízimo ............................................ 26

Educação ........................................ 30

Ensino Familiar .................................. 1

Eslovênia ........................................ 42

Fé .................................................... 25

Gratidão .......................................... 30

Histórias do Novo Testamento .... A10

Humildade ...................................... 30

Igreja no Mundo, A ................ 42, A6

Jesus Cristo ................ 2, 25, A2, A10

Juventude ........................................ 30

Madagascar .................................... A6

Noite Familiar .............................. 48

Oração .................................. 26, 30

Páscoa ............................ A2

Primária .................. A4, A14

Primeira Visão, A ............ A9

Professoras Visitantes ........ 25

Profetas .......................... A4

Pureza ............................ 30

Testemunho ........................ 2

Verdade .............................. 30

Como Utilizar A Liahonade Abril de 2001

Você está procurando alguma história ou citação para um

discurso, aula, lição da noite familiar ou devocional do semi-

nário? Você irá encontrar muitas idéias úteis nesta edição de

A Liahona. (Os números à direita correspondem às páginas

desta edição. A = O Amigo.)

“TESTEMUNHAS ESPECIAIS DE CRISTO”: IDÉIAS PARA DISCUTIR EM CLASSE

� “Testemunhas Especiais de Cristo: Ministério Pré-Mortal, Élder NealA. Maxwell, página 4: Sob a direção do Pai, Jesus Cristo criou mundossem fim, embora saiba exatamente quando um passarinho cai em terra.(Mateus 10:29) Discuta o que significa perceber que o Senhor do universosabe o seu nome e gosta de nós o suficiente para morrer por nossa causa.

� “Testemunhas Especiais de Cristo: Ministério Mortal,Élder L. Tom Perry, página 9: Honramos o Salvadorseguindo o Seu exemplo. Leia a história do Élder L. Tom Perry sobre a reconstrução das igrejas cristãsno Japão. Discuta maneiras específicas de servirmosaos outros de modo cristão.

� “Testemunhas Especiais de Cristo:Ministério Pós-Mortal, Presidente Gordon B.Hinckley, página 19: O Presidente Hinckleypresta seu profético testemunho sobre oBosque Sagrado. Conte a história daPrimeira Visão. Preste o seu teste-munho sobre o efeito que a PrimeiraVisão exerceu em sua vida.

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Convidamos os nossos leitores jovens a contarem-nos as suas experiências sobre viver e divulgar o

evangelho, como o Senhor o ajudou a sobrepujar suas dificuldades, ou como o Senhor respondeu às

suas orações. Enviem seus artigos para Liahona Floor 24, 50 East North Temple Street, Salt Lake City, UT

84150-3223, USA; ou utilizem o e-mail [email protected]. Não deixem de informar o

nome completo, a idade, o endereço, o número de telefone, a ala e a estaca (ou ramo e distrito).

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Page 51: A LIAHONA - La feuille d'olivier€¦ · A LIAHONA 2 Testemunhas Especiais de Cristo A seguir transcrevemos o texto da apresentação em vídeo feita pela Primeira Presidência e

O AmigoPARA AS CRIANÇAS DA IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS � ABRIL DE 2001

Page 52: A LIAHONA - La feuille d'olivier€¦ · A LIAHONA 2 Testemunhas Especiais de Cristo A seguir transcrevemos o texto da apresentação em vídeo feita pela Primeira Presidência e

UMA HISTÓRIA PARA CONTAR

“Tu saíste para salvação do teu povo ( . . . ).”(Habacuque 3:13)

PÁSCOAPÁSCOA

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O PROFETA ISAÍAS ANUNCIA O NASCIMENTO DE CRISTO, HARRY ANDERSON; CRISTO NO TEMPLO, HEINRICH HOFMANN; JOÃO BATIZANDO JESUS E O SERMÃO DA MONTANHA, HARRY ANDERSON;JESUS CRISTO, WARDER SALLMAN; CRISTO CURANDO O DOENTE NO TANQUE DE BETESDA, CARL HEINRICH BLOCH (MISSÃO BETESDA DANSK INDRE, COPENHAGUE, DINAMARCA);

A ENTRADA TRIUNFAL DE CRISTO, HARRY ANDERSON; A ÚLTIMA CEIA, CARL HEINRICH BLOCK (CORTESIA DO MUSEU HISTÓRICO NACIONAL DE FREDERIKSBORG EM HILLEROD, DINAMARCA); CRISTO NO GETSÊMANI, A CRUCIFICAÇÃO, A RESSURREIÇÃO E A ASCENÇÃO, HARRY ANDERSON

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“O que eu, o Senhor, disse está dito ( . . . ) seja pela

minha própria voz ou pela voz de meus servos, é o

mesmo.” (D&C 1:38)

Instruções

1. Cole a página 5 numa folha de cartolina.2. Recorte as duas seções e a janela na seção 1.3. Aliste quatro coisas que o profeta pede que

façamos. Escreva quatro coisas que você fará para seguiro conselho do profeta.

4. Pinte as figuras das crianças fazendo coisas que oprofeta nos pediu.

5. Faça dois cilindros colando as pontas da seção 1 eda seção 2. (Ver ilustração.)

6. Coloque a seção 2 dentro da seção 1 e gire até queapareça uma figura. Todos os dias, mude a figura elembre-se do que você fará para seguir o profeta.

Idéias para o Tempo de Compartilhar

1. Numa tira de papel, prenda declarações tiradas de discursos de conferências ou de “Testemunhas Especiais de Cristo”. (Ver A Liahona, abril de 2001, pp. 2–24.)Escreva NASCIMENTO numa das pontas da tira e VIDAETERNA na outra ponta. Explique às crianças que quandonascemos na Terra, não nos lembramos do plano do PaiCelestial para nós. Precisamos aprender sobre Seu plano nasescrituras e por meio dos profetas vivos. Coloque uma vendanos olhos de uma criança para representar o esquecimento de nossa vida pré-mortal e faça com que procure uma decla-ração a partir do início da tira na palavra NASCIMENTO.Em seguida, retire a venda e peça-lhe que leia a declaração e diga como pode aplicar a mensagem em sua vida. Continueassim, até que todas as mensagens tenham sido lidas. Cante“Graças Damos, Ó Deus, Por um Profeta” (Hinos, nº 9).

2. Para ajudar as crianças a entenderem como crescemoslinha sobre linha, faça um cartaz de uma escada de mão semos degraus. Faça com que as crianças tirem os degraus dedentro de um recipiente ou sacola. Escreva em cada degraualgo que os profetas nos aconselharam a fazer. Explique-lhesque com apenas um ou dois degraus é impossível subir a escada, mas com todos os degraus, podemos chegar até o topo e encontrar a felicidade que o Pai Celestial temreservada para aqueles que seguem o conselho dos profetas.Reforce o tópico de cada degrau, cantando um hino. �

TEMPO DE COMPARTILHAR

Ouvir a Voz de um ProfetaDiane S. Nichols

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§Se Jesus Cristo viesse falar com você, vocêarranjaria tempo para ouvi-Lo? Todo mês deabril e outubro, o profeta e as outras

Autoridades Gerais discursam na conferência geral. Elesnos dizem coisas que o Salvador nos diria se estivesseaqui. As palavras desses líderes irão guiar-nos em nossavida.

No Livro de Mórmon, lemos a respeito do ReiBenjamim, que era profeta. Quando já estava velho, ele quis ensinar seu povo uma vez mais a respeito doSalvador, então, fez com que fosse construída uma torrepara que todos pudessem ouvi-lo.

As pessoas armaram suas tendas em volta do temploe prepararam-se para ouvir o Rei Benjamim. Entretanto,havia tantas pessoas que muitos não conseguiram ouvi-lo. O rei, então, fez com que escrevessem suas palavrase enviou-as ao povo.

Quando terminou de falar, o povo quis tomar sobre si o nome de Cristo e guardar Seus mandamentos e fizeram um convênio de sempre lembrar-se Dele. As pessoas fizeram o que o Senhor pediu por intermédiodo profeta. (Ver Mosias 1–6.)

No último mês de outubro, nosso profeta, oPresidente Gordon B. Hinckley, falou várias coisas para nós e falará novamente em abril. Como o ReiBenjamim, ele falará em lugar do Salvador. Ele nãoprecisa de uma torre alta; ele fala para nós no Centrode Conferências em Salt Lake City.

Nem todos podem ir ao Centro de Conferências paraouvir o Presidente Hinckley; por isso suas palavras sãotransmitidas pela televisão, por satélite, rádio, compu-tador, videotapes e pelas revistas da Igreja a todas aspessoas do mundo. É importante que ouçamos suaspalavras da mesma forma como ouviríamos Jesus Cristo.Por intermédio do Presidente Hinckley, o Salvador falaconosco!

O A M I G O

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COISAS QUE O PROFETAPEDE QUE EU FAÇA

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Recorte

Ilustração

Seção 1

Seção 2

Farei minhas orações. Estudarei as escrituras. Lembrarei do Salvador. Serei bondoso com os outros.

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NORBERTO HARIJAONA

DE ANTANANARIVO, MADAGASCAR

FAZENDO AMIGOS

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Osol desponta cedo na cidade deAntananarivo. Quando Norberto, de 10anos, e seus irmãos Tahiry, de 9, e Tahina,

de 12 caminham os 500 metros até a escola, as ruasestão cheias de automóveis e gente. As aulas começampontualmente às 8 horas.

“Eu gosto muito de ver meus amigos na escola”, dizNorberto. Ele tem muitas oportunidades de comparti-lhar o evangelho porque é um dos poucos membros quefreqüentam sua escola. Gosta de ser um bom exemplopara as outras crianças ao viver os ensinamentos deJesus. “Digo aos meus amigos para não brigarem e nãobato nos outros”, explica.

Norberto e seus colegas de turma mantêm livros derecordação em que seus amigos podem escrever.

Recentemente, Norberto escreveu uma carta aseu amigo Hery para o livro de recordação.

Disse a Hery que Deus o ama e que nãodeveria fazer escolhas erradas, pois trazem

infelicidade. Norberto escreveu a cartaem francês com todo cuidado e pediu

a seus pais que a corrigissem.Norberto fala francês na escola

e malgaxe em casa. (Essas são asduas línguas oficiais de

Madagascar e muitas pessoas

O A

falam ambos os idiomas). Sua disciplina predi-leta na escola é matemática, mas eletambém gosta das aulas de inglês.

Quando chega em casa da escola,gosta de jogar basquetebol no quintalcom seus irmãos e amigos da vizi-nhança. E gosta de andar em sua bici-cleta, que compartilha com os irmãos.Às vezes, ele anda de bicicleta sozinho;outras, os três irmãos andam ao mesmo tempo!Também gosta muito de fazer carrinhos que possa puxarcom um barbante. Ele também tem tarefas a fazer, comofazer a lição de casa, arrumar a cama e por vezescomprar pão para a família.

Norberto passa grande parte do tempo com a família.Com freqüência eles assistem a fitas de vídeo ou vão apé para o mercado juntos. Fazem todas as refeiçõesjuntos porque os meninos vêm para casa a pé da escolapara almoçar. O almoço preferido de Norberto sãocosteletas de porco e seu jantar favorito são ovos fritos.

A noite familiar é uma ocasião significativa para ele.Gosta muito de estudar as escrituras, cantar e orar coma família. Gosta de jogar os jogos de Le Liahona(francês). Gosta quando é escolhido para fazer a oraçãofamiliar.

À noite Norberto faz suas orações e sobe na cama

M I G O

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Page 58: A LIAHONA - La feuille d'olivier€¦ · A LIAHONA 2 Testemunhas Especiais de Cristo A seguir transcrevemos o texto da apresentação em vídeo feita pela Primeira Presidência e

Alto: Norberto gosta de cantar com seu irmão.

Acima: A oração familiar é uma parte importante

do dia da família Harijaona.

beliche que ele e um irmãodividem. Então os meninos cantam músicasjuntos. Suas canções prediletas são as da Primária.“Amo a Igreja por causa da Primária”, diz Norberto.

Norberto espera ansioso para ir à Igreja todos osdomingos. Gosta de estudar as escrituras e participar dejogos na Primária. Sua classe está aprendendo sobreJoseph Smith e lendo as escrituras sobre Jó. “Gosto deler sobre Jó porque isso nos lembra que as pessoas sãotestadas nesta vida”, diz.

Norberto e sua família foram testados. Uma vezNorberto estava com malária e tremia inteiro. Seus paisnão tinham medicamento para dar a ele. O pai deu-lheuma bênção do sacerdócio e então Norberto pôde final-mente dormir à noite. Agora, sempre que fica doente outem um exame importante na escola, pede uma bênçãopaterna.

Norberto diz que a Igreja trouxe muitas bênçãos àsua vida. A maior bênção é que ele e a família foramselados no templo no dia 5 de janeiro de 1997. Umfundo específico da Igreja pagou pela viagem de seuspais ao templo em Johannesburgo, África do Sul.Contudo, os pais tiveram que vender a casa em quemoravam para pagar pela ida das crianças com eles.

Norberto e a família ingressaram na Igreja por inter-médio de um tio que eles chamam de “Ton Ton”. TonTon adquiriu uma assinatura da revista da Igreja emfrancês para a família em 1985. Assim, quando elevisitou a família em 1991, eles já tinham uma idéia doque era a Igreja. Ton Ton disse: “Agora a Igreja chegou a Madagascar. Vamos encontrá-la”.

Eles encontraram a capela, mas na primeira vez quea família visitou a Igreja o pai de Norberto, Elie, nãopôde ir. Ele ainda tinha responsabilidades com o grupode rapazes de outra igreja. A mãe de Norberto, Esther,voltou para casa daquela primeira reunião e disse aomarido: “Encontramos a igreja certa”. Elie foi com elesna semana seguinte e a família inteira aceitou o evan-gelho. Norberto era um bebê naquela época. Foi bati-zado quando completou oito anos, apesar de ter sentido

O A

medo de ficar debaixo d’água.O pai e a mãe dizem que Norberto é um menino

muito desprendido. “Norberto tem alguns amigos quemoram perto de casa que são muito, muito pobres”,explica a mãe. “Alguns de seus amigos não têm sapatos.Norberto está sempre perguntando-me se podemos dar-lhes algumas das nossas coisas. Diz que temos o bastante.Sempre quer compartilhar a própria comida e roupas comeles. Sua personalidade é assim. Ele é muito generoso.”

Muitos membros em Antananarivo têm a mesma fé ea força de Norberto. A Igreja está crescendo rapida-mente em Madagascar. Talvez não demore muito atéque os ramos se tornem alas e o distrito se torne umaestaca.

Norberto prestou seu testemunho na Primária. “Seique a Igreja é verdadeira”, diz. “Tenho um testemunhodo Profeta Joseph Smith. Sei que ele traduziu o Livro deMórmon.”

Norberto quer incentivar todas as crianças daPrimária a escolherem o que é certo. É assim que elasencontrarão a felicidade verdadeira — a mesma felici-dade que Norberto compartilha com cada pessoa que oconhece. �

M I G O

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Este hino pode ser copiado para uso na Igreja ou no lar, não para uso comercial.

Joan D. Campbell, n. 1929. © 1969 IRI Hal K. Campbell, n. 1927. © 1969 IRI. Arranjo © 2001 IRI

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HISTÓRIAS DO NOVO TESTAMENTO

JESUSESCOLHE SEUSAPÓSTOLOS

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Certo dia, Jesus subiu em um barco para ensinar aspessoas que estavam à margem do Mar da Galiléia. O barco pertencia a um homem chamado Pedro. Pedro e seus amigos haviam pescado durante toda a noite e não haviam pegado nem um peixe.

Lucas 5:1–5

Depois de ensinar ao povo, Jesus disse a Pedro que levasse o barco a alto mar. Então, pediu a Pedro e a seus amigosque lançassem as redes na água; e eles assim o fizeram.

Lucas 5:4–5

I G O

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Eles apanharam tantos peixes que as redes começarama arrebentar.

Lucas 5:5–6

A B R I L D E

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Pedro chamou os amigos que estavam em outro barcopara que o fossem ajudar. Eles encheram os dois barcosde peixes.

Lucas 5:7

Pedro e seus amigos ficaram admirados. Eles sabiamque Jesus Cristo havia feito com que isso acontecesse.

Lucas 5:8–9

Pedro ajoelhou-se aos pés do Salvador e disse que erapecador e, por isso, não era digno de estar perto Dele.Jesus disse a Pedro que não tivesse medo.

Lucas 5:8–10

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Dois amigos de Pedro, Tiago e João, eram irmãos. Jesus disse a todos que fossem com Ele. Os três homens deixaramtudo o que tinham e seguiram Jesus. O Salvador pediu também a outros homens que O acompanhassem e fossem“pescadores de homens”.

Mateus 4:18–22, 9:9; Lucas 5:10–11; João 1:35–51

O A M I G O

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Ele precisava de Doze Apóstolos para dirigir a Sua Igreja. O Salvador queria escolher os homens certos; por isso,orou a noite toda. Na manhã seguinte, Ele escolheu e ordenou doze homens, conferindo-lhes o sacerdócio e o poderde serem Apóstolos.

Lucas 6:12–16; João 15:16

Os Apóstolos viajaram a muitas cidades. Eles ensinaram o evangelho e curaram pessoas. Então, voltaram para contara Jesus o que haviam feito.

Marcos 6:30; Lucas 9:1–6, 10

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FIC

ÇÃ

O

O DISCURSOT. S. HettingerILUSTRADO POR DICK BROWN

Hora de levantar”, exclamou mamãe com entu-siasmo.

Virei-me na cama e fingi não ter ouvido.Faço isso quando não estou com vontade de levantar.

Mamãe não desistiu. “O desjejum já está quasepronto”, disse ela em tom alegre. “Aqueles que quiseremcomer, é melhor que se apressem.”

Meu irmão Daniel acabou se levantando. “Vamos lá,disse ele, cutucanto-me.

“Não estou com fome”, murmurei. “Você é quem sabe”. E foi à cozinha.Era verdade. Eu não estava com fome. Eu estava

com um pouco de dor de estômago. Acho que vou dizer à Mamãe que estou doente, pensei. Isso mesmo — estoudoente e preciso ficar em casa.

Pouco depois, a oportunidade de dizer isso a ela surgiu.“Daniel disse que você não está com fome.” Mamãe

sentou-se à beira da minha cama. “O que você estásentindo?” Ela colocou a mão sobre a minha testa.“Febre você não tem.”

“Não estou doente”, respondi com sinceridade. “Sónão me estou sentindo muito bem.”

A princípio, mamãe ficouconfusa, mas logo decifrou oenigma. “Você está preocupadocom o seu discurso?”

Eu disse: “Não estou somentepreocupado. Eu estava nervosoquando vim para a cama ontem ànoite. Sonhei que, quando melevantei para fazer o meudiscurso, não conseguiaencontrar as minhas anota-ções nem me lembrar denada. Foi terrível!”

Mamãe meneou a cabeça.

“Sinto muito por você ter tido um sonho ruim, mas foisomente um sonho. Você vai sair-se bem.

“Posso dizer que estou doente?”, perguntei. Mas eusabia que mamãe jamais permitiria isso.

“Venha comer um pouco”, ela disse, puxando meuscobertores. “Você vai sentir-se melhor.”

Eu sabia que a única coisa que me faria sentir melhorseria dizer à presidente da Primária que eu estavadoente demais para fazer um discurso. A Patríciapoderia fazer dois discursos. Ela está sempre fazendodiscursos. Ela adora fazer discursos. Eu ia começar asugerir alguma coisa, mas mamãe me olhou com aqueleolhar de “nem pense nisso”.

“Bom dia”, disse papai com alegria, enquanto eu mesentava.

“Bom dia”, resmunguei. Eu não achava que aqueleseria um bom dia.

Papai olhou para mim intrigado.“O Pedro está um pouco preocupado com o discurso

que terá de fazer”, explicou a mamãe.“Entendi”, disse o papai. “Há alguma coisa que eu

possa fazer para ajudar? Eu gostaria de ouvir o seudiscurso se você quiser praticar antes de

ir à igreja.”Fiz que não com a cabeça. Ler o

discurso em frente ao papai não iriaajudar. Comi um pouco antes de

pedir licença e levantar-me.“Estamos muito orgulhosos de

você, sabia?” disse-memamãe enquanto euenxaguava o meu prato.“Eu não poderia

imaginar que você seriao primeiro em nossa famíliaa discursar na igreja.”

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“Tenho certeza que chegará a nossa vez”, disse papaicom um sorriso.

“O que você quer dizer com isso?”, Daniel perguntouansioso.

“Simplesmente que é normal fazer discursos nestaIgreja”, explicou papai. Não há um pastor para fazer os sermões todas as semanas como estávamos acostu-mados. Em vez disso, os membros revezam-se paradiscursar”.

Daniel, balançando a cabeça, disse: “Eu não vouquerer fazer um discurso”. E olhou para mim. “Quemdisse que você teria de fazer um discurso?”

“Ninguém. Minha professora perguntou à classequem gostaria de fazer um discurso. Uma colega e eulevantamos a mão”, expliquei.

“Foi você quem se ofereceu?”, perguntou Danieladmirado.

Eu encolhi os ombros. “Naquele momento, pareceu-me

A B R I L

uma boa idéia. Agora vejo que deveria terficado calado.”A mamãe colocou a mão sobre os meus ombros.

“Vai dar tudo certo. Agora vá vestir-se para a igreja.”Alguns minutos mais tarde, corri para procurar meu

pai. “Papai, você poderia dar o nó em minha gravata?Tentei três vezes, mas não consegui fazer isso direito.”

“Claro.” Ele colocou a gravata ao redor de seupescoço e deu um nó perfeito. Papai ficou engraçadocom a minha gravata. Ela era muito curta para ele. Ele a tirou por cima da cabeça, sem desfazer o nó, e colocou-a em mim.

“Obrigado”, disse eu. Tirei o discurso do bolso dacamisa e comecei a lê-lo pela milionésima vez.

Permaneci sentado lendo meu discurso durante todaa reunião sacramental. Quando percebi que Patríciaestava observando-me, guardei-o no bolso.

Ao chegar à sala da Primária, dirigi-me às cadeiras à frente da sala. No caminho, parei ao lado do púlpitopara ter certeza de que eu era alto o suficiente paraolhar por cima dele sem ter que usar o banquinho queas crianças menores usam.

Enquanto olhava por cima do púlpito, vi minha mãe

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e meu pai no fundo da sala. Eu não havia pedido a elesque viessem, mas não fiquei surpreso por eles teremvindo. O que realmente me surpreendeu foi ver queDaniel estava com eles. Ele havia deixado de assistir àEscola Dominical para ouvir o meu discurso! Eu nãosabia se estava contente ou não.

Patrícia sentou-se perto de mim. “Você estánervoso?”, perguntou ela.

Tentei demonstrar calma e perguntei: “E você”?Ela balançou a cabeça em um gesto afirmativo. “Já fiz

muitos discursos, mas ainda fico nervosa.” Mostrou-meas mãos e pude ver que estavam tremendo.

“Por que então você se ofereceu para fazer umdiscurso?”, perguntei.

Patrícia encolheu os ombros. “Acho que é bom a gentefazer discursos na igreja. Acho que é importante dizer àspessoas aquilo em que acreditamos. Você não acha?”

“Acho”, eu disse. “Nunca fiz um discurso antes.”Patrícia ficou surpresa. “Sério?”“Na igreja que eu freqüentava, o pastor é quem

fazia todas as pregações”, expliquei.“Tudo bem, desde que você vá à Igreja sempre”,

disse Patrícia com um sorriso no rosto.A reunião da Primária começou, e eu parei de

falar. Para a minha surpresa, eu estavacalmo. De certo modo, o fato de saberque Patrícia também ficavanervosa ao fazer um

discurso fez com que eu me sentisse melhor.Depois do primeiro hino e a oração, a presidente

da Primária anunciou que a Patrícia e eu faríamos osdiscursos. Patrícia foi a primeira. Para mim, foi difícilprestar atenção no que ela dizia. Fiquei repetindomentalmente o meu discurso diversas vezes. Sóestremeci quando a ouvi dizer “Amém”.

“Boa Sorte”, sussurrou Patrícia quando passeipor ela para ir ao púlpito.

Retirei minhas anotações do bolso e comecei.“Esta é a primeira vez que faço um discurso na

igreja”, disse eu. “Na verdade, esta é a primeiravez que alguém da minha família faz um discursona igreja.” Olhei para a minha família. Todos

estavam sorrindo para mim.Continuando, mencionei as mudanças que

aconteceram em minha vida desde o nossobatismo. Falei sobre o estudo do Livro de Mórmon.Contei como minha família havia recebido as palestrasmissionárias.

Eu prossegui falando sobre aprender a orar, sobre oquanto me senti feliz quando aprendi que o PaiCelestial quer que oremos e sobre como eu sabia queEle ouve e responde às nossas orações.

Eu já estava terminando quando percebi que minhasanotações estavam amassadas em minha mão. Eu nemhavia precisado delas! Agradeci a meus pais e a Danielpor terem-se batizado na Igreja comigo e disse a elesque os amava. Essa parte nem estava em minhas anota-ções. Então terminei meu discurso dizendo: “Em nomede Jesus Cristo. Amém”.

Quando me sentei, sentia-me aliviado e feliz.“Foi excelente!”, sussurrou Patrícia.“Obrigado”, disse eu, um pouco envergonhado.Olhei novamente para a minha família. Daniel

e papai sorriam. Lágrimas rolavam no rosto de mamãe. Eu podia ver que eram lágrimas

de alegria.Quando começamos a cantar o hino,

vi a minha família sair da sala emsilêncio pela porta de trás. Cada um

foi para a sua aula. Foi então que decidique, na próxima vez que minhaclasse tivesse de fazer um discurso,eu me ofereceria novamente

para fazê-lo. �

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“Pescadores de Homens”, de Simon Dewey“E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André ( . . . ). E disse-lhes: Vinde após mim,

e eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no.” (Mateus 4:18–20)

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Unidos, como Seus Apóstolos, autorizados e comissionados

por Ele para tal, prestamos o nosso testemunho de que Ele

vive e de que voltará para tomar posse de Seu reino e governar

como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Disso temos certeza.” Ver

“Testemunhas Especiais de Cristo”, página 2.