a legislaã§ã£o de mouzinho da silveira e o fim das estruturas do antigo regime (1)

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Escola Secundária Gabriel Pereira Curso de Línguas e Humanidades Disciplina de História A A Legislação de Mouzinho da Silveira e o fim das estruturas do Antigo Regime Docente: Fernando Gameiro Discentes: Sofia Banha & Tânia Bibiu

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Escola Secundária Gabriel Pereira

Curso de Línguas e Humanidades

Disciplina de História A

A Legislação de Mouzinho da

Silveira e o fim das estruturas do

Antigo Regime

Docente: Fernando Gameiro

Discentes: Sofia Banha & Tânia Bibiu

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Índice

Introdução……………………………………………………………………………….3

Quem é Mouzinho da Silveira?..………………………………………………………..4

Importância da Legislação de Mouzinho da Silveira…………………………….……..7

Reformas de Mouzinho da Silveira……………………………………………………..8

Fim do Antigo Regime ………………………………………………………...…….…9

Conclusão……………………………………………………………………………...11

Bibliografia…………………………………………………………………………….12

3

Introdução

O trabalho apresentado é sobre a legislação de Mouzinho da Silveira e o fim das

estruturas do Antigo Regime. Iremos abordar um pouco da biografia de Mouzinho da Silveira.

Mouzinho da Silveira foi um político, advogado e também uma das personalidades mais

importantes da revolução liberal, trabalhou, como legislador, algumas das mais profundas

modificações institucionais nas áreas da fiscalidade e da justiça. Foi preso durante a revolta de

abril de 1824, tornou-se intransigente defensor da Carta Constitucional pelo que teve de se

exilar em 1828. Regressou ao Parlamento em 1834 para defender a sua obra legislativa, mas

exilou-se de novo em 1836. Retirou-se da vida política durante os seus últimos dez anos de

vida.

O objetivo deste trabalho é dar a conhecer vários aspetos importantes desta figura tão ilustre

na época, que foi Mouzinho da Silveira, a sua legislação, as suas reformas e o fim do Antigo

Regime. Vamos tentar expor vários pormenores envolventes no tema, de maneira a esclarecer e

explicar da maneira mais clara e objetiva possível.

Ao longo do trabalho será feita uma abordagem sintética das diversas fases da vida deste

homem tão importante, abordando vários pontos como: a sua biografia, a sua legislação, as suas

reformas e o Fim do Antigo Regime.

A metodologia utilizada na elaboração deste trabalho foi a pesquisa em diversos sites

pesquisados na Internet e alguns livros.

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Quem é Mouzinho da Silveira?

José Xavier Mouzinho da Silveira, nasceu no dia 12 de Julho de 1780 em

Castelo de Vide e morreu no dia 4 de Abril de 1849 em Lisboa.

Mouzinho da Silveira era filho de uma família de abastados proprietários rurais.

Depois de aprender as primeiras letras: o latim e o grego, parte para a Porto em Outubro

de 1796, onde, até Junho do ano seguinte, frequenta os preparatórios para entrar no

Curso de Leis, em Coimbra, no qual se matricula em Outubro de 1797. Sai formado a

10 de Julho de 1802. O pai falecera em Maio de 1799, Mouzinho assumiu desde então a

sua independência económica.

Regressa a Castelo de Vide, ocupa os anos de 1803 e 1804 em tarefas

relacionadas com a gestão do património familiar, particularmente em buscas

resultantes do falecimento de sua avó materna. Em finais de 1804 parte para Lisboa

onde na Corte fica até 1807, com êxito. Foi testemunha ocular da entrada em Lisboa do

exército invasor francês comandado por Junot em Novembro de 1807.

Terminadas as buscas que o trouxeram a Lisboa, Mouzinho da Silveira opta por

não regressar a Castelo de Vide e ingressa na magistratura. Tomou posse a 1 de Março

de 1809 do lugar de juiz de fora de Marvão, localidade onde reside nos três anos

seguintes, participando ativamente nos preparativos para defesa daquela praça contra a

ameaça napoleónica. Terminado o mandato, parte para Lisboa a 15 de Outubro de 1812.

Despachado juiz de fora de Castelo Branco toma posse do cargo a 29 de Maio de

1813, permanecendo naquele cargo até 22 de Novembro de 1816. Terá exercido desde 2

de Maio de 1814 as funções de juiz do Tombo dos Bens da Casa Real no termo de

Lisboa.

Regressando a Lisboa, Mouzinho é nomeado Provedor da Comarca de

Portalegre. Chegado a Portalegre a 21 de Janeiro de 1817, toma posse do cargo de

Provedor a 5 de Março, mantendo-se nele até 2 de Janeiro de 1821.

Em Fevereiro de 1821 foi encarregado de arrecadação da Fazenda em Estremoz

e de visitar as comarcas de Évora e Ourique a respeito de determinar o estado da

arrecadação pública em todos os ramos. a 11 de Abril administrador-geral da

Alfândega Grande do Açúcar, em Lisboa, cargo de que tomou posse a 15 de Maio.

Como administrador da Alfândega foi nomeado, a 28 de Maio de 1823, Ministro da

Fazenda. Com a ocorrência da Vila-Francada, Mouzinho foi confirmado Ministro pelo

decreto de 31 de Maio, sendo logo demitido a 19 de Junho.

Na sequência da Abrilada ( foi uma revolta política de caráter Absolutista que

teve lugar em Abril de 1824. Sucedeu a Vila-Francada (1823) e prenunciou a Guerra

Civil Portuguesa), Mouzinho é preso a 30 de Abril de 1824. Ficou preso no Mosteiro da

Batalha, ali permanece até 14 de Maio, data em que é libertado em conjunto com outros

presos políticos.

Por Decreto de 8 de Agosto de 1825, Mouzinho foi elevado às honras de Fidalgo

Cavaleiro da Casa Real.

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Entretanto, manteve atividade na área da fiscalidade, sendo nomeado em 12 de

Novembro de 1825 membro da junta encarregada de elaborar um regimento da

alfândega geral que se pretendia criar em Lisboa.

Nas eleições de Outubro de 1826 é eleito deputado pelo Alentejo, integra a

Comissão da Fazenda da Câmara dos Deputados, centrando a sua atividade parlamentar

em matérias de fiscalidade e de gestão do património nacional.

Sentindo necessidade de se exilar, em Março de 1828 pediu licença para viajar

por um ano, saindo de Lisboa a 3 de Abril e chega a Paris dia 15 do mesmo mês.

Permanece em Paris até 1832, desenvolvendo estudos sobre fiscalidade. Durante este

período a sua situação patrimonial começa a degradar-se seriamente, este foi um reflexo

da sua ausência e da profunda crise económica que afetava Portugal.

A 6 de Junho de 1831 foi convocado para fazer parte, como membro da

Comissão da Fazenda da Câmara dos Deputados, da comissão encarregue de angariar os

fundos e obter os empréstimos necessários a subsidiar a causa liberal.

Ao estar em Paris, Mouzinho da Silveira é convocado para acompanhar D. Pedro

IV na sua campanha pela implantação do liberalismo em Portugal, saindo de Paris a 25

de Janeiro de 1832 com destino à ilha Terceira, para onde embarcou em Belle-Isle.

Tomou posse do cargo de Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da

Fazenda e temporário dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça em Angra, a 2 de Março

de 1832. A 23 de Abril de 1832 acompanha D. Pedro IV de Angra para Ponta Delgada,

cidade de onde a 27 de Junho parte a caminho do Mindelo.

Desembarca no Mindelo a 8 de Julho, seguindo para o Porto, onde é cercado

pelas forças de D. Miguel. Durante a sua permanência no Porto prossegue a

promulgação das suas reformas.

A 9 de Agosto, em completo desacordo com o andamento das finanças públicas,

particularmente com os empréstimos obtidos por Palmela, pede a demissão dos cargos

que ocupava, demissão que lhe foi concedida a 3 de Dezembro de 1832 por Decreto de

D. Pedro IV.

Abandonou o Ministério exatamente 9 meses depois de ter sido nomeado,

deixando como legado 44 Decretos e duas Portarias que lançam as bases da moderna

fiscalidade portuguesa e introduziram uma profunda reforma no sistema judiciário.

Neste curto espaço de tempo, e em plena guerra civil, Mouzinho afirmou-se como uma

das personalidades dominantes do liberalismo em Portugal. A ele se deve a fundação do

Supremo Tribunal de Justiça e a estruturação do Ministério Público.

Durante o mês de Dezembro de 1832 e o mês de Janeiro de 1833, Mouzinho da

Silveira é encarregue de obter fundos para as forças liberais, participando num cruzeiro

à Barra de Lisboa (a cidade estava ainda na posse das forças de D. Miguel) e

desenvolvendo atividades em Vigo. Com o aprofundar da sua discordância em relação à

condução das finanças públicas, Mouzinho é demitido das suas funções de angariação

de fundos e nomeado Diretor da Alfândega. Contudo, parte de novo para o exílio em

Paris a 19 de Março de 1833.

Regressa a Portugal, a 11 de Setembro de 1834 e entra para a Câmara dos

Deputados, aí permanece, com algumas interrupções, até 1836, sempre na defesa rígida

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da legislação da sua autoria e mantendo uma constante intervenção em matérias de

fazenda pública. Nas eleições de 1835 foi reeleito deputado pelo Alentejo.

A 16 de Agosto de 1836 recusa-se a jurar a Constituição de 1822 e demite-se de

Diretor da Alfândega. Foi preso e quando é libertado exila-se novamente em França.

Regressa a Portugal em 1839, entrando para a Câmara dos Deputados a 15 de

Fevereiro desse ano. Permanece na Câmara dos Deputados até 1840, novamente

intervindo em matérias de fazenda pública.

Em 1842 candidata-se a deputado pelo Alentejo, perdendo a eleição. A 1 de

Dezembro de 1844 Mouzinho é encarregue de elaborar um regulamento geral das

alfândegas.

A sua situação financeira pessoal parece melhorar em 1846, mas as expectativas

colocadas no filho são frustrantes e a sua saúde vai-se deteriorando. A esposa

permanece em Paris.

José Xavier Mouzinho da Silveira morreu em Lisboa, a 4 de Abril de 1849, ao

que tudo indica a causa da sua morte foi um acidente ao subir as escadas de sua casa.

No concelho de Gavião, foi-lhe levantado em 1875, por subscrição do Jornal do

Comércio, um monumento.

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Importância da Legislação de Mouzinho da Silveira

Portugal era um país enraizado às tradições feudais, as unidades produtivas

(agrícolas, manufatureiras ou pré-industriais) tinham carácter doméstico e rudimentar. A

produção com visão capitalista era uma ilusão.

Com o intuito de modernizar o país, arrancando-o das amarras do persistente

feudalismo dos costumes, Mouzinho da Silveira programou um conjunto de medidas

reformistas orientadas para a modernização do país. A sua obra modernizou os velhos

sistemas administrativos e judicial.

• Abolição dos morgadios e capelas cujo rendimento liquido fosse inferior

a duzentos mil réis anuais;

• Extinção dos forais, dízimos, bens da coroa e respectivas doações;

• Eliminação de situações de privilégio na organização das actividades

económicas

- Supressão do privilégio exclusivo da companhia dos vinhos do alto

Douro, da exportação do vinho e do fabrico de aguardentes;

• Extinção das portagens e demais encargos sobre a circulação interna de

mercadorias;

• Instituição do registo civil.

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Reformas de Mouzinho da Silveira:

Levantamento dos bens sequestrados aos residentes no continente;

Abolição dos dízimos, de especial relevância os dízimos das laranjas e outras frutas

e dos cereais oriundos dos Açores;

Abolição dos pequenos morgadios, forais, dízimos e extinguiram-se os bens da

coroa e respetivas doações;

Declarou a liberdade de ensino a casas particulares (possibilitando a criação de

Academias, Associações e Grémios que não só se tornaram centros de sociabilidade

e de desenvolvimento social e cultural como defendiam o direito à propriedade e as

regras de concorrência);

Abolição da pena de confiscação para qualquer delito. A ideia era defender o

princípio da produtividade das terras, todas as terras deveriam ser cultivadas;

Incentivou o comércio, liberalizando as trocas comerciais e retirando a

exclusividade da produção de aguardente à Companhia de Vinhos do Alto Douro;

Cobrou 1% de imposto para o Estado sobre as exportações;

Colmatar as incoerências e fragilidades da legislação vintista de carácter

socioeconómico;

A libertação da terra fez-se acompanhar da libertação do comércio e da eliminação

de situações de privilégio na organização das atividades económicas;

Extinguiram-se as portagens e outros encargos sobre a circulação interna, no

comércio externo diminuíram-se os direitos de exportação;

Suprimiram-se os monopólios do sabão;

Lançou as bases de uma nova organização administrativa: o país ficou dividido em

províncias, comarcas e concelhos;

Enquadrou os cidadãos civilmente na administração pública com o Registo Civil;

Introduziu o princípio do júri e a hierarquia de juízes, no topo ficava o Supremo

Tribunal da Justiça;

Eliminou o secular sistema de tributação local;

Criou o Tribunal do Tesouro Público, para efeito de arrecadação de impostos e

contabilização dos fundos do Estado;

Abolição do imposto SISA, exceto para a venda e troca de Bens de Raiz.

Mouzinho da Silveira aplicou os ideias liberais de Igualdade, Direito de Propriedade

e Liberdade no campo da economia, num país extremamente atrasado e com uma

manufatura caseira e maquinofatura inexistente, Mouzinho da Silveira criou as medidas

necessárias ao incentivo da produção.

As medidas de Mouziho da Silveira eram direcionadas para as ambições e interesses

dos burgueses, através da abolição das tradicionais barreiras feudais e desenvolvendo os

mecanismos de afirmação de uma economia capitalista.

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Fim do Antigo Regime em Portugal

Vários fatores explicam o desenvolvimento de um processo de longa duração

que provocou mudanças significativas no panorama social do reino português.

A ascensão da burguesia comercial e financeira, aliada a fortes tensões sociais

provocadas pela manutenção do monopólio da nobreza no controlo dos cargos mais

importantes do Estado, a desigualdade de oportunidades quanto à posse de propriedade,

e as más condições de vida das classes populares criaram o ambiente para que o Antigo

Regime começasse a desintegrar-se.

Estas tensões sociais corresponderam a graves desajustes económicos que

resultaram no aparecimento, no final do século XVIII, de revoluções liberais lideradas

pela burguesia, interessada em acabar com os regimes monárquicos absolutistas de

forma a intervir diretamente na condução dos destinos das nações.

Em meados deste século surgiu em grande força o absolutismo autoritário, uma

nova versão do absolutismo. Este é inspirado pelos princípios iluministas, por influência

direta de uma tendência de fortalecimento do poder real.

Na sequência do afastamento do Marquês de Pombal (após a morte de D. José e

com o movimento da "Viradeira"), no tempo de D. Maria I, apareceram tendências

políticas menos autoritárias, mantendo-se o absolutismo.

A sociedade cortesã portuguesa era mantida pela Corte de D. Maria I. A rainha

fazia-se acompanhar de altos membros do clero, uma classe muito protegida pela sua

governação, e favorecia a alta nobreza que recompensava com os mais elevados cargos

da nação. A burguesia pombalina continuava a investir na sua subida social e económica

com o desenvolvimento de atividades bastante lucrativas relacionadas com a indústria, o

investimento no comércio e na agricultura, encontrando-se no entanto ainda muito

debilitada dado que os seus membros ansiavam ascender a um estatuto semelhante ao da

nobreza. No fundo, não havia, neste grupo, uma verdadeira consciência social. A

burguesia estava presa aos valores de uma sociedade tradicional e, por isso mesmo,

procurava enobrecer-se e adquirir bens de raiz, numa tentativa de se igualar à nobreza.

Esta mentalidade retardou a contestação do regime senhorial, que irá conduzir,

mais tarde, à desintegração do Antigo Regime.

As críticas ao regime vinham essencialmente do Norte e do Centro do país, onde se

incentivava a implementação de reformas e se apresentavam argumentos de ordem

económica e política contra este modelo de governação autoritário.

Na Europa faziam-se ouvir os ecos da Revolução Francesa de 1789, e em

Portugal eram introduzidas algumas medidas de carácter liberal. No entanto, no nosso

país, a oposição ao absolutismo não foi, inicialmente, muito acentuada já que a estrutura

social era bastante conservadora e fortemente ligada a padrões comportamentais

tradicionais. Por outro lado, existem também motivos de ordem económica que

explicam este retardar da implantação da nova ideologia em Portugal.

Havia, de longa data, como que um "acordo recíproco" entre estes dois grupos

sociais, ou melhor, entre a burguesia e a nobreza absolutista que se manifesta de duas

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formas. Por um lado, há em Portugal uma tradição do funcionamento da atividade

económica reveladora de uma curta complementaridade, perfeitamente notória no

âmbito comercial; a burguesia funcionava com frequência como agente comercial da

nobreza mais apostada em recusar envolver-se diretamente no negócio.

Por outro lado há que ter em conta a questão do Brasil. Aquele território sul-

americano era o garante da prosperidade comercial portuguesa. Enquanto o estado

absoluto mantivesse afastados os concorrentes (isto é, os ingleses) a coberto do

"exclusivo colonial" as coisas corriam satisfatoriamente. Contudo, as Invasões

Francesas, e as consequentes cedências à Grã-Bretanha (nomeadamente a abertura dos

portos brasileiros), provocaram uma onda de descontentamento entre os meios

burgueses e a solidariedade quebrou-se. A conspiração começou a alastrar.

A Maçonaria, uma organização secreta cujos membros são designados por

"pedreiros livres" (do termo "maçons"), inspirada pelas ideias iluministas, foi um dos

elementos mais ativos na introdução e adoção do liberalismo. Esta atividade secreta foi

combatida pelos poderes instituídos, pois os "maçons" eram considerados elementos

perturbadores, contestatários da sociedade tradicional e do absolutismo.

A ideologia liberal foi difundida por outros meios. A Imprensa, sobretudo a

periódica, foi um dos mais importantes veículos transmissores desta nova ideologia

política, principalmente através do jornal "A Gazeta de Lisboa", que claramente apoiava

as reformas mais profundas. Pina Manique, o intendente da Polícia, exercia um apertado

controlo sobre a circulação de qualquer tipo de literatura considerada pró-liberal,

especialmente a de origem francesa.

Na Corte portuguesa e mesmo fora dela, as influências francesas, inglesa e

espanhola eram bastante notórias; todavia, não passavam de modas. Queluz era o

Palácio de Versalhes à escala nacional, e um bom exemplar da decadência do ambiente

das cortes europeias deste período, tal como em Espanha e em França antes de 1792. O

governo e o príncipe regente eram sumariamente caracterizados pela insegurança na

tomada de decisões, medo e incapacidade de acompanhar as mudanças operadas no

final do século. Este decadente ambiente cortesão acabaria por contribuir para debilitar

a já frágil sustentação de um modelo social e de um regime político em vias de se

desintegrar.

11

Conclusão

Neste trabalho abordámos o tema sobre a legislação de Mouzinho da Silveira e o fim

das estruturas do Antigo Regime. Mouzinho da Silveira foi um político, advogado e também

uma das personalidades mais importantes da revolução liberal, trabalhou, como legislador,

alguma das mais profundas modificações institucionais nas áreas da fiscalidade e da justiça.

Foi preso durante a revolta de abril de 1824, tornou-se intransigente defensor da Carta

Constitucional pelo que teve de se exilar em 1828. Regressou ao Parlamento em 1834 para

defender a sua obra legislativa, mas exilou-se de novo em 1836. Retirou-se da vida política

durante os seus últimos dez anos de vida.

Este trabalho foi muito importante, porque adquirimos conhecimentos e aprofundámos um

homem bastante relevante na época. Ficámos a conhecer a história de um homem muito ilustre, da

qual não tínhamos muito conhecimento. Ao longo da pesquisa sobre este tema desenvolvemos e

aperfeiçoamos competências de investigação, seleção e organização da informação.

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Bibliografia

Célia Pinto do Couto, M. A. O Tempo da História. Porto Editora.

História 11. (s.d.). Obtido em 21 de Fevereiro de 2015, de Reformas de Mouzinho da

Silveira: http://historia11.blogspot.pt/2005/04/reformas-de-mouzinho-da-silveira.html

Infopédia. (s.d.). Obtido em 22 de Fevereiro de 2015, de Fim do Antigo Regime:

http://www.infopedia.pt/$fim-do-antigo-regime-em-portugal

Ler letras. (s.d.). Obtido em 22 de Fevereiro de 2015, de A Reforma Administrativa

Liberal que Procedeu a de Mouzinho da Silveira:

http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/1950.pdf

Nova Activa Multimédia, Geografia e História de Portugal. In M. C. Tereza Condessa

Falcão. Lexicultural.

Pluridoc. (s.d.). Obtido em 22 de Fevereiro de 2015, de A Legislação de Mouzinho da

Silveira - Uma Análise às Causas e aos Efeitos:

http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?module=Files/FileDescription&

ID=6380&state=FD

Sala de Estudo. (s.d.). Obtido em 22 de Fevereiro de 2015, de A Legislação de

Mouzinho da Silveira: https://salaestudo.wordpress.com/2010/03/04/a-legislao-de-

mouzinho-da-silveira/

Slideshare. (s.d.). Obtido em 22 de Fevereiro de 2015, de O novo ordenamento político

e socioeconómico: http://pt.slideshare.net/diariohistoria/o-novo-ordenamento-politico-e-

socioeconomico

Wikipédia. (s.d.). Obtido em 21 de Fevereiro de 2015, de Abrilada:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Abrilada

Wikipédia. (s.d.). Obtido em 21 de Fevereiro de 2015, de Vilafrancada:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Vilafrancada

Wikipédia. (s.d.). Obtido em 21 de Fevereiro de 2015, de Mouzinho da Silveira:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mouzinho_da_Silveira