a internet e a nova revolução na comunicação mundial

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A INTERNET E A NOVA REVOLUÇÃO NA COMUNICAÇÃO MUNDIAL Raquel da Cunha Recuero Ensaio apresentado como requisito parcial à aprovação na disciplina de história das Tecnologias de Comunicação, ministrada pelo professor Dr. Jacques Wainberg, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) em dezembro de 2000. RESUMO: A Internet, nova tecnologia de informação, vem causando grandes e profundas revoluções no âmago da sociedade. Este artigo busca discutir algumas dessas transformações e mostrar algumas especulações teóricas sobre o assunto. PALAVRAS-CHAVES: Internet, comunicação mediada por computador, revolução digital, comunidades virtuais. INTRODUÇÃO A primeira grande revolução na comunicação aconteceu quando o homem desenvolveu a linguagem, como tentativa de comunicar-se com seus semelhantes e sucesso na luta pela sobrevivência. A linguagem permitiu que a humanidade conseguisse transmitir o conhecimento adquirido, aperfeiçoando a forma de apreender o mundo pelas primeiras comunidades. Alguns séculos mais tarde, a linguagem teve seus sons codificados em símbolos, e posteriormente em alfabetos. Com a criação desta nova convenção, teve início a civilização como a conhecemos hoje. A escrita permitiu que o conhecimento ultrapassasse a barreira do tempo e que a mensagem pudesse existir independente de um emissor, podendo ser recebida a qualquer momento por alguém que soubesse decifrar o código. Permitiu também a organização linear do pensamento, base da inteligência e cultura dos séculos seguintes. Com a escrita desenvolveu-se também a ciência, criando várias raízes de conhecimento científico e desenvolvendo a civilização. Com a ciência, o espaço pôde ser reconfigurado, medido, transformado. A distância passou a ser algo concreto, passível de ser medido. A escrita também esteve intimamente ligada com a transmissão e desenvolvimento da cultura dos povos. E a cultura com o desenvolvimento também da sociedade e da vida social. O impacto da escrita na vida do homem foi tão forte que até hoje os

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A Internet e a Nova Revolução Na Comunicação Mundial

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A INTERNET E A NOVA REVOLUO NA COMUNICAO MUNDIAL

Raquel da Cunha RecueroEnsaio apresentado como requisito parcial aprovao na disciplina de histria das Tecnologias de Comunicao, ministrada pelo professor Dr. Jacques Wainberg, na Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) em dezembro de 2000.

RESUMO: A Internet, nova tecnologia de informao, vem causando grandes e profundas revolues no mago da sociedade. Este artigo busca discutir algumas dessas transformaes e mostrar algumas especulaes tericas sobre o assunto.

PALAVRAS-CHAVES: Internet, comunicao mediada por computador, revoluo digital, comunidades virtuais.

INTRODUO

A primeira grande revoluo na comunicao aconteceu quando o homem desenvolveu a linguagem, como tentativa de comunicar-se com seus semelhantes e sucesso na luta pela sobrevivncia. A linguagem permitiu que a humanidade conseguisse transmitir o conhecimento adquirido, aperfeioando a forma de apreender o mundo pelas primeiras comunidades. Alguns sculos mais tarde, a linguagem teve seus sons codificados em smbolos, e posteriormente em alfabetos. Com a criao desta nova conveno, teve incio a civilizao como a conhecemos hoje. A escrita permitiu que o conhecimento ultrapassasse a barreira do tempo e que a mensagem pudesse existir independente de um emissor, podendo ser recebida a qualquer momento por algum que soubesse decifrar o cdigo. Permitiu tambm a organizao linear do pensamento, base da inteligncia e cultura dos sculos seguintes. Com a escrita desenvolveu-se tambm a cincia, criando vrias razes de conhecimento cientfico e desenvolvendo a civilizao. Com a cincia, o espao pde ser reconfigurado, medido, transformado. A distncia passou a ser algo concreto, passvel de ser medido. A escrita tambm esteve intimamente ligada com a transmisso e desenvolvimento da cultura dos povos. E a cultura com o desenvolvimento tambm da sociedade e da vida social. O impacto da escrita na vida do homem foi to forte que at hoje os historiadores determinam o fim da Pr-histria e o incio da Histria, ou seja, da civilizao e do desenvolvimento pela provvel data da inveno da escrita.

Tamanha reviravolta est sendo revivida neste final de sculo. Com o surgimento de um novo meio de comunicao, o mais completo j concebido pela tecnologia humana: a Internet. O primeiro meio a conjugar duas caractersticas dos meios anteriores: a interatividade e a massividade. O primeiro meio a ser, ao mesmo tempo, com o alcance da televiso, mas com a possibilidade de que todos sejam, ao mesmo tempo, emissores e receptores da mensagem. a aldeia global de McLuhan concretizada muito alm do que ele havia previsto. Uma aldeia repletas de vias duplas de comunicao, onde todos pode construir, dizer, escrever, falar e serem ouvidos, vistos, lidos. Com o surgimento deste novo meio, diversos paradigmas comeam a ser modificados e nossa sociedade depara-se com uma nova revoluo, tanto ou mais importante do que a inveno da escrita. O paradigma do pensamento linear est sendo superado por um novo paradigma: o pensamento hipertextual, que organiza-se sob a forma de associaes complexas, considerado muito mais apto e completo para descrever e explicar os fenmenos do que o linear. Ao mesmo tempo, o advento do ciberespao, um espao novo, no concreto, mas igualmente real sugere uma reconfigurao dos espaos j conhecidos, das relaes entre as pessoas e da prpria estrutura de poder. Como meio de comunicao, a Rede, como tambm conhecida, veio a preencher o corao da Sociedade da Informao, imaginada e criticada por pensadores como CASTELLS(1999). A informao passa a constituir a matria-prima de nossa sociedade, fonte no apenas de capital, mas tambm de poder. E um espao inteiramente constitudo de informao, como a Internet, passa a ter um papel central nessa nova sociedade, tanto em termos de circulao de capital, como em termos de reconfigurao do espao e das relaes sociais. Este espao, denominado por muitos como ciberespao, ou espao virtual o cerne da revoluo desta virada de sculo. O ciberespao um no-lugar. No concreto, no fsico, mas real.

Neste artigo, tentaremos explicitar porque consideramos a Internet, neste final de sculo e, mais especificamente, o que ela proporciona, a Comunicao Mediada por Computador (CMC), como a mais profunda revoluo na comunicao desde a inveno da escrita.

A REVOLUO ANUNCIADA

Nenhum meio de comunicao foi, como j explicamos, to poderoso e causou tantas e to profundas modificaes na sociedade quanto a escrita. Todos proporcionaram, de modo mais ou menos contundente modificaes na sociedade e na viso de mundo das pessoas. Fundamentalmente, todos contriburam para a reduo do espao, ou seja, para a rapidez e eficincia da comunicao entre as pessoas em localidades diferentes. Segundo McLuhan, os meios de comunicao atuam como extenses das capacidades naturais dos seres humanos. A televiso mostra aquilo que no podemos ver fisicamente, mas atravs dela, como uma extenso de nossos olhos. O rdio trouxe as notcias das quais no tnhamos conhecimento, como uma extenso dos nossos ouvidos. O telefone nos permitiu levar a voz a uma distncia infinitamente maior do que jamais se havia pensado. E assim sucessivamente, cada meio representou uma extenso de uma capacidade natural dos seres humanos. A Internet, no entanto, atravs da Comunicao Mediada por Computador, proporcionou a extenso de vrias capacidades naturais. No apenas podemos ver as coisas que nossos olhos naturalmente no vem. Podemos interagir com elas, toc-las em sua realidade virtual, construir nossos prprio raciocnio no linear em cima da informao, ouvir aquilo que desejamos, conversar com quem no conhecemos. Fundamentalmente, podemos interagir com o que quisermos.

Autores como LOGAN (1999) definiram a Comunicao Mediada por Computador como uma nova e importantssima linguagem. Para LOGAN, todo o desenvolvimento da humanidade deu-se sobre as tentativas de organizao da complexidade e do caos da realidade que circundava os primeiros seres humanos. Assim, como tentativas de organizar todo o seu raciocnio e a sua compreenso do mundo, surgiram a fala, a escrita, a matemtica, a cincia, a informtica e por fim, a sexta linguagem, a Internet. Cada linguagem surgia quando a anterior no era mais suficiente para explicar os fenmenos. LOGAN utiliza-se de uma perspectiva fsica e matemtica (da teoria do caos) e humana (teoria da linguagem e as idias de MCLUHAN) para definir a evoluo da linguagem.

Alm disso, a Internet apresenta uma convergncia de mdias. No computador j possvel assistir televiso, ouvir rdio ou ler jornal... Enfim, todas as mdias tradicionais com oplusda interatividade. Logo, enquanto usurios da Rede, cada indivduo um emissor massivo em potencial. Pode difundir mensagens e idias atravs dee-mail,chatsou mesmo em listas de discusso ewebsites. Pode difundir sua msica atravs da gravao da mesma em um formato que seja manipulvel atravs da Internet. Pode gravar um vdeo em uma cmera digital e divulg-lo. Enfim, as possibilidades so inmeras. Cada indivduo um emissor e um receptor simultaneamente na Rede.

A RECONFIGURAO DO ESPAO

Uma das caractersticas mais profundas da influncia de um meio de comunicao nas sociedades a reconfigurao dos espaos percebidos por esta sociedade. Isso porque a comunicao reduz as distncias e permite que as pessoas aproximem-se. No em uma perspectiva concreta, obviamente, mas em uma perspectiva de percepo. Com a Internet essas distncias tornam-se nfimas. Isso porque agora no mais possvel apenas ter "acesso" a informaes de lugares distantes. possvel tambm alter-las. No ciberespao, no existem distncias fsicas. Essa caracterstica da no-geograficabilidade do espao em que se age e interage inovadora e diferencial na CMC. possvel conversar com algum que esteja h milhares de quilmetros, receber arquivos, trocar fotos, tudo em questo de segundos. A distncia geogrfica pulverizada pela comunicao. No mundo virtual, possvel tocar, sentir, ver, ouvir e interagir com elementos que esto localizados h milhares de quilmetros. No ciberespao, no h distncia. A geografia fica em segundo plano.

Com isso, muitos pesquisadores tm observado que nossa noo de espao vai sendo drasticamente modificada. No se trata mais de uma aldeia global, mas sim de uma comunidade global.

Alm disso, a organizao da prpria informao no ciberespao faz com que a noo de territrio que permeou nossas idias por sculos seja superada. Hoje em dia, profissionais do Direito em todo o mundo encontram dificuldades ao lidar com as questes territoriais globais. Como equacionar um problema de direito autoral, onde o elemento pirata francs, mas encontra-se hospedado em um pas onde a pirataria no crime e realiza aes criminosas no Brasil? Alm de diminuir as distncias e permitir o transporte de informaes de uma maneira quase instantnea, o ciberespao proporciona uma reconfigurao da noo de espao geogrfico, em cima de um novo espao, no geogrfico, que supera as fronteiras do mundo fsico.

A INTERNET COMO MODIFICADORA DAS RELAES SOCIAS E AS COMUNIDADES VIRTUAIS

Talvez um dos pontos mais importantes seja a reorganizao dos hbitos de socializao que a Internet proporciona. A anlise da Internet como fator modificador das relaes sociais principalmente enquadrada, em nosso ponto de vista, pelo estudo das comunidades virtuais, como forma mais pura de conseqncia da interao entre o humano e o ciberespao. A mudana de paradigmas que o surgimento da Rede trouxe para o mundo acabou por trair os conceitos de comunidades tradicionais. No h interao fsica. No h proximidade geogrfica: Estas comunidades estruturam-se fundamentalmente sobre um nico aspecto: o interesse em comum de seus membros. A partir deste interesse, as pessoas conseguiriam criar entre si relaes sociais independentes do fator fsico, e com o tempo essas relaes tornar-se-iam de tal forma poderosas que poderiam ser classificadas como laos comunitrios. Estruturadas sobre umlocusvirtual, no fsico e nem real, essas comunidades surgiriam atravs da interao puramente comunicativa entre seus membros. REINGHOLD (1997), um dos pioneiros na identificao deste fenmeno, descreveu sua experincia na rede "The Well", contanto como o sentimento comunitrio permeava todos os participantes dos fruns e de como estas relaes a princpio virtuais foram estendidas para o mundo real. Ou seja, atravs das comunidades virtuais, a Internet estaria atuando como meio de encontro e formao de grupos sociais. O que evidente, se verificarmos a existncia de grandes redes articuladas internamente grande rede, no limbo de uma existncia, que divulgam informaes e atuam como ponto de encontro para pedfilos,hackersou mesmo,crackers. A este respeito, fazemos meno a uma teoria um pouco antiga, de RAY OLDENBURG, sobre o desaparecimento dos terceiros lugares na Amrica. Segundo ele, em sua anlise da sociedade norte-americana, a vida cada vez mais atribulada das pessoas, o surgimento das metrpoles e o crescimento da violncia estariam contribuindo para o desaparecimento dos lugares mais fundamentais para as sociedades humanas: os terceiros lugares, lugares ldicos, de prazer e lazer. OLDENBURG diz que existem basicamente trs categorias de lugares essenciais para o indivduo: os primeiros que compreenderiam seus lares, onde criam relaes entre os membros de sua famlia; os segundos, os do trabalho, onde nascem relaes profissionais; e os terceiros, aqueles que estimulariam o lazer, sendo os mais propcios para o surgimento de relaes sociais. Com o desaparecimento destes lugares, estaria havendo uma queda no sentimento de comunidade, levando a uma exacerbao do individualismo e ao fim do social. Entendendo por este lado, a Rede teria propiciado o renascimento dos terceiros lugares, num momento onde o medo da violncia e o desaparecimento desses lugares seria um fenmeno mundial, desta vez como lugares virtuais, que revelaram-se propcios para a retomada de laos sociais que levam ao surgimento das comunidades. Ou seja, seria uma reao ao individualismo pregado pelo capitalismo, um retorno ao sentimento comunitrio que auxiliou as comunidades humanas na sobrevivncia e perpetuao da espcie por muitos sculos. O que observamos aqui , portanto, uma nova forma de estabelecer laos sociais, de reunir pessoas sob a forma de uma comunidade. Essa modificao muito importante pois derruba o paradigma geogrfico das comunidades, graas reconfigurao do espao proporcionada pelo ciberespao.

UM NOVO GOVERNO?

A Internet propicia uma comunicao entre muitos e para muitos. Talvez porque muitas pessoas podem interagir com muitas pessoas, neste meio que tericos como PIERRE LVY consigam ver na Internet um futuro democrtico para a humanidade. Oras, a idia da "democracia eletrnica" no de todo impossvel e utpica. Se de um lado a Rede oferece efetivamente a chance, ao cidado comum, de articular-se com outras pessoas atravs de seus campos de interesse, de outro, este acesso ainda um tanto o quanto restrito. E a idia tem recebido crticas ferrenhas, estruturadas sobre dois aspectos fundamentais: a Internet como fruto do capitalismo no poderia opor-se a ele; e o acesso a Internet no democrtico, especialmente para os pases do chamado Terceiro Mundo.

Outros tericos, no entanto, vem na Internet o surgimento de uma grande transformao poltica, atravs do surgimento, no de uma democracia, mas de uma tecnocracia, onde a tcnica comanda tudo e todos. Este novo sistema seria a superao do capitalismo, criado a partir do surgimento de uma nova aristocracia: a dos digerati Estas pessoas seriam aqueles que dominariam a tcnica, pioneiros no desenvolvimento das mquinas, das tecnologias e em sua aplicao para o bem da humanidade, rumo "Sociedade da Informao". Esta ideologia no pregaria a dominao de uns por outros. Ao contrrio, a era dos digerati beneficiaria a todos. Eles "transformariam as restries do fordismo em liberdades da sociedade da informao". (BARBROOK, 1999) A participao democrtica dar-se-ia de forma pessoal e no mais representativa, atravs de goras virtuais, onde a cidadania poderia ser exercida livremente e destituida de intermedirios. BARBROOK (1999) observou ainda que toda esta afluncia do digital sobre o sistema nada mais seria do que uma reinveno do capitalismo, desta vez no um capitalismo marxista ou stalinista, mas uma outra forma de comunismo. O autor faz um paralelo entre os discursos do comunismo da Revoluo Russa e a tecnocracia pregada pelos adeptos do Vale do Silcio.

CONCLUSO

Vivemos no ltimo segundo. Na virada do milnio. No sculo das revolues. Por isso, neste artigo, procuramos reunir tericos que coloca a Internet como centro de uma nova revoluo na comunicao mundial. O objetivo foi mostrar que os antigos paradigmas que utilizvamos para ver e avaliar os fenmenos que nos rodeiam talvez estejam sendo modificados mais rpido do que sequer imaginamos. Discutimos e selecionamos algumas das principais revolues apontadas pelos tericos que escrevem sobre a Internet nos ltimos tempos. Pretendemos sim, suscitar a discusso e a formulao de novos hipertextos sobre a realidade e as transformaes que estamos vivendo. A Internet o meio mais revolucionrio de que j tivemos notcia sim. Primeiro por causa de suas caractersticas peculiares, que explicamos no decorrer do artigo. Segundo porque permitiu uma reconfigurao do nosso sistema de pensamento e mais ainda, da nossa idia de comunicao, base de nossa sociedade. Resta saber ainda o quanto essa revoluo poder atingir o nosso futuro.

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2000 Raquel Recuero Este ensaio pode ser reproduzido parcialmente desde que sejam citadas a fonte e a autora.