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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física FERNANDA PASCHOAL CALIANI KAREN ROZ MURATA MARIANA AUGUSTO GENOVEZ DA ROCHA A INFLUÊNCIA DA FADIGA NEUROMUSCULAR DIANTE DE UM TREINO EXCÊNTRICO SOBRE O DESEMPENHO AERÓBIO LINS - SP 2008

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Educação Física

FERNANDA PASCHOAL CALIANI

KAREN ROZ MURATA

MARIANA AUGUSTO GENOVEZ DA ROCHA

A INFLUÊNCIA DA FADIGA NEUROMUSCULAR

DIANTE DE UM TREINO EXCÊNTRICO SOBRE O

DESEMPENHO AERÓBIO

LINS - SP

2008

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FERNANDA PASCHOAL CALIANI

KAREN ROZ MURATA

MARIANA AUGUSTO GENOVEZ DA ROCHA

A INFLUÊNCIA DA FADIGA NEUROMUSCULAR DIANTE DE UM TREINO

EXCÊNTRICO SOBRE O DESEMPENHO AERÓBIO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física sob a orientação do Profº M.Sc. Wonder Passoni Higino e orientação técnica da Profª Esp. Jovira Maria Serraceni.

LINS - SP

2008

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DESCRIÇÃO

Caliani, Fernanda Paschoal; Murata, Karen Roz; Rocha, Mariana Augusto Genovez.

A influência da fadiga neuromuscular diante de um treino excêntrico sobre o desempenho aeróbio / Fernanda Paschoal Caliani; Karen Roz Murata; Mariana Augusto Genovez da Rocha – – Lins, 2008.

71p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Educação Física, 2008

Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Wonder Passoni Higino

1. Fadiga Neuromuscular. 2. Performance Aeróbia. 3. Efeito do Exercício Repetido I Título.

CDU 796

C155i

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FERNANDA PASCHOAL CALIANI

KAREN ROZ MURATA

MARIANA AUGUSTO GENOVEZ DA ROCHA

A INFLUÊNCIA DA FADIGA NEUROMUSCULAR DIANTE DE UM TREINO

EXCÊNTRICO SOBRE O DESEMPENHO AERÓBIO

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Licenciatura Plena em Educação Física.

Aprovada em: _______/_______/_______

Banca Examinadora:

Prof. Orientador: M.Sc. Wonder Passoni Higino

Titulação: Mestre em Motricidade Humana (UNESP – Rio Claro)

Assinatura: ___________________________

1º Prof.(a): _____________________________________________________

Titulação: ______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ___________________________

2º Prof.(a): _____________________________________________________

Titulação: ______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ___________________________

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DEDICATÓRIA

Dedico a Deus que nos momentos difíceis foi minha fortaleza, a meus

pais que sempre me apoiaram desde os primeiros momentos em que decidi o

rumo para o qual levaria meus estudos, a minha irmã Natália, a meu marido

Daniel que me ajudou a cuidar do nosso filho enquanto eu me dedicava a esse

trabalho, a meu filho Vinícius que me trouxe alegria e motivação, a todos os

meus amigos e colegas de classe e a todos que de alguma forma possam tirar

proveito desse material.

Fernanda

A Deus

É com ele que converso todas as noites. Hoje eu sei que uma pessoa

sem amor, e sem fé não é nada, pois é do amor que buscamos a paz interior, o

companheirismo, a ousadia, o carinho, a amizade, a perseverança, a lealdade,

e a felicidade. E a fé traz esperança e força de vontade para continuar a viver

de forma concreta, com alegria no coração.

Karen

Aos meus pais

Agradeço e devo tudo a eles, pois estenderam a oportunidade de me

realizar e crescer a cada dia. Que estão ao meu lado em todos os momentos,

são pessoas maravilhosas que acreditam na minha ousadia e no meu

aprendizado, não poupam esforços para me deixar feliz; apóiam as minhas

decisões, me ajudam a prosseguir no caminho correto; que me amam

incondicionalmente e é por eles que eu luto pelo meu futuro, meu sucesso e

minha felicidade. A Família hoje é como se fosse uma estrutura para o nosso

futuro, se você tem uma boa estrutura, será muito difícil cair um dia, mas se

cair, sua estrutura não será abalada, porque nela existe o amor.

Eu amo vocês!

Karen

Ao meu namorado

Dizem que quando o amor é verdadeiro passa por testes de

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sobrevivência, mas sempre volta para você. Por mais obstáculos que tenha,

sobreviver a todos para fazer sorrir quem você gosta, é a forma de carinho

mais bela. Agradeço eternamente por querer me fazer crescer, mudar e

melhorar em busca da nossa felicidade. Eu te amo mesmo com esse seu gênio

meio maluco. Você dominou meus sonhos, motivou meus projetos de vida, e

tomou conta do meu coração.

Karen

As minhas parceiras de monografia

Carinho é a palavra certa para definir em todo este ano toda

compreensão e determinação que tivemos. São pessoas que irei guardar no

meu coração, serei grata a longos anos, pela amizade e experiência, pelo

compromisso, responsabilidade, troca de informações, e a ajuda em todas as

horas precisas. Vocês são pessoas muito especiais.

Karen

Aos meus amigos

Amizade é uma palavra muito forte, por isso para cada pessoa ela tem

um significado. Para mim, ela tem nomes, e esses nomes levarei comigo para

sempre na busca pela felicidade. As pessoas que caminham junto a mim

sabem que são essenciais e que a verdadeira amizade prevalecerá

eternamente. É assim que tem que ser, pois um amigo abraça e te segura nos

momentos mais preciosos.

Karen

Aos colegas de sala

Passamos juntos momentos inesquecíveis, trocamos informações,

criamos elos de companheirismo, aprendemos e ensinamos uns com os outros.

Alegria é o nosso nome, solidariedade e energia não faltam, pois essa turma

sabe fazer a diferença em qualquer ocasião.

Karen

Aos meus professores

Com entusiasmo ensinaram seus domínios e profissionalmente

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ajudaram a concluir mais uma etapa da minha vida. Tenho muito a lhes

agradecer, e esse carinho e toda a dedicação vista nos quatro anos juntos vai

ser lembrada com toda a serenidade do mundo.

Karen

A Deus

Obrigada senhor, por ter me dado força e coragem para concluir mais

uma etapa de minha vida e realizar meu grande sonho. Obrigada por trilhar

meu caminho e me iluminar, me protegendo com sua luz e benção. Agradeço

pelos resultados obtidos e por toda a sabedoria alcançada. Dedico essa

conquista aos presentes e ausentes; Jesus do alto do céu sempre há de nos

proteger, pois somos todos amados e agraciados pela mão do Criador.

Amém!

Mariana

Aos meus pais Luis Fernando e Julia

A vocês, que me deram a vida e me ensinaram a vivê-la com dignidade.

Vocês que renunciaram aos seus sonhos para que eu pudesse realizar os

meus; que para mim sempre foram bondosos e me criaram mostrando o

caminho correto, estando ao meu lado nas dificuldades, para me fazer forte.

Com muito afeto e dedicação sempre me apoiaram em minhas decisões e

nunca mediram esforços para me amparar. Obrigada pelo orgulho que é tê-los

como meus pais. Dedico a vocês, a minha vitória.

Amo vocês!!!

Mariana

A minha irmã Fernanda

Com você, dividi meus maiores segredos, os melhores momentos, as

maiores vontades. Durante anos fomos cúmplices nas brincadeiras, nas

broncas, nos sonhos, e muitas vezes, tivemos que nos despedir porque a

vontade de aprender era soberana, porque iniciamos uma luta por nossos

ideais e não podíamos parar. Agradeço por estar ao meu lado em mais essa

etapa e hoje, gostaria que vibrasse comigo, não porque eu venci, mas porque

juntas vencemos mais um desafio em nossas vidas. E que diante dos

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próximos, Deus permita estarmos juntas, para mais fortes podermos enfrentá-

los.

Mariana

Ao meu namorado Jorge

Por estar ao meu lado nos momentos de alegria e de preocupação. Por

ter me aceitado com meus defeitos, e por saber também elogiar minhas

virtudes. Por me fazer sentir um alguém diferente, e por saber que sempre

poderei contar contigo. Agradeço cada momento que passei ao seu lado. Sua

presença me faz sentir protegida e confiante para buscar e atingir meus

objetivos.

Amo muito você!

Mariana

As minhas parceiras Fernanda e Karen

Durante todo esse tempo fomos colegas, amigas e até irmãs. Choramos

e sorrimos muitas vezes juntas e isso nos fez pessoas diferentes. Diferentes

porque o riso e a lágrima têm a capacidade de unir pessoas e ao nos

separarmos levamos um pouco um do outro e deixamos um pouco de nós.

Guardarei em meu coração esta parceria. Obrigada pela dedicação, amizade,

e companheirismo.

Mariana

Aos meus professores

Obrigada pela paciência, inteligência e dedicação. Carregarei na

bagagem da vida o ensinamento eterno, e sempre lembrarei que, para adquirir

conhecimento, é preciso estudar; mas para adquirir sabedoria, é preciso

observar.

Obrigada pelo apoio, pelos conhecimentos e pelo exemplo que vocês me

proporcionaram durante esses quatro anos.

Mariana

Aos meus amigos de sala de aula

Que prazer foi conhecer vocês, cada um com sua maneira, foram

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simpáticos e especiais. Nesses anos aprendemos que sonhos não são

bobagens, e com muita garra e confiança, tivemos a certeza de estarmos indo

para caminhos seguros, vivenciando erros e acertos, vitórias e derrotas. Juntos

percorremos um longo trajeto, e agora cada um trilhará o seu caminho. Entre

nós ficará a lembrança de nossos encontros e desencontros, lutas e

decepções, e a certeza de que cada um contribuiu para o crescimento do

outro. Obrigada por vocês fazerem parte desta conquista. Dedico

especialmente à Bruna, Daniela e Graziela, espero que a força da nossa

amizade seja capaz de vencer a distância, porque amigos verdadeiros são

para sempre.

Mariana

Aos meus amigos

Que nas horas incertas sempre chegaram no momento certo. Que

sempre estiveram ao meu lado, até mesmo quando eu não estava disposta.

Aos amigos que me ampararam, me defenderam, guardaram segredos e me

respeitaram. Dedico especialmente à Mayara e Ana Elisa, obrigada pela

maturidade, carinho e compreensão.

Mariana

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AGRADECIMENTOS

A Deus

Agradecemos primeiramente, pela possibilidade de realizar este

trabalho. Pedimos serenidade para aceitar as coisas que não podemos

modificar; coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para

distinguirmos umas das outras. Agradecemos pela fé que nos guiou e nos

ajudou a cumprir nossa tarefa de forma correta e amigável.

Obrigada por tua presença!

Fernanda, Karen e Mariana

Ao nosso orientador M.Sc. Wonder

Durante esse ano aprendemos que disciplina combina risos, alegrias e

dedicação; que concentração é compatível com tudo aquilo que fazemos e que

responsabilidade pode ser atribuída depositando-se confiança. Estivemos

juntos nos momentos de preocupação, alívio, choros e risos, e mais do que

tudo, juntos no conhecimento à descoberta. Agradecemos por nos unir,

amparar nossas dúvidas, e nos incentivar a não desanimar diante de um

insucesso, suscitando em nós a maturidade de um profissional. Você é um

exemplo a ser seguido de docente, pesquisador e principalmente pessoa, e

sempre será o nosso maior mestre. A ti, o nosso muito obrigada!

Fernanda, Karen e Mariana

A professora Jovira

Agradecemos por instigar os alunos a pensar; pela atenção, sinceridade

e suporte para que conseguíssemos concluir mais essa etapa. Obrigada pela

colaboração, e por acreditar no nosso trabalho, contribuindo para a realização

do nosso sonho.

Fernanda, Karen e Mariana

A todos os participantes do experimento

Bruno, Diego, Fábio, Fábio, José Mauro, Miguel, Miguel, Milton, Rodrigo,

e Thiago. Aqui vocês serão chamados de indivíduos, sujeitos, ou voluntários,

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mas sabemos exatamente quem são cada um de vocês, e mais do que dados

para um estudo, encontramos em vocês grandes amizades. Obrigada por todo

o esforço, e confiança em nosso trabalho.

Fernanda, Karen e Mariana

Aos nossos professores

Obrigada pela amizade, pelos estímulos, e por todo o enriquecimento

cultural ao longo desses quatro anos. Agradecemos pelos ensinamentos, que

é a mais nobre das missões. Guardaremos na memória as palavras, o jeito, a

pessoa; no coração, a gratidão, o respeito e a saudade. Levaremos em nós

muito de vocês.

Fernanda, Karen e Mariana

Aos nossos familiares

Obrigada pela compreensão quando nos distanciamos da família,

apegando-nos aos livros. Obrigada pelo sonho que realizamos neste dia, em

que nos transformamos de estudantes à profissionais. E sobretudo, pela lição

de amor que nos ensinaram durante toda a vida. Tomara Deus que possamos

transmiti-la no exercício de nossa profissão e ensiná-la aos nossos filhos, com

a mesma dignidade com a qual vocês a fizeram chegar a nós. Nossas vidas

são muito mais iluminadas com vocês por perto.

Fernanda, Karen e Mariana

Aos nossos amigos de sala de aula

Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e

enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de nós

mesmos. Durante esses anos, por diversas vezes, chegamos a nos sentir

derrotados, com medo diante do desconhecido, porém, de onde menos se

esperava, brotava uma palavra amiga, a mão estendida, o sorriso franco,

contribuindo de uma forma especial para a nossa graduação, vibrando com o

nosso sucesso, tentando amenizar nosso pequeno fracasso. As alegrias de

hoje também são vossas, pois o amor, carinho e companheirismo foram as

armas desta vitória. A vocês, todo o nosso amor, para sempre.

Fernanda, Karen e Mariana

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Aos funcionários do Unisalesiano

Na construção de uma peça teatral, a presença de todos nós é

imprescindível. Não existiria um cenário se não houvesse quem o construísse.

Por detrás dos bastidores, estão os grandes responsáveis pela realização e

andamento da peça. A cada um de vocês, amigos, funcionários, bibliotecárias,

cantina do Bigode, toda a nossa gratidão. Pela paciência e suporte fornecido

durante toda a pesquisa.

Fernanda, Karen e Mariana

Aos nossos amigos

A todos, e a cada um que ajudaram na construção de cada pedacinho

deste sonho, o nosso muito obrigada!

Fernanda, Karen e Mariana

“O futuro tem muitos nomes;

Para os incapazes o inalcançável;

Para os medrosos, o desconhecido;

Para os valentes a oportunidade.”

(VICTOR HUGO)

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RESUMO

O exercício excêntrico tem sido enfatizado por muitos, como forma de prevenção de lesões e programa de reabilitação. No entanto, sabe-se que a ação excêntrica desencadeia mudanças a nível celular, danificando as fibras musculares, e, devido à realização inadequada dos exercícios, inúmeras pessoas sofrem com a exaustão muscular e a dor muscular de início tardio. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo demonstrar se o exercício pliométrico agudo pode causar um efeito adaptativo ao longo do tempo, fazendo com que a influência sobre o treino aeróbio seja minimizada. Para isso, participaram deste estudo 10 indivíduos, do sexo masculino, em estado de hipocinesia há pelo menos 6 meses (21.8 anos, ± 3.3; 73.8 Kg, ± 14.9; 174.9 cm, ± 5.7; 13.4 %G, ± 3.5). Estes foram convidados a comparecerem ao Laboratório de Avaliação do Esforço Físico (LAEF) em 6 momentos distintos. Em um primeiro momento estes foram avaliados no que diz respeito à composição corporal (GUEDES; GUEDES, 2006) e aptidão aeróbia, através do consumo máximo de oxigênio (VO2max). Em uma segunda visita, estes realizaram uma atividade aeróbia aguda à 70% da velocidade relacionada ao VO2max (vVO2max) até a exaustão voluntária. Na terceira visita ao LAEF, os voluntários realizaram uma atividade de natureza excêntrica (10x10 saltos pliométricos). Vinte e quatro horas após esta atividade os mesmos retornaram para a realização da mesma atividade aeróbia realizada na segunda visita. Após 6 semanas, em que todos os participantes mantiveram-se inativos, os mesmos retornaram para repetir os procedimentos realizados no 3º e 4º dias. Para verificar as possíveis diferenças nos tempos despendidos para a realização do exercício aeróbio agudo nas situações controle (CON), após o primeiro e segundo exercício de natureza excêntrica, respectivamente, utilizou-se uma análise de variância de um caminho (ANOVA One Way), com posterior análise através do teste de Tukey com nível de significância ≤5%. Através disso, verificou-se que o tempo do exercício aeróbio após o primeiro exercício pliométrico (PLI1) não foi significantemente inferior à CON e que, após 6 semanas, não ocorreram alterações significantes com a realização do segundo exercício pliométrico (PLI2) (42.9 min, ± 14.3; 31.4 min, ± 9.2; 38.1 min, ± 15.4). Desta forma, conclui-se que o exercício agudo de natureza excêntrica não produziu um efeito deletério sobre o desempenho aeróbio. Embora, de forma individualizada, este efeito deletério aparenta acontecer após o primeiro exercício pliométrico e ser minimizado ou até desaparecer, o que na literatura é denominado de efeito do exercício repetido. Palavras-chave: Fadiga Neuromuscular. Performance Aeróbia. Efeito do Exercício Repetido.

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ABSTRACT

The eccentric exercise has been emphasized by many as a way for injury prevention and rehabilitation program. However, it is known that eccentric action triggers changes in the cell, damaging the muscle fibers, and, because of the inadequate performance of the exercises, many people suffer from exhaustion and muscle pain late-onset muscle. Thus, this study aims to show whether the exercise can cause acute pliométric an adaptive effect over time, causing the influence on the aerobic training is minimized. To that, participated in this study 10 subjects, male, in a state of hypokinesia for at least 6 months (21.8 years, ± 3.3, 73.8 kg, ± 14.9, 174.9 cm, ± 5.7, 13.4% F, ± 3.5). They were invited to attend the Laboratory's Assessment Exercise (LAEF) in 6 different times. At first they were evaluated with regard to body composition (GUEDES; GUEDES, 2006) and aerobic fitness, by maximum oxygen consumption (VO2max). On a second visit, they realized an acute aerobic activity to 70% of speed-related VO2max (vVO2max) up voluntary exhaustion. In the third visit to LAEF, the volunteers underwent a kind of eccentric activity (10x10 jumps pliométrics). Twenty-four hours after this activity they returned to perform the same aerobic activity performed in the second visit. After 6 weeks, in which all participants have remained inactive, they returned to repeat the procedures performed in the 3rd and 4th days. To check the possible differences in time spent for the completion of aerobic exercise in acute situations control (CON), after the first and second year of an eccentric, respectively, was used an analysis of variance for a way ANOVA (One Way), with further analysis by the Tukey test with significance level ≤ 5%. Through this, it was found that the time of aerobic exercise after the first year pliométric (PLI1) was not significantly lower than CON and that, after 6 weeks, no significant changes occurred with the completion of the second year pliométric (PLI2) (42.9 ± 14.3, 31.4 ± 9.2, 38.1 ± 15.4). Thus, it appears that the acute nature eccentric exercise did not produce a deleterious effect on aerobic performance. Although, so individualized, this effect appears deleterious happen after the first year and pliométrico be minimized or even disappear, which is called the literature of effect of the exercise repeated. Key words: Neuromuscular Fatigue. Aerobic performance. Effect of Exercise repeated.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Participação dos sistemas energéticos durante exercício

máximo em diferentes durações .............................................

25

Figura 2: Comportamento da performance aeróbia à 70% da vVO2max

realizada em três momentos distintos .....................................

44

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Valores em média e desvio padrão das características

biométricas dos voluntários .....................................................

43

Tabela 2: Valores em média e desvio padrão da performance aeróbia à

70% da vVO2max, realizada em três momentos distintos .......

44

LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS

ATP: Adenosina Trifosfato

CAE: Ciclo alongamento-encurtamento

CEP: Comitê de ética e pesquisa

cm: centímetros

CON: Situação controle

CO2: Dióxido de carbono

DMIT: Dor muscular de início tardio

DP: Desvio padrão

FC: Freqüência cardíaca

FCmax: Freqüência cardíaca máxima

Kg: Quilogramas

Km/h: Quilômetros por hora

LAEF: Laboratório de avaliação do esforço físico

min: Minutos

O2: Oxigênio

PLI1: Primeiro exercício pliométrico

PLI2: Segundo exercício pliométrico

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SNC: Sistema nervoso central

TC: Treinamento concorrente

TF: Treinamento de força

TRA: Treinamento de resistência aeróbia

VO2max: Consumo máximo de oxigênio

vVO2max: Velocidade relacionada ao VO2max

%G: Percentual de gordura

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................. 17

1 CONCEITOS PRELIMINARES .................................................... 20

1.1 Fadiga Neuromuscular................................................................... 20

1.1.1 Fadiga Central ............................................................................... 22

1.1.2 Fadiga Periférica ........................................................................... 24

1.1.3 Dor muscular Tardia ...................................................................... 26

1.2 Treinamento Excêntrico ................................................................ 28

1.2.1 Pliometria ...................................................................................... 30

1.2.2 Efeitos do Treinamento Excêntrico sobre o Desempenho Aeróbio 33

1.3 Treinamento Concorrente ............................................................. 34

2 CASUÍSTICAS E MÉTODOS ........................................................ 37

2.1 Condições Ambientais .................................................................. 37

2.2 Sujeitos ......................................................................................... 37

2.3 Material ......................................................................................... 38

2.4 Protocolo ....................................................................................... 38

2.4.1 Antropometria ................................................................................ 38

2.4.1.1 Peso e Estatura ............................................................................. 39

2.4.2 Composição Corporal ................................................................... 39

2.4.2.1 Percentual de Gordura ................................................................. 39

2.4.3 Avaliação Cardiorespiratória ......................................................... 40

2.4.4 Performance Aeróbia .................................................................... 41

2.4.5 Atividade Pliométrica .................................................................... 41

2.5 Procedimentos .............................................................................. 41

2.6 Análise Estatística ........................................................................ 42

2.7 RESULTADOS ............................................................................. 42

2.8 DISCUSSÃO ................................................................................. 44

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2.9 CONCLUSÃO ............................................................................... 49

REFERÊNCIAS ........................................................................................... 50

APÊNDICES ................................................................................................ 63

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17

INTRODUÇÃO

A prática da atividade física vem de épocas remotas, e suas aplicações

variavam de acordo com o objetivo de cada nação. Atualmente estudos

comprovam que os exercícios aliados a outros fatores como alimentação

balanceada e hábitos adequados é extremamente importante para a

manutenção da saúde (HALLAL et al., 2006).

Para realizar os exercícios, o corpo humano depende da ação de

músculos, que são formados por três tipos de tecido. O tecido muscular liso,

presente nos órgãos internos e vasos sanguíneos; o tecido muscular estriado

cardíaco, presente no coração; e o tecido muscular estriado esquelético,

formado por diferentes tipos de fibras que se adaptam física e

bioquimicamente, para responder de maneira adequada ao que lhe é exigido

(BERNE et al., 2004).

No tecido muscular esquelético, as fibras são agrupadas paralelamente

formando os fascículos, e juntamente com o motoneurônio formam uma

unidade motora. Mediante um estímulo nervoso (transmitido pela medula)

estimula-se o sarcolema, formando as pontes de actina e miosina, gerando o

movimento (WILMORE; COSTILL, 2001).

Por isso, o músculo possui enorme elasticidade, que o torna capaz de

encurtar e voltar a sua forma original para poder contrair-se novamente; onde

sua força depende do seu tamanho, ou seja, do número de fibras que o

compõe (SILVERTHORN, 2003).

As fibras musculares se diferem quanto ao tempo que levam para

contrair e são classificadas em fibras de contração lenta (tipo I), adaptadas à

realização de trabalhos contínuos; e fibras de contração rápida (tipo II),

presentes em músculos adaptados à contrações rápidas e fortes (POWERS;

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18

HOWLEY, 2000).

Essas fibras são estimuladas de acordo com o tipo de atividade

realizada classificando os exercícios em isométricos (estáticos), onde ocorre o

aumento da tensão da musculatura sem alteração do comprimento do

músculo; e os exercícios isotônicos (dinâmicos), onde ocorre a alteração do

comprimento muscular, provocando o movimento (SANTOS, 2002).

As contrações isotônicas são divididas em contração positiva, também

chamadas de concêntrica; e as contrações negativas, chamadas de excêntrica

(FONTEQUE et al., 2003).

Na contração excêntrica o músculo encurta, de maneira controlada,

alterando o seu estado de movimento ou de repouso, para criar uma

aceleração ou deformação do mesmo. Por isso, comporta-se como uma mola,

esticando-se á medida que se contrai, e com este estiramento se produz força

(ALBERT, 2002).

A pliometria é uma forma de treinamento excêntrico onde ocorre o

aumento do volume e capacidade contrátil do músculo, desenvolvendo a força,

potência e velocidade. Por isso, é o método mais utilizado pelos atletas, que

objetivam o máximo de força em menor tempo (ALMEIDA; ROGATTO, 2007).

Esse treinamento consiste em realizar a reversão da fase excêntrica

para a fase concêntrica o mais rápido possível, aumentando a força explosiva

do músculo através do armazenamento de energia elástica da fase pré-

alongamento somada à energia cinética da ação concêntrica (ROSSI;

BRANDALIZE, 2007).

Para McArdle; Katch; Katch (2002) quando essa atividade é executada

por um longo período, aprimora-se a potência dos músculos, pois ocorre um

treinamento tanto neurológico quanto muscular, onde se cria um efeito

protetor, melhorando os níveis de impulsão e agilidade.

Porém, após exercícios excêntricos extenuantes, surgem alterações

estruturais e ultraestruturais nas fibras, que provocam mudanças morfológicas

e histoquímicas, prejudicando seu funcionamento, levando a fadiga muscular

(CLEBIS; NATALI, 2001). Para Kremer; Silva (2004) a fadiga é definida como uma incapacidade

na manutenção ou repetição de uma determinada força pela contração

muscular, por isso é o pior adversário de um atleta que fica durante meses se

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preparando para ser vitorioso.

Pode estar associada a mecanismos periféricos, ou relacionada ao

sistema nervoso central (SNC), e é classificada em aguda, subaguda e crônica

(SANTOS; DEZAN; SARRAF, 2003).

A fadiga causada pelos mecanismos centrais se relaciona com os

padrões motores, onde ocorrem à falha de geração e transmissão de impulsos.

Já a fadiga periférica ocorre quando há falha na condução do potencial de

ação dentro do músculo (SILVA et al., 2006).

Desta forma, o surgimento da fadiga limita o desempenho do indivíduo,

e está relacionada a alguns fatores como intensidade do treino, tipo de fibra

muscular recrutada, tipo de atividade, condições atléticas e ambientais e

motivação (ASCENÇÃO et al., 2003).

Diante disso, esta pesquisa se propõe a uma avaliação na área de

fisiologia, limitando-se a investigar e apresentar o efeito da fadiga

neuromuscular diante de um treino excêntrico sobre o desempenho aeróbio e o

efeito protetor de uma atividade excêntrica aguda ao longo do tempo.

O presente estudo ocorrerá no LAEF, do Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium, com dez indivíduos, todos do sexo masculino, estando em

estado de hipocinesia ha pelo menos 6 meses. Com isso, esta pesquisa

objetiva investigar o efeito do treinamento pliométrico, em relação ao

desempenho aeróbio subseqüente e o processo adaptativo de uma única

sessão de pliometria ao longo do tempo.

Este estudo será norteado pelo seguinte problema: o exercício

pliométrico agudo pode causar um efeito adaptativo ao longo do tempo,

fazendo com que a influência sobre o treino aeróbio seja minimizada?

Em resposta a este questionamento pode-se levantar a seguinte

hipótese: o corpo humano necessita de descanso para que haja um perfeito

funcionamento estrutural. Durante atividades extenuantes, o organismo pode

entrar em fadiga, ocorrendo a interrupção do exercício. Portanto, é necessário

um período de recuperação dos substratos energéticos e reconstituição das

fibras musculares lesadas.

O resultado deste experimento pode vir a demonstrar que a atividade

pliométrica causará um declínio no desempenho aeróbio, pois, devido ao

acúmulo de metabólitos (fadiga metabólica) e a modificações estruturais

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(fadiga mecânica), a atividade subseqüente será afetada.

Porém, a repetição regular dos exercícios pliométricos proporciona

adaptações neurológicas e musculares, agindo como um efeito protetor. Desta

maneira, após um longo período, o desempenho aeróbio poderá ser maior,

devido ao processo adaptativo sugerido pelo treinamento neuromuscular de

natureza excêntrica (NOSAKA et al., 2001).

1 CONCEITOS PRELIMINARES

1.1 Fadiga Neuromuscular

A fadiga pode ser definida como uma diminuição da capacidade

funcional em manter ou continuar a produzir potência e força muscular, durante

um trabalho ou exercício prolongado (SILVERTHORN, 2003).

Todo atleta ou mesmo a pessoa sedentária, já passou por situações

fatigantes, devido a vários fatores influentes que contribuem para o surgimento

da mesma. Para os atletas é uma questão mais preocupante, pois tudo aquilo

conquistado ou meramente desejado pode vir a falhar, se não tomarem as

providências necessárias.

Segundo Paschoal; Tamayo (2004) se o corpo não está em estado

normal, ou seja, se existe uma situação de estresse, ocorrem várias alterações

no organismo, por causa desses esforços feitos, podendo apresentar risco à

saúde e prejudicar a performance diante de um exercício ou mesmo no

trabalho.

Por isso, quando o ser humano não está preparado física e

psicologicamente para tal atividade, e não consegue se adaptar nem superá-la,

pode se desgastar mental e muscularmente, levando-o a lesões.

Portanto, a fadiga pode ser considerada um mecanismo de defesa ou de

aviso contra possíveis efeitos deletérios que possam afetar a integridade das

fibras musculares (ASCENÇÃO et al., 2003).

Sendo assim, os músculos esqueléticos respondem a comandos vindos

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do sistema neuromuscular, e, a ativação repetida das células do músculo, leva

à diminuição da produção de força, tornando lentas as contrações, gerando a

exaustão muscular (DUARTE; DIAS; MELO, 2008).

O tipo de fibra muscular também apresenta influência na distribuição da

fadiga. As fibras de contração rápida se fadigam mais facilmente que as fibras

de contração lenta, além do que as fibras tipo I apresentam a ressíntese de

glicogênio mais rápida durante a recuperação após um exercício intenso

(FOSS; KETEYIAN, 2000).

Diante disso, Allen; Lannergren; Westerblad (1995) dizem que as

manifestações da fadiga associadas à queda da força muscular são geradas

durante e após os exercícios submáximos e máximos, estando também

relacionadas à incapacidade de manter uma intensidade que foi determinada;

à diminuição da velocidade de contração ou o aumento do tempo de

relaxamento muscular.

Fiamoncini; Fiamoncini (2003) relatam que a mesma é percebida

quando a força muscular diminui e é compensada pelo aumento de descarga

dos neurônios motores, ou seja, a capacidade de produção se torna menor e

utiliza mais os elementos neuromusculares.

Para Santos; Dezan; Sarraf (2003) a fadiga está relacionada à

diminuição do conteúdo muscular de glicogênio, associada à deficiência

energética, devido a exercícios de alta intensidade.

Hargreaves (2006) diz que a fadiga ocorre quando os compostos

necessários para produzir a energia terminam ou quando os subprodutos do

metabolismo se acumulam no músculo.

Desta maneira, Powers; Howley (2000) concluem que a fadiga pode ser

definida como a incapacidade para manter durante o exercício físico, o nível de

determinados parâmetros de produção muscular; e sua origem depende de

alguns fatores como: tipo de fibra solicitada; estado e especificidade de

condicionamento físico dos sujeitos; relação entre intensidade, freqüência e

duração; ou modo de estimulação para a contração.

Pode manifestar-se imediatamente após exercícios intensos, e persistir

durante dias ou semanas. Desta forma, distingue-se em fadiga muscular e

fadiga crônica. A primeira ocorre quando à diminuição na capacidade dos

músculos em responder a estímulos, sendo aguda e dolorosa, agindo de forma

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localizada. A fadiga crônica, ao contrário, é um processo mais generalizado,

decorrentes de longos períodos de atividade, ou descanso e nutrição

inadequados, acompanhada de indolência e falta de motivação (FIAMONCINI;

FIAMONCINI, 2003).

A fadiga pode apresentar algumas manifestações como alterações no

humor, personalidade, sistema hormonal e imune, diminuição da disposição

para o exercício físico e mental, queda da produção de força e relaxamento e

cansaço (SILVA; OLIVEIRA; GEVAERD, 2006).

Para evitar a fadiga precoce, utilizando simultaneamente todas as fibras

musculares, um mecanismo regulador proporciona um recrutamento seletivo,

fazendo com que o corpo recrute outras unidades motoras quando as iniciais

não respondem mais de forma adequada, compensando a diminuição de

produção das fibras fadigadas (KREMER; SILVA, 2004).

Segundo Santos; Dezan; Sarraf (2003) por trás deste mecanismo de

proteção está o SNC e/ou periférico. Sendo assim, a fadiga pode afetar o

cérebro (fadiga central), ou os músculos (fadiga periférica), devido à alteração

no processo excitação-contração-relaxamento; estando classificada conforme

o período de sua aparição em aguda, subaguda e crônica.

Desta maneira, a distinção entre fadiga central e periférica está na sua

origem, que pode estar relacionada à parte nervosa da contração muscular ou

aos nervos periféricos, causando assim, a diminuição do rendimento esperado

(ROSSI; TIRAPEGUI, 1999).

1.1.1 Fadiga Central

Segundo Chaudhuri; Behan (2004) a fadiga central pode ser definida

como uma dificuldade na iniciação, ou na manutenção de atividades

voluntárias. Ela ocorre quando o impulso gerado pelo SNC para o músculo

diminui, contribuindo assim, para o declínio de força (SILVA et al., 2006).

Para Santos; Dezaz; Sarraf (2003) a fadiga central relaciona-se com os

processos motores, que são transmitidos pelo córtex cerebral, cerebelo e

junções sinápticas dentro da medula espinhal, inibindo os fusos musculares

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e terminações nervosas, ocorrendo à diminuição da excitabilidade

dos motoneurônios e falhas na sinapse.

Desta maneira, Powers; Howley (2000) enfatizam que o SNC está

implicado na fadiga se houver redução da quantidade de unidades motoras

envolvidas na atividade, ou diminuição da freqüência de disparos dos

motoneurônios.

Por isso, a fadiga central afeta negativamente o desempenho do sujeito,

e vem de uma ou mais falhas nas estruturas nervosas que afetam a atividade

física, ou seja, reduzem o comando motor para o músculo. Também pode

ocorrer prejuízo na função do SNC quando houver aumento de serotonina,

desenvolvendo a fadiga e diminuindo o desempenho (SANTOS; DEZAN;

SARRAF, 2003).

Lehninger (apud ROSSI; TIRAPEGUI, 1999) relata que as aminas,

chamadas de neurotransmissores, também influem no desenvolvimento da

fadiga. As aminas biogênicas são compostos que possuem grupos funcionais

amina e regulam o metabolismo não formado pela descarboxilação dos

aminoácidos aromáticos (fenilalanina, tirosina e triptofano), histidina e seus

derivados.

Para Lyons; Truswell (apud ROSSI; TIRAPEGUI, 1999) a diminuição do

rendimento físico está relacionada com a forma livre de aminoácidos

(Triptofano) que aumentam sua concentração na corrente sanguínea e o

influxo no cérebro.

Santos; Dezan; Sarraf (2003) reportam que outros fatores como

alterações no sistema imunológico e depleção excessiva de substratos

também podem estar envolvidas com a etiologia da fadiga central.

Duarte; Dias; Melo (2008) dizem que durante exercícios prolongados

ocorre a diminuição da ativação moto-neural, impossibilitando o indivíduo de

manter o esforço na atividade. Isso ocorre devido à depleção nas

concentrações de glicose sanguínea e o aumento da síntese de alguns

neurotransmissores.

Portanto, Rossi; Tirapegui (1999) concluem que a fadiga central pode

estar relacionada ao decréscimo da concentração da glicose sanguínea, ou o

aumento na proporção de concentração triptofano para os aminoácidos

neutros no sangue, resultando no declínio da força.

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1.1.2 Fadiga Periférica

Chaudhuri; Behan (2000) definem a fadiga periférica como uma falha

para completar tarefas físicas e mentais que requerem auto-motivação ou

sugestão, na ausência de cognição da fadiga normal (fisiológica) induzidas por

uma interrupção ou fraqueza motora.

Os achados de Powers; Howley (2000) mostram que apesar das

evidências a favor e contra o fato de o SNC ser um sítio de fadiga, a grande

maioria aponta para a periferia, onde eventos neurais, mecânicos, ou

energéticos podem impedir a produção da tensão.

Em relação aos eventos energéticos, Wilmore; Costill (2001) enfatizam

que para a realização dos trabalhos biológicos no organismo e execução dos

exercícios, é preciso um gasto de energia, que são provindas de uma molécula

chamada Adenosina Trifosfato (ATP). Conforme essas atividades vão se

desenvolvendo, o ATP é degradado e, posteriormente, restaurado por outra

fonte energética.

Para que isso aconteça, os músculos são nutridos por açúcares e

gorduras, podendo utilizar também as proteínas, e assim produzir a energia

necessária, onde através de processos químicos, são utilizadas para que

aconteça a contração muscular (FOSS; KETEYIAN, 2000).

Por isso, a fadiga provinda de eventos energéticos pode ser vista como

o resultado de um simples desequilíbrio entre as demandas de ATP de um

músculo, e a capacidade do mesmo em gerar o ATP (POWERS; HOWLEY,

2000).

Durante a contração ocorrem reações que liberam energia. Após essas

reservas serem depletadas, são reconstituídas, causando assim, uma

perturbação no equilíbrio dos processos metabólicos, e consequentemente

uma diminuição da capacidade de produção do músculo (FIAMONCINI;

FIAMONCINI, 2003).

MCardle; Katch e Katch (2003) relatam que a formação de ATP

acontece principalmente em processos aeróbios, mas também ocorre durante

exercícios de alta intensidade, onde há conseqüente formação de lactato e

quebra de fosfocreatina. Portanto a diferença das sensações é grande quando

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um indivíduo realiza um exercício de duração mínima até exaustão e quando

ele se esforça prolongadamente, não só por falta de energia disponível, mas

também por estresse ambiental.

Devido a esse fator, a fadiga periférica apresenta uma relação com o

tipo de fibra muscular recrutada durante o exercício. As fibras de contração

rápida, por apresentarem o retículo sarcoplasmático mais desenvolvido,

facilitam a liberação de cálcio, e as fibras de contração lenta apresentam o

sistema oxidativo mais eficiente para a liberação de energia (SANTOS;

DEZAN; SERRAF, 2003).

Portanto, pode-se notar que o exercício intenso e prolongado leva a

uma deficiência de energia para o trabalho muscular, com conseqüente

diminuição intramuscular do conteúdo de glicogênio, que, segundo Snyder

(apud ROSSI; TIRAPEGUI, 1999) é conhecida como hipótese da depleção de

glicogênio.

Sendo assim, Drigo et al. (1996) concluem que a reposta metabólica

durante as atividades é influenciada diretamente pela intensidade e duração

dos períodos de exercício e de pausa. Portanto, o organismo utiliza substratos

diferentes de acordo com a atividade realizada.

Fonte: McArdle et al., 1992, apud Rossi; Tirapegui, p. 71, 1999.

Figura 1. Participação dos sistemas energéticos durante exercício máximo em

diferentes durações.

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Diante disso, Foss; Keteyian (2000) dizem que o tipo de fibra muscular

apresenta influência na distribuição da fadiga. As fibras de contração rápida se

fadigam mais facilmente que as fibras de contração lenta, além do que as

fibras tipo I apresentam a ressíntese de glicogênio mais rápida durante a

recuperação após um exercício intenso.

Por isso, Duarte; Dias; Melo (2008) observam que as alterações dos

estoques musculares de glicogênio durante os exercícios levam ao

desenvolvimento da fadiga, devido à indisponibilidade de substratos para a

oxidação pelo tecido muscular.

Santos; Dezan; Sarraf (2003) citam que o acúmulo de prótons e

alterações do ph no músculo durante esforços de alta intensidade e curta

duração, também podem ser responsáveis pela produção da fadiga periférica.

Em relação aos fatores neurais, os mesmos estão implicados na fadiga

periférica quando houver uma falha na junção neuromuscular, túbulos

transversos, sarcolema ou retículo sarcoplasmático. Já nos fatores mecânicos,

o principal fator está relacionado com a ciclagem da ponte cruzada, onde

ocorre um desarranjo funcional da actina e miosina, e quando se realiza um

exercício, especialmente excêntrico, ocorre a ruptura do sarcômero e redução

da capacidade do músculo em produzir tensão (POWERS; HOWLEY, 2000).

Em síntese, a fadiga é provinda de uma ou mais falhas dos neurônios

motores, nervos periféricos, fibras musculares, ligações neuromusculares ou

diminuição no potencial de ação, onde ocorre uma disfunção na contração,

relacionada com a propriedade das enzimas glicolíticas, resultando numa piora

da performance motora (SANTOS; DEZAN; SARRAF, 2003).

1.1.3 Dor Muscular Tardia

A dor é um mecanismo de proteção ativado diante da possibilidade de

ocorrência, ou após o aparecimento de lesões, fazendo com que o indivíduo

reaja para remover o estímulo álgico (MOLINA; AMORIM, 2007).

Segundo Berne et al. (2004) no corpo humano existem terminações

nervosas suscetíveis a estímulos mecânicos, térmicos e químicos, que indicam

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as sensações provocadas pelo exercício e geram incômodo de acordo com a

intensidade e duração da atividade realizada.

Uma dor temporária (dor aguda) ocorre durante e imediatamente após a

atividade, podendo persistir por várias horas, isso devido à falta de fluxo

sanguíneo adequado; enquanto que uma dor residual (dor crônica) pode

aparecer a seguir e durar por até 2 dias, devido principalmente à ruptura de

tecidos conjuntivos (WILMORE; COSTILL, 2001).

A dor muscular de início tardio (DMIT) ocorre quando se executa uma

atividade física, com determinada sobrecarga, a qual não se está acostumado

a realizar, resultando em uma sensação de desconforto na musculatura

esquelética. Essa sobrecarga, imposta ao aparelho locomotor, que varia de

acordo com a duração, intensidade e freqüência do exercício, leva ao dano

muscular e à dor resultante (FOSCHINI; PRESTES; CHARRO, 2007).

Por isso, o organismo busca manter, através da regulação da

homeostasia, suas condições de funcionamento sistêmico adequadas, pois

durante exercícios intensos, os grupos exercitados ficam rígidos e sensíveis ao

toque, com menor capacidade de gerar força e menor amplitude de movimento

(RIETVELD apud ANTUNES NETO et al., 2007).

Desta maneira, a DMIT ocorre devido a uma força mecânica excessiva

aplicada sobre os tecidos muscular e conjuntivo, causando uma lesão tecidual,

onde inicia-se um processo inflamatório caracterizado pela vasodilatação local

com aumento do fluxo sangüíneo na região, e aumento da permeabilidade

capilar com vazamento de líquido para o espaço intersticial (POWERS;

HOWLEY, 2000).

Por isso, elevadas forças mecânicas durante contrações excêntricas,

causam danos estruturais no sarcolema, que provocam o influxo de íons cálcio

para o interior da fibra muscular. O excesso desse íon impede a respiração e a

produção de energia celular, evitando a eliminação do cálcio, causando a

degradação das miofibrilas e da membrana, onde ocorre o aumento da

pressão tecidual (decorrente desse edema no local), causando a sensação de

dor e desconforto (TRICOLI, 2001).

Sendo assim, Foschini; Prestes; Charro (2007) concluem que os

exercícios que se utilizam basicamente de contrações musculares excêntricas

tendem a desencadear um maior número de respostas lesivas no meio celular,

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em que a causa metabólica dessas microlesões podem estar envolvidas com

uma produção inadequada de ATP em relação à sua demanda, resultando

num processo que degrada estruturas protéicas, ocasionando um prejuízo cito-

esquelético.

Diante disso, os leucócitos, que tentam reparar o tecido danificado,

sintetizam subprodutos, que fazem com que se inicie um processo inflamatório,

que sinalizam a dor (BERNE et al., 2004).

Os sintomas da dor não costumam se manifestar até 8 horas após o

exercício, possuindo o pico de intensidade em torno de 24 a 72 horas após seu

término, ocorrendo então, um declínio progressivo, que leva de 5 a 7 dias para

desaparecer completamente (TRICOLI, 2001).

Portanto, os exercícios que ocasionam a DMIT poderão resultar em dor,

inflexibilidade e desconforto, aparecendo mais pronunciadamente após

contrações excêntricas e menos intensa após contrações isotônicas, devido ao

número de fibras musculares envolvidas durante o movimento, e

consequentemente o grau de força distribuído durante a ação (FLECK;

KRAEMER, 1999).

A DMIT pode ocorrer devido à laceração de fibras musculares; devido à

isquemia dentro dos músculos ativos, que geram a dor e um espasmo reflexo

que causa mais isquemia fazendo com que o ciclo se repita; ou à lesão dos

tecidos conjuntivos, incluindo os tendões, causando a dor muscular. Por isso,

para prevenir a DMIT deve-se realizar alongamentos e executar os exercícios

com uma progressão gradual na sua intensidade (FOSS; KETEYIAN, 2000).

1.2 Treinamento Excêntrico

O treinamento excêntrico se caracteriza por sustentar uma força

enquanto as fibras musculares se alongam. Este tipo de treinamento recruta

um menor número de unidades motoras, gerando mudanças estruturais e

maior tensão nas fibras musculares (FONTEQUE et al., 2003).

Além da estética, o treinamento de força (TF) aprimora a performance, e

influencia na qualidade de vida dos indivíduos (FOSCHINI; PRESTES;

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CHARRO, 2007).

Para Barroso; Tricoli; Ugrinowitsch (2005), o treino excêntrico pode

melhorar a coordenação intra e intermuscular, além da força e potência,

resultando na hipertrofia, que está associada ao recrutamento de fibras tipo II

durante a realização de ações excêntricas, ou ao grau de dano muscular

(maior nesse tipo de fibra) causado por essas ações.

Albert (2002) descreve que a força isométrica comparada ao pico da

força excêntrica no mesmo músculo, é cerca de 1,8 vezes maior. Barroso;

Tricoli; Ugrinowitsch (2005) dizem que o potencial de força de pico aumenta

devido às adaptações da ação muscular excêntrica.

Por isso, segundo Clebis; Natali (2001), o exercício excêntrico tem sido

enfatizado por alguns, como forma de prevenção de lesões e programa de

reabilitação. Porém, após exercícios excêntricos extenuantes, surgem

alterações estruturais e ultraestruturais nas fibras, que provocam mudanças

morfológicas e histoquímicas, prejudicando o funcionamento muscular,

podendo ocasionar lesões.

Sendo assim, Faulkner (apud CLEBIS; NATALI, 2001) observa que os

danos celulares dependem da duração e intensidade do exercício, e a

degeneração ocorre em níveis crescentes, a partir das miofibrilas e

sarcoplasma seguindo para o sarcolema, atingindo as células miosatélites,

chegando ao endomísio e capilares.

Segundo dados apresentados por Foschini; Prestes; Charro (2007) os

tipos de ação muscular (excêntrica, concêntrica e isométrica) associadas ao

TF causam dano muscular. Isso ocorre porque esse tipo de treino promove

alterações hormonais e estruturais, com o objetivo de potencializar a força.

Desta maneira, o treinamento excêntrico pode ocasionar lesões

nos tecidos musculares e conjuntivos. Diante de uma lesão tecidual, inicia-se o

processo inflamatório caracterizado pela vasodilatação local com aumento do

fluxo sangüíneo na região, e aumento da permeabilidade capilar com

vazamento de líquido para o espaço intersticial (POWERS; HOWLEY, 2000).

De acordo com Barroso; Tricoli; Ugrinowitsch (2005) o treinamento

excêntrico induz ao aumento das concentrações de proteínas dentro da célula,

e este acúmulo provoca o aumento do volume sarcoplasmático, causando um

desequilíbrio na razão núcleo/sarcoplasma da célula. Estes mesmos autores

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também citam que o dano muscular causado pela contração excêntrica, ativa

células satélites, consideradas também como células reservas e que estas

ajudam no reparo de lesões sofridas.

Clebis; Natali (2001) demonstram experiências feitas através de

microscopia eletrônica, que mostram após um treinamento excêntrico

sarcômeros rompidos, desorganização de miofilamentos e microlesões. Albert

(2002) aponta que as células lesionadas em uma primeira sessão são as mais

propícias a lesões, e que estas estimulam a síntese de proteínas, tornando as

outras fibras mais resistentes aos danos das sessões subseqüentes. Nardone

e Schieppati (apud ALBERT, 2002) baseiam-se na idéia de que as fibras

danificadas sejam fibras de contração rápida, que causam a DMIT.

Por isso, esse tipo de treino pode gerar a fadiga muscular, que ocorre

pelo fato do mau funcionamento da placa motora, onde a tensão, provocada

pela contração excêntrica, facilita a penetração do íon cálcio para dentro da

célula, que provoca a despolarização da membrana, induzindo a déficits

contráteis (CLEBIS; NATALI, 2001).

Entretanto, Albert (2002) diz que durante os exercícios excêntricos, a

interação dos filamentos de actina e miosina que formam uma ponte cruzada

gerando a força ativa dos sarcômeros durante a contração muscular, atua de

forma mais rápida na criação de força, sendo menor a necessidade de energia

do sistema oxidativo.

Por isso, McArdle; Katch; Katch (2002) enfatizam que quando essa

atividade é executada por um longo período, aprimora-se a potência dos

músculos, pois ocorre um treinamento tanto neurológico quanto muscular,

onde se cria um efeito protetor, melhorando os níveis de impulsão e agilidade.

Sendo assim, Foss; Keteyian (2000) concluem que o movimento

excêntrico refere-se ao alongamento de um músculo durante a contração, e

são utilizados com o intuito de resistir à gravidade.

1.2.1 Pliometria

A palavra pliometria é oriunda do grego plethyeien, que significa

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obtenção de maiores distâncias no salto. Foi conhecida inicialmente como

treinamento de impulsão e era um método exclusivo para desportistas

(SOUSA, 2002).

São chamados de pliométricos todos os exercícios que utilizam o reflexo

de alongamento para produzir uma reação explosiva (OLIVEIRA, 2003), por

isso melhora o desempenho de atletas, e devido ao seu baixo custo, eficácia e

fácil aplicabilidade, é muito utilizada durante a fase de preparação nos

esportes (ALMEIDA; ROGATTO, 2007).

Pode ser executada tanto em membros superiores quanto em membros

inferiores, sendo dividida em saltos em progressão (horizontal), saltos no lugar

(vertical), saltos em profundidade e exercícios para membros superiores

(FLECK; KRAEMER, 1999).

Os métodos mais conhecidos são os saltos com barra e os saltos

profundos. O primeiro é realizado através de saltos rápidos e consecutivos,

com uma barra nas costas; e o segundo é realizado através da queda de um

banco ou plinto, com um salto imediato, utilizando o peso do próprio corpo, ou

fazendo uso de coletes, além de variar a altura do plinto para aumentar a carga

(FLECK; KRAEMER, 1999).

As atividades pliométricas realizadas através dos saltos, envolvem o

reflexo de estiramento dos músculos devido a grande tensão exercida,

produzindo uma sobrecarga de ação muscular do tipo isométrica (GUEDES

NETO et al., 2005).

Diante disso, o sucesso do treinamento dependerá do estiramento

muscular, melhorando o desempenho fisiológico, dando ênfase a intensidade

de contração muscular e coordenando a musculatura através da adaptação

neural (ALBERT, 2002).

Dantas (2003) diz que os exercícios pliométricos provocam sob o fuso

muscular uma força isotônica excêntrica ou negativa, desenvolvendo a força

explosiva, por isso são chamados de treinamento de força dinâmica negativa

ou treinamento excêntrico-concêntrico.

Desta maneira, Bompa (2004) enfatiza que as atividades pliométricas

estão relacionadas a exercícios que envolvam o ciclo alongamento-

encurtamento (CAE), onde se produz um rápido alongamento da musculatura

seguido de uma rápida contração, desenvolvendo a força e a capacidade

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reativa do aparelho neuromuscular.

Assim, divide-se o CAE em três fazes. A fase excêntrica ou de pré-

alongamento, que estimula os receptores musculares e produz energia

elástica; a fase de amortização, que é o intervalo entre o início da primeira e da

última fase; e a fase concêntrica ou de encurtamento, que gera o movimento

explosivo (ROSSI; BRANDALIZE, 2007).

Esses exercícios aumentam o recrutamento muscular numa mínima

quantidade de tempo, promovendo a estimulação dos proprioceptores

corporais, onde se aumenta a velocidade do centro de gravidade no momento

de contato com o solo, gerando uma sobrecarga, aumentando a energia

elástica, potencializando a força durante o exercício (ARAÚJO NETTO,

FERNANDES FILHO, 2008).

Para Fleck; Kraemer (1999) a pliometria combina força e velocidade

para gerar potência muscular e aumentar o rendimento atlético, atuando na

prevenção e reabilitação de lesões. Em crianças e adolescentes pode

aumentar a velocidade do movimento, além de fortalecer os ossos e ajudar no

controle de peso.

Desta maneira, Badillo; Ayestarán (2001) concluem que as atividades

pliométricas quando executadas por um longo período ajudam no crescimento

da massa óssea, prevenindo a osteoporose. Porém, essa atividade, quando

executada sem preparação muscular, ou com volume e altura de plintos

exagerados, pode causar o efeito contrário, resultando em lesões.

Portanto, é imprescindível que se tenha conhecimento do exercício

pliométrico, para que se possa prescrever de forma segura e eficiente esse

treinamento.

Segundo Rossi; Brandalize (2007) o aquecimento é muito importante

antes da realização dos exercícios pliométricos. No aquecimento geral

realizam-se corridas lentas, seguida de exercícios calistênicos e

alongamentos. No alongamento específico realizam-se atividades repetidas

preconizando os padrões neuromusculares da habilidade esportiva. Por isso, é

utilizada durante os treinos, pois aprimora a potência, que é o parâmetro mais

significativo nos esportes que requerem força rápida e extrema.

Porém, é importante salientar que a falta de preparação do desportista,

o volume exagerado de treinamento, o uso de plintos com alturas exageradas

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e áreas de aterrisagens impróprias podem resultar em lesões musculares

(FLECK; KRAEMER, 1999).

1.2.2 Efeitos do Treinamento Excêntrico sobre o Desempenho Aeróbio

A pliometria é o treinamento excêntrico mais utilizado para desenvolver

e aprimorar determinadas valências físicas, tais como força, potência e

velocidade (ARAÚJO NETTO; FERNANDES FILHO, 2008).

Esse tipo de treino tem como objetivo tornar mais rápida a reversão da

fase excêntrica para a fase concêntrica, para aumentar a capacidade de gerar

força, através do potencial de tensão elástica da ação excêntrica e a energia

cinética da fase concêntrica (ROSSI; BRANDALIZE, 2007).

Portanto, a genética é um dos fatores que influenciam nos movimentos,

pois os indivíduos que apresentam predominância de fibras brancas possuem

maiores velocidades de contração, e, estas, são adequadas para tarefas que

necessitam de força e potência (COSTA; ROGATTO; ROGATTO, 2007).

O treinamento com pesos aprimora o desempenho em provas de

velocidade, pois, provoca o aumento da capacidade de aceleração. Esse

aprimoramento da potência depende basicamente da velocidade, força e

resistência, envolvendo, portanto, aspectos neuromusculares, contráteis e

metabólicos (FLECK; KRAEMER, 1999).

Os achados de Dantas (2003), mostram que o treinamento pliométrico

desenvolve a força explosiva principalmente dos membros inferiores, onde

ativa a musculatura anterior e posterior da coxa, melhorando a coordenação

intermuscular.

McArdle, Katch e Katch (2002) dizem que a repetição regular desses

exercícios proporciona um treinamento tanto neurológico quanto muscular,

capaz de aprimorar o desempenho de potência dos músculos específicos.

Desta maneira, os níveis de força aumentam quando ocorre uma

melhora da coordenação intramuscular, onde unidades motoras inativas

passam a participar da contração. Já na coordenação intermuscular, ocorre

estreitamento das relações motoras entre dois ou mais músculos. Assim

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sendo, os músculos agonistas, antagonistas e sinergistas exercem funções

específicas para gerar melhor desempenho técnico e consequentemente

menor despêndio energético (KREMER; SILVA, 2004).

Segundo dados apresentados por Araújo Netto; Fernandes Filho (2008)

a pliometria apresenta as seguintes vantagens:

a) Melhora da eficiência mecânica dos músculos utilizados;

b) Aumento da tolerância à cargas de alongamento mais elevadas;

c) Produzem movimentos explosivos com mais facilidade;

d) Capacitam o músculo para conseguir uma força máxima em um

período de tempo mais curto possível: mais agilidade e força;

e) Produzem trocas musculares e neurais que facilitam o rendimento

de gestos de movimentos mais rápidos e potentes.

Por isso, a pliometria está relacionada ao retardo da fadiga muscular

durante saltos consecutivos, além de melhorar a economia em corridas de

longa distância (FOSS; KETEYIAN, 2000).

De acordo com Leite et al. (2004), o treinamento excêntrico pode causar

aumento no tempo até a exaustão, ocasionando também uma redução na

freqüência cardíaca de repouso. Esse mesmo autor cita que o TF proporciona

uma melhora na economia de movimento em exercícios de resistência tanto

em indivíduos treinados, como em não treinados, e podem causar aumento no

VO2max quando utilizados em programas de séries com pesos em circuitos

(LEITE et al, 2004).

1.3 Treinamento Concorrente

Treinamento concorrente (TC) significa a possibilidade de realizar

atividades de capacidades motoras diferentes, ou seja combinar a resistência

aeróbia, e a força no mesmo período. É importante saber seus efeitos, e os

cuidados que se deve tomar ao realizar esse tipo de treino, pois é utilizado em

várias modalidades esportivas (GOMES; AOKI, 2005).

Conforme dito acima o TF aprimora muitas capacidades, porém esse

treinamento concorrente com atividades aeróbias, quando executado de uma

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forma intensa, em indivíduos destreinados, dificilmente irá alcançar altos

patamares de rendimento. Antunes Neto et al. (2007) aponta que isso ocorre,

porque quando o corpo realiza qualquer função (seja física, fisiológica, ou

mental) há um gasto energético para que isto ocorra. Sendo assim, é

necessário que haja um equilíbrio entre desgaste e reposição para boa

manutenção do estado físico e funcional do corpo.

O TC é adotado por diversos atletas e indivíduos fisicamente ativos.

Entretanto, existe uma preocupação com relação à interferência que a primeira

atividade teria sobre a atividade subseqüente.

Sabe-se que o treinamento de resistência aeróbia (TRA) e o TF

possuem adaptações e objetivos diferentes. O aeróbio pode ter como objetivo

o aumento do VO2max, do débito cardíaco, das atividades das enzimas

oxidativas, estoques de glicogênio intramuscular, densidade e capacidade

mitocondrial do músculo, assim como pode ser usado para a redução do peso

corporal ou a melhora da saúde e qualidade de vida dos indivíduos

(HAKKINEN et al., 2003).

Já o exercício de força pode ter como objetivo o fortalecendo de grupos

musculares enfraquecidos, prevenindo assim, distúrbios do envelhecimento e

controlando as taxas hormonais (FLECK; KRAEMER, 1999).

Diversos estudos tentaram acessar este questionamento, porém a

literatura apresenta resultados controversos. Alguns autores (AOKI et al.

2003), relatam que uma sessão de endurance promove mudanças metabólicas

agudas durante a sessão de TF subseqüente, portanto exercícios de

endurance realizados previamente a exercícios de força, provocam efeitos

deletérios neste último, como a redução do desempenho agudo em testes

específicos.

Outros estudos sugerem que o desempenho de potência aeróbia não é

afetado quando se executa previamente o exercício de força. Porém,

pesquisas mostram que a realização do TC prejudica o desenvolvimento da

potência aeróbia. Essa controvérsia pode estar relacionada ao nível de

adaptação ao estímulo do exercício concorrente. Parece que indivíduos

adaptados ao exercício concorrente sofrem menor interferência em relação aos

indivíduos não treinados, onde o tipo de protocolo utilizado e a organização de

suas variáveis ( intensidade, duração, freqüência) também influenciam no

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desempenho (FOSS; KETEYIAN, 2000).

Desta maneira, existem três hipóteses para explicar a interferência

deletéria do TC. A primeira é a hipótese crônica que provoca algumas

adaptações do TF morfo-funcionais específicas e diferenciadas, comparada às

adaptações do TRA. Nesse caso, dependendo da intensidade do exercício

aeróbio as adaptações podem ser centrais ou periféricas.

Essa hipótese mostra que o TF e o TRA podem recrutar diferentes tipos

de unidades motoras, porém os dois recrutariam mais unidades motoras do

tipo II (NELSON et al., 1990).

Sendo assim, a combinação desses dois protocolos pode produzir um

estresse maior para o mesmo tipo de fibra, não lhe dando um tempo adequado

para adaptar-se ao aumento de força e da resistência aeróbia (DOCHERTY;

SPORER, 2000).

A segunda hipótese é do overtraining, onde a queda da força pode ser

resultante de um excesso de treinamento, onde a sessão de treinamento

aeróbio poderia prejudicar o rendimento durante o treino de força, pois a soma

das cargas aumenta muito o treino e gera fadiga, onde a falta de recuperação

adequada pode gerar o efeito da concorrência (PAULO et al., 2005).

A última hipótese é a do efeito agudo onde ocorre a fadiga aguda devido

ao TRA, que compromete o desenvolvimento de força, prejudicando o grau de

tensão desenvolvido na mesma (LEVERITT et al., 1999).

Recentemente, estudos demonstraram que o TC resultou numa maior

transição de fibras rápidas para lentas e atenuação da hipertrofia das fibras do

tipo I quando comparado ao TF isolado (PUTMAN, et al., 2004).

Além disso, houve uma conversão mais evidenciada das fibras

musculares para o tipo IIa e uma redução mais acentuada nas fibras tipo IIb

quando comparado às adaptações do TRA isolado (GREEN, et al., 1999).

Por isso, mediante a determinação do objetivo, especifica-se o tipo de

treinamento adequado. Quando se busca aumento de força ou massa

muscular, o treino contra-resistido deve ser realizado primeiramente, para

otimizar as reservas de substrato energético, fazendo com que as contrações

musculares tenham mais rendimento. Após o término iniciam-se as atividades

aeróbias onde, utilizar-se-á o restante das reservas de carboidratos e as

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reservas de gordura como combustível principal para a realização da atividade,

pois as reservas de carboidrato são limitadas enquanto as reservas de gordura

são ilimitadas (SILVERTHORN, 2003).

Porém, se o objetivo for o aumento da capacidade cardiopulmonar, do

VO2max, ou endurance, o TRA deve preceder, pois assim, todos os substratos

energéticos estarão disponíveis para realizar a atividade potencializando ao

máximo este treino (WILMORE; COSTILL, 2001).

Em síntese, Albert (2002) conclui que a atividade pliométrica causará

um declínio no desempenho aeróbio, pois, devido ao acúmulo de metabólitos

(fadiga metabólica) e a modificações estruturais (fadiga mecânica), a atividade

subseqüente será afetada.

Porém, a repetição regular dos exercícios pliométricos proporciona

adaptações neurológicas e musculares, agindo como um efeito protetor. Desta

maneira, após um longo período, o desempenho aeróbio poderá ser maior,

devido ao processo adaptativo sugerido pelo treinamento neuromuscular de

natureza excêntrica (NOSAKA et al., 2001).

2 CASUÍSTICAS E MÉTODOS

2.1. Condições Ambientais

Após aprovação do Projeto pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do

Unisalesiano, os testes foram iniciados, no LAEF e na quadra poliesportiva do

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium (UNISALESIANO – Lins).

Foram realizados durante os meses de junho à outubro de 2008, no

período da manhã, das 8 às 12 horas, onde a temperatura e umidade relativa

do ar foram monitoradas (20 – 30ºC e 30 – 45%) no intuito de se estabelecer

um critério de execução dos experimentos.

2.2 Sujeitos

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A amostra experimental foi composta por dez (10) indivíduos, do sexo

masculino, aparentemente saudáveis, com idade entre 18 e 30 anos e que

estavam em um estado de hipocinesia (sedentarismo) ha pelo menos 6 meses.

Estes, após receberem informações de forma verbal e por escrito de todos os

procedimentos que nortearam o estudo, consentiram à participação e

divulgação dos dados coletados (APÊNDICE B).

2.3 Material

a) esteira ergométrica (IMBRAMED - 10200 ATL);

b) compasso de dobras cutâneas (CESCORF - 0,1mm);

c) balança de bioimpedância (TANITA TBF - 305);

d) estadiômetro (SUNNY);

e) analisador de gases (CORTEX - METALYSER 3B);

f) cronômetros (HERWEG);

g) monitores de freqüência cardíaca (POLAR);

h) computador.

2.4 Protocolo

O presente estudo foi norteado pelas seguintes avaliações:

2.4.1 Antropometria

A antropometria é um ramo das ciências biológicas que tem como

objetivo o estudo dos caracteres mensuráveis da morfologia humana

(SANTOS; FUJÃO, 2003). Nessa avaliação os indivíduos foram submetidos a

uma anamnese para determinação do nível de atividade física (GUEDES;

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GUEDES, 2006). (APÊNDICE C).

2.4.1.1 Peso e Estatura

Para se medir o peso corporal, o avaliado posicionou-se em pé, no

centro da plataforma da balança, estando ereto, com o olhar num ponto fixo à

frente. O indivíduo deve estar descalço, com o mínimo de roupa possível,

realizando-se apenas uma medida. (FERNANDO FILHO, 2003). A estatura, representa a distância entre o vértex e a região plantar. Para

mensurá-la, o avaliado deve ficar em pé em posição anatômica, descalço e

com os pés unidos, colocando em contato com a escala de medida as

superfícies posteriores dos calcanhares, a cintura pélvica, a cintura escapular e

a região occipital. O mesmo deve estar em apnéia respiratória no momento da

leitura, de modo a minimizar possíveis alterações sobre esta variável

(GUEDES; GUEDES, 2003).

2.4.2 Composição Corporal

Quantifica os principais componentes estruturais do corpo humano. A

técnica direta só pode ser utilizada em cadáveres, portanto as técnicas

possíveis de serem utilizadas são os métodos indiretos. Este método divide a

massa total do corpo em massa magra e massa gorda, sendo identificadas

através de métodos laboratoriais (GUEDES; GUEDES, 2003).

2.4.2.1 Percentual de gordura

Para determinação da quantidade de gordura corporal, adotou-se um

método duplamente indireto, onde através da utilização de um compasso de

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dobras cutâneas foram mensurados os seguintes pontos para o sexo

masculino (GUEDES; GUEDES, 2003) (APÊNDICE E):

Triciptal – medida na parte posterior do braço, sobre o tríceps, no ponto

medial entre a borda súpero-lateral do acrômio e do olécrano.

Supra - ilíaca - prega oblíqua medida em um ponto médio entre o último

arco costal e a crista ilíaca.

Abdominal – prega vertical a 2,5cm da cicatriz umbilical.

Em todas as mensurações foram realizadas três medidas para cada

ponto, intercalando-as entre os mesmos. Através da somatória da média das

três medidas para cada ponto, fora determinado, através de uma tabela

específica de acordo com o gênero (APÊNDICE F), o percentual de gordura

(%G) do avaliado (GUEDES; GUEDES, 2003).

2.4.3 Avaliação Cardiorespiratória

A avaliação cardiorespiratória foi realizada em uma esteira rolante

(IMBRAMED - 10200 ATL), onde foi adotado um protocolo incremental e

continuo até a exaustão voluntária (APÊNDICE C).

Após um aquecimento prévio à 60% da freqüência cardíaca máxima

(FCmax) de 5 minutos sobre a esteira, seguido por um alongamento da

musculatura envolvida, os avaliados foram encaminhados à esteira, onde

iniciaram uma corrida na intensidade de 9km/h. Esta foi aumentada a cada

dois minutos em 1km/h até a exaustão voluntária dos avaliados ou até o

momento em que alguns dos seguintes parâmetros foram alcançados: a)

freqüência cardíaca (FC) igual ou superior a máxima prevista pela idade; b)

aumento da intensidade, com estabilização do consumo de oxigênio; e c)

quociente respiratório igual ou superior a 1,1.

A determinação do VO2max foi alcançada através da análise respiração

a respiração das trocas gasosas de oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2)

utilizando um analisador de gases (CORTEX – METALYSER 3B). Esse valor

foi determinado através da média do maior valor de consumo encontrado

durante os últimos 30 segundos de cada estágio, sendo o maior valor destas

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médias considerado o VO2max. A vVO2max, geralmente relacionada ao último

estágio do protocolo incremental e contínuo, foi aquela em que o voluntário

permaneceu pelo menos 1 minuto no estágio. Caso isso não tenha acontecido,

considerou-se como VO2max a velocidade do estágio anterior.

2.4.4 Performance Aeróbia

Após um aquecimento prévio (50% da vVO2max) de 5 minutos sobre a

esteira, seguido por um alongamento da musculatura envolvida, a performance

aeróbia foi realizada em esteira rolante na intensidade correspondente à 70%

da vVO2max, onde foi controlada a FC nos momentos pré-esforço e a cada 5

minutos do mesmo até a exaustão voluntária dos participantes e ao final do

experimento. (APÊNDICE D).

2.4.5 Atividade Pliométrica

Esta foi composta por 10 séries de 10 saltos em profundidade, tendo um

intervalo de 1 minuto entre cada série, onde os participantes partiram de um

plano elevado (0,6 metros). Após a aterrissagem sobre o solo, aos

participantes foi pedido que executassem um salto no sentido vertical o mais

forte possível, caindo sobre um outro plano elevado colocado 1 metro à frente

do primeiro. Sobre este outro plano elevado os mesmos tiveram que realizar o

próximo salto, assim sucessivamente, até que todos os saltos e séries foram

realizados (MIYAMA; NOSAKA, 2007).

2.5 Procedimentos

Todo o procedimento experimental foi realizado em 9 semanas.

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Na primeira semana, os voluntários compareceram ao LAEF para serem

avaliados no que diz respeito à antropometria e avaliação cardiorespiratória.

Na semana seguinte os mesmos voltaram ao laboratório para a

realização do teste de performance aeróbia. Na 3ª semana foi realizada a

atividade pliométrica que teve como objetivo provocar a fadiga neuromuscular.

Realizada esta atividade, 24 horas após a mesma, os voluntários

retornaram ao LAEF para a execução do teste de performance aeróbia. Após 6

semanas, sem praticar nenhuma atividade física, os mesmos voltaram ao

LAEF para a realização da atividade pliométrica, e após 24 horas, os

voluntários retornaram para a execução do teste de performance aeróbia.

Aos voluntários foi recomendado que pelo menos 24 horas antes dos

experimentos os mesmo não realizassem nenhum tipo de atividade extenuante

que pudesse interferir nos resultados, assim como não ingerissem álcool,

tivessem uma noite de descanso adequada e que tivessem realizado a última

refeição à pelo menos duas horas anteriormente aos testes.

2.6 Análise Estatística

Todos os dados estão expressos em média e desvio padrão (DP). Para

comparação das médias entre os testes de performance e as variáveis

verificadas nos mesmos (FC e tempo de execução), foi utilizada uma análise

de variância (ANOVA One Way). Para a detecção das possíveis diferenças dos

mesmos, utilizou-se o teste de Tukey. Para se determinar as possíveis

correlações entre fadiga neuromuscular e fadiga será adotado o teste de

correlação de Pearson. Adotar-se-á um nível de significância de p≤0,05.

2.7 RESULTADOS

Para melhor visualização dos resultados, os mesmos foram dispostos

em tabelas.

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A média e o DP das características biométricas dos avaliados para a

idade, peso, estatura, %G e velocidade máxima alcançada no teste

progressivo estão referidos na tabela 1. Através desta, foi possível observar

que a amostra experimental aparentemente foi homogênea no que se refere ao

estado de hipocinesia, que era um fator preponderante para a adição dos

voluntários dentro desta amostra. Esta homogeneidade com relação a

hipocinesia pode ser constatada através do tempo de inatividade que os

mesmos mantinham antes do período experimental do presente estudo e

através da intensidade associada ao consumo máximo de oxigênio (vVO2max)

que apresentou um DP da média inferior a 10% da média referida. Com

relação às outras variáveis: idade, peso e porcentagem de gordura, essa

homogeneidade aparentemente não aconteceu devido ao DP da média ser

superior aos 10% da média referida para estas variáveis. No entanto, para o

presente estudo adotou-se como critério de corte, a participação de indivíduos

com características de hipoatividade. Aparentemente, a variável que mais

fortemente denota este estado seria a vVO2max.

Tabela 1 – Valores em média e desvio padrão das características biométricas

dos voluntários (n=10)

Idade

(anos)

Altura

(cm)

Peso

(kg)

%G

(%)

v VO2max

(km/h)

Média 21,8 174,9 73,8 13,4 13,4

DP 3,3 5,7 14,9 3,5 1,1

Fonte: Elaborada pelos autores

Na tabela 2 estão expostas em média e DP o tempo máximo de

permanência em uma atividade aeróbia (corrida em esteira), à 70% da

vVO2max. Devido à realização desta atividade, para cada voluntário, em três

momentos: situação controle (Aer. Cont.), situação após uma atividade

pliométrica (1º Aer. Pós) e situação após uma atividade pliométrica realizada

seis semanas após a situação anterior (2º Aer. Pós), adotou-se uma análise

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estatística de um caminho. Através desta, pôde-se verificar a não existência de

diferenças estatisticamente significantes entre os três momentos (FIGURA 2).

Tabela 2 – Valores em média e desvio padrão da performance aeróbia à

70%da vVO2max, realizada em três momentos distintos (n=10)

Aer. Cont.

(min)

1º Aer. Pós

(min)

2º Aer. Pós

(min)

Média 42,9 31,4 38,1

DP 14,3 9,2 15,4

p≤0,05 Fonte: Elaborada pelos autores

42,99

31,422

38,181

0

510

15

20

2530

35

4045

50

Aer. Cont. 1º Aer.Pós 2º Aer. Pós

Fonte: Elaborada pelos autores

Figura 2: Comportamento da performance aeróbia à 70% da vVO2max,

realizada em três momentos distintos (n=10)

2.8 DISCUSSÃO

O objetivo central deste estudo foi avaliar o efeito adaptativo causado ao

longo do tempo pela atividade pliométrica, em relação ao desempenho aeróbio

subseqüente, realizado em sujeitos do sexo masculino, apresentando estado

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de hipocinesia. A hipocinesia, definida como a não participação em exercícios físicos,

apresenta uma relação positiva com o risco de doenças crônico-degenerativas,

promovendo um efeito negativo na qualidade de vida dos indivíduos

(PITANGA; LESSA, 2005).

Segundo a literatura, pode-se notar que, o aumento da massa magra

está diretamente ligado ao nível de atividades realizadas, onde se reduz a

quantidade de gordura corporal.

Sendo assim, o treinamento de força pode determinar adaptações

neuromusculares em relação à massa isenta de gordura, hipertrofiando as

fibras e aumentando o recrutamento das unidades motoras. Diante disso,

torna-se clara a importância de uma avaliação para predizer o %G dos

indivíduos aqui estudados.

Nossos resultados estão condizentes aos encontrados por Benício et al.

(2004), que demonstraram valores de %G e vVO2max relativos aos da

presente pesquisa, classificando os indivíduos como sedentários.

De nosso conhecimento, este é o primeiro estudo a fazer a análise

conjunta do treinamento excêntrico em relação ao desempenho aeróbio

subseqüente e ao longo do tempo.

Existe na literatura um grande número de pesquisas que reportaram a

influência do treinamento excêntrico, em relação ao desempenho de força,

(CARVALHO et al., 2004; REBELATTO et al., 2007). Outros achados também

tem encontrado as influências de sessões de endurance realizadas

previamente ao exercício de força (AOKI et al., 2003). Entretanto, o

desempenho aeróbio, após atividades pliométricas, apresenta-se bastante

restrita.

Em um interessante estudo, Almeida; Rogatto (2007) verificaram os

efeitos do método pliométrico sobre a força explosiva e velocidade de

deslocamento em 16 jogadoras de futsal, os quais foram divididos em grupo

experimental e grupo controle. O grupo experimental realizou um treinamento

caracterizado por saltos em profundidade. O programa foi realizado em

sessões de 30 minutos, 2 vezes por semana, durante quatro semanas. Os

resultados obtidos mostraram que o treinamento pliométrico melhorou a

impulsão horizontal e agilidade, enquanto que a impulsão vertical e a

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velocidade de deslocamento não se modificaram ao final das quatro semanas.

No trabalho de Bastiaans et al. (2001) foram verificados os efeitos de

um treino de força explosiva, em relação à performance de ciclistas

competitivos, que realizaram exercícios para membros inferiores, com quatro

séries de 30 repetições, em alta velocidade. O protocolo consistia em um

treinamento de força explosiva associado a um treinamento aeróbio durante

nove semanas. Os resultados obtidos mostraram que, os indivíduos

apresentaram um aumento na massa corporal magra e na performance obtida.

Um outro aspecto entre a associação do treinamento de força e aeróbio,

é o tipo de contração realizada no treinamento de força. Algumas pesquisas

enfatizam que a atividade excêntrica causa maior ganho de força quando

comparados a atividade concêntrica (BARROSO; TRICOLI; UGRINOWITSCH,

2005). Porém é importante ressaltar que os efeitos são específicos aos tipos

de contração e velocidade realizadas, e o seu desenvolvimento é observado

em programas de treinamentos de longa duração.

De acordo com Staron (1994), as adaptações da força muscular só são

aparentes após 8 semanas de treinamento, e mais significativas a partir do

terceiro e quarto mês (FRONTERA et al., 1999). Sendo assim, estudos têm

encontrado aumento significativo de cargas referentes a 1 repetição máxima

após treinamento de força pura e explosiva em indivíduos sedentários e atletas

(HOFF; HELGERUD; WISLOFF, 1999).

No entanto, segundo dados apresentados por Clebis; Natali (2001) após

exercícios excêntricos extenuantes, surgem alterações a nível celular,

danificando as fibras musculares, provocando mudanças morfológicas e

histoquímicas. Por isso, esse tipo de treino pode gerar a fadiga muscular.

Diversos trabalhos têm apontado que o tecido muscular esquelético

possui a capacidade de produzir níveis elevados de força quando ativados

(ROSSI; TIRAPEGUI, 1999; ASCENÇÃO et al., 2003; DUARTE; DIAS; MELO,

2008). A incapacidade de produzir repetidamente essa força designa-se por

fadiga neuromuscular, podendo estar associada, segundo Santos; Dezan;

Sarraf (2003) a mecanismos periféricos, ou controle nervoso central.

A fadiga causada pelos mecanismos centrais se relaciona com os

padrões motores, onde ocorrem à falha de geração e transmissão de impulsos.

Já a fadiga periférica ocorre quando há falha na condução do potencial de

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ação dentro do músculo (SILVA et al, 2006). Por isso, quando o corpo realiza

qualquer função (seja física, fisiológica, ou mental) há um gasto energético

para que isto ocorra.

Diante disso, Antunes Neto et al. (2007) citam que é necessário haver

um equilíbrio entre desgaste e reposição, para boa manutenção do estado

físico e funcional do organismo.

Esses achados, citados acima vão de acordo com os obtidos em nossa

pesquisa, indicando que os voluntários, devido a uma intensa fadiga muscular

após a atividade pliométrica, apresentaram limitações no desempenho aeróbio

subseqüente. No entanto, há de se ressaltar que estatisticamente não

houveram diferenças significantes, por mais que individualmente todos os

voluntários apresentaram tempos menores na execução da performance

aeróbia logo após o exercício pliométrico quando comparado a situação

controle. Albert (2002) diz que a atividade pliométrica causa declínio no

desempenho aeróbio devido ao acúmulo de metabólitos (fadiga metabólica) e

modificações estruturais (fadiga mecânica).

Porém, resultados de Nosaka et al. (2001), evidenciaram que o

exercício pliométrico ou qualquer outra atividade de natureza excêntrica

proporciona adaptações neurológicas e musculares, agindo como um efeito

protetor. Isso ocorre porque o exercício pliométrico, torna mais rápida a

reversão da fase excêntrica para a fase concêntrica, aumentando a

capacidade de gerar força, através do potencial de tensão elástica da ação

excêntrica e a energia cinética da fase concêntrica (ROSSI; BRANDALIZE,

2007).

Sendo assim, essas mudanças, aumentam a ativação muscular, e os

indivíduos se adaptam a atividade pliométrica e, após o exercício repetido, a

fadiga é menor, e, portanto, não interfere no desempenho aeróbio

subseqüente. Segundo Chen; Nosaka; Sacco (2007), esse efeito protetor é

caracterizado por uma recuperação mais rápida do músculo, menores dores

musculares de inicio tardio, menor inchaço muscular e menores concentrações

de proteínas musculares na corrente sanguínea.

No presente estudo, quando observado de forma individual, observa-se

que o comportamento de todos os voluntários foi semelhante com relação a

esse efeito protetor do exercício excêntrico citado por Nosaka et al. (2001) e

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Chen; Nosaka; Sacco (2007), ou seja, após seis semanas da realização da

primeira atividade pliométrica, o tempo do exercício aeróbio subseqüente a

mesma, foi semelhante ao tempo da situação controle.

Existem duas possibilidades que a princípio podem ser levantadas com

relação a essa não diferença estatística entre as três situações de atividade

aeróbia (Aer. Cont., 1º Aer. Pós e 2º Aer. Pós). A primeira delas, diz respeito

ao pequeno número de sujeitos; enquanto que a segunda diz respeito a grande

variabilidade no tempo gasto para essas atividades, vista através do DP.

Talvez o aumento do número de sujeitos poderá fazer com que essa

variabilidade diminua, demonstrando alguma diferença.

No entanto, até o presente momento, nenhum autor estabeleceu uma

relação entre o treinamento excêntrico e o desempenho aeróbio subseqüente e

ao longo do tempo. Antunes Neto et al. (2007) sugerem que devido ao gasto

energético ocorrido para a realização de atividades físicas, pode-se dizer que a

atividade pliométrica causaria declínio no desempenho aeróbio. Por outro lado,

Ascenção et al. (2003) relatam que a atividade excêntrica pode ser um

indicativo do retardo da fadiga muscular, e durante saltos consecutivos,

melhoraria a economia em corridas de longa distância.

Parece ser consenso na literatura que a atividade pliométrica, é capaz

de aprimorar a potência dos músculos, pois causa adaptações neurológicas e

musculares, criando um efeito protetor (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2002).

Porém, Duarte; Dias; Melo (2008) dizem que a ativação repetida das células do

músculo, leva à diminuição da produção de força, tornando lentas as

contrações, gerando a exaustão muscular.

Com isso os pesquisadores apontam que a eficiência da atividade

pliométrica está diretamente ligada a alguns fatores como intensidade do

treino, tipo de fibra muscular recrutada, tipo de atividade, condições atléticas e

ambientais e motivação.

Em síntese, parece razoável sugerir que, devido o comportamento

apresentado pelos tempos despendidos nos exercícios aeróbios realizados em

três momentos distintos, um número maior de voluntários poderia demonstrar

estatisticamente o fenômeno do “efeito do exercício repetido” também em

exercícios aeróbios logo após um exercício de natureza excêntrica, haja visto

que na literatura, a maioria dos estudos relatam este fenômeno em atividades

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de força ou com o mesmo tipo de contração realizada no exercício precedente.

2.9 CONCLUSÃO

Ao finalizar este estudo, observou-se que o tempo despendido no

exercício aeróbio, após 6 semanas não foi significantemente diferente quando

comparado à situação controle e que, o tempo do primeiro exercício aeróbio

realizado após o exercício pliométrico não foi estatisticamente diferentes das

duas outras situações. Contudo, o comportamento destes é semelhante ao

comportamento de outras variáveis estudadas através deste fenômeno, ou

seja, de forma individual, todos os voluntários apresentaram diminuição no

tempo despendido no primeiro exercício aeróbio após o pliométrico e a maioria

deles, recuperação deste tempo no segundo.

Embora, estatisticamente não foram apresentadas diferenças entre as

três situações. De uma forma individual, pode-se concluir que o exercício

agudo de natureza excêntrica produz um efeito deletério sobre o desempenho

aeróbio e que este efeito deletério pode ser minimizado ou até desaparecer

após a realização do mesmo exercício de natureza excêntrica ao longo do

tempo, o que na literatura é denominado de efeito do exercício repetido.

Portanto, fica evidente que o exercício pliométrico ou qualquer outra

atividade de natureza excêntrica proporciona adaptações neurológicas e

musculares, agindo como um efeito protetor.

Por isso deixamos aqui propostas para estudos futuros à respeito da

influência da fadiga muscular, diante de um treino excêntrico sobre o

desempenho aeróbio e o efeito protetor de uma atividade excêntrica aguda ao

longo do tempo. Com isso, sugerem-se mais estudos sobre este fenômeno,

principalmente verificando o efeito deste sobre o desempenho aeróbio em

intensidades diferentes das utilizadas aqui e com um número maior de sujeitos,

devido a variabilidade apresentada pelos tempos despendidos em exercícios

aeróbios.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Roteiro de entrevista para o educador físico

I) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Sexo: ________________________ Idade: ________________________

Cidade: ______________________ Estado: ________________________

Formação: ______________________________________________________

Experiências Atuais: ______________________________________________

Outras Experiências: ______________________________________________ II) PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1) Um indivíduo do sexo masculino, aparentemente saudável, sedentário, com idade entre 18 a 30 anos; é submetido a uma atividade excêntrica até se obter a fadiga muscular. Após 24 horas, realiza-se um teste na esteira ergométrica a 70% do seu VO2max. Você acredita que a exaustão causada pelo exercício prejudicará o desempenho aeróbio deste indivíduo? Por quê? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Se esse mesmo indivíduo for submetido a uma nova atividade excêntrica, você acredita que seu desempenho aeróbio será maior ou menor que o anterior? Por quê? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3) O que você entende por fadiga muscular? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4) Qual sua opinião sobre este tema? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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APÊNDICE B – Termo de consentimento

Eu _____________________________________________________________ _____________________________, portador da carteira de identidade de número ______________________________, declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido(a) pelo pesquisador, consinto em participar, na qualidade de paciente, assim como do uso da imagem e divulgação dos dados coletados na avaliação física, que será realizada no Laboratório de Avaliação do Esforço Físico do Unisalesiano, utilizadas para o desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso dos alunos do último ano de Educação Física. Lins, _______, ________________________, de 200___.

________________________________ Assinatura

LINS – SP 2008

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APÊNDICE C – Avaliação física

Nome: Idade: Data: Antropometria Altura: Peso:

Avaliação:

TEMPO VELOCIDADE FREQUÊNCIA CARDÍACA

Observação:

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APÊNDICE D – Avaliação física

Nome: Idade: Data: Altura: Peso:

Avaliação:

Cálculo: TEMPO (min) FREQUÊNCIA CARDÍACA

Observação:

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APÊNDICE E – Avaliação física

Nome: _________________________________________________________

Idade: _______________________ Data: _______________________

Percentual de Gordura

Dobras cutâneas:

Média

Tricpital: __________ __________ __________ __________

Supra-ilíaca: __________ __________ __________ __________

Abdominal: __________ __________ __________ __________

Média total: _________________________

Percentual de gordura: ________________

Observação: ____________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

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APÊNDICE F – Predição do Percentual de Gordura (%G) – Homens

mm 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 20 6.59 6.66 6.72 6.78 6.84 6.90 6.96 7.02 7.08 7.14 21 7.19 7.25 7.31 7.37 7.43 7.48 7.54 7.60 7.65 7.71 22 7.77 7.82 7.88 7.93 7.99 8.04 8.10 8.15 8.21 8.26 23 8.32 8.37 8.42 8.48 8.53 8.58 8.63 8.69 8.74 8.79 24 8.84 8.89 8.94 9.00 9.05 9.10 9.15 9.20 9.25 9.30 25 9.35 9.40 9.45 9.50 9.55 9.59 9.64 9.69 9.74 9.79 26 9.84 9.88 9.93 9.98 10.03 10.07 10.12 10.17 10.21 10.26 27 10.31 10.35 10.40 10.44 10.49 10.53 10.58 10.62 11.67 10.71 28 10.76 10.80 10.85 10.89 10.94 10.98 11.02 11.07 11.11 11.15 29 11.20 11.24 11.28 11.33 11.37 11.41 11.45 11.50 11.54 11.58 30 11.62 11.66 11.71 11.75 11.79 11.83 11.87 11.91 11.95 11.99 31 12.03 12.07 12.11 12.16 12.20 12.24 12.28 12.31 12.35 12.39 32 12.43 12.47 12.51 12.55 12.59 12.63 12.67 12.71 12.74 12.78 33 12.82 12.86 12.90 12.93 12.97 13.01 13.05 13.09 13.12 13.16 34 13.20 13.23 13.27 13.31 13.35 13.38 13.42 13.45 13.49 13.53 35 13.56 13.60 13.64 13.67 13.71 13.74 13.78 13.81 13.85 13.88 36 13.92 13.96 13.99 14.03 14.06 14.09 14.13 14.16 14.20 14.23 37 14.27 14.30 14.34 14.37 14.40 14.44 14.47 14.50 14.54 14.57 38 14.61 14.64 14.67 14.71 14.74 14.77 14.80 14.84 14.87 14.90 39 14.94 14.97 15.00 15.03 15.07 15.10 15.13 15.16 15.19 15.23 40 15.26 15.29 15.32 15.35 15.38 15.42 15.45 15.48 15.51 15.54 41 15.57 15.60 15.63 15.67 15.70 15.73 15.76 15.79 15.82 15.85 42 15.88 15.91 15.94 15.97 16.00 16.03 16.06 16.09 16.12 16.15 43 16.18 16.21 16.24 16.27 16.30 16.33 16.36 16.39 16.42 16.45 44 16.48 16.50 16.53 16.56 16.59 16.62 16.65 16.68 16.71 16.73 45 16.76 16.79 16.82 16.85 16.88 16.90 16.93 16.96 16.99 17.02 46 17.04 17.07 17.10 17.13 17.16 17.18 17.21 17.24 17.27 17.29 47 17.32 17.35 17.38 17.40 17.43 17.46 17.48 17.51 17.54 17.56 48 17.59 17.62 17.65 17.67 17.70 17.73 17.75 17.18 17.80 17.83 49 17.86 17.88 17.91 17.94 17.96 17.99 18.01 18.04 18.07 17.09 50 18.12 18.14 18.17 18.19 18.22 18.25 18.27 18.30 18.32 18.35 51 18.37 18.40 18.42 18.45 18.47 18.50 18.52 18.55 18.57 18.60 52 18.62 18.65 18.67 18.70 18.72 18.75 18.77 18.80 18.82 18.85 53 18.87 18.89 18.92 18.94 18.97 18.99 19.02 19.04 19.06 19.09 54 19.11 19.14 19.16 19.18 19.21 19.23 19.25 19.28 19.30 19.33 55 19.35 19.37 19.40 19.42 19.44 19.47 19.49 19.51 19.54 19.56 56 19.58 19.61 19.63 19.65 19.68 19.70 19.72 19.74 19.77 19.78 57 19.81 19.84 19.86 19.88 19.90 19.93 19.95 19.97 19.99 20.02 58 20.04 20.06 20.08 20.11 20.13 20.15 20.17 20.19 20.22 20.24 59 20.26 20.28 20.31 20.33 20.35 20.37 20.39 20.41 20.44 20.46 60 20.48 20.50 20.52 20.54 20.57 20.59 20.61 20.63 20.65 20.67 61 20.70 20.72 20.74 20.76 20.78 20.80 20.82 20.84 20.87 20.89 62 20.91 20.93 20.95 20.97 20.99 21.01 21.03 21.05 21.07 21.10 63 21.12 21.14 21.16 21.18 21.20 21.22 21.24 21.26 21.28 21.30 64 21.32 21.34 21.36 21.38 21.40 21.42 21.44 21.46 21.48 21.50 65 21.52 21.54 21.56 21.58 21.60 21.62 21.64 21.66 21.68 21.70 66 21.72 21.74 21.76 21.78 21.80 21.82 21.84 21.86 21.88 21.90 67 21.92 21.94 21.96 21.98 22.00 22.02 22.04 22.06 22.08 22.10 68 22.12 22.13 22.15 22.17 22.19 22.21 22.23 22.25 22.27 22.29 69 22.31 22.33 22.35 22.36 22.38 22.40 22.42 22.44 22.46 22.48 70 22.50 22.51 22.53 22.55 22.57 22.59 22.61 22.63 22.65 22.66 71 22.68 22.70 22.72 22.74 22.76 22.77 22.79 22.81 22.83 22.85 72 22.87 22.88 22.90 22.92 22.94 22.96 22.98 22.99 23.01 23.03 73 23.05 23.07 23.08 23.10 23.12 23.14 23.16 23.17 23.19 23.21 74 23.23 23.24 23.26 23.28 23.30 23.32 23.33 23.35 23.37 23.39 75 23.40 23.42 23.44 23.46 23.47 23.49 23.51 23.53 23.54 23.56

Fonte: Guedes, 1994

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APÊNDICE G – Dados da Pesquisa

Sujeitos Idade Altura Peso %G vVO2max

Aer.

Cont.

1º Aer.

Pós.

2º Aer.

Pós

01 23 171.3 67.4 11 12 45.45 35 51.36

02 18 179.2 86.6 10.3 14 45.95 28.25 52

03 28 182.5 85.4 12 12.5 31.5 34.25 22.3

04 20 166.2 60.2 9.2 14 41.5 32 48.45

05 22 181 101.8 19.2 13 27.16 16.41 22.5

06 19 173 67.4 11.6 15 60.05 46.66 54

07 27 179 85.2 22.5 12 18.3 17 15.3

08 21 171 56.8 11.6 12 61.5 40.16 22.41

09 20 168 59.4 10.7 13 41.33 32.16 43.46

10 20 178 68 16.3 15 57.16 32.33 50.03

Fonte: Elaborada pelos autores

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APÊNDICE H – Fotos

Avaliação cardiorespiratória em esteira rolante (IMBRAMED - 10200 ATL)

Atividade pliométrica em um plano elevado (0,6m)