a independência da Índia
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Independência da Índia
NeocolonialismoNa segunda metade do século XIX, países europeus como a Inglaterra,
França, Alemanha e Itália, eram considerados grandes potências industriais. Todos esses países exerceram atitudes imperialistas, pois estavam interessados em formar grandes impérios econômicos, levando suas áreas de influência para outros continentes
Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e também de conseguirem um custo consideravelmente baixo, estes países se dirigiram à África, Ásia e Oceania, dominando e explorando esses povos.
Durante a corrida imperialista, a grande potência Inglaterra tomara a Índia como colônia. Invadiu o território e o dividiu em províncias, comandadas por ingleses de confiança da corte. O controle da Índia apresentava muitas vantagens econômicas, visto que a localidade é ideal para diversos cultivos e investimentos.
Porém, depois de muitos anos de exploração e controle por parte da Inglaterra, deu-se a Segunda Guerra Mundial e entre suas consequências pode-se apontar a descolonização e o surgimento de várias novas nações na África e Ásia.
Na ÍndiaPaís de dimensões continentais, com certa de 3,3 milhões km², a Índia
- dividida em principados – constituía uma das mais importantes colônias britânicas sob o aspecto econômico e em 1885, surgiu o primeiro movimento nacionalista na região, encabeçado por intelectuais indianos.
Entretanto, até o fim da Primeira Guerra Mundial o movimento nada conseguiu. A partir daí, passou a enfrentar uma Inglaterra enfraquecida economicamente e com dificuldades para manter o seu extenso Império.
Com o fim da Segunda Guerra mundial e as grandes potências destruídas os países desejosos de independência viram a oportunidade perfeita para alcançar o seu objetivo.
E na Índia foram formadas duas frentes de libertação em prol da independência:
Frentes de LibertaçãoHindus
• Como grupo que mais de destacou, os hindus contavam com o Partido do Congresso. Tinha como líder Mohandas Gandhi.• Este pregava a resistência à dominação e a luta contra os britânicos por meio da não-violência e da desobediência civil.
Muçulmanos
• Os adeptos ao islamismo na Índia (minoria evidente), se uniram e formaram a Liga Muçulmana sob o comando de Mohamed Ali Jinnah.
Mohandas Gandhi• Nascido em Porbandar, em 2 de outubro
de 1869, ficou mais conhecido como Gandhi. Ou até Mahatma “A Grande Alma”.
• O hindu ficou conhecido por defender profundamente a Independência da Índia e ser o idealizador e fundador do Satyagraha.
O princípio do satyagraha, frequentemente traduzido como “o caminho da verdade” consistia na defesa da não-agressão e não-violência como meio de revolução que também inspirou várias gerações de ativistas democráticos e anti-racismo.
Luta pela Independência Durante a sua luta contra os britânicos, Gandhi, que se tornou o “pai
dos indianos”, procurava sempre unir as forças religiosas presentes na Índia; siques, muçulmanos e hindus. Ele pregava que todos deveriam esquecer as diferenças culturais e lutar juntos por uma causa comum: a libertação.
E a partir daí, começou a discursar e ganhar a população por onde passava, espalhando seus ideais devido à boa oratória do advogado. Mohandas insistia no princípio de não-agressão, reforçando sempre que tinha outros meios de revolução nos quais não era necessário derramar sangue.
Crescia cada vez mais seus adeptos e a oposição à metrópole, que tentava de toda forma reprimir os movimentos e controlar a população. Sempre utilizando de violência, soldados ingleses cessavam movimentos com matança e o sofrimento dos revolucionários.
Gandhi porém, não “devolvia com a mesma moeda” e investia na sua forma de revolução:
Desobediência e Sabotagem
A ação de Gandhi consistia em desobedecer as leis inglesas sem se importar em sofrer as consequências do ato, em boicotar os produtos ingleses e em fazer greves de fome para que hindus e muçulmanos deixem de lado as divergências religiosas.
Dentre as medidas desobedientes do pacifista, houve uma que merece destaque. A Marcha do Sal. Na Índia era lei: a produção de sal é monopólio da metrópole e é proibida a comercialização do produto por indianos. Nessa ocasião Gandhi promoveu uma marcha com milhares de muçulmanos, hindus e siques indianos até o mar, para fazerem sal e comercializarem nas ruas e povoados da Índia. A Inglaterra logo conteve a venda e a produção, mas era clara a determinação dos revoltosos que preocupavam cada vez mais a metrópole.
Marcha do Sal
Concessão da Independência
Além das fortes pressões indianas a Segunda Guerra Mundial contribuiu com que a Inglaterra passasse, aos poucos, depois de certo tempo, a conceder certos direitos à Índia e, posteriormente, a Independência definitiva. Isso aconteceu em 15 de agosto de 1947.
Fragmentação e criação do Paquistão
Mesmo independente, o país, porém ainda enfrentava forte tensão entre os grupos religiosos rivais dentro do território. Então viram como solução a separação territorial devido às diferenças religiosas e se fragmentou em dois. A Índia propriamente dita e o Paquistão. Portanto, a violência religiosa e a disputa por terras prevaleciam.
Gandhi, que pregava a paz e a união de hindus e muçulmanos foi assassinado em 1948 por um radical hindu. Ainda com território próprio, há muçulmanos que vivem entre os hindus e siques na Índia
Questão da Caxemira
A Caxemira é uma região montanhosa ao norte da Índia e do Paquistão. Os conflitos pela região da Caxemira, se iniciaram no final da colonização britânica quando a região foi dividida entre a Índia e o Paquistão. A Caxemira foi incorporada à Índia, o que contrariou as pretensões do Paquistão e da população local - de maioria muçulmana - e levou à guerra de 1947 a 1948. O conflito termina com a divisão da Caxemira: cerca de um terço fica com o Paquistão e o restante com a Índia.
Nos dias de hoje...
Nos anos 1980, guerrilheiros separatistas passam a atuar na Caxemira indiana. Mais de 25 mil pessoas morrem desde então. A Índia acusa o governo paquistanês de apoiar os guerrilheiros - favoráveis à unificação com o Paquistão - e intensifica a repressão.
A situação da área continua tensa - além do conflito com o Paquistão, existe atualmente um forte movimento pró-independência na Caxemira.
Morte de GandhiMal o avistaram, cercaram-
no. Vinham de longe para ver o Mahatma, "a grande alma", o homem santo que os havia libertado de dois séculos de domínio britânico. Em meio ao tumulto respeitoso, num repente, espocaram três tiros. Gandhi encolheu-se no chão, baleado por uma mão que empunhara uma Beretta. As suas roupas, tecidas por ele mesmo na sua roca de fiar, mancharam-se de sangue. Os gritos da multidão comovida e indignada misturaram-se aos seus fracos e derradeiros gemidos. O apóstolo da satyagraha, a não-violência, fora executado a bala.
Detiveram o pistoleiro. Chamava-se Nathuram Godse, um ativista da RSS (Rashtriya Swayamsevak Sangh), uma organização da extrema-direita nacionalista do estado de Maharastra, que vira no atentado um protesto contra a secessão do subcontinente entre hindus e muçulmanos, referendada pelo Mahatma.
“As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes,
desde que alcancemos o mesmo objetivo? “
”A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade
indomável.”
“Olho por olho, e o mundo acabará cego. “
• Beatriz Luna nº 3• Mariana Maia n° 14• Thais Simas nº 16• Lucas Freire n° 19