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A independência da Auditoria Interna (imperativo vs facultativo) Georgina Morais Luanda22 de novembro de 2017 1

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Page 1: A independência da Auditoria Interna (imperativo vs ... · O IPAI rege-se pela lei portuguesa, estando os corpos sociais organizados em Assembleia Geral, Conselho Geral (Aprovado

A independência da Auditoria Interna (imperativo vs

facultativo)

Georgina Morais

Luanda22 de novembro de 2017

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MISSÃO:

Melhorar e proteger o valor da organização, proporcionando com objetividade uma garantia, assessoria e análises baseadas nos riscos.

Objetivo da auditoria interna é

Contribuir para a criação de valor, através do apoio que presta à gestão. De entre as suas principais funções, destaca-se: • A avaliação dos processos de gestão do risco e de controlo interno, desenvolvidos pela gestão para a realização dos objetivos da entidade; • A avaliação da eficiência e eficácia das operações; • A avaliação da conformidade com a legislação, regulamentos e contratos. A função de auditoria interna assume um papel de relevância estratégica para o sistema de governação da organização

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IPAI - Associação profissional, voluntária e sem fins lucrativos, constituída em 17 de Fevereiro de 1992, reconhecida pelo IIA - The Institute of Internal Auditors, primeiro como o seu Chapter nº 253 e, a partir de Dezembro de 2005, oficialmente como um National institute, com a designação de IIA Portugal. O IPAI – Instituto Português de Auditoria Interna representa em Portugal os interesses da profissão de auditoria interna, promovendo a associação de todos os profissionais e estudiosos de auditoria interna, gestão de risco e controlo interno nas organizações, sejam elas privadas ou públicas. Tem atualmente cerca 1200 associados individuais e 66 coletivos

IIA Portugal

www.ipai.pt

Quem somos

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Origens Em Portugal, no início da década de 90 do século passado um grupo de profissionais, exercendo atividade em auditoria interna de empresas, ou em organismos públicos reuniu-se e congregou esforços para a formação duma associação profissional do ramo a que se dedicavam. Esta ideia desenvolveu-se com base nos seguintes aspetos: => A existência em quase todos os países europeus de Institutos de Auditoria Interna, na sua maioria filiados em duas organizações: na (ECIIA) Confederação Europeia de Institutos de Auditoria Interna e no IIA - The Institute of Internal Auditors, o instituto existente nos EUA e que é como o pai deste tipo de organização. => A necessidade dos profissionais de auditoria interna portugueses poderem dispor de uma organização profissional que lhes desse apoio na sua formação profissional, na possibilidade de intercambio profissional com colegas doutros países e na participação em conferências profissionais organizadas por outros institutos, nomeadamente o IIA.

Porquê do IPAI

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Origens Desta forma, após várias reuniões dos membros fundadores do IPAI, foram aprovados os estatutos da organização profissional e foi realizada em 6 de Março de 1992 a escritura de fundação do Instituto Português de Auditores Internos. Igualmente o IPAI faz parte da Confederação Europeia de Institutos de Auditoria Interna, tendo participado nas Assembleias Anuais desta organização, que são precedidas por uma Conferência Profissional. O IPAI já teve o privilégio de organizar uma destas assembleias.

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O IPAI tem as seguintes categorias de membros:

Membros efetivos, os que exercem a sua profissão de uma forma direta em

estruturas de auditoria interna, de análise de risco ou de controlo interno.

Membros associados, os que exercem a sua atividades profissional em áreas

conexas com a Auditoria Interna; os que exercem a docência ou a investigação

em estabelecimentos de ensino superior (universitário ou politécnico), em

auditoria ou áreas conexas;

Membros estudantes, os que, nessa qualidade frequentem cursos superiores

de Auditoria, Contabilidade, Gestão, Economia e Finanças.

Membros coletivos, as empresas, organismos públicos e outras instituições

que contem com uma estrutura de auditoria interna, gestão de risco ou controlo

interno, ou revelem um especial interesse por essas atividades.

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Membros honorários, as pessoas singulares ou coletivas que tenham

prestado, de uma forma direta ou indireta, serviços relevantes ao IPAI.

A qualidade de membro efetivo, associado, estudante e coletivo adquire-se

após a aprovação pela Direção do pedido de admissão apresentado pelo

candidato.

A qualidade de membro honorário adquire-se por deliberação da Assembleia

Geral, sob proposta da Direção.

Aos membros efetivos e associados é conferida a qualidade de associados do

IIA - The Institute of Internal Auditors, Inc. USA, organização que atribui a cada

membro do IPAI um número de identificação de membro do IIA bem como uma

“password', que lhe permite o acesso a zonas reservadas do seu site na

Internet.

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Membros coletivos

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Membros coletivos

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Novos Membros Coletivos

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Os objetivos do IPAI são: • Contribuir para a formação dos auditores internos, de forma sustentada; • Promover os princípios éticos no desempenho profissional da Auditoria Interna; • Divulgar o Enquadramento das Práticas Profissionais de Auditoria Interna; • Promover a qualificação e a certificação profissional dos auditores internos; • Promover a atividade associativa dos auditores internos e profissionais de áreas conexas; • Promover a especificidade e o valor da profissão junto das organizações, dos poderes públicos, dos reguladores, das autoridades de supervisão e das organizações profissionais do sector; • Organizar debates, conferências, encontros e fora de intercâmbio de experiências dos seus membros; • Disponibilizar e divulgar bibliografia, documentação e informação relativa à profissão.

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Estrutura O IPAI rege-se pela lei portuguesa, estando os corpos sociais organizados em Assembleia Geral, Conselho Geral (Aprovado na Assembleia Geral de 2008) Direção e Conselho Fiscal. Está previsto pelos estatutos a organização de Direções Regionais, caso o número de membros duma zona o justifique. Também se prevê o estabelecimento de comissões permanentes relacionadas com assuntos profissionais, nomeadamente Formação, Publicações, Inscrições e Disciplina.

Como Existimos

De notar que os estatutos do IPAI têm vindo a ser alterados de acordo com as necessidades e devidamente aprovados em Assembleia Geral de associados.

Instituto Português de Auditores Internos

Instituto Português de Auditoria Interna

1992

2006

IIA Portugal Dezembro /2005

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Núcleos especializados Núcleo dos Auditores

internos do setor financeiro

Núcleo dos Auditores internos do setor

Segurador

Núcleo dos auditores internos do setor dos

transportes, infraestruturas e

reguladores

Núcleo dos auditores internos do setor da

Saúde

Núcleo dos auditores internos das autarquias

locais

Núcleo dos auditores internos de Sistemas de

Informação

Núcleo dos auditores internos do setor público

Núcleos

www.globaliia.org www.eciia.org www.ipai.pt 14

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Parcerias com Instituições de Ensino Superior

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Parcerias com outras associações e ordens profissionais

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CIA - Certified Internal Auditor: 131

CCSA - Certification in Control Self-Assessment: 55

CGAP - Certified Government Auditing Professional: 6

CFSA - Certified Financial Services Auditor – total: 3

CRMA – Certification in Risk Management Assurance: 38

2016

Certificações em Portugal

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O que fazemos

Fórum de Auditoria Interna (Junho)

Conferência Anual (Novembro)

Encontros de Auditores Internos

por núcleos Setoriais

Jantar comemorativo do aniversário do IPAI

(6 de março)

O IPAI Já teve o privilégio de organizar a Conferencia do ECIIA em Lisboa em 1995

Em parceria com a KPMG estudo sobres estado arte da auditoria em Portugal de dois

em dois anos

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Fóruns de promoção e divulgação em parcerias

Arganil

Tábua

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Fóruns de promoção e divulgação em parcerias

Condeixa

Vila Real

Figueira da Foz 20

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Divulgação via ensino: Parcerias com cursos – Pós Graduação/MBA e outros; Participação em Conferências, Seminários e outros eventos; Colaboração em teses de Doutoramentos e Mestrados; Concurso do melhor trabalho sobre auditoria interna; Prémio melhor aluno no curso de auditoria interna;

Formação planeada especialmente destinada aos associados

Para 2017 - 39 ações de formação Formação in-house

Revista – publicação artigos. Newsletter – Divulgação de informação relevante e imediata

Comunicação – Site Redes sociais

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4 Edições por ano

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Alguns números históricos 1º Boletim Informativo - em 1992 1ª revista de Auditoria Interna – 1999

1º logo - Três Presidentes da Direção 1º – Manuel Barreiro (PT) 2º - Domingos sequeira (SONAE) 3º - Fátima Geada (TAP) Ata nº 1 da reunião de um grupo de 10 elementos fundadores foi em 25 de Setembro de 1991 -

Link com “Memórias do IPAI” - http://www.ipai.pt/gca/index.php?id=200 1º Boletim de Voto - http://www.ipai.pt/fotos/gca/voto_1_1421780701.pdf

1ª Organização do ECIIA em 1995

Última Revista de auditoria interna distribuída nº - 67 Conferência Anual do IPAI comemorativa 25 anos – foi em 16 de Novembro/2017

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A independência da Auditoria Interna (imperativo vs facultativo)

Independência Confiança

Confiança

Assessor de confiança 24

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Reflexões Dilemas na Independência AI

A proatividade exigida ao AI pode perigar a

independência?

O papel de consultoria presente na definição

AI, pode perigar a independência?

As novas competências como o pensamento critico e a busca de

soluções, pode perigar a independência?

Maior variedade serviços AI pode

perigar a independência?

A cooperação com outros (ex.AI/AE, 2ª linha defesa)

presente nas IPPF, pode perigar a independência?

A dimensão da função de AI pode perigar a

independência?

Quando os AI avaliam o desempenho dos gestores e o governance pode perigar a

independência?

A crise pode perigar a independência?

A questão da independência do auditor é um tema aparentemente muito fácil que se foi complicando

extremamente nos últimos tempos (Sahuquillo- Fórum de Auditoria)

A dependência económica pode perigar

a independência?

As pressões sociais podem perigar a independência?

As relações pessoais podem perigar a independência?

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Princípios? Regras? Como mitigar o

risco da Independência

Preservar a independência profissional

Acrescentar valor

Estudos realizados, a independência é a variável com maior relevância na decisão de confiança e

cooperação dos Auditores Externos para com os

Auditores internos

conjunto de princípios

fundamentais para o sistema,

possíveis ameaças e respetivos

mecanismos de salvaguarda recomendados para os proteger.

Estabelecem-se proibições, através de

uma lista exaustiva, com intenção de

evitar ações concretas que coloquem em perigo a independência.

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MISSÃO (IIA, 2015):

Aumentar e proteger o valor das

organizações, fornecendo avaliação

objetiva (assurance), assessoria

(advisory) e conhecimento (insight)

baseados em risco.

O cumprimento da missão é apoiado pela IPPF

O que queremos ser e

como ser vistos ?

Exis

tim

os

par

a

27 Georgina Morais

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• Princípios fundamentais para a prática profissional de auditoria interna;

• Definição de auditoria interna;

• Código de Ética;

• Normas Internacionais para a prática profissional de auditoria interna.

Orientações Obrigatórias

(desenvolvidas através de um período de exposição pública, com contributo das

partes interessadas)

• Guias de implementação

• Guias Suplementares

Orientações Recomendadas

(desenvolvidas pelo IIA por meio de um processo formal de aprovação e descrevem

as práticas para a implantação eficaz das orientações obrigatórias)

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Princípios fundamentais para a prática profissional de auditoria interna

1) Demonstrar integridade;

2) Demonstrar competência e zelo profissional devido;

3) Ser objetivo e livre de influências indevidas (independente)

4) Estar alinhado com as estratégias, objetivos e riscos da organização;

5) Estar adequadamente posicionado e recursos adequados;

6) Demonstrar qualidade e melhoria continua;

7) Comunicar com eficácia;

8) Prestar avaliações com base em riscos;

9) Ser perspicaz, proactivo e focado no futuro;

10) Promover a melhoria organizacional.

Os princípios fundamentais, vistos como um todo, articulam a eficácia da auditoria interna. Para a AI ser eficaz Todos os princípios devem estar presentes e atuantes com eficácia.

A forma como o auditor ou a atividade de auditoria interna demonstra a conquista dos princípios fundamentais, que pode ser bem diferente de uma organização para outra

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Princípios fundamentais IPPF

1-Demonstrar integridade; Incluído Código ética e nas normas 1120 e 2421

2-Demonstrar competência e zelo profissional devido;

Incluído Código ética e nas normas 1200,1210,1220 e 1300

3-Ser objetivo e livre de influências indevidas (independente)

Incluído Código ética e normas 1000, 1100, 1110, 1120 e 1130

4-Estar alinhado com as estratégias, objetivos e riscos da organização;

Incluído nas normas de desempenho 2010,2100, 2110, 2120, 2130, 2201 e 2000

5-Estar adequadamente posicionado e com

recursos adequados;

Incluído nas normas 1000, 1110, 1111 e 2030

6-Demonstrar qualidade e melhoria continua; Incluído Código ética e normas 1300, 1230, 2040 e 2340

7-Comunicar com eficácia; Incluído nas normas 2020, 2060 e 2400

8-Prestar avaliações com base em riscos; Incluído nas normas 2010, 2201, 2060, 2600

9-Ser perspicaz, proactivo e focado no futuro; Incluído Código ética e normas 2010, 2120 e 2060

10-Promover a melhoria organizacional Incluído nas normas 1300, 2000, 2050, 2100 e 2500

? Onde estão vertidos os princípios

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Definição de auditoria interna

• A auditoria interna é uma atividade independente, de garantia (assurance) e de consultoria, destinada acrescentar valor e a melhorar as operações de uma organização. Ajuda a organização a alcançar os seus objetivos, através de uma abordagem sistemática e disciplinada na avaliação e melhoria da eficácia dos processos de gestão de risco, de controlo e de governação.

(IPAI)

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O auditor interno consultor

Eu vejo o auditor interno como um consultor interno, não como um adversário interno. (...) Não apenas a procurar erros (...) mas um guia para melhorar o funcionamento (Sawyer, 1983:1)

A evolução do AI no seu papel de consultoria tem sido crescente, dado o reconhecimento do seu valor, como um partner estratégico, proactivo e pensamento critico, com vontade de colaborar nas soluções, sendo cada vez mais solicitado a prestar conselhos. O AI adota cada vez mais o perfil de um conselheiro, ou de um consultor, considerado um especialista qualificado (Renard, 2008)

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Contudo, ENQUANTO CONSULTOR

Riscos Potenciais

Politicas organizacionais

Expectativas da Gestão

Supervisão Recursos

departamentais

Independência e objetividade

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O glossário do IIA

Serviços de Consultoria (Consulting

Services)

Atividades de aconselhamento e

serviços relacionados prestados ao

cliente, cuja natureza e alcance são

acordados com o cliente destinados a

adicionar valor e aperfeiçoar os

processos de governação, gestão de

riscos e controlos da entidade, sem que

o AI assuma qualquer responsabilidade

que seja da administração.

Exemplos incluem orientação,

assessoria, facilitação e formação.

NA 1000.C1 – A natureza dos serviços de

consultoria deve ser definida no estatuto de AI.

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NA 1130.A3 – A AI pode prestar serviços de avaliação (assurance) onde

anteriormente tenha executado serviços de consultoria, desde que a natureza da

consultoria não tenha prejudicado a objetividade e com a condição de que a objetividade individual seja gerida na alocação de recursos para o trabalho.

NA 1130.A1 – Os AI devem abster-se de avaliar operações específicas pelas

quais tenham sido responsáveis anteriormente.

Presume-se que a objetividade fique prejudicada se um auditor interno

prestar serviços de avaliação (assurance) de uma atividade pela qual o

auditor interno tenha sido responsável durante ano anterior .

Por exemplo, quando os AI são transferidos de outros departamentos para a área de auditoria, o CAE deve observar a Norma 1130.A1, que exige que os AI se abstenham de avaliar operações pelas quais já tenham sido responsáveis por pelo menos um ano depois da respetiva transferência.

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Como desenvolver o trabalho de acordo com as normas quando os

recursos são limitados?

Como atrair e reter recursos humanos de qualidade e especializados?

Como estabelecer a posição da auditoria

para garantir a independência?

Como adequar as metodologias de auditoria interna aos recursos

limitados?

Desafios específicos inerentes à pequena dimensão da função

de AI

Como acrescentar valor com orçamentos mais pequenos, que podem limitar o investimento em inovação ou automatização?

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Ser pequeno não significa ser ineficaz ou ter menos recursos, em muitas circunstâncias uma pequena atividade de auditoria interna está apropriadamente estruturada para o tamanho e riscos atribuídos ao negócio que serve. (IIA, 2011a).

O IIA, (2011) considera que uma função de auditoria interna é pequena quando satisfaz um ou mais dos seguintes critérios: 1) é composta de 1 a 5

auditores, ou 2) nº de horas de

trabalho da atividade são inferiores a 7500 horas/anuais, ou

3) está limitada ao nível do outsourcing e co-sourcing.

Que desafios face à

estrutura função AI?

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Descritivo Função de auditoria interna pequena

Função de auditoria interna Grande

Independência

e objetividade

Maior desafio decorrente das

responsabilidades que possam ter em outras

áreas, bem como do seu papel de consultoria.

Maior proximidade e conhecimento do

auditado.

Maior pressão

O duplo reporte reforça a independência.

Mais facilidade de segregação e rotação de

auditores.

Probabilidade de maior distanciamento do

auditado e menor pressão.

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Código de Ética

Objetividade

Os auditores internos não deverão:

Participar em qualquer atividade ou manter uma relação que prejudique ou aparente prejudicar a

sua imparcialidade – inclui todas as relações ou

atividades que possam estar em conflito com os

interesses da entidade;

Aceitar nada que possa prejudicar ou aparente

prejudicar o seu julgamento profissional.

Deverão - divulgar todos os factos materiais que

tenham conhecimento e que possam afetar a informação das atividades em análise.

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A independência e objetividade da AI

• Glossário das Normas do IIA • Independência Liberdade de condições que ameacem a capacidade da atividade de AI para cumprir as sus responsabilidades de forma imparcial. • Objetividade Atitude mental imparcial que permite que os auditores internos realizarem os trabalhos de auditoria a terem uma confiança no resultado do seu trabalho e que não haja comprometimento da qualidade. A objetividade exige que os auditores internos não subordinem o seu juízo em matéria de auditoria a outras pessoas. • Impedimentos Os impedimentos à independência organizacional e à objetividade individual poderão incluir: conflitos de interesse pessoais, limitações de âmbito, restrições de acesso aos registos, pessoal e bens e limitação de recursos (financeiros). • Conflito de interesses Qualquer relação que não seja ou aparente não ser do melhor interesse da organização. Um conflito de interesses prejudicaria a capacidade de um indivíduo desempenhar objetivamente os seus deveres e responsabilidades.

•Prejuízo (impairment) Prejuízo na independência organizacional e na objetividade individual podem incluir conflito de interesses pessoais, limitações de alcance, restrição de acesso aos registos, ao pessoal e às propriedades e limitações na disponibilidade de recursos (financeiros).

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Normas

• NA 1000 – Propósito, Autoridade e Responsabilidade

• O propósito, a autoridade e a responsabilidade da atividade de AI devem estar formalmente definidos em um estatuto de auditoria interna, consistente com a Missão da Auditoria Interna e os elementos obrigatórios da Estrutura Internacional de Práticas Profissionais (Princípios Fundamentais para a Prática Profissional de Auditoria Interna, o Código de Ética, as Normas e a Definição de Auditoria Interna). O CAE deve rever periodicamente o estatuto de auditoria interna e submetê-lo à alta administração e ao conselho para aprovação.

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Guias de implementação

NA 1000 Objetivo,

Autoridade e Responsabilidade

IG 1000 – Objetivo, Autoridade e responsabilidade

IG 1010 – Reconhecimento da definição de auditoria interna , código de ética, e as normas do estatuto da auditoria interna

Normas de Atributo Guias de implementação

Normas Internacionais para a aprática profissional de Auditoria Interna NA e ND

Guia implementação 1000 O estatuto deverá incluir uma secção para: (…) Independência e Objetividade –para descrever a importância da independência e objetividade da auditoria interna bem como elas devem ser mantidas, tais como proibindo a auditoria interna de ter responsabilidade ou autoridade operacional sobre áreas auditadas.

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Normas • Exemplo conteúdo modelo estatuto do guia suplementar do

IIA

(…) Independência e Objetividade O CAE garantirá que a função de auditoria interna permaneça livre de todas as condições que ameacem a

habilidade dos auditores internos de cumprir com suas responsabilidades de forma imparcial, incluindo

questões de seleção, alcance, procedimentos, frequência, cronograma e conteúdo dos relatórios de

auditoria.

Se o CAE determinar que a independência ou objetividade possa ter sido prejudicada de fato ou na

aparência, os detalhes do prejuízo serão divulgados às partes apropriadas. Os AI manterão uma atitude

mental imparcial que lhes permitirá conduzir os trabalhos objetivamente e de forma que acreditem no

resultado de seu trabalho, não comprometendo a qualidade nem subordinem a outras pessoas o seu

julgamento em assuntos de auditoria. (…)

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Normas • Exemplo conteúdo modelo estatuto do guia suplementar do

IIA

(…) Independência e Objetividade

Os AI não terão responsabilidade operacional direta ou autoridade sobre qualquer uma das atividades

auditadas. Da mesma forma, os AI não implementarão controlos internos, não desenvolverão

procedimentos, não instalarão sistemas, nem prepararão registos ou se envolverão em qualquer outra

atividade que possa prejudicar seu julgamento, incluindo:

Avaliar operações específicas pelas quais tenham sido responsáveis no último ano.

Conduzir quaisquer deveres operacionais para a entidade ou seus afiliados.

Iniciar ou aprovar transações externas à função de auditoria interna.

Orientar as atividades de qualquer funcionário da entidade não empregado pela função de AI, exceto

nos casos em que tais funcionários tenham sido devidamente afetos às equipas de auditoria ou a

auxiliar os AI. (…)

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(…) Independência e Objetividade Quando o CAE tem ou espera-se que tenha papéis e/ou responsabilidades externas à AI, será necessário estabelecer salvaguardas para limitar os prejuízos à independência ou objetividade. Os auditores internos irão: Divulgar qualquer prejuízo à independência ou objetividade, de fato ou na aparência, às partes apropriadas. Mostrar objetividade profissional na recolha, avaliação e comunicação de informações sobre a atividade ou processo que

está sendo. Fazer avaliações equilibradas de todos os fatos e circunstâncias disponíveis e relevantes. Tomar as precauções necessárias para evitar ser indevidamente influenciados por seus próprios interesses ou por outros ao

formar seus julgamentos. O CAE confirmará ao [conselho/comitê de auditoria/comitê supervisor], ao menos anualmente, a independência organizacional [do departamento/da atividade] de auditoria interna. O CAE divulgará ao [conselho/comitê de auditoria/comitê supervisor] qualquer interferência, e suas consequências relacionadas, à determinação do escopo da auditoria interna, à condução do trabalho e/ou à comunicação dos resultados.

• Exemplo conteúdo modelo estatuto do guia suplementar do IIA

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Position Paper sobre as três linhas de defesa do IIA

Os auditores internos fornecem ao órgão de governação e à alta administração

avaliações abrangentes baseadas no maior nível de independência e objetividade

dentro da organização.

Esse alto nível de independência não está disponível na segunda linha de defesa.

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NA 1100 – Independência e Objetividade

A atividade de auditoria interna deve ser independente e

Os auditores internos devem ser objetivos ao executar seus trabalhos.

Independência é a imunidade

quanto às condições que

ameaçam a capacidade da

atividade da AI conduzir as

suas responsabilidades de

maneira imparcial.

A objetividade é uma atitude mental

imparcial que permite aos AI executarem os

seus trabalhos de maneira a confiarem no

resultado de seu trabalho e que não seja

comprometida a qualidade do mesmo.

NA 1110 – Independência Organizacional

O CAE deve reportar-se a um nível dentro da organização que

permita à atividade de AI cumprir suas responsabilidades. O CAE

deve confirmar junto ao conselho, pelo menos anualmente, a

independência organizacional da atividade de auditoria interna.

NA 1110.A1 – A atividade de AI deve estar livre de interferências

na determinação do âmbito da AI, na execução dos trabalhos e

na comunicação de resultados. O CAE deve divulgar essa

interferência ao conselho e discutir as implicações. NA 1111 – Interação Direta com o Conselho

O CAE deve comunicar e interagir diretamente

com o conselho

NA 1112 – Papéis do CAE para além da AI

No caso em que o CAE tiver, ou houver a expectativa de ter, papéis e/ou responsabilidades externos à auditoria

interna, devem ser aplicadas salvaguardas para limitar o prejuízo à independência ou à objetividade

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NA 1120 – Objetividade Individual

Os auditores internos devem adotar uma atitude imparcial e isenta e evitar qualquer conflito de interesses

. NA 1130 – Prejuízo à Independência ou à Objetividade

Caso a independência ou a objetividade sejam prejudicadas de fato ou

na aparência, os detalhes de tal prejuízo devem ser divulgados às partes apropriadas. A natureza da divulgação dependerá do tipo de prejuízo.

NA 1130.A1 – Os AI devem abster-se de avaliar operações específicas pelas quais tenham sido responsáveis anteriormente,

nomeadamente se prestar serviços de avaliação (assurance) de uma atividade pela qual o auditor interno tenha sido

responsável durante ano anterior.

NA 1130.A2 – Os trabalhos de avaliação (assurance) de funções pelas quais o CAE tenha responsabilidade devem ser

supervisionados por uma parte externa à atividade de AI.

NA 1130.A3 – A AI pode prestar serviços de avaliação (assurance) onde anteriormente tenha executado serviços de

consultoria, desde que a natureza da consultoria não tenha prejudicado a objetividade e com a condição de que a

objetividade individual seja gerida na alocação de recursos para o trabalho.

NA 1130.C1 – Os AI podem prestar serviços de consultoria relativos às operações pelas quais tenham sido responsáveis

anteriormente.

NA 1130.C2 – Caso os AI tenham potenciais prejuízos à independência ou à objetividade com relação aos serviços de

consultoria propostos, o cliente da auditoria deve ser informado antes de o trabalho ser aceito.

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É mais fácil medir ou avaliar a independência e implementar salvaguardas para garanti-la do que garantir a

objetividade.

Salvaguardas como relacionamentos de reporte, segregação de tarefas, restrições de responsabilidades,

estrutura de remuneração e ações ou requisitos que evitem conflitos de interesses podem ajudar a melhorar a

independência.

Independência Objetividade

A objetividade, no entanto, é algo sobre a qual o auditor, individualmente, deve prestação de

contas e retém o controlo final.

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Guias de implementação

NA 1100

Independência e Objetividade

(A atividade de auditoria interna deve ser independente e os

auditores internos devem ser objetivos

ao executar seus trabalhos. )

IG 1100 – Independência e Objetividade

IG 1110 – Independência Organizacional IG 1111 – Interação Direta com o Conselho IG 1112 – Funções do CAE para além da auditoria interna IG 1120 – Objetividade individual IG 1130 – Impedimentos à independência e objetividade

Normas de Atributo Guias de implementação

Normas Internacionais para a aprática profissional de Auditoria Interna NA e ND

Estrutura dos Guias 1. Norma a que corresponde o IG 2. Introdução o IG 3. Considerações para a

implementação (como deverá ser implementada)

4. Considerações para demonstrar a Conformidade (evidências)

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Guia de implementação 1100

O CAE trabalha com a alta administração e com o conselho para evitar condições que possam afetar a capacidade da auditoria interna de executar suas responsabilidades de forma imparcial.

O nível hierárquico em relação ao conselho assegura ao CAE acesso direto ao conselho para assuntos sigilosos, bem como o devido status organizacional.

O IIA recomenda o duplo reporte : Administrativamente ao CEO e funcional ao Conselho

O IIA recomenda que o CAE não tenha responsabilidades operacionais além da auditoria interna, uma vez que tais responsabilidades poderiam estar sujeitas a auditorias.

Por vezes o CAE assume determinadas responsabilidades operacionais, tais como a gestão de riscos ou a conformidade com as leis. Nessas situações, o CAE costuma discutir questões de independência e possíveis prejuízos à objetividade com a alta administração e com o conselho, que deverão implantar medidas de precaução para limitar tais prejuízos.

Para administrar a objetividade da auditoria de forma eficaz, muitos CAEs mantêm o manual auditoria interna que descreve as expectativas e os requisitos para se trabalhar com uma mentalidade imparcial.

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O desempenho e as práticas de remuneração podem afetar significativa e negativamente a objetividade de uma pessoa.

Por exemplo, se a avaliação de desempenho, o salário ou benefícios de um auditor se basearem em questionários de avaliação de satisfação do cliente, o auditor interno pode hesitar em relatar resultados negativos que possam levar o cliente a reportar baixa satisfação. Portanto, o CAE deve pensar bem antes de preparar seu sistema de avaliação de desempenho e remuneração para a auditoria interna e avaliar se os indicadores utilizados podem representar prejuízos à objetividade do auditor interno. O ideal é que o processo avaliativo promova o equilíbrio entre o desempenho do auditor interno, os resultados da auditoria e os indicadores de feedback do cliente.

Guia de implementação 1100

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Guia de implementação 1110

Para assegurar uma efetiva independência organizacional, o CAE tem uma linha de subordinação funcional direta ao conselho.

A linha de subordinação funcional fornece ao CAE acesso direto ao conselho para questões sensíveis e viabiliza um status organizacional efetivo. Isso garante que o CAE tenha acesso irrestrito ao conselho, tipicamente o nível mais elevado do modelo de governação organizacional. Esta exige que sejam criadas condições de trabalho adequadas, independente e eficaz. Como se nota, o conselho assume a responsabilidade de aprovar o estatuto de auditoria interna, o plano de auditoria interna, o orçamento e o plano de recursos, a avaliação e a remuneração do CAE, e a nomeação e a destituição do CAE. Em acréscimo, o conselho supervisiona a capacidade da auditoria interna de operar com independência. Para isso, o conselho inquire o CAE e os membros da diretoria a respeito do alcance da auditoria interna, das limitações de recursos, ou outras pressões ou prejuízos à auditoria interna.

O CAE também tem uma linha de subordinação administrativa, ou “informal”, a um membro da alta administração (CEO)

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Guia de implementação 1111

O executivo chefe de auditoria deve se comunicar e interagir diretamente com o conselho.

Por exemplo, o CAE pode participar nas reuniões do comitê de auditoria e/ou do conselho, geralmente trimestralmente, para comunicar assuntos como o plano proposto de auditoria interna, orçamento, progresso e quaisquer desafios. O CAE também poderá ter contato com o presidente ou qualquer membro do conselho para comunicar questões ou problemas sensíveis enfrentados pela auditoria interna ou a organização. Normalmente, e pelo menos uma vez ao ano, é realizada formalmente uma reunião privada com o conselho ou o comitê de auditoria e o CAE (sem a presença da alta administração) para debater essas questões ou problemas. Também é útil para o CAE participar periodicamente de reuniões ou telefonemas exclusivos com o presidente do conselho ou do comitê de auditoria, antes das reuniões agendadas ou rotineiramente durante o ano, para garantir uma comunicação direta e transparente.

Os CAEs que não tiverem acesso direto ao Conselho podem considerar o uso de comunicações escritas para o conselho até que seja estabelecido um canal direto de comunicação, segundo exigido pela norma IIA.

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Guia de implementação 1112

Quando o CAE assume as funções e/ou responsabilidades fora da auditoria interna, a independência organizacional da atividade de AI ou a objetividade individual do AI podem ser prejudicados ou podem parecer prejudicadas. Contudo, em determinadas circunstâncias, a alta administração e o conselho podem considerar adequado para a organização expandir a função do CAE além da auditoria interna.

Exemplos atividades para além AI: Um novo requisito regulatório. Atividades de gestão risco para lançamento de negócio. Recursos da organização muito restritos e não tem

compliance separada. Processos que não estão maduros e o CAE tem mais

competências na gestão de risco e ou controlo. Responsabilidades na gestão de risco, projeto, controlos,

compliance.

Importância de salvaguardas tais como as atividades de supervisão, quase sempre empreendidas pelo conselho, para tratar dos prejuízos potenciais para a independência e objetividade do CAE. A Avalição interna e externa é determinante.

Grande relevância para

o Comité de Auditoria

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Guia de implementação 1120

Para implantar esta norma, o CAE deve primeiramente compreender as políticas ou atividades no âmbito da organização e da auditoria interna que possam fortalecer ou enfraquecer essa mentalidade imparcial.

O CAE pode adotar e manter um manual de auditoria interna que descreve as expectativas e os requisitos para se manter uma mentalidade imparcial para cada auditor interno. Por exe: relações familiares, amizades, investimentos, auditorias de funções recentes, etc

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Guia de implementação 1130

A norma exige que o CAE reporte todos os prejuízos à independência ou objetividade reais ou potenciais detetados.

Para compreender e valorizar inteiramente a independência e a objetividade, é importante que o AI considere a perspetiva das diversas partes interessadas e as condições que possam ser consideradas prejudiciais (ou que aparentemente) à independência ou objetividade.

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Exemplos de prejuízos à independência organizacional em auditorias internas incluem os seguintes, que, se ocorrerem, também podem prejudicar a objetividade do auditor: O CAE tem responsabilidade funcional mais abrangente do que a própria auditoria interna, bem como executa

auditoria numa área funcional que também está sob a supervisão do CAE.

O superior hierárquico do CAE tem responsabilidade mais abrangente do que a auditoria interna e o CAE executa a auditoria no âmbito da responsabilidade funcional do próprio superior hierárquico.

O CAE não mantém comunicação direta ou interação com o conselho.

O orçamento da atividade de auditoria interna é reduzido até o ponto de a atividade não conseguir cumprir suas responsabilidades conforme determinadas na norma.

Guia de implementação 1130

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Exemplo de prejuízos à objetividade: Um auditor interno audita uma área que trabalhou recentemente, por exemplo, quando um funcionário se transfere

para o setor de auditoria interna, vindo de uma área funcional diferente da empresa e, em seguida é designado para auditar o seu setor de origem. (A norma de auditoria interna 1130.A1 trata especificamente dessa situação).

Um auditor interno audita uma área em que um parente ou amigo está alocado.

Um auditor interno presume, sem evidências, que uma área que está sendo auditada efetivamente mitigou riscos, baseado simplesmente em uma auditoria positiva anterior ou em experiências pessoais (p. ex. falta de ceticismo profissional).

Um auditor interno modifica a abordagem planeada ou os resultados com base em influência devida de outra pessoa, geralmente alguém hierarquicamente superior ao auditor, sem a devida justificativa.

Guia de implementação 1130

Prejuízo não é real, mas pode ser percebido como tal, o CAE leva a questão a reunião de

planeamento operação.

O CAE acredita que o prejuízo é real e está afetando de fato a capacidade da AI de executar suas obrigações de forma independente e objetiva, este deve discutir o prejuízo com a alta administração e com o conselho e buscar apoio para solucioná-lo.

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Outros documentos relevantes do IPPF relacionados independência e Objetividade

• Guia prático geral-Independência e objetividade (IIA, Guias Suplementares, 2011)

• Guia prático geral-IPPF nas pequenas atividades de AI (IIA, Guias Suplementares, 2011)

• O papel da AI no ERM (IIA, Position paper, 2009)

• As três linhas de defesa na gestão eficaz dos riscos e controlo (IIA, Position paper, 2013)

• Guia prático geral – A auditoria interna e a segunda linha de defesa, (IIA, Guias Suplementares, 2016)

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Guia prático geral-Independência e objetividade

Riscos associados à independência Ações de controlo dos riscos

Auditoria interna fornece serviços de avaliação e consultoria a diversos grupos. Não ter acesso direto e irrestrito ao órgão máximo gestão

Ambiente com um sistema forte de governação organizacional

Auditoria com um papel amplo de avaliação e consultoria.

Estatuto de auditoria interna

A não existência de reporte adequado ou insuficiência de reporte

Posição e politicas organizacionais

Relatórios de auditoria sujeitos a interferências e pressões da gestão

Práticas de contratação e compensação

A Auditoria não tem status organizacional nem autonomia suficientes

Sucbontratação

A gestão pode afetar o alcance da auditoria e exercer influencia ou encobrir as divulgações de auditoria

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Riscos associados à Objetividade Ações de controlo dos riscos

Pressão social Incentivos / Recompensas

Interesse económico Utilização de equipas

Relacionamento pessoal Rotação/Redesignação

Familiaridade Formação

Preconceito cultural, racial e de género Supervisão / revisão

Inclinações cognitivas Avaliação da qualidade

Auto revisão Práticas de contratação

Ameaças de intimidação

Ameaças de Advocacia

Outsourcing

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Modelo para avaliar a independência e objetividade

Identificar as ameaças (Riscos);

Avaliar o impacto das ameaças (riscos);

Identificar fatores mitigantes desses riscos;

Avaliar a ameaça (risco) residual;

Gerir as ameaças (riscos) residuais:

Avaliar a presença de ameaças não resolvidas;

Determinar as consequências de reporte e documentação;

Rever e monitorizar

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Muito Obrigada pela atenção

e Parabéns IIA Angola

[email protected]

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