a importÂncia da infraestrutura de saneamento bÁsico

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IV EREEC Teresina - PI 15 a 17 de agosto de 2018 A IMPORTÂNCIA DA INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO BÁSICO: ABASTECIMENTO DE ÁGUA, ESGOTAMENTO SANITÁRIO E DRENAGEM URBANA Sandro Almeida Paz Filho ([email protected]) Rebeka Manuela Lobo Sousa ([email protected]) Francisco Serafim Filho (serafi[email protected]) Annamaria Faria de Carvalho Loureiro ([email protected]) Laydson Moura Fernandes Amorim ([email protected]) Resumo: A pesquisa tem como objetivo analisar a importância da infraestrutura de saneamento básico para a população, meio ambiente e planejamento urbano, com o intuito de se obter uma perspectiva geral sobre o tema e definir algumas possíveis soluções para os problemas encontrados. Com relação ao método utilizado, é uma pesquisa qualitativa, explicativa e de natureza aplicada, onde foram feitas pesquisas documentais e de campo. Tem como população os sistemas de saneamento básico e como amostra os sistemas de saneamento básico do município de Esperantina-PI. Foi explanado no trabalho como a infraestrutura de saneamento do município se encontra e seus desafios, especificando uma estimativa do crescimento populacional no decorrer dos anos, a porcentagem da cobertura dos serviços, a falta de manutenção e a disfuncionalidade de alguns dispositivos prejudicando a qualidade de vida da população e do meio ambiente, assim como as soluções que devem ser implantadas para se ter uma infraestrutura de qualidade e que suporte a demanda sem trazer quaisquer problemas para o planejamento urbano do município. Assim, foi esclarecido o quão importante é a infraestrutura de saneamento básico para que a cidade continue crescendo com responsabilidade, trazendo melhorias na qualidade de vida da população, com um planejamento urbano adequado e respeitando o meio ambiente. Palavras-chave: Abastecimento de água. Esgotamento sanitário. Drenagem urbana. INTRODUÇÃO As técnicas e sistemas de saneamento básico vêm sendo realizadas desde o surgimento do homem na Terra, pois ele precisou aprender e praticar essas técnicas para aumentar as suas chances de sobrevivência no planeta, evitando o aparecimento de futuras patologias em seu organismo, e com isso aumentando o seu tempo de vida. Diante disso, o conceito de saneamento vem sendo construído ao longo da história da civilização hu- mana, em função do avanço do conhecimento e das condições de vida da população de cada época, o mesmo é conceituado como o conjunto de práticas socioeconômicas que tem o intuito de promover a sociedade salu- bridade ambiental, por meio da utilização de vários serviços, infraestruturas e instalações operacionais, como: abastecimento de água adequado, sistema de esgotamento sanitário, coleta e disposição de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, sistemas de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, controle de doenças, entre ou- tros (BRASIL, 2006a). Com a urbanização e o aumento da população nas cidades, ocorreu paralelamente um acréscimo de re- jeitos sólidos e líquidos, sendo estes um perigo para saúde da população e do meio ambiente, pois sem siste- mas de coleta de sólidos e tratamento dos líquidos estes rejeitos acabam voltando diretamente para as áreas de consumo da população, podendo trazer vários tipos de doenças aos consumidores e gerando graves problemas ao meio ambiente (BRASIL, 2015). Revista FENEC - 2(2): 15-26, agosto/setembro, 2018 15

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IV EREECTeresina - PI

15 a 17 de agosto de 2018

A IMPORTÂNCIA DA INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO BÁSICO: ABASTECIMENTO DE ÁGUA, ESGOTAMENTO SANITÁRIO E

DRENAGEM URBANA

Sandro Almeida Paz Filho ([email protected])Rebeka Manuela Lobo Sousa ([email protected])

Francisco Serafim Filho ([email protected]) Annamaria Faria de Carvalho Loureiro ([email protected])

Laydson Moura Fernandes Amorim ([email protected])

Resumo: A pesquisa tem como objetivo analisar a importância da infraestrutura de saneamento básico para a população, meio ambiente e planejamento urbano, com o intuito de se obter uma perspectiva geral sobre o tema e definir algumas possíveis soluções para os problemas encontrados. Com relação ao método utilizado, é uma pesquisa qualitativa, explicativa e de natureza aplicada, onde foram feitas pesquisas documentais e de campo. Tem como população os sistemas de saneamento básico e como amostra os sistemas de saneamento básico do município de Esperantina-PI. Foi explanado no trabalho como a infraestrutura de saneamento do município se encontra e seus desafios, especificando uma estimativa do crescimento populacional no decorrer dos anos, a porcentagem da cobertura dos serviços, a falta de manutenção e a disfuncionalidade de alguns dispositivos prejudicando a qualidade de vida da população e do meio ambiente, assim como as soluções que devem ser implantadas para se ter uma infraestrutura de qualidade e que suporte a demanda sem trazer quaisquer problemas para o planejamento urbano do município. Assim, foi esclarecido o quão importante é a infraestrutura de saneamento básico para que a cidade continue crescendo com responsabilidade, trazendo melhorias na qualidade de vida da população, com um planejamento urbano adequado e respeitando o meio ambiente. Palavras-chave: Abastecimento de água. Esgotamento sanitário. Drenagem urbana.

INTRODUÇÃO

As técnicas e sistemas de saneamento básico vêm sendo realizadas desde o surgimento do homem na Terra, pois ele precisou aprender e praticar essas técnicas para aumentar as suas chances de sobrevivência no planeta, evitando o aparecimento de futuras patologias em seu organismo, e com isso aumentando o seu tempo de vida. Diante disso, o conceito de saneamento vem sendo construído ao longo da história da civilização hu-mana, em função do avanço do conhecimento e das condições de vida da população de cada época, o mesmo é conceituado como o conjunto de práticas socioeconômicas que tem o intuito de promover a sociedade salu-bridade ambiental, por meio da utilização de vários serviços, infraestruturas e instalações operacionais, como: abastecimento de água adequado, sistema de esgotamento sanitário, coleta e disposição de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, sistemas de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, controle de doenças, entre ou-tros (BRASIL, 2006a).

Com a urbanização e o aumento da população nas cidades, ocorreu paralelamente um acréscimo de re-jeitos sólidos e líquidos, sendo estes um perigo para saúde da população e do meio ambiente, pois sem siste-mas de coleta de sólidos e tratamento dos líquidos estes rejeitos acabam voltando diretamente para as áreas de consumo da população, podendo trazer vários tipos de doenças aos consumidores e gerando graves problemas ao meio ambiente (BRASIL, 2015).

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Ainda, o crescimento desordenado das cidades propiciou a invasão de áreas inadequadas que não pos-suem potencial em suas características ambientais para urbanização. Esta por sua vez, pode atingir a quali-dade de vida dos seres humanos pela associação de problemas como: risco de inundações, deslizamentos e falta de condições sanitárias. Esses problemas são encontrados no próprio ambiente construído, mas trans-cendem sua forma física, potencializando demandas sociais, culturais, econômicas e históricas (ANDREO-LI; WILLER, 2005).

Diante disso, chega-se ao seguinte objetivo para esta pesquisa: Analisar a importância da infraestrutura de saneamento básico para a população, meio ambiente e planejamento urbano.

1. REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 Água

A água é considerada o recurso natural mais importante para o ser humano, pois sem água não existe vi-da! Ela é responsável pelo equilíbrio da comunidade viva da qual fazemos parte, ou seja, é um material indis-pensável para a vida no planeta, pois sem ela os animais e os vegetais não sobreviveriam. Ao longo da história do homem, foram aumentando as necessidades do uso da água, tornando-se mais diversificadas e exigentes quanto a qualidade e quantidade. Com o desenvolvimento das cidades, a população passou a exigir mais quali-dades nos serviços de saneamento básico, principalmente nos sistemas em que necessitavam de uma água lim-pa e potável (SILVA; SILVA; PIRES, 2014).

Em 1997 entrou em vigor a Lei das Águas, Lei nº 9.433/1997. Segundo esta Lei, a água é um recurso natural limitado, sendo este dotado de valor econômico. Ela prevê que a gestão dos recursos hídricos deve pro-porcionar diversos usos para as águas, de forma descentralizada e participativa, contando com o apoio da ges-tão pública e da sociedade. Também determina que a água terá uso prioritário para o consumo humano e para suprir a cede dos animais em caso de escassez (BRASIL, 2017b).

1.2 Políticas Públicas

Políticas públicas são ações administrativas legais que estabelecem princípios, diretrizes e regras bus-cando soluções especificas para um determinado problema. São normalmente de competência governamentais e jurídicas. O planejamento público pode ser considerado como uma política pública, ou seja, o plano de sa-neamento básico é um documento que informa os diagnósticos de problemas de uma determinada região e em seguida apresenta as possíveis diretrizes a serem seguidas pelo poder público e pela população para tornar-se possível resolução do problema em questão (FONTE, 2015).

Ou seja, as intervenções do estado por meio de políticas públicas têm uma função essencial de propor-cionar e regular condições de construção e manutenção de um sistema de saneamento básico de qualidade para população, porem nos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos ainda há um grande déficit na cober-tura destes serviços devido à falta de interesse dos gestores com a população e a escassez de recursos naturais e financeiros (BRASIL, 2009a).

O fornecimento de água potável, o tratamento de esgotos, a drenagem urbana e a coleta do lixo são medidas de saneamento básico realizadas pelos órgãos governamentais e as concessionárias em prol da po-pulação, com o intuito de evitar a contaminação do ambiente, protegendo a saúde humana e a vida de outras espécies (PIAUÍ, 2017).

1.3 Infraestruturas de saneamento básico

O sistema de abastecimento de água é definido como um conjunto de infraestruturas, obras civis, equi-pamentos e materiais destinados a disponibilizar o acesso aos serviços de abastecimento de água potável para áreas com o maior alcance possível, sob a responsabilidade do poder público, sem haver interferências cons-tantes durante a distribuição. Este sistema pode ser realizado de diversas maneiras, como: através da capta-ção de mananciais superficiais, tratamento nas ETA’s e distribuição em uma região, efetuada comumente pela concessionária; pela captação de águas subterrâneas, executada geralmente pela própria população, ao perfu-

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rar um poço em uma residência; e pela captação das águas provenientes das chuvas, através de sistemas de drenagens instalados na cobertura de residências e prédios comerciais, na qual estes sistemas trabalhando em conjunto promovem o escoamento da água da chuva por tubulações até armazenamento da mesma em cister-nas (BRASIL, 2014).

Livros, revistas, jornais e programas de rádio e televisão, expõem constantemente o enorme déficit no atendimento ao esgotamento sanitário nos últimos anos, embora tenha ocorrido a melhoria de alguns indicado-res da população atendida por redes coletoras e por sistemas de tratamento dos esgotos, ainda assim, são bai-xos os índices de cobertura. A falta dessa infraestrutura é uma das principais causas de doenças que acometem a população, principalmente daquelas com renda familiar baixa, que vivem em condições mais precárias que a maior parte da população do País. Uma sugestão para se obter a melhoria da qualidade de vida da população seria a implantação desse sistema. Para entender melhor como funciona o sistema de esgotamento sanitário conceitua-se como um aglomerado de obras de engenharia, instalações e serviços destinados à coleta, o trans-porte, o tratamento e a disposição final dos efluentes gerados pela população (BRASIL, 2008c).

O escoamento superficial é a fase de maior apego para os setores de drenagem urbana dos municípios brasileiros, devido sua ligação direta com o controle de inundações e a erosão do solo. Além disso, quando a água é precipitada e escoa pela superfície, transporta consigo cargas poluentes, cujo consumo ou contato com a pele pode trazer diversas doenças, que podem ser simples alergias ou até mesmo graves infecções, principal-mente quando essa água entra em contato com o esgoto (CARVALHO; SILVA, 2006).

Segundo Baptista e Nascimento (2002), ao longo da história sempre houve ligação entre as cidades e os cursos d’água. A proximidade entre eles é tida como fator de desenvolvimento e segurança. Os rios fornecem água para abastecimento, serve para comunicação, transporte e comércio, gera energia natural e ainda auxilia no despejo de resíduos. Com o aumento da população veio a precariedade da infraestrutura de controle da pre-sença de águas nas cidades, tanto as do meio natural quanto as águas de origem pluvial e as águas servidas, re-sultando em algumas dificuldades e desconforto para toda a sociedade, como:

y Maiores vazões dos cursos de água; y Desequilíbrio e degradação do meio ambiente; y Problemas de escassez de água; y Aumento nos custos para o tratamento da água; y Acréscimo na produção de lixo (resíduos sólidos) sem disposição final adequada; y Aumento da sedimentação do solo devido falta de proteção de sua superfície.

Minimização da qualidade da água, devido ao transporte de materiais sólidos e esgoto sanitário através dos córregos de águas pluviais.

Com esses impactos, tornam-se cada vez mais necessário a adoção de medidas não estruturais como di-retrizes, instrumentos, ações e programas destinados a promoção do saneamento básico permitindo o uso ade-quado dos recursos hídricos, além de medidas estruturais como infraestruturas de drenagem urbana, de modo a garantir cidades mais saudáveis e com melhor qualidade de vida. Para especificar melhor, temos que as me-didas não estruturais são aquelas em que o homem usa para conviver com o curso d’água e as medidas estrutu-rais são construções realizadas pelo homem que servem para alterar o local por onde a água irá escoar (SILVA; HORA, 2013).

Se tratando das medidas estruturais, elas se dividem em sistemas clássicos, centrados na filosofia do rá-pido escoamento das águas pluviais, e nas técnicas alternativas ou compensatórias, que possuem como obje-tivo a proteção de cursos d’água e a valorização das águas como elementos integrantes da paisagem urbana (BRASIL, 2007e).

2. METODOLOGIA

Sendo esta, uma pesquisa de abordagem qualitativa, pois discute a importância da infraestrutura de Sa-neamento Básico para a população e meio ambiente. Com a intenção de se obter qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente nos municípios, devem ser consideradas todas as fases dos sistemas de saneamento básico desde os mais preliminares do planejamento das obras de engenharia em todas as dimensões envolvidas (cul-turais, sociais, técnicas, ambientais, econômicas, políticas, entre outras) até a utilização e manutenção dos ser-

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viços oferecidos para a população, como os serviços de saúde, educação, distribuição de água tratada, coleta de água servida, coleta de lixo, etc. (FANTINATTI; FERRÃO; ZUFFO, 2015).

A natureza será de forma aplicada no decorrer dessa pesquisa, pois ela terá uma aplicação prática em alguns bairros do município de Esperantina-PI, onde será possível identificar os problemas de engenharia, no que se refere ao tema abordado, buscando assim a solução para os mesmos (GERHARDT; SILVEIRA, 2009).

Esta pesquisa tem a preocupação em identificar e explicar a importância da infraestrutura de Saneamen-to Básico para a população, meio ambiente e planejamento urbano. Com isso pode se dizer que esta pesquisa tem objetivos explicativos, pois ela procura se aprofundar no conhecimento sobre o tema, explicando a razão dos problemas relacionados ao saneamento dos municípios (GIL, 2008).

Os procedimentos que foram realizados nesse trabalho são: pesquisas documentais, voltada para a aná-lise de documentos e projetos emitidos pelos órgãos responsáveis pelo saneamento básico do município; pes-quisas de campo, na qual será observado o local estudado pessoalmente (GIL, 2002).

Esta pesquisa foi realizada utilizando critério de saturação, ou seja, ela teve população e amostra qua-litativa, na qual foi feita a coleta de dados durante visitas de campo. A população a ser objeto de estudo foi os sistemas de saneamento básico (abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem urbana).

Esperantina é um município com topografia acidentada, onde são distribuídos 16 bairros em sua zona urbana e a zona rural como é uma área bastante extensa é composta por 128 localidades. Tem como principais logradouros a Avenida Petrônio Portela, rua Coronel Jose Fortes e a rua Patriotino Lages, onde se encontram no centro da cidade, sendo as vias de acesso mais utilizadas pela população principalmente para o comércio.

Se tratando dos recursos hídricos, o município de Esperantina é banhado pelo Rio Longá e tem como um dos seus principais pontos turísticos a cachoeira do urubu. E como essa pesquisa trata das infraestruturas de saneamento e a sua importância para a população, meio ambiente e o planejamento urbano, determina-se que a amostra a ser estudada são os sistemas de saneamento básico do município de Esperantina sendo estes o abastecimento de água, o esgotamento sanitário e a drenagem urbana.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Situação atual da infraestrutura e seus possíveis desafios

Com o constante desenvolvimento das cidades em todo o Brasil, mesmo quando a economia está em cri-se, vem sendo necessário a implantação de intervenções na área de saneamento básico, para que a população e o meio ambiente não alcancem resultados negativos desse desenvolvimento.

O município de Esperantina é uma dessas cidades que se encontra em constante desenvolvimento no Brasil. De acordo com o IBGE a população de Esperantina teve um aumento significativo entre os anos de 2000, 2007, 2010 e 2017, apresentados no Gráfico 1, onde se constata uma necessidade da criação e ampli-ficação de edificações públicas e privadas em todo o município para satisfazer a necessidades da população.

Gráfico 1. Crescimento populacional no município de Esperantina

Fonte: Adaptada IBGE (2018).

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A medida em que a população esperantinense cresce, aumentam-se também o número de residências, comércios, indústrias, etc., e com isso torna-se indispensável a construção e ampliação das infraestruturas e sistemas de saneamento básico no município, pois essa situação gera uma precisão da distribuição de água po-tável, disposição final dos esgotos e das águas da chuva, pavimentação das ruas, coleta de lixo, além de servi-ços destinados diretamente a saúde, educação e de assistência a comunidade.

Atualmente o município de Esperantina possui uma cobertura de abastecimento de água de 84,0% na zo-na urbana e 61,3% na zona rural, onde é composta por infraestruturas de ETA, sistemas de distribuição, poços tubulares, poços cacimbão e cisternas geralmente usados na zona rural.

Diferentemente da zona rural onde tem o abastecimento de água realizado na maioria das vezes através da utilização de estruturas simples como poços e cisternas, a zona urbana do município de Esperantina possui uma estrutura mais variável, onde além de ainda existir o uso dos poços, também já é feito o tratamento e dis-tribuição da água que é captada no Rio Longá, que é a principal fonte de abastecimento do município.

Figura 1. Vista frontal da Estação de Tratamento de Esperantina

Fonte: Por Autores (2018).

Se tratando ainda do abastecimento de água na zona urbana do município, o mesmo tem como principal responsável a Águas e Esgotos do Piauí S/A (AGESPISA), uma sociedade de economia mista, pessoa jurídica de direito privado, que tem o Governo do Estado do Piauí como acionista majoritário. Como exposto na figura acima o sistema de abastecimento na zona urbana conta com a existência de uma ETA.

A ETA da AGESPISA no município de Esperantina foi construída em 1982 com sistema convencional. E a última reforma realizada nas instalações da estação de tratamento ocorreu no ano de 2007.

De acordo com Esperantina (2014), o dimensionamento da vazão captada do rio Longá encontra-se in-suficiente para o consumo da população esperantinense por conta do significativo aumento no número de ha-bitantes no município.

A estação de tratamento, além de ser composta pelos dispositivos de tratamento convencionais, também contém em suas instalações uma balança de cloro gasoso, que se encontra inutilizável desde a sua aquisição e um laboratório destinado a verificação dos parâmetros de qualidade da água, porém o mesmo não tem seu de-sempenho como previsto, já que o único dispositivo utilizado para obter as informações sobre a qualidade da água é um aparelho destinado identificar as condições de turbidez da água.

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Figura 2. Balança de gás cloro

Fonte: Por Autores (2018).

Figura 3. Turbidímetro

Fonte: Por Autores (2018).

Ela também tem como parte da sua estrutura um reservatório elevado com capacidade total de 800.000 (oitocentos mil) litros de água, onde a mesma é distribuída pelas tubulações, através de gravidade para a maior parte da zona urbana do município.

Figura 4. Reservatório

Fonte: Por Autores (2018).

Para o transporte e armazenamento dos produtos químicos a serem dissolvidos na água captada, a esta-ção de tratamento conta com um elevador e um depósito, contudo, tanto o elevador quanto o depósito não são mais utilizados corretamente, já que o elevador se encontra danificado e o deposito foi alterado sua funciona-lidade quando a AGESPISA propôs uma mudança nos tanques onde iriam ser dissolvidos os produtos para o tratamento.

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Figura 5. Elevador de carga

Fonte: Por Autores (2018).

Figura 6. Depósito de produtos químicos

Fonte: Por Autores (2018).

Ao observar a Figura 6 acima e a Figura 7 apresentada a seguir, é possível notar que com a mudança de funcionalidade do depósito, o armazenamento do hipoclorito de cálcio, que por sua vez é o único produto químico utilizado para tratar a água que será destinada ao consumo da população esperantinense, passou a ser feito na entrada do prédio da ETA, onde não se tem nenhuma proteção e os galões do produto ficam expostos ao sol o dia inteiro.

Com isso já é possível notar o tamanho do descaso que a AGESPISA e consequentemente o governo do estado tem com o tratamento da água destinada a população de Esperantina. Além de não ter outros materiais, com quantidades suficientes para o tratamento, a estrutura da estação de tratamento ainda se encontra em pés-simas condições devido à falta de manutenção.

Figura 7. Hipoclorito de Cálcio

Fonte: Por Autores (2018).

Vale ressaltar também que a zona urbana de Esperantina, em sua maioria, tem sistema de distribuição da água que vem desde a ETA até a porta das residências e comércios. Porém também é importante citar que um dos grandes desafios dos esperantinenses é a falta de manutenção da tubulação de distribuição.

Quando ocorre alguma patologia na tubulação de abastecimento devido fatores externos ou internos, a AGESPISA é a responsável por realizar este reparo dessa tubulação como mostra na Figura 8, entretanto esse serviço de reparo geralmente causa um grande transtorno para o planejamento urbano, já que a maioria das ru-as da cidade são estreitas e quando é feito um reparo como esse gera um desconforto no trânsito.

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Figura 8 Manutenção da Infraestrutura de Distribuição de Água

Fonte: Por Autores (2018).

A estrutura de esgotamento sanitário do município de Esperantina em sua grande maioria é composta por sistemas individuais, pois são sistemas de menor custo, possibilitando a própria população de implantar este tipo de sistemas em suas residências e comércios.

O sistema individual, além de ser de fácil construção e consequentemente necessitar de um menor nú-mero de mão de obra, tem um baixo custo com sua implantação, operação e manutenção. Porém, também há grandes desvantagens no uso desse tipo de sistema, gerando maior risco de contaminação do lençol freático, pode prejudicar o solo, tem pouca eficiência no tratamento das águas servidas e não gera empregos para o mu-nicípio, já que não se faz necessário a contratação de muitos funcionários para a implantação e manutenção do serviço.

Em algumas regiões do município de Esperantina onde não se encontra sistema individual de esgota-mento sanitário é possível visualizar o lançamento de esgotos à céu aberto, poluindo o meio ambiente e geran-do assim graves problemas para a população que reside próximo ao efluente.

Figura 9. Esgoto lançado à céu aberto

Fonte: Por Autores (2018).

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Segundo Esperantina (2014), a Secretaria Municipal de Saúde, através de informações coletadas no Sis-tema de Informação de Atenção Básica (SIAB), constatou que na zona urbana 87,61% das residências possui sistema de esgotamento individual e 12,38% é lançado em via pública diretamente e sem nenhum tratamento anterior. Na zona rural o uso de banheiros internos e sistema de esgotamento é ainda mais reduzido com uma porcentagem de 23,39% dos domicílios e o restante, equivalente a 70,61%, é feito o descarte dos esgotos a céu aberto ou em valas de infiltração com pequenas profundidades.

Figura 10. Esgoto lançado em via pública

Fonte: Por Autores (2018).

Como não existe ETE no município de Esperantina há uma grande tendência ao risco de contaminação de doenças pela população e de destruição do meio ambiente exposto ao esgoto, fazendo-se necessário a cons-trução de infraestrutura que façam a coleta e o tratamento dos esgotos sanitários.

Um dos principais causadores de cheias urbanas é o dimensionamento inadequado ou até mesmo a falta do sistema de drenagem das águas da chuva. O município de Esperantina tem como um notável corpo recep-tor das águas pluviais, o rio Longá, responsável pelo abastecimento e pela macrodrenagem natural de algumas cidades da região dos cocais.

Figura 11. Vista do Rio Longá próximo a ETA

Fonte: Por Autores (2018).

Figura 12. Vista do Rio Longá próximo da Ponte

Fonte: Por Autores (2018).

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No município de Esperantina, assim como na maior parte dos municípios brasileiros, o planejamento urbano possivelmente não ocorreu de forma integrada, e o resultado se reflete em graves deficiências que de-mandam soluções complexas e altos investimentos.

Figura 13. Cruzamento entre a BR-222 e Av. Petrônio Portela

Fonte: Por Autores (2017).

Figura 14. Trecho da Avenida de Esperantina

Fonte: Por Autores (2018).

No momento o município de Esperantina não tem plano diretor, o que dificulta um pouco mais a situa-ção do sistema de drenagem, onde é importante salientar que os componentes do mesmo são restritos, estando dispostos apenas na região urbana e em poucas localidades somente em pontos estratégicos.

3.2 Possíveis soluções para o Sistema de Saneamento Básico

Como exposto anteriormente o município de Esperantina encontra-se com bastantes problemas relacio-nados ao saneamento básico, começando pelo abastecimento de água, na qual foi construída há alguns anos atrás uma infraestrutura destinada ao tratamento da água para o consumo humano, entretanto nos dias atuais ela se encontra em “estado de abandono”, pois o órgão responsável já não faz manutenção e reparo da ETA a um bom tempo.

A solução para este problema no sistema de abastecimento é a empresa responsável relembrar o com-promisso que ela tem com a população e voltar a fazer as devidas reformas na ETA para que se tenha um ser-viço bom e uma água de qualidade. É recomendado também que se redimensione o sistema de abastecimento de Esperantina, devido ao grande crescimento populacional ao longo dos anos no município, ampliando assim a oferta dos serviços e diminuindo as perdas de água durante o processo de distribuição.

Tendo em vista o percentual bastante considerável da quantidade de habitantes no município é importan-te que a gestão municipal e a população requeiram dos governos estaduais e federais maiores investimento no âmbito do saneamento básico para que possa ser realizada a construção de um sistema de esgotamento sanitário coletivo e consequentemente obter a redução nos índices de doenças transmitidas através do esgoto sanitário.

Hoje em dia o município de Esperantina já possui um projeto de esgotamento sanitário, contendo plan-tas, memoriais, orçamentos, requerimento de licenças, entre outros, onde nele é detalhado quais as estruturas que irão compor o sistema quando for executado, como redes coletoras, estações elevatórias, lagoas facultati-vas primarias e secundarias e as lagoas de maturação.

Ou seja, a atual gestão municipal já está tomando as devidas providências quanto a construção de infra-estruturas para o esgotamento sanitário e com o tempo, além do funcionamento adequado da mesma, deverão

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ser feitas manutenções do sistema de acordo com o previsto em projeto e aplicadas políticas públicas para que a população possa se adaptar ao novo modelo de esgotamento sanitário.

E para o sistema de drenagem urbana de Esperantina, é indicado a execução de novas obras de macro e micro drenagem e recuperação das infraestruturas já existentes. É preferível que a execução das obras de dre-nagem seja feita junto a de esgotamento sanitário, gerando economia com escavação e evitando maiores con-tratempos no trânsito.

De acordo com Esperantina (2014), a prefeitura municipal, por meio da Secretaria de Infraestrutura re-aliza os serviços de varrição e capina para limpeza das ruas e ao mesmo tempo fazem a manutenção dos siste-mas de drenagem na zona urbana, assim como também fazem a recuperação de passagens molhadas na zona rural. No entanto as infraestruturas encontradas na zona urbana não suportam a demanda e com isso se faz ne-cessário o redimensionamento dos sistemas de drenagem levando em conta a intensidade de precipitação no período mais chuvoso e sem a interferência de esgotamento sanitário.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através dos estudos foi possível atingir o objetivo geral da pesquisa, analisando o quão importante são as infraestruturas de saneamento básico para a população, meio ambiente e planejamento urbano, por meio da caracterização dos serviços e com a identificação dos desafios, em busca das melhores soluções para o funcio-namento adequado dos serviços de saneamento básico no município de Esperantina gerando assim, melhoria na qualidade de vida da população, respeitando o meio ambiente e garantindo o crescimento da cidade com responsabilidade.

Contudo, é inegável a importância do saneamento básico para o município de Esperantina, já que o mes-mo não interfere apenas na saúde da população, mas também no mercado imobiliário e turístico, na mobilida-de urbana, na educação e no desenvolvimento da cidade como um todo. Quando ocorre algum problema ou até mesmo a inexistência dos serviços de saneamento, gera-se um grande transtorno no dia-a-dia da sociedade e a alternativa para solucionar é advinda não só dos órgãos governamentais, mas de um trabalho conjunto com toda a população.

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