a importância do treinamento técnico na construção
DESCRIPTION
A segurança do trabalho tornou-se uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento das indústrias e mesmo da sociedade, a construção civil não difere desta realidade. A maneira, porém, de alcançar esta segurança é o que difere nos distintos setores industriais. Este trabalho tem por objetivo demonstrar a importância do treinamento aos trabalhadores da indústria da construção civil, expostos à riscos de quedas de altura, como forma de aumentar o conhecimento destes quanto ao uso adequado dos equipamentos de proteção. Para tanto, a primeira etapa do trabalho apresenta a ciência utilizada para o desenvolvimento das ações relativas ao treinamento, além de dados sobre a prevenção na construção civil. O desenvolvimento prático é realizado através de um estudo de caso aplicado em numa empresa da construção civil do município de Tubarão-SC. Contando com um questionário para a identificação das necessidades de melhoria na percepção dos trabalhadores quanto a prevenção de acidentes ocasionados por queda em altura. Este questionário possibilita a preparação do treinamento, o qual é aplicado na obra possibilitando, através de uma verificação posterior a conclusão do objetivo.TRANSCRIPT
A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO TÉCNICO NA CONSTRUÇÃO
CIVIL, EM ATIVIDADES COM RISCOS DE QUEDAS DE ALTURA
RESUMO
A segurança do trabalho tornou-se uma ferramenta indispensável para o
desenvolvimento das indústrias e mesmo da sociedade, a construção civil não
difere desta realidade. A maneira, porém, de alcançar esta segurança é o que
difere nos distintos setores industriais. Este trabalho tem por objetivo
demonstrar a importância do treinamento aos trabalhadores da indústria da
construção civil, expostos à riscos de quedas de altura, como forma de
aumentar o conhecimento destes quanto ao uso adequado dos equipamentos
de proteção. Para tanto, a primeira etapa do trabalho apresenta a ciência
utilizada para o desenvolvimento das ações relativas ao treinamento, além de
dados sobre a prevenção na construção civil. O desenvolvimento prático é
realizado através de um estudo de caso aplicado em numa empresa da
construção civil do município de Tubarão-SC. Contando com um questionário
para a identificação das necessidades de melhoria na percepção dos
trabalhadores quanto a prevenção de acidentes ocasionados por queda em
altura.
Este questionário possibilita a preparação do treinamento, o qual é
aplicado na obra possibilitando, através de uma verificação posterior a
conclusão do objetivo.
Palavras-chave: treinamento, percepção dos trabalhadores e
equipamentos de proteção individual – EPI e coletiva – EPC.
.
INTRODUÇÃO
A construção civil é uma das atividades que nas últimas décadas, obteve
um desenvolvimento bastante acentuado. O desenvolvimento das cidades e o
crescimento da população fizeram com que surgisse uma maior demanda por
habitações e instalações de empresas. Mas, devido ao crescente número de
obras, surgiram também alguns problemas, não somente as construções
desordenadas nos morros e periferias das grandes cidades, mas pela falta da
mão-de-obra especializada, os acidentes de trabalho vêm aumentando, sendo
que os acidentes que ocorrem na indústria da construção civil ultrapassam, em
números, os da indústria em geral.
Um dos fatores que contribuem para o elevado número de acidentes,
além da falta do serviço preventivo, é que a construção civil não é um processo
homogêneo, existe uma diversificação de obras que envolvem um grande
número de atividades.
Enquanto na indústria em geral, o trabalho setorial é dividido, geralmente
os trabalhadores executam praticamente sempre as mesmas atividades, onde
as máquinas, ferramentas e material em geral, estão sempre disponíveis nos
locais de fácil acesso, contribuindo para a redução de riscos de acidentes.
Em trabalhos na construção civil, ocorre o contrário, o trabalho e as
atividades se modificam com o decorrer do tempo e da obra, agravando a
ocorrência de situação de risco. Pode-se citar a construção de um edifício, que,
conforme o avanço da obra, aumentam os riscos de acidentes por quedas de
altura. Esta situação mostra a necessidade de um maior investimento na
segurança dos trabalhadores que executam suas atividades em situação de
riscos de quedas de altura, propondo-se para tanto o treinamento como uma
maneira eficaz de transmitir informações ao trabalhador programado através de
questionário aplicado antes do treinamento, para identificar o grau de
conhecimento dos trabalhadores dos riscos de acidentes por quedas de altura.
Tema
A presente pesquisa trata da importância do treinamento, para
segurança no trabalho da Construção Civil.
Objetivo Geral
Mostrar que o treinamento técnico, de prevenção a quedas de altura,
aumenta o conhecimento para os riscos de acidentes, aos quais os
trabalhadores estão expostos na construção civil, gerando uma modificação na
percepção para o uso adequado do Equipamento de Proteção Individual – EPI
e Equipamento de Proteção Coletiva – EPC.
Objetivos Específicos
Buscar através da revisão bibliográfica referente ao assunto, subsídios
para a realização deste trabalho;
Verificar o conhecimento e a percepção dos trabalhadores quanto aos
riscos em atividades com risco de quedas de altura, através da elaboração e
aplicação de um questionário em uma empresa de construção civil da cidade
de Tubarão;
Treinar trabalhadores expostos a risco de quedas de altura de uma
empresa; e,
4. Verificar a reação dos trabalhadores após o treinamento, através da
aplicação de questionário.
1.4 Justificativa
É incontestável a importância do treinamento técnico para trabalhadores
que executam serviços com o risco de quedas de altura. Principalmente,
sendo este,
no Brasil, o tipo de acidente que ocorre com mais freqüência e com
maior índice de
fatalidade.
As ações deletérias da falta de segurança são conhecidas e debatidas
em
quase todos os paises do mundo, porém, somente uma ação conjunta
do
Estado, trabalhadores e empregadores, fará com que o Brasil saia da
incomoda condição de um dos recordistas mundiais em acidentes e
doenças profissionais; para tal, a elaboração e execução de programas
integrados de prevenção a riscos, bem como o máximo investimento no
desenvolvimento de novos instrumentos de proteção de ordem geral e
métodos laborais, são de suma importância e até emergentes (VIEIRA,
2000, p. 286).
Desenvolver a conscientização para a segurança do trabalho, nos dias
atuais, é mais que uma necessidade. Costa (2002) fala que o
treinamento educa os
trabalhadores, proporcionando-lhe um ambiente de trabalho mais
saudável e
elevando a auto-estima dos profissionais da construção. Ganhos serão
compartilhados entre empresas, profissionais e a sociedade brasileira.
O treinamento e a formação técnica de profissionais, somados à
observância dos fatores humanos relacionados com a segurança, não
podem ser esquecidos, já que contribuem de forma efetiva para a
antecipação e controle dos riscos e agentes agressores ao homem e ao
meio ambiente (VIEIRA, 2000, p. 286).
Novos treinamentos devem ser realizados sempre que necessário e a
cada nova fase da obra. Nesses cursos, o envolvimento do trabalhador
faz com que
o mesmo se motive e execute suas tarefas com maior segurança,
contribuindo para
a melhoria da qualidade e produtividade da empresa.
Para isto, é necessário que os empresários e toda sociedade estejam
conscientes da importância em investimento na segurança, como fator
primordial
para o desenvolvimento do trabalhador e da obra. Além disso,
atualmente os
acidentes em atividades com risco de quedas de altura são os que mais
preocupam
a segurança na construção civil. Medidas de proteção adequadas devem
ser
implantadas para estes trabalhadores, podendo ser o treinamento, uma
fonte
geradora de sensibilização para mudança de atitude.
1.5 Limitações
A abrangência deste trabalho está focada no treinamento como forma de
prevenção a acidentes de trabalho causados por risco de queda em
alturas, em
indústrias da construção civil, na região Sul de Santa Catarina. Devido
ao contexto,
no qual está inserido, este estudo apresenta as seguintes limitações:
A revisão bibliográfica abordada não visa esgotar o assunto e sim
situar o trabalho no contexto teórico, pois há muito material
bibliográfico sobre este assunto que ainda para ser explorado;
Esta pesquisa foi realizada, como estudo de caso, em uma empresa
de
construção civil, situada no município de Tubarão. Por referir-se às
condições geográficas e de cultura local, bem como questões da
política adotada para segurança do trabalho da empresa, não deve ter
seus resultados generalizados e aplicados em outras regiões, sem
avaliação e verificação da região e empresa a ser considerada e suas
variáveis.
1.6 Estrutura do Trabalho
O presente trabalho está estruturado em 05 (cinco) capítulos. No
primeiro
capítulo será apresentada a introdução, onde constam o tema, os
objetivo geral e
específicos, a justificativa para a elaboração do mesmo, suas limitações
e uma breve
descrição de como o trabalho está estruturado.
No segundo capítulo, serão abordados temas importantes, referentes a
segurança na indústria da construção civil, focando atividades
desenvolvidas por
trabalhadores expostos a riscos de quedas de altura. Serão citados
alguns
programas da segurança, as estatísticas de acidentes em atividades
com riscos de
quedas de altura, CIPA, PCMAT, PCMSO e a importância de
treinamento para o uso
dos equipamentos de proteção.
No terceiro será discutida a metodologia utilizada para a elaboração do
trabalho, abordando o tipo de pesquisa escolhida, de que forma foi
determinado o
universo de pesquisa, o estudo de caso e de que maneira foi elaborado
o
instrumento de pesquisa nesta obra.
No quarto, serão apresentados os dados resultantes da pesquisa
realizada na Construtora Elo, empresa da construção civil no município
de Tubarão,
localizado no sul do Estado de Santa Catarina, buscando dados com a
finalidade de
melhor conhecer os trabalhadores da empresa. Seguindo, serão
apresentados os
gráficos referentes à pesquisa e à análise dos resultados obtidos.
No quinto capítulo, serão apresentadas as conclusões obtidas com este
trabalho, e também sugestões para elaboração de futuros trabalhos a
partir deste
mesmo tema, possibilitando um maior entendimento dos fenômenos
envolvidos.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Importância da Indústria da Construção Civil
A indústria da construção civil desempenha um papel fundamental para
o
desenvolvimento do país, com o uso de mão de obra barata é um dos
setores que
mais emprega no Brasil. Pessoas com baixo nível de qualificação estão
inseridas
neste contexto e é por isto, que a cada ano, o setor vem preocupando a
sociedade
com elevados índices de acidentes.
Atualmente, a indústria da construção civil sofreu modificações devido
fatores econômicos. Conforme dados do IBGE (2005), o cenário
macroeconômico foi
marcado por um conjunto de fatores, tais como: racionamento de
energia, taxa de
câmbio e a elevação da inflação fizeram com que o setor apresentasse
saldo
negativo.
Em 2001, a atividade da construção civil já havia acumulado perdas
desde o terceiro trimestre e, em 2002, encerrou o ano com taxa 2,5%
negativa,
conforme dados do IBGE (2005). Na última pesquisa realizada pela
Pesquisa Anual
da Indústria da Construção – PAIC (2005), do total de 123 mil empresas
de
construção, empregaram 1,5 milhões de pessoas e obtiveram receita
total de R$ 86
bilhões, mostrando a queda do setor da construção.
Em contrapartida, de 1996 a 2002, as empresas de médio porte que
empregavam de 100 a 499 pessoas aumentaram sua participação no
faturamento
de 24,8% para 38,7%, segundo a Pesquisa Anual da Indústria da
Construção Civil,
IBGE (2005), o perfil da construção apresentou entre 1996 e 2002,
evidenciando os
resultados com a grande empresa, cedendo espaço para a média e
pequena
empresa.
A construção para entidades públicas perdeu participação no valor total
das
obras executadas pela construção civil, passando de 60,0% do total, em
1996, para 52,4% em 2002. A informação é da Pesquisa Anual da
Indústria
da Construção (PAIC) 2002, do IBGE. O segmento da Construção
Pesada,
analisado em detalhe na pesquisa deste ano, também perdeu espaço,
passando de 51,4% do valor total das obras para 42,8% entre 1996 e
2002.
(IBGE, 2005).
A sociedade brasileira perdeu com esta transformação na indústria da
construção, desacelerando o processo de desenvolvimento, já que
deixou de
construir obras de grande porte, como pontes, estradas, viadutos,
saneamento
básico, etc. Este ano, o Presidente do Brasil Luis Inácio Lula da Silva
liberou verbas
para que obras deste montante venham a ser construídas, como por
exemplo, a
duplicação da BR-101, no trecho Sul de Palhoça (SC) a Osório (RS),
que teve seu
início no começo de 2005.
Com as indústrias de pequeno e médio porte dominando o mercado da
construção civil, surge a terceirização da mão de obra e com isto uma
dificuldade de
prevenção de acidentes. Os empregados não estão vinculados às
empresas, por isto
não recebem treinamento e não tem responsabilidade com a empresa
que os
contrata.
O grande problema de algumas etapas da obra serem terceirizadas
acaba
criando uma confusão na cabeça do próprio funcionário. Estes
funcionários
acabam se perguntando, quem será responsável pela segurança? A
responsabilidade deveria ser de todas as empresas presentes na obra,
mas
cada empresa acaba responsabilizando a outra, para não haver
caracterização da mesma caso aconteça algum acidente.
(SILVÉRIO,1982)
É evidente que o trabalhador sente-se inseguro no seu trabalho, pois
desconhece o seu chefe e até mesmo as regras da empresa em que
trabalha, não
possui vinculo, já que é contratado quando surge trabalho. Além disso, a
própria
empresa assume um alto risco ao contratá-lo, por isto, muitas empresas
não querem
ter responsabilidade caso haja algum acidente.
Segundo Webster (1996) o trabalhador sofre agressões constantes no
meio ambiente, assim a falta de um ambiente de trabalho planejado
deixa muitas
vezes os trabalhadores a mercê da sorte no que se refere à segurança e
à saúde
ocupacional.
A partir deste contexto surgem leis e programas que visam proteger a
saúde e a integridade física dos trabalhadores. Também, o
gerenciamento da
segurança na indústria da construção civil tornou-se inevitável para as
empresas que
zelam pelo seu nome e querem crescer dentro da sociedade brasileira.
2.2 Segurança do Trabalho na Construção Civil
Cruz (1998) cita o art. 196, da Constituição Federal, que o direito a
saúde
é garantido a todos os cidadãos por meio de medidas que visem a
redução do risco
de doenças e outros agravos, além de acesso a ações para sua
proteção e
recuperação. A Segurança do Trabalho é então definida como, “o
conjunto de
medidas que versam sobre condições específicas de instalação do
estabelecimento
e de suas máquinas, visando à garantia do trabalhador contra a natural
exposição
aos riscos inerentes à prática da atividade profissional” (Constituição da
República
Federativa do Brasil, 1988).
Essas medidas, citadas acima, são de exclusiva responsabilidade da
empresa, pois somente é possível garantir a segurança no trabalho,
eliminando ou
minimizando condições inseguras do ambiente de trabalho e ensinando
os
trabalhadores a terem mais cuidado com a sua segurança e saúde.
O trabalhador deve se comportar de acordo com as normas de
segurança
no ambiente e da situação, sendo assim, exercendo o trabalho de forma
mais
correta pode-se evitar atos que possam comprometer a sua segurança e
a de seu
colega.Como isto nem sempre acontece, ocorrem os acidentes, que
poderiam ser
evitados com simples medidas de prevenção.
2.2.1 Acidentes na Construção Civil
Para Cruz (2004), continuamos convivendo no Brasil com uma
alarmante
quantidade de acidentes de trabalho. Em algumas áreas, como por
exemplo, na
indústria da construção civil, um dos mais importantes setores da
economia
nacional, a questão é ainda mais grave que a média das demais
indústrias.
Esta situação preocupa engenheiros e arquitetos porque todos podem
ser
vítimas, diretas ou indiretas, de acidentes graves, estejam ou não eles
trabalhando
diretamente no canteiro de obras. Informação e conscientização não são
problemas
individuais unicamente, sobretudo são problemas coletivos.
A situação tem causado grandes prejuízos econômicos e sociais. Os
problemas econômicos decorrem dos altos custos das indenizações,
diminuição da
produtividade, perdas de equipamentos, de horas de trabalho e
materiais, entre
outros. Já os problemas sociais decorrem das seqüelas, deixadas pelos
acidentes
que causam incapacidade temporária ou permanente, parcial ou total,
quando não
ocorre a situação mais grave, o óbito do trabalhador, uma tragédia para
milhares de
famílias, para os companheiros de trabalho e para as construtoras.
Estas não podem negar que o impacto psicológico de um acidente fatal
no canteiro de obras é devastador para o ânimo e a motivação dos
trabalhadores, e
não raro para a imagem que a empresa levou anos para consolidar.
Apesar de tantas inconveniências, os acidentes continuam acontecendo,
conforme podem ser constatados nos números e nos noticiários. Esses
acidentes,
seguidos de óbitos podem até se tornado menos freqüentes, mas os
acidentes de
menor gravidade são uma rotina nos canteiros de obras que merecem
atenção
individual e responsabilidade coletiva.
Quadro 1 – Acidentes do Trabalho registrados em 2000, 2001 e 2002,
segundo a Classificação
Nacional de Atividades Econômicas em Santa Catarina.
QUANTIDADE DE ACIDENTES DO TRABALHO REGISTRADOS
Motivo
Total
Típico Trajeto
Doença do
Trabalho
CNAE
2000 2001 2002 2000 2001 2002 2000 2001 2002 2000 2001 2002
4511 4 3 3 1 3 2 3 – 1 – – –
4512 26 20 25 24 20 24 2 – 1 – – –
4513 16 34 31 14 31 27 2 3 4 – – –
4521 664 630 822 573 550 746 84 73 59 7 7 17
4522 88 72 72 76 63 65 12 7 5 – 2 2
4523 16 32 32 13 32 31 2 – 1 1 – –
4524 9 19 4 9 15 4 – 4 – – – –
4525 29 13 23 25 12 21 4 1 1 – – 1
4529 45 72 75 40 62 64 5 10 11 – – –
4531 97 302 105 97 301 105 – – – – 1 –
4532 26 50 44 24 48 42 1 1 2 1 1 –
4533 15 69 65 11 54 55 4 15 10 – – –
4534 1 2 1 1 1 1 – 1 – – – –
4541 26 41 38 22 36 32 4 5 6 – – –
4542 5 4 9 4 4 8 1 – – – – 1
4543 7 6 6 6 5 6 1 1 – – – –
4549 5 5 8 5 3 6 – 2 1 – – 1
4551 23 16 18 20 14 16 3 2 2 – – –
4552 10 11 6 9 10 6 1 1 – – – –
4559 98 96 137 86 91 117 12 5 19 – – 1
4560 6 2 1 5 1 1 1 1 – – – –
Total 1216 1499 1525 1065 1356 1379 142 132 123 9 11 23
Fonte: Previdência Social (2005)
Os números de CNAE, conforme o quadro 1, são atividades da
construção civil, observando-se, portanto, os números de acidentes
elevados e
principalmente os acidentes típicos acontecem em maior proporção em
comparação,
com acidentes de trajeto e doença ocupacional. Ou seja, são acidentes
que podem
ser evitados com investimentos na segurança, como o acidente em
atividades com
risco de quedas de altura que é um acidente grave e muitas vezes fatal.
Além disso,
o número de acidentes vem aumentando, em 2000 foram 1.216
acidentes, em 2001
foram 1.499 e em 2002 foram 1.525, conforme a quadro 1. Sendo que
dentre os
acidentes em 2000/2001/2002 estão em primeiro lugar o acidente típico,
em
segundo o de trajeto e por último a doença ocupacional.
O acidente de trabalho segundo o conceito legal do Artigo 2º, Lei nº
6.367, de 10/10/76, é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a
serviço da
empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença
que cause a
morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade
para o
trabalho.
Também deve ser considerado acidente do trabalho aquele que ocorrer
fora do ambiente da empresa, como nos seguintes casos: na execução
de serviço;
em viagem a serviço da empresa; no trajeto da residência a empresa e
vice-versa e
no intervalo do almoço.
Os acidentes mais freqüentes são os chamados típicos, que ocorrem no
exercício do trabalho, estes possuem causas que podem estar ligadas
aos atos
inseguros e/ou condições inseguras, ou desconhecimento dos riscos de
acidente,
por isto a importância do treinamento para a construção civil como
prevenção de
acidentes.
Os dados relativos aos trabalhadores acidentados influenciam no
comportamento, atividade exercida naquele momento, condições de
trabalho,
interferência, hora do acidente, equipamentos, materiais utilizados no
momento,
experiência e habilidade da função exercida do acidentado, entre outros
itens que
identificam as causas.
Pacheco Junior (2003, p. 12), afirma que as causas do acidentes de
trabalho estão relacionadas diretamente com:
Fator pessoal de insegurança: problemas pessoais (saúde,
problemas familiares, desmotivação, uso de substâncias tóxicas e etc.);
Condição ambiental de insegurança: máquinas, proteção,
construção e instalação, matérias-primas, horários de trabalho, etc;
Ato inseguro: ação do trabalhador, voluntária ou não, que pode
provocar um acidente de trabalho.
Os três itens citados acima estão agrupados como atos inseguros e
como
condições inseguras. Geralmente, os acidentes são classificados por
uma destas
ocorrências, o que de certa forma acaba afastando o conhecimento real
das causas.
De acordo com o Manual de Segurança das Empresas Rio Deserto (sem
data, p. 07), é possível considerar que 98% dos acidentes poderiam ser
evitados. Os
acidentes geralmente ocorrem na seguinte proporção:
Condições inseguras 18%
Atos inseguros 40%
Condições e atos inseguros 40%
Atos incontroláveis 02%
Conforme citado pelo Sinduscon-PR (Sindicato da Indústria da
Construção Civil) na Revista Construção (2005), o custo da implantação
de sistemas
de saúde e segurança nos canteiros de obras costumam girar em torno
de 1,5 a
2,5% sobre o valor total da obra. Um custo muito reduzido para um
benefício tão
significativo. Como a questão parece ser mais de iniciativa, o trabalhador
deve
reivindicar, além de empregos e salários, melhores condições de
trabalho, sem as
quais, é impossível melhorar a qualidade do produto da indústria da
construção civil
e os riscos inerentes à sua produção.
De acordo com o site www.bibvirt.futuro.usp.br (sem autor, 2005), pior
que
o acidente em si são as suas conseqüências, na figura 1 estas são
apresentadas de
forma resumida:
Figura 1- Conseqüências dos acidentes
A vítima, que fica incapacitada, de forma total ou parcial, temporária
ou
permanente para o trabalho e nunca mais poderá trabalhar para o
sustento da família;
A família, que tem seu padrão de vida afetado pela falta dos ganhos
normais, correndo o risco de seus filhos cair na marginalidade;
As empresas, com a falta de mão-de-obra, de material, de
equipamentos, tempo e etc, e, conseqüentemente, elevação dos custos
operacionais;
A sociedade com o número crescente de inválidos e dependentes da
Previdência Social.
Fonte: site: www.bibvirt.futuro.usp.br (sem autor, 2005)
Além das conseqüências citadas na figura 1, o acidente pode levar a
vítima a se afastar da empresa por algumas horas ou também para o
resto de sua
vida. A seguir serão classificados os tipos de acidentes:
Acidentes sem afastamento: é aquele que o trabalhador se ausenta
da
empresa por apenas algumas horas. Exemplo: pequeno corte no dedo;
Acidentes com afastamento: é aquele em que o funcionário se afasta
da
empresa por dias, meses, anos ou definitivamente, ficando impedido de
realizar suas atividades. (Revista Construção, 2005)
A realidade da ocorrência de acidentes desperta a indignação de toda a
sociedade. Mas, enquanto prevalecerem os interesses imediatos, os
índices de
acidentes até poderão diminuir, mas só atingirão os níveis aceitáveis
num período de
anos muito dilatado, o que não é aceitável.
2.2.2 Medidas de Prevenção na Construção Civil
As medidas de prevenção de riscos de acidentes fazem parte do
gerenciamento da segurança dentro da indústria da construção civil.
Pacheco Junior (2003), cita que:
Risco expressa uma probabilidade de possíveis danos dentro de um
período específico de tempo ou número de ciclos operacionais:
. Incerteza quanto à ocorrência de um determinado evento;
. Chance ou perda por causa de um acidente ou série de acidentes.
Ou seja, risco é uma condição em um determinado tempo, que possa
tornar-se acidente. Por isto existe a preocupação com trabalhadores
expostos a
quedas de altura, pois correm riscos de sofrerem acidentes a qualquer
momento do
dia. Devido as atividades que executam dentro da obra, como levantar
paredes,
pintura, cobertura da laje, telhados e colocação de revestimentos, as
atividades com
riscos de quedas de altura, requerem cuidados extras para não
ocasionarem
acidentes.
O objetivo das medidas de prevenção é a eliminação ou minimização
dos
riscos de acidentes ou doenças ocupacionais; seja na elaboração do
Mapa de
Riscos pela CIPA, na elaboração do PCMAT ou do PCMSO, no uso
adequado de
EPI ou de EPC e no treinamento dos trabalhadores.
2.2.2.1 Equipamento de Proteção Coletiva – EPC
Os Equipamentos de Proteção Coletiva são de extrema importância para
as atividades com risco em quedas de altura, visto que esta atividade é
ampla e
atinge a todos os trabalhadores dentro da obra.
Conforme Webster (1996), pesquisas recentes apontam para o fato de
que Equipamento de Proteção Individual não são eficazes contra riscos
de acidentes
fatais; como é o caso de quedas de altura.
Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC, estes dispositivos atuam
diretamente no controle das fontes geradoras de agentes agressores ao
homem e ao meio ambiente, e, como tal, devem ser prioridade de
qualquer
profissional da área de segurança. São equipamentos para proteção em
grupo e normalmente exigem, antes de serem instalados, mudanças em
nível de projetos e/ou processos produtivos. (WEBSTER, 1996, p. 261)
A segurança nos canteiros de obras muitas vezes é precária e
insuficiente
devido à falta de plataformas de proteção, do guarda corpo e da
sinalização junto à
periferia de lajes que ainda não foram desformadas. Também não se
pode esquecer
as proteções de aberturas no piso como, vãos de elevadores e de poços
de
ventilação, entre outras, que levarão à imagem de falta de segurança.
Ou seja, a
falta de Proteções Coletivas contra quedas.
Monticuco (1991) classifica como proteção coletiva contra quedas de
altura os itens descritos abaixo:
Guarda corpo: o item 18.13.1 da NR 18 diz que é obrigatória a
instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de
trabalhadores ou de projeção de materiais. No item 18.13.5, a
proteção contra quedas, quando constituída de anteparos rígidos, em
sistema de guarda-corpo e rodapé (figura 3), deve atender aos
seguintes requisitos:
ser construída com altura de 1,20m para o travessão superior e
0,70m para o travessão intermediário;
ter rodapé com altura de 0,20m;
ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo
que garanta o fechamento seguro da abertura.
Barreiras e telas: Tela (figura 2) serve como sinalização de
advertência e/ou como fechamento entre peças rígidas integrantes de
um guarda corpo. A tela tem previsto seu uso como sistema de
barreira, conforme item 4.1.2, da RTP 01 – Recomendação Técnica de
Procedimentos - Medidas de Proteção Contra Quedas de Altura. O uso
da tela colorida, está servindo como sinalização, alerta visual ou de
fechamento de vão verticais construídos de forma rígida.
A tela plástica veio em benefício dos empregados que antes eram
obrigados
a trabalhar com telas metálicas e todos os seus inconvenientes como,
por
exemplo, dificuldade de colocação e fixação, possibilidade de cortes e
arranhões e dificuldade em sua retirada. Hoje a tela plástica é mais fácil
para manusear, fixar e retirar. (MONTICUCO,1991)
Figura 2 – Plataforma e Tela
Fonte: RTP – Recomendações Técnicas de Procedimentos – Medidas
de Proteção
Contra Quedas de Altura (2005)
Figura 3 – Sistema de Proteção por Tela Metálica
Fonte: RTP – Recomendações Técnicas de Procedimentos – Medidas
de Proteção
Contra Quedas de Altura (2005)
2.2.2.2 Equipamento de Proteção Individual – EPI
Segundo a Norma Regulamentadora n° 6 do Ministério do Trabalho e
Emprego (Manual de Legislação Atlas, 2002, p. 80) “EPI é todo
dispositivo ou
produto, de uso individual pelo trabalhador, destinado à proteção de
riscos
suscetíveis de ameaçar a segurança e preservar a saúde do trabalhador
no
exercício de suas funções”.
Afirma ainda, que a empresa é obrigada a fornecer aos empregados,
gratuitamente, EPI adequado ao risco com CA (Certificado de
Aprovação) em
perfeito estado de conservação e funcionamento, cabendo aos
trabalhadores cuidar
da manutenção, limpeza e higiene para mantê-los em perfeito estado de
conservação e uso. Sendo que o CA somente deve ser expedido pelo
órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do
Ministério do
Trabalho e Emprego.
De acordo com Fiocruz (2004), a escolha do EPI a ser utilizado deve
obedecer os seguintes critérios para definir qual o tipo correto de
equipamento que
poderá ser utilizado:
O risco que o serviço oferece;
Condições de trabalho;
Parte a ser protegida;
Qual o trabalhador que irá utilizar o EPI.
Todos os trabalhadores que executam atividades com risco em quedas
de
altura devem usar EPI para realizar suas atividades com segurança.
Segue abaixo,
alguns EPI indispensáveis:
Proteção para cabeça: são os protetores usados para proteger o
crânio contra quedas de objetos provenientes de níveis elevados,
impactos e partículas projetadas. Exemplo: capacetes (figura 4) e
capuz.
Figura 4 – Capacete
Fonte: Ussan (2005)
O capacete é um dispositivo básico de segurança em qualquer obra. O
casco é feito de material plástico rígido, de alta resistência à penetração
e impacto.
É desenhado para rebater o material em queda para o lado, evitando
lesões no
pescoço do trabalhador. É utilizado com suspensão, que permite o
ajuste mais exato
à cabeça e amortece os impactos.
Formatados: Marcadores e
numeração
Proteção para membros inferiores: as pernas e os pés, estão
sujeitos à acidentes, são as partes que mantém o equilíbrio do nosso
corpo, por isso devem ser protegidas, para que não haja uma
conseqüência gravíssima. Exemplo: sapatos de segurança com
biqueiras ou palmilha de aço, botas de borracha. Conforme mostra a
figura 5.
Figura 5 – Sapatão de proteção e bota de borracha
Fonte: Ussan (2005)
Proteção contra quedas com diferença de nível: são equipamentos
que não tem a finalidade de proteger esta ou aquela parte do corpo,
mas protege o trabalhador na atividade de quedas em altura,
prevenindo quedas por desequilíbrio. Exemplo: dispositivo trava-queda,
cinturão, conforme figura 6.
Formatados: Marcadores e
numeração
Formatados: Marcadores e
numeração
Figura 6 – Cinto de Segurança com trava-queda
Fonte: www.incep.com.br (2005)
Evitam quedas de trabalhadores, acidentes muitas vezes
fatais. Feitos de couro ou náilon, possuem argolas que se
engancham em um cabo preso à estrutura da construção. O
cinto de segurança limitador de espaço tem como função
reduzir a área de atuação do usuário, não substituindo o
cinturão pára-quedas.
Monticuco (1991, p.1) afirma que “o uso de dispositivo de proteção
individual contra quedas só é aconselhável quando for impossível
assegurar a
proteção coletiva contra quedas de altura”. Atualmente o uso do cinturão
deve ser
obrigatório, uma vez que os equipamentos de proteção coletiva não
sustentam a
segurança do trabalhador com risco de quedas de altura e somente
podem
minimizar este risco. Porém, o uso do equipamento de proteção coletiva
também é
obrigatório. Conforme dados da Revista Construção (2005), os EPI
costumam ser,
entretanto, um dos bons indicadores das condições de segurança de
uma obra.
Claro que, se não houver o desenvolvimento de um programa de
segurança do
trabalho ou se a empresa preferir, ao invés de eliminar os riscos na fonte
geradora,
apenas proteger os operários com esse tipo de equipamento, os
resultados práticos
serão nulos. Dispensar os EPI, porém, seria impossível.
2.2.2.3 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA (NR 5)
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA de acordo com o
dimensionamento previsto no quadro I da NR-5, da Portaria nº 3214/78,
do
Ministério do Trabalho que é composta de representantes e empregador
e
dos empregados, treinados para colaborar na prevenção de acidentes e
doenças do trabalho, tendo objetivo a prevenção de acidentes e doenças
decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente
o
trabalho com a prevenção da vida e a promoção da saúde do
trabalhador.
(Manual de Legislação, 2003, p.59)
A CIPA com apoio do Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, tem também atividade
de elaborar
o mapa de riscos dentro da obra e assim identificar os riscos de
acidentes. Por isto
também, desempenha uma função na prevenção e conscientização dos
riscos de
quedas de altura. Contribui para a redução de riscos de acidentes .
2.2.2.4 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Industria da
Construção – PCMAT (NR-18)
Objetivo principal: definir medidas de controle, sistemas preventivos de
segurança e treinamento dos trabalhadores para a redução de acidentes
e
diminuição das suas conseqüências no ambientes nas condições e no
meio
ambiente de trabalho na Indústria de Construção. (Manual de
Legislação,
2003, p.229)
Para tanto, é necessário colocar em prática o programa de segurança e
saúde, que atenderá as normas de segurança, inclusive a NR-18,
podendo interagir
entre a segurança, o projeto e a execução de obras. Pode prevenir
acidentes em
quedas de altura, avaliando os riscos e colocando em prática ações
cotidianas que
evitem este tipo de risco, é para isto que serve o PCMAT na obra,é um
PPRA mas
dentro da indústria da construção civil.
De acordo com o item 18.3 da NR-18, o PCMAT:
É obrigatória sua elaboração e cumprimento nos estabelecimentos
com
vinte trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos desta NR e
outros dispositivos complementares de segurança;
Deverá contemplar as exigências contidas na NR 9 – Programa de
Prevenção e Riscos Ambientais – PPRA;
Deve ser mantido no estabelecimento a disposição do órgão regional
do Ministério do Trabalho – MTb;
Deve ser elaborado e executado por profissional legalmente
habilitado
na área de Segurança no Trabalho;
Sua implementação é de responsabilidade do empregador ou
condomínio.(Manual de Legislação, 2003, p. 230)
O PCMAT tem como base a NR-18, e é de grande importância na
segurança da construção civil, uma vez que analisa os riscos, controla e
determina
ações corretivas a serem implantadas para evitar acidentes e doenças
ocupacionais
do trabalho. O PCMAT deve ser um programa de ação contínua e não
apenas um
documento que obedece às exigências legais.
O PCMAT deve ser único para cada obra e atualizado periodicamente,
certificando-se que melhoria previstas no documento sendo
realizadas.Todos devem
participar da elaboração do PCMAT, membros da CIPA, pedreiros,
mestres de obra,
Engenheiro e Técnicos de Segurança, que devem implantá-lo e colocá-
lo em prática.
Ussan (2005) diz em seu artigo:
A criação do PCMAT foi um avanço nas melhorias de condições de
melhoria
do meio ambiente de trabalhado na construção, devendo ser obedecido
e
exigido em todas as obras, lembrando sempre que segurança não é
custo e
sim investimento.Nada é pior que o PCMAT “de gaveta” aquele feito só
para
atender a legislação e a fiscalização.
2.2.2.5 Programa de Controle Medico de Saúde Ocupacional – PCMSO
(NR-7)
Conforme Manual de Legislação (2003) o objetivo principal do PCMSO é
a promoção e preservação da saúde dos trabalhadores.
De acordo com o item 7.4.1 da NR-7 da Portaria nº 3214/78 do Mtb,
todos
os funcionários devem ser submetidos aos exames médicos
admissional, periódico,
de mudança de função e de retorno ao trabalho demissional, por conta
da empresa.
Exemplo:
Admissional: na admissão do trabalhador, deverá ser realizado o
exame
médico admissional;
Periódico: Os exames médicos devem ser renovados
periodicamente,
considerando-se a natureza das atividades e/ou operações, podendo
ser anual para trabalhadores com idade inferior a 18 (dezoito) anos e
superior a 45 (quarenta e cinco) anos, para trabalhadores entre esta
faixa de idade poderá ser realizado de 2 (dois) em 2 (dois) anos;
Mudança de função: O exame médico de mudança de função deverá
se
realizado antes da data de mudança de função do funcionário;
Retorno ao trabalho: O exame medico de retorno ao trabalho deverá
ser
realizado no primeiro dia de volta ao trabalho de funcionário ausente por
período igual ou superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente de
natureza ocupacional ou não;
Demissional: Por ocasião da dispensa ou desligamento do
funcionário,
deverá ser realizado o exame médico demissional. (Manual de
Legislação, 2003, p.89)
O PCMSO, também como os outros exames, tem sua importância, no
exame admissional para a prevenção de acidentes em quedas de altura,
uma vez
constatada doenças como labirintite, tonturas e transtornos psicológicos
não devem
estes trabalhadores executar tarefas em altura. O médico do trabalho
pode evitar
assim que acidentes fatais ocorram.
2.3 Treinamento
Para Boog (1980), o treinamento é tão importante para a realização das
atividades de uma empresa que acaba sendo, de um lado, a grande
preocupação
para a preparação dos treinadores e de outro lado a necessidade de
verificar os
objetivos das atividades com a realidade.
Com a escassez da mão de obra qualificada no mercado da construção
civil, constata-se, cada vez mais, a baixa qualidade dos resultados. Este
fato, gera retrabalho para consertar defeitos de construção. Estes, que
muitas vezes não chegam a ser visíveis no produto final, causam grande
desperdício de material de construção e pouca eficiência no emprego da
mão de obra. Cresce, assim, a motivação de um treinamento de mão de
obra direcionado a construção civil. (MUTTI,1995)
O treinamento é uma das responsabilidades gerenciais de maior
importância, pois se o objetivo de toda a empresa é ter lucro, para
alcançar este
objetivo uma empresa precisa ter clientes satisfeitos que comprem seus
produtos
e/ou serviços e divulguem a sua satisfação para outras pessoas,
garantido assim
uma penetração de mercado mais elevada. Para ter clientes satisfeitos,
a empresa
deve produzir e/ou fazer algo com qualidade que venha a saciar os
desejos e as
necessidades do consumidor. Para ter qualidade em tudo o que se faz,
deve-se ter
pessoas qualificadas produzindo, e para ter estas pessoas, a empresa
deve investir
na preparação das mesmas através de treinamentos.
Deve-se considerar o treinamento não somente como um
aperfeiçoamento na execução de tarefas, mas como apoio na prevenção
de
acidentes, capacitando os trabalhadores a conscientizarem-se da
importância do
EPC e do EPI no ambiente trabalho, desenvolvendo habilidades técnicas
e
profissionais na prevenção de acidentes.
2.3.1 A Importância e a Necessidade do Treinamento
O treinamento ocupa o máximo de importância dentro da indústria da
construção civil, no momento em que os objetivos foram traçados pela
alta
administração, e compartilhados com seus trabalhadores através de
reuniões, para
que todos realmente estejam preparados a atingir estes mesmos
objetivos.
Para Mutti (1995), trazer o operário da obra para o treinamento é
importante porque além de motivar quanto ao aprendizado, conscientiza-
o quanto
aos riscos que antes não eram percebidos.
Boog, (1980, p. 18), cita que “treinar empregados custa dinheiro, mas
não
treinar custa muito mais”. Esta citação, feita pelo autor consegue definir
em poucas
palavras a necessidade e a importância do treinamento. Significa dizer
que,
empregados bem treinados produzem mais e que o investimento
aplicado possui um
retorno garantido.
Os resultados obtidos através de treinamento variam de indivíduo para
indivíduo, depende muito da capacidade e interesse de cada
trabalhador.
Na verdade examinando o funcionamento da indústria constatamos a
existência de uma infinidade de tipos diferentes de trabalho, a requerem
aptidões e capacidades, que só podem ser formadas, desenvolvidas e
apuradas, mediante a educação e o treinamento. A isso acresce que
uma
mesmo atividade ou tipo de trabalho varia, muitas vezes,
consideravelmente, de uma organização para outra, revestindo-se de
características próprias e inconfundíveis, que requerem a adaptação e,
não
raro, até mesmo uma certa preparação ou reeducação, inclusive de
profissionais antigos e experimentados. (BOOG, 1980, p. 20 e 21).
Conforme o autor, citado acima, muitos funcionários mudam de empresa
com seus hábitos e costumes diferentes da cultura organizacional da
nova empresa,
trazendo assim vícios, para isso os trabalhadores são submetidos a
treinamento
capaz de preparar o profissional conforme deseja a empresa,
esquecendo os
antigos hábitos e aderindo a novas culturas.
Identifica-se a necessidade de treinamento numa empresa quando se
pensa
em corrigir processo, melhorar métodos, impedir acidentes, reduzir
gastos,
melhorar a assiduidade, aumentar a produtividade, eliminar áreas de
atritos
nas relações interpessoais, reduzir custos de operação, etc. (MELO
apud
MUTTI, 1995).
O setor da construção civil está preparando-se dentro do novo cenário
econômico, soluções que possam desempenhar bem suas atividades,
uma delas é a
capacitação de seus trabalhadores através de um treinamento realizado
na maioria
das vezes no próprio ambiente de trabalho, incentivando-os a aumentar
a
produtividade com segurança e o menor esforço.
Para Jerris (1995), o treinamento possibilita o início de uma nova postura
profissional, permitindo ao treinando construir uma maior autoconfiança,
tornando-o
mais crítico e participativo no seu ambiente de trabalho. Além disso, os
trabalhadores sentem-se valorizados com o treinamento, devido à
preocupação da
administração com a segurança.
2.3.2 Planejamento de um Programa de Treinamento
Para Vasconcellos (2005), um programa de treinamento deve se guiar
por
determinados pontos imprescindíveis para o seu sucesso:
1º - Identificar o cliente: este é o ponto de partida para a elaboração
do programa. Se a identificação do cliente estiver errada, todo o
programa perderá o seu sentido. Para a identificação, deve ser
questionado: Qual é o problema a ser solucionado? Quais são as suas
necessidades? E que resultados deverão ser alcançados? Somente o
cliente terá as respostas para estas perguntas. Logo, o cliente em
questão é uma construtora com trabalhadores em atividades com risco
em quedas de altura.
2º- Levantamento de Necessidades: Para que um programa de
treinamento tenha o resultado esperado, é necessário ajustar as ações
da área de treinamento com as necessidades da empresa. Ao realizar
um levantamento da necessidade toma-se o cuidado para não cair na
tentação do resultado imediato cobrado pelos empregadores. Então,
será implantado um questionário antes do treinamento para saber as
necessidades de conhecimento dos trabalhadores.
O levantamento de necessidade trará a tona a “carência observada no
indivíduo ou no grupo, diante do padrão de qualificação necessário para
a
boa execução das tarefas de uma função”. Os resultados traçados
definirão
as ações a serem tomadas posteriormente. Para realizar o levantamento
de
necessidade pode-se utilizar os seguintes instrumentos: questionário;
avaliação de desempenho; discussão em grupo; reuniões entre os
departamentos da empresa; entrevista; pesquisa de satisfação. Seja
qual for
o instrumento utilizado não se pode abrir mão da criatividade, tendo
sempre
em mente os objetivos da empresa. (TOLEDO & MILIONI, 2005)
3º- Diagnosticar o problema: nesta etapa o profissional de
treinamento irá analisar o desvio encontrado e assim verificar se o
problema é solucionável através de um programa de treinamento. No
caso do treinamento para trabalhadores expostos a quedas de altura é
capaz de informá-los quanto ao risco existente.
2.3.3 Elaboração de um Programa de Treinamento
A elaboração de um programa de treinamento sempre será realizado
com
base em uma perfeita identificação e interpretação das necessidades
reais de
treinamento. Para definir com exatidão o que se fará no treinamento,
será
fundamental identificar os seguintes pontos para Vasconcellos (2005):
Público-alvo: a correta identificação e análise dos trabalhadores que
serão atingidos pelo programa, garantirá um percentual do sucesso do
treinamento. O questionário pode ser um instrumento para determinar
o público alvo, como por exemplo, o nível de escolaridade, idade,
tempo de trabalho na empresa e em construtoras, se possui
treinamento, etc.
Objetivos: É o que se pretende alcançar com um programa de
treinamento. Hoje, quando as empresas passam por dificuldades
financeiras o primeiro corte de verbas é realizado na área de
treinamento. O objetivo é o de informar os trabalhadores da indústria
da construção civil, quanto aos riscos provocados por quedas de altura
e desta forma os objetivos serão facilmente atingidos com a realização
do treinamento.
Definição dos temas: ao se estabelecer os objetivos a serem
alcançados, podemos definir quais temas serão abordados e quais
assuntos serão levantados dentro deste tema, para melhor atingir os
resultados. Neste caso o tema será treinamento para trabalhadores
expostos a quedas de altura.
Metodologia: é a forma utilizada para o desenvolvimento do
programa
de treinamento. Levando em consideração as necessidades
estabelecidas pelo cliente, será possível escolher a metodologia a ser
utilizada. Os métodos mais utilizados são a sala de aula e o
treinamento no local de trabalho, sendo o último utilizado quando o
treinamento é aplicado a um público-alvo onde haja a necessidade de
utilização de instrumentos e máquinas existentes somente no local de
trabalho. Por isto esta é a melhor metodologia para treinar os
trabalhadores expostos a quedas de altura, devido os riscos estarem
presentes na obra.
Processos e técnicas: conferências ou palestras: exposição oral
sobre um assunto para um grande número de participantes, sendo
mínima a interação com o palestrante. Estudos de caso e
dramatizações também fazem parte dos processos e técnicas. A
dinâmica de grupo é importante após a palestra porque é uma
atividade que conduz o grupo a um debate sobre o tema central, bem
como, leva ao grupo a um processo de reflexão.
Tendo escolhido a metodologia a ser desenvolvida e as técnicas a
serem
utilizadas, o instrutor poderá contar com recursos didáticos que servem
para
esclarecer a demonstração, motivar o grupo para uma reflexão e
favorecer a
memorização dos assuntos apresentados.
Os recursos mais conhecidos como: vídeo cassete, televisor:
gravador/aparelho de som, cartazes, retroprojetor/transparência,
apostilas,
quadro-negro, computador. O flip-chart: serve para que o treinador
destaque
os pontos essenciais do assunto a ser tratado. O fato de rever os pontos
a
qualquer hora o diferencia totalmente do quadro negro, que ao ter a
mensagem apagada, se torna impossível mostrá-la sem escrevê-la
novamente. (FEULLETE,1991)
Tempo e custo: Deve-se levar em consideração estes dois fatores
antes de terminar a elaboração de um programa de treinamento.
O tempo deve ser determinado a partir das necessidades e
características
do cliente e do público-alvo, assim como a importância do tema a ser
abordado. O
mau planejamento do tempo pode causar a perda de informações
essenciais no
término do programa.
Para Vasconcelos (2005), o custo deve ser levado em consideração, e
este deve ser confrontado com os benefícios que o treinamento irá
proporcionar ao
cliente. Pode-se identificar como custo os seguintes pontos: salários dos
instrutores
ou consultores externos, despesa com local, refeições, passagens,
estadas,
materiais, entre outros.
Para um treinamento em segurança na indústria da construção civil, o
próprio Engenheiro de Segurança do Trabalho da empresa pode aplicar
o
treinamento, dentro das necessidades da obra, conhecendo os
trabalhadores,
isentando a empresa dos custos adicionais.
2.3.4 Execução de um Programa de Treinamento
Terminada a fase de elaboração do programa de treinamento, entra-se
na
fase de execução, que envolve a convocação dos treinandos e a
execução do
treinamento propriamente dito.
2.3.4.1 Convocação dos Treinandos
Para Vasconcelos (2005), é muito comum o instrutor se defrontar com
treinandos desmotivados e desinteressados, onde o instrutor terá que
desfazer toda
esta resistência. Isto acontece, porque os treinandos não estão cientes
da real
importância do aprendizado. Procurar conhecer os pontos fortes dos
treinandos
fazendo uma rápida reunião com seus superiores. Atitudes como, iniciar
um
programa de treinamento dizendo coisas agradáveis sobre o grupo,
fortifica o
treinamento. Procurar conhecer os pontos fortes dos treinandos fazendo
uma rápida
reunião com seus superiores. Quando iniciar um programa de
treinamento dizer
coisas agradáveis sobre o grupo. Esta atitude fortifica os treinandos. No
início do
programa deixar bem claro quais são os ganhos que os treinandos terão
com a
realização deste treinamento.
2.3.4.2 Os Instrutores
Segundo Toledo & Milioni (2005) os instrutores precisam ter algumas
características: personalidade, conhecimento do assunto, motivação,
liderança e
empatia. São pessoas que irão atuar na transmissão do conteúdo teórico
e prático
do programa de treinamento.
2.3.5 Conclusão
É muito importante que se implante treinamento de mão-de-obra nas
empresas para seus trabalhadores e que, esse treinamento, não seja
apenas para
cumprir as exigências legais, mas sim para o incentivo aos seus
colaboradores.
Para que o trabalhador sinta-se motivado é importante que o treinador
participe de
cursos de aperfeiçoamento, inovando conhecimentos podendo, assim,
elaborar
novos métodos de treinamento para os trabalhadores.
Outro ponto muito importante é a preparação e a aplicação de um
questionário, após a realização do treinamento, para verificar os pontos
fortes e
fracos, podendo, o treinador, introduzir um método mais eficaz.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O trabalho em questão foi baseado em uma pesquisa do tipo
exploratória,
que para Gil (1995, p. 44), tem como principal finalidade desenvolver,
esclarecer e
modificar conceitos e idéias, com vistas à formulação de programas mais
precisos
ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. Este tipo de
pesquisa é uma
pesquisa aplicada com objetivos explicativos e abordagem qualitativa.
O presente estudo de caso foi realizado numa empresa do ramo de
construção civil de pequeno porte, na cidade de Tubarão, SC.
A escolha desta empresa para a realização do treinamento ocorreu
devido ao interesse manifestado pelo proprietário, frente a necessidade
de melhoria
na segurança dos trabalhadores que executam atividades com risco em
quedas de
altura.
O primeiro contato feito com a empresa foi em fevereiro de 2005. Houve
interesse por parte da mesma em realizar um programa de treinamento
para seus
trabalhadores, já que poucos treinamentos em segurança foram
realizados e
possuíam interesse em inovações.
A primeira providência a tomar foi visitar o canteiro de obras onde seria
feito o treinamento, estabelecer contato com os futuros treinandos e
assim melhorar
o vínculo para o desenvolvimento do treinamento.
Em seguida, foi elaborado um questionário (piloto) pelas autoras, com
trinta e três perguntas fechadas (anexo 1), com quatro trabalhadores
para verificar
se as perguntas estavam claras e objetivas. O questionário utilizado no
piloto e na
aplicação para obtenção dos dados foi o mesmo.
A próxima etapa, foi a aplicação de um questionário de marcar com trinta
e três perguntas fechadas e uma aberta, para os treze funcionários da
empresa, os
quais pertenciam a uma obra que apresentou riscos de quedas. O
objetivo do
questionário foi o de conhecer os trabalhadores para que, a partir dele,
fosse
possível elaborar o treinamento com as informações coletadas. Os
dados obtidos
através do questionário serviram de base para o treinamento.
Perguntas fechadas são aquelas para as quais todas as respostas
possíveis
são fixadas de antemão. Há casos em que são previstas apenas as
respostas “sim” ou “não” (dicotômicas). Mas há também casos em que
as
perguntas admitem número relativamente grande de respostas possíveis
(múltipla escolha). (GIL,1995, p.127)
Dispondo-se de todo material base, coletado no questionário, foi
realizada
uma análise de dados em forma de gráficos. Em seguida uma análise
das respostas
detectando as deficiências que apresentaram maior freqüência na obra
que
apresentou riscos de queda e assim, partiu-se para a elaboração do
treinamento.
O treinamento demonstra conceitos de segurança e acidente do
trabalho,
a importância dos equipamentos de proteção coletiva e individual para
trabalhadores
expostos ao risco de quedas de altura e terminando com algumas
recomendações
importantes no que se refere a prevenção de acidentes.
O material didático utilizado nesta etapa foi o Flip-Chart, já que o
treinamento seria feito na própria obra e com assuntos pequenos. Este
deveria ser
acessível, simples e com ilustrações já que os treinandos possuem baixa
escolaridade, até a quinta série. O grau de escolaridade dos treinandos
é descrito no
gráfico 2.
Previu-se um tempo de 50 min para o treinamento, considerando os
temas propostos e a dificuldade dos trabalhadores no aprendizado.
3.1 Estudo de Caso
Conhecido os dados dos treinandos, partimos para a elaboração do
treinamento.
O treinamento foi realizado na sexta-feira a tarde pela maior
disponibilidade dos operários.
O treinamento foi elaborado para informá-los quanto aos acidentes de
trabalho e os EPIS para quedas em altura, abordando os seguintes
conceitos:
O que é segurança do trabalho,atos inseguros e condições
inseguras;
Acidente do trabalho,causas e conseqüências do acidente do
trabalho;
Riscos, EPI e EPC;
Programas de Segurança – CIPA e PCMAT;
Levantamento dos fatos, responsabilidades e recomendações gerais;
Em seguida foi realizada uma dinâmica de grupo sobre os assuntos do
treinamento com o objetivo de discutir e refletir sobre os temas
abordados no
treinamento.
Para finalizar, foi aplicado outro questionário (anexo 3) imediatamente
após o treinamento, contendo cinco perguntas, procurando avaliar se de
alguma
forma contribuiu para o uso de EPC e EPI para atividades com riscos de
quedas de
altura.
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
4.1 Resultado do Questionário
Neste item serão apresentados os resultados da pesquisa de campo,
que
por meio de gráficos permite observar, quais foram as respostas obtidas
dos
pesquisados, com isso buscando observar qual a conscientização que o
trabalhador
tem com relação aos riscos de quedas de altura.
A quarta questão do questionário refere-se a idade dos trabalhadores. O
Gráfico 1 apresenta a distribuição percentual da faixa etária dos
trabalhadores,
mostrando que dos 13 trabalhadores que responderam os questionários
a maior
parte, 63,64% possui acima de 40 anos e nenhum é menor de 18 anos.
Gráfico 1 – Distribuição da faixa etário dos trabalhadores
0
10
20
30
40
50
60
70
inferior a 18 anos
de 18 a 24 anos
de 25 a 29 anos
de 30 a 34 anos
de 35 a 39 anos
acima de 40 anos
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A quinta questão do questionário refere-se ao grau de escolaridade dos
trabalhadores. O Gráfico 2 apresenta a distribuição percentual
escolaridade dos
trabalhadores, mostrando que dos 13 trabalhadores que responderam os
questionários, 92,31% possui 1° grau incompleto e neste canteiro não há
nenhum
trabalhador analfabeto. Isso mostra que as pessoas que trabalham nos
canteiros
desta empresa possuem um nível de escolaridade baixo.
Gráfico 2 – Grau de escolaridade
0
20
40
60
80
100
analfabeto
1° grau incompleto
1° grau completo
2° grau incompleto
2° grau completo
3° grau incompleto
3° grau completo
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A pergunta da sexta questão refere-se ao tempo do trabalhador nesta
empresa. O Gráfico 3, apresenta a distribuição de que 30,77% trabalham
de 1 a 3
anos, isto demonstra que a empresa vem contratando novos
funcionários e
renovando seu quadro, este fato ocorre na medida em que a empresa é
contratada
para a realização de novas obras. A cada 6 (seis) meses é realizado
uma avaliação
com os trabalhadores para verificar se os mesmos tem condições de
progredir na
execução das atividades, isto acaba incentivando o trabalhadores a
executar suas
atividades com melhor desempenho.
Gráfico 3 – Tempo de trabalho na empresa
0
10
20
30
40
menos de 1 ano
de 1 a 3 anos
de 4 a 6 anos
de 7 a 9 anos
mais de 10 anos
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
Na pergunta em quantas empresas da construção já trabalhou, gráfico 4,
verificou-se que a maioria dos trabalhadores entrevistados trabalharam
na faixa de 1
a 3 e de 4 a 6 com 30,77% em cada faixa.
Gráfico 4 – Em quantas empresas de construção civil já trabalhou?
0
10
20
30
40
somente uma
de 1 a 3
de 4 a 6
de 7 a 9
mais de 10
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A oitava questão do questionário refere-se ao tempo de trabalho na
construção civil. O Gráfico 5 permite visualizar que 46,15% trabalham a
mais de 10
anos na construção civil, com esse dados pode-se verificar a que os
mesmos
possuem experiência adequada para assumir determinadas tarefas, mas
não se
pode esquecer que estes trabalhadores acostumados na execução de
suas
atividades já tornou-se rotineira, por isso, destaca-se a necessidade da
realização de
treinamentos periódicos em temas relacionados a segurança do
trabalho.
Gráfico 5 – Tempo de trabalho na construção civil?
0
10
20
30
40
50
menos de 1 ano
de 1 a 3 anos
de 4 a 6 anos
de 7 a 9 anos
mais de 10 anos
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
O gráfico 6, refere-se a aprendizagem da profissão, demonstra que
92,31%, sendo a maioria dos trabalhadores aprenderam a profissão no
próprio
ambiente de trabalho, isto é, na prática. Este índice mostra uma certa
deficiência em
relação à segurança, pois a grande maioria preocupa-se apenas em
aprender a
profissão.
Grandi (1985), afirma que a formação profissional ocorre durante a
execução das obras, em decorrência das relações de trabalho entre
operários mais
qualificados como mestres e encarregados menos qualificados como
serventes e
ajudantes. Por isso, sugere-se que a empresa possa implantar
programas de
treinamentos técnicos, principalmente no que se refere à segurança dos
funcionários, para que os ensinamentos teóricos possam interagir com a
prática.
Gráfico 6 – Como você aprendeu a profissão?
0
20
40
60
80
100
na prática
em cursos por esta empresa
em cursos por outra empresa
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
Como é possível verificar no gráfico 7, que se refere ao treinamento de
segurança, pode-se perceber que 46,15% dos funcionários da empresa
responderam que obtiveram treinamento de segurança, mas este
treinamento foi
realizado no próprio ambiente de trabalho, no momento da execução das
tarefas. Já
15,38% obtiveram treinamento em outra empresa. Enquanto que 38,46%
não
obtiveram nenhum tipo de treinamento de segurança. Seria importante
que a
empresa realizasse treinamentos periódicos com todos os trabalhadores
antes da
execução das atividades dentro da obra.
Gráfico 7 – Teve treinamento de segurança?
0
10
20
30
40
50
sim, nesta empresa
sim, em outra empresa
não
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A décima primeira questão do questionário refere-se ao curso de
aperfeiçoamento. O gráfico 8 mostra que 84,62% dos trabalhadores
nunca fizeram
curso de aperfeiçoamento, isto reforça a necessidade de implantação de
treinamento técnico, conforme dados do gráfico 7. O percentual de
trabalhadores
que obtiveram curso de aperfeiçoamento nesta ou em outra empresa é
ainda muito
pequeno.
Gráfico 8 – Fez curso de aperfeiçoamento?
0
20
40
60
80
100
sim, nesta empresa
sim, em outra empresa
não
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A pergunta sobre se o trabalhador gosta da sua função, conforme gráfico
9, apresenta uma distribuição que 76,92% dos trabalhadores gostam das
atividades
que realizam. Alguns dos 23,08% que responderam que não estavam
satisfeitos
com a sua função, destacaram que eram obrigados a trabalhar, pois não
havia outra
coisa para fazer.
Gráfico 9 – Gosta da sua função?
0
20
40
60
80
sim não
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A décima terceira questão do questionário refere-se ambiente de
trabalho
dos trabalhadores. O gráfico 10 apresenta uma porcentagem de 100%
dos 13
trabalhadores entrevistados que estão satisfeitos com seu local de
trabalho.
Gráfico 10 – Gosta do seu local de trabalho?
0
20
40
60
80
100
120
sim não
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
Conforme a pergunta se os trabalhadores utilizam os equipamentos de
proteção, de acordo com o gráfico 11, percebe-se que 100% dos
trabalhadores
dizem que utilizam os equipamentos de proteção. Alguns alegaram que
usam por
serem obrigados a utilizar, uma vez que a empresa exige, este fato
demonstra a
importância de ressaltar as questões de segurança no treinamento, pois
mostra que
alguns trabalhadores ainda não estão convencidos da importância
destes
equipamentos.
Gráfico11 – Você utiliza equipamento de proteção?
0
20
40
60
80
100
120
sim não
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A pergunta sobre se o trabalhador já sofreu algum acidente de trabalho
detectou que a maioria dos trabalhadores entrevistados, 76,92% nunca
sofreram
acidentes. O Gráfico 12 apresenta a distribuição da ocorrência destes
acidentes
onde pode ser observado que 7,69% dos trabalhadores já sofreram
acidentes nesta
empresa. Este resultado reforça a necessidade da realização de
treinamentos
periódicos pela segurança do trabalho.
Gráfico 12 – Já sofreu algum acidente de trabalho?
0
20
40
60
80
sim, nesta empresa
sim, em outra empresa
não
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A décima sexta questão do questionário refere-se a culpa da ocorrência
do acidente dos trabalhadores. O gráfico 13 mostra uma distribuição
percentual que
dos 03 trabalhadores que sofreram acidente, 02 trabalhadores, ou seja,
66,67%
alegam que a culpa não foi deles e nem da empresa, pois não teve
como prever o
acidente, mas 33,33% dos entrevistados, diz que a empresa não
fornecia condições
de trabalho. Este resultado mostra que a ocorrência de acidentes é tida
ainda por
muitos como fatalidade, o que demonstra a necessidade de
conhecimento dos
trabalhadores.
Gráfico 13 – No acidente que sofreu, acredita que a culpa foi?
0
20
40
60
80
equipamento de
proteção
condições inseguras de
trabalho
aconteceu um
imprevisto
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A décima sétima questão do questionário refere-se a qualidade de
segurança. O gráfico 14 mostra uma distribuição percentual que dos
trabalhadores
entrevistados 53,85% consideram que a qualidade é boa, e para 15,38%
a qualidade
é razoável. Mas é importante que com a colaboração de todos, possam
contribuir
para que ela torne-se ótima, e que a busca constante pela sua eficiência
seja
sempre exigida.
Gráfico 14 – Qualidade de segurança
0
10
20
30
40
50
60
ótima
boa
razoável
ruim
péssima
não sei responder
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A pergunta sobre se todos os acidentes podem ser evitados, apresentou
que a maioria dos trabalhadores entrevistados, 69,23%, consideraram
que sim. O
gráfico 15 apresenta um percentual de que 30,77% dos trabalhadores
acreditam que
todos os acidentes não possam ser evitados. Realmente é uma tarefa
difícil impedir
que todos os acidentes sejam evitados, mas deve-se sempre esforçar-se
para que
possa reduzir este índice, que ainda é consideravelmente alto.
Gráfico 15 – Você acha que todos os acidentes podem ser evitados?
0
20
40
60
80
sim não
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
O décima nona questão do questionário refere-se as questões de
segurança na obra, se elas podem ser melhoradas. O gráfico 16
demonstra que a
maioria dos trabalhadores, 84,62% preocupa-se com a segurança no
trabalho. Cabe
a participação de todos sugerir opiniões ou idéias que possam contribuir
para a
melhoria da segurança e condições de trabalho.
Gráfico 16 – Considera que as questões de segurança na obra podem
ser melhoradas?
0
20
40
60
80
100
sim
não
não sei responder
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A pergunta sobre se o trabalhador presenciou alguma situação de risco
nos últimos quinze dias, detectou que 23,08% dos trabalhadores
presenciaram
situações de risco. O gráfico 17 apresenta uma porcentagem de que
76,92% dos
trabalhadores não presenciaram situações de risco. É importante que no
momento,
os mesmos comuniquem ao responsável pela segurança, para que
medidas sejam
efetivamente tomadas, para que as situações de risco sejam eliminadas.
Gráfico 17 – Presenciou situações de risco nos últimos 15 dias?
0
20
40
60
80
sim não
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A vigésima primeira questão do questionário refere-se à percepção dos
trabalhadores com relação à utilização dos equipamentos de proteção.
No gráfico 18
pode-se observar que 84,62% dos trabalhadores entrevistados
consideram que
quem utiliza os equipamentos de proteção é considerada uma pessoa
esperta e
inteligente e nenhum dos trabalhadores consideraram que o trabalhador
que cumpre
as regras de segurança é medroso e fraco. Ainda, 15,38% consideram
as regras de
segurança como cumprimento de uma obrigação. É importante relevar
neste
momento que alguns trabalhadores não estejam preparados
suficientemente para
executar tarefas que envolvam alto grau de risco, como é o caso da
construção civil.
Com isso deve-se adotar treinamentos periódicos.
Gráfico 18 – Quem utiliza os equipamentos de proteção e cumpre as
regras de segurança é?
0
20
40
60
80
100
medroso/fraco
está cumprindo uma
obrigação
esperto/inteligente
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A pergunta sobre quais equipamentos de segurança que o trabalhador
utiliza para a sua segurança mostrou que a maioria dos trabalhadores
entrevistados, 100%, acha importante a utilização do capacete. O gráfico
19
apresenta uma distribuição em que 76,92% acha importante a utilização
do cinto
de segurança e 7,69% consideram que o chapéu/boné é importante para
a sua
segurança.
Gráfico 19 – Assinale os equipamentos que você acha importante para a
sua segurança:
0
20
40
60
80
100
120
capacete
sapatão
luva
óculos
chinelo
perneira
uniforme
bota de borracha
trava-quedas
capa de chuva
chapéu/boné
cinto de segurança
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A pergunta sobre se o trabalhador sabe quais as conseqüências pelo
não
uso do equipamento de proteção, detectou que 76,92% supõem que
sabem das
conseqüências. O gráfico 20 apresenta que 23,08% não sabem sobre as
conseqüências, é preciso que todos tenham consciência, da gravidade
dos
acidentes com trabalhadores que não utilizam os equipamentos de
segurança
adequadamente. Também é importante ressaltar a necessidade e
prioridade da
realização de treinamentos periódico de segurança do trabalho,
buscando corrigir
esta falta de informação.
Gráfico 20 – Sabe quais as conseqüências pelo NÃO uso de
equipamento de proteção?
0
20
40
60
80
sim não
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
Na pergunta, a qual refere o trabalhador tem condições de substituir seu
colega ele faltar ao trabalho, é possível perceber através do gráfico 21
que a maioria
dos trabalhadores, 84,62%, acha capaz de substituir na ausência, o seu
colega de
trabalho. Alguns alegaram que são capazes de substituir o colega que
exerce
apenas a mesma atividade. É importante neste determinado momento, a
empresa
avaliar as aptidões de cada trabalhador, e se o mesmo está em
condições e possui
treinamento e conhecimento técnico operacional adequado para
substituí-lo. Com o
intuito de evitar acidentes e expor trabalhadores não habilitados é
importante que
nos treinamentos, os riscos de todas as atividades no ambiente de
trabalho sejam
abordados.
Gráfico 21 – Na falta de algum colega de trabalho, você é capaz de
substituí-lo?
0
20
40
60
80
100
sim não
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A vigésima quinta questão do questionário trata da conservação dos
equipamentos segurança. Conforme gráfico 22 pode-se observar que
53,85% dos
trabalhadores entrevistados dizem que conservam em armários
pessoais, mas
15,38% dizem que conservam com outras ferramentas. Verifica-se a
importância de
informá-los sobre os equipamentos de segurança, principalmente o de
uso individual
que devem ser conservados em lugares próprios, evitando o contato
com outras
ferramentas que possam danificá-los ou contaminá-los.
Gráfico 22 – Onde você conserva os equipamentos de proteção
utilizado?
0
20
40
60
na empresa
em casa
armários pessoais
com outras ferramentas
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A pergunta sobre se o trabalhador está disposto a participar de algum
programa de segurança, apresentou dados bastante elevados, como
84,62% dos
entrevistados que tem interesse em participar destes programas. É de
importância
vital após a coleta destes dados, que os responsáveis pela segurança da
empresa
mobilizem-se em tempo hábil, afim de transmitir a todos os
trabalhadores a
importância pela segurança, bem com, promover eventos e treinamentos
que
possam servir de reflexão, conscientização e capacitação dos mesmos.
Gráfico 23 – Está disposto a participar de algum programa de
segurança?
0
20
40
60
80
100
sim
já participo
não
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A vigésima sétima questão do questionário, refere-se a contratação do
trabalhador, se este respondeu as seguintes perguntas: Possui tonturas
ao subir em
lugares altos?; Se tem dificuldade de locomover-se em lugares altos?;
Tem medo
de altura?; Possui labirintite?; Possui alguma doença que possa perder o
equilíbrio?. O gráfico 24 mostra que dos 13 trabalhadores entrevistados,
apenas
15,38% passaram pelo processo de seleção da empresa, com isso
demonstra que a
empresa apresentou falhas na contratação de funcionários. Há
necessidade que a
empresa implante um sistema mais eficaz na admissão, a fim de
identificar nas
informações se o contratado está realmente apto a exercer
determinadas tarefas,
devido ao alto grau de risco da ocupação, o que fica claro nesta questão.
Gráfico 24 – Ao ser contratado por esta empresa respondeu algum
questionário?
0
20
40
60
80
100
sim não
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A pergunta se o trabalhador considera importante o fechamento
provisório
nas aberturas de piso, conforme gráfico 25, apresentou que 92,31% dos
trabalhadores entrevistados consideram que melhora a segurança, mas
o gráfico
apresentou que 7,69% não consideram importante para a segurança.
Gráfico 25 – O fechamento provisório nas aberturas do piso você
considera?
0
20
40
60
80
100
dificulta a
produtividade
melhora a
segurança
não contribui, nem
atrapalha
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
Conforme gráfico 26 ao qual refere-se a pergunta sobre a instalação de
proteções (tela) junto as plataformas de proteção, detectou que 100%
dos
trabalhadores consideraram a proteção de telas junto as plataformas
como eficientes
para a segurança. Podemos considerar estas, como um dos
equipamentos de
proteção coletiva mais importantes na construção civil, pois ela possui
finalidade de
proteger a queda de ferramentas e materiais utilizados na obra. Mesmo
com este
resultado positivo é importante que se faça treinamentos periódicos pela
segurança
do trabalho.
Gráfico 26 – A instalação de proteção (tela) junto as plataformas?
0
20
40
60
80
100
120
dificulta a
produtividade
são eficientes para
a segurança
não contribuem,
nem atrapalha
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A trigésima pergunta do questionário refere-se ao guarda-corpo. O
gráfico
27 demonstra que, 100% dos trabalhadores entrevistados consideraram
o guardacorpo
como eficientes para a segurança.
Gráfico 27 – O guarda-corpo e os sistemas de fechamento (cancela ou
similar):
0
20
40
60
80
100
120
dificulta a
produtividade
são eficientes para
a segurança
não contribuem,
nem atrapalham
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A pergunta: O fechamento provisório nos vãos de acesso ao elevador
você considera, conforme gráfico 28, 100% dos trabalhadores
entrevistados
consideram o fechamento provisório do elevador, como eficiente para a
segurança.
É importante o fechamento para evitar quedas de objetos, bem como
para a
proteção dos trabalhadores.
Gráfico 28 – O fechamento provisório nos vãos de acesso ao elevador
você considera?
0
20
40
60
80
100
120
dificulta a
produtividade
é eficiente para a
segurança
não contribui, nem
atrapalha
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A trigésima segunda questão do questionário refere-se as proteções
contra quedas de altura. O gráfico 29 apresenta que 84,62% dos
trabalhadores
consideram importantes os equipamentos de proteção coletiva para
atividades com
risco em quedas de altura.
Gráfico 29 – As proteções contra quedas que possuem altura de 1,20m,
travessão superior e no
meio, rodapé e telas na abertura você acredita que:
0
20
40
60
80
100
todos os itens são
importantes
não precisa de todos os
itens
quanto mais melhora a
segurança
não faz tanta diferença
Fonte: Pesquisa de Campos das Autoras
A última questão, número 33, da pesquisa refere-se sobre a importância
do uso de cinto de segurança em altura a partir de 1,5 m. O gráfico 30
demonstra,
que os entrevistados sendo 84,62% consideram o cinto de segurança
como
importante para trabalhos em altura acima de 1,5m. E que 15,38% dos
trabalhadores
não consideram como importante para a sua segurança, pois acham que
atrapalha
na atividade que está sendo realizada. Apesar do resultado positivo é
importante a
implantação de um sistema de segurança eficaz, capaz de conscientizar
todos os
funcionários, sobre a importância da segurança.
Gráfico 30 – Considera importante equipamento de proteção (cinto de
segurança) para trabalhos
realizados a uma altura acima de 1,5m?
0
20
40
60
80
100
sim não
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
4.2 Programação do Treinamento
Primeiramente buscou-se contato com uma empresa do ramo da
construção civil, em seguida entrou-se em contato com o setor de
engenharia da
empresa, para verificar a possibilidade da realização de um treinamento
aos
trabalhadores expostos as atividades com riscos de quedas de altura,
pelo fato de
ocorrerem, nestas atividades índices elevado de acidentes de trabalho.
Logo a seguir foi elaborado um questionário (ver anexo 1), para verificar
qual a percepção dos trabalhadores da empresa. Este questionário foi
aplicado aos
trabalhadores, e a partir dos resultados pode-se identificar quais temas
poderiam ser
abordados no treinamento.
Quanto à elaboração do treinamento (ver anexo 2), houve uma grande
preocupação em elaborar o material que deveria ser o mais adequado
ao grupo para
qual seria realizado no treinamento. O material apresentado foi simples,
colorido e
com muitas ilustrações, já que estes trabalhadores possuem grau de
escolaridade
baixo, sendo que a maioria não havia completado a 5ª série do primeiro
grau. Diante
desta situação, optou-se pelo flip-chart, no qual procurou-se através das
ilustrações
uma maneira de simplificar o entendimento de cada assunto exposto no
treinamento.
A metodologia utilizada no treinamento foi aplicação de aulas
expositivas,
que, segundo Silva apud Mutti (p. 63, 1995), “consiste na apresentação
oral de um
determinado assunto pelo instrutor de treinamento, com base numa
exposição
programada e estruturada”.
O treinamento foi realizado no refeitório da obra, com o intuito de
permanecer no ambiente de trabalho, assim eles ficariam mais
interativos com o
treinamento. O flip-chart foi fixado em um cavalete para que todos
pudessem
visualizar melhor. Não houve uma seleção de trabalhadores para
participarem do
treinamento, todos participaram. No desenvolvimento do treinamento
alguns
trabalhadores fizeram perguntas, mas quando passou-se para a
realização da
dinâmica de grupo os trabalhadores não se propuseram a realizar, talvez
o baixo
nível de escolaridade os deixou com receio de debater sobre o assunto.
Após o treinamento, aplicou-se outro questionário contendo cinco
perguntas (anexo 3), procurando avaliar se, de alguma forma, contribuiu
na
percepção quanto o uso de EPC e EPI para atividades com riscos em
quedas de
altura e se investimentos em treinamentos são importantes.
O horário escolhido do treinamento foi as três e meia da tarde, após o
intervalo do café, numa sexta-feira, pois os trabalhadores após o
treinamento
estariam dispensados de suas tarefas e voltariam a trabalhar somente
na segundafeira.
O treinamento teve duração de uma hora.
4.3 Resultado da Avaliação
Neste sub-item serão apresentados os resultados por meio de gráficos,
avaliando os resultados, obtidos após o treinamento com trabalhadores
de
atividades com risco de quedas de altura, permitindo verificar qual a
percepção dos
mesmos através das respostas do questionário.
A primeira questão refere-se a avaliação que os trabalhadores
realizaram
referente ao treinamento. No Gráfico 31 apresenta o seguinte resultado:
dos
trabalhadores que responderam o questionário a maior parte 84,62%
consideraram
que o treinamento foi ótimo. Isso demonstra, que, a maioria dos
trabalhadores que
participaram do treinamento obtiveram interesse pelo assunto.
Gráfico 31 – Você acredita que o treinamento foi:
0
20
40
60
80
100
Ótimo
Bom
Razoável
Ruim
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
Na pergunta sobre, a importância dos equipamentos de proteção
coletivas
(EPC) foram constatados os seguintes dados: 53,85% dos trabalhadores
entrevistados consideram que os EPC são importantes para prevenção
de
acidentes. O gráfico 32 também nos demonstra que 46,15% consideram
que os EPC
melhoram a segurança do trabalhador.
Gráfico 32 – Você considera que os equipamentos de proteção coletiva
são importantes para:
0
10
20
30
40
50
60
preveção de
acidentes
a empresa
melhora a segurança
do trabalhador
Fonte: Pesquisa de Campo do Autor
A pergunta sobre se o trabalhador considera que os equipamentos de
proteção individual são importantes, apresentou dados bastante elevado,
como
76,92% dos entrevistados acreditam que os EPI são importantes para
protegê-los
contra lesões que poderiam ser causadas por possíveis acidentes. O
gráfico 33 nos
mostra que apesar da realização do treinamento, apresentou que
15,38% ainda
consideram que o EPI é importante para a empresa. Com esse resultado
é de
importância vital que os responsáveis pela segurança do trabalho da
empresa
realizem treinamentos periódicos sobre a importância do uso de EPI.
Gráfico 33 – Você considera que os equipamentos de proteção individual
são importantes para:
0
20
40
60
80
proteger contra lesões que
poderiam ser causadas
por acidentes
a empresa
usar coletivamente
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A pergunta se os trabalhadores consideram importante o fechamento
provisório nas aberturas de piso, conforme gráfico 34 apresentou que
após a
realização do treinamento, 100% dos trabalhadores entrevistados
consideram que
melhora a segurança, mas anteriormente o gráfico apresentava que
7,69% não
consideravam importante para a segurança, demonstrando uma
mudança na
percepção anterior.
Gráfico 34 – O fechamento provisório nas aberturas do piso você
considera?
0
20
40
60
80
100
120
dificulta a
produtividade
melhora a
segurança
não contribui, nem
atrapalha
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
A quinta questão da avaliação refere-se as proteções contra quedas de
altura. O gráfico 35 apresenta que após a realização do treinamento,
69,23% dos
trabalhadores entrevistados consideram que todos os itens são
importantes para a
segurança e 30,77% demonstram que quanto mais itens melhoram a
segurança,
com esse resultado o risco também diminui, contribuindo para que os
trabalhos
sejam realizados com maior segurança.
Gráfico 35 – As proteções contra quedas que possuem altura de 1,20m,
travessão superior e no
meio, rodapé e telas na abertura você acredita que:
0
20
40
60
80
todos os itens são
importantes
não precisa de todos os
itens
quanto mais melhora a
segurança
não faz tanta diferença
Fonte: Pesquisa de Campo das Autoras
Após a realização do treinamento técnico pode-se verificar, através dos
resultados obtidos pelo questionário de avaliação, que aumentou o
conhecimento
dos trabalhadores expostos aos riscos de quedas de altura, sobre os
riscos de
acidentes. Com esse resultado obtido conseguiu chegar aos objetivos
propostos no
presente trabalho. Como exemplo, pode-se verificar, comparando o
gráfico de n° 25
com o de n° 34, anteriormente apenas 92,31% dos trabalhadores
acreditava que o
fechamento provisório nas aberturas de piso melhorava a segurança,
após o
treinamento verificou-se que 100% dos trabalhadores consideram
importante.
4.4 Resultado Geral
Por meio da pesquisa de campo realizada, surgiu a oportunidade de
conhecer melhor os trabalhadores de uma empresa da construção civil
no seu dia-adia,
conseguindo buscar informações sobre as atividades que envolvem
riscos de
quedas de altura, merecendo ser analisadas, e se possível melhorar as
informações,
para que possam ser úteis à empresa e aos trabalhadores.
Todavia, muitas empresas estão investindo no fator segurança para
prevenir e evitar a ocorrência de muitos acidentes. Mas a iniciativa não
deve apenas
partir da empresa, é necessário a cooperação de todos, principalmente
de seus
trabalhadores, que estão mais expostos aos riscos de queda de altura,
os mesmos
devem estar preparados suficientemente para compreender que os EPI
e EPC, não
são somente importantes para a empresa, que usam como obrigação,
mas sim, para
sua própria segurança, para que ambos possam obter resultados
satisfatórios.
O treinamento contribuiu para que os trabalhadores desta empresa
pesquisada, modificassem a percepção sobre a importância do uso
adequado dos
equipamentos de proteção, buscando melhor o desempenho de suas
atividades,
refletindo mais sobre suas atitudes frente as atividades desenvolvidas.
Com os
resultados do segundo questionário e visitas na obra,foi possível
observar que
houve mudança na percepção dos trabalhadores, tornaram-se mais
participativos e
mais cuidadosos com seus materiais e equipamentos de segurança,
após o
treinamento.
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
A realização deste trabalho teve como propósito ajudar os empresários
da
empresa pesquisada , a incentivar a implantação do treinamento técnico
no canteiro
de obras, objetivando principalmente prevenir os trabalhadores expostos
a quedas
de altura, quanto aos riscos de acidentes.
O treinamento deve ser considerado parte da estratégia da empresa.
Primeiramente por informar aos trabalhadores, da importância dos
equipamentos de
proteção individual e coletivo e, em segundo, prevenir e evitar que
muitos acidentes
sejam causados pelo despreparo e descuido dos trabalhadores.
A utilização dos equipamentos de proteção voltado para a segurança
dos
trabalhadores, foi considerado no início, de difícil adaptação pelo
incômodo e
desconforto com que os equipamentos provocavam, mas com o passar
do tempo, as
empresas fabricantes de equipamentos foram expandindo e
aperfeiçoando seus
equipamentos de segurança, trazendo resultados positivos, o qual
incentivou muitos
trabalhadores a optar pelo uso dos mesmos.
Para muitos trabalhadores, que consideravam o treinamento como
importante somente para a empresa, mudaram sua percepção,
conseguindo
visualizar a importância do treinamento para sua segurança pessoal,
bem como, o
melhoramento no ambiente de trabalho, impedindo que muitos objetos,
como
ferramentas e materiais, ficassem expostos em lugares que impedissem
a realização
de suas tarefas e aumento na produtividade.
Foi possível verificar que nos trabalhadores, durante o treinamento
técnico realizado na própria empresa, o interesse em colaborar e adquirir
novos
conhecimentos, aperfeiçoando suas técnicas e no desempenho de suas
atividades.
Porém, alguns fatores devem ser destacados: alguns trabalhadores
sentiram-se
amedrontados e ansiosos na realização de algumas tarefas como a
dinâmica de
grupos. Este fato pode estar relacionado à insegurança de expor seus
pensamentos,
idéias, ocasionando certo constrangimento em relação ao grupo.
Através do estudo realizado conseguiu-se atingir os objetivos deste
trabalho, ou seja, percebeu-se através da avaliação, que o treinamento
técnico
modifica a percepção dos trabalhadores expostos a quedas de altura,
prevenindo
futuros riscos de acidentes. O treinamento serviu como facilitador da
informação com
intuito de aproximar os trabalhadores da realidade no seu cotidiano.
Conclui-se que a maioria dos trabalhadores entrevistados, preocupam-
se
com a segurança pessoal e da empresa, muitos demonstram-se
dispostos em
participar de cursos de treinamento técnico realizado pela empresa,
colaborando
com suas idéias, contribuindo assim para que o objetivo e o
comprometimento pela
sua segurança não seja apenas da empresa, mas sim de todos os seus
colaboradores.
Recomenda-se à empresa pesquisada ou empresas interessadas acerca
do assunto:
Implantar treinamento técnico periódico, incentivando a participação
de
todos os trabalhadores;
Oportunizar a participação pessoal ou em grupo com o intuito de
trazer
melhorias, aumento da segurança e motivação pelo interesse do
ensino;
Interagir o conteúdo teórico com a prática demonstrando através de
simulações que o treinamento é uma ferramenta eficaz e viável para os
objetivos propostos;
Avaliar se os resultados obtidos são satisfatórios, como está a
empresa
antes e após o treinamento técnico, bem como o comportamento de
seus trabalhadores.
Todavia, para futuras pesquisas, pode-se aplicar o questionário
elaborado
em um número maior de empresas para verificar se estes resultados
representam a
realidade da empresa pesquisada ou de empresas da região. Este
poderá ser
aplicado também à outros setores da indústria da construção e,
certamente, na
retomada de estudos desta natureza. Porém, para a implantação do
treinamento
serão necessárias adaptação da estrutura deste à realidade da empresa.
REFERÊNCIAS
BOOG, Gustavo G. Manual de Treinamento e Desenvolvimento/ABTD,
Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento. São Paulo:
McGraw-
Hill do Brasil, 1980.
CARVALHO, Antônio Vieira de. Manual de Gerência de Treinamento.
São Paulo:
Management Center do Brasil, 1988.
CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando pessoas. 2ª edição. São Paulo:
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ANEXOS
Anexo 1 – Questionário
Monografia de Pós Graduação
Mariana P. R. Rosso
Samira C. F. de Oliveira
Instrumento de Pesquisa
1. Nome da Ocupação _______________
2. Tempo de trabalho na função _______
3. Outras funções que exerceu nesta
empresa __________________________
4. Qual a sua idade?
( ) inferior a 18 anos
( ) de 18 a 24 anos
( ) de 25 a 29 anos
( ) de 30 a 34 anos
( ) de 35 a 39 anos
( ) acima de 40 anos
5. Escolaridade.
( ) Analfabeto
1° grau ( ) incompleto ( ) completo
2° grau ( ) incompleto ( ) completo
Se técnico qual? __________________
3° grau ( ) incompleto ( ) completo
Qual?__________________________
6. Tempo de trabalho na Empresa:
( ) menos de 1 ano
( ) de 1 a 3 anos
( ) de 4 a 6 anos
( ) de 7 a 9 anos
( ) mais de 10 anos
7. Em quantas empresas de construção civil
já trabalhou?
( ) somente uma
( ) de 1 a 3
( ) de 4 a 6
( ) de 7 a 9
( ) mais de 10
8. Tempo de trabalho na construção civil?
( ) menos de 1 ano
( ) de 1 a 3 anos
( ) de 4 a 6 anos
( ) de 7 a 9 anos
( ) mais de 10 anos
9. Como você aprendeu a profissão?
( ) na prática
( ) em cursos por esta empresa
( ) em cursos por outra empresa
10. Teve treinamento de segurança:
( ) Sim, nesta empresa
( ) Sim, em outra empresa
( ) Não
11. Fez curso de aperfeiçoamento?
( ) Sim, nesta empresa
( ) Sim, em outra empresa
( ) Não
12. Gosta da sua função?
( ) Sim
( ) Não
13. Gosta do seu local de trabalho?
( ) Sim
( ) Não
14. Você utiliza equipamento de proteção?
( ) Sim
( ) Não. Por quê?
( ) Incomodo
( ) Deveria ser por tamanho
( ) Atrapalha na produtividade
15. Já sofreu algum acidentes de trabalho?
( ) Sim, nesta empresa
( ) Sim, em outra empresa
( ) Não
16. No acidente que sofreu, acredita que a
culpa foi:
( ) Sua, por não estar utilizando
equipamento de proteção
( ) Da empresa, por não disponibilizar
condições segura de trabalho
( ) De nenhuma das partes, aconteceu
um imprevisto.
17. Você considera que a qualidade de
segurança nesta empresa é?
( ) Ótima
( ) Boa
( ) Razoável
( ) Ruim
( ) Péssima
( ) Não sei responder
18. Você acha que todos os acidentes
podem ser evitados?
( ) Sim
( ) Não
19. Considera que as questões de
segurança na obra podem ser melhoradas?
( ) Sim
( ) Não
( ) Não sei responder
20. Presenciou situações de risco nos
últimos 15 dias?
( ) Sim. Qual ____________________
________________________________
( ) Não
21. Quem utiliza os equipamento de
proteção e cumpre as regras de
segurança é?
( ) Medroso/ fraco
( ) Está cumprindo uma obrigação
( ) Esperto/ inteligente
22. Assinale os equipamentos que você
acha importante para a sua segurança.
( ) capacete ( ) uniforme
( ) sapatão ( ) bota de borracha
( ) luva ( ) trava-queda
( ) óculos ( ) capa de chuva
( ) chinelo ( ) chapéu/ boné
( ) perneira ( ) cinto de segurança
23. Sabe quais as conseqüências pelo
NÃO uso de equipamento de proteção?
( ) Sim
( ) Não
24. Na falta de algum colega de trabalho
você é capaz de substituí-lo?
( ) Sim
( ) Não
25. Onde você conserva os
equipamentos de proteção utilizado?
( ) Na empresa coletivamente
( ) Em casa
( ) Armários pessoais
( ) Com outras ferramentas
26. Está disposto a participar de algum
programa de segurança?
( ) Sim. Quais? __________________
________________________________
( ) Já participa. Quais ___________
________________________________
( )Não
27. Ao ser contratado por esta você
respondeu algum questionário?
( ) Não
( ) Sim. Assinale abaixo as perguntas.
( ) Possui tonturas ao subir em lugares
altos?
( ) Tem dificuldade de se locomover em
lugares altos?
( ) Tem medo de altura?
( ) Possui labirintite?
( ) Possui alguma doença que possa
perder o equilíbrio?
28. O fechamento provisório nas aberturas
do piso você considera?
( ) Dificulta a produtividade
( ) Melhora a segurança
( ) Não contribui nem atrapalha
29. A instalação de proteção (tela) junto as
plataformas:
( ) Dificultam a produtividade
( ) São eficientes para a segurança
( ) Não contribuem nem atrapalha
30. O guarda-corpo e os sistemas de
fechamento (cancela ou similar):
( ) Dificulta a produtividade
( ) São eficientes para a segurança
( ) Não contribuem nem atrapalha
31. O fechamento provisório nos vão de
acesso ao elevador você considera?
( ) Dificultam a produtividade
( ) São eficientes para a segurança
( ) Não contribuem nem atrapalha
32. As proteções contra quedas que
possuem altura de 1,20m, travessão
superior e no meio, rodapé e telas na
abertura você acredita todos:
( ) Todos os itens são importantes
( ) Não precisa de todos os itens
( ) Quanto mais melhora a segurança
( ) Não faz tanta diferença
33. Considera importante equipamento de
proteção (cinto de segurança) para
trabalhos realizados a uma altura acima de
1,5m?
( ) Sim
( ) Não
Anexo 2 – Treinamento
Anexo 3 – Questionário da Avaliação do Treinamento
Monografia de Pós Graduação
Mariana P. R. Rosso
Samira C. F. de Oliveira
Avaliação do Treinamento
1. Você acredita que o treinamento foi:
( ) Ótimo
( ) Bom
( ) Razoável
( ) Ruim
2. Você considera que os equipamentos de
proteção coletiva são importantes para:
( ) prevenção de acidentes
( ) a empresa
( ) melhora a segurança do
trabalhador
3. Você considera que os equipamentos de
proteção individual são importantes para:
( ) a empresa
( ) proteger contra lesões que poderiam
ser causadas por acidentes
( ) usar coletivamente
4. O fechamento provisório nas aberturas
do piso você considera?
( ) Dificulta a produtividade
( ) Melhora a segurança
( ) Não contribui nem atrapalha
5. As proteções contra quedas que
possuem altura de 1,20m, travessão
superior e no meio, rodapé e telas na
abertura você acredita todos:
( ) Todos os itens são importantes
( ) Não precisa de todos os itens
( ) Quanto mais melhora a segurança
( ) Não faz tanta diferença