a importância do professor acerca da inclusão nas escolas e o fator dificuldade de aprendizagem

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UEG UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE IPORÁ CURSO DE GEOGRAFIA ISA PAULA E SILVA A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR ACERCA DA INCLUSÃO NAS ESCOLAS E O FATOR: DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM IPORÁ 2013

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A Importância Do Professor Acerca Da Inclusão Nas Escolas e o Fator Dificuldade de Aprendizagem

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  • 1

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS UEG UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    CURSO DE GEOGRAFIA

    ISA PAULA E SILVA

    A IMPORTNCIA DO PROFESSOR ACERCA DA INCLUSO NAS

    ESCOLAS E O FATOR: DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

    IPOR

    2013

  • 2

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS

    UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    CURSO DE GEOGRAFIA

    ISA PAULA E SILVA

    A IMPORTNCIA DO PROFESSOR ACERCA DA INCLUSO NAS

    ESCOLAS E O FATOR: DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

    Trabalho de Concluso apresentado

    Universidade Estadual de Gois, Unidade

    Universitria de Ipor, como exigncia parcial

    para a concluso do curso de Graduao em

    Geografia, Licenciatura Plena.

    Orientador: Prof. Divino Jos Lemes de

    Oliveira

    IPOR

    2013

  • 3

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    Bibliotecria responsvel tala Moreira Alves CRB 1/2772

    S586i Silva, Isa Paula e

    A importncia do professor acerca da incluso nas escolas

    e o fator: dificuldade de aprendizagem / Isa Paula e Silva. -

    2013.

    42 f.

    Orientador: Divino Jos Lemes de Oliveira

    Trabalho de Concluso de Curso (Graduao) -

    Universidade Estadual de Gois, Unidade Universitria de

    Ipor, 2013.

    Bibliografia

    1. Incluso. 2. Educao. 3. Aprendizagem. I. Ttulo.

    CDU: 371.13:376

  • 4

    FOLHA DE APROVAO

    ISA PAULA E SILVA

    A IMPORTNCIA DO PROFESSOR ACERCA DA INCLUSO NAS ESCOLAS E O

    FATOR: Dificuldade de aprendizagem

    Monografia defendida e aprovada em______de________de_________, pela Banca

    Examinadora constituda pelos professores, abaixo relacionados, com o objetivo do direito

    Licenciatura em Geografia, na Universidade Estadual de Gois UEG, Unidade Universitria

    de Ipor.

    ___________________________________________________________________

    Professor mestrando Divino Jos Lemes de Oliveira

    Orientador

    ___________________________________________________________________

    Prof Esp. Elizangela Vilela de Almeida Souza

    Arguidora 1

    ___________________________________________________________________

    Prof Esp. Marlcia Marques

    Arguidora 2

  • 5

    A Deus... minha famlia... Aos colegas pelo

    companheirismo... Aos professores pela

    dedicao rdua... A todos que contriburam

    nessa etapa final...

    Dedico!

  • 6

    AGRADECIMENTOS

    A Deus...

    Por me acompanhar em todos os momentos de minha vida...

    minha famlia e ao meu noivo Johnnaves...

    Pelos momentos de abandono necessrios minha concluso final...

    A todos que colaboraram, incondicionalmente.

    Muito obrigada!

  • 7

    No basta ensinar ao homem uma

    especialidade, porque se tornar assim uma

    mquina utilizvel e no uma personalidade.

    necessrio que adquira um sentimento, um

    senso prtico daquilo que vale a pena ser

    empreendido, daquilo que belo, do que

    moralmente correto.

    Albert Einstein

  • 8

    RESUMO

    A presente pesquisa, acerca da educao inclusiva de grande relevncia para todos, pois

    demonstra as dificuldades que cada um possui no tocante incluso. Destaca-se que tais

    dificuldades no se restringem somente aos professores que trabalham com os alunos que

    possuam qualquer tipo de deficincia, mas toda comunidade acadmica. A incluso criticada

    por muitos, que entendem que nela tem-se a idia de que a criana que deve se adaptar

    escola, devendo ser inserida em um ambiente educacional o menos restritivo possvel. Porm

    esse aluno possui os mesmos direitos e deveres que os outros e esse trabalho vem demonstrar

    a realidade desses e como buscam a insero no meio social. Em alguns casos, entende-se que

    seja o aluno que necessite conquistar sua oportunidade para ser colocado na classe regular,

    porm o professor que ser o possibilitador do conhecimento e deve estar sempre preparado

    para completar esse processo. O presente estudo vem apontar para o fato de que pessoas com

    dficit de aprendizagem tambm pode ter uma aprendizagem satisfatria, de acordo com suas

    possibilidades e que isso s depende de como isso articulado.

    Palavras-chave: Incluso; Educao; Aprendizagem.

  • 9

    ABSTRACT

    The present research about inclusive education is of great importance for everyone, because it

    demonstrates the difficulties that each has with respect to inclusion. It is noteworthy that such

    difficulties are not restricted only to teachers who work with students who have any kind of

    disability , but the entire academic community . Inclusion is criticized by many , who believe

    that - has the idea that it is the child who must adapt to school and must be inserted in a least

    restrictive educational environment. But this student has the same rights and duties as other

    and this work demonstrates the reality of these and how to seek inclusion in the social

    environment . In some cases , it is understood that it is the student who needs to win their

    chance to be placed in the regular class, but it is the teacher who will be the enabler of

    knowledge and should always be prepared to complete this process . This study has pointed to

    the fact that people with learning disabilities can also have a satisfactory learning , according

    to their means and it just depends on how it is articulated .

    Keywords : Inclusion , Education, Learning .

  • 10

    SUMRIO

    INTRODUO.......................................................................................................................11

    I HISTRICO DA INCLUSO............................................................................................12

    1.1 Incluso no Brasil................................................................................................................13

    1.2 Consideraes sobre incluso ............................................................................................15

    1.3 A educao inclusiva e os direitos humanos......................................................................16

    1.4 Escola inclusiva no Brasil..................................................................................................17

    1.5 Conscientizao da sociedade em relao valorizao das pessoas com necessidades

    especial.....................................................................................................................................18

    II A IMPORTNCIA DA INCLUSO NAS ESCOLAS...................................................20

    2.1 A incluso na sociedade mediada pela escola.....................................................................21

    2.2Abordagens tericas e os quatro pilares da Educao ........................................................22

    2.3 Mtodos diferenciados como forma de incluso.................................................................27

    2.4 A capacitao do professor: aspectos imprescindveis.......................................................28

    2.5 Dificuldades de aprendizagem: Relao entre educao, escola e famlia.........................29

    III INCLUSO E AS DIFICULDADES ENCONTRADAS NA ESCOLA ESTADUAL

    ALFRESO NASSER DA CIDADE DE AMORINPOLIS-GOIS ...............................33

    3.1Caracterizao do municpio de Amorinpolis-Go ............................................................33

    3.2 Primrdios da Escola Estadual Alfredo Nasser .................................................................34

    3.3 Incluso e a dificuldade de aprendizagem na Escola Estadual Alfredo Nasser..................37

    CONSIDERAES FINAIS................................................................................................40

    REFERNCIAS .....................................................................................................................41

  • 11

    INTRODUO

    Por meio do tema A importncia e o papel do professor acerca da incluso nas

    escolas desenvolveu-se a seguinte pesquisa, que prope acerca dos aspectos que so de suma

    importncia para a aprendizagem, com o objetivo de conhecer a verdadeira necessidade dos

    procedimentos e prticas voltados para um ensino, que valorize o relacionamento interpessoal

    e a necessidade disso junto ao processo de ensino-aprendizagem.

    A presente pesquisa teve como finalidade apontar quais as dificuldades que os

    profissionais da educao possuem em lidar com a incluso quando se trata das metodologias

    usadas em sala de aula.

    O desenvolvimento da pesquisa se volta para a metodologia utilizada com o aluno

    que possui deficincia, seja ela fsica ou mental. Os diversos autores citados no referencial

    deste trabalho como Ferreira (1993), Mantoan(1988), Mazzota(2001) apontam diferentes

    possibilidades para o sucesso da aprendizagem desde que sejam utilizados procedimentos de

    ensino diferenciados, desde que se tenha como suporte a iniciativa e o desejo do professor.

    Com o estudo torna-se possvel referendar a necessidade de se buscar meios

    diferenciados para trabalhar com o indivduo deficiente e que isso no seja uma desvantagem,

    mas um ganho, na tentativa de se criar uma sociedade mais solidria, mais igualitria e com

    oportunidade para todos. Sendo assim, o tema foi escolhido pela necessidade de estar

    mostrando para a comunidade a importncia da incluso enquanto fator social.

    A pesquisa foi realizada tendo como instrumentos questionrios aplicados

    professora regente, professora de apoio e a coordenao da Escola Estadual Alfredo Nasser da

    cidade de Amorinpolis, Gois. A escola campo foi a escolhida pelo fato de ter em seu

    contexto, principalmente no ltimo ano do ensino fundamental, alunos com algum tipo de

    deficincia. A preocupao reside no fato de que estes alunos estaro iniciando a segunda fase

    desse nvel de ensino, o que faz com que a preocupao com a incluso seja ainda mais

    reforada. Diante de tal contexto, espera-se que a pesquisa possa contribuir como forma de

    reflexo, direcionada no somente aos educadores que lidam cotidianamente com os sujeitos

    do estudo.

  • 12

    CAPTULO I - HISTRICO DA INCLUSO

    1.1 A incluso no Brasil

    No Brasil, acredita-se que os processos de incluso tenham se iniciado no sculo

    XIX. De acordo com Mazzota (2001) isso deu por iniciativas particulares isoladas, refletindo

    o interesse de alguns educadores pelo atendimento educacional, inspirados por experincias

    europeias e norte-americanas. Tal processo, primeiramente estava mais voltado para as

    questes assistenciais, passando ento a uma pesquisa mais abrangente acerca das

    deficincias, com estudos voltados para os processos educativos.

    Em 1854, por meio do Decreto Imperial n1. 428, na cidade do Rio de Janeiro,

    criado o Colgio Imperial dos Meninos Cegos, hoje denominado Instituto Benjamim Constant

    (IBC), grande centro produtor de pesquisa nessa rea. D. Pedro II, pela lei N839, cria no Rio

    de Janeiro, o Imperial Instituto dos Surdos-mudos, hoje denominado Instituto Nacional de

    Educao de Surdos (INES). Com essa iniciativa, as instituies de ensino e abrigo para

    deficientes foram ampliadas. Dessa forma, de acordo com Mazzota (1996),

    Em 1950, metade do sculo XX, j havia quarenta estabelecimentos de ensino

    regular mantido pelo poder pblico, sendo um federal e os demais estaduais, que

    prestavam algum tipo de atendimento escolar especial a deficientes mentais. Em

    1964, foi instalada a primeira unidade assistencial da APAE, o Centro Ocupacional

    Helena Antipoff. O objetivo deste Centro era proporcionar habilitao profissional a

    adolescentes deficientes mentais do sexo feminino (MAZZOTA, 1996, p. 76).

    Destaca-se que com a criao de tais institutos houve um salto qualitativo na

    educao de pessoas deficientes e inmeras campanhas ganharam espao a partir da

    compreenso de que tais sujeitos possuam as mesmas condies de aprendizagem desde que

    a fossem lhes concedido os mesmos direitos. Com a ampliao das pesquisas compreendeu-se

    que a permisso da aprendizagem ou da socializao concedida aos deficientes acarretava na

    elevao da capacidade desses sujeitos de estarem de fato inseridos na sociedade. Vale

    ressaltar que o ato de incluir o indivduo com deficincias necessitou ainda mais da

    compreenso de que era imprescindvel que se criassem estratgias unificadas entre todas as

    partes envolvidas no processo, seja a comunidade escolar ou o grupo social.

  • 13

    Muitos problemas e insatisfaes surgiram a partir da observao de que na

    incluso, alguns envolvidos no se veem como educadores, mas somente como

    possibilitadores do entendimento. No caso dos apoios, muitos se isolavam dos demais

    professores, no participando das reunies e acontecimentos na escola. Isso fazia com que a

    relao necessria ao processo de ensino aprendizagem ficasse seriamente comprometida.

    Com o avano dos estudos acerca da incluso, observou-se que os professores

    deveriam possuir um perfil determinado que os fizesse compreender como se daria esse

    processo. Nesse sentido, destaca-se que esses deveriam possuir uma boa formao que os

    tornasse prontos a resolverem todos os problemas implicados nas deficincias e necessidades

    dos sujeitos. Observou-se tambm que quando o professor no se encontrava preparado da

    maneira tida como necessria para a aprendizagem, este terminava por no conseguir fazer

    com a aprendizagem fosse mediada no processo e seus objetivos de incluso dos deficientes

    no eram alcanados.

    Notoriamente, a incluso chegou para conceder o direito a todos, independente do

    estado fsico ou mental, o direito educao e dignidade. Na opinio de Ferreira (1993),

    a noo de incluso compreende dois conceitos bsicos: o de comunidade e o de

    participao. Ambos caracterizam-se por sua conexo com os processos de incluso

    e o carter de processo atribudo a ela. Portanto, a educao inclusiva se prope a

    aumentar a participao de todos os alunos no currculo escolar e a reduo da

    excluso escolar e social (FERREIRA, 1993, P. 54).

    Pode-se dizer que a educao inclusiva centra-se em como apoiar as qualidades e

    necessidades de cada um e de todos os alunos na comunidade escolar, para que se sintam bem

    vindos, seguros e com isso alcancem o xito na aprendizagem, de acordo com cada limitao

    imposta por sua condio. Seria a transformao de uma sociedade e um mundo intolerante e

    temeroso para um mundo que no qual a diversidade pudesse ser vista como algo natural e que

    os deficientes pudesse, de fato serem acolhidos. Portanto justo afirmar que a incluso

    reivindica uma ao educativa que responda de maneira mais eficaz diversidade de todos os

    alunos.

    O aspecto incluso teve sua origem como proposta inicial de acabar com a ideia

    de que os alunos que apresentassem qualquer tipo de deficincia no poderiam aprender.

    Obviamente, pelo que se sabe acerca da histria desses alunos, como eram tratados at mesmo

    pela famlia, pode-se imaginar a conturbao gerada e as crticas que surgiram, pois se esses

    fossem vistos como problemas no poderiam aprender sob nenhuma circunstncia.

    Infelizmente, essa era a concepo de grande parte da sociedade para no dizer de todos.

  • 14

    Para as pessoas com deficincias muito se transformou ao longo do tempo e mais

    pessoas aderiram concepo de que, mesmo com limitaes isso no os impediam de ter os

    mesmo direitos, assim como os mesmos deveres. Para Alves (2003, p.3) os direitos humanos

    se afirmam como prioridade internacional por diversas razes.

    Sob o ponto de vista estratgico, as violaes podem levar guerra; pelo econmico,

    na medida em que confluem interesses opostos: os pases mais ricos utilizam os

    direitos humanos como argumento adicional de condicionalidade assistncia e

    cooperao econmica ao Terceiro Mundo; os pases em desenvolvimento, do

    Terceiro e do 'Segundo' Mundos, buscam obter assistncia e maior cooperao

    econmica para que possam ter meios de assegurar os direitos humanos a suas

    populaes. A tudo isso subjaz a caracterstica dominante da atualidade poltica em

    quase todo o planeta: a inexistncia de alternativas seculares viveis ao liberalismo clssico ou com preocupaes sociais.

    Um salto importante foi dado com a Declarao de Salamanca, em 1994. Tal

    documento possibilitou que todas as pessoas com deficincias ou necessidades especiais

    fossem includas no sistema regular de ensino e as escolas adaptadas para receb-los. Desse

    modo, houve uma regulao especial que concedia a esses sujeitos o direito de frequentar uma

    instituio escolar e aprender com seus pares assim como exercitarem a cidadania,

    independente de qualquer aspecto, como cor, raa, religio, ou mesmo, classe social.

    A partir da Declarao de Salamanca houve ento a necessidade da presena do

    professor de apoio no contexto da sala de aula para que agisse como facilitador da

    aprendizagem e da interao entre o regente e o sujeito deficiente.

    Em linhas gerais, a Declarao de Salamanca determina que (1994, p. 95-96):

    Todas as crianas tm direito educao e deve-se dar a elas a oportunidade de alcanar e manter um nvel aceitvel de conhecimentos;

    Cada criana tem caractersticas, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que lhe so prprias;

    Os sistemas de ensino devem ser organizados e os programas aplicados de modo que tenham em conta todas as diferentes caractersticas e necessidades;

    As pessoas com necessidades educacionais especiais devem ter acesso s escolas comuns;

    As escolas comuns devem representar um meio mais eficaz para combater as atitudes discriminatrias, criar comunidades acolhedoras, construir uma sociedade

    integradora e alcanar a educao para todos.

    Assim sendo, a Declarao veio para garantir s pessoas com deficincia o direito

    educao, o acesso s escolas comuns, a interao com outros sujeitos e as condies

    necessrias para a aprendizagem.

  • 15

    1.2 Consideraes sobre incluso

    Somente a partir da dcada de 90 que a escola brasileira abriu as portas para o

    quesito incluso. A Declarao Mundial sobre Educao para Todos (Unesco, 1990),

    aprovada pela Conferncia Mundial sobre Educao para Todos, realizada em Jomtiem

    Tailndia, no ano de 1990, e a Declarao de Salamanca (Unesco, 1994), firmada na Espanha

    em 1994, marcam, no plano internacional, momentos histricos em prol da Educao

    Inclusiva (SILVEIRA & NEVES, 2006). Nesse perodo houve uma tomada de conscincia e

    passaram a enxergar a necessidade de literalmente abrir as portas para aqueles que tinham

    algum tipo de necessidade especial. A partir da ficaram conhecidas as escolas que acolhem as

    pessoas com necessidades especiais, como inclusivas. Isso porque possibilitam a todos uma

    educao de forma unificada e sem preconceitos.

    A Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (1996) se refere escola que

    acolhe os que possuem necessidades especiais como rede regular de ensino, as inclusivas,

    pois, incluem esses alunos no seio daqueles que no possuem deficincia nenhuma, e assim,

    no os excluem. Afinal, as pessoas deficientes possuem o mesmo direito das pessoas que no

    possuem necessidades especiais, sem discrimina-los, sendo assim, apoiando para que evolua

    gradativamente, junto ao processo de ensino aprendizagem.

    Mesmo com o advento da modernidade e as conquistas de reconhecimento dos

    direitos das pessoas com deficincias, os alunos ainda enfrentam dificuldades advindas do

    processo estabelecido por pessoas desprovidas de informao e com concepes bem calcadas

    acerca do que seja incluso. A discriminao apenas um dos fatores que dificultam o

    processo de insero dos sujeitos, pois estes em muitos contextos ainda so vistos como

    diferentes ou at mesmo incapazes. No entanto, considerando o aspecto histrico da

    incluso, esse comportamento recorrncia de um passado no qual os deficientes eram

    considerados castigo de Deus e no tinham direito de conviver em sociedade.

    Com o passar do tempo e com o aprofundamento nos estudos acerca da incluso,

    essa passou a ser considerada como uma questo de cidadania na qual os sujeitos deficientes

    tivessem a oportunidade de desenvolver suas competncias sem qualquer tipo de classificao

    que desmerecesse sua condio. Outra questo superada com os estudos acerca da incluso foi

    a prpria resistncia familiar em compreender que os deficientes poderiam possuir uma vida

    com certa autonomia, no podendo ser considerados mais como coitadinhos ou doentes.

    Destaca-se que um dos grandes entraves nesse processo foi o fato de que, para a famlia, os

    deficientes no precisam de ajudam profissional e sim apenas de cuidados materiais.

  • 16

    O fato dos pais no procurarem ajuda profissional, pode representar a condenao

    da aprendizagem do sujeito deficiente, pois, assim seus filhos jamais tero a estrutura que

    estabelecida dentro do espao escolar e nem tampouco o acompanhamento necessrio junto

    ao processo de ensino aprendizagem, sem contar na interao com os outros sujeitos da

    mesma idade.

    Uma criana deficiente, sem o acompanhamento devido, sem o conhecimento da

    educao especial, jamais ter oportunidade de se embrenhar no mercado de trabalho, devido

    ao fato de que na escola os desafios sero maiores do que em casa, lugar que representa a

    zona de conforto na qual os pais estaro de fato prontos a atenderem suas necessidades

    mnimas sem que sejam instigados autonomia.

    Outro problema que os indivduos deficientes enfrentam quanto falta de

    profissionais bem instrudos e que tenham o propsito de inseri-los na sociedade, alm da

    falta de estrutura e adaptaes curriculares necessrias para que se compreenda como se do

    os processos de aprendizagem e como estes podem ser alcanados no cotidiano da incluso.

    necessrio lembrar que para que o aluno com deficincia tenha xito na escola, preciso

    que seja envolvido em todos os processos metodolgicos, estar sempre possibilitando que o

    mesmo se aprimore em todos os aspectos, pois assim, sero garantidas as condies culturais

    e materiais da aprendizagem.

    A partir dos estudos e pesquisas efetivas, concluiu-se que no apenas a escola

    objeto da incluso, mas a famlia tambm deve se assumir como sujeitos nesse processo. O

    lado social e humanstico deve ser trabalhado em ambas as partes, pois do contrrio no

    haver sucesso. Se na escola consideram seus alunos e fazem todo um trabalho de

    humanizao e incluso, mas em casa tratado erroneamente, boa parte desse trabalho cai por

    terra. Nesse contexto, torna-se efetivamente difcil ao professor atingir suas metas no sentido

    de fazer com que os sujeitos se compreendam como capacitados para a aprendizagem.

    1.3 A educao inclusiva e os direitos humanos

    Atualmente, as pessoas com deficincias possuem um acesso informao que

    antes no possuam em igual proporo. Desse modo, conseguem exercer seu papel de

    cidado e exigir seus direitos. Um dos avanos nesses aspectos se v em relao s mdias que

    esto cada vez mais demonstrando que a incluso possvel. Em vrios programas de TV

    possvel observar a presena de um interprete na tela em baixo traduzindo tudo o que esta

  • 17

    sendo dito. E aliado a esse direito est sendo exigido em todos os lugares, como por exemplo,

    nas reparties pblicas, nos filmes legendados, congressos, entre outros.

    Os sujeitos deficientes que no possuem uma orientao adequada, tem grande

    dificuldade em acompanhar os contedos introduzidos, pois, alm de no dominarem uma

    lngua tambm no possuem o conhecimento da outra, da a importncia de se procurar, ainda

    cedo, a ajuda de profissionais, que so treinados e bem informados, para enfrentarem todas as

    situaes.

    Realmente, o que se verifica na progresso da pesquisa que a incluso, na

    verdade acepo da palavra, no uma tarefa fcil, pois envolve um grande processo de

    reviso de concepes e criao de outras. Para isso se faz necessrio que o professor sempre

    esteja se capacitando e aprimorando seus conhecimentos, para ento, complementar as

    possveis falhas, que infelizmente sempre aparecem. Mesmo porque, isso questo de

    humanidade.

    1.4 Escola inclusiva no Brasil

    A histria do advento da escola inclusiva no Brasil, a cada dia vem se

    fortalecendo mais. Especialistas vm mostrando que a incluso necessria e que as

    experincias, informaes e conhecimento, s tm valor se forem compartilhadas. Na maioria

    dos casos, a incluso do aluno com deficincia requer a presena de um professor que

    colabore dentro da sala de aula de modo que favorea o progresso e a aprendizagem.

    Observando a trajetria histrica da incluso v-se que a humanidade foi

    testemunha de como as pessoas com deficincia foram excludas da sociedade. Durante os

    sculos X a IX a.C, as leis permitiam que os recm-nascidos com sinais de debilidade ou

    algum tipo de m formao fossem lanados simplesmente descartados. As crianas que

    nasciam com alguma deficincia eram deixadas nas estradas para morrerem.

    Kamer (1964, p.5), relatou que "a nica ocupao para os retardados mentais

    encontrados na literatura antiga a de bobo ou de palhao, para a diverso dos senhores e de

    seus hspedes". Com a expanso do comrcio os deficientes passaram a ser um peso, teriam

    que serem ingressados na sociedade, mas no haviam sido adaptados para o trabalho, pois

    viviam a maior parte do tempo dentro de casa.

    As pessoas com qualquer tipo de deficincia eram consideradas como irracionais,

    muitas vezes isolados e sozinhos pelos cantos, sem direitos educao. Somente com o

  • 18

    reconhecimento de que tais sujeitos poderiam aprender, mesmo com suas limitaes que

    essa situao foi sendo revertida ainda que com passos vagarosos. Para Ferreira (1993, p. 67)

    As escolas regulares se transformam em unidades inclusivas enquanto as escolas

    especiais vo se tornando centros de apoio e capacitao para professores,

    profissionais e demais componentes dos sistemas escolares. E as mais diversas

    medidas de adequao dos sistemas escolares s necessidades dos alunos, so

    implementadas, de acordo com a necessidade real de cada um.

    De acordo com a ideia de Ferreira (1993), as escolas regulares se tornaram

    inclusivas por acolher as pessoas com deficincias e se transformaram em um laboratrio de

    capacitao de professores, que posteriormente formao estariam prontos para atender s

    necessidades de aprendizagem dos indivduos deficientes.

    A partir da compreenso de seus referencias, possvel observar que a incluso

    deve ser uma via de mo dupla, Desssa forma, o ato da incluso deve acontecer entre ambas

    partes, pois, se o sujeito do processo no possuir autoestima ou no se sentir valorizado, no

    conseguir se sobrepor s barreiras que com certeza surgiro. O outro lado tambm de

    grande relevncia. Os que esto sua volta tambm tm que realizar seu papel, propondo uma

    parceria inclusiva. O ato da incluso faz com que as pessoas diminuam suas diferenas e se

    sintam capazes de uma vida normal e extremamente passveis de um convvio em sociedade.

    1.5 Conscientizao da sociedade em relao valorizao da pessoa com necessidade

    especial

    A sociedade ponto chave para que o aluno com qualquer tipo de deficincia

    no seja condenado excluso. Segundo Sassaki (1997, p. 35),

    ativistas do movimento liderado por pessoas com deficincia sempre combateram

    esta forma de atender s necessidades educacionais, por exemplo, de crianas com

    deficincia. Para eles, no era justa essa exigncia da sociedade, no sentido de que as

    crianas provassem estarem aptas para ingressar no sistema educacional comum.

    O atendimento s pessoas com necessidades especiais, a convivncia com os

    mesmos, deve ser originada de forma natural, como um procedimento normal do cotidiano.

    Tudo deve ser modificado quanto ao aspecto educacional, mas quanto questo de

    aprimoramentos e no minimizaes, ou seja, a comear pelo plano de aula, que deve ser

    traado entre professores que atendem, tanto regente, como intrprete ou apoio, de forma a

    possibilitar o aprendizado do aluno.

  • 19

    Vale lembrar que aqueles que discriminam as pessoas deficientes, em muitos

    casos, o fazem pelo simples fato de no se preocuparem em compreender como essas pessoas

    convivem em sociedade. Indo um pouco alm, torna-se necessrio destacar que, ao agir com

    preconceito ou discriminao tais pessoas vo contra os direitos humanos mais bsicos. A

    esses que produzem aes discriminatrias preciso faz-los saber que toda pessoa com

    qualquer tipo de deficincia tem o mesmo direito que qualquer outra, pois tambm digno de

    respeito e considerao.

  • 20

    CAPTULO II. A IMPORTNCIA DA INCLUSO NAS ESCOLAS

    Existem alguns aspectos que contribuem para a reconstruo da ideologia das

    pessoas, ou seja, para a estruturao da forma de agir, ser, pensar, trabalhar, de cada um, e

    tambm quanto ao relacionamento que permite a incluso nas escolas. Essas mudanas esto

    relacionadas ao surgimento da sociedade moderna, tecnolgica e com o incremento de

    mudana e transformao cultural. Assim sendo, a etiologia do aspecto incluso se advm

    perante a necessidade de interao com o meio.

    O processo de incluso pode ser vivenciado por meio de vrias situaes, dentre

    elas esto as dificuldades de aprendizagem e a importncia de recursos metodolgicos

    diferenciados. Em se tratando de dificuldades de aprendizagem, muitos pensadores abordam

    que a construo do conhecimento se d de forma sequencial.

    Assim, autores como Piaget (1975), Fernandes (1990), Carib (2006), Guerra

    (2001), dentre outros, defendem que as principais dificuldades de aprendizagem e de

    ajustamento escolar so: causas fsicas, sensoriais, neurolgicas, emocionais, intelectuais ou

    cognitivas. Consideram que o desenvolvimento da criana seja sequencial, sendo marcado por

    cada etapa de sua vida. Desse modo, compreende-se que para desvendar os problemas dessas

    etapas, necessrio resolve-los.

    Seguindo essa linha de raciocnio, a teoria Piagetiana afirma que a criana

    responsvel por sua aprendizagem, desde o perodo pr-operatrio, ou seja, do nascimento at

    a fase operacional a criana est em fase de desenvolvimento. (1975) ainda ressalta que a

    criana est sempre em fase de construo, de transformao e que em cada etapa so capazes

    de descobrir algo diferente. Nesse sentido, de suma importncia que a criana passe por

    todas as fases operacionais para que venha ter no futuro um bom desenvolvimento cognitivo.

    A fundamentao Piagetiana prope uma aprendizagem ativa, assim a criana tem a

    oportunidade de desenvolver a construo do conhecimento na aprendizagem.

    A nvel disso, no item a seguir sero apresentados elementos que descrevem a

    importncia da incluso de deficientes, ressaltando seu valor junto s questes de cunho

    social.

  • 21

    2.1 A incluso na sociedade mediada pela escola

    No tocante incluso possvel utilizar os estudos de Vygostsky, na qual o

    educador tem que estimular a criana a chegar resposta, trabalhando sua inteligncia, no

    dando uma soluo que j esteja pronta, pois se o educador vier a fazer isto pode limitar o

    conhecimento da criana.

    O ensino deve ser facilitador ao processo de desenvolvimento, no um acelerador,

    nem um entrave. Deve-se conhecer o processo de desenvolvimento, que o

    habilitaro a aprendizagem mais complexa. Assim, desenvolvimento se d a

    interao entre os processos de aprendizagem e de desenvolvimento (PIAGET

    APUD GOULART (1990, p. 22).

    Assim, o professor deve ser aquele facilitador de cada etapa e fazer um

    intercmbio da maneira adequada no processo ensino aprendizagem, sendo construtor da

    aprendizagem, deixando a criana se expressar de maneira prpria, fazendo assim que a

    mesma possa evoluir de maneira gradativa. Dessa forma, ter a oportunidade de interagir com

    seus colegas em sala de aula e tambm fora dela, impedindo que a mesma fique presa a um

    mundo diferenciado, nico, que a force a aprender sozinha, com seus conflitos e dificuldades.

    Observando o processo de aprendizagem, fica claro que a capacidade de um

    professor de interessar pelas dificuldades de aprendizagem de seus alunos s possvel com

    bastante dedicao, pois as formas de intervir podem ser amplas, complexas e at mesmo

    exaustivas, ainda que de suma importncia para todo aluno.

    Diante desta abordagem, Carib (2006) retrata que o que dificulta a soluo das

    dificuldades de aprendizagem o fato de que o professor, muitas vezes no se aprofunda em

    sua formao, alm de no estar apto a reconhecer os problemas genticos, os distrbios de

    personalidades, de condutas, defeitos congnitos, disfunes cerebral, dentre outros. Por isso,

    muitas vezes, mesmo que de forma involuntria, acaba por permitir a excluso desses alunos.

    Dessa forma preciso que os professores estejam sempre em formao no sentido de

    compreender que a ajuda de outro profissional viabiliza tambm a incluso. De certa forma, a

    vida escolar do aluno com deficincia depende totalmente do profissionalismo de cada um

    dentro da escola, bem como do seu respeito e considerao com a pessoa humana.

    Algumas escolas no possuem recursos necessrios para que os o professor d uma

    aula diferenciada e com isso, o educador acaba ficando sem saber a que recurso recorrer para

    conseguir ensinar de forma clara. Em muitos casos, o professor apontado como o principal

  • 22

    responsvel pela no aprendizagem sem que se leve em conta que os recursos materiais so

    imprescindveis para qualquer ao pedaggica, muitos entendem que se o aluno no aprende,

    a culpa do professor.

    De acordo com Guerra (2002), a relao ensino aprendizagem guiada sempre

    por alguma teoria, mas nem sempre a mesma teoria pode ser explicada em todo o seu

    conjunto ou com detalhes pelos que participam de tal relao.

    Assim, Fernandes(1990), aborda que os educadores precisam buscar meios ldicos

    para ajudar as crianas com dificuldades de aprendizagem, em algum mbito. Considerando

    este requisito, no se deve ter indisposio de pensar, ou medo de mudar alguns mtodos,

    talvez assim estas crianas liberem a inteligncia aprisionada, e tero vontade de fazer o que

    para elas antes era impossvel. Em se tratando de incluso e dficit de aprendizagem, cabe aos

    educadores no se esquecerem de que seus alunos com deficincias tambm so parte

    principal do processo ensino aprendizagem e para sua eficincia junto a esses, torna-se

    necessrio que esteja sempre em formao para o aprimoramento e atualizao de ideias.

    Dessa forma, permitindo a incluso dentro da sala de aula, em seus diferentes

    contextos, possibilita de fato a insero desses alunos no seio da sociedade. Conclui-se ento

    que a introduo dos processos metodolgicos no tocante incluso e ao processo de ensino

    aprendizagem seja de suma importncia.

    2.2 Abordagens tericas e os quatros pilares da Educao

    As escolas inclusivas foram implantadas a fim de atender aqueles que na poca

    eram classificados como portadores de necessidades especiais. Antes comearam a atender a

    todos, sem separao, j havia um grupo de profissionais da educao que os defendiam e

    lutavam por seus direitos, mesmo que no fossem notados.

    At o sculo XVIII o conhecimento que se tinha a respeito dos que tinha alguma

    deficincia fsica era de que aquela famlia tinha sido castigada. Os surdos viviam s

    escondidas e no eram tratados como seres que mereciam respeito e considerao. Se algum

    de fora chegasse, o deficiente era escondido para que a famlia no se expusesse s retaliaes

    e chacotas, pois entendiam que eles eram simplesmente aliado aos homens e no a Deus, e

    com essa concepo, a sociedade escondia seus filhos que possuam alguma necessidade

    fsica. De acordo com as decorrentes mudanas tanto na rea da poltica como na sociedade,

    foi ento acontecendo mudana de valores e concepes e os deficientes fsicos comearam a

    exigir seu espao.

  • 23

    Foi na Europa que ocorreram as primeiras mudanas em busca dos direitos

    daqueles que possuam qualquer tipo de deficincia, principalmente em se tratando do aspecto

    educativo.

    Mediante os 4 pilares da Educao, Aprender a conhecer; Aprender a fazer;

    Aprender a viver juntos e Aprender a ser, entende-se que educao seja uma habilidade do ser

    humano. Em alguns contextos, muitos profissionais da Educao no conceberam a ideia

    de que para a sua realizao, os quatro pilares dependem, e muito, do professor. Por meio dos

    mtodos de ensino deve ser capaz de aguar em seu aluno a capacidade, at mesmo da

    curiosidade. A ideia de liberdade, o direito de viver e serem reconhecidos como pessoas,

    capazes de fazer opes e respeitar os outros, facilitam basicamente a introduo desses

    mtodos de aprendizagem. Monroe (1974, p. 45),

    entre os povos primitivos a educao prtica no era organizada, era ministrada

    atravs da imitao direta do adulto pela criana. A educao terica consistia na

    transmisso, s geraes mais jovens, do corpo geral de conhecimentos ou de

    crenas animistas, que constituem a interpretao das experincias de vida. Essa

    transmisso era realizada por meio de diversas cerimnias.

    Observando a citao acima, entende-se que atravs da iniciao do processo de

    ensino aprendizagem ao ser humano como, por exemplo, as cincias dotadas de mtodos,

    simples e unificadas, foram se aprimorando as tcnicas e com o tempo deu-se incio ao

    modelo de ensino que se v hoje em dia no cotidiano da sociedade.

    Com o advento da modernidade e da mudana nos mtodos introdutrios de

    ensino, foi se destacando o lado prtico de ensinar e alguns se tornaram profissionais nessa

    arte. Da mesma forma que existiam os profissionais da sade, mesmo que sem serem

    diplomados, passaram a existir tambm os que se destacavam diante da facilidade de se

    expressar e comandar uma explicao.

    As civilizaes grega e romana foram fortes contribuintes para ampliao da

    educao, onde deram chance ao desenvolvimento de cada um possibilitando-os a

    progredirem e lutarem por aquilo que almejavam. Assim, a evoluo da sociedade aconteceu

    tambm pelos processos educativos. vlido lembrar que a influncia dos gregos junto

    educao foi momentnea e a disposio individualista foi contida atravs de atos polticos

    pelos romanos, alm do tambm pelo cristianismo.

    Os romanos contribuam com aspectos prticos com o intuito de realizao

    unicamente social e com certeza foi bem menos valiosa que a contribuio dos gregos. No

    entanto, a melhor instruo de educao atravs de procedimentos metodolgicos partiu deles.

  • 24

    Em se tratando de cultura e literatura os gregos sabiam como envolver tanto a

    nobreza como o povo. Em se tratando de religio, a crist exerceu autoridade sobre todos

    durante a Idade Mdia, na qual o cristianismo oferecia solues para todos os problemas,

    tanto social como educativo.

    Em se tratando de assunto social, a monarquia originou um arranjo minucioso e

    rgido devido ao conhecimento acerca da escrita e da leitura. E com o nascimento de tantos

    interesses intelectuais surgiu a escolstica, que se restringe em uma filosofia de vida

    decorrente da Europa Idade Mdia. Com ela passaram a reprimir o pensamento do povo em

    relao discriminao daqueles que possuam deficincias de um modo geral tendo como

    precursor So Toms de Aquino.

    De acordo com o pensamento de MAZZOTA (1996, p. 21),

    a criao desta escola ocorreu por conta dos esforos de Ernesto Het e seu irmo.

    Het, era cidado francs e foi professor e diretor do instituto de Borges, chegou ao

    Rio de Janeiro no final do ano de 1855, com planos para a fundao de uma escola

    de surdos-mudos. Tal ideia foi acolhida com simpatia por D. Pedro II, que ordenou

    que fosse facilitada a importante tarefa, a partir disso, Het comeou a lecionar para

    dois alunos no ento colgio Vassimon, e em outubro de 1856 passou a ocupar todo

    o prdio da escola, dando origem ao Imperial instituto de surdos mudos.

    Na escola enfocada foram criados recursos para possibilitar a interao e

    consequentemente a aprendizagem aos sujeitos com deficincia mental ou fsica, realidade

    que, infelizmente no seria das escolas brasileiras durante muito tempo.

    Desse modo, coloca-se em questo o modo de ensinar buscando-se reflexes

    acerca da prtica, na compreenso de que, devido s vrias transformaes mundiais, a

    desigualdade social e a desvalorizao do ensino, torna-se uma exigncia que o professor

    esteja inserido ou conhea as novas formas de ensino, utilizando todos os meios de

    comunicao para inovar suas aulas e principalmente auxiliar o aluno no entendimento de

    todos os contedos, tendo o papel de orientador quanto formao de opinio.

    Somente o professor poder possibilitar ao aluno uma nova viso de mundo,

    ampliando a capacidade de entendimento, podendo construir uma concepo diferenciada em

    relao ao modo de operacionalizar, ou seja, ensinar a pesquisar, obter competncias, e para

    isso, ele deve estar sempre aperfeioando seus conhecimentos.

    Para se conseguir o que se espera ao se integrar no mundo do aprendizado so

    necessrios estudos e capacitaes que vo alm das energias que cada um dispe, ou seja,

    para aprender, todo empenho necessrio, pois do contrrio no se encontrar resultado,

  • 25

    portanto no se chegar ao final dos objetivos esperados, nem tampouco com um resultado

    positivo, ao qual buscava o profissional da educao.

    certo que a ocorrncia da aprendizagem deve ser vista como resultados de um

    rduo trabalho. Assim, se faz necessrio que se procure ajuda e orientaes junto a pessoas

    que j percorreram o caminho pretendido, caso contrrio cair no mbito das incertezas e

    insatisfaes, pelo fato de que no ter as instrues necessrias para os primeiros estudos.

    O professor precisa enfrentar essa urgente tarefa social que a humanizao, do

    ensino de modo que seja possvel um olhar diferente sobre os aprendizes, tendo conscincia

    que o sucesso na vida de muitos depende basicamente da interdisciplinaridade que lhes so

    oferecidas. Ainda deve elevar seu subconsciente e de certa forma, premeditar as

    possibilidades de seus alunos e do realmente so capazes.

    Um aspecto que no pode ser de forma alguma esquecido o fator

    interdisciplinaridade, pois por meio do dilogo entre os campos dos saberes que os

    profissionais podero sanar os problemas do processo ensino aprendizagem que seus alunos

    possam vir a enfrentar.

    Com certeza, sem reunies, sem conversas individuais jamais os obstculos

    surgidos podero ser derrubados, ou mesmo, contornados, pois muitas vezes, uma ideia de

    outro professor, atravs de uma viso diferente do aluno, pode possibilitar a resoluo de algo

    que h muito no se sabia como resolver.

    No contexto da escola, ento, indispensvel a necessidade de maior

    esclarecimento referente integrao e interdisciplinaridade de todos que pretendem construir

    uma estrutura educacional, e com a conscincia efetiva de uma educao permanente. Para

    uma sala de aula com aulas prazerosas necessrio que o professor se capacite para isso, e

    isso s possvel se estiver sempre buscando novidades e preparando bem suas aulas, com

    carinho e dedicao.

    De acordo com o pensamento de Gadotti (1999, p. 98), a respeito da educao

    quanto ao pensamento e a prtica:

    Uma educao perfeita simbolizada por uma rvore plantada perto de guas

    fertilizantes. Uma pequena semente que contm o germe da rvore, sua forma e suas

    propriedades so colocadas no solo. A rvore inteira uma cadeia ininterrupta de

    partes orgnicas, cujo plano existia na semente e na raiz. O homem como a rvore.

    Na criana recm-nascida esto ocultas as faculdades que lhe ho de desdobrar-se

    durante a vida; is rgos do seu ser gradualmente se formam, em unssono, e

    constroem a humanidade imagem de Deus. A educao do homem um resultado

    puramente moral. No o educador que lhe d novos poderes e faculdades, mas lhe

    fornece alento e vida. Ele cuidar apenas de que nenhuma influncia desagradvel

    traga distrbios marcha do desenvolvimento da natureza. Os poderes morais,

  • 26

    intelectuais e prticos do homem devem ser alimentados e desenvolvidos em si

    mesmos e no por sucedneos artificiais.

    E, ainda nessa linha de pensamento, os Parmetros Curriculares Nacionais, (PCN)

    caracterizam o professor como mediador do conhecimento, sendo algum que transmite o

    valor que a aprendizagem tem para si e o valor que poder ter para o outro. Para isso,

    preciso que tenha uma relao de prazer com a maneira de transmitir os ensinamentos.

    O fato que torna-se funo do professor, por meio de uma atitude comprometida

    e dedicada, buscar por aulas que seja inovadoras e atrativas. Para romper com a ideia do

    ensino compartimentado, h a necessidade de serem elaboradas estratgias de ensino para que

    se facilite o poder de assimilao do aluno. fato que mediante essa apropriao, a

    aprendizagem dos alunos pode ser construda mediante o convvio com aspectos que

    apresentem a cultura de cada um, com possibilidades reais de se aprender, obviamente atravs

    da orientao de pessoas experientes na questo.

    Para Vygotsky (1998) as potencialidades de cada um devem ser levadas em conta

    durante o processo de ensino-aprendizagem. Isto porque, quando se tem contato com pessoas

    que sabem aquilo que esto procurando saber, h um certo aspecto, ou mesmo, situaes, que

    refletem no lado psquico do aluno e que terminar por ampliar sua capacidade de tecer

    comparaes, mesmo que silenciosas. Isso atinge, de certa forma seu processo cognitivo de

    aprendizagem.

    O autor considera que o fato do aluno aprender aquilo que se pretende, faz com

    barreiras sejam quebradas, principalmente as que interferem no processo de aprendizagem.

    Por isso a escola deve sempre proporcionar aos seus servidores formaes e capacitaes que

    possam fomentar o ensino, aguando o desenvolvimento proximal dos alunos e provocando

    avanos que no ocorreriam espontaneamente.

    Quanto ao aspecto psquico do aluno Gadotti (1999, p. 100) afirma que,

    [...] o melhor meio a conversao livre, porque com ela o aluno encontra ocasio

    de investigar, modificar e multiplicar os enlaces casuais das idias, na forma mais

    cmoda e mais fcil para ele, e de apropriar-se a seu modo do aprendido. Com isto

    se evita o cansao que se origina do simples aprender sistemtico. Pelo contrrio, o

    sistema exige exposio mais coerente, e nele se h de separar cuidadosamente o

    tempo da exposio do da repetio. Ressaltando os pensamentos capitais, o

    sistema revelar as vantagens do conhecimento ordenado e acrescentar

    amplamente a soma dos conhecimentos.

    De acordo com Gadotti (1999) o nvel de desenvolvimento que abordado na

    teoria refere-se ao que o aluno faz sozinho, ou seja, ele reproduz apartir do que ele aprendeu,

    mesmo sendo num processo longo e lento. Os 4 pilares da Educao ressaltam que ao passo

  • 27

    que o professor vai apresentando a prtica e a teoria ao aluno, o mesmo, com o tempo, vai

    absorvendo, e assim acontecendo a interao do aluno com o meio que passa a fazer desse

    ambiente um lugar de estmulo para que se desenvolva os aspectos cognitivos. Vale ressaltar

    que o desenvolvimento s se d atravs de um determinado nvel de aprendizagem. Assim, se

    o aluno no consegue aprender nada ele no se desenvolver e perder o interesse em

    continuar buscando.

    De acordo com os PCN (1997, p.60)

    Mesmo sendo o professor quem faz as propostas e conduz o processo de ensino e

    aprendizagem, ele deve elaborar sua interveno de modo que os alunos tenham

    escolhas a fazer, decises a tomar, problemas a resolver, assim os alunos podem

    tornar-se cada vez mais independentes e responsveis.

    Conclui-se ento que papel do professor, apresentar aos seus alunos uma forma

    inovada de ensinar, um fator positivo, no qual o aluno aprende conceitos socialmente

    adquiridos de experincias concretas e passaro a trabalhar com essas situaes de forma

    consciente. Para complementar, devem ser analisados vrios aspectos sociais.

    2.3 Mtodos diferenciados como forma de incluso

    Antes alunos com deficincias e citando como exemplo os surdos, precisavam se

    adaptar ao contexto que estavam inseridos. Por no serem educados na Lingua de Sinais, os

    surdos se utilizavam de gestos ou da leitura labial para se comunicarem. Esse tipo de leitura

    complexo, mas permite entender o que se est sendo expressado, se o surdo olha diretamente

    para a pronncia, sendo uma forma visual de compreender a fala. Esses movimentos so

    realizados atravs das articulaes diferenciando uma palavra da outra de acordo com a forma

    da boca ao pronunciar.

    Existem dois mtodos de ensino, com base oral, em sujeitos deficientes

    Mtodo Analtico - com exerccios, usando sons isolados e slabas, fala rpida e fluente;

    Mtodo Ecltico - utilizando gravuras, objetos e aes. Para os adultos, os dois mtodos tambm assumem papel importante:

    Mtodo Analtico Sinttico - onde prioriza o treinamento da viso passando para a mente, com a prtica na frente do espelho, e uso de palavra homfonas,

    formas coloquiais e a leitura informal;

    Analtico - enfatizando slabas, o ritmo e as formas da fala (audvel, visual, mmicas e gestos). Neste mtodo, o primeiro nvel de trabalho a kinestesia onde

    o Surdo aprende o movimento e a forma como ele realizado( MAZZOTA,

    1999, p. 79)

  • 28

    Dessa forma, se faz necessrio que o professor se atente para a questo da formao

    plena, ou seja, esse processo tem que ser uma constante em sua vida, sempre aperfeioando,

    buscando novos caminhos e paradigmas para aperfeioamento do conhecimento, para que

    assim lhe seja possibilitada a posse de novos mtodos e recursos, em decorrncia, aulas de

    sucesso, objetivos propostos atingidos.

    2.4 A capacitao do professor: Aspectos imprescindveis

    O professor que ir lidar com indivduos deficientes, deve ter formao apropriada

    para exercer o cargo, no somente o professor, mas a escola em geral, no entanto, essa no

    no a realidade de todas as umidades educacionais. De acordo com a LDBEN 9.394/96,

    [...] a escola deve exercer um papel humanizador e socializador, alm de

    desenvolver habilidades que possibilitem a construo do conhecimento e dos

    valores necessrios conquista da cidadania plena. Para que possa realizar tal

    funo, preciso levar em conta a vida cotidiana daquele que aprende e a daquele que ensina, uma vez que cada um traz consigo elementos extrnsecos realidade escolar, os quais devem ser relevantes dentro do espao de criao e recriao das

    relaes que se estabelecem no ambiente escolar. Eles devem ser uma referncia

    permanente na ao educativa.

    De acordo com entendimento da citao acima, para que o professor seja uma

    referncia exige-se uma prtica participativa, dialgica e democrtica. O educador tambm

    no deve se esquecer jamais que a mudana possvel, pois a maioria se acomoda e cai na

    rotina, sem buscar novos horizontes e realizaes. No porque o aluno tem a dificuldade de

    acompanhar, ou mesmo, acompanha de forma mais lenta que no possa aprender.

    Quando o professor flexvel e analisa cada mtodo ou abordagem, assim como

    os benefcios que cada um deles pode trazer e em quais situaes cada um deles pode

    promover momentos de aprendizagem, fica fcil conceber o conhecimento. Agora quando o

    professor acredita na ideia de que est ali para dar sua aula e se o aluno aprender

    consequncia de um ato, possivelmente estar exercendo a profisso errada.

    A populao, cada vez se d conta de que ningum tem condies de sobreviver

    sozinho, e que, um depende do outro. Da a necessidade de que o professor leve sempre a

    srio seu trabalho de mediador do saber emergente, pois, a busca da aprendizagem mediante

    os aspectos da incluso de fundamental importncia na educao e formao de todos,

    inclusive da comunidade que tenha sujeitos com deficincia.

  • 29

    necessrio que seja feita uma reflexo, levando-se em considerao, que para

    um trabalho ser realizado com resultados satisfatrios, muitos fatores tm que ser observados,

    como por exemplo, o espao fsico adequado e profissionais que possam se adaptar s mais

    diversas situaes de aprendizagem. Assim, os gestores no devem esperar que os alunos se

    adquem escola e sim o contrrio, deixando de lado tambm o tradicionalismo.

    Mediante o que est sendo discutido, o aluno com deficincias, certamente

    permanecer no mesmo nvel de aprendizagem caso no receba, de seu professor, alguma

    orientao especfica s suas necessidades. Para isso, um estudo de cada caso se faz

    necessrio, para poder assim, serem traados os objetivos e as metodologias a fim de resolver

    o problema. Por sua vez, o professor, no ter chances de ajudar o aluno se no se embrenhar

    em suas dificuldades e isso poder lev-lo ao acmulo de frustraes que consequentemente,

    causaro srios prejuzos vida social e cultural de cada um.

    Enfim, um fator relevante aprimorar metodologias na sala de aula, possibilitando ao

    professor atender as necessidades do sujeito com deficincias, no excluindo dos demais

    alunos e possibilitando iguais condies de aprendizado.

    2.5 Dificuldade de aprendizagem: Relao entre educao, escola e famlia

    A dificuldade de aprendizagem pode ser ou no uma influncia gentica que ocorre

    na parte neurolgica da pessoa, apresentando desateno, impulsividade, ansiedade,

    esquecimento dentre vrios outros fatores.

    Pessoas com essas caractersticas so discriminadas na sociedade, so excludos de

    grupos familiares, de amigos e muitas vezes da escola, que muitas vezes no possui condies

    materiais de lidar com esses casos. As pessoas com dficit de aprendizagem, geralmente so

    caracterizadas como desorganizadas que no conseguem cumprir horrios, porque tudo isso

    exige um maior esforo mental. Isso ocorre pela falta de neurotransmissores em certas regies

    do crebro, que pode ou no ter influncia gentica, so vrias causas que pode comprometer

    o crebro da criana, como na gestao e no nascimento da mesma.

    Fabris, (2003, pg. 26) afirma que:

    Devemos considerar inicialmente, o perodo final de gestao ou a fase do

    nascimento, quando estas crianas sofrem discretas injrias causadas por

    contraes uterinas prolongadas ou partos laboratoriais, ressalta tambm que outras

    causas esto relacionadas aos recm-nascidos que demoram em chorar ou que

    apresentam alguma dificuldade para iniciar a respirao; estes sofrimentos

  • 30

    discretos, provocam alteraes no tecido cerebral e causam repercusses

    importantes no sistema nervoso.

    A dificuldade de aprendizagem um distrbio que muitas vezes passa

    despercebido, porm afeta gravemente as crianas e quando detectado precisa de uma ateno

    adequada. Em muitos casos s essa questo que deve ser levada em conta, mas h a

    necessidade de uma segunda abordagem realizada pelo profissional mediante o grupo social

    no qual esse sujeito encontra-se inserido.

    O dficit de aprendizagem fica mais visvel no perodo escolar, no qual as

    crianas necessitam estarem mais atentas. As crianas com dificuldades na aprendizagem no

    conseguem filtrar os estmulos e por isso tanta desateno. Normalmente o comportamento

    diferenciado se manifesta de diversas formas, brigam frequentemente com colegas, pais e

    professores, porm, apegam muito fcil as pessoas, so carinhosas, por isso que precisam de

    muita ateno; pois elas so rotuladas, o que as deixam frustradas a ponto de serem

    agressivas.

    Alguns estudos revelam que pessoas com dificuldade de aprendizagem apresentam

    problemas cognitivos, de ateno, planejamento, organizao, percepo e comportamentos

    anti-sociais. Isso acontece devido a problemas fisiolgicos ligados ao desenvolvimento

    cognitivo.

    Still (1902) foi um dos pioneiros a escrever e se interessar pelo assunto, em 1902,

    foi visto como pediatra ingls que se interessou pelo assunto ao perceber alteraes

    comportamentais nas crianas. Surgiu com o nome de distrbio de disfuno cerebral mnima,

    aproximadamente no sc.XX; mais tarde veio a ser chamado de hipercinese; e posteriormente

    em 1987 foi chamado de distrbio de dficit de ateno (DDA)

    Mas em 1994, recebeu o nome de distrbio de dficit de ateno e hiperatividade

    (DDA/H) ou transtorno de dficit de ateno e hiperatividade (TDA/H), podendo ocorrer com

    ou sem a hiperatividade, por isso que nas siglas TDA/H, se encontram a barra inclinada (/).

    Este distrbio estudado por ser representativo de um comportamento distante dos outros,

    que ocorre tanto em crianas como em adolescentes e at mesmo em adultos.

    Na educao em geral tem-se visto uma preocupao a parte junto atuao de

    professores em se tratando da relao de professor - aluno, pois sabido por todos que, esse

    procedimento contribui e muito, sendo de grande importncia para uma atuao sria e

    responsvel, alm de participativa, junto ao processo de ensino-aprendizagem. De acordo com

    a ideia de Iami Tiba (1996, p. 124) O professor deve ter muita criatividade para tornar sua

  • 31

    aula apetitosa. Os temperos fundamentais so: alegria, bom humor, respeito humano e

    disciplina.

    Quando se trata da educao da criana com dificuldade de aprendizagem deve-se

    ter um cuidado especial quanto participao da famlia, de forma efetiva, na escola, a fim de

    que fatores muitas vezes inigualveis, como o no envolvimento de pais na instituio, e a

    falta de oportunidades de se proporcionar uma aproximao agradvel dos pais na vida

    escolar dos filhos, possam influenciar negativamente no processo ensino aprendizagem do

    aluno (FABRIS, 2008).

    Uma educao bem estruturada torna-se a base do futuro, tanto pedaggico quanto

    social dos alunos, no processo de aprendizagem, momento em que escola e famlia tm

    deveres com o desenvolvimento da criana. preciso uma parceria harmnica e bem

    estruturada entre escola.

    Para que a questo famlia e escola sejam trabalhadas com mais profundidade,

    necessrio procurar, observar, e descrever quais os princpios adquiridos, em seguida de

    relaes, em seu contexto educacional, revelando inclusive, suas dificuldades em estabelecer

    as parcerias necessrias para o acompanhamento da escolarizao dos alunos.

    Assim, a integrao criana, famlia e escola torna-se cada vez mais importante na

    medida em que essa parceria se faz necessria. Torna-se claro que o aluno se sente valorizado

    quando os pais esto presentes na ambincia escolar para ajud-lo, alm de que a incluso de

    sua famlia nesse ambiente to particular, isso sob o olhar do aluno, torna-se um

    acontecimento muito especial.

    Segundo o dicionrio Aurlio (2004), famlia so pessoas aparentadas do mesmo

    sangue que vive na mesma casa e geralmente constituda de pai, me e filhos. Ela surge

    inicialmente como uma relao espontnea e natural.

    A transformao da famlia patriarcal para contempornea se deu naturalmente.

    Quando na famlia patriarcal, o pai era o chefe da famlia, visto como autoridade mxima, a

    mulher e os filhos eram totalmente submissos. J o modelo de famlia contempornea, na sua

    grande maioria, composto somente pela me, que naturalmente se torna chefe, e filhos

    (PIAGET, 1975).

    A famlia um grupo to importante que, na sua ausncia, diz-se que a criana ou

    adolescente precisa de uma famlia substituta ou que deve ser abrigado em uma instituio

    que cumpra as funes maternas e paternas, isto , as funes de cuidado e de transmisso dos

    valores e normas culturais, condies para a posterior participao na coletividade.

  • 32

    Vrias foram as modificaes sofridas na estrutura familiar, tomando por base a

    famlia do sculo passado e suas transformaes, at chegar ao modelo da famlia

    contempornea. A famlia era estruturada num regime patriarcal no qual mulher e filhos

    deviam inteira submisso ao pai. Os filhos eram educados por mulheres com ideias pr-

    concebidas que por sua vez lhes eram impostas pela gerao anterior e assim sucessivamente.

    (PIAGET, 1975).

    Assim, entende-se que a famlia tenha um papel primordial para a formao de

    seus integrantes. No se concebe, hoje, atividade criadora humana que no se baseie no

    conhecimento das leis e aes que regem os fenmenos e processos envolvidos numa

    atividade pedaggica. Vive-se o tempo da formao permanente em todas as reas do

    conhecimento.

    Na educao de pessoas com deficincias, colocado de forma ainda mais

    impositiva dada as novas concepes que emergem dos conhecimentos mais recentes, como o

    estudo das cincias, ou de teorias mais recentemente conhecidas, como a teoria histrico-

    cultural desencadeada que envolve a formao e o desenvolvimento das capacidades

    humanas. E ao apontarem o papel essencial da educao na formao e desenvolvimento da

    inteligncia e da personalidade humanas, apontam tambm para a complexidade do processo

    educativo (FABRIS, 2008).

    Com a compreenso dessa complexidade destaca-se a necessria intencionalidade

    da famlia e do educador nos processos pedaggicos que exige, para a obteno de fins

    intencionalmente projetados, o conhecimento do saber elaborado acerca do desenvolvimento

    humano que possibilite a correta organizao da educao orientada para alcanar tais fins

    metodolgicos. Ao final pode-se afirmar que aos alunos todo um aparato de cuidados

    necessrio, tendo que haver uma interao entre famlia e escola.

  • 33

    CAPTULO III. INCLUSO E AS DIFICULDADES ENCONTRADAS

    NA ESCOLA ESTADUAL ALFREDO NASSER DA CIDADE DE

    AMORINOPOLIS-GOIAS.

    3.1 Caracterizao do municpio de Amorinpolis-Go

    A cidade de Amorinpolis-GO localiza-se ao Oeste de Gois compondo um

    espao de 509 km a 500 m de altitude, acima do nvel do mar. Distante da capital do Estado

    Goinia, 240 km, compe um quadro de cidade interiorana, possuindo 3.607 habitantes,

    dentre moradores da zona rural e urbana. No ano de 1953, no ms de novembro foi criada a

    Lei Municipal n 55 que idealizou o Distrito de Campo Limpo. Esse nome foi escolhido

    devido s inmeras esplanadas, plancies, que compunham o territrio local.(PDE)

    Em 1958, Campo Limpo, passa a ser municpio, por meio da Lei n 2.093, em 14

    de novembro. Em Janeiro do ano seguinte passa a se chamar Amorinpolis, homenageando

    Israel de Amorim, (fundador da cidade), que tanto desejava essa emancipao.

    Em Amorinpolis a sociedade se sustenta por meio de atividades voltadas

    basicamente para a agropecuria. Trabalham com a produo de cereais como arroz, feijo,

    milho e mandioca em pequena escala, o predominam a economia do municpio a criao de

    gado de corte e leiteiro. De acordo com a secretaria municipal de agricultura do municpio,

    dados do ms de dezembro 2011.

    A rede hidrogrfica do municpio comandada pela bacia do Araguaia, tendo como

    destaque o rio Caiap, Ribeiro Santa Marta, Crrego Jacuba, Crrego Sinhana,

    Baliza, Balizinha, Balbino e outros. O solo diversificado h regies arenosas

    outros argilosas e ainda o massap que garante o potencial produtivo do municpio.

    A vegetao composta de matas secas, que ficam nos espiges e matas verdes que

    ficam prximo aos rios, predominando em maior escala o cerrado que j foram

    desmatados e feito pastos restando apenas as reservas obrigatrias.

    Vale ressaltar tambm que algumas influncias so em benefcio da regio e

    populao, outras para Estado. Assim, a poltica local tambm tem uma participao na

    histria desse crescimento da regio. Vendo por esse ngulo possvel acrescentar que,

    necessrio que a questo regional necessariamente uma questo do Estado, na

    medida que sua resoluo passa necessariamente pela composio do bloco do

    poder e pelas medidas de polticas pblicas que afetam a economia nacional e a

    distribuio territorial da renda (CASTRO, 1995, p. 12).

  • 34

    Portanto, o sistema produtivo e as adaptaes espaciais da regio enfocada se

    orientaram para a reproduo dos grupos dominantes com base na acumulao de capital,

    subordinando a classe trabalhadora a uma determinada forma de produzir, dentro de

    determinados limites. Pode ser notado assim, que na cidade de Amorinpolis, a modernidade

    atingiu tambm a atividade pecuria e tambm a prtica leiteira, pois segundo dados da

    secretaria de agricultura o numero elevou bastante nos ltimos anos, apesar de no ser uma

    atividade que satisfaa toda a necessidade financeira dos que nela trabalham, no deixa de

    atender e satisfazer.

    A cidade de Amorinpolis possui trs escolas sendo, uma creche municipal, do

    ensino fundamental 1 fase a ensino fundamental 2 fase; uma escola estadual , com ensino

    fundamental 1 fase, que a escola onde o trabalho foi desenvolvido e um colgio estadual

    contendo 2 fase s ensino fundamental e ensino mdio. A Secretaria de educao da escola

    municipal localizada no prprio municpio e a Subsecretaria das escolas estaduais se

    encontra localizada no municpio de Ipor, GO. Em ambas so ofertados cursos para os

    professores na rea da incluso, mas apenas na escola campo onde esta sendo realizada a

    pesquisa possui matriculados alunos com necessidades especiais.

    3.2 Primrdios da Escola Estadual Alfredo Nasser

    A Escola Estadual Alfredo Nasser fica situada no municpio de Amorinpolis,

    Gois, na Rua dos Democratas s/n. Oferece o ensino fundamental 1 fase, no qual h aulas

    normais somente no perodo vespertino e no perodo matutino executado o programa Mais

    Educao, que realiza diversas oficinas. No perodo matutino tambm acontecem as

    atividades do contraturno, compreendendo o reforo dado aos alunos que esto com

    dificuldades, tendo a oportunidade de estudar de forma diferenciada. Na escola h vrios

    alunos com necessidades especiais, sendo que no 3 ano possui 1 aluno, no 4 ano 2 alunos, e

    no 5 ano 2 alunos, vale lembrar que todos esses alunos citados possuem laudo mdico.

    No entanto, no ato da pesquisa, somente uma professora regente e uma professora

    de apoio foram entrevistadas. Na sala em que atuam h dois alunos com deficincia e foi a

    escolhida a do quinto ano porque tais alunos devero ir para a segunda fase do ensino

    fundamental . A pesquisa foi feita em forma de perguntas com as professoras, Marta Mendes

    (professora regente) e Maze Atades (professora de apoio).

  • 35

    A partir da pesquisa campo observou-se que a escola encontra-se em processo de

    capacitao e buscando novas tcnicas para melhor atender aos alunos deficientes. Ross

    (2004) afirma que,

    os alunos com necessidades especiais no podem mais permanecer isolados no

    trabalho de sala de aula, tampouco serem exigidos por meio de desempenhos que

    enfatizem competncias ou habilidades mentais centradas na acumulao de

    contedos. Esses alunos sero tanto mais humanizados e independentes, quanto mais

    compartilharem de atividades em equipe, nas quais possam manifestar sua

    aprendizagem, seus talentos e, por conseqncia, suas diferenas.

    Por esse motivo, os educadores devem buscar sempre novas maneiras e tcnicas

    para trabalhar com os alunos e a escola campo conta com professores de recursos, de apoio,

    para uma melhor aprendizagem de crianas com deficientes, procurando orientar e auxiliar

    estes alunos em suas dificuldades, nesse sentido h um busca permanente pela adaptao dos

    contedos s necessidades de aprendizagem de tais alunos

    . Na pesquisa campo a professora de apoio citou que sempre rene com a

    professora regente para planejar as aulas e avaliaes, sempre nos planejamos, reunimos

    professora regente, de apoio e a coordenadora para preparar qualquer atividade e avaliao,

    visto que ainda tem a tutora para auxiliar nessas atividades(Maze, professora e apoio). E

    esse ato muito importante, pois alm de estar sempre reunida a professora regente e a de

    apoio, a tutora esta sempre a par das necessidades, dos entraves e das conquistas alcanadas

    com os alunos com necessidades especiais.

    A professora de apoio ainda argumenta que um dos maiores entraves ao trabalhar

    com alunos com necessidades especiais em sala o reconhecimento de alguns companheiros

    de servio, principalmente com relao aos domnios tericos e prticos, nos que atuamos,

    identificamos em cada dificuldade, uma situao diferenciada de trabalhar com o aluno, ela

    lamenta que nem sempre a equipe escolar reconhece o seu trabalho, dificultando para a

    conquista de melhor entusiasmo para preparao e aprendizagem.

    Os docentes afirmam que procuram ter uma boa relao com estas crianas. Na

    viso dos mesmos, os alunos com transtornos de dficit de aprendizagem so tratados

    igualmente por todos da Unidade escolar, sem nenhuma discriminao. No entanto houve

    uma professora que diz no concordar com a presena dos alunos com necessidades especiais

    em sala com os demais alunos, a mesma acreditava que deveria haver uma sala separada pois

    acreditava que estes alunos se desenvolveriam melhor. Percebe se que ainda h um certo

  • 36

    preconceito por parte da professora regente, por mais que se fale sobre a incluso, e a

    necessidade de sua implantao ainda requer muitos estudos e aceitao pelos docentes.

    O certo que se necessita um pouco de dedicao no sentido de capacitao e

    aes diferenciadas junto aos alunos com dficit de aprendizagem. E se faz necessrio

    promover capacitaes que propiciem e envolvam muitas questes e a principal delas a

    formao do profissional em sala de aula, pois, disso depender todo o processo de ensino

    aprendizagem e todos os objetivos que so traados para a formao do com dificuldades de

    aprendizagem.

    O professor que trabalha com alunos deficientes devem estar sempre buscando

    informaes e maneiras diferenciadas de trabalhar com seus alunos em todos os momentos,

    para que assim ele possa receber de forma evolutiva tudo que for introduzido em sala de aula.

    Ao aluno devem ser oferecidas experincias diferenciadas, diferentes das que

    tem o costume, pois assim torna-se que possvel que ele descubra sua capacidade e seu

    espao e todos sabem que por meio da convivncia e permanncia em diversas situaes, o

    sujeito vai evoluindo e adquirindo conhecimento, porque um grande observador e possui

    uma capacidade muito grande de armazenar informaes.

    Todos na Unidade escolar devem estar a par da forma com que um aluno

    deficiente deve ser tratado. Na escola campo eles so tratados bem por todos da unidade

    escolar, pois segundo a diretora da escola pesquisada Cleonice, os alunos desde os primeiros

    anos de escolaridade esto matriculados nesta instituio e j esto mais que sociveis com

    todos os funcionrios e colegas .So tratamentos diferenciados devido ao fato de serem

    hiperativos, como j muito comentado, por esse motivo, dentro de toda a escola deve haver

    um certo consenso, no esquecendo nunca da sua necessidade, que tem em ser muito bem

    acompanhada mediante o processo da aquisio da aprendizagem.

    Assim, pode-se dizer que a contribuio principal fazer com que conheam o

    direito, que so os mesmos dos outros colegas em sala, ainda, fazer com os professores que

    trabalham diretamente com os alunos, foco da pesquisa em questo, sejam melhores

    preparados, e possam assim utilizar de metodologias diferenciadas e inovadas, para que os

    objetivos sejam alcanados.

    Para se obter bom resultados ao se integrar no mundo do aprendizado so

    necessrios estudos e capacitaes que vo alm das energias que cada um dispe, ou seja,

    todo empenho necessrio para que se encontre resultados satisfatrios, no somente na

    incluso, mas tambm em todas as atividades pessoais e sociais que o ser humano desenvolve.

  • 37

    3.3 Incluso e a dificuldade de aprendizagem na Escola Estadual Alfredo Nasser

    O trabalho de pesquisa de campo nos possibilita dizer que se faz necessrio que o

    professor desenvolva a capacidade de identificar os princpios que regem os mtodos e

    abordagens, reconhea quais desses preceitos so coerentes com as suas concepes, que

    devem prontamente ser questionadas e realidade. A partir de sua experincia e de seu

    conhecimento terico, tente inferir em que situaes o melhores resultados podem surgir.

    Somente o professor bem capacitado poder possibilitar ao aluno uma nova viso

    de mundo, ampliando a capacidade de entendimento, podendo construir uma concepo

    diferenciada em relao ao modo de operacionalizar, ou seja, ensinar a pesquisar e

    competncias, e para isso, o professor deve estar sempre buscando novas metas e

    aperfeioando seus conhecimentos.

    E segundo a professora regente do 5 ano da Escola Estadual Alfredo Nasser,

    Marta Mendes, ela possui enorme dificuldade de trabalhar em sala com alunos com

    necessidades especiais,

    H muita dificuldade, onde o professor deve estar preparado para trabalhar

    com alunos especiais, pois h uma maneira diferenciada de ministrar o

    contedo que o aluno especial possa aprender e tambm socializa-lo para que

    ele perceba que tambm importante no convvio escolar.

    No somente ela, mas alguns funcionrios da unidade escolar tambm possui

    dificuldade de estar socializando esses alunos, e s vezes, ate discriminando-os, no pelo fato

    de ironia, mas por no saber como lidar com os mesmos. Por isso, a importncia de estar se

    reunindo com os professores e profissionais capacitados para terem conversar e reflexes a

    partir de como lidar com alunos que possuem necessidades especiais. E segundo ela, umas das

    maiores dificuldades de trabalhar com alunos especiais, a interao dos outros alunos

    perante o aluno especial, pois ocorre de vez em quando intriga por parte dos outros alunos,

    principalmente na realizao de algumas atividades mais concretas, pois quando os alunos

    especiais no entendem a matria, o professor sempre repete a explicao, e nisso, os demais

    alunos reclamam por se entediarem, e onde o professor deve estar voltada a ateno para o

    aluno com necessidades especiais, pois o professor tem que estar trabalhando em cima

    daquele contedo para melhor compreenso.

    O ensino inclusivo a prtica da incluso de todos independentes de seu talento,

    deficincia, origem socioeconmica ou de origem cultural, em escolas e em salas de aula

    provedoras, onde todas as necessidades dos alunos sero satisfeitas (STAINBACK, 1999).

  • 38

    Sendo assim, toda comunidade escolar deve estar sempre dispostos a aprender mais sobre os

    alunos com necessidades especiais e tambm se empenhar mais em exercer seu papel.

    Outro fator que chamou a ateno foi a maneira de como a professora regente trabalha

    nas aulas de geografia com os alunos, usando materiais visveis para melhor entendimento do

    contedo, assim, tanto os alunos regulares como os especiais, para ter maior entendimento do

    contedo ministrado, pois como disse a professorar regente Marta,

    Podemos utilizar vrios mtodos para ministrar uma aula de Geografia, um desses

    mtodos que bastante eficiente a internet(busca, pesquisa e logo em seguida, o

    professor transfere o tema redigido diretamente ao aluno). Outro mtodo tambm que

    utilizo bastante o globo terrestre, atravs de livros tambm podemos aprimorar esses

    conhecimentos e contedos repassados, mostrando imagens, o que facilita bastante,

    brincadeiras relacionadas ao contedo.

    Existe vrios mtodos para trabalhar contedo com os alunos com necessidades

    especiais, e o mais legal que com esses mtodos dentro de sala de aula, ira ate chamar a

    ateno dos demais alunos para melhor entendimento do contedo. Mantoan (2001) vem

    falando sobre esses mtodos diferenciados,

    Inovar no tem necessariamente o sentido do inusitado. As grandes inovaes esto, muitas vezes na concretizao do bvio, do simples, do que possvel fazer, mas que

    precisa ser desvelado, para que possa ser compreendido por todos e aceito sem outras

    resistncias, seno aquelas que do brilho e vigor ao debate das novidades.

    Sempre o professor deve estar buscando novos horizontes para trabalhar em sala de

    aula, no somente o professor regente, mas tambm o professor de apoio. Pois segundo a

    professora de apoio Maze, o professor de apoio d suporte ao professor regente, fazendo as

    flexibilizaes dos contedos, organizando materiais concretos, adaptando as avaliaes,

    pois o contedo deve ser o mesmo, porm, utilizando mtodos e materiais diferentes para a

    melhor compreenso do aluno com necessidades especiais e para melhor entendimento.

    No decorrer da pesquisa, foi possvel facilmente verificar que nessa sala de aula, os

    professores, tanto de apoio como regente, teve dificuldade no incio, mas com

    aperfeioamento, conseguiram alcanar suas expectativas no que se refere

    aprendizagem.

    Existem algumas escolas de ensino regular que no recebem alunos com

    deficincia pois como disse Mantoan (1991) As escolas que no esto atendendo alunos

    com deficincia em suas turmas regulares se justificam, na maioria das vezes pelo despreparo

    dos seus professores para esse fim, pois a maioria dos gestores dessas escolas, tem medo e

  • 39

    receio de prejudicar os demais alunos. Porm, no isso que acontece, pois os alunos com

    deficincias no devem ser vistos como entrave aos demais, mas sim uma forma de incentivo

    para ambos. E no que foi possvel observar com a pesquisa, a incluso na Escola Estadual

    Alfredo Nasser, cada ano tem ocorrido grandes avanos e sucessos, pois, excluindo-se alguns

    professores que atuam em sala de aula sem preparo, houve um significativo avano na

    aprendizagem dos sujeitos atendidos.

  • 40

    CONSIDERAES FINAIS

    Ao final da pesquisa pode-se dizer que o desempenho do profissional que atua

    diretamente com o aluno com dficit de aprendizagem, tambm em Geografia, muitas vezes

    pode ser dificultado devido s situaes diferenciadas, desde o despreparo dos professores at

    a falta de recursos.

    Tambm quando h falta de comunicao impossibilitando de organizar o material

    devido, mas o educador deve saber de tudo que o espera, pois se trata de acompanhar um

    aluno com necessidades diferenciadas, especiais, e se prevenir, buscando sempre a formao e

    as possibilidades de resoluo dos problemas que aparecerem.

    O professor de Geografia deve estar sempre inserido nas atividades da escola, e

    no somente no que diz respeito ao seu aluno com dificuldade de aprendizagem. Por

    intermdio da interao com os outros colegas ter a oportunidade de discutir os problemas e

    comportamentos e buscar, por meio disso, as devidas solues. Se no houver um

    planejamento adequado e a unio total da equipe jamais se ter o resultado esperado. Vale

    ressaltar ainda que todos dentro da escola devam conhecer as particularidades desses alunos

    para assim facilitar seu desenvolvimento diante do processo de aprender.

    vlido lembrar que no regra geral os professores terem conscincia da sua

    necessidade e importncia para que os alunos aprendam, pois infelizmente, muitas vezes s

    querem desempenhar seu papel, sem se preocupar se esto sendo eficazes ou no.

    As consideraes presentes neste estudo indicam a importncia de se realizarem

    pesquisas direcionadas para a questo da incluso de alunos com dficit de aprendizagem com

    insero de professores de Geografia, na tentativa de avaliar como este processo vem

    ocorrendo, como sendo fomentado, avaliando os efeitos de tal processo especialmente nas

    sries iniciais de escolarizao, bem como a aquisio da aprendizagem por esses alunos.

    Enfim, foi possvel chegar a resultados concretos onde podemos observar que se

    faz necessrio uma dedicao mais centrada no sentido de atribuir mais cuidados, em relao

    aos alunos com necessidades especiais, e principalmente, possuir uma equipe bem estruturada

    e preparada para alcanar melhores resultados.

  • 41

    REFERNCIAS

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