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XI Encontro da Associação dos Secretários-Gerais dos Parlamentos de Língua Portuguesa (ASG-PLP) Maputo – 20 a 25 de Setembro de 2010 A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA PARA O FUNCIONÁRIO PARLAMENTAR Por: Manuel Uache Bembele (Chefe da Biblioteca da Assembleia da República de Moçambique) Celulares: (+258) 824553390; (+258) 845315428 Telefone: (+258) 21225100 E-mailes: [email protected] [email protected]

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XI Encontro da Associação dos Secretários-Gerais dos Parlamentos

de Língua Portuguesa (ASG-PLP)

Maputo – 20 a 25 de Setembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA PARA O

FUNCIONÁRIO PARLAMENTAR Por:

Manuel Uache Bembele (Chefe da Biblioteca da Assembleia da República de Moçambique)

Celulares: (+258) 824553390; (+258) 845315428 Telefone: (+258) 21225100

E-mailes: [email protected] [email protected]

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I. Introdução

Qualquer organização para realizar os seus propósitos precisa de recursos materiais, financeiros e humanos. No que concerne aos recursos financeiros a organização pode recorrer ao auto financiamento ou financiamento externo para a sua obtenção. Para maximizar a eficiência dos recursos materiais a organização pode reparar ou substituir esses recursos. Os recursos humanos são os mais fundamentais no processo produtivo de qualquer organização, pois, são eles que fazem a combinação de todos os factores. Para adequá-los às exigências da organização, os recursos humanos podem ser submetidos a cursos, estágios e outros meios susceptíveis de aumentar os seus conhecimentos e por conseguinte a sua capacidade de trabalhar. Um aspecto fundamental na formação é o autodidactismo, que consiste na pessoa (neste caso, o funcionário parlamentar) escolher uma área de conhecimento humano que pretende aprofundar os seus conhecimentos, através de leituras, entrevistas, questionários, observação, raciocínio, etc. Este aspecto é fundamental, pois, não há cursos para todas as nossas necessidades em conhecimentos para enfrentar todos os aspectos da vida social e profissional. Por outro lado, por mais que tenhamos formação numa determinada área (Direito, Medicina, Agronomia, Economia, etc.) precisamos de actualizar os nossos conhecimentos através do autodactismo. Este trabalho visa incentivar os funcionários parlamentares a pesquisar ainda mais e aos que ainda não começaram a pesquisa possa fazer parte da sua rotina diária. Por isso, dá algumas sugestões sobre a realização da pesquisa. Para realização deste trabalho recorri a consulta da bibliografia diversa, da legislação, da Internet, observação e reflexões pessoais.

II. Quadro conceptual

a) Pesquisa De acordo com Philip A. Roussel e outros1 “pesquisa significa uma abordagem disciplinada à revelação de novos conhecimentos sobre o universo. O objectivo da pesquisa é promover o conhecimento e o entendimento (...)” Para Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, pesquisa2 é “1. ato ou efeito de pesquisar. 2. indagação ou busca minuciosa para averiguação da realidade; investigação. 3. Investigação e estudo, minudentes e sistemáticos, com o fim de descobrir ou estabelecer fatos ou princípios relativos a um campo qualquer do conhecimento”.

1 Pesquisa & Desenvolvimento, pág. 14 2 Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro, Edição do Autor, 1988.

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Podíamos continuar a apresentar definições, mas sobre a pesquisa deve ficar claro que é um exercício que consiste na procura de informações diversas e para vários fins.

b) Funcionário parlamentar Nos termos do nº 1, do artigo 52, da lei nº 31/2009 (Lei Orgânica da Assembleia da República de Moçambique), “(...) funcionário parlamentar é o cidadão nacional nomeado para lugar do quadro de pessoal do Secretariado Geral da Assembleia da República e nas suas delegações provinciais”. Este é um sentido restrito. Em sentido amplo podemos dizer que funcionário parlamentar é toda a pessoa que faz o trabalho de apoio técnico administrativo de apoio aos deputados. Neste sentido amplo, para além dos funcionários referidos no sentido restrito, englobam-se funcionários contratados, funcionários de apoio aos partidos políticos representados no parlamento. Para efeitos deste trabalho o conceito que nos interessa é o sentido amplo.

III. Unidades documentais

Um pesquisador precisa de encontrar locais onde pode ter a informação que necessita na sua pesquisa. Esse locais são variados.

a) Bibliotecas

As bibliotecas coleccionam documentos na forma de livros.3 Podemos classifica-las em: Bibliotecas gerais: são geralmente as bibliotecas nacionais,

provinciais, distritais e municipais. Cobrem todas as áreas do saber; Bibliotecas escolares: são as existentes nos estabelecimentos de

ensino não superior cobrem os temas tendo em conta o currículo do estabelecimento;

Bibliotecas académicas: são as existentes nos estabelecimentos de ensino superior e cobrem as áreas de interesse para aquele estabelecimento de ensino superior;

Bibliotecas especializadas: estão inseridas em organizações (ministérios, parlamentos, empresas, associações, clubes, etc.) e coleccionam livros que cobrem a área do saber que interessa aquela organização;

Bibliotecas particulares: são produto da colecção de livros adquiridos por pessoas físicas;

3 Alguma legislação moçambicana que regula as bibliotecas: Diploma Ministerial nº 60/2009, de 22 de Abril (Ministério da Educação e Cultura) – Estabelece os critérios de classificação das Bibliotecas Públicas Provinciais. BR nº 16, I Série, 22 de Abril de 2009; Diploma Ministerial nº 64/2009, de 22 de Abril (Ministério da Educação e Cultura) – Aprova o Regulamento Interno das Bibliotecas Públicas Provinciais

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Bibliotecas digitais: dispõe de recursos na forma digital (CDs, disquetes, fleshes, etc);

Bibliotecas virtuais: documentos na forma digital e disponibilizados no ambiente virtual;

Bibliotecas especiais: são para leitores especiais tais como deficientes, doentes, prisioneiros, etc.

b) Arquivos

Coleccionam documentos em papel. Muitas organizações tem arquivos onde guardam os seus documentos.4 Classificação dos arquivos:

Quanto à propriedade Arquivos públicos: são de organismos públicos (ministérios,

assembleias legislativas, institutos públicos, etc.) Arquivos privados: são de pessoas singulares ou de pessoas

colectivas privadas.

Quanto a idade Arquivos correntes: constituídos de documentos em curso e

de consulta frequente; Arquivos intermédios: constituídos por documentos com

pequena frequência de consulta ou que aguardam o destino final em depósitos de armazenagem temporária;

Arquivos permanentes (históricos): constituído de documentos com um alto valor histórico e por isso são de guarda permanente.

Quanto ao suporte Arquivos tradicionais: coleccionam documentos no suporte

tradicional (papel).

4 Alguma legislação moçambicana sobre arquivos: Decreto nº 33/92, (Institui o Sistema Nacional de Arquivos); Decreto nº 30/2001, de 15 de Outubro, aprova as Normas de Funcionamento dos Serviços da Administração Pública; Decreto nº 36/2007, de 27 de Agosto (Altera o Sistema Nacional de Arquivos); Resolução nº 15/2009, de 26 de Dezembro (Aprova a Estratégia para a Gestão de Documentos e Arquivos do Estado); Diploma Ministerial nº 35/2010, de 10 de Fevereiro (Ministério da Função Pública) – Cria o Conselho Nacional de Arquivos. BR nº 6, I Série, 2º suplemento, de 16 de Fevereiro de 2010; Diploma Ministerial nº 36/2010 de 10 de Fevereiro (Ministério da Função Pública) – Cria a Comissão Nacional de Documentação e Informação de Moçambique. BR nº 6, I Série, 2º suplemento, de 16 de Fevereiro de 2010; Diploma Ministerial nº 37/2010 de 10 de Fevereiro (Ministério da Função Pública) – Aprova o Regulamento Padrão do Funcionamento das Comissões de Avaliação de Documentos da Administração Pública. BR nº 6, I Série, 2º suplemento, de 16 de Fevereiro de 2010.

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Arquivos especiais: coleccionam documentos no suportes especiais tais como fotografias, áudio, audiovisuais, digitais, etc.)

Quanto ao âmbito

Arquivos nacionais Arquivos provinciais Arquivos distritais Arquivos municipais

c) Museus Coleccionam documentos na forma tridimensional.5 O conceito de Museu é apresentado na Política de Museus, que a adoptou o conceito do Conselho Internacional de Museus, segundo o qual museu é “uma instituição permanente, sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público, que investiga os testemunhos materiais relativos ao homem e ao seu meio ambiente, os adquire, conserva, comunica e, em particular, os expõe com finalidade de estudo, educação e deleite”.

d) Centros de documentação e informação

Coleccionam documentos de qualquer espécie de suporte (sob forma de livro, papel, tridimensional, CD-room, disquete, etc.) Pode-se juntar no mesmo lugar uma biblioteca, arquivo, museu e computadores ligados à Internet.

IV. Tipos de pesquisa

1. Pesquisa bibliográfica Para Eva Maria Lakatos e Marina de Andrade Marconi6 a pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias é o

“levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e impressa escrita. A sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto, com o objetivo de permitir ao cientista 'o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações' (Trujillo, 1974:230)”.

António Carlos Gil7 enumera vantagens e desvantagens da pesquisa bibliográfica.

5 Alguma legislação moçambicana sobre museus: Resolução nº 11/2010, BR nº 22, de 22 de Junho (Aprova a Política de Museus); Lei nº 10/88, de 22 de Dezembro (determina a protecção legal dos bens materiais e imateriais do património cultural moçambicano); Lei nº 13/2009, de 25 de Fevereiro (Estabelece o quadro legal que visa proteger, preservar e valorizar o património da Luta de Libertação Nacional)

6 Metodologia de Trabalho Científico, págs. 43 e 44

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Vantagens: permitir ao pesquisador ter acesso a muita informação que não teria em caso de pesquisar directamente, muito em particular no estudo em que requer dados muito dispersos no espaço. Ē vantajoso, também, para estudos históricos pois, em alguns casos, não há outra forma de encontrar factos passados se não com base na consulta bibliográfica. Desvantagens: muitas vezes as fontes secundarias apresentam dados colectados ou processados de uma forma equivocada, e a sua consulta pode ampliar esses erros. Para reduzir essa hipótese o pesquisador deve avaliar as condições em que os dados foram obtidos, analisar cada informação de modo a descobrir eventuais contradições.

Livros

Para uma boa pesquisa temos que ler vários livros sobre a matéria que estamos a estudar. Os livros podemos encontrar nas nossas bibliotecas pessoais, bibliotecas de nossos conhecidos (bibliotecas particulares), bibliotecas académicas, bibliotecas públicas e outras. Podemos ler livros pela Internet através das chamadas bibliotecas virtuais (e-books). Por outro lado podemos comprar livros nas livrarias ou via Internet. Temos que ter hábito de comprar livros. Depois de a pessoa escolher a área em que quer pesquisar deve ver quais são os livros que existem sobre o assunto. Mas se a pessoa tem 50 livros que falam de Direito Constitucional, como saber qual é o melhor livro? Geralmente os livros que tem muitas edições e/ou reimpressões são bons. É por isso que na ficha técnica do livro costuma aparecer o número de edição bem como o ano da primeira edição. Um livro se tem muitas edições quer dizer que é muito comprado8 por isso vão saindo muitas edições e/ou reimpressões. É importante que o pesquisador tenha o hábito de abrir os sumários dos livros das várias áreas de conhecimento para ver o que tratam. Explicando melhor, se um investigador ver o sumário de livros de finanças públicas, por exemplo, há-de ver que tratam de muitos temas como o orçamento do Estado, receitas públicas, impostos, despesas públicas, dívida pública etc. Assim se quer investigar sobre dívida pública, ao invés de procurar só livros com o título dívida pública já sabe que livros de finanças públicas falam da dívida pública. Outra sugestão é começar a pesquisa consultando dicionários especializados, enciclopédias gerais ou especializados. Os dicionários especializados ajudam-nos a ver em que área do conhecimento o assunto que estamos a pesquisar se enquadra. As enciclopédias têm o mérito de depois de abordar o tema indicar a bibliografia para aprofundar o tema. Isto porque nem sempre sabemos com facilidade o assunto em pesquisa 7 Como elaborar projetos de pesquisa, 3ª ed., págs. 50 e 52 8 Geralmente, por sem bom livro

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enquadra-se em que área do conhecimento. Imaginemos que temos um projecto de lei sobre Sistema Nacional de Pagamentos. À partida podemos não saber se este assunto enquadra-se na contabilidade pública, no sistema bancário, ou outra área do conhecimento.

Revistas (periódicos)

Para além dos livros podemos ler revistas. As revistas são publicações periódicas e por isso tem a vantagem de ter assuntos actualizados em relação aos livros. As revistas podem publicar ensaios. As revistas publicam também estudos de pouca extensão que não justificam a publicação de um livro. À semelhança dos livros podemos ter periódicos publicados na Internet. As revistas podem ser gerais quando cobrem todos os assuntos e podem ser especializados quando cobrem um determinado assunto (ex.: economia, ambiente, contabilidade, direito, etc.).

2. Pesquisa de fontes normativas

O assunto que estamos a investigar para além de estar em livros, revistas e noutros documentos pode ser que conste da legislação e de políticas governamentais ou municipais (Constituição da República, Leis, Decretos, Convenções internacionais, Despachos, políticas públicas, posturas municipais, etc.). Estas fontes constam do Boletim da Republica, livros que publicam colectânea de legislação, Internet, etc. Imaginemos uma pessoa que queira falar da publicidade, por mais que não faça um estudo de carácter jurídico, é fundamental ver o que a Constituição da República diz sobre a publicidade. Ver também o que diz o Programa do Governo sobre a publicidade. Ver também o Código da publicidade. Na sua reflexão pode ter ideias diferentes com as que vem na legislação, mas deve referir o que diz a legislação e depois discordar se for o caso. A pesquisa destas fontes pode-nos levar a consulta da Jurisprudência para ver como é o juízes interpretam e aplicam essas fontes. Questões para reflexão: para além da Constituição e do Regimento que outra legislação tem algumas competências do parlamento? Para além do Estatuto do Deputado que outra legislação tem outros direitos do deputados?

3. Pesquisa de trabalhos académicos Para um país como o nosso que ainda tem poucos livros sobre Moçambique os trabalhos académicos são de muita importância. Uma pessoa pode querer escrever sobre o Parlamentarismo em Moçambique. Pode ir às livrarias e bibliotecas e não encontrar nenhum livro sobre a matéria. Não deve desanimar. Deve recorrer às bibliotecas dos estabelecimentos de ensino que tratam de matérias sobre o parlamentarismo. Pode ir às faculdades onde se leccionam cursos de direito, ciência política, sociologia, filosofia, etc. e perguntar se não há

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trabalhos sobre a matéria, tais como teses, jornadas científicas, seminários, etc. Algumas instituições do ensino superior publicam as teses dos seus estudantes na Internet. Questão para reflexão: se estamos a pesquisar sobre Assessoria Parlamentar que instituições académicas podem ter trabalhos sobre o tema?

4. Pesquisa documental

Se estamos a falar de um tema podemos ler livros, revistas e outras fontes. Mas também temos que recorrer aos documentos daquelas entidades (nacionais, regionais, continentais e internacionais) que tratam daquele assunto no seu dia a dia. As entidades podem ter documentos secretos mas tem outros de consulta pública. Nos ministérios, por exemplo, os documentos de abertura e encerramento de conselhos coordenadores costumam ser de consulta pública. Os documentos destas entidades podemos obtê-los através da Internet, consultando as suas respectivas páginas. Questões para reflexão: Se queremos fazer um estudo sobre o trabalho infantil que entidades (nacionais e estrangeiras) devemos contactar para consultar seus documentos? Se queremos fazer um trabalho sobre inflação que entidades devemos contactar para consultar seus documentos? Se queremos fazer uma pesquisa sobre dívida pública que entidades devemos contactar para consultar seus documentos? Se queremos fazer uma pesquisa sobre salário que entidades devemos contactar para consultar seus documentos? Se queremos fazer uma pesquisa sobre partidos políticos que entidades devemos contactar para consultar seus documentos?

5. Participação em eventos

São eventos como reuniões, seminários, palestras, defesas de teses, etc. Conforme a nossa área de formação, trabalho e/ou interesse podemos passar a participar de eventos que tratam de assuntos do nosso interesse, formação e/ou trabalho. Geralmente os órgãos de comunicação social costuma indicar onde vão decorrer palestras, reuniões, seminários, debates sobre diferentes assuntos. Caso não conseguimos participar destes eventos podemos consultar, mais tarde, os documentos destes eventos (relatórios, sínteses, actas, etc).

6. Organização de eventos

Podemos organizar eventos como seminários, palestras, debates, etc. para colhermos ideias das varias pessoas sobre o que queremos saber. A delegação moçambicana à conferencia internacional sobre o racismo na

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África do Sul organizou seminários para colher opiniões a apresentar na referida conferencia. Por outro lado, este método tem sido usado por aquelas pessoas e/ou entidades que estão a elaborar propostas de legislação, políticas diversas, etc. Por exemplo, a Comissão da Administração Pública, Poder Local e Comunicação Social da Assembleia da República de Moçambique organizou uma audição aos partidos políticos extra parlamentares e organizações da sociedade civil para conhecer e receber propostas de alteração e melhoramento da legislação eleitoral.

7. Pesquisa nos meios de comunicação social Os órgãos de comunicação social, apara além da função informativa, tem a função formativa. Os órgãos de comunicação social publicam assuntos que podem ser de interesse da nossa formação ou profissão. Para tal podemos fotocopiar aqueles artigos e termos um arquivo de recortes de imprensa. Adelino Tores9 dá as seguintes sugestões para recortes de jornais: 1º escolher jornais que publicam artigos que nos interessam, 2º marcar o artigo que pretendemos recortar, 3º anotar o título do jornal e a data, 4º organizar o material recortado por temas, 5º classificar os dossiers de recortes de imprensa. Por outro lado podemos gravar programas de rádio e televisão que falam de assuntos do nosso interesse.

8. Pesquisa na Internet

A Internet é uma fonte rápida de informações. Para além da rapidez a informação na Internet pode ter actualização todos os dias. Outra vantagem é disponibilizar informação para todo o mundo, ou seja a pessoa não precisa de se deslocar para ter informação. Tem a desvantagem de não ser acessível a todas as pessoas. Outra desvantagem é que certos artigos não têm rigor científico que é comum nos livros e revistas, ou seja, os seu autores não citam as fontes que usaram, não dizem a metodologia de pesquisa bem como o autor e a formação do autor da informação. Mas, felizmente, há artigos da Internet com grande rigor e valor científicos. É preciso ter a lista dos sites que nos interessam. Em anexo a esta comunicação apresenta-se a lista de sites com interesse para o funcionário parlamentar. Para além de vários assuntos a Internet oferece serviços de tradução, temperatura, câmbio, cursos gratuitos, etc.

9. Pesquisa através de questionários

9 O Método no Estudo, págs. 63 e 64

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Nalguns casos a informação que precisamos não está em livro ou em papel, mas sim na cabeça das pessoas. Para ter essa informação precisamos de entrar em contacto com essas pessoas. Actualmente é possível fazer questionários pela Internet. Para estudarmos a percepção dos cidadãos sobre o parlamento podemos distribuir inquéritos e depois recolhermos as respostas noutro momento. Tal como a Entrevista, o Questionário é uma das técnicas da colecta de dados. Lucas Gulube10 a respeito do questionário escreve que:

“O questionário aparece como elo e ligação entre o Pesquisador e o Inquirido. O questionário é de importância primordial para o sucesso de qualquer inquérito. 2.1 Forma e conteúdo das questões O questionário circunscreve-se no contexto do sujeito acerca do qual pretendemos nos informar ou obter dados. (...) o pesquisador deverá saber de antemão qual o tipo de análise que pretende fazer, se pretende avaliar as variáveis e como fazer essa avaliação”.

De acordo com Gulube11 o questionário tem as seguintes características:

“a) Responder aos objectivos da pesquisa; b) Estar adaptado às necessidades e as reacções das pessoas a inquirir

(estar ao seu nível e lhes interessar); c) Possuir características de utilidade; d) Caso se utilize a técnica de questões fechadas, garantir que elas

abarquem todas as opiniões e atitudes possíveis; e) Elabora perguntas suficientes (questões e sub-questões) que permitam

abordar os diferentes aspectos do problema em estudo, isto é, de forma a permitir que a pessoa interrogada seja capaz de abordar ou referir as questões globais do assunto.

f) As perguntas devem ser elaboradas de forma a evitar que as pessoas interrogadas se recusem a responder ou deixar a pergunta em branco, ou até digam: ‘não sei’ , sob pena de tornar a amostra escolhida não representativa. Por isso, as perguntas devem ser elaboradas com bastante rigor e a longo termo, isto é, abarcando todos os aspectos essenciais”.

Sobre a elaboração do Questionário Gulube12 sugere:

Elaborar uma lista detalhada das informações a colher; Identificar os objectivos e as variáveis;

10 Introdução à Metodologia de Investigação, pág.30 11 Op. cit., pág. 30 12 Idem pág. 31

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Respeitar questões técnicas e de linguagem: usar linguagem simples, precisa e compreensível; evitar questões negativas; evitar questões vagas ou que permitam várias interpretações;

Fazer uma questão de cada vez (evitar questões duplas); Determinar o quadro de referência e elaborar questões de filtro; Conhecer o nível de conhecimento dos inquiridos sobre o assunto.

Um questionário pode ser testado antes da sua efectiva aplicação. Por exemplo se queremos fazer um inquérito a nível nacional podemos testá-lo num bairro. A este respeito Gulube13 fala do pré-inquérito ou pré-teste que tem o objectivo de testar a dimensão das questões, testar a exactidão das perguntas, testar as reacções dos inquiridos. Ou seja o objectivo fundamental do pré-teste é adequar o questionário à realidade, eliminar eventuais defeitos.

10. Pesquisa através de entrevistas

Para estudarmos a venda de arroz nos supermercados, por exemplo, podemos entrevistar os vendedores e compradores. Lucas Gulube14 entende que:

“A entrevista pressupõe uma comunicação mais ou menos estruturada entre o pesquisador e a pessoa entrevistada, com objectivo de conhecer melhor o assunto a estudar ou em estudo. A entrevista varia em função do assunto a estudar (experimentação ou formulação das conclusões). Assim, ela pode ser:

a) Livre b) Dirigida c) Sondagem”

Sobre entrevista de questões livres, Gulube15 diz que:

“Consiste na elaboração de um guião de entrevistas, em que as questões a colocar não são elaboradas com antecedência sendo apenas o ‘Guião’ da entrevista, onde constam essencialmente os pontos chaves a colocar pelo pesquisador. Este método é utilizado sobretudo nos casos em que se pretende recolher o máximo de informações que nos vão permitir elaborar o questionário definitivo. Também esta técnica é utilizada quando pretendemos privilegiar a espontaneidade do entrevistado, isto é, sem respeitar demasiadamente o rigor científico.”

13 Idem, Pág. 32 14 Idem, págs. 29 15 Bibdem

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No que concerne a entrevistas de questões abertas, Gulube16 escreve que:

“Embora exista uma estrutura rígida de perguntas, o entrevistado tem a liberdade de escolher a resposta a dar.

Quando pode ser utilizada? a) Este método é utilizado nos casos em que o pesquisador

desconhece o conteúdo da informação ou do sujeito abordado, e tem por objectivo salvaguardar que as informações a recolher sejam suficientes.

b) Quando se pretende obter o máximo de informações possíveis, isto é, evitar o risco de esquecer algo.

c) Quando nos dispomos de pessoal qualificado, de orçamento e de tempo suficientes para analisar o conteúdo das informações recebidas”.

Sobre entrevista de questões fechadas, Gulube17 entende que:

“Por norma, este tipo de entrevista contém perguntas estandardizadas e em que o entrevistado não tem possibilidade de escolha na formulação da resposta a dar. Portanto, a escolha é limitada.

Esta técnica é utilizada: a) Quando se pretende compilar rapidamente os resultados; b) Quando se pretende categorizar os indivíduos em função das

respostas dadas; c) Quando se pretende fazer uma selecção entre os entrevistados; d) Quando há limite de tempo e orçamento”.

Sobre a Sondagem, Gulube18 ensina-nos que:

“A sondagem cobre duma ou de outra maneira o método da entrevista ou de questionário, caracterizando-se sobretudo pelo tempo reduzido e pela simplicidade do objecto a estudar. Foi concebido para obter resultados rápidos e práticos. Ex: Opiniões – voto, comércio, etc., e que não exijam interpretações profundas. Ela é feita nos casos em que:

a) A população é bem limitada; b) Quando há limites de tempo e orçamento; c) Nos casos em que não exista nenhuma informação ou em que

nunca tenha sido feita uma estatística”. Podemos realizar entrevistas para colhermos factos sobre determinadas realidades (entrevistar eleitores, passageiros, consumidores,

16 Bibdem 17 Op. Cit. Págs. 29 e 30 18 Idem, pág. 30

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trabalhadores, etc.). Mas também podemos realizar entrevistas para colher opinião técnico científica de especialistas na área objecto da nossa pesquisa (entrevistar docentes, advogados, médicos, engenheiros, etc.). Há muita gente com muito conhecimento mas que nunca escreveu livros e ou artigos. Podemos entrevistar essas pessoas para colher a sua experiência e conhecimentos.

11. Pesquisa por observação Nem sempre a informação que queremos podemos obtê-la numa simples entrevista ou questionário. Por isso podemos ser obrigados a fazer uma observação. A Observação pode ser não participante ou observação participante. Na observação não participante o pesquisador observa o caso em estudo de uma forma aberta ou de uma forma oculta. A observação participante consiste em o pesquisador inserir-se no meio que pretende estudar, participando das actividades do grupo. Pode ser aconselhável tirar fotografias e/ou filmar o ambiente que está a estudar.

V. Outros aspectos sobre a pesquisa a) Pesquisa em grupo

O funcionário parlamentar para além de fazer a pesquisa sozinho, pode contar com a participação de colegas. É muito fundamental indicar os nomes dos colegas que participaram da pesquisa. Por exemplo, é comum um funcionário ter de apresentar noutra região (outra província ou outro país) um trabalho sobre o seu parlamento ou unidade orgânica. Pode contar com a colaboração de outros colegas mas que por razões várias outros colegas não vão viajar com ele. É importante na autoria do paper indicar os nomes daqueles colegas como co-autores ou como colaboradores. O funcionário parlamentar não pode ser egoísta ao pretender indicar só o seu nome como único autor. A pesquisa em grupo, também, é fundamental numa pesquisa multidisciplinar. Por exemplo, António pode ser encarregado de fazer a abordagem jurídica, Bento pela abordagem sociológica, Carlos pela abordagem económica, etc.

b) Delegação da pesquisa O funcionário parlamentar (sobretudo aquele que exerce cargo de direcção e chefia) pode mandar o seu subalterno preparar um estudo sobre um assunto qualquer. Imaginemos que o chefe vai participar de uma reunião em que vai ser abordado a formação. O chefe pode mandar um colega preparar um estudo sobre isso para sustentar as suas intervenções e debates no referido encontro. Por outro lado, o chefe pode receber um despacho para fazer um parecer sobre certo assunto. Pode incumbir num funcionário fazer um projecto de parecer.

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A delegação da pesquisa é muito importante. Muitas unidades orgânicas elaboram documentos de péssima qualidade enquanto tem bons funcionários, mas porque o chefe não quer mandar os outros fazer estudos, pareceres sobre vários assuntos. Neste caso, o autor do documento é aquela unidade orgânica e não os funcionários individualmente.

c) Terciarização da pesquisa Pela magnitude da pesquisa ou por falta de tempo, nalguns casos, o funcionário parlamentar pode-se se ver obrigado a ter que contratar um serviço de consultoria19/20 para fazer estudo sobre certo tema.

VI. Tipo de abordagem

O título do trabalho deve procurar indicar o tipo de abordagem (jurídica, económica, religiosa, etc.). O texto também deve apresentar o tipo de abordagem. Ou seja, um trabalho deve ter uma abordagem jurídica, económica, sociológica, antropológica, histórica, filosófica, religiosa, agronómica, médica, etc. Mas nada impede que um mesmo trabalho tenha várias abordagens (abordagem multidisciplinar)21, ou seja uma pessoa pode fazer um trabalho que apresenta abordagem económica, jurídica e sociológica de empresas, por exemplo. Por exemplo, se a pessoa está a fazer uma abordagem religiosa sobre as empresas pode, ao longo do texto, indicar as passagens da bíblia ou do alcorão que falam das empresas e fazer uma reflexão teológica sobre o tema. Se uma pessoa está a fazer uma abordagem económica pode ser que seja

19 Os artigos 119 a 139, do Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado, aprovado pelo Decreto nº 15/2010, tratam da contratação dos serviços de consultoria. 20 O artigo 96 da Lei nº 31/2009, de 29 de Setembro (Lei Orgânica da Assembleia da República de Moçambique), estabelece que “sempre que se mostrar necessário, o Presidente da Assembleia da República, obtido o parecer da Comissão Permanente, autoriza a contratação de consultores para a realização de trabalhos técnicos especializados de apoio à Comissão Permanente, às Comissões e ao Secretariado Geral”. 21 Por exemplo, a elaboração da lei orgânica de um parlamento precisa de uma pesquisa multidisciplinar. Por ser uma lei a abordagem jurídica não deve ser feita. É preciso uma abordagem ligada à Gestão e Administração. Uma das coisas que a Lei orgânica regula é a organização dos serviços, para tal é fundamental pesquisar sobre a estrutura da organizações (departamentalização): há doutrinas sobre a organização, tias como o Taylorismo e o Fayolismo. Por outro lado, é preciso ver se a nossa administração parlamentar precisa de uma estrutura elevada ou achatada. Esses são alguns exemplos, mas é preciso pesquisar sobre recursos humanos, finanças, património, secretariado, etc.

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necessário ilustrar com gráficos22 e tabelas. A Administração e Gestão para além dos gráficos e tabelas pode ilustrar com ideogramas, esquemas e fluxogramas.

VII. Método de abordagem

O pesquisador pode escolher a forma de raciocínio a utilizar na sua pesquisa. Geralmente pode escolher apenas um método de abordagem para cada trabalho de pesquisa. Podemos identificar o método indutivo, método dedutivo, método hipotético-dedutivo e o método dialéctico. Método indutivo: parte das constatações mais particulares para a

leis e teorias mais gerais. Aqui a sequência de raciocínios estabelece uma conexão ascendente.

Método dedutivo: parte das leis e teorias mais gerais para predizer a ocorrência de fenómenos particulares: Aqui, ao contrário do método indutivo, a sequência de raciocínios estabelece uma conexão descendente.

Método hipotético-dedutivo: o pesquisador constata uma lacuna nos conhecimentos, para cobrir essa lacuna formula hipóteses e pelo processo de inferência dedutiva testa a validade das hipóteses que formulou.

Método dialéctico: o pesquisador refuta o senso comum e elabora contradições que este senso comum tem e procura chegar à verdade (científica) de forma racional. VIII. Método de procedimento

O pesquisador pode escolher mais de um método de procedimento para cada trabalho de pesquisa, ou seja, num mesmo trabalho pode-se usar os métodos histórico, comparativo e estatístico. Método histórico: o pesquisador investiga um determinado facto do

passado para ver que influência tem para a actualidade. Método comparativo: o pesquisador analisa dois ou mais factos

procurando encontrar as semelhanças e diferenças entre os factos estudados. É preciso elaborar uma Grelha Comparativa, ou seja identificar os factos objectos da comparação. Procura, também, identificar as regularidades e ou repetições dos factos. Por exemplo podemos comparar a assessoria parlamentar em quatro parlamentos e ver quais são as semelhanças e diferenças e, também, ver que factos se repetem sempre. A comparação ajuda a ver o que podemos fazer no nosso parlamento que é feito noutros parlamentos23. Mas também a comparação pode ser feita na mesma organização ao longo do tempo

22 Aliais, Paul Samuelson entende que o gráfico é o “martelo do Economista” 23 Se no nosso parlamento estamos para elaborar o Regulamento da Férias Parlamentares podemos pedir regulamentos de outros parlamentos e ver o que podemos contemplar no regulamento da nossa empresa.

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neste caso estaremos no Método histórico comparativo. Geralmente, os deputados e funcionários parlamentares costumam comparar com outros países. Mas nada impede que se faça comparação de um certo assunto com assuntos análogos doutras instituições dentro do nosso país. Por exemplo, se estamos a elaborar um regulamento sobre a orgânica das nossas delegações provinciais podemos comparar com as orgânicas de delegações provinciais doutras instituições do nosso país. Se estamos a elaborar as competências do nosso sector de recursos humanos podemos comparar com os sectores dos recursos humanos doutras instituições. Depois da comparação podemos adoptar algo similar dos outros países ou outras instituições, mas com as necessárias adaptações e cautelas devido às particularidades do nosso país ou instituição.

Método monográfico ou estudo de caso: o pesquisador faz um estudo amplo e aprofundado sobre um determinado fenómeno. Aqui o pesquisador procura apresentar as várias diversidades que um certo fenómeno pode apresentar.

Método estatístico: aqui o pesquisador usa um conjunto de técnicas e processos, para obter, organizar, analisar e apresentar os fenómenos pesquisados usando uma linguagem estatística. Compreende quatro fases fundamentais; 1ª recolha de dados (recorrendo a dados feitos por organismos que elaboram e divulgam estatísticas ou por estatísticas elaboradas anteriormente; ou recolha directa através de Inquéritos). 2ª apresentação de dados: ordena os dados apresentando-os em tabelas, gráficos (nos seus variados tipos). 3ª análise de dados: faz a sintetização dos dados. 4ª Interpretação de dados: compara os parâmetros teóricos que teve ao longo da pesquisa exploratória e com os dados reais encontrados no terreno. IX. Finalidades da pesquisa feita pelo funcionário parlamentar O funcionário Parlamentar pesquisa para quê? Pesquisa para vários fins, aqui nos referiremos a alguns.

a) Pesquisar para melhor desempenhar a sua actividade O Funcionário Parlamentar está afecto a uma unidade orgânica: recursos humanos, informática, finanças, comissões de trabalho, documentação, assessoria, etc. Na sua área de actividade depara-se com problemas que precisam de solução. Por exemplo, o funcionário dos recursos humanos que quer fazer o recrutamento tem de pesquisar para ver quais as várias formas de recrutamento de pessoal, quais as suas vantagens e desvantagens e ver qual é a ideal. Outro exemplo é do funcionário parlamentar que é Secretário de uma comissão de trabalho precisa de ler muito para melhor secretariar a sua

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comissão. Tem que ler livros de secretariado para ver como se preparam as reuniões: convocatórias, agenda, tomar notas, etc. Ou seja deve saber o que o secretário faz antes, durante e depois da reunião. Deve saber como organizar as mesas de trabalho e que material de apoio se mostra ideal ter perto, tais como datashow, quadros, etc. Por outro lado, os funcionários parlamentares tem sido incumbidas missões fora da sua actividade habitual. Por exemplo, tem sido integrados em júris de concursos para recrutamento de novos funcionários, júris de concursos para a escolha de fornecedores de bens e ou serviços, instrutores ou escrivães de processos disciplinares, inquiridores, grupo de organização de eventos (congressos, reuniões, seminários etc.) Essas actividades todas para o seu bem desempenho necessitam de uma boa pesquisa por parte do funcionário parlamentar. O funcionário deve-se colocar as seguintes questões: o que existe escrito sobre entrevistas profissionais? O que existe escrito sobre processo disciplinar? O que existe escrito sobre organização de eventos? Posso colher a opinião de quem para melhor realizar esta tarefa?, etc.

b) Pesquisar para melhor assessorar deputados e funcionários

O funcionário parlamentar deve pesquisar para assessorar os seus superiores (deputados e chefes). Se um deputado vai a uma conferência internacional em que pretende intervir sobre corrupção, o funcionário parlamentar pode ser solicitado um estudo sobre esta matéria. Por outro lado, o seu chefe pode dizer ao funcionário que na semana seguinte vai participar de uma reunião na qual vai se falar de bolsas de estudo e pedir que o funcionário subordinado prepare uma pequena “cábula” sobre o assunto (Ver, também, o ponto relativo à delegação da pesquisa).

c) Pesquisar para formar outros funcionários

Os parlamentos tem necessidade de promover cursos para os seus funcionários. Em muitos casos recorre-se a formadores externos, mas internamente existe capacidade para realizar com sucesso a formação. Por isso, os parlamentos podem organizar cursos ministrados por funcionários parlamentares para outros funcionários parlamentares. Por outro lado, os funcionários parlamentares mais habilitados e/ou experientes devem elaborar manuais de procedimentos para ajudar os funcionários menos habilitados e/ou menos experientes. Os órgãos centrais devem elaborar procedimentos e esclarecer as dúvidas que os seus órgãos provinciais ou distritais possam ter.

d) Pesquisar para apresentar comunicações e publicar artigos

Às vezes o funcionário parlamentar deve apresentar comunicações ou publicar artigos e por isso precisa de fazer pesquisa.

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Nestes casos, sem menosprezar a abordagem teórica, deve dar ênfase à aspectos práticos que vive no seu dia a dia de funcionário parlamentar. Por outro lado, deve dar primazia às fontes primárias do parlamento.

e) Pesquisar para participar de debates O funcionário parlamentar está integrado numa sociedade que organiza debates sobre vários assuntos. Há debates nos bairros, nos meios de comunicação social, etc. Para fazer um bom debate precisa de fazer uma leitura prévia sobre assuntos objectos de debate.

f) Pesquisar para estar bem integrado no parlamento Precisa pesquisar sobre muitos assuntos tais como relações interpessoais, como lidar com pessoas difíceis, como resolver conflitos, parlamentarismo, Estado, etc.

X. Redacção do trabalho e apresentação gráfica Tal como foi referido, o funcionário Parlamentar pode pesquisar para apresentar temas em eventos ou publicar artigos, por isso vão aqui algumas indicações sobre a redacção de trabalhos.

Regras para dactilografia/digitação O Prof. Dr. Fabrício M. De Almeida24, recomenda o seguinte: Margens: que a margem superior tenha 3cm, a inferior 2 cm, a direita 2cm e a esquerda 3cm. Tamanho do papel: tamanho A4. Tipo de letra: Arial ou Times New Roman Tamanho da letra: 12 Entrelinhamento (espaço entre as linhas): Texto (1,5 cm); parágrafo (2,5 através da margem esquerda e 6 pontos depois de um para o outro); parágrafos e citações longas (5cm através da margem a esquerda); citações com três linhas (devem ser inseridas no contexto em itálico); citações com mais de três linhas (entrelinhamento simples e em itálico, com tamanho da letra 10). Abertura da página: abrem as páginas o sumário, a introdução, os títulos dos capítulos, e conclusão e a bibliografia. São abertas a 8 cm da borda superior da folha e são escritos em versais centralizados. Depois de abrir a página o texto é escrito a 4,5 cm a baixo dos respectivos títulos. Numeração da página: a numeração pode começar da fase textual até a bibliografia. A fase pré textual não é numerada.

24 Coletâneas: metodologia da pesquisa científica, acessado na Internet, em 1/12/2008, no site: http://www.afirmativo.com.br/pos/admin/apostilas/imgs/METODOLOGIA%20DA%20PESQUISA%20CIENTIFICA%20-%20Prof.%20Dr.%20Fabricio%20Almeida.pdf

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Linguagem científica Sobre esta questão o Prof. Dr. Fabrício M. De Almeida25 ensina-nos o seguinte:

Clareza: o pesquisador apresenta o domínio do assunto e a exposição de ideias de maneira compreensível para o leitor. Um trabalho depois de defendido ou apresentado em evento, em muitos casos, é depositado na biblioteca ou arquivo. Por isso deve ser claro para uma infinidade de leitores (estudantes, docentes, pesquisadores, público em geral).

Concisão: o pesquisador apresenta as ideias em poucas palavras, devendo evitar redundância.

Objectividade: o trabalho não pode ser ambíguo ou impreciso. Impessoalidade: usar a terceira pessoa, evitando expressões de cunho

pessoal do pesquisador. Precisão: uso da terminologia apropriada para o assunto e tendo em

conta área do conhecimento. Uso de fontes e citações confiáveis. Simplicidade: usar uma linguagem sem rodeios e sem muita

adjectivação. Ana Maria Baraňano26 recomenda, também:

Economia: não introduzir dados ou informações que não sustentam directamente a argumentação.

Evidência: as posições tomadas terão credibilidade se estiverem fundamentados com os dados apresentados.

Originalidade: um trabalho académico deve ser um contributo para o aumento do conhecimento científico e essa contribuição consegue-se com a originalidade do trabalho.

Expressão escrita

De acordo com o Prof. Dr. Fabrício M. De Almeida27, devemos: Evitar períodos longos; períodos reduzidos, pois prejudicam a

apresentação da ideia; parágrafos com uma frase; Não usar termos ou palavras supérfluas ou adjectivações

redundantes; Usar verbos na forma activa em vez dos verbos na forma passiva.

XI. Apresentação oral do trabalho

Dissemos que o funcionário parlamentar pode pesquisar para apresentar comunicações em eventos onde é convidado como orador. Vão algumas sugestões para a apresentação de comunicações.

a. Dominar os nervos

25 Op.cit. 26 Op. cit. Págs. 148-151 27 Op. cit.

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Tem sido comum uma pessoa ficar nervosa quando está para falar em público. Para vencer esse medo deve treinar fazendo sempre intervenções naqueles ambientes28 onde haja pouca gente e haja poucas exigências. Paul Hauge e Peter Jackson29, para dominar os nervos e a ansiedade, sugerem o seguinte:

“Aprender a relaxar utilizando técnicas de contracção e descontracção dos músculos. Respire pelo diafragma e não com o peito. Aprenda a pensar nas audiências como pessoas normais e amigáveis, não como deuses glorificados que estão ali para o fazer cair”.

Chris Steward e Mike Wilkinson30, para dominar nervos recomendam o seguinte: Respirar fundo: respirar duas ou três vezes antes de começar a apresentação pública. Fazer exercício físico: contrair os músculos numa parte do pescoço, relaxar de seguida e continuar o exercício noutra parte do corpo. Também é preciso que o orador tenha em conta que as pessoas que estão a ouvi-lo estão para buscar dele um conhecimento. Ter em atenção que quando olham-no é para melhor captar o que diz e não para o censurar. Ter em conta que é normal que os que estão a ouvir podem não concordar com o seu ponto de vista.

b. Apresentação da comunicação Dependendo do programa do evento em que somos oradores tem havido tempo para a apresentação e debate. Esse tempo varia tendo em conta muitos factores, mas tem sido 20 minutos e uma hora. Deve começar por fazer uma apresentação global do trabalho, referindo-se do tema, estrutura do trabalho. Depois segue a apresentação capítulo por capítulo e por fim a conclusão. Quando começar a falar sobre um capítulo deve apresentar os tópicos daquele capítulo e depois detalhar tópico por tópico. Deve evitar ler o trabalho. Por isso o treino é fundamental para memorizar o seu trabalho.

2. Intervenções e debates Uma pessoa presente num evento (reunião, seminário, palestra, etc.) quando quiser intervir deve pedir a palavra ao moderador do evento. O pedido é feito através da inscrição, levantamento braço e outras formas convencionadas para esse encontro. O interveniente deve respeitar o tempo concedido para cada intervenção. Antes de pedir a palavra deve fazer o esboço numa folha ou bloco daquilo que pretende dizer (perguntas, contribuições, etc.) Uma das coisas que

28 Grupos de estudo, grupos da igreja, entre familiares, amigos, etc. 29 Como fazer estudos de mercado, pág. 201 30 O abc de ... falar em público, págs.43 e 44

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caracteriza um técnico31 é a planificação do seu discurso bem como o encadeamento das ideias. Por isso deve fazer um esboço da sua intervenção. Deve evitar falar do assunto que não esta em debate.

XII. Papel dum secretário geral do parlamento na promoção da pesquisa pelos funcionários parlamentares

1. Implantar e apetrechar unidades documentais

As unidades documentais (bibliotecas, arquivos, museus, centros de documentação) facilitam a pesquisa através da disponibilização da informação técnico-científica. Os orçamentos das administrações parlamentares devem dedicar rubricas para as unidades documentais.

a) Bibliotecas

È fundamental implantar uma biblioteca no parlamento para apoio a deputados, funcionários e público em geral nas suas pesquisas.

b) Arquivos

É preciso apetrechar arquivos com documentação produzida e ou recebida pelo parlamento. Especial realce vai para o depósito no arquivo do parlamento de toda a documentação dos cursos organizado pelo parlamento. Quando o parlamento organiza cursos para deputados e funcionários não é possível a participação de todos. Por isso mostra-se imperioso depositar essa documentação para que aqueles deputados e funcionários que não puderam participar desses cursos possam ter conhecimento sobre o que foi ministrado nos cursos. Os funcionários que participarem de cursos fora do país devem ser obrigados a depositar no arquivo um relatório detalhado sobre o curso em que participaram.

c) Centros de documentação Como foi referido os centros de documentação abarcam no mesmo lugar várias unidades documentais tais com biblioteca, arquivo, museu, centro de recursos digitais.

2. Disponibilizar tecnologias de informação e comunicação

As administrações parlamentares devem procurar vulgarizar as tecnologias de informação e comunicação (computadores portáteis, Internet, Intranet, etc.)

31 Ao contrario do político que, geralmente, privilegia o improviso e sempre tem algo a dizer

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Às vezes não é possível disponibilizar esses meios a todos, mas podem ser definidos prioridades, podendo-se começar por funcionários que exercem cargos de direcção, chefia e confiança até chegar aos técnicos médios e superiores.

3. Disponibilizar espaço para publicação de artigos pelos

funcionários parlamentares Os secretários Gerais dos Parlamentos devem disponibilizar espaços para a publicação de artigos escritos pelos funcionários parlamentares. Esses espaços podem ser periódicos, livros, Internet, jornadas parlamentares, cursos, seminários, etc. Os secretários gerais devem garantir a publicação de periódicos (revistas, boletins, etc.) para que os funcionários parlamentares possam publicar seus artigos nesses periódicos. Devem promover a publicação de livros editados pelos parlamentos que reúnam estudos feitos por funcionários parlamentares. Devem promover a instalação de páginas da Internet dos parlamentos onde podem ser publicados artigos escritos por funcionários parlamentares. Devem ser organizadas Jornadas Parlamentares e cursos onde os funcionários parlamentares podem ser convidados a apresentar comunicações.

XIII. Sugestões de leitura para o secretário geral do parlamento

Essas sugestões foram elaboradas tendo em conta competências e atribuições do Secretário Geral do Parlamento. O Secretário geral deve ler sobre os seguintes assuntos:

• material ligado à sua formação (direito, economia, sociologia, ciência política, agronomia, etc.)

• Processo legislativo • Documentos dos sites das organizações inter parlamentares • Como conduzir reuniões. A reunião é um importante instrumento

de trabalho de um dirigente (neste caso o Secretário Geral), por isso a sua condução deve ser cuidadosa de modo a despertar interesse aos participantes.

• Planificação • Gestão de recursos humanos • Gestão financeira • Gestão patrimonial

XIV. Conclusão

A pesquisa é muito importante para o funcionário parlamentar, pois, permite que este aumente os seus conhecimentos para melhor desempenhar as suas funções bem como outros desafios da vida. O

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funcionário parlamentar tem muitas tarefas que para serem bem executadas precisam da pesquisa. Para realizar a pesquisa o funcionário parlamentar deve recorrer às unidades documentais (bibliotecas, arquivos, museus e centros de documentação). O funcionário parlamentar tem várias opções no que concerne à pesquisa: pesquisa bibliográfica, pesquisa de fontes normativas, pesquisa de trabalhos académicos, pesquisa documental, participação em eventos, organização de eventos, pesquisa nos meios de comunicação social, pesquisa na Internet, pesquisa através de questionários e entrevistas bem como a observação. O funcionário parlamentar pode pesquisar sozinho, mas em alguns casos, pode pesquisar em grupo com outros funcionários, pode delegar a pesquisa a outros funcionários bem como pode contratar a consultoria. O funcionário parlamentar deve pesquisar para melhor desempenhar as suas actividades, para assessorar ou deputados e funcionários, para formar outros funcionários, para apresentar comunicações ou publicar artigos, para participar de debates, etc. Os secretários gerais dos parlamentos são fundamentais promoção da pesquisa pelo funcionário parlamentar, pois, com a autoridade que tem, podem promover a instalação de unidades documentais (arquivos, bibliotecas, etc.). Por isso, com esta comunicação espera-se que os excelentíssimos secretários gerais incentivem a pesquisa nos seus respectivos parlamentos. Importa referir que ainda ficou muita coisa por ser dito sobre a importância da pesquisa para o funcionário parlamentar. Com a consulta da bibliografia aqui sugerida pode se complementar o que não foi referido nesta breve comunicação.

XV. Referências Bibliográficas

a) Livros

AMARAL, Wanda, Guia para apresentação de teses, dissertações, trabalhos de graduação, 2ª edição, Maputo, Livraria Universitária, 1999;

__________________, Vocabulário Básico de Documentação. Maputo: Maguezo Editores, 2003;

BARAÑANO, Ana María, Métodos de Investigação em Gestão: manual de apoio à realização de trabalhos de investigação, Lisboa, Edições Sílabo, 2004;

BLANCO, Esperanza Leuro, Como apresentar relatórios: como conseguir clareza e uma boa apresentação do relatório; forma e conteúdo; normas de estilo e redacção, Lisboa, Editorial Estampa, 2000;

BOAVENTURA, Edivaldo M., Metodologia da pesquisa: monografia, dissertação, tese, São Paulo, Atlas, 2007;

24

BURNIAUX, Jeanne, O Sucesso Escolar, 2ª edição, Lisboa, Moraes Editores, 1977;

CEIA, Carlos, Normas para apresentação de trabalhos científicos, 6ª edição, Lisboa, Editorial Presença, 2006;

CHRIS, Steward; WILKISSON, Mike, O abc de... falar em público, Porto, Porto Editora, 2004;

COUGHLIN, Peter; LANGA, Julieta. Claro e directo: como escrever um ensaio, 2ª edição, Maputo: Edição do Autor, 1997;

DURHEIM, Émile, As regras do método sociológico, 7ª edição, Lisboa, Editorial Presença, 1998;

ECO, Umberto, Como se faz uma tese em ciências humanas, 12ª edição, Editorial Presença, 2005 ;

FERNADES, Francisco; LUFT, Celso Pedro; GUIMARÂES, F. Marques, Dicionário Brasileiro Globo, 50ª edição, 1998. Ver as páginas em numeração romana: XCIX até CLV;

FIGUEIREDO, Luiz Carlos, A Redação pelo parágrafo, Brasília, Editora Universidade de Brasília, 1999;

GIL, António Carlos, Como Elaborar Projetos de Pesquisa, 3ª edição, São Paulo, Editora Atlas, 1996;

____________________, Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, 5ª edição, São Paulo, Atlas, 2007;

GULUBE, Lucas, Introdução à Metodologia de Investigação: apontamentos para alunos dos cursos médios; Maputo, Ministério da Saúde, 1992;

HAGUE, Paul; Jackson, Peter, Como fazer estudos de mercado: um tema complexo tratado de forma prática e de fácil compreensão, (s.l.), Edições Cetop, 1996;

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico, 4ª edição, São Paulo, Editora Atlas, 1992;

LIEURY, Alain, Memória e sucesso escolar, Lisboa, Editorial Presença, 1997;

MAESTRO, Gregorio García, Como Falar em Público: a importância de saber escutar e de aprender a falar em público; a linguagem do corpo e a espontaneidade; seduzir e motivar com a palavra; a planificação do discurso, Lisboa, Editorial Estampa, 2000;

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria, Fundamentos de Metodologia Científica, 6ª edição, São Paulo, Editora Atlas, 2007

MARTINS, Gilberto de Andrade, Manual para Elaboração de Monografias e Dissertações, 3ª edição, São Paulo, Atlas, 2007;

MICHEL, Maria Helena, Metodologia e Pesquisa científica em ciências sociais, São Paulo, Atlas, 2005;

QUIVY, Raymond; CAMPENHOUDT; Luc Van, Manual de Investigação em Ciências Sociais, Lisboa, Gradiva, 1998;

25

SANTOS, António Raimundo dos, Metodologia Científica: a construção do conhecimento, 6ª edição, Rio de Janeiro, DP&A editora, 2004;

SERAFIM, Maria Teresa, Como se Faz um Trabalho Escolar: da escolha de um tema à composição de um texto; avaliação didáctica da escrita, 4ª edição, Lisboa, Editorial Presença, 1996;

SILVA, Augusto Santos; PINTO, José Madureira, Metodologia das Ciências Sociais, 10ª edição, Porto, Edições Afrontamento, 1999;

STEWARD, Chris; Wilkinson, Mike, O abc de... falar em público, Porto, Porto Editora, 1999;

SUSSAMS, John E., Como Fazer um Relatório: objectivos do relatório; estrutura e redacção; apresentação e suportes materiais; planeamento, 3ª edição, Lisboa, Editorial Presença, 1996;

TORRES, Adelino, O Método no Estudo, Maputo, Núcleo Editorial da UEM, 1986.

b) Internet

o ALMEIDA, Fabrício M. De, Coletâneas: metodologia da pesquisa científica, acessado em 1/12/2008, no site:

o http://www.afirmativo.com.br/pos/admin/apostilas/imgs/METODOLOGIA%20DA%20PESQUISA%20CIENTIFICA%20-%20Prof.%20Dr.%20Fabricio%20Almeida.pdf

o BARBA, Clarides Henrich de, Orientações Básicas na Elaboração do Artigo Científico, acessado em 19/9/2008, no site: http://www.unir.br/html/pesquisa/Pibic/Elaboracao%20de%20artigo%20Cientifico2006.doc

o Manual para Elaboração e Apresentação de Monografias no Curso de Direito (Universidade Cidade de São Paulo, Curso de Direito, 2004), extraído em 9/12/2004, no site: www.unicid.br/graduação/download/manual_monografia.doc

o Manual de orientação para trabalhos académicos, extraído em 12/7/2004, no site: http://www.asser.com.br/arquivos/interface_arquivos/servicos_arquivos/paginas/orientacao_a . (agora o mesmo manual sem título, disponível em http://unicep.com.br/biblio/docs/manual.doc , acedido em 5/9/2008)

o Projeto de Pesquisa, extraído em 12/7/2004, no site: http://www.filosofia.pro.br/projetopesquisa.htm

XVI. Anexo

26

Lista de sites com particular Interesse para o Funcionário

Parlamentar • www.ipu.org/english/parlweb.htm (fornece sites de todos os

parlamentos do mundo); • http://kclibrary.nhmccd.edu/constitutions-subject.html

(publica as constituições dos países de todo o mundo;) • www.ipu.org site da União Interparlamentar; • www.asgp.info/en/home site da Associação dos Secretários

Gerais dos Parlamentos do Mundo; • www.asg-plp.org/ site da Associação dos Secretários Gerais

dos Parlamentos da CPLP; • www.sadcpf.org site do Fórum Parlamentar da SADC (Angola

e Moçambique são membros); • www.cpahq.org site da Associação Parlamentar da

Commonwealth (Moçambique é membro); • www.asselegis.org.br site da Associação dos Assessores

Legislativos da CLDF (Brasil); • http://www.senado.gov.br/sf/senado/ilb/ site do Instituto

Legislativo Brasileiro (integrado no Senado Federal e que fornece muitos cursos gratuitos pela Internet aos funcionários dos parlamentos da CPLP e do Mercosul);

• www.oic-oci.org/ site da Conferência Islâmica; • www.uemoa.int/ site da UMOA (Unión Monétaire Ouest

Africaine); • www.ecowas.int/ site da CEDEAO (Comunidade dos Estados

da África Ocidental); • www.african.pu.org/ site da Áfrican Parliamentary Union

(Angola, Cabo Verde e Guiné Bissau são membros); • www.appf.org.pe/ site da Asia Pacific Parliamentary Forum; • http://apf.francophonie.org/ site da Assembleia Parlamentar

da Francofonia (Guiné Bissau e Cabo Verde são membros); • www.europarl.europa.eu/ site do Parlamento Europeu; • www.ictparliament.org/ site do Centro Global das TICs nos

Parlamentos; • www.gopacnetwork.org/ site da Organização Global dos

Parlamentares Contra a Corrupção; • www.eiao.org/ site da Assembleia Interparlamentar

Ortodoxa; • www.e-fipa.org/ site do Fórum Interparlamentar das

Américas (Brasil é membro); • www.parlatino.org/ site do Parlamento Latinoamericano

(Brasil é membro);

27

• www.parlamentodelmercosur.org/ Site do Parlamento MERCOSUL (Brasil é membro);

• www.nato-pa.int/ site da Assembleia Parlamentar da NATO; • www.oscepa.org/ site da Assembleia Parlamentar da

Organização para a segurança e cooperação na Europa (Portugal é membro);

• www.pan-africanparliament.org/ site do Parlamento Panafricano;

• http://assembly.coe.int/ site da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (Portugal é membro);

• www.apim.org.mt/ site da Assembleia Parlamentar do Mediterrâneo (Portugal é membro);

• www.cop.qc.ca/ site da Confederação Parlamentar das Américas (Brasil é membro);

• www.puic.org/ site da União Parlamentar dos Estados Membros da OIC (Guiné Bissau e Moçambique são membros);

• www.awepa.org/ site da Associação dos Parlamentares Europeus para África.