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Marta Sampaio de Freitas A IMPORTÂNCIA DA PADRONIZAÇÃO DO CATÁLOGO NA QUALIDADE DAS COMPRAS

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Marta Sampaio de Freitas

A IMPORTÂNCIA DA PADRONIZAÇÃO DO CATÁLOGO NA QUALIDADE DAS

COMPRAS

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Painel 45/ 02 Inovações em Tecnologias e Gestão das Compras Públicas

A IMPORTÂNCIA DA PADRONIZAÇÃO DO CATÁLOGO NA

QUALIDADE DAS COMPRAS

Marta Sampaio de Freitas (SEFAZ – RJ )1 [email protected]

Resumo

O aprimoramento da qualidade das compras governamentais tem ganhado destaque como uma estratégia de racionalização dos gastos públicos, diante do atual cenário pelo qual passa o Estado do Rio de Janeiro - ERJ. Este trabalho tem como objetivo apresentar a padronização do catálogo de materiais e serviços como uma importante iniciativa para o aprimoramento da qualidade das compras. A falta de padronização do catálogo pode dificultar o entendimento do objeto pelo requisitante e pelo fornecedor levando à licitações fracassadas, desertas e impugnações; prejudicar o poder de negociação pelo ganho de escala; levar à insatisfação do usuário quando do recebimento do objeto e, consequentemente, na qualidade; além de gerar distorções no banco de preços do sistema de compras do Estado. A vantagem da aquisição pública está diretamente relacionada com o adequado planejamento da compra, a partir do levantamento da necessidade e da especificação suficiente e precisa do objeto. Devido à sua complexidade, a especificação de materiais para aquelas aquisições mais frequentes e com expressivas demandas devem ser prioritárias para a padronização. Portanto, com o objetivo de estabelecer uma estratégia de padronização do catálogo, a Subsecretaria de Logística e Patrimônio da Secretaria de Fazenda e Planejamento e os gestores dos principais órgãos de saúde do ERJ promoveram a criação de um grupo de trabalho para estabelecer a padronização dos medicamentos visando a implementação de uma política pública de compras efetiva. Inicialmente, foram estabelecidos os medicamentos referenciais, a partir da consolidação dos respectivos planos anuais. Após análise criteriosa, foi realizado o saneamento do catálogo, através de uma reavaliação dos critérios de identificação, resultando na desativação de itens. Ao final do trabalho concluímos que a padronização do catálogo é fator crítico para o bom planejamento de compras, uma vez que otimiza os processos logísticos através da racionalização da quantidade de itens, podendo garantir qualidade, eficiência e eficácia na gestão de suprimentos.

Palavras-chave: Planejamento de Compras; Padronização do Catálogo; Gestão de Suprimentos

1 Marta Sampaio de Freitas (Secretaria de Fazenda e Planejamento do Estado do Rio de Janeiro) [email protected]

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1 Introdução

Em momentos de crise econômica e financeira do Estado, como se vê na atual realidade brasileira, o tema controle do gasto público é foco de debates, no intuito de se buscar soluções para a crise. Desde 1991, as despesas do governo têm crescido em taxas superiores à média do Produto Interno Bruto (PIB), sendo que gasto público federal saltou de cerca de 10,8% do PIB em 1991 para 19,5% em 2015, com previsão de 20% em 2016 (ALVARENGA & LAPORTA, 2016). Neste sentido, o Congresso Nacional promulgou, em 15 de dezembro de 2016, a Emenda Constitucional 95, que estabelece um Novo Regime Fiscal, segundo o qual se impõe um limite para os gastos públicos do governo federal, por vinte anos (BRASIL, 2016). A regra do teto de gastos visa garantir uma freada histórica no aumento dos gastos públicos.

No Estado do Rio de Janeiro, é notória a piora do desempenho fiscal decorrente do aumento dos gastos com juros, cuja crise econômica foi agravada pela queda de arrecadação dos royalties e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS.

Neste contexto, o aprimoramento da qualidade das compras governamentais ganhou relevância como uma estratégia de racionalização dos gastos públicos. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o mercado de compras governamentais representa, em média, cerca de 13% do PIB, tendo, portanto, um impacto direto sobre a economia (OECD, 2013). Desse modo, o aproveitamento desse potencial econômico e a constatação das possibilidades do uso mais estratégico das compras públicas têm ganhado destaque no cenário nacional nos últimos anos, tais como, padronização da cesta de bens e serviços adquiridos, adoção de tecnologias de informação e de comunicação no processo licitatório e exploração das economias de escala (RIBEIRO & INÁCIO JÚNIOR, 2014).

Portanto, é necessário um grande esforço governamental para promover a racionalização dos gastos públicos associada à garantia da qualidade de bens e serviços. Segundo Djellal e colaboradores (2013), mesmo a crise econômica e as mudanças demográficas são fatores importantes para a inovação em serviços públicos, em razão das pressões para racionalização da produção e da necessidade de redução do gasto social. Ainda, o aumento da eficiência dos gastos públicos deve basear-se a partir da incorporação de técnicas desenvolvidas ou adaptadas da iniciativa privada na gestão pública (TRIDAPALLI et al., 2011). Para Williamson (1987), as decisões de qualquer organização relacionadas à gestão de bens e serviços devem pautar-se prioritariamente na racionalidade econômica, incluindo custos, qualidade e disponibilidade pelo mercado de bens e serviços. Para o setor público, a gestão de suprimentos deve basear-se também na racionalidade administrativa que se realiza através da conformidade com a legislação pertinente às compras públicas (JANNY et al., 2011).

Ressalta-se que a racionalização dos gastos públicos deve ser pautada pelos princípios de economicidade e de eficiência. Neste sentido, de acordo com Justen Filho (2006), "a economicidade impõe adoção da solução mais conveniente e eficiente sob o ponto de vista da gestão dos recursos públicos. (...) envolve o enfoque custo-benefício”. Da mesma forma, a economicidade é a obtenção do melhor resultado estratégico possível de uma determinada alocação de recursos financeiros, econômicos e ou patrimoniais em um dado cenário econômico (BUGARIN, 2004). Finalmente, segundo o Tribunal de Contas da União – TCU, economizar nas compras públicas significa perseguir a alocação de recursos mais eficiente através de um esforço contínuo de minimização dos custos sem comprometimento dos padrões de qualidade (TCU, 2010).

Em vista disso, para uma boa gestão de compras, a qual necessariamente inicia-se a partir de um adequado planejamento, devem ser considerados os aspectos relativos à

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qualidade das compras realizadas, a relevância estratégica dos itens e serviços adquiridos e os aspectos relativos ao valor gerado pelas aquisições no sentido de agregação de valor aos produtos e serviços (KLIPPEL et al., 2007). Como a gestão de compras é atividade englobada pela gestão de materiais, em conjunto com as demais atividades de gestão dos centros de distribuição e de gestão de estoques (GONÇALVES, 2007), entende-se a gestão de materiais como determinante para a maximização do uso de recursos materiais, inserindo-se na consecução da economicidade, em atendimento ao princípio da eficiência.

No que se refere às compras governamentais salienta-se a importância da gestão de materiais nas aquisições em grande escala, através das compras compartilhadas por Registro de Preços, regulamentado pelo Decreto Estadual 44.857/2014, e no incentivo às micro e pequenas empresas - MPE, regulamentado pelo Decreto Estadual 45.790/2016.

O presente trabalho visa apresentar o resultado da padronização do catálogo de materiais e serviços como ferramenta do planejamento de compras, mais especificamente no que se refere à gestão das aquisições de medicamentos, como uma iniciativa de melhoria para a implementação de uma política pública de compras mais efetiva.

2 Planejamento de Compras

A obtenção da qualidade na aquisição pública é decorrente do adequado planejamento da compra. O planejamento se faz a partir do levantamento das necessidades e pelo qual prevê-se a especificação suficiente e precisa do objeto, compatível com a necessidade efetiva. Diante disso, a qualidade da especificação é essencial para que os diversos atores envolvidos tenham o correto entendimento do objeto que se deseja comprar (VIANA, 2012). Assim, a classificação e codificação de materiais passa a ser a linguagem única para obter qualidade na especificação do objeto. A classificação é um processo de catalogação, simplificação, especificação, normalização e padronização de todos os materiais de estoque (CHIAVENATO),

Segundo Gonçalves (2007), a função compras requer que o planejamento norteie os processos de decisão, apoiado pela manutenção de um cadastro de fornecedores e diligenciamento de pedidos. Requer, ainda, uma coordenação geral entre os clientes internos, almoxarifados e finanças. Esta estruturação funcional traz questões sobre as eventuais vantagens estratégicas da centralização ou descentralização de compras, tais como a obtenção do ganho de maior economia de escala, na estrutura centralizada; e a maior flexibilidade na negociação com fornecedores regionais, na estrutura descentralizada. Destaca-se a estrutura das compras centralizadas que se referem às aquisições através do Sistema de Registro de Preços, através do qual as contratações se dão para um grupo de órgãos participantes de uma Ata de Registro de Preços gerenciada por um órgão público. Uma das principais vantagens estratégicas da estrutura de compras centralizadas é o aumento da economia de escala potencializado pela concentração de aquisição de bens ou contratação de serviços em um único processo licitatório acompanhado da redução dos custos operacionais dos mesmos.

O planejamento tem por objetivo garantir a disponibilidade dos suprimentos previamente selecionados e nas quantidades adequadas para atender às necessidades da Administração, em um período de tempo estimado. Para a elaboração do planejamento, a estimativa das demandas deve basear-se em registros que indiquem a real necessidade indicando os padrões de consumo usuais. Assim, o histórico das especificações adotadas, das demandas efetivadas (memória de cálculo), dos preços negociados, dos fornecedores cadastrados, dentre outros, proporcionarão uma melhor negociação futura e evitarão situações indesejadas.

Por outro lado, um planejamento de compras inadequado, seja quanto à demanda estimada ou à especificação do objeto, impacta diretamente na pesquisa de preços, no

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abastecimento do suprimento, além de prejudicar o poder de negociação pelo ganho de escala advindo de grandes aquisições públicas. Portanto, o planejamento de compras é etapa prioritária para o aproveitamento do poder de compra do Estado, bem como para a constatação das possibilidades do uso mais estratégico das compras públicas (FREITAS et al. 2016).

Uma vez que o planejamento de compras eficaz se baseia no levantamento da necessidade efetiva, a identificação do objeto no catálogo passa a ser o input do processo de compra, razão pela qual a gestão do catálogo deve prevenir inconsistências a fim de não prejudicar todo o processo logístico. Assim, uma medida necessária visando à redução de erros na especificação é a capacitação adequada do pessoal envolvido nas unidades requisitantes, com auxílio técnico especializado em compras no órgão ou entidade.

Assim trata a jurisprudência da Súmula No 177 do Tribunal de Contas da União: A definição precisa e suficiente do objeto licitado constitui regra

indispensável da competição, até mesmo como pressuposto do

postulado de igualdade entre os licitantes, do qual é subsidiário o

princípio da publicidade, que envolve o conhecimento, pelos

concorrentes potenciais das condições básicas da licitação,

constituindo, na hipótese particular da licitação para compra, a

quantidade demandada uma das especificações mínimas e essenciais à

definição do objeto do pregão.

3 Padronização do Catálogo

No Governo do ERJ, o catálogo de materiais e serviços é um dos módulos do Sistema Integrado de Gestão de Aquisições - SIGA, instituído pelo Decreto Estadual 42.091/2009. Além disso, a gestão de catálogo de materiais e serviços constitui uma das atividades da Função Logística Suprimentos do Sistema Logístico do Poder Executivo – SISLOG, regulamentado pelo Decreto Estadual 42.092/2009. O SISLOG foi instituído visando programar e acompanhar as atividades de utilização e movimentação dos recursos logísticos e patrimoniais, contratação de fornecedores, aquisição de bens e serviços e disposição de bens móveis, bem como propor políticas públicas relacionadas ao tema. Cabe salientar que ambos os sistemas são gerenciados pela Subsecretaria de Logística e Patrimônio da Secretaria de Estado de Fazenda e Planejamento.

Atualmente, o catálogo contém cerca de 110 mil itens catalogados ativos, sendo continuamente analisado em relação à sua adequação. A gestão do catálogo de materiais e serviços cuida da padronização das descrições dos artigos e itens que podem ser adquiridos pelos diversos órgãos e entidades do Estado. Uma vez definidos os padrões, os itens são codificados e catalogados, de acordo com a sistemática definida pela Federal

Supply Classification (Padrão de Referência Internacional de Classificação de Suprimentos). A catalogação de novos artigos e/ou itens é realizada exclusivamente por solicitação dos órgãos e entidades do ERJ a fim de atender suas demandas. Assim, na elaboração das descrições de materiais e serviços, entendidos como Padrão de Descrição de Materiais – PDM ou Padrão de Descrição de Serviços - PDS, respectivamente, as especificações deverão ser estruturadas de forma que possibilitem, concomitantemente, o melhor entendimento entre os usuários e os fornecedores quando da requisição dos produtos e serviços.

Durante este processo de catalogação, atenta-se pela preferência de materiais que sejam facilmente encontrados no mercado fornecedor sem, entretanto, ferir a vedação legal de direcionamento para marcas, de itens sem similaridade ou com características e

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especificações exclusivas. Quanto às especificações dos serviços, a pesquisa obedece aos padrões técnicos estabelecidos pela Nomenclatura Brasileira de Serviços, Intangíveis e outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio – NBS, a qual é um classificador nacional plenamente harmonizado aos principais classificadores internacionais e aplicável às compras públicas da Administração Pública de todos os entes federativos.

A classificação se encerra com a etapa de codificação através da atribuição de códigos, símbolos alfanuméricos ou numéricos que traduzem as características dos materiais de forma racional, metódica e clara (VIANA, 2012). A classificação de materiais consubstancia-se no catálogo como uma das ferramentas fundamentais para o processo de compras.

O saneamento do catálogo visa reduzir erros de especificações, retrabalhos, reclamações e conflitos com as unidades gestoras, além de identificar as nomenclaturas erradas, incompletas, confusas e duplicadas. Um catálogo padronizado pode garantir maior qualidade, agilidade e precisão no processo de suprimento de materiais, resultando em eficiência e eficácia. O saneamento se dá através de uma reavaliação total dos critérios de identificação, classificação e atribuição de unidades de medidas, resultando no bloqueio para novas aquisições e pela desativação do item.

A falta de padronização do catálogo pode dificultar o entendimento do objeto pelo requisitante e pelo fornecedor levando às licitações fracassadas, desertas e impugnações; prejudicar o poder de negociação pelo ganho de escala; levar à insatisfação do usuário quando do recebimento do objeto e, portanto, na qualidade. Ressalta-se ainda, que a falta de padronização do catálogo gera uma série de distorções nos preços registrados no sistema de compras do Estado e, consequentemente, no banco de preços.

Considerando a complexidade desta tarefa e os riscos e custos inerentes, entende-se que a especificação dos materiais e serviços para aquelas aquisições mais frequentes e com expressivas demandas devem ser prioritárias para a padronização.

4 Cenário das Compras do Estado do Rio de Janeiro

Diante do exposto acima, foi realizado um levantamento do cenário de compras do ERJ, a fim de identificar as principais características dos gastos realizados em período mais recente, em termos de volume de consumo. Para isso foram analisados os dados levantados na base SIGA (CADERNO LOGÍSTICO, 2016), relativos às licitações realizadas no período de 2015.

Inicialmente, foi realizado o levantamento do número de licitações homologadas e/ou adjudicadas por família de materiais e serviços, conforme a classificação do catálogo. De acordo com a Figura 1, foram realizadas 342 licitações para aquisição de itens da família de Medicamentos (18,5%) e 302 licitações para itens da família de Equipamentos e Artigos de Saúde (16,3%), o que representa 35% do total das licitações homologadas e/ou adjudicadas.

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Figura 1 – Número de Licitações Homologadas/Adjudicadas por Família de Materiais e Serviços.

Fonte: Caderno Logístico, 2016

Quando da análise dos valores das licitações homologadas e/ou adjudicadas, as aquisições de itens de medicamentos representaram um impacto financeiro de R$ 467,26 milhões, o que representa 23,5% do valor global de gastos, concluindo-se que as aquisições na área da saúde, incluindo as aquisições de itens da família de equipamentos e artigos de saúde (15,3%), representam um gasto financeiro significativo (38,8% do valor global), como demonstrado na Figura 2.

Figura 2 – Valores de Licitações Homologadas/Adjudicadas por

Família de Materiais e Serviços (em milhões de R$). Fonte: Caderno Logístico, 2016

A Figura 3 apresenta o resultado da análise dos gastos relacionados à família de medicamentos, a partir dos valores registrados na base de pagamentos do Sistema Integrado de Gestão Orçamentária, Financeira e Contábil do Rio de Janeiro – SIAFE-Rio, sendo a média do volume de gastos de R$ 250.791.498,64, no período de 2012 a 2015. Da análise comparativa das Figuras 2 e 3, observou-se que o valor total liquidado em 2015 (Figura 3), o qual se refere ao dispêndio financeiro com as contratações efetivadas, correspondeu a 36% do valor total das licitações homologadas e/ou adjudicadas no mesmo período (Figura 2).

342

302

115

109

80

66

64

60

49

46

616

0 100 200 300 400 500 600 700

MEDICAMENTOS

EQUIPAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS…

SERVIÇOS DE OBRAS CONSTRUÇÕES…

MATERIAL DE ESCRITÓRIO ESCOLAR E…

PRODUTOS QUÍMICOS

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO ORIENTAÇÃO E…

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS EM GERAL…

EQUIPAMENTOS E MATERIAL DE…

MOBILIÁRIOS EM GERAL

LIMPEZA E HIGIENE

DEMAIS FAMÍLIAS DE MATERIAIS

467,26

304,73

123,41

122,67

114,81

113,04

79,6

73,18

57,89

54,94

479,28

0 100 200 300 400 500 600

MEDICAMENTOS

SERVIÇO DE APOIO ADMINISTRATIVO…

SERVIÇOS FINANCEIROS

EQUIPAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS…

EQUIPAMENTOS E MATERIAL DE…

SERVIÇOS DE LIMPEZA ASSEIO E…

SERVIÇOS DE OBRAS CONSTRUÇÕES…

SERVIÇOS DE LOCAÇÃO E…

GÊNEROS ALIMENTÍCIOS

SERVIÇOS DE PESQUISAS ESTUDOS E…

DEMAIS FAMÍLIAS DE MATERIAIS

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Figura 3 – Evolução das Aquisições de Medicamentos em Geral.

Fonte: SIAFEM, 2012 - 2015

Assim, de acordo com os resultados apresentados, o expressivo volume de gastos relativos às aquisições de medicamentos direcionou para o mapeamentos dos itens de medicamentos adquiridos pelos órgãos compradores.

A partir do levantamento realizado na base SIGA, 1.680 itens de medicamentos distintos foram adquiridos no período de 2014 a julho de 2016 (Figura 4), sendo que 71% destes poderiam ser considerados como de uso exclusivo por cada unidade compradora, em função de especialidade terapêutica, ou a possibilidade de duplicidade na codificação para o mesmo objeto. Os resultados apresentados na Figura 4 ainda apontam os itens de medicamentos adquiridos com a mesma codificação como de uso em comum e, portanto, passíveis de padronização.

Figura 4 – Número de Itens de Medicamentos Adquiridos através de Licitações Homologadas por

Diferentes Unidades Compradoras. Fonte: SIGA, 2014 – Jul/2016

2012 2013 2014 2015

Valor Empenhado R$ 143.109.065,49 R$ 239.717.649,98 R$ 213.818.295,45 R$ 171.532.871,68

Valor Liquidado R$ 134.375.823,40 R$ 233.728.316,50 R$ 211.107.374,47 R$ 167.034.566,51

-

50.000.000,00

100.000.000,00

150.000.000,00

200.000.000,00

250.000.000,00

300.000.000,00

1187

263

131

6924 6

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

Total

Nº de Itens

Adquiridos

Nº de Unidades

Compradoras

1

2

3

4

5

6

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De acordo com o relatório do catálogo de materiais e serviços extraído base SIGA, estão catalogados 5.425 itens de medicamentos com códigos de identificação distintos. No entanto, de acordo com os dados acima apresentados, somente 31% dos itens, do total de itens de medicamentos catalogados, seriam de interesse pelas unidades compradoras, uma vez que 3.745 itens catalogados não foram adquiridos no período analisado. Tal resultado direciona para uma reavaliação desses itens, os quais podem ser identificados como itens em desuso, por obsolescência ou discrepância na especificação.

Com base nos resultados acima apresentados quanto ao cenário de compras, conclui-se pelo alto poder de compra do ERJ em função das despesas realizadas para aquisição de medicamentos; a dispersão das aquisições de medicamentos, uma vez que estas se dão através de processos de compras próprios por cada órgão; e o número expressivo de itens de medicamentos catalogados, sendo que grande parte destes itens não são adquiridos pelos órgãos. A conclusão destas análises apontou para a necessidade da racionalização e saneamento dos itens de medicamentos no catálogo.

5 Padronização de Medicamentos

Considerando que a padronização facilita os processos logísticos através da racionalização da quantidade de itens e que seria necessária uma reavaliação da família de medicamentos no catálogo de materiais e serviços, a Subsecretaria de Logística e Patrimônio tomou a iniciativa de promover um alinhamento com os principais órgãos de saúde do ERJ. Assim, foi realizada uma reunião para a apresentação do cenário das compras de medicamentos no ERJ, em julho de 2016, com a presença de representantes da Secretaria de Estado de Saúde – SES, do Hospital Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – HUPE/UERJ, da Polícia Militar - PMERJ, do Corpo de Bombeiros – CBMERJ, da Fundação Saúde e da Polícia Civil – PCERJ.

Inicialmente, foi ressaltado que a colaboração de todos os especialistas dos órgãos representados era fundamental para a implementação de uma política pública de compras efetiva, considerando que as redundâncias nas especificações reduzem o potencial de consolidação de demanda entre os órgãos e, consequentemente, os benefícios econômicos e operacionais. Foi reforçada ainda que a padronização de medicamentos permitiria estabelecer um cadastro de itens de medicamentos unificado e uniforme, reduzir as nomenclaturas diferenciadas para um mesmo item e identificar os itens em desuso, a fim de serem excluídos ou substituídos. Por último, que as vantagens do Sistema de Registro de Preços, tais como a obtenção de economia de escala, o aumento do poder de barganha pelo Estado e a redução expressiva dos custos de transação, devido à redução do número de processos de compras, poderiam ser alcançadas quando de aquisições compartilhadas pelos órgãos dos itens de uso em comum. Além de eliminar as discrepâncias nos preços praticados para o mesmo objeto, uma vez que os critérios nas especificações a serem estabelecidos deveriam atender aos fatores econômicos e de qualidade.

Assim, foi acordado que um Grupo de Trabalho – GT fosse criado para promover a padronização dos medicamentos no catálogo de materiais e serviços, bem como a estratégia de compras de itens de uso em comum.

Inicialmente, estabeleceu-se que o GT seria formado a partir da indicação de profissionais especializados representando cada órgão de saúde e que para atingir os objetivos propostos, foi estabelecido um plano de trabalho a ser realizado pelo GT. Depois de implementadas todas as ações necessárias para a viabilidade do GT, foi criado um e-group, intitulado GTMedRio, com o objetivo de facilitar a comunicação e a organização do GT, assim como compartilhar todos os documentos que se fizessem necessários para subsidiar as tomadas de decisão dos gestores de saúde.

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As seguintes atividades foram então estabelecidas visando identificar os itens de medicamentos considerados obsoletos ou em desuso, os com descrição inconsistente e/ou discrepantes, os com duplicidade, além daqueles planejados pelos órgãos para suas futuras aquisições:

• Disponibilização de planilhas contendo todos os itens de medicamentos, a partir de dados extraídos de relatório da base SIGA, para identificação dos itens considerados como em desuso para avaliação para sugestão de bloqueio e/ou inativação no catálogo;

• Disponibilização das grades de compras de medicamentos de cada órgão, baseadas em suas programações de aquisição para 2017, para a seleção dos itens de referência e, posterior, estabelecimento da padronização.

5.1 Saneamento dos itens de medicamentos em desuso

O saneamento se dá através de uma reavaliação total dos critérios de identificação, classificação e atribuição de unidades de medidas, resultando no bloqueio para novas aquisições e pela desativação do item no catálogo. Quando do saneamento de um ou mais itens por identificação de duplicidade em sua descrição, a padronização inicia-se através do estabelecimento da codificação, descrição correta para as novas aquisições e, em especial, suas unidades de medidas.

Em um primeiro momento, 701 itens de medicamentos em desuso foram bloqueados para novas aquisições no catálogo, após análise dos dados extraídos do relatório do catálogo da base SIGA contendo os itens identificados como não vinculados a qualquer requisição ou plano de suprimentos, ou seja, aqueles itens catalogados desde 2010 e que nunca foram requisitados através do sistema.

5.2 Padronização dos itens de medicamentos

Para estabelecer os padrões das especificações que deverão servir de referência, as grades de compras de cada órgão de saúde foram compartilhadas, as quais consistiam na programação para aquisição de medicamentos para o período de 2017. Estas grades de compras contêm os itens de medicamentos selecionados como consequência da padronização estabelecida pelos membros da Comissão Técnica de Farmácia e Terapêutica de cada órgão.

Assim, a partir da disponibilização das grades de compras de medicamentos, o GT promoveu a consolidação dos itens para estabelecer os referenciais e iniciar o estudo dos itens catalogados visando o saneamento do catálogo, bem como a uniformização das descrições para elaborar a padronização de medicamentos. A partir de uma análise comparativa inicial entre os itens referenciais com seus equivalentes, 1.048 itens com descrição inconsistente e/ou discrepância ou, ainda, com duplicidade de descrição foram desativados. Considerando os 701 itens inativados na atividade inicial de saneamento, totalizou-se 1.749 itens saneados no catálogo, representando 39% do total de itens de medicamentos catalogados, como mostra a Figura 5. Este resultado parcial demonstrou a importância e a necessidade de um processo contínuo de saneamento.

Em seguida consolidaram-se as grades de compras para a definição dos itens de referência. A Figura 5 apresenta o quantitativo de itens de medicamentos que foram previstos nos Planos Anuais de Suprimentos informados pelos órgãos de saúde, o que representou 57% de racionalização das aquisições quando comparado aos dados obtidos no período de 2014 a 2016.

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Figura 5 – Número de Itens de Medicamentos Adquiridos e Saneados após a Padronização. Fonte:

Relatório GT de Medicamentos (Dez/2016)

A partir da consolidação das grades de compras também foi possível levantar os itens que são utilizados por todas as unidades de saúde, considerados como medicamentos de uso em comum (Figura 6). Portanto, dentre os 962 itens de medicamentos padronizados, 30% são de uso exclusivo por cada unidade de saúde em função de suas especialidades terapêuticas.

Foi estabelecido ainda que a padronização de medicamentos seria um processo contínuo, resultado de avaliação periódica pela comissão técnica de cada órgão com o objetivo de identificar possíveis itens substitutos, bem como incorporar itens recém-lançados no mercado, adotando critérios de eficácia, segurança, qualidade e custo.

Figura 6 – Número de Itens de Medicamentos de Uso em Comum e de Uso Exclusivo pelos Órgãos.

Fonte: Relatório GT de Medicamentos (Dez/2016)

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

2014-2016 2017

Número de itens adquiridos

Número de itens saneados

1.680

962

1.749

0

200

400

600

800

1000

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Itens Padronizados Itens de uso em comum Itens de uso exclusivo

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Uma das inovações introduzidas com as atividades realizadas do GT foi a possibilidade da integração de compras dos itens de uso em comum, através de Atas de Registro de Preços, uma vez que a mesma se apoia no planejamento de compras e na padronização dos itens de medicamentos. Desta forma, no período de 2017, a racionalização dos gastos com as aquisições de medicamentos pode ser alcançada mediante a obtenção de benefícios significativos em termos de preço e qualidade e pela redução dos custos com o número de licitações, além do estabelecimento de preços de referência para o banco de preços do sistema de compras do Estado.

6 Conclusão

Para um efetivo planejamento de compras se exige a implementação de ações junto aos gestores diretamente envolvidos, visando atingir o princípio da economicidade, bem como o da transparência, sendo este último muito importante para o mercado fornecedor e, principalmente, para a sociedade brasileira, em especial a fluminense e carioca. Isso se deve ao fato de que o planejamento é ferramenta fundamental para a promoção da racionalização do uso dos recursos públicos. Para isso, é necessário que se realize o mapeamento das demandas e dos processos de compras focado na qualidade dos gastos, através de ações inter-relacionadas e interdependentes.

Além disso, o planejamento de compras é condição necessária à eficiência da gestão de materiais, que se resume à conciliação da prática do preço econômico com a obtenção de um bem de qualidade. Portanto, uma vez planejada e identificada a real necessidade, o mecanismo para iniciar um processo de compras passa a ser a definição do objeto.

Considerando que a descrição mensurável e suficientemente completa do objeto é muito importante, porque dela resultará a conformidade das propostas e todas as consequências decorrentes, o catálogo é o instrumento que estabelece o elo de ligação entre a demanda dos órgãos públicos e a oferta dos fornecedores, sem que haja o chamado ruído de comunicação.

O processo de padronização do catálogo de medicamentos, que se realizou a partir da programação anual das aquisições pelos órgãos de saúde do ERJ, descrito neste trabalho, pode se tornar uma alavanca de valor para que o Estado obtenha os seguintes benefícios econômicos e operacionais: reduzir os erros de recebimento; diminuir gastos com perdas, obsolescências, faltas e excessos de estoques; agregar valor ao processo de catalogação; reduzir erros de especificações, retrabalhos, reclamações e conflitos com os órgãos; identificar oportunidades de melhorias.

Cabe enfatizar que a consolidação das grades de compras disponibilizadas pelos órgãos permitiu o planejamento de compras compartilhadas através do Sistema de Registro de Preços, o que vem se efetuando até o presente momento.

Ao final do presente trabalho, concluímos que a padronização do catálogo é fator crítico para o bom planejamento de compras, uma vez que aperfeiçoa os processos logísticos através da racionalização da quantidade de itens, podendo garantir qualidade, eficiência e eficácia na gestão de suprimentos, além de auxiliar na promoção uma política pública de compras efetiva.

Finalmente, diante do acima exposto, acredita-se que dentro desta visão integradora consiga-se reduzir os custos operacionais, alcançar metas de redução dos gastos e maximizar o serviço de saúde oferecidos a população, objetivo fundamental de todo gestor público.

O objetivo deste documento é auxiliar aos autores sobre o formato a ser utilizado nos artigos submetidos ao X Congresso Consad. Este documento está escrito de acordo

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com o modelo indicado para os artigos, assim, serve de referência, ao mesmo tempo em que comenta os diversos aspectos da formatação.

Observe as instruções e formate seu artigo de acordo com este padrão. Recomenda-se, para isso, o uso dos estilos de formatação pré-definidos que constam deste documento. Para tanto, basta copiar e colar os textos do original diretamente em uma cópia deste documento.

Lembre-se que uma formatação correta é essencial para uma boa avaliação do seu trabalho. Artigos fora da formatação serão retirados do processo de avaliação.

Na introdução, deve-se apresentar o tema do artigo e a problemática em que se insere. Também se deve apresentar como a pesquisa foi realizada para discussão do tema-problema.

Um artigo deve conter partes pré-textuais (título, autoria, resumo, palavras-chaves), partes textuais (introdução, desenvolvimento desdobrado em subitens, e considerações finais apresentando a conclusão do estudo) e as partes pós-textuais, que neste formato restringe-se às referências bibliográficas (de obras citadas durante o texto). Na seqüência, este modelo apresenta cada uma dessas partes.

No desenvolvimento e em seus subitens, discorre-se sobre a questão envolvida no tema, recorrendo às referências teóricas levantadas durante a pesquisa.

As considerações finais tratam do fechamento do tema, ainda que reconhecendo os limites do próprio artigo para apontar soluções, podendo-se pontuar a necessidade de novas investigações.

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