a identidade do consagrado no mundo hodierno

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Formaçao religiosa e formaçao academica estao em competiçao?

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A IDENTIDADE DO CONSAGRADO NO MUNDO HODIERNOComo conciliar a formao religiosa e a formao profissional (acadmica)?

IntroduoEm primeiro lugar gostaria de agradecer o convite que me foi dirigido e parabenizar esta iniciativa dos redactores da Revista Esplendor e a suas idealidades, esperando que esta simples interveno no acabe numa frustrao destes encomiveis desejos.O tema que me foi confidado intrigante, pois, sem querer por isso vaticinar, deixa j intuir que na mente dos ideadores, os elementos em jogo (formao religiosa e formao acadmica) vo condicionar a identidade do Consagrado no mundo hodierno. O ttulo em si no especifica, talvez propositadamente, quem entende indicar com a palavra Consagrado: se todo cristo em geral ou mais especificadamente os religiosos e religiosas ou se se refere aos que pela consagrao sacramental foram ordenados ministros (Diconos, Sacerdotes, Bispos). Por meras razes de ordem expositiva, e considerando que estamos num Seminrio, pensarei mais directamente aos ministros ordenados. Todavia, com os devidos reajustos e balanamentos, o discurso poder ser alargado a todo cristo. Confesso tambm uma minha forte difficuldade em conseguir distinguir na minha mente e no meu corao a formao religiosa e a formao acadmica, pois na minha vida se interlaaram sempre e continuam casadas e uma faz a sorte da outra e viceversa. Percebo todavia que no todos ao mesmo nvel partilham este privilgio. Ao mesmo tempo, verdade que as duas no sempre se entendem de imediato, as vezes a tenso palpvel, e custa muita pacincia e disciplina para as conciliar. Aceitei portanto o desafio desta palestra, que no se limiter a algo de terico, mas ter mais o teor da partilha da minha limitadissima experincia pessoal revisitada luz da sabedoria filosfico-crist.

A investigao e interpretao dos sinais dos tempos Antes de entrar no vivo da quaestio, gostaria de estender o pano de fundo, para percebermos em que horizonte de senso e significatividade devemos interpretar o que vamos dizendo. Aproveitamos dum texto belissimo, tirado di terceiro e quarto nmero da Gaudium et Spes. evidentemente uma escolha propositada, que nos remete quela postura dialgico-pastoral assumida pelo Conclio Vaticano II, e que nos vai ajudar na soluo do nosso problema. Fala da misso da Igreja no mundo, do seu servio, e em ltima istncia da sua mesma identidade. neste horizonte que devemos abordar o nosso tema.3. Este sagrado Conclio, proclamando a sublime vocao do homem, e afirmando que nele est depositado um germe divino, oferece ao gnero humano a sincera cooperao da Igreja, a fim de instaurar a fraternidade universal que a esta vocao corresponde. Nenhuma ambio terrena move a Igreja, mas nicamente este objectivo: continuar, sob a direco do Esprito Consolador, a obra de Cristo que veio ao mundo para dar testemunho da verdade, para salvar e no para julgar, para servir e no para ser servido.4. Para levar a cabo esta misso, dever da Igreja investigar a todo o momento os sinais dos tempos, e interpret-los luz do Evangelho; para que assim possa responder, de modo adaptado em cada gerao, s eternas perguntas dos homens acerca do sentido da vida presente e da futura, e da relao entre ambas. , por isso, necessrio conhecer e compreender o mundo em que vivemos, as suas esperanas e aspiraes, e o seu carcter tantas vezes dramtico.

Instaurar a fraternidade universal, testemunhar a verdade, salvar, servir, investigar os sinais dos tempos, interpretar os sinais dos tempos luz do Evangelho, responder adequadamente s eternas perguntas dos homens. Por isso necessrio conhecer e comprender o mundo em que vivemos!Esto a ver? A Igreja para ser a si mesma e desempenhar a sua misso, necessita conhecer e comprender o mundo em que ela vive. Eis aqui a formao acadmica bem conglutinada com a formao religiosa. Todavia a tese precisa de ser fundamentada, justificada e comprovada pela crtica. Ateno porm, o Conclio clarssimo: nenhuma ambio terrena move a Igreja, portanto seja a formao religiosa seja a formao acadmica devem ser puras, livres de sonhos de glria humana, desvinculadas da mundana competio ao primeiro lugar. No pensem que o discurso da ambio terrena diga s respeito formao acadmica, com os seus ttulos, publicaes, convites, casacos e gravatas. So muitos tambm aqueles que cultivam ambies terrenas no campo religioso. Tambm papa Francisco o reconhece quando, falando Cria Romana no final do ano passado, denuncia as 15 chagas da Cria e dos homens de Igreja (a ttulo de exemplo, lembramos a ltima: a doena do tirar proveito mundano e do esibicionismo). Tambm Jesus no deserto foi tentado de usar a religio com ambies terrenas!Claro que, para ns, a referncia positiva de inspirao na formao religiosa e na formao acadmica est toda concentrada na palavra servio, cuja significatividade deveria ser bem precisada pois frequentemente mal-entendida e feita concidir com o fazer. Mas este mais um tema de retiro espiritual que os formadores vos podero providenciar. Para ns, de maniera brutal, eis antes uma srie de perguntas de pesquisa...umas so meramente estticas, outras mais importantes: Ser que me ocupando com a minha formao acadmica-profissional posso colocar em risco a minha identidade de consagrado? Que identidade de consagrado terei, se eu no cultivasse a minha formao acadmica? Estas duas formaes/dimenses so antagnicas ou solidrias? Observar o comportamento das partculas subatmicas e rezar laudes so coisas assim diferentes? Porque por sculos os grandes acadmicos eram padres e agora j no? Como e porque o metoro da pastoral oculta a estrela do duro e arduo estudar? Morder e saborear so por acaso a mesma coisa? De que religio protagonista um consagrado academicamente deficiente? Para ser santo, so suficientes poucas ideias e todas erradas? O saber faz mal ao acreditar? O verdadeiro consagrado uma monada divina caida na terra por distrao dos anjos? Quantos e quais livros leu o meu arcebispo no ltimo ano? O magnfico reitor do Seminrio Filosfico Interdiocesano Santo Agostinho que obras de filosofia est a ler nestes dias? Padre Meloni que vem pontificando hoje, s fumaa ou tem l um pouco de carne a assar? Os nossos seminrios e institutos e universidades so academias ou estamos a abusar do termo? Formao acadmica passar tres anos no Santo Agostinho, receber um bacharelado de filosofia e depois no saber nada da obra De Ente et Essentia de So Toms de Aquino ao primeiro ano de teologia? Sim, sem dvida nenhuma, acho que este um sinal dos tempos: a progressiva ignorantizao dos sacerdotes na Igreja catlica em nome de uma presunta superioridade da formao religiosa, espiritual, pastoral capaz at de transformar um sonoro peido num celestial coro de Serafins!

A formao religiosa e a formao acadmica devem sempre caminhar juntasVimos algumas perguntas desorganizadas, tambm propositadamente sarcsticas, mas que vo dar toda razo aos organizadores deste simpsio: a palavra formao declinada nas ltimas dcadas em todas as cores possveis, so organizados dias de formao, muitos artigos so escritos, h cursos por todos os lados para formar os formadores...mas o que significa formar? Claro que um seminarista filsofo logo pensa no dar a forma, lembra das longas e difceis pginas da Metafsica de Aristteles e no se esquece que se d forma a uma matria, e que dar forma significa dar o ser, infundir o quid est a algo que at ento no se podia ainda dizer o que , mas somente indicar eventualmente o que podia, certo dia, vir a ser se uma causa eficiente, querendo atingir um fim, e j tendo em si mesma esta forma, a infundisse na matria informe. Estamos juntos? Se perderam?Denuncio portanto uma presuno bastante frequente, j bem conhecida por Jesus: aquela do cego que pretende guiar outro cego e escapar da cova final. Vejo que estas duas amigas, a formao religiosa e a formao acadmica, podem ser ambas cegas, ou ambas bem esclarecidas, mas a minha miservel experincia me diz que frequentemente se alternam e uma ajuda a outra a no adormecer, a no fechar os olhos, a se manter em formao permanente. Vejo que, se a formao religiosa est em boa forma, ela costantemente desperta a formao acadmica, a exige, a chama, a sollicita e por ela estimulada. O mesmo se pode reconhecer no consagrado quando a sua formao acadmica viva: ela impele e provoca a dimenso religiosa, a purifica dos dolos, dos fantasmas, a poda, a submete a prova, cura as suas distores nevrticas e psicticas, impede-lhe de se transformar em integralismo, fundamentalismo, ideologia de casta. Infelizmente estamos a ver todos os dias os efeitos nefastos de uma formao religiosa sem formao acadmica, sem alicerces teo-antropolgicos fortes, sem estudo, sem razes. Esta tese, que a formao religiosa e a formao acadmica devem sempre caminhar juntas, sustentada pelo magistrio e ensinamento da Igreja: naEvangelii Gaudium, papa Francisco sublinha que A formao dos leigos e a evangelizao das categorias profissionais e intelectuais representam um importante desafio pastoral (Evangelii Gaudiumn. 102). Se importante a formao do rebanho, ainda mais importante a formao dos pastores, sempre que estejamos de acordo com o j lembrado discurso aristotlico sobre o dar forma.

Formar-se para formarNo ano passado, a 12 de maio, encontrando os sacerdotes e os seminaristas estudantes em Roma, papa Francisco frisou que a formao se deve apoiar em quatro pilares: a formao espiritual, a formao acadmica, a formao comunitria e a formao apostlica. Portanto ao nosso ttulo de hoje faltam as ltimas duas, ou, mais provavelmente, os organizadores pensaram em comer o bolo todo fatia por fatia, e j de esperarmos o prximo encontro para concluirmos bem o discurso sobre a formao do consagrado sacerdote.O Conclio Vaticano II no Decreto sobre a formao sacerdotal(Optatam Totius)afirmou solenemente a suma importncia da formao sacerdotal. Prprio nos documentos conciliares encontram-se importantes reflees sobre essa formao e claras indicaes sobre as modalidaes e os conteudos. Podemos descobrir nos documentos a indicao do crculo virtuoso que se espera: um sacerdote bem formado ser por sua vez um bom formador dos fieis. Mas ateno, pode-se tambm criar um crculo vicioso...que o digam aqueles sacerdotes que, transferidos de uma comunidade para uma outra, encontram a vinha devastada pelo javali da selva. Na minha vida j encontrei muitos bispos, muitos sacerdotes e religiosos e sempre me dei conta que um bom consagrado sempre tem um bom livro na cabeceira, reserva diariamente um bom tempo ao estudo, no se cuntenta do primeiro mergulho dos anos da filosofia e teologia no seminrio, mas caminha ao passo dos tempos que passam, actualiza-se, faz cursos superiores de ps-graduao, dialoga com a contemporaneidade. NaOptatam Totiusa formao umanstica e cientfica indicada como prioritria: Os estudantes do seminrio, antes de iniciar os estudos eclesisticos propriamente ditos, devem adquirir aquela cultura umanstica e cientfica que, em cada nao, outorga o direito a aceder aos estudos superiores (Optatam Totius, n. 13). Considerando a situao do nosso Pais, devemos reconhecer um dfice estrutural e portanto redobrar os esforos para minimizar as lacunas. S que este esforo frustrado, pois de um e outro lado, a nvel alto mas tambm nas fileiras dos seminaristas, em nome de uma presunta superioridade da formao espiritual-religiosa se menospreza a formao acadmica, os professores e formadores praticam o chova-chova do seminarista, desde o seminrio mdio at o bacharelado em teologia...pois ele reza bem, bom amigo de todos, respeita os superiores, cumpre com a regra, sempre foi ter com o confessor e o padre espiritual, tem poucas abelhas a circular por volta do seu nctar e...no seja que estejamos perante um novo so Joo Maria Vianney...todavia um sacerdote ignorante um pssimo servidor do Evangelho.

Consagrado ergo acadmicoHoje em dia, assistimos a uma aberrao: pensa-se que se um consagrado dedica tempo, energias, recursos etc...para se formar academicamente ou para formar outros academicamente, ele acaba por subtrair tempo, energias e recursos sua formao espiritual e isso em breve coloca em causa a sua identidade de consagrado. Parece-me a fbula da raposa e da uva: sendo que o cacho de uva estava bem alto e ela no conseguia o atingir, a raposa foi-se embora dizendo que o cacho no estava maduro. Eu sustento e justifico historicamente e cientificamente uma tese radicalmente diferente: a f em Deus estabelece no homem uma inteligncia, no superior, mas diferente daquela de quem no cr. Trata-se de uma inteligncia mais completa e mais profunda, que lhe permite responder s perguntas radicais que no se podem tirar do nosso Eu. Essa inteligncia pode formular uma hiptese de sgnificado da realidade na sua totalidade. Ela comea por algo que existe, por uma presena aqui e agora (hic et nunc). Isso bem diferente do comear pelo vazio, por uma ausncia, por uma hiptese irracional radical da vida. Alm disso, a hiptese do sentido ltimo conduz o crente a ser estimolado mais e a ser mais produtivo prprio para responder vocao de Deus. Portanto, para o consagrado, deontolgico se formar academicamente...no fazer isso seria como desviar da sua vocao que est escrita no seu ser.A histria demonstra isso amplamente, pois o maiores cientistas, pensadores, artistas etcda histria eram crentes, uns deles so padres, monges, consagrados, missionriosa lista dos seus nomes muito longa e cada um deles mereceria a nossa ateno. Quando estava a preparar esta palestra, pensei que no era mal apresentar-vos uma lista dos consagrados que pela sua formao e dedicao acadmica fizeram descobertas cientficas. Confesso que fiquei estupefacto e praticamente perdido, passei tres noites a ser baloiado pela curiosidade, descobri que vrias crateras da lua foram chamadas com os nomes de padres e religiosos astrnomos, que a teoria do Big-Bang foi teorizada no 1927 pelo padre catlico belga, o fsico Georges Lamaitre. Esta uma bela pesquisa que podem fazer nos prximos dias: garanto-lhes que vo ficar maravilhados.Bom, eu vejo que no momento em que na minha vida se baixa o teor do meu estudo, da pesquisa acadmica, do me interrogar e deixar interrogar, do me formar e informar, do estar disponvel a acompanhar estudantes nas suas pesquisas etc...logo a intensidade da minha vida religiosa consagrada diminue e em lugar de interesses altos e dignos da vocao recebida, entram interesses baixos, superficiais, passageiros e em nada teis a mim e causa o Reino dos Ceus. A minha orao passa a ser pouco atenta e populada por fantasmas de fantasias mundanas, a minha caridade padece de generosidade, a minha pregao se torna uma reciclagem de coisas fora de prazo, a minha capacidade de perceber os problemas enfraquece gravemente. Olha l, o interesse e estudo acadmico a mim me faz bem e me ajuda muito a ser padre-religioso-missionrio.

Riscos, perigos e conselhos para os evitarTodavia, pode ser que haja desvios, desequilbrios, ou outras finalidades terrenas em competio com a procura incessante do Reino dos Ceus, ao ponto que a formao acadmica se tansforma numa deformao religiosa, quando o saber para melhor servir se transforma num dolo para eu me sentir mais ou melhor, ou para eu ter mais, ou por mero orgasmo farisico de me sentir chamar de doutor.Parece no fundo ser mais um problema de identidade e valores internos que depois se transferem para fora. Ento o problema deveria ser reformulado, pois a sua causa no est numa presunta eventual competio das duas formaes (religiosa e acadmica), mas nas intenes que movem o consagrado a se dedicar aos estudos e pesquisas acadmicas. Neste caso, ele no s deixar apodrecer a beleza da sua consagrao, ele ser tambm um acadmico de faada, com ttulos retumbantes mas sem vocao, pois a gastrimarghia do seu Eu acabar por se fazer servir pelo saber, tendo como meta o ter e o poder e o engordar.Portanto o problema no deveria ser posto nos termos de um aut-aut mas como um et-et e eventualmente ver como fazer conviver este casal num casamento frutuoso. Para que isso acontea, parece-me oportuno indicar algumas atenes ou posturas, umas tericas outras prticas.1) Dizer no a uma espiritualidade romntica. um tipo de espiritualidade que se funda sobre o sentimento de piedade, que faz confuso entre a f e o sentimento religioso, que na soteriologia evidencia o que fao eu e no o que faz Deus; portanto uma espiritualidade semipelagiana, que faz do saber de no saber a justificao do no estudar, que pensa que o Ora dispense do Labora, que teoriza que o mistrio algo de incomprensvel e no algo de inesgotvel. Este tipo de espiritualidade teve muito sucesso num passado recente, era ptima para o povo analfabeto, estimulava devoes, multiplicava os actos de piedade, era amartiocntrica e dolorista, evidentemente acrtica e cristologicamente despistada. Muito disso se pode ver nas nossas comunidades crists, devemo-lo suportar, mas no estimular ou enaltecer, pois o tempo das mitologias acabou e as novas geraes a nvel de f j no conseguem danar com o corao se o cerebro no participa na dana.2) Dizer sim a uma espiritualidade incarnada, alicerada na multiculturalidade, informada dos problemas actuais, que sabe dialogar com as cincias, que sabe traar o mapa do ser humano hoje, que recolhe os desafios da modernidae ao anncio do evangelho, que abita a cidade dos homens conhecendo o seus problemas e procurando as solues (que nunca so rpidas), que est disposta a se reformar (sempre que a condio incarnada o exija), que sabe deixar as 99 ovelhas para correr atras daquela perdida, no sentido que sabe tambm sacrificar o que parecia certo e seguro e indiscutvel para encontrar o homem a onde ele se encontra, que se deixa tocar, violar na sua privacidade, invadir na sua soberania. Sobretudo uma espiritualidade que nunca pensa de possuir a verdade mas de ser sempre encontrada pela verdade que est na relao solidria com o Cristo total e csmico. 3) Disciplina e discernimento nos estudos. Tudo lcito, diz so Paulo, mas no tudo til e, ainda so Paulo: a cincia incha e engorda...o amor que edifica. Os estudo acadmicos devem ser feitos no nas costas do prprio superior ou bispo, mas tendo descirnido com ele o que e quando, pois deve ser um servio ao povo de Deus e no a si mesmo. formao acadmica deve-se dar o justo peso sem esquecer das outras coisas importantes, dos outros tres pilares que o papa Francisco lembrava. Portanto de descirnir o tempo, as energias, as modalidades. Noto muita pressa em padres que querem diplomas, pressa determinada pelo factor mentira (j que o Bispo nada sabe disso!) e pelo factor dinheiro...mas a pressa e a formao acadmica verdadeira no andam juntas. Neste discernimento o padre espiritual, o padre confissor, o prprio superior devem ser envolvidos e escutados.4) Sempre haja vitamina M na formao religiosa e acadmica. Esta uma passagem muito colorida, e espero de no escandalizar a ningum com esta palavra. A vitamina M corrige as tentaes mundanas, preserva da idolatria do prprio Eu, fortifica a humildade, tempera as paixes, molda posturas e atitudes de servio, cria o equilbrio entre o ser e o saber, faz caminhar com duas pernas, isto com cerebro e corao. Quando fui ler o discurso do papa Francisco Curia Romana e as 15 chagas por ele indicadas, logo pensei na terapia adequada, e s me veio na cabea a famosissima vitamina M. Quando estava no seminrio os meus formadores sempre me proporcionaram boas doses de vitamina M, para corrigir a tendncia que eu tinha de me perder no mundo das ideias e nos meados dos 150.000 livros da nossa biblioteca. Como dizia o nosso amigo: quem tem ouvidos...

ConclusoO resto podero ver vocs, para mim importante era tentar provocar uma reflexo, pois fui eu mesmo provocado pelo convite que me foi feito. Vimos que a misso da Igreja no mundo exige uma boa formao a quatro nveis: a formao espiritual, a formao acadmica, a formao comunitria e a formao apostlica. Neste encontro ficamos a considerar a relao entre as primeiras duas e vimos que devem sempre caminhar juntas e que, com as devidas atenes, podem ser e fazer a fortuna uma da outra. Se h problemas, eles dependem mais de uma deontologia do consagrado, das suas intenes e ideais, das finalidades que persegue. Se so aquelas de Cristo, nada haver em demasia e nada lhe faltar. Obrigado pela ateno que me dispensaram e peo vnia se disse algo de inconveniente ou ofensivo da vossa sensibilidade humana e religiosa.Pe. Giuseppe Meloni scj9