a globalizacao e o mercosul

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  • 8/6/2019 A GlobalizaCAo e o Mercosul

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    1 O QUE GLOBALIZAO

    Globalizao o conjunto de transformaes na ordem poltica e econmicamundial que vem acontecendo nas ltimas dcadas. O ponto central da mudana a integrao dos mercados numa "aldeia-global", explorada pelas grandescorporaes internacionais. Os Estados abandonam gradativamente as barreirastarifrias para proteger sua produo da concorrncia dos produtos estrangeiros eabrem-se ao comrcio e ao capital internacional. Esse processo tem sidoacompanhado de uma intensa revoluo nas tecnologias de informao -telefones, computadores e televiso.

    As fontes de informao tambm se uniformizam devido ao alcance mundial e crescente popularizao dos canais de televiso por assinatura e da Internet. Issofaz com que os desdobramentos da globalizao ultrapassem os limites daeconomia e comecem a provocar uma certa homogeneizao cultural entre ospases.

    1.2 Corporaes Transnacionais

    A globalizao marcada pela expanso mundial das grandes corporaesinternacionais. A cadeia de fast food McDonald's, por exemplo, possui 18 milrestaurantes em 91 pases. Essas corporaes exercem um papel decisivo naeconomia mundial. Segundo pesquisa do Ncleo de Estudos Estratgicos daUniversidade de So Paulo, em 1994 as maiores empresas do mundo (Mitsubishi,Mitsui, Sumitomo, General Motors, Marubeni, Ford, Exxon, Nissho e Shell) obtmum faturamento de 1,4 trilho de dlares. Esse valor equivale soma dos PIBs doBrasil, Mxico, Argentina, Chile, Colmbia, Peru, Uruguai, Venezuela e NovaZelndia.

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    1.4 Desemprego Estrutural

    A crescente concorrncia internacional tem obrigado as empresas a cortar custos,com o objetivo de obter preos menores e qualidade alta para os seus produtos.Nessa reestruturao esto sendo eliminados vrios postos de trabalho, tendnciaque chamada de desemprego estrutural. Uma das causas desse desemprego a automao de vrios setores, em substituio mo de obra humana. Caixasautomticos tomam o lugar dos caixas de bancos, fbricas robotizadas dispensamoperrios, escritrios informatizados prescindem datilgrafos e contadores. Nospases ricos, o desemprego tambm causado pelo deslocamento de fbricaspara os pases com custos de produo mais baixos.

    1.5 Novos Empregos

    O fim de milhares de empregos, no entanto, acompanhado pela criao deoutros pontos de trabalho. Novas oportunidades surgem, por exemplo, na rea de

    informtica, com o surgimento de um novo tipo de empresa, as de "intelignciaintensiva", que se diferenciam das indstrias de capital ou mo-de-obra intensivas.A IBM, por exemplo, empregava 400 mil pessoas em 1990, mas, desse total,somente 20 mil produziam mquinas. O restante estava envolvido em reas dedesenvolvimento de outros computadores - tanto em hardware como em software- gerenciamento e marketing. Mas a previso de que esse novo mercado detrabalho dificilmente absorver os excludos, uma vez que os empregosemergentes exigem um alto grau de qualificao profissional. Dessa forma, odesemprego tende a se concentrar nas camadas menos favorecidas, com baixainstruo escolar e pouca qualificao.

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    movimento, no entanto, acompanhado pelo fortaleci mentos dos blocoseconmicos, que buscam manter maiores privilgios aos pases-membro.

    PRINCIPAIS BLOCOS ECONMICOS

    Blocos IntegrantesPIB total(milhes deUS$)

    Populaototal (milhesde hab.)

    PIB per capita (emUS$)

    Data decriao

    Asean 7 pases 541.075 429,00 1.261,25 1967

    Apec17 pases e 1territrio

    14.119.450 2.217,00 6.368,72 1989

    Caricom12 pases e 3territrios

    16.135* 5,82 2.772,34 1973

    Mercosul 4 pases 859.874 207,70 4.139,98 1991Nafta 3 pases 7.568,082 391,10 19.356,76 1988PactoAndino

    5 pases 197.662 101,50 1.947,41 1969

    UnioEuropia

    15 pases 7.324.381 372,40 19.668,05 1957

    SADC 11 pases 145.950 137,20 1.063,78 1979CEI 12 pases 550.989 285,00 1.933,29 1991

    * Excludas as ilhas Virgens Britnicas e as ilhas Turks e Caicos.Fontes: Banco Mundial, Fundo das Naes Unidas para a Populao

    2 O BRASIL E A GLOBALIZAO

    2.1 Brasil quer a Integrao Comercial de toda a Amrica do Sul

    O ano de alargamento do Mercosul - essa poderia ser a manchete de sntese daevoluo do ConeSul em 1996, se fosse verdade o que a imprensa brasileiranoticiou nos ltimos meses. Interpretando de forma simplista- e errada- os tratados

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    formados pelo Chile e Bolvia com o Mercosul. O ano de alargamento do Mercosul- essa poderia ser a manchete de sntese da evoluo do ConeSul em 1996, sefosse verdade o que a imprensa brasileira noticiou nos ltimos meses.Interpretando de forma simplista - e errada - os tratados formados pelo Chile eBolvia com o Mercosul, jornais e televises noticiaram a adeso dos dois ao blocosub-regional liderado pelo Brasil e Argentina.

    Isso no aconteceu, pelo menos por enquanto. Mas foi dado o primeiro passonessa direo: o Chile e a Bolvia firmaram tratados de associao, o que significaque, sem aderir ao bloco, eles passam a aceitar regras de tarifas comerciais

    reduzidas no intercmbio com os integrantes do tratado de Assuno de 1991. Opasso adiante no aponta para o alargamento do Mercosul por agregaessucessivas, mas para o desenvolvimento de um processo mais complicado, queos diplomatas brasileiros apelidaram de estratgia do building blocks.

    O Chile esnobou o Mercosul at a pouco. "Adios, Latinoamerica", chegou atrombetear uma manchete de EL Mercurio, o principal dirio de Santiago,

    resumindo uma poltica voltada para a Bacia do Pacfico e uma estratgia deintegrao do Nafta. As coisas mudaram. A solicitao de adeso zona de livrecomrcio liderada pelos EUA esbarrou no colapso financeiro mexicano dedezembro de 1994. Escaldados, os parlamentares americanos negaram atramitao rpida da solicitao no Congresso e as negociaes continuam a searrastar. Alm disso, a abertura comercial que se espraia pela Amrica Latinarepercutiu sobre o intercmbio externo chileno, puxando-o de volta para osubcontinente.

    A Bolvia solicitou, em julho de 1992, a adeso gradual ao Mercosul. Ogradualismo boliviano est orientado para controlar um obstculo poltico ediplomtico: o pas faz parte do Pacto Andino e Tratado de Assuno no permite

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    a entrada de integrantes de outras zonas de comrcio. Mas, no terreno daeconomia e da geografia, a Bolvia est cada vez mais colada ao Mercosul. Oacordo recente para fornecimento de gs natural e construo de um gasodutoBrasil-Bolvia vale mais que as filigranas jurdicas que bloqueiam a adesoimediata. E as perspectivas de cooperao de todos os pases do Cone Sultendem a abrir duas sadas ocenicas regulares para a Bolvia, cuja histria estmarcada pela perda de portos de Atacama, na Guerra do Pacfico (1879-83).No provvel que o Chile ingresse plenamente no atual Mercosul, e Santiagono quer perder suas vantagens comerciais no intercmbio com o Nafta e a Baciado Pacfico. A Bolvia no pretende deixar o Pacto Andino entrar no Mercosul, e oChile, com melhores razes, no pretende desistir do ingresso no Nafta. O

    horizonte com o qual trabalham os diplomatas brasileiros o da articulaogradual do Mercosul com os pases e blocos comerciais vizinhos, com vistas formao de uma Associao de Livre Comrcio Sul-Americana (Alcsa).Essa a estratgia do buiding-blocks. A sua meta consiste em criar, a partir de umgrande bloco comercial na Amrica do Sul, a plataforma ideal para negociar aintegrao pan-americana com a superpotncia do Norte. por isso que o Brasilno tem pressa nas conversaes destinadas formao de uma super zona delivre comrcio das trs Amricas, que foram lanadas pelo ex-presidente dos EUA,George Bush, em 1990.

    Do ponto de vista brasileiro podemos citar como reas que ganharam impulso:

    Automobilstica; Gerao de energia; Telecomunicaes; Servios.

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    Enquanto que os setores mais prejudicados so:

    Agricultura; Txtil; Borracha; Calados.

    A outra faceta do processo de Globalizao est na indstria. Tomem-se as dezmaiores corporaes mundiais:

    1. Mitsubishi;2. Mitsui;

    3. Itochu;4. Sumimoto;5. General motors;6. Marunbeni;7. Ford;8. Exxon;9. Nissho10.Shell;

    Estas empresas faturam 1,4 trilhes de dlares, o que equivale ao PIB conjuntode:

    Brasil; Mxico; Argentina; Chile; Colombina; Peru; Uruguai; Venezuela.

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    Metade dos prdios, mquinas e laboratrios desses grupos e mais da metade deseus funcionrios em unidades for do pas de origem e 61% do seu faturamento obtido em operaes no estrangeiro.

    A fora dessas corporaes e sua atuao geogrfica mudaram o enfoque do jogoeconmico. No passado, quem fazia as grandes decises econmicas eram osfovernas. Agora so as empresas e esto decidindo basicamente o que, como.quando e onde produzir os bens e servios utilizados pelos seres humanos.

    Para conseguir preos melhores e qualidade de mais alta tecnologia em suaguerra contra os concorrentes, as empresas cortaram custos. Isto , empregos, eainda aumentaram muito os seus ndices de automao, liquidando mais postosde trabalho.

    Nos estudos econmistas, deu-se o nome de "desemprego estrutural" a essatendncia. O desemprego estrutural um processo cruel porque significa que asfbricas robotizadas no precisam mais de tantos operrios e os escritrios podemdispensar a maioria de seus datilgrafos, contadores e gerentes. Ele diferentedo desemprego que se conhecia at agora, motivado por recesses, que maiscedo ou mais tarde passavam. Os economistas apontam no desempregoestrutural um paradoxo do sistema de Globalizao . Ele se ergueu para produzir coisas boas e baratas, vendidas numa escala planetria, fabricadas em grandeparte por robs, que so orientados por computadores. Mas por cortar o empregodas pessoas e sua renda no ter para quem vender seus carros reluzentes eseus computadores multimdia.

    Segundo os crticos, a outra nota ruim da Globalizao est no desaparecimento

    das fronteiras nacionais. Os governos no conseguem mais deter os movimentodo capital internacional. Por isso, seu controle sobre a poltica econmica internaest se esgarando. A quebra mexicana no final de 1994 o exemplo maismarcante dessa perda de controle. Assim que o governo desvalorizou o pesofrente ao dlar, os investidores sacaram vrios bilhes aplicados no pas e oMxico precisou de um pacote de socorro do FMI e do governo estadunidense. Os

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    3 O QUE O MERCOSUL

    Desde 1 de janeiro de 1995, Argentina, Brasil Paraguai e Uruguai, os pasesmembros do Mercosul (Mercado Comum do Sul), passam a cobrar tarifas

    idnticas nas suas importaes. A TEC (Tarifa Externa Comum) abrange 85% dosprodutos negociados. Os 15% restantes tero um prazo maior de adaptao(variando de 2001 a 2006).

    Em 1995, estes pases formaram uma unio aduaneira com quase 190 milhes deconsumidores potenciais e um PIB (Produto Interno Bruto) total de mais de meiotrilho de dlares d tero 12 anos para dar o passo seguinte: construir ummercado comum e, ao mesmo tempo, conquistar a estabilidade econmica esuperar o subdesenvolvimento social.

    Ao contrrio das experincias anteriores, desta vez a integrao deixou osgabinetes e consolidou-se com negcios. Mais de 300 empresas brasileiras estoinvestindo na Argentina e o comrcio regional deu um salto de 34% ao ano desde1990. O Mercosul pode mudar o mapa da Amrica do Sul.

    Seus pases so:

    BRASIL

    Nome Oficial: Repblica Federativa do BrasilCapital: Brasliarea:8.511.965 Km2

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    Populao: 149,2 milhesLngua: PortugusDiviso administrativa: 26 estados e o distrito federalRenda per capta: US$2.770Moeda: RealRegime de governo: Presidencialista

    ARGENTINA

    Nome Oficial: Repblica ArgentinaCapital: Buenos Airesrea:2.766.889 Km2

    Populao: 33,1 milhesLngua: Espanhol

    Diviso administrativa: 22 provncias, 1 distrito e o territrio da terra do fogo.Renda per capta: US$6.050Moeda: PesoRegime de governo: Presidencialista

    URUGUAI

    Nome Oficial: Repblica Oriental do UruguaiCapital: Montevidu

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    rea:176.224 Km2

    Populao: 3,1 milhesLngua: EspanholDiviso administrativa: 19 departamentosRenda per capta: US$3.340Moeda: Peso UruguaioRegime de governo: Presidencialista

    PARAGUAI

    Nome Oficial: Repblica do ParaguaiCapital: Assunorea:406.752 Km2

    Populao: 4,5 milhes

    Lngua: Espanhol e GuaraniDiviso administrativa: 19 departamentos e um distrito federalRenda per capta: US$1.380Moeda: GuaraniRegime de governo: Presidencialista

    A funo da unio entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai - o Mercosul temcomo objetivo melhorar as economias dos mesmos com uma aliana. Alem depoderem contar com o apoio destes pases o intercmbio de produtos, culturas eraas esta sendo muito importante para suas independncias, pois ainda socolnias de si mesmas. Apesar de todos as diferenas entre estes pases oMercosul como a globalizao ele est em pleno vigor.

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    3.1 Quadro geral do Mercosul:

    Exportaes e importaes do Brasil para os pases do Mercosul

    Pas Exportaes ImportaesArgentina 2.700 1900Uruguai 479 316Paraguai 649 180Em milhes de dlares (US$)Fonte: Folha de S.Paulo - 18 de dezembro de 1994, caderno MERCOSUL

    ndices Gerais da economia dos pases do Mercosul

    ndices Argentina Brasil Paraguai UruguaiPIB (US$ bi) 200,2 426,3 0,9 1,3Desemprego (% - ms) 9,3 4,5 2,1 9,4Inflao (% - ms) 0,3 2,47 0,9 3,5Divida Externa (US$ bi) 67,5 121,1 1,7 5,2Juros (% - ms) 0,9 4,7 1,3 5,6Reservas Internacionais (US$ bi) 15,5 43,5 0,9 1,3

    Fonte: Folha de S.Paulo - 18 de dezembro de 1994, caderno MERCOSUL

    4 O MERCOSUL E A ALCA

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    4.1 O Que

    A rea de Livre Comrcio das Amricas, ALCA, uma idia grandiosa que

    comeou a ser elaborada h trs anos. Atravs dela as barreiras comerciais entreos pases que formam a Amrica seriam derrubadas em breve. Produtos eservios fluiriam pelo continente sem restries e sem impostos, os preosinternos cairiam e economias frgeis como a do Paraguai, teriam a oportunidadede sair da estagnao.

    A Alca ainda no foi concretizada, ainda um projeto previsto para 2005. No dia

    16 de maio, houve em Belo Horizonte um conferncia para decidir sobre osprximos passos deste acordo, a ALCA.

    Este um projeto grandioso, que se tornaria maior que a Unio Europia, quandoconcreto, gerando uma riqueza anual de 9 trilhes de dlares.

    4.2 Conferncia de Belo Horizonte

    Na conferncia da semana passada, em Belo Horizonte, representantes de 34pases das trs Amricas se reuniram com o intuito de discutir sobre o projetocomo um todo, e acabaram defrontando-se com uma forte disputa entre o Brasil eos Estados Unidos, duas das economias mais fortes das Amricas. Os EstadosUnidos, que querem se sobressair no bloco e criar medidas protecionistas apenas sua economia querem a abolio das tarifas alfandegrias j no ano que vem

    (1998). O Brasil no concordou com esta medida do tranco tarifrio, pois aconsidera prejudicial para si e benfica para os Estados Unidos.

    A conseqncia imediata seria que os Estados Unidos inundariam o Brasil comseus produtos, isentos de impostos de importao, e que so melhores e mais

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    baratos que os nacionais. Assim, como o Brasil coerentemente decidiu, isso seriaprejudicial economia nacional, realizando, assim, "um belo ato de protecionismoa industria nacional". Isto poderia produzir efeitos devastadores na indstrianacional e assim, no nvel de emprego. Mesmo se o Brasil concordasse com osEstados Unidos, eles continuariam a dificultar a entrada em seu pas de vriosartigos brasileiros competitivos, pois alm das tarifas alfandegrias, adotaminmeras barreiras sobre os produtos brasileiros. Inmeros produtos brasileirossofrem restries ou nem so aceitos, como a carne brasileira, que no importada pelos E.U.A porque tem aftosa, segundo eles. Dentre muitos outros,esse um truque usado para proteger o mercado americano. No conclavediplomtico em Belo Horizonte, venceu a posio brasileira, avalizada pelos seus

    parceiros do Mercosul - Argentina, Uruguai e Paraguai.

    Os pases engajados no Mercosul querem tempo para estudar como seria umabrao com os Estados Unidos querem tambm um prazo mais longo paramelhorar o que produzem de forma que a competio comercial venha a ser maisequilibrada no interior do bloco, eles querem, na verdade at o ano trabalhar parareduzir a burocracia, facilitar os negcios e acabar com as restries no tarifriass importaes como cotas e exigncias sanitrias s ento, em 2003 secomear a discutir a extino dos impostos .

    "A pressa oferece riscos muito grandes e o Brasil, assim como os outros pases doMercosul quer se proteger" disse Roberto Teixeira da Costa, presidente da seodo brasileira do Conselho de Empresrios da Amrica latina. Os empresriosbrasileiros que compareceram conferncia trabalharam bem ao convencer ogoverno e os empresrios argentinos de sua posio.

    O Brasil se mostrou responsvel ao assumir que no est capacitado paraentrar neste mercado, colhendo os frutos merecidos.

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    Medida de protecionismoEscala feita peloInternational Institute for Management Development(IMD).

    PasGrau deAbertura

    Chile 8,67Dinamarca 8,55Hong Kong 8,46Irlanda 8,20Sucia 8,00Mxico 7,90NovaZelndia

    7,87

    Finlndia 7,74Holanda 7,72Hungria 7,65Luxemburgo 7,64Portugal 7,51

    ustria 7,50Noruega 7,49Austrlia 7,41Turquia 7,33Cingapura 7,31Alemanha 7,30Blgica 7,19Colmbia 7,02Itlia 7,00Espanha 6,95Grcia 6,94Argentina 6,88RepblicaCheca

    6,80

    Inglaterra 6,79

    4.3 Patamar Geral da Liberao dos MercadosMundiais

    A International Institute for Managment Development,

    IMD, fez uma pesquisa dos pases mais abertoscomercialmente, (ao lado) usando como critrio asimpostos e as barreiras no tarifrias dos mesmos.Neste ranking os E.U.A., cujas importaescorrespondem a 12% de seu PIB, esto em 29 lugar e o Brasil, cujas importaes correspondem a 8% doseu PIB, est em 35. Esta "igualdade" importante

    quando se quer formar um bloco comercial, pois osdois pases (E.U.A. e Brasil) so potenciaisnegociadores.

    O verdadeiro interesse dos E.U.A. em quebrar asbarreiras no mais os carros japoneses ou seudesemprego, e sim resolver o seu problema do dficitda balana comercial que em 1996 foi de 160 bilhes

    de dlares , sendo que suas exportaes para outroscontinentes vem caindo e a soluo encontrada foi deexpandir estas importaes para o prprio continenteAmericano, o que podemos ver j que asexportaes para os pases do Mercosulcresceram 160% de 1990 a 1995.O Mercosul vm se tornando muito atrativo para o

    mercado mundial j que pases com a Holanda,Espanha, Alemanha, Frana, e Itlia, vm fazendomuitas feiras comercias com estes pases.Na verdade o que est interessando o mundo dosnegcios o poder aquisitivo do Mercosul, e seu

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    Canad 6,63Israel 6,44EstadosUnidos

    6,29

    Frana 6,26Malsia 6,26Taiwan 6,03Tailndia 5,95Filipinas 5,53Brasil 5,40Indonsia 5,35frica

    do Sul5,11

    Sua 5,10Coria 5,07ndia 4,98Islndia 4,82Venezuela 4,75Rssia 4,56Polnia 4,48China 3,79Japo 3,52O clculo sobre aberturacomercial considera astarifas e as barreiras notarifrias.Fonte: Revista Veja, 21 demaio de 1997

    aumento de 3,5% ao ano.

    Foto: Fernando Henrique Cardoso na conferncia deBelo Horizonte discutindo a criao da ALCA critica omodo de negociao dos E.U.A.Fonte: Revista Veja, 21 de maio de 1997

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