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A GESTÃO INCLUSIVA DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

Regiane Márcia Furlanetto 1 Ana Priscilla Christiano2

RESUMO: A escola inclusiva é o local no qual todas as pessoas devem ser atendidas de modo adequado em relação a suas diferenças e individualidades. O processo da inclusão de todos os alunos está nos princípios norteadores das ações da Secretaria Estadual de Educação do Paraná e são debatidos por profissionais da educação na construção de diretrizes curriculares que apresentam uma linha condutora da universalização ao acesso à escola pública e gratuita para todos. Neste sentido, o processo de inclusão faz parte da gestão educacional democrática e o Colégio Estadual Pe. Wistremundo Roberto Perez Garcia está se preparando, através de uma gestão inclusiva, para receber e atender os sujeitos com necessidades específicas de aprendizagem adequadamente. Assim, a intervenção aqui descrita foi viabilizada pelo PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná e buscou conhecer como a gestão escolar do colégio supracitado esteve realizando a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular. Para isto foi realizado uma análise de artigos e publicações que trataram dos conceitos de inclusão escolar, flexibilização e adaptação curricular, e uma pesquisa de campo através de entrevistas com profissionais da escola. Os dados permitiram perceber que a estrutura e organização da escola estão em acordo com o preconizado pelas produções sobre o tema, entretanto, a maioria dos professores e equipe pedagógica ainda se sentem inseguros para garantir que a inclusão ocorra efetivamente. Para a inclusão dar certo é necessário compromisso técnico e político dos governantes, dos pais, familiares, professores, profissionais e todos os membros da sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Escola. Educação. Inclusão. Necessidades Educacionais Especiais

1Aluna pelo Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. E-mail [email protected] Professora colaboradora da Universidade Estadual de Londrina – UEL no Departamento de Educação, área de Psicologia da Educação. Orientadora pelo Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. E-mail [email protected].

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INTRODUÇÃO

A escola precisa buscar qualidade na educação, para isto é preciso atender

necessidades presentes e futuras dos educandos. Neste sentido, é preciso

melhorias contínuas em todas as áreas relacionadas ao ensino, avaliando se os

objetivos foram atingidos, estabelecendo novas metas, no entanto, enfrentando

sempre os desafios com serenidade e perseverança.

A partir deste pensamento que surge a ideia de escola inclusiva, onde todas

as pessoas devem ir às escolas, porém devem ser atendidas da maneira correta,

portanto dentro do novo paradigma da educação existe o desafio da construção de

uma escola capaz de atender estas diferenças.

Para viver um processo de implantação da proposta inclusiva é necessária a

preparação dos profissionais para atuar neste contexto escolar. Na opinião de

Marquezine (2006, p. 26) “[...] espera-se que um professor consiga promover

mudanças em seus alunos quando eles são inseridos em atividades de ensino,

planejadas para produzir aprendizagens de conteúdos da educação escolarizada”.

Em razão destes novos discursos a respeito da educação inclusiva, a escola,

vem passando por um processo de transformação conceitual, procedimental e

atitudinal. Porém a gestão escolar, muitas vezes, não está preparada para receber

e atender os sujeitos com necessidades específicas de aprendizagem, decorrente

da falta de formação ou capacitação para atuar junto a esses indivíduos (SPERONI,

2010).

Para Sá (2002) a educação das pessoas com necessidades especiais tem

sido objeto de preocupações e constitui um sistema paralelo de instituições e

serviços especializados, onde a inclusão desponta como um ideal utópico e inviável.

A autora ainda salienta que o sujeito com deficiência é um "aluno especial", e suas

necessidades específicas exigem recursos, equipamentos e níveis de

especialização definidos de acordo com a condição física, sensorial ou intelectual.

Esta nova realidade escolar da atualidade afirma Denari (2005) tem como

base de construção a aceitação de que todas as pessoas são diferentes. Para isto, a

educação deveria ter como premissa, educar para respeitar as peculiaridades e

idiossincrasias das diferenças culturais evitando-se possíveis desigualdades; educar

para proporcionar igualdade de oportunidades; educar para a mundialidade, sem

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separar a ética da responsabilidade individual e coletiva; educar para uma sociedade

mais justa, mais livre e mais humana. Portanto, é preciso educar para superar as

abordagens que deixam de questionar as relações de poder nos processos de

diferenciação que levam a desconsiderar e a distanciar as diferenças dentro do

contexto educacional e a construir uma escola onde prevalecem sentimentos de

discriminação, de preconceitos, de crenças distorcidas e de estereótipos.

De maneira bem sucinta Miranda e Marquezine (2011) resumem a proposta

de uma educação inclusiva, onde a escola é solicitada no sentido de alcançar uma

resposta educativa comum e diversificada ao mesmo tempo, que seja capaz de

proporcionar a todos os educandos uma cultura comum, sem, contudo, desrespeitar

as suas especificidades peculiares e necessidades individuais. As autoras

complementam que é uma tarefa particularmente desafiadora.

No processo de inclusão, é papel da escola se adaptar às condições dos

alunos e não os alunos se adaptarem ao modelo da escola. O autor ainda comenta

que a inclusão exige ruptura no atual sistema educacional, pois estabelece o acesso

à escola sem discriminações, sem excluir ninguém do infinito significado do conceito

de educar. “Essa postura ainda será mais ética se superar o falar e o decidir pelo

outro, comportamento tão comum nas práticas sociais que envolvem pessoas

diferentes” (MACHADO, 2002, p. 114).

Diante destes aspectos o presente estudo, se justifica pela sua contribuição

para a garantia do cumprimento da função social da escola – a de socialização dos

saberes acumulados historicamente pela humanidade e de formação de valores e

atitudes voltados para o exercício pleno da cidadania.

A realização deste estudo foi possível via o PDE – Programa de

Desenvolvimento Educacional que é uma política pública do Estado do Paraná

regulamentado pela Lei Complementar nº 130, de 14 de julho de 2010 que

estabelece o diálogo entre os professores do ensino superior e os da educação

básica, através de atividades teórico-práticas orientadas que possibilita o

afastamento do professor da sala de aula para a produção de conhecimento e

mudanças qualitativas na prática escolar da escola pública paranaense.

O objetivo deste trabalho foi conhecer como a gestão escolar do Colégio

Estadual Pe. Wistremundo Roberto Perez Garcia esteve realizando a inclusão dos

alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular.

Para atingirmos nosso objetivo seguimos os seguintes passos: análise de

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artigos e publicações que trataram dos conceitos de inclusão escolar, flexibilização e

adaptação curricular, e realização de uma pesquisa de campo através de entrevistas

para descrever a realidade atual Colégio Estadual Pe. Wistremundo Roberto Perez

Garcia em relação à inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais

em salas regulares.

No próximo item apresenta-se a discussão sobre os resultados das análises

dos artigos e da pesquisa de campo.

1. A INTERVENÇÃO

Para verificar como a escola está trabalhando o processo de inclusão dos

alunos em classe comum optou-se por dividir o desenvolvimento deste trabalho em

quatro itens que foram desenvolvidos com duração de 64 horas: construção de

conceitos de inclusão, flexibilização e adaptação curricular; realidade da escola em

relação a inclusão; capacitação dos professores e equipe pedagógica em relação ao

processo de inclusão, e resultado da pesquisa de campo. Os resultados destes

trabalhos serão descritos a seguir:

1.1 CONSTRUÇÃO DE CONCEITOS DE INCLUSÃO ESCOLAR,

FLEXIBILIZAÇÃO E ADAPTAÇÃO CURRICULAR

A primeira unidade teve como objetivo a construção de conceitos de inclusão

escolar, flexibilização e adaptação curricular e foi desenvolvida através de uma

pesquisa nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial, na Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e alguns autores que fazem referência ao

tema em seus trabalhos.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial (BRASIL,

1998) traz o conceito de educação inclusiva que implica em uma nova postura da

escola regular, quanto a propor, no projeto político pedagógico, no currículo, na

avaliação e nas estratégias de ensino, ações que favoreçam a inclusão social e

práticas educativas que atendam a todos os alunos. “Isto significa que as escolas

devem estar preparadas para acolher e educar a todos os alunos e não somente aos

considerados educáveis” (SANCHEZ, 2005). O artigo 2º das Diretrizes Nacionais

para a Educação Especial na Educação Básica orienta:

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Os sistemas para a prática da inclusão devem matricular a todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando às condições necessárias para uma educação de qualidade para todos (BRASIL, 2001, p. 03).

A inclusão pretende assegurar uma educação de qualidade para os alunos,

favorecendo a relação entre os alunos com necessidades educacionais especiais

com todos os sujeitos envolvidos em seu processo de aprendizagem, assegurando

assim, o acesso desse aluno e, também, dando o suporte necessário para atender

suas necessidades de aprendizagem, bem como a atuação dos profissionais

envolvidos nesse processo (MIRANDA; ROCHA; SANTOS, 2009).

Para Fávero (2009) a Inclusão em educação é um processo de

transformação de valores em ação, que necessita de práticas e serviços

educacionais, e sistemas e estruturas que incorporam esses valores. Os autores

ainda comentam que é possível especificar alguns deles, pois fazem parte integral

de nossa concepção de inclusão; outros se identificam com um razoável grau de

certeza, baseados no que aprendemos com as experiências. Porém, a inclusão só

poderá ser totalmente compreendida quando seus valores fundamentais forem

exaustivamente esclarecidos em contextos particulares.

A inclusão é o processo de inserção de pessoas com deficiência nos âmbitos educacional e social. O espaço para o início desse processo é representado pela escola. As políticas públicas garantem essa implantação baseada em Leis que permitem e incitam a luta pela igualdade de oportunidades e pelo direito à educação para todos (LOPES, 2008, p.8).

Para viver um processo de implantação da proposta inclusiva é necessária a

preparação dos profissionais para atuar neste contexto escolar. Na opinião de

Marquezine (2006, p. 26) “[...] espera-se que um professor consiga promover

mudanças em seus alunos quando eles são inseridos em atividades de ensino,

planejadas para produzir aprendizagens de conteúdos da educação escolarizada”.

Neste sentido, Marquezine, Almeida e Tanaka (2003) comentam que à

questão da escolha do currículo dos cursos de formação de professores, voltado

para o atendimento à inclusão escolar e a diversidade dos educandos, deve levar

em conta o processo de seleção, de decisões acerca de quais conhecimentos e

saberes serão selecionados e passarão a constituir o currículo. No entanto, os

autores acrescentam que é preciso investir também na formação de um professor

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criticamente comprometido, que compreenda e valorize a diversidade cultural dos

seus alunos.

Para efetivar a inclusão escolar é preciso promover adequações, adaptações

ou flexibilizações curriculares, pois é uma rica oportunidade de valorizar a

diversidade presente na sala de aula. Isto é o que preconiza a Lei de Bases e

Diretrizes da Educação em seu artigo 59 quando afirma que esse processo requer

planejamento, reflexão e mudanças de paradigmas para assegurar, aos alunos

portadores de necessidades especiais “currículos, métodos técnicas, recursos

educativos e organização específica que atenda suas necessidades” (BRASIL,

1996).

Fernandes (2006, p.27) aponta: “[...] a ideia é que a flexibilização/adaptação

seja uma prerrogativa para a celebração das diferenças em sala de aula”. Tais

ações mostram as possibilidades educacionais de atuar diante das dificuldades de

aprendizagem que os alunos enfrentam na sala de aula, mesmo aqueles que não

apresentam diagnóstico que indique uma deficiência.

Sobre esse aspecto Pletsch (2009) afirma que, embora o conceito de

flexibilização e adaptação e mais recentemente de adequação curricular mereça

maiores análises críticas, também é possível vê-lo como uma possibilidade de

reestruturação do currículo comum nacional prescrito para todos os alunos, que

agora também está dirigido para os alunos com necessidades educacionais

especiais representa um avanço para o processo de escolarização desses sujeitos.

As adequações curriculares para atender as necessidades especiais do

aluno estão amparadas pela Lei 9394/96 em seu Art. 59º: “Os sistemas de ensino

assegurarão aos educandos com necessidades especiais, currículos, métodos,

técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas

necessidades” (BRASIL, 1996, p. 24).

No entanto Lopes (2010) argumenta que flexibilizar, adaptar, adequar,

diferenciar ou diversificar ou qualquer outro termo que venha ser acrescentado na

intenção de acessar caminhos para que o aluno com deficiência tenha sucesso ao

ser incluído na escola regular quer nas estratégias, nos métodos, nos recursos, nas

formas e quer ainda nos instrumentos de avaliação não pode significar simplificação

do currículo, mas, sim, a garantia de que suas necessidades serão atendidas em

nível de igualdade com os demais companheiros da sala de aula.

Esta análise possibilitou visualizar que atualmente, há uma grande demanda

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social para que todas as crianças sejam incluídas na rede de ensino regular. Para

isto, é preciso a sociedade estar preparada para receber as crianças especiais e

tratá-las com os mesmos direitos que os demais, sem discriminação. Em relação à

escola é preciso Flexibilização e Adaptação Curricular.

1.2 REALIDADE DA ESCOLA EM RELAÇÃO À INCLUSÃO

A segunda unidade teve como objetivo identificar a realidade da escola em

relação ao processo de inclusão dos alunos na classe comum, e foi realizada

através de uma pesquisa no Projeto Político Pedagógico do Colégio para Identificar

a realidade da instituição a em relação ao processo de inclusão dos alunos na

classe comum.

O Colégio Estadual Pe. Wistremundo Roberto Perez Garcia - Ensino

dagógico e da pesquisa de campo com professores e equipe pedagógica foi possível

identificar a realidade da instituição em relação ao processo de inclusão dos alunos

na classe comum.

A escola, através do respeito aos princípios legais, garante não apenas a

Fundamental e Médio tem como entidade mantenedora o Governo do Estado do

Paraná. Está localizado na Rua Tanzânia nº 110, Parque Ouro Verde, na cidade de

Londrina – Paraná. Oferta o Ensino Fundamental a partir do 6.º ao 9º ano e o Ensino

Médio, e possui Sala de Recursos Multifuncional Tipo I na Educação Básica – área

da deficiência intelectual, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos

funcionais específicos.

Através da observação da rotina escolar, da pesquisa no Projeto Político

Pematrícula e a permanência deste aluno na escola, mas também, garante a

aprendizagem de todos, independente das diferenças individuais inerentes aos

seres humanos.

Diante disto, é realizada, quando necessário, a adaptação curricular a fim de

garantir aos alunos o seu direito constitucional e uma aprendizagem que melhor

auxiliem as suas necessidades e lhes proporcione uma inclusão responsável na

sociedade. Sendo assim, a organização do trabalho pedagógico na escola busca

garantir o direito deste aluno, propondo ações que lhe possibilite a integração no

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contexto escolar, zelando para que ele tenha acesso ao conhecimento respeitando

suas limitações, porém estimulando o seu potencial máximo para que suas

dificuldades maiores sejam superadas.

A escola teve as dependências reformadas, cumprindo-se também neste

Estabelecimento de Ensino, a Lei Federal 10.098/2000 que trata da acessibilidade

aos portadores de necessidades especiais. Para isto, foram construídos rampas e

banheiros adaptados.

Esta reforma está sendo realizada em conformidade com as Diretrizes

Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos do

Paraná, pois de acordo com o documento a gradativa remoção das barreiras físicas

na escola, com a construção ou reforma de prédios; a produção de materiais de

apoio adaptados; a substituição da legislação que normatiza a Educação Especial

são ações previstas com o objetivo da proposição de políticas educacionais que

promovem ingresso, permanência e progresso do aluno com necessidades

educacionais especiais (PARANÁ, 2006).

Um exemplo disso é o parágrafo abaixo:

Entendemos Inclusão, também, como processo de que inclui todos os grupos que sofrem ou sofreram exclusão física ou simbólica e não apenas os que apresentam necessidades educacionais especiais. Pois, há muitos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, que não atingem as expectativas de aprendizagem e avaliação da escola em decorrência de diversas condições (físicas, culturais e individuais.). Insucessos na escola revela que não são apenas alunos com deficiências que apresentam necessidades referentes ao processo de aprendizagem e que devem ser beneficiados com recursos humanos, técnicos, tecnológicos ou materiais diferenciados que promovem a inclusão (PPP, 2011, p. 24).

Neste sentido, o colégio vê a inclusão como um processo de inserção social,

no qual o aluno encontra na escola, um lugar de acolhida. Para isto, parte do

princípio de que todos os alunos podem conviver aprender e participar da

Comunidade Escolar e sociedade. Trabalha conjuntamente, num esforço contínuo

para que as diferenças sejam respeitadas e a diversidade seja uma característica

natural que fortaleça as relações interpessoais e enriqueça as experiências

pedagógicas.

Além disto, a escola oferece aos alunos com necessidades educacionais

especiais duas Salas de Recursos sendo uma no período matutino e outra no

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período vespertino. A avaliação de ingresso na Sala de Recursos é realizada no

contexto do ensino regular pelos professores da classe comum, professor

especializado, pedagogo da escola, com assessoramento de uma equipe

multifuncional externa. O trabalho pedagógico especializado, na Sala de Recursos,

constitui um conjunto de procedimentos específico para o desenvolvimento dos

processos cognitivo, motor, sócio-afetivo emocional, necessários para apropriação e

produção de conhecimentos.

O planejamento pedagógico é organizado e, se houver necessidade,

reorganizado, de acordo com os interesses, necessidades e dificuldades específicas

de cada aluno. A complementação do trabalho pedagógico desenvolvido na Sala de

Recursos se dá através de orientação aos professores da classe comum,

juntamente com a equipe pedagógica, nas adaptações curriculares, avaliação e

metodologia que serão utilizadas no ensino regular, em atendimento aos alunos com

Deficiência Intelectual, deficiência neuromotora, transtornos globais do

desenvolvimento e transtornos funcionais específicos.

1.3 CAPACITAÇÃO DOS PROFESSORES E EQUIPE PEDAGÓGICA EM

RELAÇÃO AO PROCESSO DE INCLUSÃO E SUAS CONCEPÇÕES SOBRE A

INCLUSÃO

Para a discussão deste item partimos do princípio de que através da

formação continuada é possível buscar uma autonomia intelectual e profissional

construída a partir da colaboração, flexibilidade, articulação e interação entre os

envolvidos no processo educativo onde o foco volta-se para a institucionalização e

fortalecimento do trabalho coletivo como meio de reflexão teórica e construção da

prática pedagógica.

No Paraná, a capacitação continuada é viabilizada pela Secretaria de Estado

e Educação/SEED aos professores, equipe pedagógica, e funcionários.

Para os professores e para a equipe pedagógica a formação continuada

desempenha o papel de reflexão permanente de sua prática pedagógica,

contribuindo com a qualificação da ação docente no sentido de garantir uma

aprendizagem efetiva e uma escola de qualidade para todos.

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A reflexão crítica permanente deve constituir-se como orientação prioritária

para a formação continuada dos professores que buscam a transformação através

de sua prática educativa como afirma Paulo Freire (2001 p. 42) “a prática docente

crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o

fazer e o pensar sobre o fazer”.

O trabalho de formação continuada nessa perspectiva inclui também a criação

de espaços e momentos para que se efetive essa prática. Nesse sentido o Colégio

tem organizado seus momentos próprios de formação continuada através de

atividades pedagógicas realizadas no âmbito escolar e previstas no calendário do

estabelecimento; otimização da hora atividade; utilização do Paraná Digital e o

estímulo aos professores para ingressarem no Programa de Desenvolvimento

Escolar (PDE).

Ainda se tratando de formação continuada para professores, esta é

desenvolvida na forma de Grupos de Estudos, Semanas Pedagógicas, Simpósios,

Seminários, Encontros, Jornadas Pedagógicas, entre outros, conforme viabilização

da Mantenedora.

Percebeu-se que a escola oportuniza e incentiva a formação continuada da

equipe escolar. Resta saber se esta formação é desenvolvida sob os aspectos de

inclusão. Portanto, para investigar se os professores e a equipe pedagógica foram

capacitados para o processo de inclusão na escola foi realizada uma pesquisa de

campo através de perguntas para saber a realidade atual da Instituição em relação à

inclusão dos alunos com necessidades especiais em salas regulares.

A pesquisa de campo constou da elaboração de um roteiro com questões semi-

estruturadas, num direcionamento investigativo a respeito dos saberes organizados

pelo profissional, em decorrência de suas experiências com a prática educativa

inclusiva junto a alunos com necessidades educacionais especiais no Colégio. Após

as entrevistas os dados foram analisados para esclarecer a realidade atual da

Instituição em relação à inclusão dos alunos com necessidades especiais em salas

regulares.

Foram entrevistados dois diretores que não possuem especialização em

educação especial e oito professores, sendo que somente dois possuem Pós-

graduação em Educação Especial. Almeida (2008) para que a Inclusão aconteça é

necessário melhorias da qualidade de ensino e salienta a necessidade de formação

dos professores sobre os princípios do ensino inclusivo e sobre os princípios básicos

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ligados à deficiência, para garantirem que as suas atitudes e abordagens não

impeçam crianças com deficiência de ter um acesso igual ao currículo.

Todos os entrevistados informaram que sabem dos direitos dos alunos com

necessidades especiais em relação à inclusão. Porém, se sentem angustiados, pois

não são informados sobre a decisão de incluir e somente são informados quando os

alunos são recebidos e já estão matriculados nas salas regulares.

Em virtude disto, através da análise dos dados obtidos foi possível

perceber que algumas dificuldades ainda são apontadas por professores e equipe

pedagógica na condução do processo de inclusão, tais como: a dificuldade que se

instala, pois não se sentem preparados para encarar essa problemática na escola e,

em especial em sala de aula; a falta de envolvimento da comunidade escolar de um

profissional especializado para orientação na condução desse processo; despreparo

e falta de consciência de algumas pessoas (da comunidade escolar ou não) que a

inclusão não deve acontecer somente no espaço escolar; falta de apoio dos órgãos

governamentais e de políticas educacionais que contemple a realidade escolar com

vistas a fortalecer o processo de inclusão; a forma como vem sendo tratada a

inclusão, pois essa pressupõe uma idéia imprópria frente à realidade escolar; falta

de formação especializada e acompanhamento para os professores e funcionários,

remetendo somente aos formados na área e aos experientes a função de suprir essa

lacuna da educação; necessidade de formação para atender às especificidades;

necessidade de incluir essa formação nos currículos de formação do professor.

3. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES POSSÍVEIS

Através da realização da intervenção, das respostas dos entrevistados e da

leitura do material produzido sobre o assunto durante toda a realização do PDE

algumas reflexões tornaram-se possíveis. Dentre elas, a consideração de que o

importante é que todos os profissionais tenham o conhecimento de que a inclusão é

um processo mundial em crescimento e no Brasil, é amparado por documentos

legais tais como LDB nº 9.394 (BRASIL,1996), Diretrizes Nacionais para a Educação

Básica (BRASIL, 2001), que estabelecem vários níveis diferenciados de ação, no

que se refere à sua natureza política, administrativa e técnica, e que deve ser

paulatinamente conquistada (CARVALHO 1997).

Além disto, o aluno com necessidades especiais de acordo com o Art. 13 da

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Deliberação N.º 02/03 do estado do Paraná têm garantido para a escolarização e

providos pela mantenedora Secretaria de Educação Especial (SEED) quando

necessário, os serviços de apoio por: professor com habilitação ou especialização

em Educação Especial, professor de apoio permanente em sala de aula, recursos

técnicos, tecnológicos, físicos e materiais específicos, salas de Recursos, e centros

de Atendimento Especializado (PARANÀ, 2003).

Portanto, o aluno com necessidades especiais tem direito garantido de um

professor de apoio permanente em sala de aula que, segundo a Deliberação N.º

02/03, deve ser professor habilitado ou especializado em educação especial para

prestar atendimento educacional ao aluno que necessite de apoios intensos e

contínuos, no contexto do ensino regular, auxiliando o professor regente e a equipe

técnico-pedagógica da escola. Com isto, pressupõe-se um atendimento mais

individualizado, subsidiado com recursos, técnicos, tecnológicos e/ou materiais,

além de códigos e linguagens mais adequadas às diferentes situações de

aprendizagem.

Neste sentido, a escola conta com uma equipe de apoio capaz de auxiliar os

professores, funcionários e equipe pedagógica a fazer estes ajustes relacionados a

Inclusão. No entanto, seria conveniente que o colégio pudesse dispor de ampliação

do serviço de apoio especializado a esses alunos, participando de projetos

promovidos pela comunidade e pelo Estado e, contando com professores

especialistas na área. Essa equipe poderia realizar atividades na escola buscando

envolver toda comunidade, seja ela escolar ou familiar no processo de inclusão.

Esta sugestão está sendo feita em conformidade com as Diretrizes

Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos do

Paraná quando afirma que a Secretaria de Educação deve oferecer elementos ao

professor e equipe técnico-pedagógica das escolas para atender aos alunos com

necessidades educacionais especiais. Sendo assim serão oferecidos serviços e

apoios educacionais especializados que formam a rede de apoio da Educação

Especial que oferece respostas educativas às dificuldades de aprendizagem

apresentadas pelos alunos com necessidades educacionais especiais (PARANÀ,

2006).

Independente dos cursos oferecido pela SEED Paraná é importante que a

escola busque parcerias com a Universidade Estadual de Londrina ou outras

instituições a fim de contribuir com a capacitação destes profissionais que fazem

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parte da escola, devendo, portanto, treinar professores e funcionários para esta nova

realidade, através de palestras, oficinas ou trocas de experiências entre

profissionais. Isto é extremamente necessário, pois transmitir informação,

conhecimento, desenvolver habilidades e incentivar atitudes vai contribuir de forma

efetiva para a que as diferenças estejam presentes em sala de aula.

Outra sugestão é que o coletivo de professores e profissionais de apoio deve

participar na definição dos objetivos, regras e prioridades que vão definir o projeto

pedagógico, e, a partir dele, buscar a articulação com pais e alunos. Assim, todos os

que participam direta ou indiretamente do desenvolvimento do trabalho educacional,

estarão incluídos na escola.

Sendo assim, a luta é contínua e eterna, busca-se sempre o

aperfeiçoamento e melhoria, porém é conveniente sempre lembrar que a Inclusão é

um processo e como tal não tem um fim, mas sim continuidade.

É consenso que buscar qualidade na educação é atender todas as

necessidades presentes e futuras de todos os alunos. Assim faz-se necessário

trabalhar por melhorias em todas as áreas relacionadas ao ensino, avaliando

sempre o que está sendo realizado, estabelecendo novos objetivos e enfrentando os

desafios com serenidade e perseverança.

O processo da inclusão de todos os alunos está nos princípios norteadores

das ações da SEED e são debatidos por profissionais da educação na construção

de diretrizes curriculares que apresentam uma linha condutora da universalização ao

acesso à escola pública e gratuita para todos.

Pensando por esta ótica o processo de inclusão faz parte da gestão

educacional democrática. Sendo assim, o Colégio Estadual Pe. Wistremundo

Roberto Perez Garcia está se preparando através de uma gestão inclusiva para

receber e atender os sujeitos com necessidades específicas de aprendizagem de

maneira adequada. Porém o que devemos entender é que a estrutura física está adequada,

porém a maioria dos professores, equipe pedagógica e funcionários ainda se sentem

incapacitados para a inclusão. Assim, na maioria das vezes expressam que

pretendem trabalhar a inclusão e a diversidade em seu contexto, mas sentem que

poderiam ampliar e melhorar esse atendimento.

Contudo, o processo de inclusão e a capacitação devem ser conjuntas,

pois caso contrário demorará ainda mais para ocorrer.

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A capacitação dos docentes é uma condição necessária e fundamental

para desenvolver um atendimento especializado no ensino regular para que

aconteça o real atendimento à diversidade e a inclusão. No entanto, para o sucesso

da inclusão dos alunos com necessidades especiais são necessários mudanças de

atitude e de concepção em relação ao atendimento educacional desses sujeitos,

como também, na construção de pensamentos e ações que incluam

verdadeiramente todos na sociedade, onde a diversidade seja respeitada e

compreendida como característica do ser humano.

As escolas devem dar o primeiro passo para que o processo faça parte da

realidade da escola. A principal medida deve ser aceitar estas matrículas e depois

buscar apoio e suporte baseados na legislação. Tendo assim condições básicas

para o atendimento destes alunos.

A democratização da escola pública pode ser pensada com base na

expectativa de que a gestão contemple os interesses e as necessidades coletivas e

universais, vinculada a um processo social mais amplo de organização de uma nova

sociabilidade. Para isso é preciso que haja a compreensão de que a escola é um

espaço permeado pelas contradições e conflitos presentes nas relações sociais e o

objetivo deste processo é a formação de um cidadão capaz e competente de atuar

em nossa sociedade.

Para a inclusão dar certo é necessário compromisso técnico e político dos

governantes, dos pais, familiares, professores, profissionais, todos os membros da

sociedade, pois o processo de inclusão educacional exige planejamento e mudanças

sistêmicas político-administrativas na gestão educacional, que envolvem desde a

alocação de recursos governamentais até a flexibilização de currículos.

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REFERÊNCIAS

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