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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A GESTÃO DE COMPETÊNCIA EM EMPRESAS DE
PEQUENO E MÉDIO PORTE: UMA ABORDAGEM
CONCEITUAL.
Por: Nelson Benatti Assaid
Orientadora
Profª: Adélia Araújo
Rio de Janeiro
2008
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A GESTÃO DE COMPETÊNCIA EM EMPRESAS DE
PEQUENO E MÉDIO PORTE: UMA ABORDAGEM
CONCEITUAL.
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Recursos
Humanos. Por: Nelson Benatti Assaid.
Rio de Janeiro, Agosto/2008.
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar a Deus. Agradeço
também aos meus familiares, em
especial a minha irmã Léa Mara, aos
amigos e colegas de trabalho.
Agradeço ainda a minha orientadora
Adélia Araújo e aos demais professores
do curso.
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DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia à minha querida
esposa Gracinda que tanto apoio,
dedicação, paciência, carinho, incentivo,
foram fundamentais nessa caminhada,
sempre acreditando em mim até o término
do trabalho.
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RESUMO
A pesquisa consiste em um estudo teórico onde se pretende ampliar
o conhecimento de Gestão por Competência - Conceito e Relevância
relacionada aos componentes “Competências Essenciais”, conceito e
Relevância de Pequena e Micro empresa bem como a relação da Gestão de
Competência com as Pequenas e Médias empresas, onde várias definições e
conceitos apresentados na literatura e por autores e empresários experientes
no assunto foram utilizados.
Baseado em uma pesquisa bibliográfica pode-se identificar e avaliar
as competências essenciais adequadas para uma determinada empresa seja
ela de produção de manufaturas (produtos físicos) ou prestadora de serviços.
Pretende-se, portanto, com base nos conceitos “Competências
Essenciais”, apresentar e se possível sugerir aqueles de maior importância
para uma organização de pequeno e médio porte do setor de prestação de
serviços.
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METODOLOGIA
Para a elaboração deste trabalho foi realizado um estudo teórico,
onde bibliografias atuais e documentos públicos disponíveis foram utilizados.
Foram levantadas as Competências Essenciais de forma geral e
posteriormente foram apontadas aquelas de maior relevância para o setor em
questão. A metodologia utilizada foi baseada em publicações dos autores GIL
(2002), APPOLINÁRIO (2006) e VERGARA (2004).
Uma pesquisa qualitativa foi realizada, onde dados conceituais, com
base em dados práticos, foram analisados e sua aplicabilidade em empresas
prestadoras de serviços de pequeno e médio porte foi verificada.
Com base nos objetivos gerais foi elaborada uma pesquisa
exploratória, para aprimoramento de idéias e da necessidade de se obter
melhores conhecimentos a respeito da variável Competência Essencial.
A pesquisa é um estudo de caso, visto se referir a empresas
prestadoras de serviço de pequeno e médio porte.
Para a realização da pesquisa qualitativa, uma busca de referencias
bibliográficas em sites da Internet, bibliotecas universitárias, em livrarias e uma
busca de dados específicos de gestão em sites de empresas de manufaturas e
prestadoras de serviços foram efetuadas. Assuntos relevantes e de interesse
específico para este estudo foram separados e uma análise com foco em
empresas prestadoras de serviços foi realizada.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
8
CAPÍTULO I -
Gestão por Competência: Conceitos Fundamentais . 10
CAPÍTULO II -
Pequenas e Micro Empresas: Conceitos e
Relevâncias.
19
CAPÍTULO III -
Gestão de Competência na Pequena e Média
Empresa: Relevância no Setor de Serviços.
29
CONCLUSÃO
38
BIBLIOGRAFIA
40
8
INTRODUÇÃO
As empresas, considerando seus objetivos e necessidades, precisam
identificar e/ou definir as competências essenciais capazes de assegurar o
desempenho eficaz e pleno da organização. Conhecer o conceito de
Competência Essencial e avaliar sua aplicabilidade em uma empresa pode
trazer ganhos importantes em termos de gestão estratégica de pessoas.
Pretende-se, neste trabalho, e com base nos conceitos estudados de
Competências Essenciais, apresentar e sugerir os de maior importância para
uma Organização de pequeno e médio porte do setor de prestação de serviços.
As avaliações produzidas por esse estudo são de grande interesse
para os representantes das empresas do setor de prestação de serviços, onde
a gestão de competência está sendo foco de grandes mudanças e se
apresenta como uma boa alternativa de melhorar a eficiência dos serviços
prestados.
Por se tratar de um setor com grandes deficiências em relação aos
serviços prestados, a Gestão de Competência se faz necessária para permitir
uma melhor credibilidade do setor, uma vez que poderá apresentar uma maior
eficiência e pessoas com maior satisfação com seu trabalho.
Pretende-se identificar as Competências Essenciais mais adequados
para uma empresa atuante no setor de prestação de serviços. Ampliar o
conhecimento sobre Gestão por Competência e a obtenção de conceitos e
definições são necessários para se ter clareza do assunto, o que possibilitará
uma maior eficiência na identificação e na avaliação das variáveis em questão.
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A importância de um bom atendimento ao público/cliente, da
eficiência neste atendimento e da qualidade dos serviços prestados, inclusive
feedback, é bastante conhecida, mas para atuar como gestor é necessário
adquirir embasamentos teóricos e práticos de Gestão de Competências que
auxiliam a implantação de melhorias no setor. Da mesma forma, a eficiência do
funcionário em relação à tarefa por ele efetuado envolvendo conhecimento do
protocolo do serviço prestado (onde se tem conhecimento do que é exigido, de
como deve ser realizada a tarefa, do prazo de conclusão do serviço e da rotina
para sua execução) e a ampla divulgação e comunicação dos serviços
oferecidos e das ferramentas utilizadas (Internet, jornais, revistas, etc) são
fatores que devem ser avaliados.
No capítulo I foram apresentados os conceitos gerais sobre Gestão
de Competências e formas de Gestão de Recursos Humanos. Conceitos de
micro empresa e de empresas de pequeno e médio porte, do setor, de
prestação de serviços, juntamente com as características gerais relevantes
destas empresas foram abordados no capítulo II. No capítulo III foi apresentada
a relação entre as competências essenciais e as empresas de pequeno e
médio porte prestadoras de serviços.
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CAPÍTULO I
Gestão por Competência: Conceitos Fundamentais
O conhecimento é, ao lado da terra, do trabalho e do capital, o quarto
fator produtivo. O fluxo do conhecimento precisa ser administrado como
prioridade, sendo um processo criterioso, planejado, e saber o que se faz
necessário para o conhecimento é de grande importância (BOOG, 1999).
É necessário fazer uma triagem e separar o conhecimento relevante
do conhecimento residual, levando a ter um ferramental de administração.
Ter competência de conhecimento compreende estar atendo e
preocupado com a organização do conhecimento que circula à nossa volta,
garantindo a estabilidade da instituição e perpetuando o saber relevante ao
alcance cada vez mais de pessoas (comunicação em massa).
Aparentemente não há mais lugares isolados no mundo. Vive-se uma
época de aproximação cultural (globalização – transmissão de dados via
satélite, telefonia móvel, turismo acessível, produtos importados circulando,
carros, cosméticos, alimentos, eletroeletrônicos, etc). Esses contratos trans ou
interculturais mudou o cotidiano dos dirigentes, deixando de ser uma opção. O
interculturalismo não está somente nos indivíduos de outras culturas, mas se
encontra presente também nos produtos, e no conhecimento gerado por outras
culturas. O mundo moderno acelerou essa aproximação e a competência
intercultural é um fator determinado no novo perfil de dirigente.
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Segundo BOOG (1999), competência intercultural pressupõe um
contínuo esforço em aparar busca incessante e comprometida com o novo.
Preferencialmente, mas não necessariamente fora de seu país de origem,
tendo o comprometimento com a alta qualidade na convivência com a outra
cultura.
A gestão do conhecimento e a gestão por competência, são grandes
desafios. O desafio é estar permanentemente atento às transformações
exigidas pelo mercado, pela qualidade, pensar no social, ou seja, estar atento
ao bem estar do cidadão. O desenvolvimento do dirigente deve estar pautado
nesse caminho, deve ser dar ordens e passa a ter a função de facilitador, onde
sua atuação está voltada ao cliente, e ter como autodesenvolvimento o
aprendizado permanente.
Quem vai fazer a diferença são as pessoas. Nesta sociedade em que
se vive aceleradamente, onde mudanças constantes acontecem, o individuo
tem como obrigação permanente a buscar pelo seu desenvolvimento
(competência individual). Neste momento de transição o individuo precisa
pensar longe, adiantar-se.
Segundo BOOG (1999), no mundo do trabalho, é exigido do
profissional dos novos tempos características pessoais tais como: competência
interpessoal, autoconhecimento; equilíbrio emocional, flexibilidade; facilidade
de adaptação, bom humor; ser positivo, automotivado; ser autogerenciável,
autoconfiante; ser determinado e criativo e ter incentivo próprio no trabalho.
Quanto ao nível de formação, o profissional deve apresentar um
maior nível de escolaridade, isto é, ser generalista, ter educação permanente,
ter excelente expressão oral e escrita, dominar idiomas e informática. O
profissional deve ainda ter atitudes éticas, ser um empreendedor /
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multifuncional, ter boa visão de futuro e projeto de vida, ter gosto pelo que faz,
saber trabalhar em equipe e ter boa rede de relações (BOOG, 1999).
Cuidar da imagem, da saúde, da aparência, e saber administrar
tempo, dinheiro e carreira também devem ser priorizados pelos profissionais
dos tempos atuais. No mundo globalizado, é encontrado e entendido como
competências fundamentais o relacionamento, saber lidar com a diversidade,
saber equilibrar vida pessoal e profissional, ter bom humor, dispor de uma
inteligência emocional, ser ético acima de tudo, ter caráter empreendedor, ser
criativo e inovado sempre.
WEBTER (1981, pg. 63) define como competência fundamental a
”qualidade ou estado de ser funcionalmente adequado ou ter suficiente
conhecimento, julgamento, habilidades ou força para uma determinada tarefa”.
Pode-se entender que o conceito de competência está relacionado à
tarefa e o conjunto de tarefas pertinentes a um cargo. O trabalho hoje não é
somente um conjunto de tarefas inerentes ao cargo, mas está associada à
competência que o individuo possui e utiliza no seu dia a dia (situação
profissional tão mutável e complexa).
Segundo FLEURY et al. (2001), os verbos mais empregados para
definir competência são: saber agir, mobilizar recursos, integrar saberes
múltiplos e complexos, saber aprender, saber engajar-se, assumir
responsabilidades, ter visão estratégica, levando-se para as organizações valor
econômico e para o indivíduo um valor social. Para os autores, uma
competência essencial está associada ao domínio de qualquer estágio do ciclo
de negócios.
Para ser considerada uma competência essencial, o conhecimento
deve levar a um sistemático processo de aprendizagem que envolve
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descobrimento, inovação e capacitação de recursos. É através dos processos
de aprendizagem que a organização desenvolve as competências essenciais
para realização de suas estratégias de negócio.
Competência é também a capacitada de combinar, misturar e
integrar recursos em produtos e serviços.
Como se verifica nos dias de hoje, e como apresentado em FLEURY
et al. (2001), é importante ressaltar que a noção de competência que agrega
valor econômico à organização e valor social ao individuo, levando a
desenvolverem competências essenciais, está na verdade, permitindo
investimento em si mesmo, como cidadãos organizacionais, e cidadãos do
próprio país e do mundo.
Nas empresas, nas escolas e na sociedade em geral, nota-se nos
últimos anos, que a discussão e o debate sobre competências têm crescido
bastante, principalmente no âmbito educacional, frente às exigências de
competitividade, produtividade e inovação do sistema produtivo.
Atualmente utilizam-se novos modelos de gestão, onde as
organizações exigem dos trabalhadores a realização de diferentes tarefas,
portanto, as empresas fortalecem a capacidade de um aprendizado contínuo
de seus trabalhadores. A gestão de recursos humanos hoje busca o
trabalhador multifuncional.
Não são quaisquer conhecimentos que interessam para a
competência, e sim conhecimentos que colaboram para o trabalho de alguém,
melhorando seu desempenho e que pode ser medido e desenvolvido por
treinamento.
14
Para RETOUR (2001, apud ROCHA et al. (2005, pg. 41)), a gestão
de competência é dificultada por dois aspectos:
“(a) falta de unanimidade quanto a conceitos e práticas adequadas
relacionados à gestão de competências, e (b) complexidade
demonstrada pela prática, inerente a tais sistemas, caracterizados
pelo surgimento de problemas recorrentes, como a avaliação das
competências e as formas de reconhecimento individual versus
coletivo”.
Ainda, segundo HIRATA (1994, apud ROCHA et al. (2005, pg.
41)):
“as qualificações exigidas no modelo produtivo, contrastariam com a
lógica Taylorista, medida em que se exigiriam do trabalhador
capacidade de pensar, de decidir, de ter iniciativa e
responsabilidade, de fabricar e consertar, de administrar a produção
e a qualidade a partir da linha, isto é, ser simultaneamente operário
de produção e de manutenção, inspetor de qualidade e engenheiro”.
Podem-se encontrar vários conceitos de competências, dentre eles,
destaca-se (FISHER e FLEURY, 1998, pgs. 8 a 10):
“... é a capacidade de apreciar e julgar certas questões ou realizar
determinados atos” (LINGUAGEM JURIDICA – ÌDADE MÉDIA);
“... é a capacidade de realizar determinado trabalho”
(RENASCIMENTO);
“... habilidades necessárias para o exercício de atividades
específicas” (TAYLORISMO);
“... é uma característica subjacente de um indivíduo que resulta em
desempenho efetivamente superior em um dado cargo” (G. O KLEM
– DÉCADA DE 50);
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“... é o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que têm
mostrado causar ou predizer desempenho excelente” (HAY/McBER);
“... é o conjunto de conhecimentos, habilidades, tecnologias,
sistemas físicos, gerenciais e valores que geram diferencial
competitivo para a organização” (PRAHALAD & HAMEL, 1990);
“... conjunto de conhecimentos, habilidades e experiências que
credenciam um profissional a exercer determinada função”
(MAGALHÃES et al., 1997);
“... é o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes
interdependentes e necessárias à consecução de determinado
propósito” (DURAND, 1998);
“... um saber agir responsável e reconhecimento, que implica
mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades
que agreguem valor econômico à organização e valor social ao
indivíduo”. (FLEURY, 2000).
Competência também é a capacidade de transformar conhecimentos,
habilidades e atitudes em resultados (FLEURY et al., 2001).
Como apresentado em FISHER e FLEURY (1998), a curva de Pareto
mostra que 80% dos resultados são gerados por apenas 20% dos seus
agentes. Analisando a relação de causa e efeito, depara-se com os seguintes
resultados:
- 20% dos vendedores de uma empresa geram 80% das vendas;
- 20% dos vendedores de uma empresa obtem 80% dos melhores
negócios;
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- 20% dos produtos rurais de qualquer cidade ou cooperativa do país
geram 80% das produções;
- 20% dos alunos de uma classe são brilhantes e 80% vão da média
para o insatisfatório.
Hoje em dia, ao se aplicar, no mundo do trabalho, novas tecnologias
da informação, exige-se cada vez mais qualificação por parte dos
trabalhadores, impondo um novo perfil onde se muda a forma rígida de
trabalho, onde a segmentação de tarefas é substituída por um trabalho mais
flexível, e onde se requer mais integração, criatividade e participação. É exigido
do trabalhador o saber teórico e/ou prático sobre o processo de trabalho e sua
autonomia, exercendo uma variedade maior de tarefas e funções.
Entende-se que o funcionário quanto mais especializado for, se torna
mais consciente da importância de sua qualificação permanente, onde pode ser
encontrado no treinamento um fator motivacional e gerador de aumento de
produtividade e uma melhor capacitação de mão-de-obra para a empresa.
As organizações passam a demonstrar a intenção de estabelecer
vínculos cada vez mais estreitos entre o desempenho humano e os resultados
do negócio da empresa (ULRICH, 1998).
A empresa na competência altera de forma decisiva a teoria
organizacional e estabelece a base de modelo da gestão de pessoas com base
em competência. É com base nos recursos que se pode identificar as
vantagens competitivas de uma determinada empresa (FLEURY, 2001).
17
Segundo ULRICH (1998), para fazer uma organização mais
competitiva, o setor de Recursos Humanos – RH - deve criar valor, obter
resultados e focalizar não apenas as atividades ou trabalhos a serem feitos,
mas também as metas e resultados para, a partir disto, estabelecer os papéis e
atividades dos parceiros da organização.
Nesse contexto de incremento, nas organizações de vantagens
competitivas, tarefas operacionais e burocráticas são transferidas para
empresas contratadas por meio da terceirização, enquanto as atividades táticas
são delegadas aos gerentes de linha em toda a organização, os quais passam
a ser os gestores de pessoas (CHIAVENATO, 1999).
Pelo ritmo acelerado do mundo globalizado, as empresas sabem que
para serem competitivas precisam aprender a gerar conhecimentos (JUNIOR e
CARVALHO, 2003).
As empresas ao passar por processo de transformação e
organizando-se para poder dar respostas mais rápidas e eficazes, aos
problemas ambientais, principalmente aos que se referem à competição e
posicionamento de mercado, investem cada vez mais na adoção de técnicos e
ferramentas de gerenciamento de projeto, sendo uma das principais
preocupações estratégicas nas diversas lideranças empresariais.
Em resumo, onde o conhecimento é fundamental, o que mais
adiciona valor aos produtos e serviços são as atividades inteligentes e não as
rotineiras (FLEURY et al., 2000). Para se obter resultados cada vez mais
expressivos torna-se primordial o desenvolvimento e competências no âmbito
do individuo e da organização.
18
Gerar competências em equipes é um trabalho árduo, que leva
tempo (a longo prazo) e precisou-se de recursos e ter diretrizes bem definidos
e claro.
As competências organizacionais dizem respeito à possibilidade de
individuo ou equipes a conduzirem seus projetos que vão alcançar os objetivos
propostos, levando maior competitividade às empresas (JUNIOR e
CARVALHO, 2003).
HARTMAM e SKULMOSKI (1999) estudaram as competências,
onde incorporam ao seu conceito à existência de um conhecimento especial,
onde habilidades e atitudes influenciam o desempenho de um projeto. Então,
pode-se dizer que competências são características que dão desempenho
superior a um projeto.
FRAME (1999, apud JUNIOR e CARVALHO (2003)) indica três tipos
de competências em gerenciamento de projetos: os indivíduos (se refere às
aptidões e habilidades dos indivíduos na solução de problemas), as de equipes
(se relacionam com a capacidade de resolução de problemas complexas em
contexto multidisciplinar) e as da empresa (se referem à capacidade de criação
de um ambiente que possibilite o envolvimento tanto do individuo quanto das
equipes, a tocarem seus projetos de forma eficaz).
Conceitos fundamentais de gestão de competências são tratados por
vários autores, sob pontos de vista diferentes e percepções distintas, mas que,
em conjunto, contribuem para uma melhor gestão de pessoas, aumentando a
eficiência dos trabalhadores e, conseqüentemente, tornando a empresa mais
competitiva e rentável.
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CAPÍTULO II
Pequena e Micro Empresa: Conceito e Relevância
As micro, pequenas e médias empresas, em decorrência da
globalização e suas imposições, têm buscado alcançar vantagem competitiva
para sua sobrevivência no mercado. Muitas destas empresas procuram
associar-se em redes locais como clusters e arranjos produtivos locais para
enfrentar a concorrência com as grandes empresas (CEZARINO et al., 2006).
KUGLIANSKAS (1996) classifica como pequenas empresas as que
possuem um número de funcionários inferior a 100, incluindo as micros
empresas. As médias empresas são aquelas em que o número de funcionários
está entre 100 a 500.
Para facilitar a comparação entre empresas de países com características
intrínsecas mais intensas, algumas organizações internacionais como a OCDE e o BIT
delimitaram um total de até 100 funcionários por negócios (GONÇALVES, 1994). O
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) classifica as
empresas quanto ao seu tamanho e os critérios variam muito, pois são muitas as
variáveis que podem ser adotadas. Esta classificação é mostrada no Quadro I (Cezarino
et al., 2006).
Quadro I - Classificação SEBRAE sobre porte de empresas brasileiras
Número de funcionários Tamanho relativo
De 1 – 19 Micro empresa
De 20 – 99 Pequena empresa
De 100 – 499 Média empresa
Mais de 500 Grande empresa
Fonte: SEBRAE (2004, apud CEZARINO et al. (2006)).
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As micro e pequenas empresas têm assumido uma importância
crescente na economia. Reduzem o risco de problemas inflacionários,
decorrentes da existência de oligopólios com grande poder sobre o
estabelecimento de preços no mercado (CEGLIE e DINI, 1999).
Os micros e pequenos negócios têm intensificado sua posição
mesmo perante a ausência de apoio proporcional à sua participação
econômica. Nos EUA, respondem por 50% dos empregos e 90% do total de
empresas, na União Européia esse número é de 92% e no Japão de 98%. No
Brasil, representam 70% da força de trabalho e 21% do PIB nacional. Quanto
ao total de estabelecimentos, representam 98% deles (DOMINGOS, 1995).
As micro e pequenas empresas, assim como as médias empresas,
vêm crescendo no Brasil principalmente em atividades de apoio, muitas vezes
como prestadoras de serviços, repassando para empresas de maiores portes
atividades-fim. As áreas onde é encontrado o maior número de micros e
pequenas empresas são: alimentação (63%), transporte (54%), segurança
(46%), construção e montagem (41%) e consultoria organizacional (22%)
(ALVAREZ, 1996). A maioria das mudanças envolvendo também o setor
publicitário, utilizando serviços prestados pelas micro e pequenas empresas
(MPEs), trouxe novo fôlego para estas organizações, permitindo a estas
focarem seu trabalho apenas para atividades principais, deixando as atividades
secundárias a cargo das MPEs.
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As pequenas e médias empresas têm hoje um papel importante no
mundo empresarial. É utilizada como ferramenta de gestão e pode ser usada
como base para as decisões estratégicas utilizadas pelos administradores de
grandes e médias empresas. Surgiu como uma revolução no meio comercial,
tendo possibilidade de bem atender às demandas dos clientes por contarem
com menos burocracias e por melhor se adaptarem às freqüentes mudanças
do mundo atual.
Em países onde há alto desequilíbrio regional, como o Brasil, micro e
pequenos empreendimentos podem desempenhar um importante papel na
descentralização industrial (Gonçalves, 1994). No país, entre 1995 e 2000, a
diferença de contratações e demissões nas micro empresas foi de mais de um
milhão e 400 mil, enquanto nas grandes empresas foi de 29.652 novos postos
de trabalho. Em 2000, 2.161.783 micro e pequenas empresas representavam
93% do total de estabelecimentos empregadores, proporcionando emprego a
26% dos trabalhadores formais. Também em 2000, das 16.016 indústrias
exportadoras, 63,7% eram micro e pequenas empresas, com participação de
12,4% do valor exportado (Cezarino et al., 2006).
Algumas vantagens das pequenas empresas sobre as grandes são
que: é mais simples para as pequenas consolidar e dissolver alianças
estratégicas; conseguem estarem mais próximas do mercado; para as
pequenas é mais simples incorporar novas tecnologias. Essas vantagens de
fatores internos e externos acabam contribuindo para aumentar a capacidade
de sobrevivência das grandes empresas. As pequenas empresas possuem
maior facilidade para envolver seus funcionários no processo decisório e têm
capacidade em absorver novas tecnologias de produção e gestão. A
participação dos funcionários é um dos pré-requisitos dentro da gestão
moderna, onde as pequenas empresas se encontram com condições plenas de
adequação melhores que as grandes empresas.
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O Governo brasileiro incentiva, através de suas instituições, as
pequenas empresas que utilizam novas tecnologias. No ambiente externo, as
pequenas empresas tem facilidades ao estabelecer alianças estratégicas e
maior proximidade de seus mercados, provocam baixo impacto ambiental
obtendo aceitação pelo público em geral e obtém uma imagem institucional
positiva.Tem grande capacidade de voltar o sucesso através de fontes
financiamento, principalmente. A pequena empresa hoje obtém sucesso,
através de fontes de financiamento, principalmente pelos bancos. Não é só no
Brasil que pequenas empresas possuem uma imagem positiva em relação aos
organismos de financiamento. Nos Estados Unidos, a cada dia, elas contam
mais e mais com o apoio dos bancos.
NETO (2000) descreve que as Micro, Pequenas e Médias
Empresas (MPME) normalmente atuam em setores mais tradicionais da
economia, como o comércio varejista e setores de serviços. No setor
manufatureiro, as MPME apresentam uma menor participação. Mais de ¾ das
vendas dos produtos manufaturados e um pouco menos dessa proporção em
termos de emprego industrial cabem às grandes empresas industriais. Ainda
assim, o papel da pequena e média indústria tem-se revelado fundamental
nesse setor, porque desempenham função de fornecedores e subcontratadas
de organizações fabris de maior porte.
Empresas de pequeno porte apresentam flexibilidade na construção
de seus arranjos organizacionais, valorizando a estrutura simples, se
mostrando mais dinâmica, inovadora e sensível às exigências do mercado e
tendo maior possibilidade de prestar atendimento personalizado ao consumidor
(SILVA, 2004). Pode-se ainda dizer que estas empresas apresentam
características próprias na criação de empregos, na disposição das
oportunidades ao empreendedorismo, na capacidade de diversificação de
produtos/serviços e processos, proporcionando assim uma maior
competitividade e facilitando a cooperação.
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Segundo SCHIMTZ e NADVI (1999), e para SCHIMTZ (1995), a
eficiência coletiva gerada num cluster de micro, pequena e médias empresas
influi positivamente no desenvolvimento local ao criar possibilidades de
acúmulo de capital e conhecimento. Os ganhos não resultam necessariamente
da existência de um cluster. Um grupo de empresas que produz produtos
similares em uma mesma região constitui um cluster. Esta concentração
setorial e geográfica em si traz poucos benefícios. A eficiência coletiva resulta
de processos internos das relações entre empresas (NETO, 2000, apud
LACORTE (2007)).
As micro e pequenas empresas se desenvolveram no mundo de
maneira mais contundente a partir da crise do petróleo, em 1973, e da queda
do Muro de Berlim. Havia a necessidade do mundo comercial se tornar mais
hábil e flexível, e a nova ordem mundial permitiu o acesso às informações que
a configuração mundial anterior não possibilitava, isto é, não autorizava o
conhecimento das informações por este fazer parte de estratégias políticas
(LACORTE, 2007).
Dentro de um mundo globalizado, os avanços das telecomunicações
permitiram o advento de inúmeros produtos/serviços e novas formas de
organização e administração que viriam a flexibilizar as relações empresariais,
trabalhistas e comerciais além de minimizar problemas burocráticos. Micros e
pequenas empresas são boas oportunidades para contribuir para a estabilidade
dos países através da capacidade de gerar empregos, renda e movimentação
da economia sem a qual geraria problemas de desemprego e aumento do setor
informal.
Micros e pequenas empresas constituem importantes postos de
trabalho. No Brasil, esse segmento tem importante papel na geração de
empregos, absorvendo a maior parte de mão de obra oriunda das demissões
em massa das grandes empresas, assoladas pelo alto índice de
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desestatização, abertura econômica (globalização) e políticas governamentais
recessivas. Desta forma, através do conhecimento do número de micro e
pequenas empresas, pode se ter um parâmetro do desenvolvimento social e
econômico de um país, onde é importante o surgimento de políticas fiscais e de
créditos que contemplem as micro e as pequenas empresas.
Segundo LACORTE (2007), falar de conceitos de micro empresa e
de empresa de pequeno porte no Brasil, constitui um dos campos mais vagos
de ordenamento jurídico, onde há grande heterogeneidade de conceitos. Os
alemães foram os primeiros a instituir um regime diferenciado para os
pequenos comerciantes, isentando-os de normas relacionadas ao registro
comercial, aos livros de comércio e ao mandato mercantil. De forma geral, no
mundo, existem vários conceitos de micro e pequenas empresas devido aos
diferentes critérios de classificação: na França adota-se o critério legal, na
Hungria o da propriedade, na Alemanha distingue-se entre indústria e ofício, no
Japão diferencia-se quanto à empresa independente ou subordinada, e nos
países da Comunidade Européia o critério é o número de empregados.
A Legislação Brasileira não define micro e pequena empresa. São
feitas apenas referências a pequenas e micro empresas para fins de
concessão de benefícios, levando em conta o porte da empresa pelo seu
faturamento bruto - Estatuto da Micro e Pequena Empresa (Lei 9.841 de 5 de
outubro de 1999 regulamentado pelo Decreto 3.474 de 19 de maio de 2000) e
pelo SIMPLES (Lei 9.317 de 5 de dezembro de 1996).
Em 1984, nos últimos momentos da ditadura militar, foi promulgada a
Lei 7.256 de 27 de novembro que instituía no ordenamento jurídico brasileiro a
micro empresa devido à conclusão da necessidade de um tratamento
diferenciado e beneficiário para o setor por meio de um programa de
desburocratização, evidenciado pelo decreto nº 90.414, que dispôs sobre a
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criação e funcionamento do conselho de desenvolvimento das micros,
pequenas e médias empresas (LACORTE, 2007).
Como exposto anteriormente, o Brasil não possuí definições
doutrinárias de micro e pequenas empresas, por isso considerara-se os
conceitos administrativos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas - SEBRAE - e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
Social – BNDES e aquelas amparadas em nossa legislação no SIMPLES e no
Estatuto da Micro e Pequena Empresa.
No Brasil, segundo definição do BNDES feita pela receita bruta ao
ano, considera micro empresa aquelas que possuem um faturamento de até R$
900 mil, pequena empresa aquelas que possuem faturamento de até R$ 7,8
milhões e médias empresas aquelas com receita de até R$ 20 milhões. Pelo
Estatuto da Micro e Pequena Empresa, considera-se como micro as empresas
com receita de até R$ 244 mil, pequenas as de até R$ 1,2 milhão e não faz
referência às médias empresas. Já a Receita Federal classifica as micro
empresas como as que tem receita bruta anual de até R$ 120 mil, pequena
empresas as que tem até R$1,2 milhões e médias empresas as que tem um
limite de R$ 24 milhões. O SEBRAE, valendo-se do número de empregados,
classifica as micros empresas no setor industrial aquelas com até 20
empregados, as pequenas aquelas com até 100 e as médias aquelas com até
500 empregados (LACORTE, 2007).
As pequenas e médias empresas têm grande importância no
cenário mundial. Estas empresas emergem nas economias industrializadas e
nos países em desenvolvimento como motores do crescimento de emprego
devido à flexibilidade e à menor necessidade de capital, gerando novos postos
de trabalho (MOTTA, 2000).
26
No Brasil, o número de pequenos empreendimentos teve um
aumento significativo. Entre 1995 e 2000 o número destes estabelecimentos
passou de 1,73 milhão para 2,16 milhões, isto é, 98,7% do total de empresas
existentes no país. Hoje elas representam um universo de 4,5 milhões de
estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços, e são responsáveis por
48% da produção nacional, 42% do pessoal ocupado na indústria, 80,2% dos
empregos no comércio, 63,5% da mão de obra do setor de serviços e 21% do
Produto Interno Bruto (PIB) (SEBRAE, apud TACHIZAWA (2002)).
Segundo NETO (2007), podendo parecer contraditório, mas no
mundo dominado pelas grandes empresas transnacionais e estatais, sob
regras da globalização, há grandes oportunidades de negócios para as
empresas de pequeno porte (sejam micros, pequenas ou médias empresas -
MPMES). São muitos os nichos de mercado, quer por motivos de rentabilidade
ou de escala, que por motivos de que as grande empresa não se interessam
em participar. Nesses casos, as MPMES podem ocupar o espaço de forma
vantajosa. As MPMES são ainda importantes elementos na cadeia produtiva de
vários setores da economia moderna.
Um mecanismo bastante usado pelas pequenas empresas tem sido
o sistema de franquia (‘franchise’). São exemplos típicos deste sistema as
lanchonetes de ‘fast-food’, lojas de cosméticos e produtos de higiene pessoal,
farmácia, lojas de materiais de construção civil e outros tipos de comércio a
varejo, óticas, agências funerárias, centros educativos e vários outros. Na
economia norte-americana a franquia tem grande importância, proporcionando
cerca de 6 milhões de novos empregos, e 500 mil concessões, correspondendo
um total de vendas em torno de US$ 460 bilhões anuais.
A pequena indústria tem um papel primordial na geração de novas
tecnologias, principalmente nos casos de criação de Incubadoras de Empresas;
dos Parques Tecnológicos, como são os casos do Vale do Silício na Califórnia
27
e a Rota 128 de Massachusetts (Boston) nos EUA; do conjunto de pequenas
firmas de tecnologia de ponta nos arredores de Lyon na França; do desfiladeiro
do Silício na Escócia; dos Centros de Tecnologia de Ponta ao redor de
Cambridge, na rodovia M4 que sai de Londres; e vários outros (LACORTE,
2007). Outra vertente de oportunidades para as MPMES se refere ao fenômeno
de aglomerações (clusters) de empresas atuando em uma cadeia produtiva.
Como exemplo, pode-se citar os calçados de Novo Hamburgo, no Vale dos
Sinos (RS); das cidades paulistas de Franca (calçados masculinos), Jaú
(calçados femininos), Birigui (calçados infantis); e os pólos moveleiros de Bento
Gonçalves e São Bento do Sul (RS).
Inúmeros são os problemas e as dificuldades encontradas palas
MPMES, tanto de ordem financeira - carga fiscal ainda relativamente pesada,
quanto de ordem técnica-organizacional e gerencial. Tais complicadores
precisam ser superados com finalidade de que as MPMES possam se tornar
viáveis e competitivas, face à tendência de globalização das economias
nacionais e regionais, principalmente no caso destas empresas atuarem de
forma isolada em seus respectivos mercados.
Para LACORTE (2007), a criação de micro e pequenas empresas
passou a ser considerado um fator estratégico importante na expansão do
mercado de trabalho mundial, na expansão do crescimento econômico e do
desenvolvimento local / regional, na coesão social e na capacidade de
descobrir empreendedores à margem do universo empresarial. Um trabalho do
SEBRAE, denominado de ‘Temas Fundamentais para as Micro & Pequenas
Empresas’, estabelece uma visão panorâmica a ser dispensado ao segmento
“A CARTA DE BOLONHA“. Chama a atenção para a competitividade das
empresas de menor porte que são beneficiadas por “um ambiente regulatório e
que não imponha exigências excessivas para estas empresas e que favoreça o
empreendedorismo, a inovação e o crescimento. Entre outras coisas, que
também promova a boa governança e credibilidade na administração pública,
28
composta de política ampla e transparente de concorrência, adotando medidas
efetivas anticorrupção e acelerando a implementação de um regime tributário
simples, estável e não discriminatório. É defendida a educação e uma política
de administração de Recursos Humanos de forma a estimular a inovação e a
cultura empresarial (incluindo treinamento e aprendizado contínuo); é
encorajada a mobilidade dos Recursos Humanos reduzindo as disparidades de
habilidades, aumenta a integração entre colegas e a demanda no mercado de
trabalho; é assegurada a efetividade das políticas voltadas para PMEs e sua
consistência com outras políticas nacionais, bem como com programas
internacionais existentes. Ao reconhecer a necessidade de medidas
específicas em favor das empresas de menor porte, o documento “A CARTA
DE BOLONHA”, onde se baseia o trabalho do SEBRAE (‘Temas Fundamentais
para as Micro & Pequenas Empresas’), destaca a necessidade de acesso
efetivo aos serviços de financiamento para iniciar um empreendimento, para
investimento e capital de giro, incluindo instrumentos financeiros para reduzir
os riscos e custos de transação nos empréstimos às micro e pequenas
empresas (LACORTE, 2007).
É evidente o cuidado que o SEBRAE demonstra com as orientações
fornecidas às empresas menores, seja referente a uma política de
competitividade, inovação e crescimento destas empresas, seja quanto às
orientações referentes a investimentos financeiros e de produção.
29
CAPÍTULO III
Gestão de Competência na Pequena e Média Empresa:
Relevância no Setor de Serviços
Entre as empresas de pequeno e médio porte, as competências
essenciais diferem entre as empresas do mesmo ramo. Isso porque , essas
competências criam vantagem competitiva dentro de um setor e identifica-se
que a diversidade de habilidades organizacionais é necessária para que haja o
destaque de uma empresa em relação às concorrentes.
Verifica-se que nas empresas de pequeno e médio porte há um
consenso entre os gerentes intermediários de que grande parte do valor de
uma competência decorre da assimilação e da transmissão de novos
conhecimentos para a organização.
FLOYD e WOOLDRIDGE (1996, pg. 47, apud CARL et al. (2002))
afirmaram que:
“determinados comportamentos entre gerentes de nível
intermediário são essenciais para o desenvolvimento da capacidade
organizacional. É um processo de aprendizado que impele as
organizações a interpretarem o mundo, descobrirem novas
oportunidades de mercado, atentarem para os recursos existentes e
acumularem novos recursos.”
Encontra-se em muitas empresas prestadoras de serviços de
pequeno e médio porte, competências valiosas distribuídas por vários locais
dentro da organização, tais como: conhecimento e habilidades dos
30
funcionários, banco de dados de computador, treinamento, certos incentivos
que promovem o aumento do conhecimento, dentre outros.
Sendo as pequenas e médias empresas de diferentes tipos,
dependendo do setor em que atuam e inseridas em uma rede de firmas, as
pequenas e médias empresas de setores novos buscam mais novas
tecnologias de informação do que se comparadas a setores tradicionais. Por
isso, as pequenas e médias empresas utilizam políticas educacionais e de
treinamento para aumentar a competitividade perante aos concorrentes e
fornecer aos pequenos empresários a capacitação para aplicar essas novas
tecnologias às necessidades de administração da organização.
Ter competência de conhecimento é estar atento com a organização
do conhecimento que circula a sua volta. Sendo assim, as pequenas e médias
empresas têm papel inovador na economia, tendo em vista que apresentam
vantagens comportamentais quanto a sua maior flexibilidade e capacidade de
adaptação a mudanças no mercado.
No setor de serviços prestados, onde empresas de pequeno e médio
porte têm sua maior fonte de renda, é imprescindível oferecer serviços de
qualidade e relacionar seus negócios com parcerias que favorecem seu setor
financeiro.
Os executivos brasileiros, atendendo hoje às pressões por qualidade
e preços baixos, entendem que é no médio e longo prazo que se obtém os
melhores resultados, onde as pequenas e médias empresas consolidam
parcerias, investem principalmente em tempo. Portanto, as pequenas e médias
empresas do setor de serviços prestados tendem a se relacionar como
fornecedores de serviços para as grandes empresas, com foco na qualidade e
na eficiência.
31
A competência intercultural requer um esforço contínuo pela busca e
comprometimento com o novo. Portanto, encontramos nas pequenas e médias
empresas um engajamento maior por parte dos funcionários, levando ao
comprometimento com resultados, eliminando assim a competição interna
comumente encontrada em empresas de maiores portes.
A gestão do conhecimento e a gestão por competência são grandes
desafios a serem atingidos em qualquer organização. Espera-se das pequenas
e médias empresas mais do que seu desenvolvimento, produção e
comercialização de serviços e produtos. É necessário que levem em
consideração repercussões que as atividades podem provocar no consumidor,
no meio ambiente, na saúde e na segurança dos empregados, questões éticas
e elementos de natureza cultural são também fatores primordiais. Os desafios
aos pequenos negócios são menos rigorosos que os impostos aos grandes
negócios, daí seu sucesso garantido se bem administrado.
Os serviços prestados pelas pequenas e médias empresas precisam
ser eficientes e de qualidade para que o trabalho oferecido para outras
empresas seja sempre a ela solicitado. A satisfação do cliente, ou seja, o
consumidor final, é de grande interesse para estas organizações e as
atividades empresariais são trabalhadas de forma que a valorização seja
percebida pelos clientes.
A rapidez no atendimento aos clientes e a capacidade de atender a
demanda no prazo solicitado, muitas vezes, é um grande diferenciador.
Também a diminuição dos custos fixos deve ser visto como um fator
importante.
32
No setor de serviços prestados, onde empresas de pequeno e médio
porte têm sua maior fonte de renda, procura-se oferecer serviços de qualidade
e relacionar seus negócios com outras empresas que favorecem seu setor
financeiro. Oportunidades de empregos, diminuindo atividades informais, e
geração de riquezas advindas de bons negócios fazem com que o surgimento
das pequenas e médias empresas sejam incentivadas no país, mas isto
somente tem sentido se competências essenciais são identificadas e aplicadas
por seus gestores.
As pequenas e médias empresas estabelecem relações mais
estreitas com seus fornecedores e clientes, tendo a possibilidade de agilizar e
otimizar o atendimento aos consumidores de seus serviços, sendo a
competência na realização da tarefa e o incentivo ao conhecimento de novas
técnicas fatores importantes na aceitação do princípio da confiança empresa /
cliente. Portanto, com o foco na qualidade e na eficiência dos serviços
oferecidos, onde o conhecimento, novas técnicas e treinamento de funcionários
contribuem para a boa imagem da empresa, uma organização ,mesmo de
pequeno porte, pode ser bastante rentável se seus gestores tiverem visão da
importância das competências essenciais e aplicarem seus conceitos nas
devidas áreas da organização.
A rapidez no atendimento aos clientes e a capacidade de atender a
demanda no prazo solicitado, muitas vezes, é um grande diferenciador. A
diminuição dos custos fixos deve ser visto como fator importante e próprio
destes tipos de empresas. É sabido que os serviços prestados precisam ser
eficientes e de qualidade para que a parceria empresa / cliente seja duradora.
A satisfação do consumidor final é de grande interesse para qualquer
organização e as atividades empresariais são trabalhadas de forma que a
valorização seja percebida pelos clientes.
33
A busca pela qualidade, através da utilização de competências
essenciais de seus setores e habilidades de seus funcionários, é um processo
irreversível e inquestionável dentro da realidade das pequenas e médias
empresas. As organizações têm que se adequar para não perder a
oportunidade de se firmarem, em um mercado ávido por resultados
qualitativamente melhores. A gestão do conhecimento e a gestão por
competência, dois grandes desafios a serem atingidos, estão ligados à
necessidade de uma empresa estar atenta às transformações ocorridas no
mercado, seja na qualidade de seu produto / serviço ou na forma de pensar
dos seus dirigentes. Gestores atentos no bem estar do individuo, seja este
funcionário da empresa ou cliente, cria empatia das partes possibilitando
melhores resultados para ambos. Nas pequenas e médias empresas, o
desenvolvimento de seus dirigentes, pautado no conhecimento e na eficiência
em relação às tarefas a serem cumpridas, está focado em dar ordens e
apresentar função de facilitador, onde sua atuação está voltada principalmente
para o cliente. A qualidade percebida por este cliente é resultado da forma de
trabalho a ele oferecida, isto é, se eficaz e bem ajustado o serviço oferecido, a
percepção satisfatória do consumidor é retratada.
Nas pequenas e médias empresas é mais fácil encontrar relações
mais profissionais, onde se percebe um maior engajamento por parte dos
funcionários, levando ao comprometimento com os resultados, o que reduz a
competição entre colegas de trabalho e contribui para uma visão interna
globalizada dos negócios da empresa. Em empresas deste porte, incentivo ao
funcionário, seja por técnicas apropriadas de Medida do Trabalho, seja por
simples medidas de satisfação ou pecuniária, conduz para a melhoria na
prestação dos serviços.
Na sociedade onde mudanças constantes estão ocorrendo, o
individuo tem que buscar permanentemente o seu desenvolvimento, isto é, a
busca pela competência individual. Quem vai fazer a diferença são as pessoas.
34
Neste caso o individuo precisa pensar longe, ou melhor precisa adiantar-se. É
nas PMEs que estão as melhores oportunidades de reconhecimento por parte
do empregador. As necessidades de crescimento profissional, quando
identificadas, tendem a ser imediatamente suprida, o que nem sempre
acontece em empresas de grande porte.
Como afirma BOOG (1999), as características pessoais tais como
autoconhecimento, competência interpessoal, equilíbrio emocional, facilidade
de adaptação, flexibilidade, positividade, automotivação, autoconfiança,
autogerenciável, determinado e criativo, é bastante evidente em funcionários
de empresas de menores portes. Se várias destas características não ocorrem,
o funcionário não se enquadra nas aptidões exigidas pela maioria destas
empresa.
Cuidados com a formação profissional e de escolaridade devem ser
tomados. Neste tipo de empresa, ser generalista, ter educação permanente, ter
boa expressão oral e escrita, dominar idiomas e ter conhecimento de
informática é de grande importância se o tipo de atividade a ser realizada
estiver relação com alto nível de conhecimento. Para atividades mais
simplórias, onde tarefas a serem realizadas não exigem maiores
conhecimentos específicos, boa habilidade profissional, juntamente com
presteza, gentileza e alguma formação escolar se fazem necessários.
Nas pequenas e médias empresas por haver um número menor de
funcionários, há mais facilidade em se usar o treinamento, pois entendem que
assumir o compromisso de manter seu pessoal qualificado, gera garantia de
competitividade, renovação de contratos e, com isso, há um ganho em escala e
em capacitação e otimização de custos.
35
Também, como afirma BOOG (1999), o profissional de qualquer
empresa, seja ela pequena, média ou grande empresa, deve sempre ter
atitudes éticas, ser um empreendedor, ter gosto pelo que faz e saber trabalhar
em equipe. Como mencionado anteriormente, o conceito de competência
relacionado com o conjunto de tarefas de um cargo está associado
principalmente com a competência usada pelo individuo no seu cotidiano.
Saber agir e aprender, saber engajar-se e mobilizar recursos,
assumir responsabilidades são competências essenciais bastante eficazes em
empresas de pequeno porte. Tais competências, juntamente com uma boa
visão estratégica, pode levar valor econômico para a maioria das organizações
e valor social para o indivíduo. Tal consideração está em conformidade com o
que apresenta FLEURY et al. (2001).
O conhecimento sistemático, isto é, o processo contínuo de
aprendizagem envolvendo inovação, descobrimento e capacitação de recursos
pode ser considerado uma das mais importantes competências essenciais para
a realização das estratégias de negócio.
Devido a grandes exigências competitivas e de produtividade uma
maior atenção por parte das empresas são direcionadas às competências
essenciais. Tal atenção deve ser cuidadosamente aplicada pelas pequenas e
médias empresas, visto que estas estão inseridas neste mundo cada vez mais
competitivo.
Entre as várias competências essenciais, a gestão de recursos
humanos tem buscado no mercado trabalhadores multifuncionais, isto é
trabalhadores com capacidade de realizar diferentes tarefas, o que fortalece o
aprendizado e o conhecimento. Conhecimentos que colaboram para uma maior
eficiência no trabalho, que proporcionam melhoria no desempenho das
36
atividades e que é desenvolvido por treinamento de pessoas interessam
enormemente para a competência nas empresas de menor porte.
Dentre os conceitos de competências apresentados por FISHER e
FLEURY (1998), podem-se destacar aqueles que melhor se aplicam às
pequenas e médias empresas do setor de prestação de serviços:
- Capacidade de realizar uma determinada tarefa e habilidade necessária
para efetuar atividades específicas;
- Características do indivíduo que resultam em desempenho superior em
um determinado cargo na empresa;
- Conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que causam um bom
desempenho pessoal;
- Conjunto de conhecimentos, habilidades, tecnologias, sistemas
gerenciais e valores agregados que geram um diferencial competitivo para
a empresa;
- Conjunto de conhecimentos, habilidades e experiências que propicia
profissionais a exercerem suas função;
- Conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à
execução de um propósito;
- Agir com responsabilidade e reconhecimento, o que implica em
mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos e habilidades que
agreguem valores econômicos para as empresas e valor social para o
indivíduo.
Por todas as razões apresentadas neste trabalho pode-se ter
idéia da importância da gestão de competência em uma organização e,
principalmente, em empresas de pequeno e médio porte, onde a luta acirrada
por um espaço num ambiente cada vez mais competitivo é evidente. Empresas
deste tipo são mais transparentes e a busca da qualidade dos serviços
37
prestados e da satisfação dos clientes é sempre vista com prioridade, portando
as competências essenciais são sempre aplicadas por seus dirigentes.
38
CONCLUSÃO
A gestão de conhecimento e a gestão por competência são grandes
desafios a serem vencidos pelas empresas. Podemos encontrar vários
conceitos de competência e entender que esses conceitos estão relacionados
à tarefa e ao conjunto de tarefas pertinentes a um cargo.
Através dos processos de aprendizagem é que a organização
desenvolve as competências para realizar suas estratégias de negócios.
Competência agrega valor econômico à organização e valor social ao
indivíduo. Através da Gestão de Competências se pode orientar as ações das
pessoas, construindo uma organização eficaz e eficiente.
No mundo globalizado de hoje, exige-se novas práticas de gestão
dando origem a um novo modelo. Esse novo modelo requer do profissional um
maior nível de escolaridade, ou seja, uma melhor formação permanente, frente
às exigências de competitividade, produtividade e inovação ao sistema
produtivo.
Cuidar da imagem, da saúde, da aparência e saber administrar o
tempo, dinheiro e a carreira, também devem ser priorizados pelos profissionais
de hoje.
As micros, pequenas e médias empresas para terem vantagem
competitividade e sobrevivência no mercado, muitas acabam associando-de
em redes locais como clusters.
Os micros e pequenos negócios desempenham um papel importante
na descentralização industrial, tendo em vista o alto desequilíbrio regional. As
micro, pequenas e médias empresas lideram em setores da economia, como o
39
comércio varejista e serviços, são excelentes oportunidades para os países
promoverem sua estabilidade através de sua capacidade de gerar empregos,
renda e movimentação da economia. Constituem importantes postos de
trabalho no setor de prestação de serviços.
Ao se optar por usar serviços de empresas de pequeno e médio
porte, deve-se pensar em estratégica de longo prazo, evitando expectativas de
resultados a curto prazo, sendo esta um alerta de suma importância a ser
considerada nas decisões das empresas.
Aquela empresa que sabe agir em um ambiente competitivo depara-
se com uma maior capacidade de comercialização e, conseqüentemente, com
maior renda envolvida e tem possibilidade de gerar melhores oportunidades de
emprego. A utilização de serviços especializados oferecidos por empresas de
pequeno e médio porte tem como elementos predominantes a qualidade dos
serviços prestados, a flexibilidade nas transações comerciais e a possibilidade
de formar grandes parceiras nas atividades a que se propõem. As empresas
atentas às gestões de competência tendem a prestar serviços com maior
agilidade e eficiência, onde o sucesso da parceria entre empresas e a
satisfação dos consumidores é quase sempre garantido.
40
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