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A Formação do Reino de Portugal

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A Formação do Reino de Portugal

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O Condado Portucalense

• D. Henrique de Borgonha , umnobre de origem franca(francesa) foi um dos primeirosCruzados  a chegar à PenínsulaIbérica na época daReconquista Cristã e,rapidamente, se destacou nocombate aos mouros.

Na época, era costume os reis cristãos recompensaremestes cavaleiros, atribuindo-lhes, sob certas condições, ogoverno de extensos territórios.

• Desta política beneficioutambém o Conde D. Henrique .

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► D. Henrique recebeu de D. Afonso  VI , rei de Leão umaparte do seu reino – o Condado Portucalense   – casando comuma filha ilegítima do monarca,D. Teresa .

► O novo Conde tinha a seu cargoo governo, a defesa, odesenvolvimento e a expansãopara sul do CondadoPortucalense.

► Senhor do seu território, D.Henrique era, no entanto, umsúbdito , obrigado a prestarlealdade, auxílio e vassalagemao seu legítimo rei, D. Afonso VI.

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► Quando D. Henrique morre em1112, o seu filho Afonso temapenas 4 anos.

► O governo do Condado passa,então, para as mãos de D.Teresa , sua mulher.

► Desde sempre ligada à nobreza 

galega e leonesa , D. Teresacedo se constitui comoobstáculo às aspirações deindependência de parte dasociedade portucalense .

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O País divide-se em dois… 

►D. Teresa, um joguetenas mãos do seuconselheiro ,Fernão Peres de Trava ,com

quem virá a casar ,representa a nobrezamais antiga de origemGalega e Leonesa epretende que ocondado continueligado ao Reino de Leão e Castela .

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►D. Afonso Henriques ,que com 16 anos searma a si próprio

Cavaleiro , na catedralde Zamora, é apoiadopelo povo e pelanobreza portucalensede formação mais

recente e nível maisbaixo, na luta pelaindependência .

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► Também grande parte do

clero , desde sempreresponsável pelaeducação do jovem Afonso, o apoia nestacausa.

De facto, aindependência do Condadosignificava também aindependência da Igreja Portucalense face à Igrejade Leão e Castela e,sobretudo, face ao centroreligioso peninsular queera Santiago de 

Compostela .

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►  A partir de 1128 , com a vitória dos seus partidários sobre os de sua mãe, D.Teresa, no campo de S. Mamede perto de Guimarães, D. Afonso Henriquespassa a governar de facto o Condado Portucalense.

► Depois de pôr em causa a autoridade de seu primo e soberano, o auto-proclamado , Imperador Afonso VII, D. Afonso Henriques vai mais longedesafiando o Papa, ao nomear para Bispo de Coimbra, Pires Çoleima, ummoçárabe.

► Esta atitude atitude custou-lhe a excomunhão.

Batalha de S. Mamede  

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O “ MILAGRE DE OURIQUE  “  

O episódio do “ Bispo Negro “ , isolando ainda mais D. Afonso Henriques a

nível externo , serviu, no entanto, para reforçar à volta do rei a coesão de um

reino que nascia contra tudo e contra todos, mas com” Deus do seu lado”.

Em 1139, a lendária vitória na Batalha de Ourique , alcançada através da

“milagrosa intervenção divina”, ajudará a consolidar o seu prestígio e

autoridade.

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► Depois de D. Afonso Henriquesvencer, em 1137 e 1140 , o seuprimo D. Afonso VII, nasbatalhas de Cerneja e no Torneio Arcos de Valdevez , paraacabar com os conflitos entre os

dois nobres cristãos, porpressão do papa é assinado umTratado da Paz em 5 de Outubrode 1143 na cidade de Zamora .

►  Pelo “Tratado de Zamora , épela 1ª vez reconhecida aindependência do Condado 

Portucalense que, a partir deentão, se passa a chamar Reino de Portugal .

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A luta pela independência foi feita um pouco aos tropeções. Anos antes, em

consequência de algumas incursões militares à Galiza , D. Afonso Henriques, vendo-sesubitamente acossado pelos ataques dos muçulmanos , na eminência de perder os

territórios conquistados a sul, foi obrigado a assinar a Paz de Tui (1137 ) . Um acordo

que era de facto uma rendição . Aí reconheceu novamente, por pouco tempo como era

seu costume, a soberania a D. Afonso VII, rei de Leão e Castela, prestando-lhe a

devida vassalagem.

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► No entanto, o reconhecimentodo Rei e do Reino só seráoficializado e consagrado peloPapa Alexandre III em 1179 ,

através da Bula Manifestus- Probatum 

►  As importantes vitóriasalcançadas por D. AfonsoHenriques sobre os Mouros, a

restauração e construção deIgrejas e Sés, servem paraexplicar, em parte, a atitude doPapa.

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 ► Entre estas datas, em 1160, dá-se

ainda o chamado “Desastre deBadajoz”. 

► D. Afonso Henriques, rompendo astréguas com o seu genro D. FernandoII, rei de Leão, ao tentar conquistar acidade é derrotado e feito prisioneirodepois de partir uma perna .Reza a Lenda ,em resultado de umaeficaz praga que sua mãe lhe teriarogado

. Como resgate, é obrigado a devolver osterritórios conquistados na Galiza.Com o desastre de Badajoz ,terminaram

praticamente as actividades militares deD. Afonso Henriques que passou desdeentão a dedicar-se apenas áadministração do reino.

D. Fernando I I rei de Leão 

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► Todas as épocas reservam apersonagens aparentemente marginaisum papel lendário e pitoresco , queacaba sempre por ser determinante.Pelo menos na imaginação daspessoas de que também é feita a

HistóriaNos tempos de D. Afonso Henriquesninguém encarnou melhor esse papeldo que Geraldo Geraldes “ O Sem -Pavor”. 

Foi a versão portuguesa de EL Cid “

o Campeador “dos tempos de Afonso VI de Castela, igualmente mitificadopelo trabalho que deu aos Mourosagindo por conta própria.

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Tal como Geraldo, “ El-Cid “ chefiava

homens que não estavam ao serviço do

rei, desencadeando acções que este não

controlava mas de que retirava proveito.Afinal o inimigo era o mesmo

“ O Sem- Pavor “,foi em resumo, como

el Cid, um” bandoleiro” ,ou um

“terrorista” , tal como hoje seria visto.

Chefe de outros” fora-da-lei”, que atacavam as populações árabes de

noite, de surpresa e sobretudo com mau

tempo .

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► Por isso ,as tempestades eram a alturacerta.

► Geraldo rapidamente se tornou numprecioso aliado de D. Afonso que após adevastação e pilhagem, tomava ascidades que este lhe deixava. Évora queo elegeu como herói municipal, foi umdos casos.

► Curiosamente “ O sem – pavor “acabaria por morrer às mãos dosmouros para cujas fileiras desertou,como espião, aparentemente às ordensdo rei Português.

►  

Fazendo-se aliado do Califa , com quemviaja até Marrocos “,Geraldo “ é mortopelos almóadas, quando se descobremas mensagens em que este aconselhavaD. Afonso Henriques a invadir o Nortede África.

Foral de Évora 

Os Almóadas 

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O Alargamento do Reino

► Reconhecido como Rei a norte,a acção de D. Afonso Henriquescentra-se, agora, a sul. Atingir alinha do Tejo é, agora, oprincipal objectivo.

►  As conquistas de Leiria , 1145,Santarém , 1147, e Lisboa , aindano mesmo ano, são disto prova.

►  Lisboa , foi tomada pelo cerco ,por mar e por terra , com aajuda dos Cruzados Normandos,Francos e Anglo-Saxões. Estesdirigiam-se à Terra Santa , naaltura sob ocupaçãoMuçulmana, para areconquistar.

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► O alargamento do território não

se fez, no entanto, apenas degrandes combates.►  Vencedor de muitas batalhas

contra os muçulmanos, D. Afonso Henriques eraparticularmente hábil a

desencadear, de surpresa,pequenos e rápidos ataques( os chamados “ fossados” )

aos aldeamentos Mouros,retirando, de seguida, na possedos bens saqueados, sobretudo

animais de carga.Quanto às populaçõesvencidas, estas eram muitasvezes feitas prisioneiras, ereduzidas à condição servil,como era costume na época.

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► Temerário ambicioso pouco dadoa compromissos, matreiro, ecalculista, todas estes traçospodem ser encontrados na vida epersonalidade de D. AfonsoHenriques.

► Um rei românico . Do tempo emque a ousadia e a valentiaprovadas em combateacrescentavam valor à linhagem.Mas foi também um homem para

quem os valores da honra elealdade nada significavamquando chocavam com os seusdesígnios.

Conquista de L isboa e Alcácer do Chão 

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► D. Afonso Henriques( O Conquistador ) morre em1195, assistindo ainda à perdade quase todos os territórios do Alentejo.

 A Reconquista Cristã e a

formação do Reino de Portugalforam, de facto, feitos deavanços e recuos.

► Finalmente ,Em 1249, noreinado de D. Afonso III ( O Bolonhês ),  são conquistadas asúltimas e mais ricas cidadesmuçulmanas em territórioportuguês – Faro e Silves .

Conquista de Silves 

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► Os tempos da conquista, formação e povoamento  do reino foram tempos deconflito e mudança.

► Foi o tempo de uma

população inteira afirmara sua autonomia, tradições e começar vidanova.

Um tempo de procura deuma identidade colectiva . 

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►  As lendas e Mitos  que , nasépocas de maior desespero,circulavam pelo reino, uniam aspessoas nas suas crenças maisprofundas e davam sentido àssuas dificuldades.

► Os valores do direito ehonradez de um país que nascia(lenda de Egas  Moniz )… 

► a importância da prática dacaridade, num mundo de

pobres, mais tarde, com aL enda do milagre das rosas....

Egas Moniz

O Milagre das rosas

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► …a exaltação do patriotismo e da coragem, de homens e

mulheres, presentes nas lendas da Padeira de Aljubarrotaou do “Decepado” , o Porta – Estandarte de D. Afonso V,serviram, a contento, esse propósito.