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Cartografia Militar da Região de Peniche (Séc. XVIII-XX)

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Page 1: Exposição “Peniche: a Chave do Reino – 400 Anos a defender Portugal”
Page 2: Exposição “Peniche: a Chave do Reino – 400 Anos a defender Portugal”

Esta é, sem dúvida, pela suariqueza informativa, uma daspeças mais relevantes da

1. A Península de Peniche no séc. XIXpeças mais relevantes daexposição.

Trata-se de um levantamentopara fins militares, no qual serepresentam todas asrepresentam todas asfortificações existentes nosentão concelhos de Peniche ede Atouguia da Baleia(extinto em 1836, tendo oseu termo sido integrado node Peniche).

Através deste mapa épossível ter uma visão dopordenamento do território eda realidade económica dapenínsula/ilha de Peniche noséc. XIX, com destaque paraum fundus agrícola onde seum fundus agrícola onde secultivava a vinha e os cereais.

De notar a referência (apontilhado) a projectos

iprevistos e nunca executa-dos: estrutura portuária nosítio do Porto da Areia Norteou fortificação da contra-escarpa do fosso.p

Exposição “Peniche: a Chave do Reino – 400 Anos a defender Portugal”

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Praça militar de importânciageoestratégica, a Vila dePeniche e o seu porto eram

2. A Praça de PenichePeniche e o seu porto eramdefendidos por uma linha defortificações encabeçada pelaCidadela e constituída porvários fortes, baluartes ebateriasbaterias.

A defesa da vila eraefectuada pelo complexodefensivo que ligava os fortesdas Cabanas, a Sul, ao deNossa Senhora da Luz,situado a Norte, construídosno século XVII, no reinado deD. João IV.

Por altura das GuerrasLiberais (1828-34) são edifi-cados, na fachada Norte, oEntrincheiramento da LinhaEntrincheiramento da Linhados Moinhos e as baterias doPorto da Areia Norte, e nafachada Sul é construído oForte da Areia Sul.

Por outro lado, qualquer possível desembarque no tômbolo arenoso que ligava a ilha/península de Peniche aocontinente era obstado pela presença, a Norte, na Península do Baleal, do Fortim dos Franceses, construído em1808 pelas tropas napoleónicas, e a Sul, do forte setecentista de Nossa Senhora da Consolação.

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3. A Cidadela da Praça de Peniche Concluída em 1645, noreinado de D. João IV, aCidadela da Praça de PenicheCidadela da Praça de Penicheteve a sua génese noBaluarte Redondo, primeirafortificação erigida nailha/península de Peniche em1558 sob a direcção de D1558, sob a direcção de D.Luís de Ataíde, 3º Conde deAtouguia da Baleia.

A Vila de Peniche foi, até aoéfinal do séc. XIX, praça de

guerra de 1ª ordem.Encontravam-se estabeleci-dos, de forma permanente,uma guarnição de artilheirosg çe um destacamento deinfantaria – o Regimento dePeniche, mais tarde, em1806, designado Regimentode Infantaria nº 13de Infantaria nº 13.

No final do séc. XIX, devido àevolução das técnicas deguerra, a Fortaleza de

i h d lPeniche perdeu o seu valor,tendo sido desactivada comofortificação em 1897.

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4. O Palácio do Governador A cidadela de Penicheencabeçava um vasto sistemadefensivo que se estendia dedefensivo que se estendia deNazaré a Mafra, dirigido porum governador com a pa-tente de General de Brigada.

Este tinha no chamado PaláEste tinha no chamado Palá-cio do Governador, situado naFortaleza, a sua residênciaoficial.

íTratava-se de um edifício detraça apalaçada, no qual sedestacava o imponente pór-tico interior de dois pisos,hoje já desaparecido.j j p

O Palácio do Governador foidestruído, em 1837, nasequência da explosão de umdos paióis da Fortaleza Destedos paióis da Fortaleza. Desteresta apenas o portal original.

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5. As Muralhas da Praça de Peniche As muralhas da Praça dePeniche foram construídasentre 1659 e 1671, a partirentre 1659 e 1671, a partirde um plano final da autoriade Simão Mateus,engenheiro-mor da corte.

Estas eram compostas porEstas eram compostas porvários baluartes:

Meio Baluarte da Mise-ricórdia (assim designado por

àestar junto à Igreja daMisericórdia);• Baluarte da Ponte (re-cebia a porta principal dapraça, a qual era acedidap ç , qatravés de uma ponte);• Meio Baluarte da Calçada(provavelmente por estarjunto à estrada que ligava osnúcleos urbanos Peniche denúcleos urbanos Peniche deBaixo à povoação de Penichede Cima);• Meio Baluarte de S.Vicente (nessa zona existia, àé idépoca, uma ermida consa-grada a este santo);• Meio Baluarte da Gamboa(encontrava-se próximo deuma camboa – estrutura de

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pesca que permite a retençãodo peixe aquando da marébaixa).

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6. A Contra-escarpa das Muralhas Fronteiriço a esta linhadefensiva e a todo ocomprimento das muralhascomprimento das muralhasexistia um fosso, inundadopor um braço de mar quetransformava Peniche numaverdadeira ilha. Este foinavegável por embarcaçõesnavegável – por embarcaçõesde média dimensão – até aoprimeiro quartel do séc.XVIII, período em que este“rio” é vítima de um lentoassoreamento.

Este facto obrigou à pro-jecção de uma contra-escarpa capaz de constituirp puma primeira linhafortificada, ou simplesmentegarantir a constância de umfosso permanentementeinundadoinundado.

Em 1810 é levantada uma primitiva contra-escarpa entre os baluartes da Misericórdia e da Ponte,posteriormente reconstruída em 1856.

í ãO projecto aqui apresentado, provavelmente produzido durante o período da ocupação francesa desta praçamilitar, entre 1807 e 1808, acabou por nunca ser executado.

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7. O Forte das Cabanas Trata-se de um fortimedificado no séc. XVII noilhéu com o mesmo nome,ilhéu com o mesmo nome,tendo como finalidade adefesa do porto da vila e oacesso ao fosso militar.

Deste forte de plantaDeste forte de plantairregular restam apenas assuas muralhas de traçasimilar à do restantecomplexo defensivo.

Ultrapassada a sua vocaçãomilitar, este imóvel recebeu,a partir do séc. XIX, váriasconstruções, realidade que seç , qmantém na actualidade.

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8. O Forte da Nossa Senhora da Luz O Forte de Nossa Senhora daLuz – ou de São João da Luz,como é também conhecido –como é também conhecidoé uma fortificação seiscen-tista, que fechava, a Norte, alinha de muralhas e baluartesque ligavam a Ribeira, emPeniche de Baixo à Papoa naPeniche de Baixo, à Papoa, nafachada Norte da península.

A sua localização estratégica,associada ao seu poder de

í áfogo, constituía forte obstá-culo a qualquer desembarqueinimigo no areal Norte dapenínsula de Peniche.

Esta estrutura encontra-seem adiantado estado de de-gradação por força da erosãoda falésia argilosa onde estáimplantadaimplantada.

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9. O Forte da Nossa Senhora da Consolação O Forte de Nossa Senhora daConsolação foi edificado,entre 1641 e 1645, sobre oentre 1641 e 1645, sobre ocerro com a mesma desi-gnação.

Ostenta uma planta estre-lada com quatro baluarteslada, com quatro baluartestriangulares, sendo circun-dado no lado Este por umfosso. Sobre este, uma pontede dois arcos redondos acedeao portal.

Em 1800 é construída umabateria com quinze canho-eiras voltadas à enseada que,q ,em conjunto com umapaliçada de estacaria, cortavao acesso por terra à forti-ficação, formando um campoentrincheiradoentrincheirado.

Este forte protegia as praiasda baía Sul de Peniche, localonde já haviam desem-b d 26 d i dbarcado, a 26 de Maio de1589, as tropas inglesaslideradas por D. António,Prior do Crato.

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10. Configuração da Ilha da Berlenga

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11. O Forte de S. João Baptista

Forte de planta octogonal construído sobre um ilhéurochoso, o Forte de S. João Baptista funcionava comoprimeiro bastião defensivo desta costa.

Foi edificado entre 1654 e 1656, com a finalidade deFoi edificado entre 1654 e 1656, com a finalidade deimpedir a ocupação da Ilha da Berlenga por corsáriosnorte-africanos ou por potências inimigas.

O Forte de S. João Baptista viveu em Junho de 1666 oepisódio bélico mais célebre da sua história O forteepisódio bélico mais célebre da sua história. O forte,nessa altura, era defendido por uma pequena guarnição,liderada pelo Cabo Avelar Pessoa.

A 27 de Junho desse ano foi sitiado por uma esquadrah l b õ despanhola, composta por quinze embarcações, tendo

conseguido resistir durante dois dias ao ataque inimigo,com importantes baixas nas forças sitiantes.

Já no século XIX, durante as invasões napoleónicas, este, p ,forte serviu de aquartelamento aos soldados ingleses.Em Julho de 1833 serviu ainda de quartel aos liberaisantes da ocupação da Fortaleza de Peniche.

Em 1874 restava apenas uma guarnição de poucosEm 1874 restava apenas uma guarnição de poucoshomens (cinco soldados na reserva) no Forte, que foiretirada em 1914, juntamente com os últimos canhões.

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12. O Forte de Nossa Senhora da Vitória Localizado no Cabo Carvoeiro,junto à desaparecida Igrejade Nossa Senhora da Vitória,de Nossa Senhora da Vitória,este forte foi edificadoprovavelmente no séc. XVII.

Já em pleno séc. XIX, foidesprovido da sua funçãodesprovido da sua funçãomilitar, tendo sido neleinstalada uma estaçãosemafórica.

óMais tarde, este imóvel foidemolido, tendo sidoconstruído no mesmo local,em 1964, um restaurantepanorâmico.p

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13. O Forte de Santo António O Forte ou Bateria de SantoAntónio localiza-se junto aoCampo da República, fron-Campo da República, fronteiro à capela consagrada aomesmo padroeiro.

Corresponde a uma pequenafortificação com uma superfortificação com uma super-fície de 126 m2, edificadaprovavelmente durante o séc.XIX.

Cruzando fogo com o Fortedas Cabanas, a nascente, ecom a Fortaleza, implantadaa Sul, o Forte de SantoAntónio tinha como finalidadea defesa do porto da entãoVila de Peniche.

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14. O Entrincheiramento da Linha dos Moinhos O Entrincheiramento da Linhados Moinhos deve o seu nomeao longo alinhamento deao longo alinhamento demoinhos existente na Penín-sula da Papoa ao lado do qualfoi edificado.

Construído entre 1831 eConstruído entre 1831 e1832, durante as GuerrasLiberais, corresponde a umalinha amuralhada compostapor dois baluartes, ligando, aEste, as muralhas da Praça(Baluarte da Gamboa) aoPorto da Areia Norte, a Oeste.

Esta linha defensiva tinha como finalidade defender a Praça de Peniche de qualquer desembarque nos areais doEsta linha defensiva tinha como finalidade defender a Praça de Peniche de qualquer desembarque nos areais doPorto da Areia Norte e do Quebrado, cruzando desta forma fogo com as baterias da Papôa e do Forte de N.ª Sr.ªda Luz, respectivamente.

A génese deste conjunto radica no chamado Entrincheiramento de S. Miguel, erigido sobranceiro ao Porto daAreia Norte pelas tropas absolutistas em 1830Areia Norte pelas tropas absolutistas, em 1830.

Do Entrincheiramento da Linha dos Moinhos restam hoje algumas estruturas, com destaque para a porta Este,junto ao Baluarte da Gamboa, e para parte do Entrincheiramento de S. Miguel.

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15. As Baterias da Papôa Para além do Entrincheira-mento da Linha dos Moinhose do Forte de N ª Sr ª da Luze do Forte de N.ª Sr.ª da Luz,a defesa da Península daPapôa fazia-se igualmenteatravés de um conjunto debaterias dispostas ao longoda fachada Oeste da mesma.

Destas baterias, construídaspor volta de 1831 no âmbitoda fortificação do Porto daçAreia Norte, restam apenasvestígios de três plataformasde tiro, facto resultante doprocesso erosivo que assolaesta falésiaesta falésia.

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16. O Forte do Porto da Areia Sul O Forte do Porto da Areia Sulcorrespondia a uma pequenafortificação, localizada juntofortificação, localizada juntoda prainha com o mesmonome, que tinha comoobjectivo impedir qualquerdesembarque hostil.

Hoje já desaparecido, delerestava ainda na década de80 do século passado algunsmuros e as paredes dacaserna militar.

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