a floresta dos símbolos – liminaridade victor turner

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Notas de sala de aula sobre o capítulo dedicado à liminaridade e as características dos símbolos envolvidos nesse período ritual

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Page 1: A Floresta dos símbolos – liminaridade   Victor Turner

A Floresta dos SímbolosLiminaridade

Victor Turner

Page 2: A Floresta dos símbolos – liminaridade   Victor Turner

• Propriedades socioculturais do “período liminar”– Van Gennep, ritos de passagem

• Estrutura de posições /liminaridade/ Estrutura de posições

• Estado/transformação

Page 3: A Floresta dos símbolos – liminaridade   Victor Turner

separação

Margemlimem

• Van Gennep, Ritos de passagem

agregação

Page 4: A Floresta dos símbolos – liminaridade   Victor Turner

• Separação, supõe uma conduta simbólica que separe do indivíduo ou do grupo da sua anterior situação na estrutura  ou “estado”.

• Período Liminar, o estado do sujeito do rito é ambíguo. Atravessa um espaço com pouco ou nenhum atributo tanto do estado passado, como do vendeiro. 

• Agregação, conclui a passagem com um novo status, ou estado para o sujeito do ritual. Direitos e obrigações de tipo estrutural. Se espera que se comporte de acordo com normas de uso e padrões éticos. 

Page 5: A Floresta dos símbolos – liminaridade   Victor Turner

• Ritual é transformatório/ Cerimônia é confirmatória

• Sujeito do rito é invisível durante o período liminal

• “Ser transicional” “persona liminar” definido por um nome e um conjunto de símbolos.

• Ênfase na transição mesma e não nos estados• Simbolismo associado à morte/ sem nome, não classificados. Associados ao feto e ao nascimento.

• Traço principal:  não estão nem vivos, nem mortos e ao mesmo tempo vivos e mortos. Condição de ambigüidade é paradoxa.

Page 6: A Floresta dos símbolos – liminaridade   Victor Turner

• Mary Douglas. O pouco claro e contraditório tende a ser catalogado como (ritualmente) sujo.

• Seres transicionais, potencialmente contaminantes, não são nem uma coisa nem outra.

• Persona e liminar são contaminantes• Estado liminar é diferente de contradição estrutural; é não estruturado (ao mesmo tempo desestruturado e pré‐estruturado)

• Reclusão e/ou disfarce do sujeito liminar• Nem homens nem mulheres/ambos alternadamente• Assexuados, pré‐sexuados, bi‐sexuados, andróginos• Caráter inter‐estrutural da fase liminar explica estas ambigüidades sexuais.

Page 7: A Floresta dos símbolos – liminaridade   Victor Turner

Aspectos positivos da liminaridade

• Economia da referência simbólica morte/crescimento por mesmo símbololua, cobra, urso, nudez (recém nascido e cadáver)

• processos e noções opostos na mesma representação.

• Unidade do liminar: o que não é nem numa coisa nem outra, e ao mesmotempo é ambas.

Page 8: A Floresta dos símbolos – liminaridade   Victor Turner

• Caráter interestrutural do liminar, apesar disso, tem uma estrutura, conexão dos neófitos entre si. Cria uma estrutura social altamente específica.Estrutura simples instrutores/neófitos : autoridade/submisão.Neófitos entre si: igualdade absoluta.Posições do sistema político‐jurídico, redes de direitos e obrigações, etc. \ No período liminar são eliminadas.Obediência à autoridade na situação liminal.atuam de maneira anormal por obediência à tradição tribal

Page 9: A Floresta dos símbolos – liminaridade   Victor Turner

• Irmandade absoluta, diferente do parentesco com mais velho e  com as crianças.Igualdade e criação de laços de amizade durante o ritual. 

• Camaradagem fruto da liminaridade interestrutural. Se confrontam entresi, sem roles, sem atuação.

• passividade do neófito, maleabilidade, submetimento a provas. Reduçãoa condição uniforme, são signos do processo mediante o qual se ostritura para serem modelados e dotados de novos poderes com os queenfrentarão sua nova situação.

Page 10: A Floresta dos símbolos – liminaridade   Victor Turner

• Não se trata de aquisição de conhecimentos, trata‐se de uma mudançaontológica. Passividade aparente se revela como uma absorção de poderes, que começaram a ser ativados na vez que seu status social tenha ficado redefinidonos ritos de agregação.

Page 11: A Floresta dos símbolos – liminaridade   Victor Turner

• Jane Harrison (1930) nos mistérios órficos e eleusinos, a comunicaçãotem três componentes principais (aplicável a todos os ritos).Os sacra podem comunicar‐se por1‐ Exibições "O que se amostra"2‐ ações "O que se faz"3‐ Instruções, "o que se diz" /secredo

Page 12: A Floresta dos símbolos – liminaridade   Victor Turner

• Três problemas que afetam a comunicação dos sacra1. Desproporção2. caráter monstruoso3. mistério

Cabeças narizes e falos desproporcionadosrepresentam símbolos multivocos, molécula semântica de múltiplos componentes.

Page 13: A Floresta dos símbolos – liminaridade   Victor Turner

• Comunicação dos sacra implica três processos distintos, e paralelos:1. redução do âmbito cultural a seus componentes ou fatores reconhecíveis;2. recomposição segundo padrões e formas monstruosas;3. reformulação, segundo modos que possam adquirir sentido na perspectiva do novo status.

Page 14: A Floresta dos símbolos – liminaridade   Victor Turner

• O corpo é sempre considerado como um lugar privilegiado para a comunicação da gnosesparadigma anatômico humano.

• Símbolos não ‐ racionais ou não ‐ lógico. São os que proporcionam o núcleo sólido da vida mental e emocional de cada indivíduo e grupo. Quando eles entram em jogo, todo o resto passa a ser secundário.O  “cluster” central dos sacra não‐lógicos constitui o núcleo simbólico de todo o sistema de valores e crenças em uma cultura dada.

Page 15: A Floresta dos símbolos – liminaridade   Victor Turner

• Arquétipo em grego denota o carimbo ou impressão mestra. Os sacra aoser apresentados em sua luminosa simplicidade, imprimem nos neófitosos presupostos básicos da sua cultura.

Page 16: A Floresta dos símbolos – liminaridade   Victor Turner

• Releitura do Ritual de Rebeliãofase liminal, obscura, ausência de posições e de alegria. Entre o uno e o outro, com sua frutífera obscuridade, rei e povo se encontramestreitamente identificados. Solidariedade mística, que contrasta com hierarquia habitual. Identificação regenera o tecido socialdeteriorado pelos conflitos resultantes das diferenças de status e discrepâncias das normas estruturais.

Page 17: A Floresta dos símbolos – liminaridade   Victor Turner

• Convite a centrar a atenção nos fenômenos e processos relacionadoscom os períodos de transição. São estes os que de maneira paradoxalexpõem os fundamentos da cultura, no tempo em que transcorre entre asaída e re‐ingresso no âmbito estrutural.

• Novas e sofisticadas técnicas de comparação intercultural.