a festa no céu

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Festa no Céu. O papagaio, que é bicho que gosta muito de falar, estava fofocando com a cegonha a respeito de uma grande festa que haveria no céu. O Tuiuiú, que também adora uma novidade, escutou a conversa e saiu por aí espalhando. Embora o papagaio às vezes goste de contar potocas, essa história da festa no céu era mesmo verdadeira. Acontece que só os animais alados é que seriam convidados. Imagine você, como é que “por exemplo” as vacas iriam para uma festa no céu, se não têm asas para voar. Mesmo que permitissem às vacas que embarcassem num avião, como é que as coitadas iriam descer nas nuvens? Ainda mais com aquele peso todo... Portanto, mesmo morrendo de inveja as vacas e os outros bichos se conformaram em perder a festança. O tatu, que é quem tinha comentado da festa com o sapo caiu na gargalhada, no que foi imitado pelo resto da bicharada. - Compadre sapo, você ficou doido? Como vai à festa se não pode voar? - Você verá compadre tatu. E todos vocês que também estão rindo ficarão surpresos com o meu plano. A festa estava marcada para o domingo. No sábado à noitinha, o sapo foi até a casa do urubu bater um papo. Conversaram bastante e depois de certo tempo o sapo se despediu. - Bem, meu amigo urubu, já estou indo porque tenho muito o que andar... Ou melhor, tenho muito o que pular, porque o brejo é muito longe e não quero chegar em casa tarde. Amanhã tenho que acordar cedo porque é dia de festa. - Mas o amigo sapo vai mesmo a essa festa? Como vai se não pode voar? - Eu tenho meus segredos, amigo urubu. A gente se vê na festa. O urubu achou muita graça, pois ainda achava que o sapo estava brincando ou havia endoidado de vez. Sendo assim os dois se despediram, mas o sapo ao invés de ir para casa, entrou novamente na casa do urubu sem que este percebesse e se meteu dentro da viola do urubu, que estava num canto da sala. Ficou lá calado, sem fazer nem um barulhinho. No dia seguinte bem cedo, o urubu pegou sua viola e foi para a festa, sem saber que carregava consigo um passageiro. Já na festa, enquanto cumprimentava as outras aves, o Urubu nem, percebeu o sapo saindo de fininho de dentro da viola. Logo o sapo estava no meio do salão de baile botando pra quebrar e dançando muito. É claro que todas as aves ficaram espantadíssimas. Como é que o sapo tinha conseguido entrar na festa? Fizeram muitas perguntas, mas o sapo nada falou. Já o urubu, não gostou nadinha de ver o sapo lá, pois tinha muita inveja de sua esperteza. Quando a festa estava terminando, as aves começaram a voar de volta pra casa e o sapo, é claro, tratou de se esconder de novo na viola do urubu antes que ficasse sem carona pra voltar. A festa terminou no dia seguinte, no alvorecer. O urubu, cansado de tanta farra, pegou sua violinha e começou sua viagem de volta. Lá pelas

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Page 1: A Festa no Céu

Festa no Céu.

O papagaio, que é bicho que gosta muito de falar, estava fofocando com a cegonha a respeito de uma grande festa que haveria no céu. O Tuiuiú, que também adora uma novidade, escutou a conversa e saiu por aí espalhando. Embora o papagaio às vezes goste de contar potocas, essa história da festa no céu era mesmo verdadeira. Acontece que só os animais alados é que seriam convidados. Imagine você, como é que “por exemplo” as vacas iriam para uma festa no céu, se não têm asas para voar. Mesmo que permitissem às vacas que embarcassem num avião, como é que as coitadas iriam descer nas nuvens? Ainda mais com aquele peso todo... Portanto, mesmo morrendo de inveja as vacas e os outros bichos se conformaram em perder a festança. O tatu, que é quem tinha comentado da festa com o sapo caiu na gargalhada, no que foi imitado pelo resto da bicharada.

- Compadre sapo, você ficou doido? Como vai à festa se não pode voar?- Você verá compadre tatu. E todos vocês que também estão rindo ficarão surpresos com o meu

plano. A festa estava marcada para o domingo. No sábado à noitinha, o sapo foi até a casa do urubu

bater um papo. Conversaram bastante e depois de certo tempo o sapo se despediu.- Bem, meu amigo urubu, já estou indo porque tenho muito o que andar... Ou melhor, tenho muito

o que pular, porque o brejo é muito longe e não quero chegar em casa tarde. Amanhã tenho que acordar cedo porque é dia de festa.

- Mas o amigo sapo vai mesmo a essa festa? Como vai se não pode voar?- Eu tenho meus segredos, amigo urubu. A gente se vê na festa.

O urubu achou muita graça, pois ainda achava que o sapo estava brincando ou havia endoidado de vez. Sendo assim os dois se despediram, mas o sapo ao invés de ir para casa, entrou novamente na casa do urubu sem que este percebesse e se meteu dentro da viola do urubu, que estava num canto da sala. Ficou lá calado, sem fazer nem um barulhinho.

No dia seguinte bem cedo, o urubu pegou sua viola e foi para a festa, sem saber que carregava consigo um passageiro. Já na festa, enquanto cumprimentava as outras aves, o Urubu nem, percebeu o sapo saindo de fininho de dentro da viola. Logo o sapo estava no meio do salão de baile botando pra quebrar e dançando muito.

É claro que todas as aves ficaram espantadíssimas. Como é que o sapo tinha conseguido entrar na festa? Fizeram muitas perguntas, mas o sapo nada falou. Já o urubu, não gostou nadinha de ver o sapo lá, pois tinha muita inveja de sua esperteza. Quando a festa estava terminando, as aves começaram a voar de volta pra casa e o sapo, é claro, tratou de se esconder de novo na viola do urubu antes que ficasse sem carona pra voltar.

A festa terminou no dia seguinte, no alvorecer. O urubu, cansado de tanta farra, pegou sua violinha e começou sua viagem de volta. Lá pelas tantas, como estava cansado, achou que a viola estava muito pesada e resolveu verificar o instrumento, dando de cara com o sapo todo escondidinho lá dentro, no bojo.

- Ahá! Eu sabia amigo sapo, que você folgado como é ia se aproveitar de alguém para poder ir a essa festa. E eu aqui carregando peso pra você entrar numa festa que nem foi convidado?Dito isso o urubu emborcou a viola, fazendo com que o sapo caísse daquela altura toda.

Enquanto despencava, o sapo, muito assustado dizia:- Aí meu Deus! Agora vou para o Beleléu. Mas, se dessa escapar nunca mais me meto no céu.

Não teve reza que resolvesse e o sapo se esborrachou nas pedras lá embaixo, ficando partido em dezenas de pedaços. Nossa senhora, que a tudo assistia, teve muita pena do pobrezinho. Com muito carinho, ela juntou os pedaços e os costurou, remendando o sapo que viveu novamente. Por isso, meus amigos, é que até hoje o couro do sapo é dividido em vários quadrados, como se fosse remendo. E é por isso, que até hoje, o sapo só vai à festa quando é convidado e assim mesmo só se for aqui no chão.

Page 2: A Festa no Céu

Responda as questões abaixo:

1- Por que o sapo não podia ir à festa do céu?

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2 – Qual era o plano que o sapo armou para conseguir ir à festa?

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3- O que os animais achavam quando o sapo dizia que ia a festa?

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4- Por que o urubu não ficou satisfeito de ver o sapo na festa do céu?

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5- O urubu se mostrou amigo do sapo? Por quê?

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6- O que o sapo disse quando viu que estava perdido?

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7 – Quem salvou o sapo?

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8- Qual decisão o sapo tomou depois do que aconteceu na festa?

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Page 3: A Festa no Céu
Page 4: A Festa no Céu
Page 5: A Festa no Céu

9- Convide um amigo seu para a festa do céu. Não esqueça do que não pode faltar em um convite.

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