a experiência brasileira em segurança pública

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A experiência brasileira em Segurança Pública 2001 – 2011 Buenos Aires, 06.S.11 Alberto L. Kopittke

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Apresentacao feita no Primer Taller: Experiencias Internacionales en Planeamiento Estrategico de la Seguridad Ciudadana, realizado pelo Ministerio da Seguranca Publica da Argentina. Buenos Aires, 06 de Setembro de 2011.

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Page 1: A experiência brasileira em segurança pública

A experiência brasileira emSegurança Pública

2001 – 2011

Buenos Aires, 06.S.11

Alberto L. Kopittke

Page 2: A experiência brasileira em segurança pública

Diagnóstico e Situacao Institucional

Page 3: A experiência brasileira em segurança pública

Evolução do número de homicídios no Brasil

1998/2008

Page 4: A experiência brasileira em segurança pública

Unidade da Federação Número de homicídios em 2003 Número de homicídios em 20092 Variação Percentual 2003-2009

Bahia 2155 5339 147,7Pará 1383 2966 114,5Paraíba 620 1275 105,6Rio Grande do Norte 409 786 92,2Maranhão 762 1378 80,8Alagoas 1041 1864 79,1Amazonas 561 914 62,9Paraná 2525 3668 45,3Sergipe 473 663 40,2Ceará 1560 2164 38,7Goiás 1259 1712 36,0Tocantins 225 280 24,4Piauí 316 390 23,4Santa Catarina 653 797 22,1

Unidade da Federação Número de homicídios em 2003 Número de homicídios em 20092 Variação Percentual 2003-2009

Espírito Santo 1640 1.968 20,0Brasília 856 1.004 17,3Rio Grande do Sul 1900 2226 17,2Acre 135 149 10,4Roraima 106 114 7,5Mato Grosso 929 984 5,9Mato Grosso do Sul 709 727 2,5Amapá 190 191 0,5Rondônia 559 535 -4,3Minas Gerais 3822 3596 -5,9Pernambuco 4512 3910 -13,3

Unidade da Federação Número de homicídios em 2003 Número de homicídios em 20092 Variação Percentual 2003-2009

Rio de Janeiro 7840 4.053 -48,3São Paulo 13.903 6.311 -54,6

Tabela 1 - Unidades da Federação com variação da violência letal1 cujo aumento percentual foi superior a 20%

(2009 em relação a 2003)

Tabela 2 - Unidades da Federação com variação da violência letal1 cujo aumento percentual foi não superior a

20% (2009 em relação a 2003)

Tabela 3 - Unidades da Federação que apresentaram maior diminuição percentual da violência letal1

(2009 em relação a 2003)

Fonte: Ministério da Saúde/DATASUS/2011

Page 5: A experiência brasileira em segurança pública

Competências Institucionais (Constituição de 1988 – Art. 144)

União: Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) - MJ

Polícia Federal: corrupção com verbas federais, tráfico de entorpecentes, fronteiras, polícia judiciária da União

Polícia Rodoviária Federal: patrulhamento de rodovias federais (carreira única)

Estados : Secretarias Estaduais

Polícias Militares: Polícia Ostensiva

Polícias Civis: Polícia Judiciária (inquérito policial)

Perícias: autônomas em 24 estados

Sistema Prisional

Municípios : Secretarias Municipais

Guardas Municipais (865 com 87 mil GMs): proteção de bens municipais

Page 6: A experiência brasileira em segurança pública

Objetivos específicos do Projeto:1995: Secretaria de Planejamento de Ações Nacionais de Segurança

Pública – SEPLANSEG.1997: Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) 2000: Primeiro Plano Nacional de Segurança Pública 2001: Fundo Nacional de Segurança Pública

R$ 300 mi/ano. Comitê Executivo: Governo Federal

2002: Plano Segurança para o Brasil2003: Sistema Único de Segurança Pública (SUSP)

Gabinetes de Gestão Integrada

2007: Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci)R$ 1.4 bi ao ano

2009: Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg)Novo Conselho Nacional

Page 7: A experiência brasileira em segurança pública

Primeiro Plano Nacional de Segurança PúblicaCapítulo I - Medidas no Âmbito do Governo Federal

Compromisso nº 1 - Combate ao Narcotráfico e ao Crime Organizado

Compromisso nº 2 - Desarmamento e Controle de Armas

Compromisso nº 3 - Repressão ao Roubo de Cargas e Melhoria da Segurança nas Estradas

Compromisso nº 4 - Implantação do Subsistema de Inteligência de Segurança Pública

Compromisso nº 5 - Ampliação do Programa de Proteção a Testemunhas e Vítimas de Crime

Compromisso nº 6 - Mídia x Violência: Regulamentação

Capítulo II - Medidas no Âmbito da Cooperação do Governo Federal com os Governos Estaduais

Compromisso nº 7 - Redução da Violência Urbana

Compromisso nº 8 - Inibição de Gangues e Combate à Desordem Social

Compromisso nº 9 - Eliminação de Chacinas e Execuções Sumárias

Compromisso nº 10 - Combate à Violência Rural

Compromisso nº 11 - Intensificação das Ações do Programa Nacional de Direitos Humanos

Compromisso nº 12 - Capacitação Profissional e Reaparelhamento das Polícias

Compromisso nº 13 - Aperfeiçoamento do Sistema Penitenciário

Capítulo III - Medidas de Natureza Normativa - Compromisso nº 14 - Aperfeiçoamento Legislativo

Capítulo IV - Medidas de Natureza Institucional - Compromisso nº 15 - Implantação do Sistema Nacional de Segurança Pública

Page 8: A experiência brasileira em segurança pública

Segundo Plano Nacional de Seguranca Publica

• Sistema Único de Seguranca Publica• Orgaos colegiados de Gestao em nivel estadual e

municipal: Gabinetes de Gestao Integrada (GGI)• Criou a Forca Nacional de Seguranca Publica• Criou o Sistema Penitenciario Nacional• Tinha por objetivo iniciar a discussao de mudanca de

atribuicoes nas Policias Estaduais, criando o ciclo completo– Policia Civil: crimes contra a vida– Policia Militar: crimes de menos potencial ofensivo

Page 9: A experiência brasileira em segurança pública

Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania

(PRONASCI)

Page 10: A experiência brasileira em segurança pública

Processo de elaboração• Elaborado de maneira participava: mais de 30

reunioes com segmentos sociais• Diretrizes:

– criar uma sinergia entre acoes de repressao e acoes de prevencao

– Integracao Uniao, Estados e municipios– Integracao transdisciplinar– Policia Comunitaria– Formacao massiva (Renaesp)– Acao integrada territorial

• Foco inicial: 12 regioes metropolitanas com maiores índices

Page 11: A experiência brasileira em segurança pública

Processo de elaboração

• Territorios da Paz– Estruturacao dos Gabinetes de Gestao Integrado

Municipais– Video-monitoramento– Mulheres da Paz– Protejo– Justica Comunitaria (mediacao comunitaria)– Espaco Urbano Seguro– Policia Comunitaria

Page 12: A experiência brasileira em segurança pública

Órgãos parceiros:•Ministério da Cultura

•Ministério do Trabalho e Emprego

•Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

•Ministério dos Esportes

•Ministério da Educação

•Ministério da Saúde

•Ministério das Cidades

•Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC)

•Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM)

•Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE)

•Secretaria de Direitos Humanos (SDH)

Page 13: A experiência brasileira em segurança pública

SELEÇÃO DOSTERRITÓRIOS DA PAZ

MONITORAMENTOPOR INDICADORES

INÍCIO DAS AÇÕESPOLICIAIS

IMPLANTAÇÃO DASAÇÕES SOCIAIS

AÇÕES DEINFRAESTRUTURA

AÇÕES SOCIAIS

INTERVENÇÕES URBANAS

Inte

ligên

cia

Rec

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Cronograma de Implementação

Page 14: A experiência brasileira em segurança pública

1ª Conferência Nacional de Segurança Pública

Page 15: A experiência brasileira em segurança pública

Objetivo

• As Conferencias sao instrumentos de democratizacao da Administracao Publica, definindo Politicas e Planos Nacionais para as mais diversas areas.

• Espaço deliberativo aberto aos três segmentos: Sociedade, Poder Público e Trabalhadores da Área de Segurança Pública, cujo objetivo foi definir princípios e diretrizes para a política nacional e consolidar instrumentos de participação social no âmbito da segurança pública.

• Texto-base tinha a tarefa de cumprir diferentes funções: informar e subsidiar o debate, além de delimitar o conjunto de temas a serem tratados pela 1ª CONSEG.

Page 16: A experiência brasileira em segurança pública

Conferência Virtual

A Conferência Virtual foi uma inovação em processos de Conferências Nacionais e assumiu três dimensões:

Foi a primeira vez que uma Conferência possibilitou a participação de brasileiros residentes no exterior no processo de construção e priorização de propostas.

Participaram 2.014 pessoas, de todas as regiões do país e também residentes no continente europeu e norte-americano.

Page 17: A experiência brasileira em segurança pública

Consulta aos policiais

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Polícia Civil (agentes)

Polícia Civil (delegados)

Sistema Penitenciário

Corpos de Bombeiros Militares

Guardas Municipais

Polícia Militar (Oficiais)

Polícia Militar (Praças)

Opinião dos profissionais quanto à necessidade de mudança do modelo de polícia

SIM NÃO / Sem Opinião

Fonte: Como pensam os profissionais de segurança pública no Brasil. SENASP/PNUD, 2009

Page 18: A experiência brasileira em segurança pública

Dados Gerais

Os dados do processo ajudam a referenciar essa adesão ao Projeto:

• Pessoas envolvidas no processo = 524.461

• Participação direta em todas as etapas = 225.395

• Participação via web (fevereiro a julho) = 256.598

• Municípios integrantes = 514

• Atividades de mobilização = 42.468 participantes

• Conferências estaduais = 27, com 17.439 participantes

• Conferências municipais eletivas = 126, com 25.645 participantes

• Conferências municipais preparatórias = 140, com 19.006 participantes

• Conferências livres = 1.140, com 66.847 participantes

• Seminários temáticos = 13, com 3.270 participantes

Page 19: A experiência brasileira em segurança pública

Pós - CONSEG CONASP de transição em funcionamento e processo

de reestruturação Efetivação de alguns Resultados, com a aprovação de

PLs de temas aprovados na 1.a CONSEG Sistema de Monitoramento da implementação dos

resultados em elaboração em parceria com o Instituto Via Pública para ser acompanhado pelo CONASP

Disseminação da PNSP para Estados e Municípios

Page 20: A experiência brasileira em segurança pública

Conselho Nacional de Seguranca Publica (CONASP)

• 1997: órgao consultivo, formado por oito membros, sendo o Ministro da Justiça seu Presidente e o Secretário Nacional de Segurança Pública seu vice-presidente. Sem possibilidade de auto-convocacao.

• 2009: orgao deliberativo, tripartite (sociedade, trabalhadores e governo), eleicao interna nos setores, com poder de auto-convocacao.

Page 21: A experiência brasileira em segurança pública

COMPOSICAO DO CONASP

Fóruns Redes e Movimentos Sociais

Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais e Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos Coletivo de Entidades Negras Fórum Nacional de Juventude Negra Movimento Nacional de Direitos Humanos Rede Desarma Brasil

Entidades

Conselho Federal de Psicologia Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares Instituto de Estudos da Religião e Instituto de Estudos Socioeconômicos Pastoral Carcerária Nacional Redes de Desenvolvimento da Maré e Observatório de Favelas do Rio de Janeiro Viva Rio

Trabalhadores

Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais e Associação Brasileira de Criminalística

Associação dos Oficiais Militares Estaduais do Brasil Associação dos Delegados de Polícia do Brasil e

Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal Associação Nacional de Entidades de Praças Militares

Estaduais Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais

Civis Federação dos Profissionais em Papiloscopia e

Identificação Federação Nacional dos Policiais Rodoviários

FederaisSindicato dos Agentes Penitenciários Federais

Representantes governamentais:

Conselho de Dirigentes dos Órgãos Periciais do Brasil Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil

Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares

Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública

Conselho Nacional de Secretários e Gestores Municipais de Segurança Pública e Conselho Nacional

das Guardas Municipais Departamento de Polícia Federal (DPF) e

Departamento de Polícia Rodoviária Federal Ministério da Justiça

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e Fórum Nacional de Ouvidores de Polícia

Secretaria-Geral da Presidência da República

Page 22: A experiência brasileira em segurança pública

Problemas de Planejamento

• Sistema Orcamentario: PPA (4 anos) – LDO (anual)

• Sistema Participativo: Conferencia como espaco de definicao da Politica Nacional e Conasp como orgao deliberativo e fiscalizador da execucao orcamentaria

• Conselho Gestor do Fundo Nacional de Seguranca Publica

• SENAPS: gestao descricionaria

Page 23: A experiência brasileira em segurança pública

Financiamento

• Fundo Nacional– Forma de gestao: Conselho Gestor governamental – Forma de execucao: conveniamento

• Pronasci – Forma de Gestao: descricionario– Forma de execucao: agora por Editais

Page 24: A experiência brasileira em segurança pública

A experiência de Canoas

Page 25: A experiência brasileira em segurança pública

SEM GESTÃO NÃO HÁ POLÍTICA DE SEGURANÇA.

POLÍTICA DE SEGURANÇA IMPLICA INTEGRAÇÃO SISTÊMICA DAS INSTITUIÇÕES.

Monitoramento

Diagnósticorigoroso

Planejamentosistemático

Avaliaçãoregular

Dadosqualificados

Monitoramento

GESTÃO COMO FERRAMENTA PARA PROMOVER AÇÕES PREVENTIVAS,

ESTRATÉGICAS, ORIENTADAS E PERMANENTEMENTE MONITORADAS:

Rotinas, funções, processos e estruturas ágeis e adequadasao cumprimento das metas.

Gestão Pública da Segurança

Page 26: A experiência brasileira em segurança pública

Linhas de Atuação

SEGURANÇASEGURANÇACIDADÃCIDADÃ

INTEGRAÇÃO ENTRE AS

FORÇAS POLICIAIS

GU

ARD

A CO

MU

NIT

ÁRIA

GU

ARD

A CO

MU

NIT

ÁRIA

NOVAS TECNOLOGIAS

NOVAS TECNOLOGIAS

PROJETOS SOCIAIS

PROJETOS SOCIAIS PARTICIPAÇÃO CIDADÃ

PARTICIPAÇÃO CIDADÃ

Page 27: A experiência brasileira em segurança pública

Desenho Institucional da Política Municipal de Segurança Pública de Canoas

GGI-M

GGI-M

Page 28: A experiência brasileira em segurança pública

O Observatório e os Projetos Estratégicos

Page 29: A experiência brasileira em segurança pública

Fonte: GGI-M

Elaboração: Observatório de Segurança Pública de Canoas

Homicídios em Canoas-RS

Comparativo 1º Semestre (2010-2011)

- 32,5%

- 54,5%

- 16,3%

- 42,1%

Comparativo entre o 1º Semestre de 2011 e o 1º Semestre de 2009:

Canoas: - 43,4% e Guajuviras: -73,6%

Page 30: A experiência brasileira em segurança pública

Indicadores de Segurança Pública em Canoas

(2000-2010)

Fonte: Secretaria Estadual de Segurança Pública- SSP/RS

Elaboração: Observatório de Segurança Pública de Canoas

235

392

562

643

1.267

1.137

1.221

1.0461.109 1127

790

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Ano

Ro

ub

o d

e V

eíc

ulo

Redução no período 2009 – 2010: - 29,9%

Page 31: A experiência brasileira em segurança pública

Indicadores de Segurança Pública em Canoas

(2000-2010)

Fonte: Secretaria Estadual de Segurança Pública- SSP/RS

Elaboração: Observatório de Segurança Pública de Canoas

707

1.0491.094

979

1.097

877 868

746794

836

603

0

200

400

600

800

1.000

1.200

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Ano

Fu

rto

de V

eíc

ulo

Redução no período 2009 – 2010: - 27,8%

Page 32: A experiência brasileira em segurança pública

Principais Desafios Consolidar a cultura de um novo paradigma de Segurança Pública

(superar a visão militarista das ditaduras, concepção preventiva, planejamento...)

Política de EstadoUnificacao do Modelo de GestaoÓrgão Gestor de EstadoFinanciamento garantidoMenos partidarizacao dos cargos de direcao administrativa das

instituicoes Dados confiáveis, georreferenciados e atualizados

Page 33: A experiência brasileira em segurança pública

Principais Desafios Sistemas Nacionais de Identificação

Armas e MuniçõesDNADigitais

Integração entre as agências de segurança, entre os diferentes órgãos de cada Governo e entre os diferentes níveis de governo

Servidores Públicos além dos policiais (gestores e analistas criminais)

Política de prevenção primária

Page 34: A experiência brasileira em segurança pública

MUCHAS GRACIAS!

Alberto L. Kopittke

[email protected]: @albertolk

www.facebook.com/alberto.kopittke