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A EXPANSÃO DA AELO As rodovias exercem importante papel na AELO de hoje. Os aeroportos também. Tudo isso reforçado pelos telefones e pela internet. Nossa entidade, fundada no município de São Paulo há 37 anos, logo se expandiu pelo Interior paulista e agora está em 13 outros Estados. A comunicação difunde notícias, facilita contatos e abre caminho para o intercâmbio, numa AELO de origem estadual que soube fazer parcerias e atrair empresas de todas as regiões do Brasil. Os frutos da poderosa união são evidentes. E essa transformação teria de influir na nossa nova logomarca. Páginas 3 a 9 ANO 36 - EDIÇÃO 108 - JUNHO/JULHO DE 2018 WWW.AELO.COM.BR O novo símbolo da entidade vencedora. Páginas 2 a 5 Pesquisa revela o caminho dos lotes. Página 10 INFORMA

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Page 1: A EXPANSÃO DA AELO - Associação das Empresas de … · inicial de somar forças com empresas de loteamento e desenvolvimento urbano de todo o Estado. A adesão do Interior paulista

A EXPANSÃO DA AELOAs rodovias exercem importante papel na AELO de hoje. Os aeroportos também. Tudo isso reforçado pelos telefones e pelainternet. Nossa entidade, fundada no municípiode São Paulo há 37 anos, logo se expandiu peloInterior paulista e agora está em 13 outrosEstados. A comunicação difunde notícias, facilita

contatos e abre caminho para o intercâmbio,numa AELO de origem estadual que soube fazerparcerias e atrair empresas de todas as regiõesdo Brasil. Os frutos da poderosa união sãoevidentes. E essa transformação teria de influir na nossa nova logomarca. Páginas 3 a 9

ANO 36 - EDIÇÃO 108 - JUNHO/JULHO DE 2018 WWW.AELO.COM.BR

O novo símbolo da entidade vencedora. Páginas 2 a 5

Pesquisa revela ocaminho dos lotes. Página 10

INFORMA

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Diretoria

PresidenteCaio Carmona Cesar Portugal

Vice-PresidenteElias Resnichenco Zitune

Diretores:Administrativo e FinanceiroArthur Matarazzo Braga

Relações InstitucionaisJorgito Donadelli

Assuntos RegionaisÂngela Aparecida L. de Paiva Fernandes

Assuntos de Meio AmbienteRonaldo Lucas Brani

Conselho ConsultivoPresidenteCiro Pereira Scopel

Membros Efetivos

Flavio Augusto Ayres AmaryAntonio Augusto de Araújo Faria GuedesAntonio BasileLuiz Eduardo de Oliveira CamargoRoland Philipp Malimpensa

Membros SuplentesCarlos De GióiaTemístocles Maia Filho

Conselho FiscalMembros EfetivosPaulo Roberto VelziRoberto Cavalotti HaddadRuth Carmona Cesar PortugalMembros SuplentesCeci Soares Krähenbühl PiccinaJaques ZituneMarcos Cesar Walter

AELO Informa é a publicação oficial da AELOJornalista-responsável e textos:Luiz Carlos Ramos (MTb n.º 8.472-SP)Fotos: Luiz Carlos Ramos e Acervo da AELOArte: Glauco Eduardo Soares

AELO-SPAvenida Paulista, 575 - cjs. 509 e 510 -

São Paulo - SP CEP 01311-911Fone/fax: (11) 3289-1788e-mail: [email protected]

Visite nosso site na Internet: www.aelo.com.brPara anunciar neste jornal:

MRichards Criatividade, Inteligência e Marketing(11) 4616-1394 ou [email protected]

CAIO PORTUGAL

Não se muda pelo simples prazer demudar: as mudanças têm tudo a ver comos novos tempos. E a AELO decidiu mudarsua tradicional logomarca porque refletiusobre os novos tempos que esta entidadevem vivendo. No Brasil de hoje, em queuma expressiva parcela da população lutapara ajudar o País a tentar sair daprolongada crise política, econômica emoral, a AELO vem colecionando vitórias eampliando seu quadro associativo.

Nossa entidade foi fundada há 37 anos,na cidade de São Paulo, com o propósitoinicial de somar forças com empresas deloteamento e desenvolvimento urbano detodo o Estado. A adesão do Interiorpaulista foi instantânea, o que nos levou acriar várias delegacias regionais emcidades como Campinas e Sorocaba. Mas aevolução não parou aí: o progressivosucesso da AELO repercutiu em todo oBrasil, levando empresários de outrosEstados a aderir ao movimento de uniãopela segurança jurídica. Com isso, a AELO

está agora presente em 14 Estados.O Comitê de Desenvolvimento Urbano

(CDU), criado há 18 anos, integrado pelaAELO, Secovi-SP e SindusCon-SP, vemcontribuindo para esse crescimento, umavez que suas reuniões periódicas, em SãoPaulo, passaram a atrair interessados dosmais distantes rincões. E essa situaçãoimpulsiona uma produtiva troca de ideiasde âmbito nacional.

As páginas desta edição do jornal “AELOInforma” relatam importantes conquistasda nossa entidade e da atividade deparcelamento do solo nos últimos meses.Um dos temas principais é exatamente anova logomarca da AELO. Das cores deSão Paulo para as cores do Brasil. Tudo aver com a AELO de hoje e de amanhã.Confira a história da mudança de nossosímbolo e outras boas notícias. Quanto aofuturo, por mais nebuloso que o panoramapolítico possa parecer no mês de maio,resta torcer para que os eleitores estejamamadurecidos em outubro e façamescolhas realmente positivas para o País.Não temos mais tempo a perder.

A MARCA DO CRESCIMENTO

EDITORIAL

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Aqui está a nova logomarca da AELO,que surge em novo ciclo de evolução, deexpansão e de conquistas. A marca dopresente e do futuro. Está em vigor desdeabril.

A ideia de renovar a marca da AELOocorreu numa conversa entre opresidente Caio Portugal, o vice-presidente Elias Zitune e o diretor deRelações Institucionais, Jorgito Donadelli,no fim de 2017. O processo durou algunsmeses, encerrando-se na reunião daDiretoria de 26 de março, em que aaprovação da proposta da nova logomarcafoi um dos temas principais.

Jorgito Donadelli, também delegadoregional da AELO em Franca, indicado porCaio Portugal para buscar alternativas deum símbolo e de uma comunicação visualque viessem a representar aquilo que aAELO é hoje, explica detalhes da mudança:“Ultimamente, ao verificar que chegavamnovos associados de outras regiões do Paíse que já havíamos atingido um total de 14Estados, percebi que a AELO é mesmo umaentidade de abrangência nacional.Conversei com o Caio quando de uma denossas viagens para o Interior e perguntei:‘Por que não atualizarmos a marca?’ Assim,sairia a imagem do Estado de São Paulo,

Estadodo qual nos orgulhamos, e teríamos umaidentidade mais abrangente, mais

condizente com nossa atuação. Opresidente concordou que já era mesmotempo de fazer a mudança. E me pediupara buscar alternativas para a nova marca.

Jorgito conta que, uma vez incentivadopelo presidente Caio Portugal, pesquiseientre especialistas em logomarcas erecebeu sugestões que levavam em contao campo de atuação e o atual perfil daentidade. “Então, repassei o material aoCaio”, recorda Jorgito: Em fevereiro, numareunião de expediente da AELO, poucoantes do Carnaval, o presidente designoua mim e ao vice-presidente, Elias Zitune,para que cuidássemos deste projeto.Iniciamos o trabalho de imediato em umaplataforma de designers, a We Do Logos.Depois do briefing preenchido emconjunto com o Elias, passamos a recebersugestões. Algumas eram muitointeressantes. Era apenas necessário fazerajustes, que expusemos ao Caio. Echegamos a um resultado queacreditamos ser positivo. É um símbolo deforma circular, que engloba as quatroletras da entidade e indica a atuação deempresas que abrem ruas e geram lotes. Asigla AELO, em amarelo, com tipologiamoderna, se destaca num círculo sobre ofundo verde.”

Por mais de 30 anos, a AELO exibiu umalogomarca que tinha tudo a ver com suaorigem: o Estado de São Paulo. Vermelho,branco e preto, as cores paulistas, eramcompletadas na marca original por um mapaestilizado do Estado mais populoso do País,no qual a AELO nasceu em 1981 e ondecresceu nas décadas seguintes. O antigosímbolo entra para a história. E as corespaulistas continuam merecendo.

Desde abril, o desenho de estilo modernoda nova logomarca vem ocupando espaçona comunicação da entidade. A AELO, ao serfundada, 37 anos atrás, tinha o nome deAssociação das Empresas de Loteamento eDesenvolvimento Urbano do Estado de São

Paulo,resultado do desdobramento da AssociaçãoNacional dos Empresários de Loteamentos(ANEL). Por sua vez, a ANEL havia sido criadaapós a Lei n.º 6.766/79 e daria origem àsvárias entidades estaduais.

Uma das mais entusiasmadas mensagensde congratulações recebidas pela AELO apósa mudança do símbolo é a de MariângelaIamondi Machado, da Focus Trading

Associações & Bairros Planejados, e membrodo Comitê de Desenvolvimento Urbano(CDU): “Recebam meus cumprimentos pelonovo e maravilhoso logo da AELO, queconsegue demonstrar a representatividadede abrangência nacional, e também aconsolidação da marca do respeito dessaentidade para com o território brasileiro. Apreservação do solo e do meio ambiente,através da adequada escolha das coresverde e amarela. É adicionada a geometriade um parcelamento do solo que servecomo simbologia do árduo, contínuo,determinado e responsável esforço dosloteadores, em prol de um país cada vezmais livre e desenvolvimentista.”

A LOGOMARCA DO PRESENTE E DO FUTURO

O respeito à história do símbolo do passado

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Jorgito Donadelli emocionou-se, na reunião doComitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) de 26 deabril, quando o presidente Caio Portugal o chamou àfrente do auditório, citando-o como responsável pelachegada da AELO à nova logomarca, revelada pelotelão. Aplausos do público para o criativo símbolo verdee amarelo, para a AELO e para Jorgito.Diretor de Relações Institucionais daAELO desde 2017, ele posou para fotoscom seu novo cartão de visitas verde.

Natural da cidade paulista de Franca,Jorgito Donadelli graduou-se emAdministração de Empresas pela PUC deSão Paulo e tem MBA em Administraçãopelo Insper. Também fez curso deespecialização em Branding ePosicionamento de Marcas no Insper.Filho de Jorge Félix Donadelli, tradicionalindustrial de calçados masculinos emFranca que passou a dedicar maior atenção ao setorimobiliário, Jorgito começou a trabalhar logo cedo,ajudando o pai nos negócios. “Por causa dos estudos,tive de interromper aquele trabalho, mas vendi sapatosde Franca aos meus colegas da PUC, instituição da qualsinto saudade”, conta Jorgito. “Numa conversa com meupai, decidimos que eu iria para a Itália para buscar um

design mais atualizado para a linha de calçados dafábrica Donadelli. E vieram inúmeras outras viagens, em20 anos que cuidei do desenvolvimento da linha deprodutos. Então, comecei a gostar de design. Meu paiadora escrever. Já minha mãe, Maria Luiza JunqueiraDonadelli, é uma artista em bordados e em pintura em

tecidos. O convívio com eles me estimulouao lado artístico.”

Nas escolas e em clubes, Jorgito praticounatação, equitação, basquete, mas fez maissucesso no judô: na adolescência, foi vice-campeão brasileiro. Hoje em dia, praticacorridas de longos percursos. E o futebol?“Adoro futebol, mas só para assistir. Comojogador, sou um fiasco. Torço para oPalmeiras, tradição na família descendentede italianos”, explica. E brinca: “O verde damarca AELO é do Brasil, nada a ver com oPalmeiras.”

Dez anos atrás, quando Jorge Félix Donadelli decidiuencerrar seu trabalho industrial em calçados, optandopor se concentrar sua segunda atividade empresarial, ade imóveis, pai e filho se associaram numa empresapara produzir loteamentos. Deu certo: a JFDEmpreendimentos faz sucesso em Franca e no Sul deMinas. Dos sapatos para a tarefa de amassar barro em

glebas, Jorgito precisou aprimorar os conhecimentos.Ele relembra: “Fui atrás de quem conhece. Procurei oprofessor Vicente C. Amadei na Universidade Secovi.Admiti que nada sabia sobre o ramo, mas ele disse queeu havia ido bem na prova do GParsolo e sugeriu quefrequentasse o CDU, coordenado por Caio Portugal. Em2012, Caio foi a Franca para fazer palestra naAssociação dos Engenheiros, verdadeira aula sobreloteamentos. Meu pai, que havia fundado a Alfa,entidade regional de loteadores, convidou-o para umalmoço com empresários. Lá estava também ÂngelaPaiva, diretora de Assuntos Regionais da AELO, quesugeriu a criação de uma Regional em Franca. Caioaprovou a ideia e fui indicado delegado. Há um ano,sou também diretor de Relações Institucionais.”

Jorgito tem sido útil não só para a mudança dalogomarca: aceitou o desafio passado por CaioPortugal, de ampliar e reforçar o quadro de Delegaciasda AELO no Interior. A missão tem sido um sucesso,como se vê nas páginas 8 e 9 deste jornal. Não chega aser surpresa para o orgulhoso pai. “Certa vez, quandoJorgito tinha 7 anos, quando minha sogra pediu a elepara ir comprar um litro de leite no armazém ali perto”,conta Jorge Félix. “O menino demorou para voltar, mastrouxe. Encontrou leite só num local mais distante. Aavó reclamou da demora, o menino ouviu em silêncio.Depois, ele me contou que havia aprendido em casaque, tendo uma missão pela frente, teria de ir atrás.Mesmo que fosse longe.”

A criatividade na imagem da AELOREPORTAGEM

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As 14 bandeiras estaduais que hojesimbolizam a presença da AELOrepresentam mais da metade das unidadesda Federação, mais da metade dapopulação brasileira e o maior volume doPIB nacional. O Brasil é integrado por 26Estados e pelo Distrito Federal. São estesos Estados das empresas associadas ànossa entidade: São Paulo, Paraná, MatoGrosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, MinasGerais, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco,Rio Grande do Norte, Ceará, Pará,Rondônia e Tocantins. E a lista deveráaumentar. O presidente da AELO, CaioPortugal, e a sede da associação, em SãoPaulo, vêm recebendo solicitações deempresários de todas as regiões do Paísque mostram interesse em se associar.Cada pedido é estudado pela Diretoria epelos Conselhos para posterior aprovaçãodo novo membro.

Por acaso ou não, a mesa de conduçãodos trabalhos da reunião de 26 de abril doComitê de Desenvolvimento Urbano (CDU),em São Paulo, contou com doisempresários de outros Estados que têmtudo a ver com a expansão da AELO:Geraldo Paiva, de Mato Grosso do Sul, eDouglas Luiz Vaz da Silva (fotos).

Quais características unem Douglas LuizVaz da Silva e Geraldo Paiva, que até aaquela reunião coordenada por CaioPortugal não se conheciam? A resposta: osdois estão nas extremidades do históricoda chegada da AELO a outros Estados.Geraldo, de Campo Grande, capital deMato Grosso do Sul, tornou-se, por meiode sua empresa, a Financial, o primeiromembro de fora do Estado de São Paulo ase associar a AELO, em 1994; Douglas, daempresa Vaz, de Vitória, ajudou o EspíritoSanto a entrar na galeria de bandeiras daAELO, em 2017. É a 14.ª bandeira.

Geraldo Paiva, atualmente vice-presidentedo Secovi de Mato Grosso do Sul, gostou derever amigos na reunião do CDU, realizadana sede do Secovi-SP, e conversou bastantecom Ciro Scopel, seu vizinho junto à mesa.Ele relembrou a época de sua entrada naAELO: “Foi há 24 anos. O presidente era oCarlos De Gióia. É maravilhoso ver o quantoessa entidade cresceu e se fortaleceu.” Para

Geraldo, a sinergia entre a AELO e os Secovispelo Brasil têm sido fundamental ao setorimobiliário.

Douglas Luiz Vaz da Silva, diretor doSindusCon do Espírito Santo e dirigente daAssociação de Empresas do MercadoImobiliário do Estado do Espírito Santo(ADEMI-ES), foi oficializado por CaioPortugal, em 27 de novembro de 2017como delegado regional da AELO noEstado. Naquele dia, houve o 1.º Encontrocom Líderes do Setor de Loteamentos doEspírito Santo, em Serra, na regiãometropolitana de Vitória, com aparticipação de Caio e de dirigentes locais,marcando a união entre a AELO, a ADEMI-ES, o Secovi-ES e o SindusCon-ES. Nareunião de São Paulo Douglas mostrou-seanimado: “Em poucos meses, a união játem dado frutos no Espírito Santo, com acriação de grupos de trabalho que sereúnem com frequência para debaterproblemas e possíveis soluções. Para isso,nossos contatos com a AELO em São Paulotêm grande valor.”

A mesa do CDU, em 26 de abril, foicompletada por Caio Portugal, Elias Zitune(vice da AELO), Claudio Bernardes, LairKrähenbühl, Ciro Scopel e Vicente C.Amadei.

AS 14 BANDEIRAS DA ENTIDADE UNIDAEDIÇÃO 108 - JUNHO/JULHO DE 2018 WWW.AELO.COM.BR

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O Triângulo Mineiro, por meio de Uberlândia– o segundo município mais populoso deMinas Gerais, atrás apenas da capital, BeloHorizonte –, mostra expressivo exemplo demodernidade nas relações entre o poderpúblico e o setor privado, em benefício doscidadãos. Em 21 de março, o prefeito OdelmoLeão e o presidente da Associação dasEmpresas de Loteamento e DesenvolvimentoUrbano do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba(AELO-TAP), José Eduardo Ferreira, assinaramtermo de cooperação que possibilita aimplantação de método mais simplificado paraanálise e aprovação de projetos deplanejamento urbano e parcelamento do solonaquele município.

Em São Paulo, o presidente da AELO, CaioPortugal, comemorou a notícia da importanteconquista da comunidade de Uberlândia. Eledisse que nossa entidade também está felizcom a informação, já que a AELO-TAP, umajovem associação regional, é filiada à AELOdesde 2016. “A união entre empreendedoresde parcelamento do solo vive uma excelentefase”, comentou Caio. A AELO-TAP, que sidouma filiada aguerrida, influente em todo oTriângulo Mineiro, recorreu a uma estratégiade diálogo para obter o acordo emUberlândia, com apoio de um prefeito devisão, Odelmo Leão.”

O acordo vai envolver os esforços conjuntosda entidade e das secretarias municipais. Nafoto, o prefeito Odelmo Leão e o dirigenteJosé Eduardo Ferreira assinam o termo decooperação. Odelmo, ex-secretário da

Agricultura do Estado de Minas, foi eleitoprefeito de Uberlândia pelo PP no primeiroturno, com 72,05% dos votos válidos em 2016,tendo assumido o cargo pela terceira vez em1.º de janeiro de 2017. Seu antecessor, GilmarMachado, do PT, ficou em terceiro lugar, com10,28%.

Na prática, a cooperação estabelece queprofissionais indicados pelo Poder Executivo epela entidade devem trabalhar para elaborarações que possam melhorar e agilizar oprocesso de análise e aprovação de projetosdentro da prefeitura. Um trabalho que, pormeio de um diagnóstico, já começou a serdesenvolvido. A cooperação tem prazo de seismeses, podendo ser prorrogada medianteacordo entre as partes.

Os trabalhos a serem implantados peloacordo devem, conforme expectativa daadministração municipal e da AELO-TAP,melhorar de forma significativa a eficiência e o

tempo de análise dosprojetos que dão entradana Prefeitura deUberlândia. Assim queações forem implantadas,não só o processo internoserá mais célere comotambém será possívelorientar e contribuir paraque os profissionais queatuam na área entreguemprojetos emconformidade com asnormativas técnicas e alegislação (Lei Municipal

nº 523/2011 – Lei de Parcelamento do Solo).O prefeito Odelmo Leão explicou aos

participantes do evento: “Venho dizendo erepito que parcerias são importantes para areconstrução de Uberlândia. E essa é mais umaparceria público-privada exemplar, quebeneficiará nossa população. Logicamente, seconseguirmos analisar projetos rapidamente ecom eficiência, respeitando a legislação,impulsionaremos a economia. Isso significanovos investimentos em empreendimentoshabitacionais, que geram emprego e renda.”

José Eduardo Ferreira, da AELO-TAP, entidadeque abrange 66 municípios, ressaltou:“Confiamos que, juntos, faremos um ótimotrabalho. Assim, poderemos contribuir para ocrescimento sustentável, social e econômicoda cidade. Para isso, estamos trazendo umaconsultoria especializada na questão, que nosauxiliará nos trabalhos.”

O MODERNO EXEMPLO DE UBERLÂNDIA

REPORTAGEM

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No final de 2017, as duas novas delegaciasno Oeste de São Paulo, focalizadas naedição anterior do jornal “AELO Informa”,possibilitaram um grande avanço da AELOpara servir a todo o Estado. Já aconsolidação da entidade em Ribeirão Preto,em março, representou fortalecimento numaimportante área metropolitana, integradapor 34 municípios, como se mostra nestaedição. O astral tem sido de intensootimismo nas três regiões.

A programação começou com uma visitados dirigentes da AELO aos novos bairros deRibeirão Preto, criados nas três últimasdécadas a partir de loteamentos que sãoverdadeiros exemplos de urbanismo,qualidade de vida e respeito ao meioambiente. Em seguida, houve almoço deconfraternização num restaurante. À tarde, areunião na sede regional do SindusCon-SPpossibilitou a Caio Portugal não só falar aempresários sobre a atuação da AELO nadefesa da segurança jurídica dosempreendedores como também relembrarimportantes passagens da entidade eoficializar a posse de João Theodoro naRegional. A seguir, a comitiva esteve naPrefeitura e foi recebida pelo prefeitoAntônio Duarte Nogueira Júnior e váriossecretários.

Na foto de cima, Duarte Nogueiraconversa com João Theodoro e Caio,oferecendo apoio ao setor imobiliário. Aagenda terminou na Câmara Municipal deRibeirão Preto, possibilitando encontro comvereadores.

João Theodoro Feres Sobrinho, natural deRibeirão Preto, é engenheiro formado pelaEscola de Engenharia de São Carlos, da USP,

e tem atuado na iniciativa privada comodiretor da Habiarte, do grupo empresarialcriado em 1985 por Paulo Tadeu Rivalta deBarros. Apaixonado por sua cidade, JoãoTheodoro atuou na administração pública,tendo colaborado nas gestões de trêsprefeitos como secretário municipal. No

momento, ao trabalhar na iniciativa privada,apenas torce pelo sucesso do atual prefeito,com quem mantém produtivo diálogo.

A foto de baixo mostra o momento emque foi inaugurada, em 1.º de dezembro, asede da Regional Oeste da AELO, emBirigui. O presidente Caio e orepresentante Regional do Oeste, JulioPeixoto, que é empresário da cidade deOsvaldo Cruz, cortam a fita, tendo ao lado,entre outros, os empresários Lineu Capel eJairo Abdo, de Birigui; o responsável pelaRegional de Presidente Prudente, LucasKrasucki (à esquerda), e o diretor deRelações Institucionais da AELO, JorgitoDonadelli (à direita). A sede está instaladanuma sala do primeiro andar da empresaElmar Loteamentos, cordialmente cedidapor Lineu Capel, na Avenida NelsonCalixto.

Numa sequência de seis meses, a AELO instalou três novas DelegaciasRegionais no Interior de São Paulo, ampliando sua presença no Estado:Presidente Prudente, Oeste Paulista (Birigui) e Ribeirão Preto. Semprecom a presença do presidente Caio Portugal, nossa entidade marcou achegada a essas cidades por meio de eventos em 15 de setembro(Presidente Prudente), 1.º de dezembro (Birigui) e 15 de março (RibeirãoPreto). A AELO, que sempre teve grande participação na região deSorocaba e, mais tarde, nas regiões de Campinas, Bauru, Vale do Paraíba e

Franca, deverá reforçar ainda mais sua rede de delegacias noInterior paulista, sob a liderança do presidente Caio e comparticipação direta do vice-presidente, Elias Zitune, e do diretorde Relações Institucionais, Jorgito Donadelli. As próximasmetas serão anunciadas brevemente.

A instalação da nova Delegacia Regional foi o ponto altoda série de eventos dos quais a delegação da participou, em15 de março, em Ribeirão Preto. Ao longo de 12 horas, a

A NOVO CICLO DE EXPANSÃO DA AEREPORTAGEM

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Do Oeste a Ribeirão Preto, otimismo geral

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As três fotos desta página mostram osmomentos em que o presidente CaioPortugal entregou os certificados denomeação aos delegados regionais dePresidente Prudente, Oeste Paulista eRibeirão Preto, oficializando a presença daentidade em três regiões paulistas degrande evolução. A efervescência econômicadessas regiões é compartilhada pelaatividade de parcelamento do solo, com asempresas desenvolvendo expressivosloteamentos. Presidente Prudente é um poloavançado do Oeste em direção às divisascom o Paraná e com Mato Grosso do Sul,atraindo o interesse de dezenas demunicípios. Birigui, por sua vez, passou a sersede da Regional do Oeste Paulista, queenvolve Araçatuba, Penápolis, Osvaldo Cruze outras importantes cidades. Ribeirão,centro de região metropolitana, é exemplode qualidade de vida no País.

Na foto do alto, de Ribeirão Preto, em 15de março, o João Theodoro Feres Sobrinhoestá no centro, exibindo o ofício da AELO,tendo à esquerda o empresário local SílvioContart e, à direita, o diretor regional doSindusCon-SP, José Batista Ferreira. Aseguir, da esquerda para a direita, CaioPortugal, Elias Zitune, Luís PauloGermanos, Jorgito Donadelli, Jorge FélixDonadelli e Lair Krähenbühl.

Já nas duas fotos de baixo, a daesquerda, é de 15 de setembro, emPresidente Prudente: Caio Portugalentrega ao empresário local Lucas Krasuckio certificado de indicação para ser orepresentante da AELO naquela região. Afoto da direita foi tirada em 1.º dedezembro, em Birigui, mostrando Julio

Peixoto ao receber de Caio o ofício de suahomologação como delegado regional noOeste Paulista.

Logo após a instalação das trêsdelegacias, cresceu o número de empresas

daquelas regiões interessadas em seassociar à AELO. Para Caio Portugal, afiliação à entidade contribui para reforçara união do setor de parcelamento do solopela busca de solução para os problemas.

programação revelou-se expressiva oportunidade de somade forças entre a AELO, outras entidades e o empresariadoda região, assim como a arrancada para o estabelecimentode diálogo com a Prefeitura e com a Câmara Municipal. AAELO esteve representada pelo presidente Caio Portugal,por dois outros membros da Diretoria – o vice-presidente,Elias Zitune, e o diretor de Relações Institucionais, JorgitoDonadelli – e pelo coordenador do Conselho Jurídico, Luís

Paulo Germanos, que viajaram de São Paulo para Ribeirão. Adelegação ganhou o reforço de Lair Krähenbühl, vice-presidente doSecovi-SP para o Núcleo Estratégico Legislativo, membro do Comitêde Desenvolvimento Urbano (CDU) e ex-secretário da Habitação doEstado de São Paulo. Também integrou o grupo Jorge Félix Donadelli,presidente da Associação dos Loteadores e EmpreendedoresImobiliários de Franca (Alfa), e cuja empresa, a JFD Empreendimentos,é filiada à AELO.

Três regiões paulistas de grande evolução

ELO PELO INTERIOR DE SÃO PAULOEDIÇÃO 108 - JUNHO/JULHO DE 2018 WWW.AELO.COM.BR

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Os três meses que se passaram entre asduas primeiras reuniões do CDU em 2018 –a de 22 de janeiro e a de 26 de abril –garantiram valiosas informações sobre oandamento da Pesquisa de Mercado deLoteamentos Residenciais 2018, iniciativaque o presidente da AELO, Caio Portugal,considera de fundamental importância paraos empreendedores de parcelamento dosolo. O projeto havia sido lançado na últimareunião do CDU de 2017, em 2 dedezembro. O amplo levantamento servirá deapoio às empresas, para que conheçammelhor o mercado consumidor e suasperspectivas de comercialização. O trabalhoé resultado de uma parceria entre o Secovi-SP, a AELO e a empresa Brain – Bureau deInteligência Corporativa.

Celso Petrucci (foto), economista-chefe doSecovi-SP e presidente da Comissão daIndústria Imobiliária (CII) da CâmaraBrasileira da Indústria da Construção (CBIC),é um dos coordenadores dessa inéditapesquisa na área de desenvolvimentourbano, com apoio técnico dos economistasda entidade Edson Kitamura e LaryssaKakuiti e das equipes da Brain. Ele participou

das reuniões do CDU no fim de 2017 e doinício de 2018 para demonstrar anecessidade de as empresas aderirem aoprograma: “O constante sucesso datradicional Pesquisa do Mercado Imobiliáriodo Secovi-SP vem, principalmente, daparticipação das empresas na amostragem.A credibilidade alcançada por aquelapesquisa anual se deve a três fatores –imparcialidade dos resultados e relatórios,confidencialidade dos dados e critériosestatísticos adotados. Nesta pesquisa, em

que são focalizados inicialmente 55municípios paulistas com grande número deprojetos apresentados e aprovados noGrupo de Análise e Aprovação de ProjetosHabitacionais do Estado de São Paulo(Graprohab) de janeiro de 2013 a setembrode 2017, é imprescindível a colaboração dasempresas quanto ao questionário a serrespondido.”

Fábio Tadeu Araújo, coordenador dapesquisa por parte da empresa Brain,Bureau de Inteligência Corporativa, quehavia participado das duas reuniões doCDU ao lado de Celso Petrucci, estevenovamente no Comitê em 26 de abril paraapresentar os primeiros resultados dolevantamento. Ele começou sua explanaçãocomentando que, em 50 dias, duas equipesda Brain, com apoio dos especialistas doSecovi-SP, visitaram 55 cidades,percorrendo 9 mil quilômetros de rodovias,mais do que a distância entre os pontosextremos Norte e Sul do Brasil – Oiapoqueao Chuí (4.182 km em linha reta, 7.316 kmem estradas). “Levamos em conta osnúmeros do Graprohab, informações deempreendedores e todas as RegiõesAdministrativas do Estado de São Paulo,

que, que somam 645municípios, nãocorrespondem às regiõesmetropolitanas.”

O representante da Braincomentou: “Indo a campo,conseguimos informaçõessobre os lançamentos deprojetos de loteamentoslançados em cada ano, nas15 regiões. Em 2017, porexemplo, a RegiãoAdministrativa de Campinasficou em primeiro lugar noranking de lançamentos,aparecendo em segundo

lugar a região de Ribeirão Preto e, emterceiro, a de Sorocaba. Foi possíveldescobrir informações sobrecomercialização, detectando produtos demaior aceitação, enquanto outros foramsendo vendidos de modo mais lento, anopor ano.”

Já que a pesquisa continua em andamentocom visitas a outros municípios, o CDUplaneja para as próximas semanas adivulgação de uma análise completa dosdados, a serem atualizados a cada ano.

PESQUISA INÉDITAREVELA RESULTADOS

REPORTAGEMREPORTAGEM

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Análise do PresidenteCAIO PORTUGAL

A AELO, em conjunto com várias entidadesrepresentativas do Mercado Imobiliário, emespecial o Secovi-SP e a CBIC, vemdiscutindo com os Poderes Legislativo,Executivo e Judiciário, a necessáriaregulamentação da aplicação do Artigo n.º53 do Código de Defesa do Consumidor nashipóteses de rescisão de contrato porinadimplemento do adquirente de LoteUrbanizado.

Apresentamos aqui um breve histórico, atéo advento do Código de Defesa doConsumidor (Lei 8.078/90, promulgada em11/09/1990), as rescisões de compromissosde compra e venda de lotes obedeciam aoquanto determinado nos Artigos 32 a 35 daLei 6.766/79. A partir do Código e, emespecial, pela disposição do Art.53 :

“Art. 53. Nos contratos de compra e vendade móveis ou imóveis mediante pagamentoem prestações, bem como nas alienaçõesfiduciárias em garantia, consideram-se nulasde pleno direito as cláusulas queestabeleçam a perda total das prestaçõespagas em benefício do credor que, em razãodo inadimplemento, pleitear a resolução docontrato e a retomada do produto alienado.

• 1° (Vetado).• 2º Nos contratos do sistema de

consórcio de produtos duráveis, acompensação ou a restituição das parcelasquitadas, na forma deste artigo, terádescontada, além da vantagem econômicaauferida com a fruição, os prejuízos que odesistente ou inadimplente causar ao grupo.

• 3° Os contratos de que trata o caputdeste artigo serão expressos em moedacorrente nacional.”

O Poder Judiciário passou a orientar suasdecisões revogando a aplicação do Art. 35da Lei 6766/79, que regrava objetivamenteos valores a serem devolvidos pelo Loteadorno caso de inadimplemento do adquirentede Lote, o que vem gerando enormeinsegurança jurídica, pois vários aspectoslegais intrínsecos à atividade privada delotear não vêm sendo observados, a saber,minimamente:

- As despesas que são irrecuperáveis ao

Loteador quando do evento da rescisão, e,portanto, esses valores devem ser retidosem favor do loteador. Exemplos: Valorespagos a título de intermediação da venda,despesas administrativas e de marketing,tributos incidentes sobre a venda erecebíveis não passíveis de compensação;

- A indenização pelo dano causado emdecorrência do Inadimplemento: Cláusulapenal compensatória, entre outras;

- A indenização pelo custo oportunidadeexercido pelo adquirente que dá causa àrescisão pelo inadimplemento, a fruição pelavantagem econômica exercida;

- O reembolso ao loteador das obrigaçõesassessórias decorrentes da aquisição doslotes (impostos incidentes – IPTU, Taxas deconservação do sistema de iluminaçãopública, taxas associativas ou a essasequiparadas, entre outros).

Dessa maneira, e justamente pelo veto dolegislador à época da edição do Código deDefesa do Consumidor ao Parágrafoprimeiro do Art. 53:

•Art. 53 DO CDC 1º - VETADO : 1°- Nahipótese prevista neste artigo, o devedorinadimplente terá direito a compensação ouà restituição das parcelas quitadas à data daresolução contratual, monetariamenteatualizada, descontada a vantagem

econômica auferida com a fruição.•Motivo do Veto do parágrafo 1º: Torna-se

necessário dar disciplina mais adequada àresolução dos contratos de compra e venda,por inadimplência do comprador. A vendade bens mediante pagamento emprestações acarreta diversos custos para ovendedor (grifo), que não foramcontemplados na formulação do dispositivo.A restituição das prestações,monetariamente corrigidas, sem levar emconta esses aspectos, implica tratamentoiníquo, de consequências imprevisíveis edanosas para os diversos setores daeconomia. (grifo nosso)

Deve se ressaltar que o próprio legisladorem 1990, há exatos 28 (vinte e oito) anos, jáentendia que regulamentar essa relaçãodeveria ser melhor desenvolvida pelasociedade.

A verdade é que, passado todo essetempo, e como a jurisprudência nãoproduziu o equilíbrio necessário aomercado, a AELO e outras entidades vêmbuscando dialogar junto ao PoderesLegislativo, Executivo e Judiciário,procurando transmitir as especificidadesdessa importante segmento da Economia, ea necessidade de se restabelecer a discussãopela reinserção do parágrafo primeiro doArt. 53 com todos os aspectos necessários àprodução da segurança jurídica a todo omercado, e não à proteção de apenas umaparte.

Nesse sentido, pode-se consignar duasações perenes: reuniões com os legisladorese o poder executivo, tendo em vista projetosde lei que visam regular a questão dosdistratos, e uma ação direta com semináriose eventos, junto aos órgãos de defesa doconsumidor (Procons), e Poder Judiciário(Seminários no STJ e em TJs).

O que pretendemos é a construção deentendimentos claros sobre os direitos edeveres dos que atuam nesse mercado,tanto aos loteadores, quanto aos clientesadquirentes de lotes, buscando a proteçãodo todo (clientes adimplentes e loteadoresadimplentes), garantindo a manutenção daoferta da área urbanizada, item fundamentalpara o desenvolvimento sustentável dasociedade urbana brasileira.

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O QUÊ SE DEVE SABER SOBRE DISTRATO

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Uma vez que a busca de segurançajurídica tem sido uma das grandes metasdos empreendedores imobiliários, que seassustam com normas e leisimprovisadas, a AELO tem algo acomemorar, com base em vitóriasconquistadas por meio do diálogo juntoao poder público e, em último recurso,através de ações na Justiça. Apesar detantas barreiras impostas pela burocraciae por legisladores apressados, a atividadede parcelamento do solo no País tevefatos positivos em 2017, registrados naúltima edição do jornal “AELO Informa”.Desta vez, temos a registrar duas vitóriasobtidas em 2018 no âmbito dos órgãosdo meio ambiente do Estado de SãoPaulo.

Em 17 de julho do ano passado, o entãosecretário do Meio Ambiente, RicardoSalles, fez uma palestra no Secovi-SP eanunciou a correção de um antigo errodaquela pasta, acabando com a Resoluçãon.º 31/2009 da SMA, de restrições aosprojetos de parcelamento do solo. Nesteano, numa prova de que o diálogo não serestringe a partidos políticos ou aoeventual ocupante de cargo público, onovo secretário do Meio Ambiente,Maurício Brusadin, mostrou-se totalmenteaberto à troca de ideias e até a umaparceria técnica ao falar a líderesempresariais em 6 de fevereiro, no Secovi-SP. Ele apresentou os planos de sua pastaem debate coordenado por Caio Portugal,vice-presidente de DesenvolvimentoUrbano e Meio Ambiente do Secovi-SP epresidente da AELO.

Brusadin defendeu a tese de aSecretaria do Meio Ambiente e o Secovi-

SP, com parceria da AELO, atuaremconjuntamente em frentes relacionadascom o licenciamento ambiental. E foialém: abriu a possibilidade de tal atuação

conjunta ser também utilizada até naelaboração de propostas inovadoras,como é o caso de habitaçõessustentáveis. “Precisamos construir umprojeto que pare em pé no aspectoambiental, técnico, mercadológico esocial. E aproveitar o ano eleitoral paraapresentá-lo”, disse o secretário. “Nossafilosofia de trabalho é colocar a técnicaacima de visões políticas ou ideológicas.É assim que respondemos corretamente àsociedade.”

Já em 6 de abril, a grande notícia ficoupor conta do Conselho Jurídico da AELO:o advogado Luís Paulo Germanos,coordenador do Conselho, estava numareunião com Caio Portugal e outrosdirigentes quando seu telefone celulartocou. A ligação era de seu escritório, nobairro de Pinheiros, informando sobre anova vitória da AELO e de todo o CDU(AELO, Secovi-SP e SindusCon-SP) naJustiça do Estado de São Paulo. Por meiode eficiente trabalho dos advogados LuísPaulo e Renata Mathias de Castro Neves,foi possível suspender o reajuste abusivode taxas para licenciamento ambiental deprojetos por parte da CompanhiaAmbiental do Estado de São Paulo(CETESB), empresa ligada à Secretaria doMeio Ambiente. Imediatamente, Caiocumprimentou o dr. Luís Paulo, pedindo-lhe também para transmitir seuagradecimento à dra. Renata.

Luís Paulo está à direita, na primeirafoto, tirada em Ribeirão Preto em 15 demarço; Renata aparece na segunda foto,na reunião do CDU de 26 de abril, emque foi elogiada por Caio Portugal porsua atuação no Conselho.

O concurso desta edição propõe: idealize uma frase sobreBrasília, cidade de tantos ângulos e opiniões, envie [email protected] e concorra a um livro. Na edição anterior,não houve acertadores.

MEIO AMBIENTE, DIÁLOGO E JUSTIÇA

Concurso: Brasília não merece uma frase sua?

REPORTAGEM

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ARTIGO

Sob o título “A histórica decisão do STF sobreo Código Florestal, o presidente da AELO e vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e MeioAmbiente do Secovi-SP, Caio Portugal (foto)publicou artigo na Coluna Secovi, na edição de7 de março do jornal “O Estado de S. Paulo, emque aborda a importância da decisão doTribunal na sessão de 28 de fevereiro. Na época,ele agradeceu ao advogado Marcos Saes por teracompanhado a votação em Brasília eproduzido análise para a AELO.

Este é o texto integral do artigo de CaioPortugal a respeito do tema:

Um país que não respeita leisdemocraticamente aprovadas pelosrepresentantes de seu povo dificilmente podeser definido como nação. Diante disso, adecisão do Supremo Tribunal Federal (STF), emjulgamento das ações que questionavam dedispositivos do novoCódigo Florestal (Lei12.651/2012), veioreafirmar esse valorfundamental. Emsessão realizada em28/2/18, e com voto dodecano ministro Celsode Mello, o Supremomanteve aconstitucionalidade damaioria dos artigos contestados. Assim, alegislação ambiental continua a vigorar nosexatos termos definidos pelo Legislativo.

Alguns aspectos do Código Florestalguardam relação com a indústria imobiliária.Dentre eles:

•Exigir a comprovação de inexistência dealternativa técnica e locacional para todos oscasos de intervenção em Áreas de PreservaçãoPermanente (APP) por utilidade pública. Ouseja, quando não houver local alternativo, estámantida a possibilidade de intervenção parainstalação de obras de infraestrutura destinadasàs concessões e aos serviços públicos detransporte, sistema viário (incluindo osnecessários aos parcelamentos de solo urbanoaprovados pelos municípios), saneamento,energia, telecomunicações, radiodifusão emineração, excetuando-se, neste último caso, aextração de areia, argila, saibro e cascalho;

•Reconhecer que o entorno das nascentes ede olhos d’água intermitentes configura APP,devendo receber o mesmo regramento deproteção concedido às nascentes permanentes;

•Permitir a compensação apenas entre áreascom identidade ecológica;

•Afastar o risco de decadência ou prescriçãodos ilícitos ambientais, praticados antes de 22de julho de 2008, no decurso de execução dostermos de compromisso celebrados no âmbitodos Programas de Regularização Ambiental.

Ressalte-se que um dos pontos maisrelevantes da decisão do STF é o que restringeo princípio da proibição do retrocessounicamente aos casos que houve ofensa aoconteúdo essencial da norma ambiental. Issotraz segurança jurídica (torna o passadoprevisível) e respeita a harmonia entreExecutivo, Legislativo e Judiciário, estabelecidaem nossa Constituição, e garante que osavanços necessários em matérias legislativas

não mais tenham seuconteúdo questionadopor interpretaçõessubjetivas que levam aentendimentosequivocados eretrocessos.

Assegura, enfim, queo processo de revisãolegal que a sociedadeimpõe, o Legislativo

regula e o Executivo implementa representacondição essencial ao Estado Democrático deDireito.

Como desdobramento da decisão doSupremo, espera-se que o Tribunal de Justiçade São Paulo reveja liminar que suspendeu oPrograma de Regularização Ambiental noEstado de São Paulo (Lei nº 15.684/2015),permitindo a aplicação dos institutos neleprevistos, em especial aqueles já atestados peloCadastro Rural Ambiental.

Comprovadamente, as reservas legaisinstituídas pelos proprietários rurais privadossão maiores do que as aéreas públicasinstituídas por unidades de conservação,reservas indígenas. Portanto, desempenhamdecisivo apoio à conservação ambiental e àpreservação dos recursos hídricos, marcos parao desenvolvimento sustentável das atuais efuturas gerações.

A HISTÓRICA DECISÃO DO STF SOBRE O CÓDIGO

O professor Vicente C. Amadeiinforma aos associados da AELO que aUniversidade Secovi está idealizandomais um curso voltado paraespecialistas em parcelamento do soloem 2018. “No segundo semestre,teremos o Curso de AtividadesEspecíficas de Loteamento, com aulasministradas por experientes docentes”,explica Vicente, que coordena esse tipode curso há 26 anos, ajudando aaprimorar novos gestores.

Para o primeiro semestre, aUniversidade Secovi programou doiscursos, ambos para a modalidadepresencial e para a opção detransmissão simultânea online. Oprimeiro foi “Desenvolvimento eaprovação de projetos de parcelamentodo solo urbano”, que começou em 23de abril e terminará em 17 de junho,com aulas às segundas e quartas-feiras,sob a coordenação do professorVicente. C. Amadei. Já “Contratosespecíficos e registro de loteamentos”,com aulas às terças e quintas-feiras, das19 às 22 horas, teve previsão decomeçar em 22 de maio e terminar em28 de junho.

Informações sobre inscrições:Telefones (11) 5591-1304 a 1308 etambém pelo [email protected].

Novo local das aulas: Sede do Secovi-SP, à Rua Dr. Bacelar, 1.043, VilaClementino, junto às Avenidas 23 deMaio e Rubem Berta, em São Paulo. Háestacionamento disponível à Rua LuísGóis, 2.100. Fácil acesso também pelometrô, estação Santa Cruz, Linha Azul.

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Cursosaprimoramnovos gestores

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Em cada reunião, cerca de cem participantes. O Comitê deDesenvolvimento Urbano (CDU) está completando 18 anos deparceria entre a AELO, o Secovi-SP e o SindusCon-SP, numaprodutiva união para debater problemas e soluções do segmento deparcelamento do solo. Nos seus primeiros anos, o CDU concentroudirigentes e empresas de cidades paulistas, mas foi ampliando seucampo de atuação. Hoje, suas concorridas reuniões, que recebeminteressados vindos de todas as regiões do País, contribuem paratirar dúvidas a respeito de leis e normas e para orientar os

empreendedores.O coordenador do CDU, Caio Portugal, presidente da AELO e vice-

presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP, explica: “O importante é que nesse ambiente não só focalizamosos problemas como também discutimos os caminhos para assoluções. Em 26 de abril, por exemplo, foram mostrados osresultados da grande e inédita pesquisa sobre o mercado deloteamentos no Estado de São Paulo. Tudo isso é possível com basena união. E o CDU significa união entre os empreendedores.”

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CDU, 18 ANOS DE PRODUTIVA PARCERIA

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Esta página é ilustrada por duas fotosque mostram o lado moderno de RibeirãoPreto, uma parte da mais recente safra deloteamentos numa cidade que se expandeem todas as direções. Uma foto é deempreendimento só de casas, que já seconsolidou. A outra foi tirada a partir deuma gleba em que começa a seconcretizar o futuro bairro planejado Ilhasdo Sul, resultado do projeto da Habiartepara erguer, progressivamente, 14edifícios de alto padrão, assim comoocorreu no premiado Residencial Morrodo Ipê, destaque da revista “Exame”. Emprimeiro plano, observa-se extensa áreade vegetação e, no fundo, os prédios daAvenida João Fiúsa, polo dedesenvolvimento ao pioneiro RibeirãoShopping. Os dois primeiros edifícios,Cidade de Montreal e Cidade deVancouver, lançados em 2017, estão emconstrução, explica o representante daAELO na região, João Theodoro FeresSobrinho. O empreendimento fica no prolongamento das Avenidas João Fiúsa e Presidente Vargas,além do Anel Viário, um refúgio desegurança próximo a shoppings, escolas euniversidades.

Crescer a partir de loteamentos é umatradição de Ribeirão Preto. No gabinetedo prefeito Duarte Nogueira, há quadrosque mostram a área central no fim doséculo 19. Uma área do romantismo deRibeirão, hoje ainda bastante frequentada:lá estão a Praça XV, o imponente TeatroPedro II, a Choperia Pinguim e o jardimque recebe a atual Feira do Livro.

No século 20, a expansão tomou o rumoda Rua Álvares Cabral, atravessou aAvenida 9 de Julho e originou bairroscomo Sumaré, City Ribeirão e Ribeirânia.Por trás dessa evolução está o trabalho deloteadores, como em tantas outrascidades do Interior de São Paulo e deoutros Estados.

LOTEAMENTOS QUE MUDAM CIDADES

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