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informa informa Ano 35, Número 105 Março/Abril - 2017 Página 3 AELO 36 ANOS DE EVOLUÇÃO Caio Portugal reeleito presidente; Elias Zitune é o vice A AELO, fundada em 24 de fevereiro de 1981, em São Paulo, por empreendedores idealistas, acaba de completar 36 anos, época em que comemora sua constante expansão. Está agora com associados em 12 Estados, ressaltando a união do setor de parcelamento do solo. O CDU, Comitê de Desenvolvimento Urbano, integrado pela AELO, Secovi-SP e SindusCon-SP, bateu recorde de participantes em sua primeira reunião de 2017 (foto) e vem reforçando a esperança na luta pela solução de antigos e novos problemas. Páginas 4 a 9

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Page 1: Ano 35, Número 105 AELO informa · Eduardo de Castro Souza, Renata Mathias de Castro Neves, Zildete Medeiros, Luciana Lopes Azevedo e Kelly Durazzo Nadeu. Na foto do almoço, da

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Março/Abril - 2017

Página 3

AELO

36 ANOS DE EVOLUÇÃO

Caio Portugal reeleito presidente; Elias Zitune é o vice

A AELO, fundada em 24 defevereiro de 1981, em São Paulo,por empreendedores idealistas,acaba de completar 36 anos,época em que comemora suaconstante expansão. Está agora

com associados em 12 Estados,ressaltando a união do setor deparcelamento do solo. O CDU,Comitê de DesenvolvimentoUrbano, integrado pela AELO,Secovi-SP e SindusCon-SP,

bateu recorde de participantes emsua primeira reunião de 2017(foto) e vem reforçando aesperança na luta pela solução deantigos e novos problemas.Páginas 4 a 9

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PresidenteCaio Carmona Cesar Portugal

Vice-PresidenteElias Resnichenco Zitune

Diretores:Administrativo e FinanceiroArthur Matarazzo Braga

Relações InstitucionaisJorgito Donadelli

Assuntos RegionaisÂngela Aparecida L. de Paiva Fernandes

Assuntos de Meio AmbienteRonaldo Lucas Brani

Conselho ConsultivoPresidenteCiro Pereira Scopel

Membros EfetivosFlavio Augusto Ayres AmaryAntonio Augusto de Araújo Faria GuedesAntonio BasileLuiz Eduardo de Oliveira CamargoRoland Philipp Malimpensa

Membros SuplentesCarlos De GióiaTemístocles Maia Filho

Conselho FiscalMembros EfetivosPaulo Roberto VelziRoberto Cavalotti HaddadRuth Carmona Cesar Portugal

Membros SuplentesCeci Soares Krähenbühl PiccinaJaques ZituneMarcos Cesar Walter

AELO Informa é a publicação oficial da AELOJornalista-responsável e textos: Luiz Carlos Ramos(MTb n.º 8.472-SP)Fotos: Luiz Carlos Ramos e Acervo Secovi-SPArte: Glauco Eduardo Soares

DIRETORIA

2n

AELO-SPAvenida Paulista, 575 - cjs. 509 e 510 -

São Paulo - SP CEP 01311-911Fone/fax: (11) 3289-1788e-mail: [email protected]

Visite nosso site na Internet: www.aelo.com.brPara anunciar, ligue:

Agência M Propaganda & Marketing.Fone (011) 4616-1394 ou [email protected]

AELOAssociação das Empresas de

Loteamento e Desenvolvimento Urbano - AELO

informanAELO Março/Abril - 2017

EDITORIAL

A AELO e o Secovi-SP são parceirosconstantes desde que a nossa associaçãofoi fundada, 36 anos atrás. As duasentidades, atualmente presididas por CaioPortugal (AELO) e Flavio Amary (Secovi-SP), mantêm erguida a bandeira dodesenvolvimento do setor imobiliário e, emespecial, do parcelamento do solo,buscando o benefício por melhores cidades,pela qualidade de vida dos cidadãos detodas as classes sociais, por um Brasil fortee digno.

A partir dessa filosofia, que leva osempreendedores imobiliários a não abrirmão de participar democraticamente dopanorama do País, o Secovi-SP – comapoio da AELO – divulgou em 1.º defevereiro um manifesto sob o título “Vamosconstruir 2017 – Esta é, hoje, a principaltarefa da sociedade civil”.

As mudanças grandes positivas ocorridas noBrasil em 2016 já significaram avanço, mas acrise política, econômica e moral persiste,levando-nos a idealizar o manifesto, que, porsua contundência e pela expressivarepercussão, merece ser reproduzido nesteeditorial de abertura da edição do jornal“AELO Informa” dos nossos 36 anos.

Este é o texto integral:

Sabemos que limitar os gastos públicos,combater a corrupção, realizar as reformastrabalhista e previdenciária são providênciasfundamentais.

Também concordamos que é necessáriodestravar a produção e o investimento paragerar empregos.

E que, para isso, precisamos garantirsegurança jurídica, eliminar burocracia.

Reduzir juros, ofertar crédito, reativarconsumo.

Confiar. Crescer.Mas como fazer isso acontecer?Como ajudar os governos federal,

estadual e municipal a produzir os avançosnecessários?

Chegou a hora de a sociedade civil definiruma pauta comum para trabalhar pelo bemcomum.

Sair da gramática para a prática.Sugerir melhorias às propostas já feitas.

Elaborar outras.É com voz ativa que vamos enfrentar e

superar a crise econômica.Temos de agir, e logo.A questão não é mais o que o Brasil pode

fazer por nós.Mas, sim, o que nós podemos – e

devemos – fazer pelo Brasil.

Vamos construir 2017!

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Caio Carmona Cesar Portugal foi reeleitopresidente da AELO para o biênio2017/2019, em 16 de março. A chapaúnica, Desenvolvimento Urbano Brasil,tendo como vice-presidente EliasResnichenco Zitune, recebeu no pleito oapoio expressivo dos associados. Napágina 2, a lista de diretores econselheiros.

Caio (na foto, no CDU), bacharel emDireito pela PUC-SP e administrador deempresas pela FGV-SP, é também vice-presidente de Desenvolvimento Urbano eMeio Ambiente do Secovi-SP. É diretor daempresa GP Desenvolvimento Urbano.

Oficializado o resultado da eleição, Caiofez um balanço dos dois últimos anos,cuja essência está nas páginas 8 e 9.

O jvem Elias Resnichenco Zitune, eleitovice-presidente da AELO, é bacharel emDireito pela Universidade Mackenzie e pós-graduado em Negócios Imobiliários pelaFundação Instituto de Administração. Elias(à esquerda na foto com Caio) participou daDiretoria da AELO nas três gestões

anteriores. Ele atua há 12 anos na ZituneEmpreendimentos Imobiliários. É da quartageração de uma família de loteadores. Seupai, Jaques Zitune, exerceu vários cargosna AELO desde a fundação e hoje ésuplente do Conselho Fiscal.

As eleições de 16 de março na AELO

foram coordenadas pela Comissão Eleitoral:advogados Luís Paulo Germanos, CarlosEduardo de Castro Souza, Renata Mathiasde Castro Neves e Zildete Medeiros, doConselho Jurídico, e Ceci SoaresKrähenbühl Piccina, do Conselho Fiscal(foto).

3n informanAELOMarço/Abril - 2017

Caio Portugal reeleito presidente

O vice: Elias, um jovem, uma tradição

ELEIÇÃO

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A AELO completou 36 anos em 24 defevereiro, ocasião em que teve motivospara festejar, a começar pelo constantecrescimento do quadro associativo, frutode sua credibilidade e do desejo dosempreendedores de somar forças. Em2016, a entidade, criada em São Pauloem 1981, ganhou 18 novos associados.Chegaram no início de 2017 mais trêsmembros à associação (SetCorp eCaptalys, de São Paulo, e Casa & Terra,do município de Posse, Goiás) e agorasomos empresas de 12 Estados de todasas regiões do Brasil.

Os reflexos do crescimento surgem noconcorrido Comitê de DesenvolvimentoUrbano (CDU), nas consultas aoConselho Jurídico e nos convites para aparticipação de eventos nacionais. Estaedição do “AELO Informa” demonstra ossinais da diversificação, como as páginas6 e 7, que focalizam temas em torno dedois Estados – Goiás e Minas Gerais

A AELO, consolidada em todas asregiões do Interior paulista, chega aMinas Gerais, Pará, Rondônia,Tocantins,Rio Grande do Norte, Ceará,Pernambuco, Bahia, Goiás, Mato Grossodo Sul e Paraná. Os 12 Estados da AELOcorrespondem a uma área maior que ametade do território do Brasil.

Por ocasião do seu 36.º aniversário, aAELO deseja expressar um agradecimentoespecial aos seis advogados do ConselhoJurídico, que analisam consultas daDiretoria e dos associados quanto àlegislação do parcelamento do solo.

Esse conselho já havia sidohomenageado com um almoço, pelopresidente Caio Portugal, que haviachegado de mais uma missão em Brasília;pelo então diretor Elias Zitune, agora vice-presidente, e pelo presidente do ConselhoConsultivo, Ciro Scopel, em 9 de dezembro.

Criado em 2008, na gestão do presidenteLuiz Eduardo de Oliveira Camargo, oconselho é integrado pelos doutores LuísPaulo Germanos (coordenador), CarlosEduardo de Castro Souza, Renata Mathiasde Castro Neves, Zildete Medeiros,Luciana Lopes Azevedo e Kelly DurazzoNadeu.

Na foto do almoço, da esquerda para adireita: Elias Zitune, Caio Portugal, CiroScopel, o jornalista Luiz Carlos Ramos,Renata Mathias de Castro Neves, ZildeteMedeiros e Luís Paulo Germanos.

4 n informanAELO Março/Abril - 2017

REPORTAGEMAELO, 36 anos, evoluindo sempre

Conselho Jurídico faz sua parte

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Fernando Pinho da Costa (foto),presidente da Associação dosDesenvolvedores Urbanos do Estado deGoiás (ADU-GO) e diretor da empresaTropical Urbanismo e Incorporação, membroda AELO, escreveu este artigo a pedido do“AELO Informa” em que analisa um episódiogoiano de alcance nacional, focalizado emreuniões do Comitê de DesenvolvimentoUrbano (CDU) em São Paulo:

O Código Civil, no artigo 538, consideracomo doação o contrato em que umapessoa, por liberalidade, transfere do seupatrimônio bens ou vantagens para o deoutra. Mas não é bem assim que muitascidades brasileiras estão aplicando esseconceito. O teor espontâneo que caracterizao ato tem sido constantementenegligenciado em dispositivos legais, aexemplo dos que tratam do controversobanco de lotes. Tais leis municipaisdeterminam, como condição para aprovaçãode projetos de loteamentos, a doação deuma porcentagem de terrenos ao município.A doação, neste caso, é compulsória. Isto é,suprime a voluntariedade e impõe aoempreendedor uma condição equivalente àexpropriação ou ainda a umadesapropriação disfarçada.

O tema é polêmico e tem sido alvo dedisputas judiciais. O caso mais recenteocorreu em Goiás. Em outubro de 2016, aCorte Especial do Tribunal de Justiça doEstado (TJ-GO) julgou procedente ação

proposta pela Federação do Comércio deGoiás (Fecomércio-GO) para declararinconstitucional a lei municipal que criavabanco de lotes em Senador Canedo,município da região metropolitana deGoiânia. A Lei n.º 1.822/2014 forçava oempreendedor a doar 10% do loteamento,em fase de aprovação de projeto, aoprograma habitacional da cidade. Contudo,o Tribunal entendeu que a colocação destaobrigatoriedade configurouinconstitucionalidade formal, vez quelegislar sobre o planejamento da ordenaçãoterritorial e do solo urbano é de competência

do município, mas não lhe é permitido imporcondições, como a transferência de lotespara fins sociais ou habitacionais. A Corteconsiderou ainda que criar banco de lotes,tirando do particular para doar a umprograma habitacional, configura confiscoenviesado, ou seja, uma invasão àpropriedade privada.

Deste modo, a exigência adotada pelomunicípio goiano de Senador Canedo afrontaos princípios da capacidade contributiva, daigualdade e da proporcionalidade tributárias,sob o pretexto de atender a um programa,sem qualquer critério objetivo. A decisão daJustiça se restringe ao mencionadomunicípio, mas serve de exemplo para todo oPaís. Isso porque abre mais um precedentefavorável aos empreendedores. Mas não ésó isso. É responsável por ampliar adiscussão sobre o tema nas entidadesenvolvidas com o mercado imobiliário, algoextremamente positivo, vez que não dá maispara adiar a busca por uma solução definitivapara esse impasse. Uma proposta viável éque os próprios incorporadoresdisponibilizem uma porcentagem de lotes aointeresse social, cuja oferta seja feitadiretamente ao mercado, sem repassá-la aomunicípio. Ou seja, a empresa constrói evende para a população de baixa renda,mediante ao acesso facilitado a linhas definanciamento com juros menores. Mas háum longo caminho até que se faça valer essaou outra sugestão. Então, mãos à obra! Aunião faz a força.

6n informanAELO Março/Abril - 2017

Em Goiás: doação ou expropriação

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OPINIÃO

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7n informanAELOMarço/Abril - 2017

Um dos mais novos associados da AELO éuma entidade com atuação numa área de 66municípios de grande desenvolvimento deMinas Gerais. Trata-se da AELO TAP,instituição fundada há um ano, com sede emUberlândia, sob a presidência de JoséEduardo Ferreira (foto), que tem participadodas reuniões do Comitê de DesenvolvimentoUrbano (CDU). AELO TAP é a sigla daAssociação das Empresas de Loteamento eDesenvolvimento Urbano do Triângulo Mineiroe Alto Paranaíba, instituição ligada ao Secovidaquela região de Minas. A adesão dessaentidade à AELO foi resultado de contatosentre os presidentes Caio Portugal e JoséEduardo, levando em conta a possibilidade deum saudável intercâmbio e da união de forçaspara reivindicações junto ao poder público.

Entre outros municípios dessa região, quefaz divisa com os Estados de São Paulo eGoiás, estão Uberlândia, 700 mil habitantes;Uberaba, 350 mil habitantes; Araguari, Patosde Minas, Ituiutaba, Araxá, Patrocínio, Frutal,

Monte Carmelo, São Gotardo e Sacramento.José Eduardo Ferreira é diretor da ITV

Empreendimentos Imobiliários, empresanascida em 1937 como Imobiliária Tubal Vilela.Um terço dos bairros consolidados deUberlândia é originado de lançamentos dessaempresa ao longo de quase 80 anos, períodoem que a cidade se expandiu bastante,transformando-se numa das maiores e maisprogressistas do interior do País. A ITV atuatambém em Uberaba, em Belo Horizonte e em

municípios paulistas. A fundação da AELO TAP, em dezembro de

2015, de acordo com José Eduardo, tevecomo objetivo representar e defender osdireitos das empresas loteadoras perante osórgãos públicos reguladores, autarquias eMinistério Público: “Em seguida, buscamoscontato com a AELO, em São Paulo, parachegarmos a uma atuação conjunta. A amplaexperiência da AELO e do Secovi-SP estásendo útil para vários Estados, entre os quaisMinas Gerais, pois enfrentamos problemasparecidos com os das demais regiões do País,como o excesso de burocracia, as normasabsurdas, o atraso na análise de projetos”.

José Eduardo Ferreira, apesar dessesproblemas e da crise econômica, o setor estáaquecido em Uberlândia e em vários outrosmunicípios da região, com projetos imobiliáriosem execução: “Existe esperança entre osempresários e os consumidores, com base emfatos recentes do cenário político, incluindo aseleições municipais de outubro”. Ele comentouem fevereiro que a atual meta em Uberlândia éajustar a lei municipal de parcelamento do soloao plano diretor, ressaltando que o antigoprefeito deixou dívidas e tristes sequelas, mas anova gestão vai bem.

Triângulo Mineiro amplia a uniãoREPORTAGEM

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8n informanAELO

A ANÁLISE DO PRESIDENTE

Principalmente nos dois últimos anos, oBrasil tem vivido a mais grave crise política,econômica e moral de sua história. O setorde parcelamento do solo também sofre umduro impacto, mas mantém a sagradamissão de produzir lotes, garantirmoradias, gerar empregos e honrarimpostos. Enfrentar a crise e, ao mesmotempo, tentar superar os obstáculoscriados por uma cruel burocracia tem sidoponto de honra para a AELO e para oSecovi-SP. Exemplos de atuação nestaluta estão aqui apresentados pelopresidente reeleito da AELO e vice-presidente de Desenvolvimento Urbano eMeio Ambiente do Secovi-SP, CaioPortugal, por meio de um relatórioresumido das atividades no biênio. Ele vêpossibilidades de reação e conquistas nobiênio 2017/2019 e ressalta que as açõesaqui relatadas estão a cargo de um grupode trabalho de experientes especialistas.Caio comenta que os atuais avanços sedevem à união das entidades e aoheroísmo de cada empreendedor, sendoque cada passo é mostrado nas reuniõesdo Comitê de Desenvolvimento Urbano(foto): “A luta é para trocar problemas porsoluções.”

AÇÕES PERENESOficina Cetesb: construção de

procedimentos e revisão de resoluções.Resultados: procedimentos para licença

de operação, emissão das autorizaçõesem conjunto com o certificado doGraprohab.

EM ANDAMENTO:Revisão da Resolução n.º 31/2009, que

regulamenta a supressão de vegetação eáreas permeáveis em loteamentos econdomínios edilícios; construção deprocedimento para encerramento dosTCRAs, Termos de Compromisso deRecuperação Ambiental; inserção daFundação Florestal nos prazos doGraprohab; desvinculação da anuência do

Uma atuação conjunta na luta par

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Ibama em processos de supressão devegetação em estágio médio/avançadosuperior a 3,00 hectares; correção deexigências irregulares emitidas pelostécnicos da Cetesb.

GRAPROHAB: Acompanhamentosemanal das reuniões do Graprohab (verpágina 10); construção de entendimentoscom a Secretaria Estadual da Habitaçãode São Paulo e demais órgãos (DAEE,PGE, Emplasa, Sabesp, CETESB).

GRUPO DE TRABALHO COMCARTÓRIOS DE REGISTRO DEIMÓVEIS:

Acompanhamento dos assuntosrelativos a loteamentos.

NÚCLEO ESTRATÉGICO LEGISLATIVO (NEL)

Acompanhamento dos assuntosrelativos a loteamento e ao meioambiente.

Resultados: Inserção dos dispositivos nonovo Código Florestal, Programa Estadualde Regularização Ambiental (suspensopor força de ADIN do Ministério PúblicoEstadual), lei estadual de loteamentofechado (vetada integralmente pelogovernador Geraldo Alckmin).

AÇÕES EM CURSO

A – LICENCIAMENTO:

Nova Lei de Licenciamento Ambiental (PL n.º3.729/2004).

B – TAXAS ASSOCIATIVAS:Projeto de lei federal que regulariza a

cobrança de taxas associativas (PLC n.º109/2014 da Câmara dos Deputados),tendo como entidades parceiras Secovi-SP,AELO, Secovi-RJ e Abami.

C – DESBUROCRATIZAÇÃO:1) Ações no Executivo Federal para

revisão da Instrução Normativa (IN)001/2015 do IPHAN, que torna obrigatória aarqueologia preventiva. Parceira com oSindusCon-SP e a Abrainc.

2) Marco Regulatório do Saneamento:revisão das obrigações dosempreendedores de loteamento naimplementação dos sistemas desaneamento básico.

D – INSTITUCIONAL:Participação em eventos das entidades

parceiras: Câmara Brasileira da Indústria daConstrução (CBIC), Associação para oDesenvolvimento Imobiliário e Turístico doBrasil (ADIT), Global Real Estate Brazil(GRI), Federação Nacional dos Corretoresde Imóveis (Fenaci).

E – INTELIGÊNCIA DE MERCADO:Construção do banco de dados de oferta

de lotes urbanizados, em apoio ao

Departamento de Economia do Secovi-SP.

F – DISTRATO, EQUAÇÃO DEDEVOLUÇÃO:

Construção de equação econométrica dedevolução de parcelas pagas, a partir detrabalho em finalização com a consultoriaTendências.

Estratégia de ação para construção denorma legal específica, bem como detrabalho com o Poder Judiciário.

G – PLANO DE AÇÃO DE MÉDIO PRAZO:Funding para o setor.Nova lei federal de parcelamento do solo

urbano.Desenvolvimento de novos líderes para o

setor de loteamentos (EGParsolo, Cursosde Loteamentos da Universidade Secovi,Programa de Qualificação Essencial, NE.

Grupo experiente,ação em conjunto

Uma experiente equipe de membrosefetivos e de voluntários une as forças doSecovi-SP e da AELO pelo parcelamento dosolo nas ações aqui relatadas: CaioPortugal, Claudio Bernardes, LairKrähenbühl, Vicente C. Amadei, CiroScopel, Ronaldo Lucas Brani, HubertGebara, Mariângela Iamondi Machado,Solange Barbosa e advogados Luís PauloGermanos e Marcos Saes.

ra trocar problemas por soluções

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A AELO e o Secovi-SP vêm buscandodiálogo com o Grupo de Análise e Aprovaçãode Projetos Habitacionais do Estado de SãoPaulo (Graprohab), com as Secretarias daHabitação e do Meio Ambiente do Estado ecom a Cetesb, tendo conseguido algunsresultados positivos na luta pela redução daburocracia imposta no trâmite de projetos denovos loteamentos. O Graprohab, criado em1991 pelo governo estadual paulista a partirde sugestões da própria AELO e do Secovi-SP, surge como exemplo para outras regiõesdo País, já que contribuiu para agilizarprocessos.

A vida dos empreendedores, porém, nãotem sido fácil, como demonstram os maisrecentes obstáculos à atividade, entre osquais a absurda resolução do IPHAN demarço de 2015, que tem sido tema dedebates no CDU. A cada nova complicaçãocriada em gabinetes federais, estaduais emunicipais do Executivo e do Legislativo,nossas entidades tratam de reagir.Infelizmente, alguns desses casos passama ser novelas intermináveis.

No Graprohab, o atual presidente, LacirBaldusco, mostra-se aberto à troca deideias, comparecendo a reuniões e eventoscom o nosso setor. O diretor da Vice-Presidência de Desenvolvimento Urbano doSecovi-SP, professor Vicente C. Amadei, e odiretor de Meio Ambiente da AELO, RonaldoLucas Brani, participam das reuniõesmensais naquele órgão, ocasiões em queum colegiado, formado por representantesda Secretaria Estadual da Habitação,Cetesb, Sabesp, DAEE e Emplasa, analisaos projetos protocolados, conformeexplicamos na edição anterior do “AELOInforma”. No início de março, pouco antesdo fechamento desta edição, ainda estavamsendo fechados os números referentes aomovimento geral 2016, que deverão apontarpequena queda quanto à apresentação deprojetos e à aprovação pelo Graprohab. Dequalquer modo, o gráfico desta página,referente às quatro reuniões de janeiro de2017, indica um panorama quase igual aode setembro de 2016, publicado na últimaedição deste jornal. Vale a pena observar osdados sobre as diferentes decisões doórgão quanto aos 274 projetos do mês.

O professor Vicente C. Amadei (na foto,ao lado do vice-presidente eleito da AELO,Elias Zitune), confirma para 24 de abril oinício do primeiro curso de parcelamento dosolo de 2017 na Universidade Secovi. Comapoio do Secovi-SP e da AELO, foramidealizados para este ano três cursos sob acoordenação de Amadei, que completou 25anos de experiência nessas funções.

Esse novo curso, “Desenvolvimento eAprovação de Projetos de Parcelamento doSolo Urbano”, termina em 28 de junho.

Inscrições pelo site www.secovi.com.br. O programa atende engenheiros,

arquitetos, agrimensores, advogados eempresários. Poderá ser cursado de formapresencial, na Universidade Secovi, AvenidaBrigadeiro Luís Antônio, 2.344 – 9.º andar,em São Paulo, ou à distância, pelo sistemaonline.

Os dois outros cursos previstos são:“Gestão de atividades específicas deloteamentos” e “Contratos específicos eregistro de loteamentos”.

10n informanAELO Março/Abril - 2017

REPORTAGEM

Diálogo na aprovação de projetos

Em abril, o 1.º curso de 2017

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Com a sabedoria de quem passou dos 80anos, com a vitalidade de um garoto e comuma eterna filosofia de entusiasmo, oengenheiro Luiz Carlos Pereira de Almeidavai diariamente à sede de sua empresa, aSobloco (foto), no oitavo andar do prédio n.º2.601 da Avenida Brigadeiro Faria Lima, emSão Paulo. O Edifício New Star, construídono final da década de 1970, é uma dascentenas de grandes obras da própriaSobloco Construtora em seus 59 anos deatividades. No entanto, a realização que dámais visibilidade à empresa e ao líder Pereirade Almeida fica a 130 quilômetros dali, emBertioga: a Riviera de São Lourenço (foto), omaior e mais premiado projeto dedesenvolvimento urbano do litoral brasileiro.

Acostumado a ser alvo de homenagens, odr. Luiz Carlos Pereira de Almeida as acolhesempre com humildade e cordialidade. Umadas mais expressivas ocorreu em 2014,ocasião em que recebeu o Prêmio EspecialEstadão Destaque do Mercado Imobiliário,entregue pelo diretor-presidente do jornal “OEstado de S. Paulo”, Francisco MesquitaNeto. Agora, a AELO usa estas duas páginasda seção “No Alto do Pódio” parahomenagear o grande empreendedor,

reconhecido como “Dr. Riviera”, incentivadorde nossa entidade e do Secovi-SP,presidente mundial da FederaçãoInternacional Imobiliária (Fiabci) de 1992 a1994.

“Defendemos a qualidade de vida”, explicaPereira de Almeida. “A Riviera é resultado deuma filosofia de preservação do ser humanoe de proteção ao meio ambiente. Seusucesso é baseado nessa filosofia e numamplo trabalho conjunto.”

Numa área de 9 milhões de metrosquadrados, a Riviera de São Lourenço tevesuas primeiras obras em 1979 e hoje é uma

verdadeira cidade para 60 mil pessoas:casas, edifícios de apartamentos, áreas delazer, shopping centers, restaurantes, ruasbem traçadas, eficiente serviço de água eesgoto, controle de segurança, junto a umadas praias mais limpas do Litoral Norte.Exemplo para o País.

A Sobloco, fundada em 1958 pelo recém-formado engenheiro Pereira de Almeida epelo colega e sócio Mario Najm, construiuprédios e barragens pelo Brasil, antes depriorizar, por três décadas e meia, naconcretização da Riviera. Nos últimos anos,a empresa também desenvolveu projetos decomunidades planejadas em São Carlos(Parque Faber-Castell), São Caetano do Sul(Espaço Cerâmica) e Guarujá.

Romeu Chap Chap, ex-presidente doSecovi-SP, da Fiabci/Brasil e daFiabci/Américas, coordenador do Núcleo deAltos Temas do Secovi-SP, define ohomenageado: “Existem pessoas que vêmao mundo para melhorá-lo. Que ensinampelo exemplo, caráter, competência e,principalmente, coragem. Assim, seperpetuam por suas realizações. Luiz CarlosPereira de Almeida faz parte desse seletogrupo de grandes líderes empresariais.”

12n informanAELO Março/Abril - 2017

Pereira de Almeida, ‘Dr. Riviera’

NO ALTO DO PÓDIO

Page 13: Ano 35, Número 105 AELO informa · Eduardo de Castro Souza, Renata Mathias de Castro Neves, Zildete Medeiros, Luciana Lopes Azevedo e Kelly Durazzo Nadeu. Na foto do almoço, da

A Riviera de São Lourenço, pautada emações voltadas para a conciliação dodesenvolvimento com o equilíbrioecológico, foi três vezes premiadainternacionalmente como modelo deocupação em congressos da Fiabci: em1989, em Viena; em 1990, em BuenosAires, e em 1992, em Punta del Este. Em2003, a Riviera ganhou o Prêmio MasterImobiliário, hors concours, em São Paulo.Foi no início da década de 1970 que osarquitetos Benno Perelmutter e OsvaldoCorrêa Gonçalves idealizaram o PlanoUrbanístico da Praia de São Lourenço, queserviria de base para a Riviera, onde hámódulos exclusivamente de casas e outrosapenas para prédios de apartamentos.

A implantação do arrojado projeto tornou-se possível com base na parceria entre asempresas Sociedade Companhia FazendaAcaraú, Praias Paulistas (Grupo Ribeiro) ea própria Sobloco, que ficou encarregadade levar adiante a execução das obras apartir de 1979. A luta foi difícil. Antes dainauguração do primeiro trecho paulista daRodovia Rio-Santos, parte da BR-101, pelogovernador Franco Montoro, em 8 denovembro de 1985, o acesso à região eracomplicado, como lembra o engenheiroPaulo Valzi, que trabalha há mais de 30anos na Sobloco e faz parte do ConselhoFiscal da AELO: “Os caminhões chegavampela praia para levar material deconstrução aos operários. Era umheroísmo.” Artur Richter, outro pioneiro dasobras, atualmente aplicando suaexperiência em empresas de Palmas, noEstado de Tocantins, explica: “Os beloscoqueiros que dão um toque especial àsruas da Riviera são resultado de mudasprocedentes da Bahia.”

Richter cita uma característica do dr. LuizCarlos Pereira de Almeida: “Ele pensalonge, em inúmeros detalhes, e teve aideia, por exemplo, de criar um exemplarviveiro de mudas na Riviera para abastecervárias áreas.”

Luiz Carlos Pereira de Almeida, casadocom dona Vera, tem quatro filhos e trêsfilhas, todos participando do dia a dia daSobloco e das ações na Riviera. O diretorde marketing, Luiz Augusto Pereira de

Almeida, reúne-se com o pai e fica atentoaos projetos de atividades culturais e delazer para os frequentadores. Sua irmã,Beatriz Pereira de Almeida, não só cuidadas atrações como é responsável pelacomunicação, que representa a filosofia dopai de defender a transparência dosnegócios. De fato: a Sobloco surge entreas empresas imobiliárias e de construçãocivil do Brasil com maior dedicação àcomunicação. Os exemplos estão nestapágina, como a reprodução das duas

primeiras edições do jornal “RivieraNotícias”. O número 1, de setembro de1983, teve a manchete “Nasce em Bertiogaum modelo de uso das praias.” Mais tarde,a publicação impressa ganhou o nome de“Jornal da Riviera”, informando aoscompradores de lotes e de apartamentossobre os avanços do empreendimento edifundindo o produto no ambiente externo.Ultimamente, tornou-se a moderna revista“Riviera”, com lindas fotos e com textos emportuguês e inglês.

No litoral, exemplo para o Brasil

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NO ALTO DO PÓDIO

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Antes de ser iniciada a última reunião doCDU de 2016, em novembro, cadaparticipante empreendedor recebeu umformulário da pesquisa “Sondagem dedesempenho do mercado de lotes” para serpreenchido. A meta era descobrir os alvoscampeões das reclamações do nosso setor.Dos quase 100 participantes do encontro, 41se julgaram em condições de participar dainiciativa, respondendo às questões. Oquestionário idealizado pelo presidente daAELO, Caio Portugal, e pelo Departamento deEconomia e Estatística do Secovi-SP levou aoresultado aqui apresentado.

As duas perguntas básicas: “Como você vêo desempenho do mercado de lotes na suaregião e quais são as principais dificuldadesque vem enfrentando?”

n 1 - Aprovações. Opinar entre péssimo,ruim, regular, bom e excelente.

n 2 - Pior órgão público. Opinar entreSabesp, SH, DAEE, Companhia Ambiental,Emplasa e Outrosn 3 - Vendas. Opinar entre péssimo, ruim,regular, bom e excelente.n 4 - Relacionamento com concessionáriasde serviços públicos: péssimo, ruim, regular,bom, excelente.n 5 - Distratos e devoluções: péssimo, ruim,regular, bom e excelente.

Uma vez recebidas as respostas, o

Departamento de Economia eEstatística do Secovi-SP tabulouos dados e apresentou osresultados finais a Caio Portugal,que os transmitiu aosparticipantes:

Aprovações – Regular, 56,1%;Ruim, 31,7%; Bom, 7,3%;Péssimo, 4,9%; Excelente, 0,0%.

Vendas – Regular, 41,5%;Ruim, 29,3%; Péssimo, 17,1%;

Bom, 12,2%; Excelente, 0,0%.Relacionamento com as concessionárias de

serviços – Regular, 51,2%; Bom, 26,8%;Ruim, 19,5%; Excelente, 2,4%; Péssimo,0,0%.

Distratos e devoluções – Regular, 37,5%;Bom, 32,5%; Ruim, 15,0%; Péssimo, 12,5%;Excelente, 2,5%.

Pior órgão público – Companhia Ambiental,47,4%; Outros, 26,3%; Sabesp, 15,8%; SH,7,9%; Emplasa, 2,6%; DAEE, 0,0%.

Os alvos campeões em reclamaçõesREPORTAGEM

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16n informanAELO Março/Abril - 2017

Crie uma frase paraBarcelona

CONCURSO

Barcelona tornou-se, nas três últimasdécadas, um exemplo de coexistência pacíficaentre o ser humano, o espaço físico, amobilização, o transporte, a cultura e o lazer. Éum contraste com algumas metrópoles daAmérica Latina, onde ações para recuperaçãodo centro caíram no vazio e os programas dehumanização se limitaram a criar ciclovias efechar avenidas para o tráfego de veículos aosdomingos. A bela cidade catalã, tema doconcurso desta edição, possui calçadõesabertos aos pedestres 24 horas por dia (foto)num total que corresponde a mais de cincovezes a Avenida Paulista, além de ter avenidasde circulação de veículos, caracterizadastambém por calçadas bastante largas. E issoentre obras de Gaudí, Calatrava e outrosgrandes arquitetos do passado e da atualidade,com o moderno convivendo com o clássico,sem ataques do vandalismo, tanto na áreacentral quanto em direção ao magnífico estádiodo Barcelona e também às margens do MarMediterrâneo.

Esta cidade, que tem servido de inspiraçãopara músicos e escritores, cenário de um dosmelhores filmes do genial Woody Allen, merecebrincar com a criatividade dos leitores do“AELO Informa”. Em tempos de Google, otradicional concurso deste jornal mudou: já nãofazemos a pergunta “que cidade é esta”, mas

sim apresentamos uma foto e sugerimos acriação de frases sobre a cidade – na estreia, éa vez Barcelona. Crie uma frase e concorra aum livro.

Desde 1982, tempos da Copa do Mundo emque o Brasil foi eliminado pela Itália emBarcelona, as mudanças não se interrompem,apesar das crises políticas e econômicas daEspanha e da absurda insistência de algunsgrupos de separar a Catalunha do resto dopaís.

No Mundial de 35 anos atrás, Barcelonaestava começando a ganhar novos ares ecompreensível entusiasmo. Esse clima foi seconsolidando com a entrada da Espanha naUnião Europeia e com a preparação para aOlimpíada de 1992.

Para aquela inesquecível Olimpíada, houve otrabalho firme e arrojado do então prefeitoPasqual Maragall, que ficou no cargo por 15anos, de 1982 a 1997. Maragall, hoje com 76anos, membro do PSOE, Partido SocialistaTrabalhista Espanhol (uma espécie de PSDBde lá), marcou época. Com vistas aos JogosOlímpicos, o prefeito, sem gastos abusivos esem obras supérfluas – ao contrário do Brasilna Copa de 2014 e na Olimpíada de 2016 –,uniu-se aos governos do país e da região e aempresas de todos os setores, incluindo oimobiliário.

Vila Olímpica? Sim. Por que não reurbanizaruma área da cidade, substituindo galpões deindústrias falidas por prédios de apartamentosde três andares a serem usados pelos atletase, depois, por famílias da classe média quecomprariam os imóveis? E nasceu Poble Nou(Bairro Novo), hoje bairro consolidado, comresidências, comércio e metrô, junto ao mar.

Onde fazer as provas de iatismo? Ao lado dePoble Nou, Maragall, arquitetos e construtorasmudaram a paisagem e hábitos de Barcelonapara abrigar o iatismo e garantir a utilização daárea em benefício da população após osJogos. Onde havia ambiente de depressão,surgiram marinas e praias – quilômetros depraias limpas, margeadas por calçadões, ondeos pedestres têm espaço e os ciclistas trafegamem sua própria pista, sem riscos. A área ficouvalorizada com a construção dos dois edifíciosaltos desta foto, usados pela organização daOlimpíada e, agora, por escritórios.

Crie uma frase para Barcelona! Envie para oemail [email protected] e concorra a um livro.Resposta correta da edição anterior: a cidadeda foto é Poços de Caldas. Houve 12acertadores. Três foram sorteados e cada umreceberá um livro: José Eustáquio da CruzJúnior, de Belo Horizonte-MG; FernandoPereira, da região metropolitana de São Paulo,e Miguel Donizeti Mosca, do Interior paulista.