a evolução humana

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COLÉGIO ESTADUAL ANTÔNIO FRANCISCO LEAL A EVOLUÇÃO HUMANA

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Page 1: A Evolução Humana

COLÉGIO ESTADUAL ANTÔNIO FRANCISCO LEAL

A EVOLUÇÃO HUMANA

2008

Page 2: A Evolução Humana

COLÉGIO ESTADUAL ANTÔNIO FRANCISCO LEALPROFESSORA: SUELI CRISTINA DISCIPLINA: BIOLOGIAALUNOS: ALEX Nº:01 TURMA: 3002 ANDERSON 02 FILIPE CÉSAR 07 GLEIDSON 08 JOÃO MARCELO 15

A EVOLUÇÃO HUMANA

2008

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Page 3: A Evolução Humana

Índice

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Page 4: A Evolução Humana

Introdução

A Evolução Humana é o processo de mudança e desenvolvimento, ou evolução, pelo

qual os seres humanos emergiram como uma espécie distinta. É tema de um amplo

questionamento científico que busca entender e descrever como a mudança e o

desenvolvimento acontecem. O estudo da evolução humana engloba muitas áreas da ciência,

como a Psicologia Evolucionista, a Biologia Evolutiva, a Genética e a Antropologia Física. O

termo "humano", no contexto da evolução humana, refere-se ao gênero Homo. Mas, os

estudos da evolução humana usualmente incluem outros hominídeos, como os

australopithecus.

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Page 5: A Evolução Humana

A Evolução Humana

Histórico da paleoantropologia

A moderna área da paleoantropologia começou com o descobrimento do Neandertal e

evidências de outros "homens das cavernas" no século 19. A idéia de que os humanos eram

similares a certos macacos era óbvia para alguns há algum tempo. Mas, a idéia de evolução

biológica das espécies em geral não foi legitimizada até à publicação de A Origem das

Espécies por Charles Darwin em 1859. Apesar do primeiro livro de Darwin sobre evolução

não abordar a questão da evolução humana, era claro para leitores contemporâneos o que

estava em jogo. Debates entre Thomas Huxley e Richard Owen focaram na idéia de evolução

humana, e quando Darwin publicou seu próprio livro sobre o assunto (A descendência do

Homem e Seleção em relação ao Sexo), essa já era uma conhecida interpretação da sua teoria

— e seu bastante controverso aspecto. Até muitos dos apoiadores originais de Darwin (como

Alfred Russel Wallace e Charles Lyell) rejeitaram a idéia de que os seres humanos poderiam

ter evoluído sua capacidade mental e senso moral pela seleção natural.

Desde o tempo de Lineu, alguns grandes macacos foram classificados como sendo os

animais mais próximos dos seres humanos, baseado na similaridade morfológica. No século

XIX, especulava-se que nossos parentes mais próximos eram os chimpanzés e gorilas. E,

baseado na distribuição natural dessas espécies, supunha-se que os fósseis dos ancestrais dos

humanos seriam encontrados na África e que os humanos compartilhavam um ancestral

comum com os outros antropóides africanos.

Foi apenas na década de 1920 que fósseis além dos de Neandertais foram encontrados.

Em 1925, Raymond Dart descreveu o Australopithecus africanus. O espécime foi Bebê de

Taung, um infante de Australopithecus descoberto em Taung, África do Sul. Os restos

constituíam-se de um crânio muito bem preservado e de um molde endocranial do cérebro do

indivíduo. Apesar do cérebro ser pequeno (410 cm3), seu formato era redondo, diferentemente

daqueles dos chimpanzés e gorilas, sendo mais semelhante ao cérebro do homem moderno.

Além disso, o espécime exibia dentes caninos pequenos e a posição do foramen magnum foi

uma evidência da locomoção bípede. Todos esses traços convenceram Dart de que o "bebê de

Taung" era um ancestral humano bípede, uma forma transitória entre "macacos" e humanos.

Mais 20 anos passariam até que as reinvindicações de Dart fossem levadas em consideração,

seguindo a descoberta de mais fósseis que lembravam o achado de Dart. A visão prevalente

naquele tempo era a de que um cérebro grande desenvolveu-se antes da locomoção bípede.

Pensava-se que a inteligência presente nos humanos modernos fosse um pré-requisito para o

bipedalismo.

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Page 6: A Evolução Humana

Os Australopithcíneos são agora vistos como os ancestrais imediatos do gênero Homo,

o grupo ao qual os homens modernos pertencem. Tanto os Australopithecines quanto o Homo

pertencem à família Hominidae, mas dados recentes têm levado a questionar a posição do A.

africanus como um ancestral direto dos humanos modernos; ele pode muito bem ter sido um

primo mais distante. Os Australopithecines foram originalmente classificados em dois tipos:

gráceis e robustos. A variedade robusta de Australopithecus tem, desde então, sido

reclassificada como Paranthropus. Na década de 1930, quando os espécimes robustos foram

descritos pela primeira vez, o gênero Paranthropus foi utilizado. Durante a década de 1960, a

variedade robusta foi transformada em Australopithecus. A tendência recente tem-se voltado à

classificação original como um gênero separado.

Antes do Homo

Os primeiros hominídeos

o Sahelanthropus tchadensis

o Orrorin tugenensis

o Ardipithecus kadabba

o Ardipithecus ramidus

Gênero Australopithecus

o Australopithecus anamensis

o Australopithecus afarensis

o Australopithecus africanus

o Australopithecus garhi

Gênero Paranthropus

o Paranthropus aethiopicus

o Paranthropus boisei

o Paranthropus robustus

Gênero Homo

Na taxonomia moderna, o Homo sapiens é a única espécie existente desse gênero,

Homo. Do mesmo modo, o estudo recente das origens do Homo sapiens geralmente

demonstra que existiram outras espécies de Homo, todas as quais estão agora extintas.

Enquanto algumas dessas outras espécies poderiam ter sido ancestrais do H. sapiens, muitas

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Page 7: A Evolução Humana

foram provavelmente nossos "primos", tendo especificado a partir de nossa linhagem

ancestral.

Ainda não há nenhum consenso a respeito de quais desses grupos deveriam ser

considerados como espécies em separado e sobre quais deveriam ser subespécies de outras

espécies. Em alguns casos, isso é devido à escassez de fósseis, em outros, devido a diferenças

mínimas usadas para distinguir espécies no gênero Homo.

A palavra homo vem do Latim e significa "pessoa", escolhido originalmente por

Carolus Linnaeus em seu sistema de classificação. É geralmente traduzido como "homem",

apesar disso causar confusão, dado que a palavra "homem" pode ser genérica como homo,

mas pode também referir-se especificamente aos indivíduos do sexo masculino. A palavra

latina para "homem" no sentido específico ao gênero é vir, cognato com "virile" e "werewolf".

A palavra "humano" vem de humanus, a forma adjetiva de homo.

H. habilis

Homo habilis é uma espécie de hominídeo que viveu no princípio do Plistocénico (1,5

a 2 milhões de anos). Os primeiros fósseis de H. habilis foram descobertos na Suazilândia em

1964 por Louis Leakey e seus colegas.

Esta espécie é, das pertencentes ao gênero Homo, a que menos se parece com o H.

sapiens, com braços proporcionalmente muito mais longos, cavidade craniana menor e

morfologia geral similar aos Australopithecus. O H. habilis foi o primeiro a construir e

utilizar ferramentas de pedra lascada, o que lhe valeu o nome específico: habilis, o

habilidoso . Suas ferramentas eram feitas de ossos, madeira, e principalmente a pedra

(lascada).

Atualmente a maioria dos cientistas considera que o H. habilis é um antepassado

direto do homem moderno, mas esta opinião não é consensual. A própria classificação desta

espécie, bem como do H. rudolfensis no gênero Homo tem vindo a ser muito discutida até os

dias atuais.

Há evidências de que o H. habilis era um predador mas também presa, nomeadamente

do Dinofelis, um felino da sub-família extinta Machairodontinae.

Nome: Homo habilis Época: Plioceno Local onde viveu: África Peso: Cerca de 30 à 40

quilos Tamanho: 1 metro de altura Alimentação: Onívora.

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Page 8: A Evolução Humana

H. erectus

Homo erectus é uma espécie extinta de hominídeo que viveu entre 1,8 milhões de anos

e 300.000 anos atrás (Pleistoceno inferior e medio).

Eles mediam entre 1,30 e 1,70 m de altura, e seu volume craniano era entre 750 e 1250

cm³, um aumento de cerca de 50% em relação ao seu ancestral Homo habilis. Seus esqueletos

fósseis datam de cerca de 1,5 milhão de anos atrás, e foram encontrados principalmente na

África.

Habitantes de cavernas, produziam e usavam ferramentas bem mais elaboradas (como

machados de mão), que representam a primeira ocorrência no registro fóssil de um design

consciente. Acredita-se que produziram ferramentas de madeira e armas, mas não foram

preservadas. Foram provavelmente os primeiros a usar o fogo, e a iniciar uma migração do

continente africano para diversas regiões.

O primeiro Homo erectus encontrado

O mais antigo registro do Homo erectus foi encontrado pelo holandês Eugéne Dubois

(1858-1940), numa margem do rio Bengawan Solo em Trinil, região central de Java. Foram

encontrados restos fossilizados com 1,8 e 1,0 milhões de anos em África (p.ex., Lago Turkana

e Desfiladeiro Olduvai), Europa (Geórgia), Indonésia (p.ex., Sangiran e Trinil), e China

(p.ex., Shaanxi).

Evolução

Desde o descobrimento do Homo erectus, os cientistas questionam se esta espécie era

um antepassado direto do H. sapiens, devido ao fato das investigações feitas não eram

suficientes para chegar-se a tal conclusão. As últimas populações de H. erectus - tais como as

do rio Bengawan Solo, em Java - podem ter vivido há apenas 50.000 anos, simultaneamente

com populações de H. sapiens, e se descarta que este tenha evoluído a partir destas últimas

populações de H. erectus. Ainda que populações anteriores de H. erectus asiáticos poderiam

ter dado lugar ao H. sapiens, hoje se considera mais provável que este evoluiu na África,

provavelmente de populações africanas de H. erectus. Portanto, os primeiros H. sapiens

teriam migrado desde o nordeste da África, há menos de 100.000 anos, até a Ásia, onde talvez

tenha se encontrado com os últimos H. erectus.

Quanto à possível filogenia do Homo habilis ter dado origem ao H. erectus, não parece

provável de um modo direto, pois existiria com maior probabilidade uma ligação destas

espécies com o H. rudolfensis. Tudo indica que os H. habilis viveram na África até mais ou

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Page 9: A Evolução Humana

menos 1.440.000 anos, significando uma coexistência com H. erectus por um lapso de uns

500.000 anos.

Uma espécie que aparentemente descende tardiamente do Homo erectus é o pequeno

Homo floresiensis.

Subespécies

Homo erectus pertence a uma das mais bem sucedidas e duradouras espécies do gênero

Homo. É geralmente considerada a espécie que deu origem a um grande número de espécies

descendentes e subespécies.

Homo erectus yuanmouensis

Homo erectus lantianensis

Homo erectus wushanensis

Homo erectus pekinensis

Homo erectus palaeojavanicus

Homo erectus soloensis

H. ergaster

Homo ergaster é uma espécie de hominídeo descrita a partir de restos fossilizados

encontrados em Swartkrans, na África do Sul, com uma idade estimada entre 1,8 e um milhão

de anos. De acordo com outros achados no mesmo local, pensa-se que esta espécie, que era

muito próxima da nossa, teria usado instrumentos de pedra e poderia ter controlado o fogo. O

homem é um animal primata, aparentado com espécies atuais como o gorila e principalmente

o chimpanzé, o qual tem genes semelhantes em 98% aos seres humanos.

H. heidelbergensis

Homo heidelbergensis é um hominídeo extinto que surgiu há mais de 500.000 anos e

perdurou, pelo menos, até cerca de 250.000 anos (Pleistoceno medio). Recebeu este nome

pelo fato dos primeiros fósseis descobertos terem sido encontrados próximo à Heidelberg, na

Alemanha.

Evolução

É um antepassado direto do Homo neanderthalensis na Europa, além apresentar

bastante semelhança aos Homo sapiens arcaicos encontrados na África: Homo rhodesiensis e

Homo sapiens idaltu. Sabe-se hoje que o H. heidelbergensis não foi antepassado direto do

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Page 10: A Evolução Humana

homem moderno; encontra-se entre o Homo antecessor, espécie pouco conhecida e baseada

em fósseis achados nas colinas de Atapuerca (Espanha), e os H. neanderthalensis, na escala

evolutiva. Apresenta caracteres gerais intermediários entre H. erectus/H. ergaster e o H.

sapiens.

Se a dieta do Homo erectus foi provavelmente baseada no cleptoparasitismo (roubo da

presa de animais predadores), na carniçaria (que forneciam proteína e gordura de boa

qualidade) e na coleta de vegetais, no Homo heidelbergensis percebe-se um predomínio da

dieta carnívora, com evidências de caça. A pressão evolutiva para que se desenvolvesse a caça

entre os H. heidelbergensis estava nas condições ecológicas do território conolizado por estes

hominídeos: a Europa era fria e, durante seis meses, havia muito menos recursos alimentares

vegetais do que na África; a carniçaria e o cleptoparasitismo não forneciam nutrientes

suficientes. Isto havia induzido (por seleção) a aparição de condutas sociais dedicadas à caça:

grupos de H. heidelbergensis se organizavam para perseguir outros animais e abatê-los em

armadilhas naturais (precipícios, pântanos etc.) ou desenvolviam grandes machados de pedra

e, inclusive, venábulos rústicos de madeira.

Características

Eram indivíduos altos (entre 1,75 e 1,80m) e muito fortes (chegando a pesar 100 kg),

apresentando um grande crânio (1.350 cm³) bastante aplanados em relação ao homem atual,

com mandíbulas salientes e grande abertura nasal.

A parte traseira do crânio é mais arredondada do que nos H. erectus/H. ergaster e as

maças do rosto são mais salientes, como nos H. neanderthalensis, ainda que a face seja mais

plana. Seu aparelho fonador não difere muito ao do homem moderno, o que leva a pensar que

a linguagem, entendida de uma maneira diferente da atual, já estava presente nestes grupos.

Tecnologia

Os utensílios associados com os fósseis consistem basicamente em "pedras de cortar"

e algumas ferramentas de lascas, como pontas e raspadores de madeira, ossos e chifres, sendo

os iniciadores desta técnica. Dentro desta tecnologia está o machado de mão, talhado em

ambas as faces. Sua utilidade é muito diversa: de acordo com a análise de outras pedras, o

machado de mão era usado para curtir peles ou trabalhar em madeira. Há 400.000 anos, já

utilizavam lanças de madeira rudimentares. Também é provável que, nesta época, o fogo

fosse utilizado, já que há evidências de fogueiras.

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Page 11: A Evolução Humana

H. sapiens idaltu

O Homo sapiens idaltu é uma subespécie extinta da espécie Homo sapiens que viveu

há quase 160.000 anos atrás no Pleistoceno da África. Idaltu, na língua afar, significa "mais

antigo", "o que nasceu primeiro".

Os restos fossilizados de H. s. idaltu foram descobertos em Herto Bouri (região de

camadas vulcânicas), no Médio Awash do Triângulo de Afar, Etiópia, em 1997, por uma

equipe de paleoantropólogos liderada por Tim White. Através do uso de datação radiométrica,

as camadas de Herto Bouri foram datadas entre 154 e 160 mil anos. Foram encontrados três

crânios bem preservados, o mais conservado é de um homem adulto (BOU-VP-16/1)

apresentando um cérebro com capacidade de 1450 cm³. Os demais crânios pertencem a outro

homem adulto e uma criança de aproximadamente seis anos de idade.

A descoberta gerou alguma polêmica entre os investigadores. Vários consideram H. s.

idaltu como uma subespécie extinta do Homo sapiens e é por isso que é usada a denominação

taxonômica trinomial. Outros, no entanto, consideram que é apenas um ancestral direto do

moderno Homo sapiens sapiens (de acordo com a recente "hipótese da origem única"), que

mantém ligeiros traços morfológicos arcaicos em relação a outros fósseis que são

indiscutivelmente de Homo sapiens, tais como os de Cro-Magnon encontrados na Europa e

em outras partes do mundo.

H. floresiensis

Homo floresiensis é uma espécie extinta da família Hominidae que viveu na Ilha de

Flores, pertencente à Indonésia, até há 13 000 anos. O homem de Flores é conhecido através

de um esqueleto quase completo de uma mulher, a que foi dado o nome de Hobbit, e de seis

outros indivíduos em diversos estados de conservação, incluindo um punho completo. A

colonização da ilha de Flores pelo homem moderno deu-se o mais tardar há cerca de 35 000

anos, o que implica que ambas as espécies coabitaram durante um largo período de tempo. Os

fósseis encontram-se expostos no Centro Indonésio de Arqueologia em Jacarta.

Corpo

A anatomia do homem de Flores mistura características de Australopithecus e Homo

erectus (extintas há 1,4 milhões e 200 mil anos respectivamente) com traços do homem

moderno Homo sapiens, numa combinação que intriga os cientistas. A principal característica

é a altura reduzida, estimada em cerca de um metro para os indivíduos adultos (por

comparação, os pigmeus da África Central medem entre 1,3 a 1,5 metros), mais ou menos o

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Page 12: A Evolução Humana

mesmo de um Australopithecus. A estrutura do crânio e da dentição assemelham-se à do

Homo erectus, o que estabelece a ligação desta espécie com o Homo sapiens. As mãos são no

entanto humanas, à excepção do tamanho mais reduzido, o que mostra que é uma espécie

diferente do H. erectus e mais próxima do homem moderno. Pensa-se que o tamanho reduzido

pode ser uma adaptação do homem de Flores a um ambiente insular confinado, à semelhança

do observado noutros mamíferos como o Stegodon, um estegodonte anão.

O traço mais surpreendente do homem de Flores é a dimensão do crânio, que

comporta um cérebro de apenas 380 cm³. Até esta descoberta, o volume mínimo admitido

para o gênero Homo era de 500 cm³. Apesar do tamanho do cérebro, o homem de Flores era

dotado de inteligência suficiente para produzir os instrumentos de pedra lascada encontrados

junto dos ossos. Para além destas peças, o local continha restos ósseos calcinados de pequenos

elefantes, roedores e outros mamíferos, que sugerem que tenham sido assados antes de

comidos. A dimensão relativa de algumas destas presas com o homem de Flores mostra

também que esta espécie era capaz de organizar uma caçada em grupo.

Extinção

O homem de Flores extinguiu-se há cerca de 15 000 anos por causas desconhecidas.

As várias hipóteses sugeridas incluem competição com o homem moderno ou uma violenta

erupção vulcânica ocorrida na ilha há 12 000 anos. Seja qual for o motivo, o homem de Flores

foi aparentemente a última espécie do gênero Homo a extinguir-se, muito depois do

Neanderthal desaparecido há 28 000 anos.

H. neanderthalensis

O homem-de-neandertal (Homo neanderthalensis) é uma espécie extinta, fóssil, do

gênero Homo que habitou a Europa e partes do oeste da Ásia, de cerca de 300.000 anos atrás[1]

até aproximadamente 29.000 anos atrás (Paleolítico Médio e Paleolítico Inferior, no

Pleistoceno), tendo coexistido com os Homo sapiens. Alguns autores, no entanto, consideram

os homens-de-neandertal e os humanos subespécies do Homo sapiens (nesse caso, Homo

sapiens neanderthalensis e Homo sapiens sapiens, respectivamente).

Esteve na origem de uma rica cultura material designada como cultura musteriense,

além de alguns autores lhe atribuírem a origem de muitas das preocupações estéticas e

espirituais do homem moderno, como se poderá entender a partir das características das suas

sepulturas. Depois de um difícil reconhecimento por parte dos acadêmicos, o homem-de-

neandertal tem sido descrito no imaginário popular de forma negativa em comparação com o

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Page 13: A Evolução Humana

Homo sapiens, sendo apresentado como um ser simiesco, grosseiro e pouco inteligente. Era,

de fato, de uma maior robustez física e o seu cérebro era, em média, ligeiramente mais

volumoso. Progressos relativos a arqueologia pré-histórica e da paleoantropologia depois da

década de 1960 têm revelado um ser de uma grande riqueza cultural, ainda que seja,

provavelmente, sobrestimada por alguns autores. Muitas questões, contudo, permanecem sem

resposta, principalmente as relacionadas com a sua extinção.

Nome e classificação

O termo "homem-de-neandertal" foi criado em 1863 pelo anatomista irlandês William

King.

Por muitos anos, houve um vigoroso debate científico quanto à sua classificação:

Homo neanderthalensis ou Homo sapiens neanderthalensis. O segundo coloca os neandertais

como uma subespécie do Homo sapiens, ou seja, da linhagem humana, passando a ser uma

segunda raça de humanos, ao lado da Homo sapiens sapiens. De qualquer forma, recentes

evidências de estudos com DNA mitocondrial indica que os neandertais "não pertencem à

linhagem humana".

Geralmente é aceito que tanto os neandertais como o Homo sapiens evoluíram de um

ancestral comum, mas a classificação dos neandertais depende de quando, na linha do tempo,

ocorreu essa separação.

Características físicas

Os neandertais estavam adaptados ao clima frio, como se infere do seu grande cérebro

e nariz curto mas largo e volumoso. Estas características são postas em destaque pela seleção

natural nos climas frios, sendo também observadas nas modernas populações sub-

árticas(embora esta análise esteja mais para Lamarckista que para Darwinista). Seus cérebros

eram aproximadamente 10% maiores em volume que os dos humanos modernos. Em média,

os neandertais tinham cerca de 1,65 m de altura e eram muito musculosos.

Comparado com os humanos modernos, os neandertais eram maiores em tamanho e

possuíam feições morfológicas distintas, especialmente do crânio, que gradualmente

acumulou aspectos distintos, particularmente devido ao relativo isolamento geográfico. A sua

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Page 14: A Evolução Humana

estatura atarracada pode ter sido uma adaptação ao clima frio da Europa durante o

Pleistoceno.

A seguir está uma lista de traços físicos que distinguem os neandertais dos humanos

modernos; de certa forma, nem todos eles podem ser usados para distinguir populações de

neandertais específicas, de diversas áreas geográficas ou períodos de evolução, de outros

humanos extintos. Também, muitos desses traços se manifestam ocasionalmente nos

modernos humanos, particularmente em determinados grupos étnicos. Nada se conhece sobre

a cor de sua pele, de seus cabelos, e da forma dos olhos, orelhas e lábios dos neandertais. Por

analogia, deveriam ter pele muito branca, para um melhor aproveitamento do calor nas frias

latitudes da Europa pleistocênica.

Crânio

o Fossa suprainíaca, um canal sobre a protuberância occipital externa do crânio

o Protuberância occipital

o Meio da face projetado para frente

o Crânio alongado para trás

o Toro supraorbital proeminente, formando um arco sobre as órbitas oculares

o Capacidade encefálica entre 1200 e 1700 cm³ (levemente maior que a dos

humanos modernos)

o Ausência de queixo

o Testa baixa, quase ausente

o Espaço atrás dos molares

o Abertura nasal ampla

o Protuberâncias ósseas nos lados da abertura nasal

o Forma diferente dos ossos do labirinto no ouvido

Pós-crânio

o Consideravelmente mais musculoso

o Dedos grandes e robustos

o Caixa torácica volumosa e saliente

o Forma diferente da pélvis

o Rótulas grandes

o Clavícula alongada

o Omoplatas curtas e arqueadas

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Page 15: A Evolução Humana

o Ossos da coxa robustos e arqueados

o Tíbias e fíbulas muito curtas

As mulheres seriam igualmente robustas ou, quiçá, ainda mais.

Linguagem

A teoria de que os neandertais careciam de uma linguagem complexa foi difundida até

1983, quando um osso hióide de neandertal foi encontrado na caverna Kebara em Israel. O

osso encontrado é praticamente idêntico ao dos humanos modernos. O hióide é um pequeno

osso que segura a raiz da língua no lugar, um requisito para a fala humana e, dessa forma, sua

presença nos neandertais implica alguma habilidade para a fala.

Muitos acreditam que mesmo sem a evidência do osso hióide, é óbvio que ferramentas

avançadas como as do período musteriense, atribuídas aos neandertais, não poderiam ser

desenvolvidas sem habilidades cognitivas incluindo algum tipo de linguagem falada.

A base da língua do neandertal era posicionada mais acima na garganta, deixando a

boca mais cheia. Como resultado, é bem provável que a fala dos neandertais tenha sido lenta,

compassada e nasalizada.

Cultura técnica

Os sítios arqueológicos compostos por jazidas com ocupações de homens-de-

neandertal do Paleolítico Médio, altura em que os neandertais terão atingido o auge do seu

domínio, mostram um conjunto de ferramentas menor e menos flexível em comparação com

os sítios do Paleolítico Superior, ocupados pelos humanos modernos que os substituíram.

Esta cultura técnica, atribuída aos neandertais, designada como musteriense, consistia

na produção de ferramentas de pedra lascada produzidas através do desbastamento em leque

de um bloco lítico inicial (ou núcleo), de que se formavam lascas a partir das quais se

encadeava a produção de instrumentos diversos, como machados manuais para tarefas

específicas, bifaces, raspadeiras, furadores e lanças. Muitas dessas ferramentas eram bastante

afiadas. No Paleolítico Superior terão desenvolvido uma cultura material mais evoluída a

nível da tecnologia de talhe da pedra, designada de chatelperronense, caracterizada pelo

desdobramento do núcleo lítico em peças menores e mais manuseáveis.

Há pequenas evidências de que os neandertais usavam chifres, conchas e outros

materiais ósseos para fazer ferramentas: sua indústria óssea era relativamente simples, ainda

que inclua, tardiamente, objetos de adorno em osso e pedra que alguns autores referem tratar-

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Page 16: A Evolução Humana

se de imitação das técnicas do Homo sapiens, enquanto que outros autores lhe atribuem uma

autoria autônoma.

Mesmo tendo armas, não as arremessavam. Possuíam lanças que consistiam de

grandes eixos de madeira com uma seta em uma das extremidades firmemente presa, mas as

lanças fabricadas para serem lançadas foram usadas primeiramente pelo Homo sapiens.

Embora tenham enterrado a maioria dos seus mortos, os funerais dos neandertais eram

menos elaborados que os dos anatomicamente modernos humanos.

Os neandertais realizavam um conjunto sofisticado de tarefas normalmente associados

apenas aos humanos, como a construção de abrigos complexos, o controlo do fogo e a

remoção da pele dos animais. Particularmente intrigante é um fêmur de urso encontrado em

uma escavação com quatro furos numa escala diatônica feitos deliberadamente nele. Essa

flauta foi encontrada na Eslovênia em 1995 próximo a uma fogueira do período musteriense

usada pelos neandertais, mas seu significado ainda é controverso.

Coexistência com o Homo sapiens

Muitas dúvidas existem quanto à forma como decorreu a coexistência dos Homo

sapiens com os homens-de-neandertal em locais como no sul da Península Ibérica ou na

Dalmácia. Há quem defenda que a baixa densidade populacional da época permitiu que os

dois não tenham estabelecido contacto, existindo uma segregação a nível social que

considerasse "tabu" qualquer aproximação e, claro, hibridização. Outros autores, baseando-se,

por exemplo, na descoberta de um fóssil de um menino de quatro anos conhecido como o

"Menino de Lapedo", em Vale do Lapedo, Portugal, crêem que está provada a ligação e

cruzamento do homem moderno com o "Homo sapiens neanderthalensis". Outros autores,

ainda, preferem uma abordagem de meio termo, crendo que poderão ter existido contactos

pouco relevantes a nível cultural e mesmo genético, já que podiam, até, considerar-se como

espécies assumidamente diferentes. De fato, estudos atuais parecem demonstrar que pouco ou

nada subsiste do patrimônio genético dos neandertais no ADN do homem atual.

Esta discussão, complexa, tem gerado alguma polemica entre os autores que preferem

uma abordagem genética e paleoantropológica e aqueles que dão maior importância ao

contexto cultural da evolução humana. Teorias como a conhecida "Out of Africa", ao propor

que o homem moderno teve origem em África e se disseminou por todo o planeta num

processo de "colonização" de cerca de 80 000 anos, não admite a miscigenação entre os dois

grupos. Outras teses, contudo, de caráter "regionalista", defendem que vários tipos humanos

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Page 17: A Evolução Humana

evoluíram simultânea e gradualmente, estabelecendo contactos que permitiram a emergência

do Homem moderno.

Extinção

A extinção do homem-de-neandertal não está esclarecida, mas persistem várias

hipóteses, todas elas baseando-se no pressuposto de que houve competição com o Homo

sapiens, que se mostrou mais adaptado, tendo em vista a sobrevivência da espécie.

Alguns autores consideram que o fato de o homem-de-neandertal não ter evoluído

durante cerca de 200 000 anos em termos de cultura material faz supor uma inteligência

prática baixa, apesar de o seu cérebro ter sido maior que o do homem moderno (de fato, nada

se sabe quanto à organização fisiológica e neurológica dos neandertais).

Outra hipótese centra-se na baixa mobilidade das suas populações, atestada pela

reduzida área geográfica onde se estabeleceram, bem como pela sua constituição óssea, de

secção circular, adaptada ao esforço mas pouco adequada a uma locomoção ágil, como

acontece no caso do "Homo sapiens" com ossos de secção oval. Esta reduzida mobilidade terá

mantido as populações num certo estado de inércia devido à falta de estímulos proporcionada

por um nicho ecológico que garantia as necessidades básicas de sobrevivência, sem grandes

alterações climáticas. Outros autores referem a falta de variedade genética que teria decorrido

da consanguinidade, devido a um crescente isolamento social e comunitário, talvez como

reação a contactos hostis com o homem moderno.

Outros autores avançam com a hipótese de o tempo de gestação ser maior no caso dos

neandertais (talvez 12 meses em vez dos 9 no caso do Homo sapiens), o que explicaria uma

maior dificuldade em reproduzir-se.

Colin Tudge, por seu lado, propõe que o homem moderno estaria mais adaptado

devido a um comportamento prospectivo em relação à gestão dos recursos naturais, que este

autor designa como proto-agricultura - isto é, teriam um comportamento recoletor sustentável

que incluiria a caça apoiada na manutenção das populações que caçava e na recolecção de

produtos vegetais como complemento alimentar, para não ficar tão dependente da caça. O

homem-de-neandertal teria sido, segundo esta hipótese, um caçador puro que teria depredado

os seus recursos, o que teria implicado na sua extinção.

H. sapiens sapiens

O ser humano pode ser definido em termos biológicos, sociais e consciência.

Biologicamente, os humanos são classificados como a espécie Homo sapiens (latim para

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Page 18: A Evolução Humana

homem sábio, homem racional), um primata bípede pertencente à superfamília Hominoidea

juntamente com outros símios: chimpanzés, bonobos, gorilas, orangotangos e gibões, além de

outras espécies atualmente extintas. O Homo sapiens também pertence à família hominidae,

família à qual também pertence o chimpanzé e outros.

Os humanos adaptam uma postura ereta que possibilita a libertação dos membros

anteriores para a manipulação de objetos, possuem um cérebro bem desenvolvido que lhes

proporciona as capacidades de raciocínio abstrato, linguagem e introspecção.

A mente humana tem vários atributos distintos. É responsável pela complexidade do

comportamento humano, especialmente a linguagem. A curiosidade e a observação científica

levaram ao aparecimento de uma variedade de explicações para a consciência e a relação

entre o corpo e a mente. A Psicologia (especialmente a Neuropsicologia) tenta estudar estas

manifestações e relações sob o ponto de vista científico. As perspectivas religiosas geralmente

enfatizam a existência de uma alma como sendo a essência do ser, normalmente associada à

crença e adoração de Deus, deuses ou espíritos. A Filosofia tenta sondar as profundezas de

cada uma destas perspectivas. A Arte, a Música e a Literatura são muitas vezes usadas como

forma de expressão destes conceitos e sentimentos.

O ser humano é uma espécie eminentemente social. Criam estruturas sociais

complexas, compostas de muitos grupos cooperantes e competidores. Estas estruturas variam

desde as nações até ao nível da família, desde a comunidade até ao eu. A tentativa de

compreender e manipular o mundo à sua volta, possibilitou aos humanos desenvolverem

tecnologia e ciência como um projeto comum e não individual. Estas instituições levaram ao

aparecimento de artefatos partilhados, crenças, mitos, rituais, valores e normas sociais que, no

conjunto, formam uma cultura de grupo.

Terminologia

No geral, a palavra pessoas é utilizada quando se quer referir a um grupo específico de

indivíduos. No entanto, quando se quer referir a um grupo que possui semelhança étnica,

cultural ou de nacionalidade, utiliza-se o termo povo (exemplos: povo índio, povo falante de

português).

O macho juvenil desta espécie é denominado rapaz, (no Brasil, também podendo ser

usado o termo "moço"). À fêmea juvenil dá-se o nome de rapariga, (no Brasil, esse termo em

geral pode ser considerado pejorativo, sendo mais usual o termo "moça"). O termo Homem,

com inicial maiúscula, é geralmente utilizado para referir o conjunto de todos os seres

humanos (em contraste com homem, o macho da espécie), tal como o termo humanidade,

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Page 19: A Evolução Humana

raça humana ou gênero humano. O termo humano é utilizado como sinônimo de ser humano.

Como adjetivo, o termo humano, tem significância neutra, mas poderá ser utilizado para

enfatizar os aspectos positivos da natureza humana e ser sinônimo de benevolência (em

contraposição com o termo inumano ou desumano).

Por vezes, em Filosofia, é mantida uma distinção entre as noções de ser humano (ou

Homem) e de pessoa. O primeiro refere-se à espécie biológica enquanto que o segundo refere-

se a um agente racional (ver, por exemplo, a obra de John Locke, Ensaio sobre o

Entendimento Humano II 27, e a obra de Immanuel Kant, Introdução à Metafísica da Moral).

Segundo a perspectiva de John Locke, a noção de pessoa passa a ser a de uma coleção de

acções e operações mentais. O termo pessoa poderá assim ser utilizado para referir animais

para além do Homem, para referir seres míticos, uma inteligência artificial ou um ser

extraterrestre. Uma importante questão em Teologia e na Filosofia da religião concerne em

saber se Deus é uma pessoa.

Em latim, humanus é a forma adjetival do nome homo, traduzido como Homem (para

incluir machos e fêmeas).

Anatomia e Fisiologia

O ser humano apresenta locomoção bípede completa. Este fato proporciona a

utilização dos membros anteriores para a manipulação de objetos, por meio da oponibilidade

dos polegares.

Os humanos variam substancialmente em relação a altura e peso médio, conforme a

localização e aspectos históricos. Apesar de o peso ser largamente determinado pelos genes, é

também, muito influenciado pela dieta e exercício.

Em comparação com a pele de outros primatas, a pele humana possui menor pelagem.

A cor do pêlo e da pele é determinada pela presença de pigmentos, chamados melaninas. A

maioria dos autores acredita que o escurecimento da pele foi uma adaptação que evoluiu

como uma defesa contra a radiação solar ultravioleta (UV); a melanina é uma substância

eficaz contra esta radiação. A cor da pele, em humanos atuais, pode variar desde o castanho

escuro até ao rosa pálido. A distribuição geográfica da cor da pele correlaciona com os níveis

ambientais de raios UV. A cor do pêlo e da pele humana é controlada, em parte, pelo gene

MC1R. Por exemplo, o cabelo ruivo e pele pálida de alguns europeus é o resultado de

mutações no gene MC1R. A pele humana tem a capacidade de escurecer (bronzeamento) em

resposta à exposição a raios UV. A variação na capacidade de bronzeamento também é

parcialmente controlada pelo gene MC1R.

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Page 20: A Evolução Humana

Porque os humanos são bípedes, a região pélvica e a coluna vertebral tendem a sofrer

desgaste, criando dificuldades locomotoras em indivíduos mais idosos.

A necessidade individual de uma regular administração de comida e bebida é

proeminentemente refletida na cultura humana. A falha na obtenção de comida leva ao estado

de fome e eventualmente ao de inanição, enquanto que a falha na obtenção de bebida leva à

desidratação e ao estado de sede. Tanto a inanição como a desidratação poderá levar à morte,

se não forem combatidas: o ser humano pode sobreviver para além de dois meses sem

comida, mas somente cerca de três dias sem bebida (se não tiver acesso a alimento que

hidrate).

O tempo médio de sono requerido é de entre sete e oito horas por dia, para um adulto,

e de nove a dez horas por dia numa criança. Indivíduos mais idosos usualmente têm sonos de

seis a sete horas e os recém-nascidos podem precisar de 18 a 20 horas diárias de sono. É

comum, nas sociedades modernas, as pessoas dormirem menos que o necessário. (Ver

privação do sono.)

O corpo humano está sujeito a doenças e ao processo de envelhecimento. A Medicina

é a ciência que explora métodos para preservar a saúde humana.

Surgimento da espécie

De acordo com as teorias mais comummente aceites entre os antropólogos atuais, o

Homo sapiens teve origem nas savanas de África entre 130.000 a 200.000 anos atrás,

descendendo do Homo erectus, e terá colonizado a Eurásia e a Oceania há 40.000,

colonizando as Américas apenas há 10.000 anos.

Tendo em conta que existe vida na Terra há mais de 3,5 bilhões (109) de anos, pode

dizer-se que esta espécie é muito recente. Para uma avaliação mais clara, poderia fazer-se o

seguinte paralelo: Se existisse vida há 10 dias, o homem teria aparecido no último minuto na

África, há um segundo na Eurásia e Oceania, e apenas há 1/4 de segundo nas Américas.

O Homo sapiens ocupou o lugar do Homo neanderthalensis, do Homo floresiensis e de

outras espécies descendentes do Homo erectus (que colonizou a Eurásia há já 2 milhões de

anos) devido à sua superior capacidade de reprodução e maior competitividade pelos recursos

naturais.

A origem do Homo sapiens , como todas as espécies animais, encontra-se hoje em dia

explicada pela teoria da evolução das espécies, baseada nos trabalhos de Charles Darwin e

amplamente suportada por fatos científicos.

Num contexto religioso, a origem do Homem é explicada com frequência com alguma

forma de intervenção divina, baseada unicamente na fé dos crentes. De entre estas correntes,

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Page 21: A Evolução Humana

destacam-se, no Mundo Ocidental, o Criacionismo, em sua forma mais tradicional, e o

Desenho Inteligente.

Anexo

Crânio de um Homo habilis Homo erectus - Crânio de um Homo ergaster

Reconstrução cientifica

Crânio de um Homo heidelbergensis Reconstrução do homem de Neandertal

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Page 22: A Evolução Humana

Cartografia da evolução humana

Conclusão

Com o passar desses milhares de anos a evolução humana foi altamente significativa

para a capacidade cerebral do homem, mas também foi altamente prejudicial para a força

física.

O homem mudou muito desde sua primeira evolução até hoje, entre essas mudanças

temos a capacidade de raciocínio, que foi uma das principais mudanças, a força física que

perdemos muito, o modo de andar, falar, escrever, os alimentos, a cultura e muitas outras

coisas.

Com essa evolução conseguimos passar de simples presas de animais maiores para a

raça dominante deste planeta.

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Page 23: A Evolução Humana

Webgrafia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_humana

28 de setembro de 2008 17:37

http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_habilis

28 de setembro de 2008 17:41

http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_erectus

28 de setembro de 2008 17:46

http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_ergaster

28 de setembro de 2008 17:54

http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_heidelbergensis

28 de setembro de 2008 18:03

http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_sapiens_idaltu

28 de setembro de 2008 18:09

http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_floresiensis

28 de setembro de 2008 18:15

http://pt.wikipedia.org/wiki/Neanderthal

28 de setembro de 2008 18:21

http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_sapiens

28 de setembro de 2008 18:26

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