a evolução da reflexão humana

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A Evolução da Reflexão Humana Blog: “Consciência Psicológica” Equipe: Adenilde Borges Araci Silva Elba Santana Dias Márcia Cristina da Silva Mª Aparecida dos santos Marnalva Fernandes do Carmo Patrícia Karla Leal Robervânia dos Anjos Blog: Desvendando a psicologia Faculdade Castro Alves 1º PERÍODO Disciplina: Antropologia Filosófica PROF: Fabiano Viana

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A evolução da reflexão humana.

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Page 1: A evolução da reflexão humana

A Evolução da Reflexão Humana

Blog: “Consciência Psicológica”

Equipe:Adenilde Borges Araci Silva Elba Santana Dias Márcia Cristina da Silva Mª Aparecida dos santos Marnalva Fernandes do CarmoPatrícia Karla Leal Robervânia dos Anjos Blog: Desvendando a psicologia

Faculdade “Castro Alves” 1º PERÍODO

Disciplina: Antropologia FilosóficaPROF: Fabiano Viana

Page 2: A evolução da reflexão humana

Reflexão - é o modo de pensar que acompanha o ser humano na tarefa de compreender-se e compreender o mundo que lhe cerca, agindo sobre ele. Para impedir a estagnação da reflexão, buscamos nas 03 Chaves: a Consciência Mítica, do Mito à Razão e o Conhecimento - onde a Filosofia para sair da postura teórica, busca nos levar a uma tomada de atitude diante da vida, desde os fatos corriqueiros, aos mais complicados com decisões cruciais. Whitehead, matemático e lógico britânico, disse que “ a função da razão ou reflexão é promover a arte da vida”.

Salvador, 06 de

maio de 2010.

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Na abordagem deste contexto, acompanhamos a evolução da refl exão humana na antiguidade, cujo o cenário favorecia o nascimento da fi losofi a, embora ainda predominava a “Consciência Mítica”- que é a nossa primeira consciência; é a nossa primeira forma de organizar um conhecimento sobre uma realidade. É uma forma espontânea de nos situar no mundo.A formação dos Mitos obedece a uma necessidade natural, inerente do Ser Humano e da Cultura, na medida em que se estabelece a Ordem e a Paz.

“ Consciência Mítica”

O Mito é sentido e vivido antes de ser interligado e formulado.

Ele expressa o mundo e a realidade humana,como também é uma

representação coletiva que chegou até nós, através de várias gerações,

numa complexidade tão real, mesmo sabendo que ele, o Mito, é

ilógico e irracional.

Page 4: A evolução da reflexão humana

Como processo de compreensão de realidade, o mito não é lenda, mas verdade. Quando pensamos em verdade, é comum nos

referirmos à coerência lógica, garantida pelo rigor da argumentação e pela apresentação de provas.

A verdade do mito é intuída, e como tal, não necessita de comprovações, porque o critério de sua adesão é a crença e a fé.

O mito é, portanto uma intuição compreensiva da realidade, cujo o nascedouro se funde nas emoções e na afetividades.

Neste sentido, antes de interpretar o mundo, o mito expressa o que desejamos ou tememos, como somos atraídos pelas coisas ou como delas nos afastamos.

“ Consciência Mítica”

Page 5: A evolução da reflexão humana

Nas civilizações primitivas o mito desempenha uma

função indispensável; ele exprime, exalta e codifica a crença, salvaguarda e impõe os princípios morais, garante a eficácia do ritual e oferece

regras práticas para a orientação do Homem. É Ele, o Mito, um ingrediente vital a toda civilização humana

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Antiguidade: a Antiguidade centrava-se em torno do “cosmos” ou da natureza em si estática e encarava o homem em conexão com ela. Idade Média : o homem era membro da “ordem” emanada de Deus. Idade Moderna:: firma o homem sobre si mesmo, mas predominantemente como “sujeito” ou razão, “de sorte que esta, como sujeito transcendental ou razão universal panteísta e absoluta, acabou por subjugar e volatilizar o homem, convertendo-o em momento fugaz diante dos deuses e sem o domínio de crença específica. Pensamento Contemporâneo : o homem tomou consciência da inanidade de tais construções e verificou haver perdido tudo, incluindo até a própria personalidade e que principalmente, depois de haver sacrificado a vida do conceito abstrato ilusório, se encontra procurando ele mesmo

Page 7: A evolução da reflexão humana

Do Mito a Razão

- Período Arcaico(Sec. VIII a VI a.C) Adventos das cidades-

estados(póleis), alterações políticas sociais,desenvolvimento do comércio e a expansão da colonização grega.

Na Antiguidade: Há cerca de 700 anos a.C a

História do Pensamento Humano ganha espaço na capacidade de formular Reflexões e marca o seu momento áureo até a dominação romana, ás vésperas da Era Cristã.

Foi neste período que se deu a Abertura para o Homem refletir;

A Gênese da Reflexão humana, fazia nascer a Filosofia, não na Grécia propriamente dita, mas nas colônias gregas do Oriente e do Ocidente, especulando sobre o Homem e sua Interioridade

Os Filósofos pré-socráticos marcaram a História por volta do século

VI e V a.C. e entre os mais importantes destacamos:

Tales de Mileto(640-548 a.C) Astrônomo, Matemático, considerado

como um dos 7 (sete)mais sábio filósofo da Antiguidade. Acreditava que a Água é a origem de tudo, mudando o rumo de muitas coisas com essa frase.

Pitágoras de Samos – (570-496 a.C) (fundador da escola de Crotona, sul da

Magna Grécia)-considerado o célebre matemático que escrevia na pedra os princípios da Geometria.Tentou conhecer o mundo em termos quantitativos.Defendeu a visão estática e a necessidade de quantificação do ser humano.

Heráclito-(540-475 a.C) Acreditava que a origem das coisas

estava no Cosmo e tinha plena certeza de que o mundo sempre estava em mudança. E que “Nós” jamais seríamos as mesmas pessoas e que tudo se transformaria em seus opostos. Ele tinha como elemento o Fogo, as Mudanças e no Conflito.

Anaximandro: Primeiro cartógrafo que descobriu que a Terra estava solta no espaço, mas mesmo assim, o povo grego acreditava que a Terra fosse um planeta plano e solto

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Ainda um pouco mais do Mito a Razão

Anaximandro foi um sucessor de Tales. Nasceu por volta de 610 a.C. e morreu aproximadamente em 547 a.C. e de sua vida praticamente nada se sabe. Foi geógrafo, matemático, astrônomo e político. Relatos nos dão conta de que escreveu um livro, posteriormente chamado "Sobre a natureza".

Atribui-se a Anaximandro a confecção de um Mapa-Mundi com o mundo já conhecido naquela época.

Anaxímenes de Mileto Ao que consta, Anaxímenes foi discípulo e

continuador de Anaximandro. Nasceu por volta de 585 a.C. e morreu próximo de 545 a.C. Também escreveu uma obra intitulada posteriormente "Sobre a natureza". Dedicou-se especialmente à meteorologia. Foi o primeiro a afirmar que a Lua recebe luz do Sol.

Apesar de ser um discípulo de Anaximandro, Anaxímenes discorda de seu mestre já que, para ele, a natureza não é indefinida (embora concorde que é ilimitada). Sua phýsis é o ar, que diferencia-se nas substâncias, por rarefação e condensação, tornando-se fogo, vento, nuvem, água e, daí, terra, pedras e as demais coisas até então conhecidas.

Xenófanes de Colofão Xenófanes nasceu por volta 570 a.C. em

Colofão, na Jônia. Pouco se sabe sobre ele, e sua importância para filosofia reside na critica ao senso comum e aos aspectos antropomórficos dos deuses míticos.

Ele afirma a existência de um deus único, infalível e justo, sem forma humana ou qualquer outra conhecida por nós. Não se move, e por essa razão, não está sujeito a mudanças, ao tempo e ao devir.

Parmênides de Eléia Parmênides nasceu em Eléia, na Itália, cerca de

530 a.C. Foi discípulo do pitagórico Amínias e provavelmente, também seguiu as lições de Xenófanes. Em Atenas combateu a filosofia dos jônicos e, sua akmé se deu por volta de 500 a.C.

Escreveu uma obra, em poema, denominada Sobre a Natureza, composta por duas partes. Na primeira parte trata da verdade e na segunda, da opinião. A obra levanta-se contra o dualismo pitagórico e o mobilismo de Heráclito.

Parmênides formulou os dois princípios lógicos do pensamento: o principio da identidade ( o ser é o ser), e o principio da não-contradição (se o ser é, o seu contrario, não é).

Ele também foi o criador da ontologia, isto é, a doutrina do ser e de suas formas.

Para Parmênides a experiência sensorial nos faz perceber que tudo está em movimento, ou seja, em mudança. Nós mudamos, as coisas surgem e desaparecem mas o ser é imóvel e imutável, pois se se movesse, mudaria e tornar-se-ia aquilo que ele não é.

Zenão de Eléia Zenão nasceu em Eléia, na Itália, por volta de 504

a.C e teve sua akmé aproximadamente em 461 a.C. Foi o criador da dialética, isto é, a argumentação combativa, e um ferrenho defensor de seu mestre, Parmênides, principalmente contra as criticas dos pitagóricos.

Defendeu o ser uno, contínuo e indivisível de seu mestre contra o ser múltiplo, descontínuo e divisível dos pitagóricos.

Zenão jamais defendia diretamente as teses de Parmênides.

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Período Clássico (Secs. V e IV a.C.)

Era o auge da civilização grega, na política – a expressão da democracia ateniense; desenvolvimento das artes, literatura e filosofia e a época dos filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles. Sócrates(469 a399 a.C) Filho do Escultor Sofronisco e da parteira Fenareta; viveu na época magna da Grécia em que os artistas embelezavam Atenas. Em 432 a.C fez parte do conflito entre Esparta e Atenas e se destacou por sua bravura e resistência física.Criou uma nova concepção para a Alma – como sede da consciência normal e do caráter e que a nossa realidade interior se manifesta através das palavras e ações.Eterno Questionador- Criador da Ética e autor das Frases: “Só sei uma coisa: é que nada sei.” E a que esta escrita no Oráculo de Delfos: “Homem, conhece-te a ti mesmo”.Foi acusado pela sociedade de Atenas de corruptor da juventude,inimigo da democracia de Atenas e por desafiar os preconceitos sociais da época, foi condenado a beber Cicuta(veneno), aos 72 anos, no ano de 399 a.C.Cria o método da Maiêutica(parto da Idéias) que estimula seus alunos a dar a luz a Novas idéias, fundamentados em argumentação lógica e coerente com a essência da idéia central.

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Platão (427 a 347 a.C) Filho de Família da aristocracia grega, foi amigo fiel e aluno de Sócrates. Acreditava que a alma, antes de se encarnar, já teria vivido no mundo as idéias e que o

desenvolvimento do Homem era por Intuição e pela busca da Intelectualidade. Autor do Mito da Caverna

   O Mito da Caverna narrado por Platão no livro VII do Republica é, talvez, uma das mais poderosas metáforas imaginadas pela filosofia, em qualquer tempo, para descrever a situação geral em que se encontra a humanidade. Para o filósofo, todos nós estamos condenados a ver sombras a nossa frente e tomá-las como verdadeiras. Essa poderosa crítica à condição dos homens, escrita há quase 2500 anos atrás, inspirou e ainda inspira inúmeras reflexões pelos tempos a fora. A mais recente delas é o livro de José Saramago A Caverna.

A Condição Humana Platão viu a maioria da humanidade condenada a uma infeliz condição. Imaginou (no Livro VII de A República, um diálogo escrito entre 380-370 a.C.) todos presos desde a infância no fundo de uma caverna, imobilizados, obrigados pelas correntes que os atavam a olharem sempre a parede em frente. O que veriam então? Supondo a seguir que existissem algumas pessoas, uns prisioneiros, carregando para lá para cá, sobre suas cabeças, estatuetas de homens, de animais, vasos, bacias e outros vasilhames, por detrás do muro onde os demais estavam encadeados, havendo ainda uma escassa iluminação vindo do fundo do subterrâneo, disse que os habitantes daquele triste lugar só poderiam enxergar o bruxuleio das sombras daqueles objetos, surgindo e se desfazendo diante deles. Era assim que viviam os homens, concluiu ele. Acreditavam que as imagens fantasmagóricas que apareciam aos seus olhos (que Platão chama de ídolos) eram verdadeiras, tomando o espectro pela realidade. A sua existência era pois inteiramente dominada pela ignorância (agnóia).

Libertando-se dos grilhões Se por um acaso, segue Platão na sua narrativa, alguém resolvesse libertar um daqueles pobres diabos da sua pesarosa ignorância e o levasse ainda que arrastado para longe daquela caverna, o que poderia então suceder-lhe? Num primeiro momento, chegando do lado de fora, ele nada enxergaria, ofuscado pela extrema luminosidade do exuberante Hélio, o Sol, que tudo pode, que tudo provê e vê. Mas, depois,    Livre é quem pensa aclimatado, ele iria desvendando aos poucos, como se fosse alguém que lentamente recuperasse a visão, as manchas, as imagens, e, finalmente, uma infinidade outra de objetos maravilhosos que o cercavam. Assim, ainda estupefato, ele se depararia com a existência de um outro mundo, totalmente oposto ao do subterrâneo em que fora criado. O universo da ciência (gnose) e o do conhecimento (espiteme), por inteiro, se escancarava perante ele, podendo então vislumbrar e embevecer-se com o mundo das formas perfeitas.

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Foi discípulo de Platão durante 20 anos, à diferença deste, Aristóteles desenvolve seu pensamento em extensão, abrangendo todas as formas de saber da época. Um ano após a aclamação de Alexandre, o Grande, de quem fora tutor, fundou em Atenas o Liceu, onde ensinava passeando. Com a morte de Alexandre, foi acusado de irreverência aos deuses tradicionais, e exilado.

Seu realismo moderado considera como única fonte do conhecimento a experiência sensível; sobre os dados desta, a inteligência age para, mediante a abstração, atingir a essência dos seres.

A Teoria aristotélica é a do Ato de Potência com que busca solucionar o velho problema pré-socrático da conciliação entre a permanência do ser e o movimento, a mudança evidenciada pelos sentidos.

Aristóteles(384-322 a.C)

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Todos os seres são compostos de ato e potência, exceto Deus (ato puro) porque é perfeito e imutável. O movimento, a mudança, consiste na passagem de uma potência (o que o ser é virtualmente, capacidade, aptidão) a ato (sua realização, consumação, perfeição). Nem o movimento, nem as mudanças modificam a essência, porque o ser não se transforma em nada que já não fosse antes (em potência). O primeiro movimento, o impulso inicial foi dado pelo Motor Imóvel (Deus, Ato Puro).

Aristóteles

A teoria do Ato e Potência é complementada pela da Matéria e Forma, que explica as diferenças e semelhança entre os seres. Todos os seres concretos têm a mesma matéria prima. Esta é indeterminada e constitui o princípio da corporeidade dos seres concretos. Quem dá determinação à matéria-prima é a forma, o princípio que faz com que todos os seres sejam inteligíveis. Matéria e forma estão separadas apenas em nossa mente, na natureza elas estão unidas.

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Aristóteles

A Metafísica de Aristóteles acha-se intimamente ligada à sua Lógica, que é a codificação das leis, que não só regem o pensamento, mas também (realismo) articulam a realidade. No Organom, instrumento para pensar corretamente, desenvolve a ciência platônica da definição, acrescendo-a de trabalhos sobre a i ndução, o silogismo, os princípios lógicos, etc.A política descreve três tipos de governo: o de um só indivíduo, monarquia, cuja doença é a tirania, o dos melhores, aristocracia, cuja doença é a oligarquia; o de todos, democracia, cuja doença é a demagogia.

Para Aristóteles, “o homem é um animal político”, pois se ocupa dos negócios da polis, sociedade, o que o distingue dos outros animais. E sua felicidade consiste no equilíbrio, que é racional, no meio termo: a áurea mediana. Da obra de Aristóteles conhecemos 22 tratados sobre: Lógica, Filosofia, Metafísica, Física, Biologia, Psicologia, Política, Belas-Artes.

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O Conhecimento No decorrer da história humana, vimos que há diversas maneiras de compreender “O que é a Verdade”. É importante evitar o ceticismo radical que se distancia da filosofia e nem aderir ao dogmatismo excessivo que se aloja no comodismo das verdades absolutas, mas encarar o Espanto, a Admiração, a Controvérsia e aceitar o movimento contínuo entre a certeza e a incerteza. Isto significa que devemos sempre estar em busca do conhecimento para dar sentido ao mundo e saber interpretar a realidade, descobrindo as formas, para nela poder agir. Hoje, no pensamento contemporâneo, não se busca mais a verdade que existe por trás dos conceitos, como antigamente, o que significa que a forma como se está passando o conhecimento é através do exercício da Liberdade de Pensamentos e do Diálogo, pelos quais os indivíduos compartilham as suas idéias bem mais próximas do real.

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Santo Agostinho e o Período Medieval

O desenvolvimento do conhecimento durante a Idade Média conta com particularidades diversas que se afasta daquela errônea perspectiva que a define como a “idade das trevas”. Contudo, a predominância dos valores religiosos e as demais condições específicas fazem do período medieval apenas singular em relação aos demais períodos históricos. Nesse sentido, o expressivo monopólio intelectual exercido pela Igreja vai estabelecer uma cultura de traço fortemente teocêntrico.Não por acaso, os mais proeminentes filósofos que surgem nessa época tiveram grande preocupação em discutir assuntos diretamente ligados ao desenvolvimento e a compreensão das doutrinas cristãs. Já durante o século III, Tertuliano apontava que o conhecimento não poderia ser válido se não estivesse atrelado aos valores cristãos. Logo em seguida, outros clérigos defenderiam que as verdades do pensamento dogmático cristão não poderiam estar subordinadas à razão.

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É interessante notar que, existiam outros pensadores medievais que não advogavam a favor dessa completa oposição entre a fé e a razão. Um dos mais expressivos representantes dessa conciliação foi Santo Agostinho, que entre os séculos IV e V defenderia a busca de explicações racionais que justificassem as crenças. Em suas obras “Confissões” e “Cidade de Deus”, inspiradas em Platão, aponta para o valor onipresente da ação divina. Para ele, o homem não teria autonomia para alcançar a própria salvação espiritual.

A idéia de subordinação do homem em relação a Deus e da razão à fé acabou tendo grande predominância durante vários séculos no pensamento filosófico medieval. Mais do que refletir interesses que legitimavam o poder religioso da época, o negativismo impregnado no ideário de Santo Agostinho deve ser visto como uma conseqüência próxima às conturbações, guerras e invasões que viriam a marcar a formação do mundo medieval.

Santo Agostinho

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São Tomás de AquinoContudo, as transformações experimentadas com a Baixa Idade Média viriam a promover uma interessante revisão da teologia agostiniana. A chamada filosofia escolástica apareceria com o intuito de promover a harmonização entre os campos da fé e da razão. Entre seus principais representantes estava São Tomas de Aquino, que durante o século XIII lecionou na universidade de Paris e publicou “Suma Teológica”, obra onde dialoga com diversos pontos do pensamento aristotélico.

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São Tomás, talvez influenciado pelos rigores que organizavam a Igreja, preocupou-se em criar formas de conhecimento que não se apequenassem em relação a nenhum tipo de questionamento. Paralelamente, sua obra terá uma composição mais otimista em relação a figura do homem. Isso porque acreditava que nem todas as coisas a serem desvendadas no mundo dependiam única e exclusivamente da ação divina. Dessa maneira, o homem teria papel ativo na produção de conhecimento.

Apesar dessa nova concepção, a filosofia escolástica não será promotora de um distanciamento das questões religiosas e, muito menos, se afastou das mesmas. Mesmo reconhecendo o valor positivo do livre-arbítrio do homem, a escolástica defende o papel central que a Igreja teria na definição dos caminhos e atitudes que poderiam levar o homem à salvação. Com isso, os escolásticos promoveram o combate às heresias e preservaram as funções primordiais da Igreja.

São Tomás de Aquino

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A Idade Moderna é caracterizada por:

Advento do experimentalismo científicoCiência e técnica conseguem unir-seCopérnico e Aristóteles sendo questionadosO Empirismo-Não admitindo que o espírito tenha leis próprias.

Renascimento Cultural – surto humanistaReforma religiosa Descobrimentos marítimos

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Empirismo

Expressão dada a todas as doutrinas filosóficas que negam a existência das idéias inatas como princípios de conhecimento logicamente distintos da experiência

É um movimento que acredita nas experiências como idéias únicas (ou principais) discordando, portanto, da noção de idéias inatas -

( os conceitos matemáticos e a idéia de Deus.)

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René Descartes

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Doutrina segundo a qual todo conhecimento certo provém de princípios irrecusáveis, a

priori, evidentes, de que ela é conseqüência necessária, e por si sós, os sentidos não

podem fornecer senão uma idéia confusa e provisória da verdade.

(Descartes, Espinoza, Hegel)

Racionalismo

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René Descartes (1596-1650)Conhecimento - o poder de conhecer um todo

indivisível funcionando de modo simples, idêntico e absoluto-

- idéias adventícias (da experiência)- idéias factícias ou combinatórias (inventadas)- idéias inatas (colocadas por Deus)"eu pensante imperfeito e finito é dotado da idéia

de perfeição e do infinito." Em "Meditações" (1641)

Prova a existência de Deus como fundamento da

objetividade.

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Referências:ARANHA, Maria Lucia Arruda – Introdução à Filosofia, S.Paulo,Moderna,1993CHAUI Marilena, O que é Ideologia,S.Paulo, Brasiliense, 1997