a energia dos chakras - alírio de serqueira filho

Download A Energia Dos Chakras - Alírio de Serqueira Filho

If you can't read please download the document

Upload: camilo-oliveira

Post on 27-Dec-2015

285 views

Category:

Documents


18 download

TRANSCRIPT

Alrio de Cerqueira FilhoEnergiaDosChakrasSADE eAUTOTRANSFORMAO SRIE SADEESPIRITUAL Jesus o Mestre, Guia e Modelopara toda a Humanidade. Segui-lointimoratos, da forma como os primeiroscristos O seguiram, modelando osSeus exemplos, o grande conviteconsciencial que trazemos vivo em ns. Nesta obra refletimossobre trs grandes exemplos deautotransformao vivenciadapor cristos da primeira hora,correlacionando com a energia doschakras e a sade espiritual. Refletir sobre a vida dos grandesdiscpulos e apstolos do Cristianismonascente e seus exemplos deautotransformao muito importantepara que possamos trilhar os mesmoscaminhos, desenvolvendo as virtudesnecessrias para nos tornarmosmais saudveis fsica, emocional eespiritualmente. Esperamos que esta modestacontribuio venha auxiliar os estudiososdo psiquismo humano que desejamadquirir a sade espiritual para seremintegralmente felizes. Conhea:Alrio de Cerqueira FilhoEnergiadosChakrasSADE eAUTOTRANSFORMAO SRIE SADEESPIRITUALEnergia dos Chakras, Sade e Autotransformao 2013. Federao Esprita do Estado de Mato GrossoDados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)Cerqueira Filho, Alrio deEnergia dos chakras, sade e autotransformao.1. ed. - Cuiab : Editora Espiritizar, 2013.(Srie sade espiritual)ISBN 978-85-65109-12-3 1. Chakras (Teosofia) 2. Energia vital3. Espiritualidade I. Ttulo. II. Serie.12-13399CDD-133.901ndices para catlogo sistemtico:1. Chakras : Vida e prtica espiritual :Religio comparada 291.44Conselho EditorialLuiza Leontina Andrade RibeiroLacordaire Abraho FaiadSaulo Gouveia CarvalhoCoordenador da Editora Rafael Grechi ReisReviso Ana Paula Soares BartholomeuArteThamara Fraga (capa) Gerson Reis (projeto grfico)Editora Espiritizar - Federao Esprita do Estado de Mato GrossoAv. Djalma Ferreira de Souza, 260 Setor Oeste j Morada do Ouro Cep. 78.055-170 - Cuiab-MT Tel. (65) 3644 2727 www.editoraespiritizar.com.br | [email protected] C R Comunicao 11 2729-9412 - So Paulo - SP www.japiassureis.com ) [email protected] de Cerqueira FilhoEnergiadosChakrasSADE eAUTOTRANSFORMAO SRIE SADEESPIRITUALApresentao As energias dos chakras que trazemos no perspirito so fundamentais para o nosso equilbrio fsico e mental. Dependendo da forma como nos movimentamos frente vida, essas energias estaro inibidas, congestionadas ou equilibradas. Para mant-las equilibradas, todo um investimento necessrio. Para tanto, a identificao com as lies do Evangelho de Jesus imprescindvel. Jesus o Mestre, Guia e Modelo para toda a Humanidade. Segui-lo intimoratos, da forma como os primeiros cristos O seguiram, modelando os Seus exemplos, o grande convite consciencial que trazemos vivo em ns. Nesta obra refletimos sobre trs grandes exemplos de autotransformao vivenciada por cristos da primeira hora: Pedro, o apstolo - exemplo de transformao da insegurana e da temeridade em f convicta; Maria de Magdala - exemplo da transformao do prazer sensual em prazer de servir; e Paulo de Tarso - exemplo da transformao da onipotncia e prepotncia em poder com amor. Refletir sobre a vida dos grandes discpulos e apstolos do Cristianismo nascente e seus exemplos de autotransformao muito importante para que possamos trilhar os mesmos caminhos, desenvolvendo as virtudes necessrias para nos tornarmos mais saudveis fsica, emocional e espiritualmente. Este livro no fruto de uma psicografia, porm traz muitos contedos que nos foram repassados mediunicamente, por intermdio do mdium Afro Stefanini II, pelo Esprito Honrio, autor dos livros Vozes-alerta e Dias Felizes, ambos publicados pela Editora Espiritizar, e por outros Espritos Mentores do Projeto Espiritizar, realizado pela Federao Esprita do Estado de Mato Grosso. Esperamos que esta modesta contribuio venha auxiliar os estudiosos do psiquismo humano que desejam adquirir a sade espiritual para serem integralmente felizes.Desejamos a todos um excelente estudo.O autorCuiab, novembro de 2012.Sumrio1 A realidade trina do ser. .............................. 092 O que so chakras ................................. 113 A energia dos chakras e a busca do equilbrio existencial. ............ 344 Pedro, o Apstolo, exemplo de transformao da insegurana eda temeridade em f convicta ........................... 805 Maria de Magdala, exemplo de transformao do prazer sensual em prazer de viver para servir 1106 Paulo de Tarso, exemplo de transformao da onipotncia e prepotncia em poder amoroso 124Referncias Bibliogrficas154O que o Projeto Espiritizar........................... 155Implante o Projeto Espiritizar no Centro Esprita em que voc trabalha.... 1571A realidade trina do ser Para entender sobre os chakras e as suas energias, devemos compreender que o ser humano possui corpos com variados nveis de energias em diferentes estados de condensao. Em uma viso simplificada do plano energtico, temos trs realidades: Essencial, Intermediria e Fsica. A realidade essencial ou causal exprime a Essncia Divina que todos ns somos. o nosso lado luz. Propriedades especficas compem sua natureza, entre elas energia eltrica e magntica em estado essencial. O Ser Essencial ou Causal pura energia eletromagntica que constitui o que poderamos chamar de Corpo Causal. Tem uma forma humana, mas que pura energia, sem delimitaes. o Esprito em sua essncia, cujas energias, quando em harmonia, equilibram os chakras, promovendo a sade, mas que, quando bloqueadas pelos atos de desamor, geram as doenas. A realidade intermediria compe o corpo fludico do Esprito, o perspirito. Com caractersticas semimateriais, etreas, sendo, ao mesmo tempo, constitudo de energia eletromagntica e de matria em estado etreo, intermedirio entre o Esprito - a essncia - e o corpo, por isso tem caractersticas semelhantes aos dois, energtica e material. composto de vrias camadas. Quanto mais prximo do Esprito, mais etreo o perpirito, e quanto mais prximo do corpo, mais se torna materializado. No perspirito esto os sete chakras principais e os secundrios. Esses centros de fora so os responsveis pela distribuio e transformao dos influxos energticos essenc, conforme detalharemos adiante. A realidade fsica corresponde, naturalmente, ao nosso corpo fsico. a forma mais condensada, na qual a matria se encontra colapsada. O intercmbio entre a realidade fsica e a realidade essencial ou causal, que d origem ao corpo, realizado pelos cinco sentidos sensoriais que imprimem suas sensaes no corpo intermedirio, repercutindo, aps, na realidade essencial. Por sua vez, tudo o que acontece na realidade essencial repercute no corpo tambm por meio do corpo perispiritual. Em sntese, o corpo fsico apenas uma expresso do Ser Essencial, havendo um corpo fludico como intermedirio. importante lembrar que essa abordagem apenas didtica, pois impossvel delimitar onde termina o Esprito e comea o perspirito, e onde este termina e comea o corpo. H, na verdade, uma interpenetrao, e a delimitao que fazemos tem por fim facilitar a compreenso da existncia desses trs nveis de energia, para que possamos compreender, por exemplo, que as doenas so resultado do uso inadequado das energias. Elas so geradas pelos equvocos que cometemos por rebeldia ou ignorncia em relao vida e sua finalidade. Todas as vezes que, por ignorncia ou rebeldia, agimos contrariamente Lei de Amor, Justia e Caridade, que nos orienta para o progresso, temos, como consequncia, um bloqueio energtico do Ser Essencial. Como ele que fornece a energia que nos mantm a vida, ao ser bloqueado o resultado ser um desequilbrio energtico do corpo fludico, que, por sua vez, produz no corpo fsico a interferncia de que alvo, a qual se manifesta como doena mental e fsica. As doenas tm, vistas assim, um carter positivo, pois alertam o indivduo sobre os equvocos a que ele est se lanando, ou aos quais j se tenha lanado, para que possa corrigi-los. So, portanto, mecanismos de alerta que convidam a pessoa a perceber quais os fatores espirituais, psquicos e emocionais esto originando os desequilbrios energticos, convidando-a a transmutar essas deficincias pelos exerccios de amor, de que resultar um retorno ao equilbrio e, consequentemente, sade. A doena, portanto, realiza um papel de estimuladora do processo evolutivo do ser humano, pois tem funo disciplinadora e reguladora, convidando-o ao equilbrio, quando ele, por seus atos, se afasta. Ao ficar doente, a pessoa sente vontade de recuperar a sade, e com isso convidada pelos mecanismos criados por Deus a buscar equilibrar a sua conduta para se libertar da doena. Ao longo deste livro, estudaremos um caminho para desenvolver a sade, utilizando as energias sutis produzidas pelo Esprito imortal nos chakras do perspirito. Aprender a mobilizar adequadamente essas energias por meio do autoconhecimento, com a consequente autotransformao, medida inadivel para todos ns. 2O que so chackras Os chakras so centros de energia, ou de fora, que existem no interior do corpo fludico do Esprito: o perspirito. Em snscrito, chakras significa crculos. So vrtices de energias sutis que tm movimentos circulares de expanso e contrao, no sentido vertical e horizontal. Os chakras tm a funo de captar as energias provenientes de Deus, e disponveis para todas as Suas criaturas, para vitalizar o corpo fludico e, posteriormente, transmiti-las s clulas do corpo fsico, gerando-lhes energia vital. As pesquisas recentes acerca do funcionamento da acupuntura tm comprovado a existncia dos chakras, dos meridianos e pontos de acupuntura que so microchakras, ligados aos chakras principais por canais de energia. Fisiologicamente, os chakras atuam como transformadores de energia, tornando-a mais condensada para poder ser utilizada no corpo fsico. As energias por eles captadas estimulam o sistema nervoso e endcrino a produzir secrees hormonais que geram o funcionamento fisiolgico dos rgos do corpo fsico. Como os chackras so condensadores de energia, a energia mental do Esprito est intimamente ligada ao seu bom ou mau funcionamento de acordo com o tipo de energia, construtiva ou destrutiva, que mantemos em nossos pensamentos e sentimentos. Os chakras so fundamentais para o funcionamento de mente e do corpo, nos proporcionando sade ou doena, dependendo das energias que canalizamos por eles. fundamental, pois, que estabeleamos uma vigilncia constante em nossos pensamentos e sentimentos para que possamos nos conduzir por uma energia mental construtiva, buscando superar a subconscincia, a partir da conscincia plena, rumo superconscincia. Quando cultuamos a invigilncia, atuamos de forma subconsciente, criando inibio ou congesto das energias; em consequncia, os chackras funcionam de maneira desequilibrada. Assim, as crenas limitadoras e os pensamentos automticos passivos juntamente com os sentimentos evocados por eles, geram uma hipoatividade do chakra, que ficar inibido. De outro lado, as crenas limitadoras e os pensamentos automticos reativos, juntamente com os sentimentos evocados por eles, geram uma hiperatividade do chakra, que ficar congestionado. Associados ao corpo fsico por meio de um plexo nervoso e uma glndula endcrina, temos sete grandes chakras principais e vrios secundrios. Os grandes chakras esto situados em uma linha vertical que sobe da base da coluna at a cabea. O mais baixo, chamado chakra raiz, fica perto do cccix. O segundo chakra, chamado chakra sacral, situa-se logo abaixo do umbigo. O terceiro chakra, o do plexo solar, situa-se na metade superior do abdmen, abaixo da ponta do esterno. O quarto, tambm conhecido como chakra do corao, pode ser encontrado na parte mdia do esterno, prximo do corao e da glndula timo. O quinto chakra, o da garganta, localiza-se no pescoo, prximo ao pomo de Ado, na regio da tireide e da laringe. O sexto chakra, o da testa, situa-se na parte mdia da fronte, ligeiramente acima do cavalete do nariz. O stimo chakra, o coronrio, est localizado no topo da cabea. Os chakras realizam o controle do fluxo de energia vital para os diferentes rgos do corpo. Quando esto funcionando de forma adequada, fortalecem e equilibram um determinado sistema fisiolgico. O funcionamento anormal dos chakras produz alteraes no sistema correspondente do corpo fsico. claro que essa alterao no vai acontecer, apenas, em um sistema, pois os chakras so integrados entre si, portanto, alteraes em um produzem alteraes em outros. Por isso que, quando uma pessoa adoece, a manifestao mais intensa da doena acontecer em um determinado rgo, mas todos os demais so afetados, porque, energeticamente, no h uma separao. Todo o conjunto adoece. Do mesmo modo, quando um chakra se equilibra, h uma contribuio para o equilbrio dos demais e para a manuteno da sade da pessoa, pela interligao dos sistemas homeostticos dos corpos fsico e fludico. Cada sistema opera em harmonia com os outros, em perfeita sincronia. O fluxo das energias divinas flui para dentro do corpo atravs do chakra coronrio, no topo da cabea, e catalisado pelo chakra cardaco. Como os chakras esto intimamente ligados medula espinhal e aos gnglios nervosos existentes ao longo do eixo central do corpo, a energia sutil flui para baixo, passando pelo chakra coronrio, que a distribui para as partes do corpo e rgos apropriados, transformando-se em energia condensada a partir da secreo dos hormnios. Dessa forma, todo o corpo estimulado pela liberao hormonal na corrente sangunea, que, mesmo em diminutas quantidades, tem uma ao extremamente poderosa em todo o organismo. Alm de toda essa funo fisiolgica, os chakras tm uma funo espiritual especfica, edo associados s questes psquicas e emocionais, importantes para o desenvolvimento da conscincia humana, como vemos na figura 1. O primeiro chakra responsvel pela segurana; o segundo, pelo prazer; o terceiro, pelo poder; o quarto, pelo amor; o quinto, pelo conhecimento; o sexto, pela inspirao; e o stimo, pela transcendncia. Todos esses atributos so fundamentais para o processo de desenvolvimento da criatura humana. Os sete chakrasFigura 1 Os sete chakras principais Para compreender como os chakras esto envolvidos no processo sade/doena, preciso entender, como j sinalizamos, que as suas energias so passveis de dois tipos de desequilbrio, que afetam o funcionamento normal dos atributos de cada chakra: inibio e congesto. A inibio resultado do processo de bloqueio das energias do corpo fludico quando no so absorvidas corretamente. Essa hipoatividade dos chakras repercute nos rgos e glndulas gerando um estado de inrcia, hipotonia, astenia. A inibio energtica das funepsquicas, orgnicas e glandulares produz no organismo fsico doenas como hipoglicemia, hipotenso, hipotireoidismo, cansao, sonolncia, desnimo, depresso. A congesto ocorre quando h um acmulo de energias nos chakras, fazendo com que elas no sejam utilizadas de forma adequada. H, nesse caso, uma hiperatividade dos chakras, que produz congestionamento no corpo fludico, em um processo semelhante ao das inflamaes no corpo fsico. As regies do corpo fludico que se encontram "inflamadas" vo produzir uma hiperatividade dos rgos ou glndulas do corpo fsico, resultando em doenas como a hipertenso arterial, hipersecreo de cidos no sistema digestivo que, por sua vez, gera gastrites e lceras ppticas, hipertireoidismo, hiperglicemia, artrites, cefaleias, enfim, doenas geradas pela excessiva estimulao dos rgos. Tanto a hipoatividade, quanto a hiperatividade dos chakras acontecem devido ao processo de identificao, ou mascaramento, dos sentimentos egoicos negativos que mantemos. J a atividade normal acontece quando buscamos desenvolver as virtudes essenciais e nos vinculamos s questes transcendentes da vida. Vejamos como ocorrem esses movimentos nos diferentes chakras. Inicialmente, gostaramos de esclarecer alguns pontos: essa diviso apenas didtica; os movimentos antagnicos no so formas acabadas e definitivas e h uma gradao entre eles; raramente uma pessoa tem s um deles; a maioria de ns tem os dois movimentos desequilibrados, com predomnio de um deles; mas podemos, em outros momentos, estar centrados no equilbrio do chakra.HIPOATIVIDADEATIVIDADE NORMALHIPERATIVIDADE1CHAKRAINSEGURANASEGURANATEMERIDADE2 CHAKRADESPREZO AO PRAZER(PURITANISMO)PRAZERAPEGO AO PRAZER (SENSUALISMO)3 CHAKRAIMPOTNCIAPODERONIPOTNCIA/ PREPOTNCIA4 CHAKRAINDIFERENAAMORAPEGO5 CHAKRASONEGAO E DESPREZO AO CONHECIMENTOCONHECIMENTOABUSO DO CONHECIMENTO6 CHAKRACETICISMOINSPIRAO E INTUIOMISTICISMO7 CHAKRADESPREZO S FUNES PSQUICASTRANSCENDNCIAABUSO DAS FUNES PSQUICASTabela l - Os chakras e o psiquismo Estudemos, a seguir, cada chakra: 1. Chakra (raiz) - segurana (senso de realidade essencial) Hipoatividade - insegurana Hiperatividade - temeridade Sentimentos essenciais responsveis pelo equilbrio-humildade e mansido Sentimentos egoicos responsveis pelo desequilbrio-orgulho e rebeldia O primeiro chakra tem como funo manter a segurana do indivduo, promovendo a manuteno de sua vida biolgica e psicolgica. o chakra de preservao da vida e afirmao daa no mundo de relao. Est ligado aos instintos primrios de sobrevivncia, atuando como o principal agente da resposta de fuga ou luta, quando h algum perigo, e est relacionado ao medo de danos ao corpo fsico, que coloquem em risco a vida da pessoa. No psiquismo, a vontade de viver e a afirmao da capacidade do ser diante das atribulaes naturais da vida, que constituem o senso da realidade, so reguladas por esse chakra. Quando a energia est equilibrada, a pessoa se sente segura, autoconfiante diante dos problemas, colocando a sua capacidade prova e aprendendo com os erros e acertos, manifestando vontade de viver, afirmando os seus valores. Quando surgem empecilhos em sua vida, busca se libertar deles, precavendo-se de possveis dificuldades com prudncia e tranquilidade. Quando em equilbrio, a pessoa sente um medo natural do desconhecido, fruto do instinto de autopreservao, mas que superado com os cuidados e com a prudncia com que realiza as suas aes. Quando congestionado na hiperatividade, este chakra ir gerar a temeridade, ocasio em que o indivduo no sente medo de nada, agindo de forma inconsequente e imprudente, colocando em risco a prpria vida e, muitas vezes, a dos outros. A pessoa age de forma imprudente e irresponsvel, sem pensar nas consequncias dos seus atos, para si e para os outros. Parece, para aqueles que observam a vida de um ngulo superficial, que elas so extremamente autoconfiantes, por no apresentarem medo de nada. Na realidade, essa autoconfiana falsa, pois ser temerrio no significa ser corajoso. Pessoas assim sentem um desprezo pela vida e por isso se tornam temerrias. Hoje em dia h todo um culto temeridade - nos chamados esportes radicais e outros jogos que colocam em risco a vida das pessoas que intentam viver, segundo dizem, de "adrenalina". O primeiro chakra est ligado s glndulas suprarrenais, que produzem, dentre outros hormnios, a citada adrenalina, que serve resposta luta ou fuga, necessria preservao da vida em caso de perigo. Quando esse perigo real, saber lidar com ele uma questo de sobrevivncia. O problema que hoje, cada vez mais, as pessoas, especialmente as mais jovens, tm criado perigos artificiais - gerando uma hiperatividade do primeiro chakra: nos brinquedos de parque de diverso, despencam de grandes alturas, com a sensao de que esto caindo em um abismo; abusam dos esportes radicais, que a cada dia se tornam mais perigosos; praticam "rachas" nas avenidas das grandes cidades; participam de jogos de computador repletos de violncia. Com tais atitudes, as pessoas esto criando o chamado vcio da adrenalina, cuja secreo se deve dar em condies especficas, pois que, quando hipersecretado, traz graves consequncias para a sade fsica e mental. Quando inibido pela hipoatividade, esse chakra gera a insegurana, e o indivduo se sente incapaz de se conduzir e de se afirmar na vida, com medo de tudo e de todos. Acreditando-se incapaz, fica acuado diante dos desafios naturais da vida, podendo, em grau extremo, paralisar-se, pelo medo de errar e sofrer por isso. Essa caracterstica gera uma dependncia psicolgica do indivduo em relao aprovaoutros, que so utilizados para validar a sua prpria atuao. Os sentimentos essenciais responsveis pelo equilbrio desse chakra so as virtudes da humildade e da mansido. Por que humildade e mansido? O que essas duas virtudes tm a ver com segurana? Elas geram a aceitao das coisas como elas so, isto , da nossa realidade maior, de Espritos imortais em evoluo e aprendizes da Vida. H possibilidade de ser um aprendiz sem exerccio de humildade e mansido? No! Por isso, Jesus preconiza essas duas virtudes como o caminho para buscar o aprendizado: Aprendei comigo que sou manso e humilde de corao. Somos criaturas divinas em processo de aprendizado. Somente fazendo exerccios de mansido e de humildade vamos ter plena conscincia dessa realidade, adquirindo a segurana de sermos Filhos de Deus, pertencentes ao Universo. Quando temos plena conscincia de quem somos, desenvolvemos a autoconfiana, a confiana em Deus e a confiana na Vida, condies fundamentais para vivenciarmos a vida com equilbrio, com conscincia de que somos perfectveis, isto , Espritos em evoluo, apfeioando-se at a perfeio relativa, por meio do exerccio dessas virtudes. Todas as dificuldades que criamos para a nossa vida vm dos sentimentos egoicos responsveis pelo desequilbrio - orgulho e rebeldia. Analisemos o seguinte: uma pessoa diz para si mesma: - Eu tenho que mudar, eu tenho que ser uma pessoa melhor, nem que me custem muitas lgrimas. Isso positivo? No! Isso falso-positivo. Parece positivo, mas no o , porque quando algum diz isso no est realizando exerccios de humildade e de mansido, e sim exerccios de orgulho e de rebeldia, por mais paradoxal que parea. Por que exerccio de orgulho e de rebeldia? Porque a pessoa no est aceitando as suas limitaes, e por isso quer se obrigar a ser boa, sem aceitar-se como est naquele momento evolutivo. Ela quer se tornar virtuosa sem passar pela transformao do vcio egoico em virtude. Com a humildade, a pessoa reconhece a sua pequenez e ao mesmo tempo a sua grandeza. Como Espritos ignorantes que ainda somos, convidados a evoluir, somos muito pequenos, diante de um Universo incomensurvel, mas ao mesmo tempo somos grandes, devido ao potencial do Anjo que carregamos dentro de ns. No existe transformao sem o reconhecimento da ignorncia para transform-la gradativamente. Para aceitar essa realidade plenamente, so necessrias a humildade e a sua companheira fiel, a mansido, que so virtudes essenciais que trazemos em potencial, para serem desenvolvidas. Por seu turno, o orgulho e a rebeldia so vcios morais que ainda trazemos dentro de ns. Como podemos desenvolver uma virtude essencial sem aceitar que temos o vcio que lhe contrrio? claro que isso no ser possvel. Portanto, fundamental para a pessoa que quer se tornar melhor aceitar, humildemente, que traz o orgulho dentro de si, que a faz querer ser uma pessoa virtuosa de uma hora para outra, pois isso a faz nutrir sentimentos de onipotncia e prepotncia, presentes at mesmo nesse desejo de mudar para melhor. Com os exerccios de aceitao da sua condio de ser humano, aprendiz da Vida, ver a oportunidade bendita de se transformar em um ser melhor, a partir da transformao interior. Ao tomar conscincia dessa realidade, a pessoa diz para si mesma: - Eu desejo ser uma pessoa melhor, mais consciente da minha condio de ser humano e, por isso, reconheo que trago muitas imperfeies em mim mesma. Contudo, tenho a oportunidade de transform-las, gradativamente, em oportunidades de crescimento interior. Nesse novo pensamento, realmente h um exerccio de humildade e mansido, no qual a pessoa se sente um aprendiz da Vida, em processo de evoluo. O desenvolvimento dos pensamentos nobres e das virtudes essenciais somente possvel por esse caminho. Da forma como a pessoa props, inicialmente, somente ser possvel o desenvolvimento das mscaras do ego, em um processo de subconscincia, e no de autoconscincia. Se no aceitarmos as limitaes que ainda nos caracterizam, no vamos desenvolver as virtudes. Por isso, fundamental o processo de escolha consciente, que suave e leve. Como que o desenvolvimento de virtudes poderia ser um processo pesado, realizado fora? Jesus diz: Aprendei comigo que sou manso e humilde de corao. D at para imagin-Lo falando com uma voz doce, meiga, suave: Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vs o meu jugo, e aprendei comigo, que sou manso e humilde de corao, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo suave, e o meu fardo eleve (Mateus, 11:28 a 30). Para nos tornarmos, realmente, pessoas conscientes, fundamental nos tornarmos aprendizes de Jesus, Mestre de amor, de mansido e de humildade, que nos conduz a Deus. 2. Chakra (sacro) - prazer Hipoatividade - puritanismo Hiperatividade - sensualismo Sentimentos essenciais responsveis pelo equilbrio - gratido + humildade e mansido, que vm do primeiro chakra. Sentimentos egoicos responsveis pelo desequilbrio - ingratido + orgulho e rebeldia, que vm do primeiro chakra. O segundo chakra tem como funo o prazer, desde o de ordem fisiolgica, gerado pelo instinto de sobrevivncia, como o sexo e o prazer da alimentao, at o prazer de viver, de se afirmar no mundo. Tem ligao direta com o primeiro chakra, no que diz respeito manuteno da vida, promovida pelo prazer que o sexo e a alimentao proporcionam. Se Deus no tivesse colocado o prazer nessas duas funes vitais, no haveria a perpetuao da vida na reproduo e peramos morrer de inanio. Por isso, o prazer sagrado em sua origem. Do mesmo modo, existe no ser o prazer psicoemocional de se afirmar no mundo, de ser capaz, de ser til, de realizar a parte que lhe cabe na criao de um mundo melhor para todos, a comear do mundo ntimo. As pessoas que tm uma relao sagrada com o prazer tornam-no cada vez menos sensual, a partir do desenvolvimento dos prazeres essenciais, ligados estesia, como o da convivncia amiga, de uma leitura edificante, de um passeio junto natureza, de criar coisas boas, de ser coo-criador no Universo etc. Esses prazeres no as impedem de gozar, dentro do equilbrio, o prazer de uma relao sexual e os prazeres de uma boa mesa. Quando congestionado na hiperatividade, o indivduo se apega ao prazer, ao sensualismo, no qual o indivduo abusa do prazer sensual, buscando-o a qualquer custo, por exemplo, atravs da sexolatria, da glutoneria, trazendo muitos prejuzos para si e para outras pessoas. As pessoas que se apegam ao prazer tm uma postura sensualista. Ainda esto extremamente voltado para o ego, para os sentidos sensoriais, para a vida material. Vivem para usufruir os prazeres, seja do sexo ou da comida ou, como mais comum, para ambos. Invertem, com isso, os valores, pois o sexo e a comida so para manter a vida e no a vida apenas para usufru-los. Na sexolatria h tambm um movimento de usar outras pessoas apenas como objeto de prazer, sem se importar com os seus sentimentos, trazendo graves consequncias para os que usam e para os que so usados. Como elas esto voltadas para os prazeres sensuais, no h espao para os prazeres estsicos, pois o predomnio da matria muito grande sobre os valores espirituais. Com isso, elas esto muito distantes, ainda, dos prazeres essenciais ligados ao ato de viver. Com o chakra inibido na hipoatividade, a pessoa tem averso ao prazer - nesse puritanismo, ela inibe o fluir das energias, desprezando o prazer devido, normalmente, s crenas religiosas arraigadas de que se trata de algo impuro, pecaminoso. Normalmente, essa postura surge aps longo estgio na busca do prazer pelo prazer, seja na atual existncia, seja em outras experincias de vida. A pessoa sai de um extremo e vai para o outro. A inibio tpica de posturas puritanas que buscam negar toda forma de prazer, que atingiram o seu auge na Idade Mdia. Em menor escala, existem at hoje pessoas pautadas em crenas religiosas que so antinaturais, pois, como vimos, o prazer tem origem na sabedoria do Criador da Vida, que o criou para que houvesse a preservao da vida. Com tais crenas, sentem-se culpadas quando experimentam prazer e caem na necessidade de serem punidas por seus "pecados" que cometem. Desde o pecado original bblico, at a crucificao de Jesus e outros pecados particulares inconfessveis, ligados, na maioria das vezes, ao sexo, que so cometidos s escondidas ou pelo pensamento, que so prontamente reprimidos. Abolindo o prazer de suas vidas, para no errarem mais, pensam estar tomando uma deciso acertada, esquecidas de que somente podemos nos libertar de um problema relacionado ao apego por meio do desapego, que o uso equilibrado daquilo que antes idolatrvamos. Quando cultuada sistematicamente, essa averso pode gerar uma diminuio ou abolio completa do prprio prazer de viver. o que acontece na depresso que, muitas vezes, conduz a pessoa ao suicdio, contrariando-lhe o prprio instinto de sobrevivncia. Os sentimentos essenciais responsveis pelo equilbrio desse chakra a gratido, alm da humildade e da mansido, que vm do primeiro chakra, porque os chakras funcionam em sincronia e interdependncia. Por que gratido? possvel viver sem prazer? O Criador, com sabedoria e bondade infinita, nos legou a vida com prazer, e fundamental sermos gratos a Ele. O sentimento egoico que desequilibra o segundo chakra , por isso, a ingratido, resultante da rebeldia e do orgulho. Para sermos gratos, fundamental reconhecermos que somos criaturas e seremos sempre criaturas, criadas para a felicidade, para o bem, para o bom e para o belo, a partir de nossos prprios esforos at a perfeio relativa. Reconhecer isso amar e sermos gratos ao Criador. Quando, em algum nvel, rechaamos essa condio, praticamos a ingratido, que nos tornar pessoas muito infelizes, at que nos disponhamos a mudar de atitude. 3. Chakra (plexo solar) - poder Hipoatividade - impotncia Hiperatividade - onipotncia e prepotncia Sentimentos essenciais responsveis pelo equilbrio - aceitao + gratido + humildade e mansido. Sentimentos egoicos responsveis pelo desequilbrio - inaceitao + ingratido + orgulho e rebeldia. O terceiro chakra tem como funo o poder. fundamental para a manuteno da vida o poder de viver, o poder de realizar aes de autotransformao, de evoluir at a plenitude do ser. Esta relacionado ao poder da pessoa escolher entre um caminho ou outro, de ser capaz de conduzir a prpria vida e de ser feliz. a partir das energias desse chakra que a pessoa exerce o poder de conduzir a prpria vida e de ser feliz, transformando-se para melhor e, em virtude disso, servindo como exemplo de mudana para outras pessoas. Quando em equilbrio, a pessoa usa o seu poder na relao com outras pessoas para orientar, assessorar, colaborar com os outros, caso esses queiram a sua colaborao. Quando o chakra est congestionado, devido ao abuso do poder na hiperatividade, ocorrem dois movimentos interligados e muito prximos: a onipotncia e a prepotncia. A onipotncia o movimento no qual uma pessoa pensa que tem um superpoder e, por isso, tem uma tendncia a querer fazer as escolhas e viver a vida pelas outras pessoas, evitando que elas passem pelas experincias prprias para o seu crescimento pessoal. A pessoa onipotente, consciente ou subconscientemente, se idealiza mais inteligente e mais capaz do que o outro e, por isso, deseja direcion-lo, interferindo em sua vida. A prepotncia o uso da fora sobre o outro, que subjugado. A pessoa prepotente acredita ser superior aos outros e, por isso, fora a submisso de quem ela pensa lhe ser inferior. Pela fora bruta ou intelectual, faz com que a outra pessoa mude a sua maneira de ser, para atender s suas vontades. Os dois movimentos so interdependentes, pois a pessoa que se sente supercapaz, com um poder muito maior do que realmente] tem, deseja no somente conduzir a prpria vida, como tambm vida dos outros e todas as circunstncias externas; enfim, a pessoa se acredita com superpoderes para interferir em tudo sua volta. Gera o autoritarismo e a ingerncia na vida dos outros e, em grau elevado, a tirania. Esse desejo de controlar tudo e todos, devido ao seu complexo de superioridade, que surge do orgulho, constitui-se em uma reao ao complexo de inferioridade que o prepotente/onipotente possui. Psicologicamente, esse movimento , em um nvel profunde,, a tentativa da criatura de se igualar ao Criador, nico verdadeira mente Onipotente, da a sua origem no complexo de inferioridade Sentindo-se inferior, a pessoa tenta acabar com esse sentimento, desenvolvendo a pseudossuperioridade. Por isso, tanto a prepotncia, quanto a onipotncia, so um| falso poder, porque ningum pode viver a vida por outra pessoa, fazer as suas escolhas ou fazer com que mude. Ningum pode subjugar verdadeiramente o Eu do outro. Por outro lado, quando as energias no terceiro chakra esto inibidas, temos a hipo atividade geradora da impotncia, em que o indivduo se sente incapaz de escolher os rumos da prpria vida e de ser feliz. Tende a gerar um sentimento de subservincia e incapacidade produzindo a auto anulao em graus extremos. Esse, porm, um movimento intimamente relacionado com a onipotncia e prepotncia. Normalmente, quando a pessoa no consegue, por algum motivo, exercer a prepotncia ou a onipotncia que exercia, ou que gostaria de exercer, isto , quando v frustrada a sua tentativa de ao prepotente ou onipotente, entra na polaridade passiva do ego caracterizada pela impotncia. Assim, ela reage de forma oposta ao movimento que vinha fazendo at ento, passando a pensar que no pode nada, que no capaz de controlar nada, que no consegue nada na vida etc. um movimento caracterizado pela suposta incapacidade de se exercer o poder. A pessoa impotente idealiza-se incapaz de exercer qualquer atividade que venha influenciar na vida do outro. Outra forma de se fixar na impotncia acreditar que os outros tm o poder sobre ns, como quando dizemos: - Fulano me deixa irritada. Voc me faz sentir um idiota. Voc me deixa triste. Ao pensarmos assim, atribumos ao outro um poder que ele no tem - o de nos fazer sentir de uma forma ou de outra. Na realidade, o outro pode estimular, com sua atitude, crenas, sentimentos e comportamentos negativos, mas eles so nossos, somos responsveis por eles. Atribuir poder ao outro sobre o que pensamos e sentimos abandonarmos o controle de ns mesmos. Podemos resumir essa atitude por meio do seguinte pensamento oculto, mas que expressa a impotncia: - Se ele que me deixa irritado, eu no posso fazer nada com relao a isso. Ao contrrio, se admitirmos que a irritao nossa, e que somos ns que a pduzimos, assumimos o poder real de nos libertarmos dela. Nos pensamentos acima, para assumir a realidade e no a fantasia, a pessoa deveria dizer: - Eu me sinto irritada com a atitude de fulano. Eu me sinto um idiota quando voc faz isso. Eu me sinto triste quando voc tem essa atitude. Com estes pensamentos, e no aqueles colocados acima, a pessoa assume o poder de decidir o que vai ou no sentir. A impotncia, portanto, tambm uma forma falsa de se exercer o poder, pois ningum to incapaz a ponto de no ter poder nenhum. H uma relao direta entre o sentimento de impotncia e a insegurana do primeiro chakra. O sentimento essencial, ligado diretamente ao terceiro chakra, a aceitao. fundamental aceitarmos as nossas limitaes, o fato de sermos aprendizes da vida, seres criados por Deus para a perfeio relativa, pois somente Deus o Absoluto. A onipotncia, to comum a esse chakra acontece devido a sentimento egoico, gerador do desequilbrio que a inaceitao nossa condio de criatura, fazendo com que o ser criado deseje condio do Absoluto. Como esse um desejo impossvel de ser realizado a pessoa cai na impotncia ou entra na prepotncia. Somente vamos transmutar esse desejo impossvel de sermos como o Absoluto a partir da aceitao plena de quem ns somos seres limitados, e que sempre seremos limitados, mesmo quando n: tornarmos Espritos puros. Como criaturas criadas por Deus, teremos sempre um poder relativo.4. Chakra (corao) - amor Hipoatividade - indiferena Hiperatividade - apego Sentimentos essenciais responsveis pelo equilbrio compaixo (holocentrismo) + aceitao + gratido + humildade e mansido. Sentimentos egoicos responsveis pelo desequilbrio egosmo, indiferena e crueldade (egocentrismo) + inaceitao + ingratido + orgulho e rebeldia. O quarto chakra tem como funo o amor. O seu equilibra formado pelos sentimentos de autoamor e compaixo, que catalisam as energias provenientes do Criador da vida, captadas, para toa o organismo, pelo chakra coronrio, o da transcendncia. O exerccio do autoamor produz o amor incondicional, fundamental no exerccio de amor ao prximo, em que o indivduo direciona a sua vida adequadamente, canalizando de forma altrusta as l tangias que recebe, para si mesmo e para os outros. As lies de amor esto entre as mais importantes das que l gomos convidados a exercitar e a aprender, em nossas existncias no mundo fsico. Para isso, fundamental o desenvolvimento dos sentimentos de compaixo e empatia, para que haja a abertura do chakra cardaco. Realizando essas aes, estamos nos aprimorando essencialmente e nos proporcionando o desenvolvimento de uma forma , elevada de conscincia. Quando a circulao das energias est inibida na hipoatividade, temos a indiferena, em que o indivduo tem uma atitude egosta de somente ligar para si mesmo, buscando o seu prprio bem-estar, em detrimento dos outros, esquecido de que, na verdade, bem-estar falso, pois no possvel estar bem gerando o mal aos outros, ou lhes sendo indiferente. A indiferena gera a carncia afetiva, pois, para receber amor preciso, primeiramente, doar amor. Em graus extremos, a indiferena completa diante da prpria vida, tamanha a inibio da capacidade de dar e receber amor, estando ligado, quando isso ocorre, ao impulso suicida. Quando esse chakra est congestionado pela hiperatividade, anos o apego: o indivduo ama com um amor possessivo, que sufoca e aprisiona o ser amado, tornando-se dependente dele. Esse tipo de amor prprio das pessoas inseguras, possessivas. e existe em qualquer tipo de relacionamento amoroso. Na realidade, esse um amor que adoeceu, e que gera mal-estar, tanto para quem ama, quanto para quem "amado", pois o verdadeiro amor o que liberta e incondicional. O sentimento essencial responsvel diretamente pelo equilbrio do quarto chakra a compaixo, que proporciona o desenvolvimento do holocentrismo. A palavra bolos, em grego, significa todo. Uma pessoa holocentrada aquela que est centrada no todo, nela prpria e nos outros. O holocentrismo imprescindvel para o equilbrio da energia dos chakras, e, consequentemente, da sade espiritual. E a compaixo somente desenvolvida quando canalizamos toda a energia mental de forma holocentrada, tanto pelos pensamentos quanto pelos sentimentos. Quando, ao invs de cultivar o holocentrismo, a pessoa cultua o egocentrismo, centra-se em si mesma de forma negativa, no se importando com o bem-estar dos outros, como na indiferena, ou sendo at instrumento do sofrimento alheio, como na crueldade. Quando apegada a um amor doente, em uma atitude pseudoamorosa, ela continua egocentrada, pois diz que ama, mas apenas sufoca e escraviza o outro, com um suposto amor que no passa de sentimento egosta. 5. Cbakra (garganta) - conhecimento Hipoatividade - sonegao e desprezo ao conhecimento Hiperatividade - abuso do conhecimento Sentimentos essenciais responsveis pelo equilbrio - compreenso da verdade + compaixo + aceitao + gratido + humildade e mansido. Sentimentos egoicos responsveis pelo desequilbrio -incompreenso + egosmo, indiferena e crueldade -inaceitao + ingratido + orgulho e rebeldia. O quinto chakra tem por funo o conhecimento, fundamental na conquista da sabedoria. Tem, tambm, como funo a comunicao e o exerccio da vontade, que esto intimamenteigado; ao processo do conhecimento. pela comunicao que se adquire z se compartilha o conhecimento. O exerccio da vontade uma consequncia direta do autoconhecimento. Quanto mais a pessoa aprofunda o conhecimento de si mesma, percebendo as suas dificuldades interiores, mais aumenta a sua vontade de autodomnio e autotransformao, a fim de se libertar dessas dificuldades e ser feliz. Quando o chakra est congestionado na hiperatividade, temos o abuso do conhecimento, que tem como objetivo obter poder de coero, e est ligado aos processos de onipotncia e prepotncia, gerados pela hiperatividade do terceiro chakra. A pessoa, nesse estado, age de forma coerciva, buscando submeter outras pessoas sua vontade. Nesse movimento, utiliza o conhecimento para manipular ou prejudicar as pessoas que no o possuem, ou que o possuem de forma limitada. Em graus extremos, o indivduo pode utiliz-lo para escravizar ou fanatizar outras pessoas em torno de suas ideias, com o intuito de prevalecer o seu poder sobre elas. Quando o chakra est inibido na hipoatividade, temos a sonegao ou o desprezo ao conhecimento. A sonegao, que inibe a atividade do chakra, acontece quando o indivduo detm o conhecimento somente para si, no o compartilhando com as outras pessoas, seja por insegurana, seja com o objetivo de manipulao. Ele pode, ainda, comunicar o conhecimento de forma distorcida. Acontece tambm a sonegao quando a pessoa detm o conhecimento e no o utiliza em sua vida. Esse fato muito comum no caso de pessoas que, por exemplo, conhecem o Evangelho de Jesus, mas no fazem esforos para utilizar os preceitos cristos como base para o seu processo de autoconhecimento e autotransformao. No h um esforo pleno para se exercitar o conhecimento das verdades espirituais ou, quando existe, ele muito dbil, de modo a que a pessoa sinta essas verdades e se esforce para vivenci-las plenamente. O desprezo, como o prprio termo informa, acontece quando a pessoa no aplica o conhecimento obtido ou ignora a oportunidade de adquiri-lo. Isso muito comum no que tange s questes espirituais. Hoje em dia esto disponveis, em vrios nveis, informaes que vo do mbito cientfico ao religioso, mas muitas pessoafogem de obter o conhecimento, por medo do comprometimento com outro modo de vida. Acreditam elas que, no tendo conhecimento de uma forma de vida mais espiritualizada, podem continuar mantendo uma vida materialista, sem maiores consequncias. Esse desprezo ao conhecimento espiritual faz tambm o indivduo distanciar-se do autoconhecimento, por medo daquilo que ir encontrar no seu interior. H um medo enorme de se encontrar por exemplo, os sentimentos egoicos negativos, que, consciente ou subconscientemente, so mascarados. Entretanto, no possvel criatura fugir de si mesma. O movimento psicolgico de desprezo ao conhecimento espiritual e ao autoconhecimento traz consequncias graves para o indivduo, pois lhe enfraquece a vontade, tornando-o superficial, e bloqueia oportunidades valiosas de evoluo. O sentimento responsvel pelo equilbrio do chakra do conhecimento a compreenso da verdade. Para compreend-la, e fundamental meditarmos sobre ela, para podermos senti-la no corao e vivenci-la, tornando-a instrumento de mudana para melhor e transformando-nos em pessoas cada vez mais conscientes. A compreenso da verdade acontece pelo exerccio de autoconscincia. Quando a pessoa permanece no processo de subconscincia, valorizando as questes egoicas, em detrimento das j essenciais, entra em um processo de incompreenso, recusando-se a ser um aprendiz da Vida, conforme vimos ao analisar o primeiro chakra. 6. Chakra (frontal) - inspirao e intuio Hipoatividade - ceticismo Hiperatividade - misticismo Sentimentos essenciais responsveis pelo equilbrio - trabalho com disciplina + compreenso + compaixo + aceitao + gratido + humildade e mansido. Sentimentos egoicos responsveis pelo desequilbrio - inatividade e indisciplina + incompreenso + egosmo, indiferena e crueldade + inaceitao + ingratido + orgulho e rebeldia. O sexto chakra tem como funo a inspirao e a intuio. No processo de evoluo do ser humano, h o movimento natural de o Essencial se fazer perceptvel em nvel consciente, pois ele a manifestao de Deus em ns mesmos. A Providncia Divina nos dotou dessa capacidade que est intimamente relacionada aos trs ltimos chakras, especialmente o sexto e o stimo. com o sexto chakra que nos tornamos conscientes dos influxos energticos provenientes do Ser Essencial, que nos convida a desenvolver a nossa espiritualidade, e recebemos orientaes sutis de nossos mentores espirituais, Anjos de Guarda e Espritos protetores, por meio da inspirao e da intuio. Essas intuies so recursos valiosos para a superao de nossas limitaes, e, por issofundamental que abramos os canais de percepo do sexto chakra. Quando congestionado na hiperatividade, temos o misticismo, em cuja postura o indivduo acredita estar sendo, o tempo todo, orientado por seres espirituais superiores que direcionam a sua vida, como babs de crianas irresponsveis. Indivduos h que se acreditam investidos de grandes misses espirituais, inspirados a efetiv-las por "foras csmicas". Muitos so os que, por excessiva credulidade, abdicam de suas prprias escolhas espirituais para viverem de forma mstica, o que favorece a instalao da obsesso, especialmente a fascinao. Quando inibido na hipoatividade, temos o ceticismo, o desprezo s intuies e inspiraes. Nesse caso, o indivduo, com uma viso materialista da vida, no se aceita como um ser espiritual nem aceita a existncia de seres espirituais desencarnados em outra esfera de vida. Essa crena gera um bloqueio do sexto chakra, pois a pessoa no admite a possibilidade de obter recursos interiores do Ser Essencial. Negando-o sistematicamente, tambm bloquear toda ajuda espiritual superior proveniente da inspirao, que viria auxili-la a resolver os seus problemas. Isso, porm, no impede as influenciaes inferiores de Espritos que se aproveitam da fixao nos trs chakras inferiores para melhor se utilizarem da pessoa. Os sentimentos essenciais responsveis pelo equilbrio so trabalho com disciplina. O trabalho disciplinado fundamentai para que as manifestaes espirituais sejam analisadas com bom senso, lgica racional e lgica emocional, para que se possa discernir c que verdadeiro e o que falacioso. Somente utilizando a disciplina para conhecer a verdade, a pessoa pode compreend-la a fim de discernir se a inspirao est congruente com a realidade da vida. Se estiver incongruente, a pessoa saber que no veio de um bom Esprito. Somente realizando o trabalho com disciplina podemos nos liberar, tanto do ceticismo, quanto do misticismo, especialmente este que gerador dos processos de fascinao espiritual, que acontece exatamente, por ausncia do trabalho disciplinado que nos convida a analisar tudo com base no bom senso. Quando, por acomodao, a pessoa cultua o sentimento egoico da inatividade intelectual, no analisando aquilo que lhe intudo, torna-se, devido indisciplina, presa fcil de processos mistificadores, ou cair no ceticismo, em que por indisciplina e inatividade no busca se espiritualizar.7. Chakra (coronrio) - transcendncia Hipoatividade - desprezo s funes psquicas Hiperatividade - abuso das funes psquicas Sentimentos essenciais responsveis pelo equilbrio - entrega + trabalho com disciplina + compreenso + compaixo + aceitao + gratido + humildade e mansido. Sentimentos egoicos responsveis pelo desequilbrio - resistncia + inatividade e indisciplina + incompreenso + egosmo, indiferena e crueldade + inaceitao + ingratido + orgulho e rebeldia. O stimo chakra tem como funo a transcendncia. Est relacionado com a busca espiritual e pela nossa ligao direta com a dimenso espiritual da vida e com Deus e ativado quando a pessoa, conscientemente, busca desenvolver a sua religiosidade e espiritualidade em harmonia com os valores essenciais da vida. Essa busca permite que a pessoa faa exerccios em que h uma percepo de estados elevados de conscincia, fator que amplia a sua capacidade de espiritualizao e evoluo. Esse chakra tem a epfise como a glndula de ligao ao corpo fsico e permite a mediunidade equilibrada com Jesus, em que o intermedirio coloca-se em estado elevado de conscincia, ampliando as suas funes psquicas para melhor servir. Quando congestionado na hiperatividade, temos o abuso das funes psquicas de ligao com a vida espiritual, que acontece quando se faz uso dos potenciais medinicos para praticar o mal a outras pessoas e para obter proveito prprio. O mdium, nesse caso, ao invs de entrar em um estado elevado de conscincia para servir ao bem, oferece seus recursos medinicos a Espritos ainda empedernidos no mal, para que possam agir gerando malefcios a terceiros. Na verdade, fazendo isso, tanto os encarnados, quanto os desencarnados esto produzindo o mal a si prprios, pois no possvel utilizar dessa forma o stimo chakra sem danos graves ao corpo fludico. Essas pessoas, certamente, esto gerando, para esta e para futuras reencarnaes, transtornos psicticos de difcil recuperao. A no utilizao das funes psquicas de ligao com a vida espiritual inibe as energiaeixando o chakra na hipoatividade. Isso se d pela viso materialista da vida, pela no aceitao da existncia do Esprito. A inibio tambm acontece quando a pessoa percebe que traz os potenciais medinicos, mas, por medo de buscar o transcendente, pelo desconhecimento do que ir encontrar, bloqueia as funes psquicas do stimo chakra. Outra forma de inibio muito comum o desprezo s manifestaes espirituais, pois elas demandam esforo pessoal no exerccio constante do amor, para que o indivduo possa manter o equilbrio das funes psquicas. A virtude essencial intimamente ligada ao stimo chakra a entrega. Percebamos que o stimo chakra se liga imediatamente ao primeiro, o da segurana resultante da autoconfiana, da confiana em Deus e na Vida. Uma pessoa s se entrega verdadeiramente, no processo medinico, se tiver essa segurana. Quando isso acontece, c fluxo de energia sobe do primeiro chakra at o stimo, dele descende at o primeiro, em um fluxo de vida proporcionador do equilbrio. Quando, ao invs da entrega, a pessoa cultua o sentimento egoico da resistncia, por insegurana, medo do desconhecido e no confiana em Deus, ou por no querer as responsabilidades que a mediunidade com Jesus demanda, ela bloqueia as funes psquicas, mas com graves repercusses espirituais para si prpria. Como dissemos anteriormente, esta diviso apenas didtica, pois os chakras esto intimamente ligados uns aos outros. A alterao em um repercute mais ou menos intensamente nos outros. E certo tambm que, dependendo da funo psquica alterada, as manifestaes dos sintomas aparecero mais em um chakra e menos em outro. So exemplos desses sintomas: a sensao de um n, ou um bolo na garganta, denotando uma alterao no chakra do conhecimento; um vazio, um oco ou um buraco no peito, um peso no corao, demonstrando uma alterao no chakra do amor, e os mesmos sintomas no epigstrio, indicando alterao no chakra do poder; um peso no baixo ventre, chakra do prazer ou segurana; uma opresso na cabea, como alterao do sexto e do stimo chakras. So vrios os sintomas, e cada um traz uma particularidade. Todos demonstram alteraes nos chakras correspondentes, que se tornam, ento, protuberantes, inibidos, desvitalizados ou desalinhados, dependendo da posio anatmica em que o sintoma se manifesta. O desequilbrio acontece, em geral, de forma predominante na polaridade da hiperatividade ou da hipoatividade, mas pode ocorrer uma alternncia: ora est em uma polaridade, ora em outra, como o pndulo de um relgio, especialmente nas atividades dos trs chakras de base. Os trs primeiros centros de fora (segurana, prazer e poder), localizados abaixo do diafragma, formam uma trade fisiolgica em que predominam as funes orgnicas responsveis pela manuteno da vida no corpo fsico e pela afirmao do Esprito encarnado no mun. Os trs centros mais elevados (conhecimento, intuio e transcendncia) formam a trade espiritual superior. Neles predominam as funes responsveis pela elevao do Esprito encarnado, conectando-o com a vida maior. Quanto mais evoludo o Esprito, menos energia materializada ele vai ter nos trs primeiros chakras e mais energias vo ser canalizadas para os trs ltimos chakras, mesmo quando ainda estamos no corpo fsico. O quarto chakra, o do amor, a ponte entre as duas trades, fisiolgica e espiritual superior. Ele catalisa as energias dos outros chakras, que, para estarem em equilbrio, necessitam do amor dele proveniente. Vemos, com isso, que os desequilbrios dos demais chakras acontecem pela ausncia do amor. A energia da segurana sem amor produz a insegurana e a temeridade; o prazer sem amor gera o sensualismo ou o puritanismo; o poder sem amor gera a onipotncia. a prepotncia e a impotncia; o conhecimento sem amor produz o abuso, a sonegao e o no uso do saber; a intuio sem amor gera c misticismo ou o ceticismo; a transcendncia sem amor possibilita as aberraes medianmicas e o bloqueio de faculdades sublimes. O amor, portanto, ao mesmo tempo o elemento gerador e o catalisador das energias, e que permite o funcionamento equilibrada dos chakras e, consequentemente, de todo o organismo fsico. Os objetivos principais do chakra cardaco so o amor incondicional, a compaixo e a ativa demonstrao de conscincia crist. Quando aprendemos a desenvolver e a manifestar os aspectos espirituais superiores do chakra cardaco, a partir das energias doces e equilibrantes que recebemos de Deus, pelo stimo chakra, e que so distribudas, amplamente, pelo chakra do amor, torna-se mais exequvel para ns promovermos a transmutao dos nossos pensamentos e sentimentos negativos, assumindo-nos como aprendizes da Vida. Em contato com o amor, transcendemos as energias puramente fisiolgicas dos trs primeiros chakras, utilizando-as para o nosso crescimento espiritual, para aquisio do autoconhecimento c do conhecimento da Verdade Universal, melhoria da inspirao c transcendncia, ligando-nos ao mundo espiritual superior. para isso que reencarnamos, pois o objetivo da vida desenvolver as energias do quarto chakra - numa palavra, o amor. O arqutipo do amor Jesus. E Ele a referncia para o desenvolvimento das energias do chakra cardaco. Vem dEle o convite para nos converter ao Seu amor com o objetivo de nos holocentrarmos. A pessoa holocentrada tem plena conscincia de si e, ao mesmo tempo, do iodo, do coletivo. Ao contrrio, a pessoa egocentrada somente pensa em si, em detrimento dos outros. Quanto maior a capacidade de percepo do coletivo, sem anulao da nossa individualidade, mais evoludos seremos, como exemplificou Jesus em todo o Seu messianato. Qual o significado de nos converter ao Amor de Jesus? Significa superarmos o egocentrismo, desenvolvendo uma postura holocntrica pautada em seu amor. Por ser Jesus o Grande Modelo, o Arqutipo do Amor, somos convidados a sermos aprendizes dEle, convertendo-nos ao Seu Amor. Adiante estudaremos diferentes formas de converso, quando trabalharmos os perfis de Pedro, Maria de Magdala e Paulo de Tarsa Eles nos deixaram grandes exemplos de autossuperao e auto-transformao, pois se tornaram arqutipos do poder do Evangelho de Jesus. Eram pessoas comuns, muito parecidas conosco; no eram criaturas especiais que Jesus escolhera no Reino dos Cus e trouxe para fazer parte do Seu apostolado na Terra, mas sim criaturas falveis, pessoas frgeis, com as suas limitaes, mas que resolveram se converter ao Amor do Mestre e viver o Seu Evangelho em Esprito e Verdade. Todos deixaram a posio egocntrica e assumiram a posio holocntrica, cada um sua maneira. O importante na modelagem dos arqutipos que isso nos auxilia a superar o egocentrismo, posio daquele que ainda est envolvido em suas deficincias e no se dispe a transform-las. A converso ao Amor de Jesus nos torna holocentrados. Embora continuemos a ter as nossas limitaes, ficamos conscientes de necessidade de autotransformao, de trabalhar por admitir e superar nossas deficincias. Isso muito bem nos exemplificaram Pedro. Maria de Magdala e Paulo de Tarso. Pedro o arqutipo da transformao dos desequilbrios do primeiro chaka; Maria de Magdala, c arqutipo da transformao dos desequilbrios do segundo chaka: e Paulo de Tarso, o arqutipo da transformao dos desequilbrios do terceiro chakra, a partir da plena sintonia e identificao com c Arqutipo do Amor, Jesus. Por meio de muitos esforos, todos eles conseguiram transmutar as intensas energias egoicas que traziam, sublimando-as a partir do chakra do amor e canalizando-as para os chakras superiores Doando-se integralmente em favor do prximo, dando o melhor de si mesmos em prol do progresso da Humanidade, redimiram-se completamente. 3A energia dos chakrase a busca do equilbrio existencial A "Parbola dos Dois Filhos", mais conhecida como "Parbola do Filho Prdigo", narrada por Lucas no captulo 15:11 a 32, retraa o convite ao equilbrio existencial, fundamental para que a energia dos chakras estejam harmonizadas em suas (unes, conforme vimos no captulo anterior. Estudemo-la:E disse: Um certo homem tinha dois filhos.E o mais moo deles disse ao pai: Pai, d-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longnqua e ali desperdiou a sua fazenda, vivendo dissolutamente.E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e comeou a padecer necessidades.E foi e chegou-se a um dos cidados daquela terra, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos.E desejava encher o seu estmago com as bolotas que os porcos comiam, e ningum lhe dava nada.E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai tm abundncia de po, e eu aqui pereo de fome!Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o cu e perante ti.J no sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores.E, levantando-se, foi para seu pai e, quando ainda estava longe, viu--o seu pai, e se moveu de ntima compaixo, e, correndo, lanou-se-Ihe ao pescoo, e o beijou.E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o cu e perante ti e j no sou digno de ser chamado teu filho.Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mo e sandlias nos ps, e traze: o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha se perdido e foi achado. E comearam a alegrar-se.E o seu filho mais velho estava no campo; e, quando veio e chegou perto de casa, ouviu a msica e as danas.E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.E ele lhe disse: Veio teu irmo; e teu pai matou o bezerro cevado porque o recebeu so e salvo.Mas ele se indignou e no queria entrar. E, saindo o pai, instava com ele.Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo h tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos.Vindo, porm, este teu filho, que desperdiou a tua fazenda com a: meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.E ele lhe disse: Filho, tu sempre ests comigo, e todas as minhas coisas so tuas.Mas era justo alegrarmo-nos e regozijarmo-nos, porque este teu irmo estava morto e reviveu; tinha se perdido e achou-se. Esta uma parbola que durante muito tempo foi vista de maneira pouca profunda, tanto que, pela superficialidade interpreta-, conhecida como "Parbola do Filho Prdigo. Analisada superficialmente traz a histria de um filho ingrato que solicita a herana, sai de casa, perde tudo e depois volta arrependimento, pura e simplesmente, para os braos do pai, que o recebe bem. A maioria das pessoas assim a interpreta como se, em sua linha temtica, estivesse presente Deus nos recebendo de braos abertos, anulando todos os nossos erros, simplesmente devido ao nosso arrependimento. Muitos lderes religiosos se utilizam dessa histria para exemplificar como os fiis devem se comportar, bastando-lhes o arrependi-para que tudo fique resolvido. Essa interpretao , como dissemos. muito superficial e no condiz com os ensinamentos de Jesus. A Psicologia Transpessoal, todavia, traz uma reflexo profunda e consciencial dos smbolos ali contidos, levando-nos a refletir as maneiras pelas quais nos distanciamos do equilbrio e exarando um convite muito srio - o convite ao equilbrio existencial. A mencionada superficialidade interpretativa toma assento DO ttulo pelo qual essa parbola tornou-se conhecida. Jesus diz lente no seu incio: Um certo homem tinha dois filhos. Um dos completamente ignorado, propositalmente, conforme veremos adiante. Repleta de smbolos, a parbola nos fala do auto encontro, do encontro da criatura com a sua prpria essncia e, por consequncia, com o Criador, fator fundamental para ela adquirir o equilbrio existencial. Percebamos que o filho mais moo solicita ao Pai a sua herana e sai pelo mundo para gozar a vida, at que, sem recursos, encontra-se em uma situao de penria, passando fome e sofrendo as consequncias de suas aes. Quando cai em si, lembra-se de que na Casa do Pai nem os empregados eram tratados da forma como vinha sendo tratado. Ele retorna, ento, para solicitar do Pai o abrigo dado a seus empregados, O Pai o recebe com todo amor e compaixo, tratando-o como o filho que estava perdido e que retornara aos seus cuidados. Enciumado, tomado de inveja pelas regalias concedidas ao seu irmo, o filho mais velho admoesta o Pai, que lhe convida a alegrar-se com o retorno daquele que estava perdido. Ele, porm, no o aceita de maneira alguma, acreditando-se o nico merecedor, por sua aparente dedicao ao Pai. O objetivo da parbola chamar a ateno para os diferentes tipos de carter das pessoas, por meio destas personagens e simbologia: o homem representa Deus, e os dois filhos, a Humanidade. As caractersticas desses irmos existem na Humanidade inteira. Em nossa personalidade, temos tanto as do filho mais novo, quanto as do filho mais velho. Algumas pessoas se identificam com c filho mais novo em sua primeira fase, enquanto outras se identificam com ele quando em sua segunda fase; outras, ainda, se assemelham mais ao perfil do filho mais velho. Estudemos as suas atitudes, que simbolizam o egocentrismo, que pode ser de dois tipos: o voltado para dentro, representado pele filho mais novo em sua primeira fase, e o voltado para fora, representado pelo filho mais velho. No movimento egocntrico voltado para dentro, predominam os sentimentos egoicos evidentes; no movimento egocntrico voltado para fora, preponderam os sentimentos egoicos mascarados Comumente temos ambos os movimentos. Como se pode perceber por meio do enfoque transpessoal, Jesus aborda a trajetria de evoluo do ser humano que produz o desequilbrio existencial, exemplificando com a primeira fase do filho prdigo e com a postura do seu irmo mais velho, mas aponta o i caminho para o desenvolvimento do equilbrio existencial, de que exemplo o filho mais novo, quando em sua segunda fase. Vejamos os principais smbolos utilizados: Filho prdigo na primeira fase - exemplo da predominncia da face evidente do ego, na qual o Ser Espiritual desenvolve as chamadas negatividades do ego, isto , sentimentos como o dio, a vingana, a mgoa, a ansiedade etc., distanciando-se do equilbrio existencial. Filho prdigo na segunda fase - exemplo da predominncia da busca do equilbrio existencial a partir do retorno Casa do Pai, ao Essencial, quando o Ser Espiritual se torna um Ser Conscincia, isto , o Esprito imortal que alcanou o estgio de conscincia desperta para as Leis Divinas presentes em si, comeando a trabalhar ativamente para desenvolver o seu equilbrio existencial por meio da prtica dessas Leis. Nessa fase, h um esforo consciente para superar gradativamente as questes egoicas em si mesmo, nas vrias circunstncias da vida. Filho mais velho - exemplo da predominncia da face mascarada do ego, na qual o Ser Espiritual desenvolve as mscaras, isto , os sentimentos pseudopositivos, como o perfeccionismo, o puritanismo, a racionalizao etc. Casa do Pai - representa a Essncia Divina que todos ns somos, tambm chamado de Ser Essencial ou Self. Pai - representa Deus, nosso Pai Criador. Em nosso processo de desenvolvimento, ora nos identificamos com a face evidente do ego, que se origina na energia do desamor, ora com a face mascarada do ego, que se origina na energia do pseudoamor. O objetivo da vida nos levar identificao com a nossa prpria Essncia Divina, para aquisio do equilbrio existencial e para nos desidentificarmos do ego. O ego com a sua uma energia densa formada de ignorncia, que envolve a nossa Essncia Divina. Origina-se na simplicidade e ignorncia, isto , na ausncia do saber que caracteriza o Ser Espiritual em seus primrdios. Segundo a mentora Joanna de ngelis, o ego "[...] herana do primarismo animal, a ser direcionado...1 1 FRANCO, Divaldo P. Momentos de meditao. -Joanna de ngelis - cap.4 O ego vai se constituindo lentamente no processo de evoluo do princpio inteligente, que comea no tomo primitivo, conforme atesta a questo 540, de O Livro dos Espritos, passando pelo mineral, vegetal e animal antes de chegar ao reino hominal, conforme se l nas questes 607 e 607a:Dissestes que o estado da alma do homem, na sua origem, corresponde ao estado da infncia na vida corporal, que sua inteligncia apenas desabrocha e se ensaia para a vida. Onde passa o Esprito essa primera fase do seu desenvolvimento?"Numa srie de existncias que precedem o perodo a que chamais Humanidade."Parece que, assim, se pode considerar a alma como tendo sido o princpio inteligente dos seres inferiores da criao, no?"J no dissemos que tudo em a Natureza se encadeia e tende para a unidade? Nesses seres, cuja totalidade estais longe de conhecer, que o princpio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e se ensaia para a vida, conforme acabamos de dizer. , o; certo modo, um trabalho preparatrio, como o da germinao, por efeito do qual o princpio inteligente sofre uma transformao e se torna Espirito. Entra ento no perodo da humanizao, comeando a ter conscincia do seu futuro, capacidade de distinguir o bem do mal e a responsabilidade dos seus atos. Assim, fase da infncia se segue a da adolescncia, vindo depois a da juventude e da madureza. Nessa origem, coisa alguma h de humilhante para o homem. Sentir-se-o humilhados os grandes gnios por terem sido fetos informes nas entranhas que os geraram? Se alguma coisa h que lhes seja humilhante, a sua inferioridade perante Deus e sua impotncia para lhe sondar a profundeza dos desgnios e para apreciar a sabedoria das leis que regem a harmonia do Universo. Reconhecei a grandeza de Deus nessa admirvel harmonia, mediante a qual tudo solidrio na Natureza. Acreditar que Deus haja feito, seja o que for, sem um fim, e criado seres inteligentes sem futuro, fora blasfemar da sua bondade, que se estende por sobre todas as suas criaturas." Quando o princpio inteligente inicia o seu estgio no reino hominal, tornando-se um Ser Espiritual, traz como herana toda i carga de energias instintivas, relacionadas sua sobrevivncia, culminaro na formao do ego do ser humano. Portanto, o ego em si mesmo no negativo, simplesmente ignorncia a ser gradativamente transformada via processo do auto encontro. Nesse caminho chegaremos progressivamente perfeio, pelo conhecimento da Verdade, para aproximarmo-nos de Deus, conforme nos ensina a 115 de O Livro dos Espritos:Dos Espritos, uns tero sido criados bons e outros maus?"Deus criou todos os Espritos simples e ignorantes, isto , sem saber. A cada um deu determinada misso, com o fim de esclarec-los e de os fazer chegar progressivamente perfeio, pelo conhecimento da verdade, para aproxim-los de si. Nesta perfeio queles encontram a pura e eterna felicidade. Passando pelas provas que Deus lhes impe que os Espritos adquirem aquele conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa meta que lhes foi assinada. Outros, s a suportam murmurando e, pela falta em que desse modo incorrem, permanecer afastados da perfeio e da prometida felicidade." Muito claro est que essa 'simplicidade' e 'ignorncia' significam a ausncia de qualificativos: o Esprito, na sua origem, na: bom nem ruim, nem honesto ou desonesto, ou seja, est apenas pronto para se lanar s experincias. E ignorante no sentido de na i ter conhecimento de nada, do que pode ou no pode fazer, do que deve ou no deve fazer. At esse momento, suas experincias so apenas instintivas, como emprstimo da Divindade para a criatura. A partir do reino hominal, a criatura vai alargando as sui: possibilidades como fruto do seu livre-arbtrio. Ela s tem duas coisas: o livre-arbtrio e a perspectiva da perfectibilidade. No tem experincias anteriores, pois no fazia escolhas e apenas agia instintivamente Agora tem a liberdade de ao e uma destinao: a perfectibilidade Nosso grande problema em relao ao ego que muitas vezes, ao invs de transform-lo, no processo evolutivo natural, escolhemos cultu-lo, criando o egocentrismo voltado para dentro ou para fora Quando nos identificamos com a face evidente do ego, agimos como o filho prdigo, esquecendo-nos temporariamente de nossa condio divina e afastando-nos da "Casa do Pai", isto , da nossa prpria Essncia e de Deus. Nesse movimento, ns queremos goza: os chamados "prazeres da vida". Utilizamos, muitas vezes, a oportunidade bendita da reencarnao para usufruir prazeres egoicos os mais diversos, que nos aprisionam em energias grosseiras, perturbadoras. Quanto mais cultuamos a energia egoica, mais consequncias indesejveis amealhamos, gerando, dessa forma, sofrimento para ns mesmos, como fez o filhe prdigo. Quando o indivduo busca cultuar as negatividades da face evidente do ego, pelo "primarismo animal" que ainda o caracteriza, realiza uma ao semelhante do filho prdigo, motivado pela busca do prazer que o ego proporciona. Esse prazer egoico assume variadas formas de manifestao. Muitos buscam o prazer ligado s questes biolgicas instintivas, assumindo funes puramente fisiolgicas: comem, fazem sexo, dormem, usam, conforme o momento, drogas estimulantes ou anestesiantes, divertem-se, trabalham apenas para auferir os recursos a fim de manter essas atividades, e no pelo prazer de serem teis etc. Esse comportamento assemelha-se ao dos animais; a diferena que estes no tm livre-arbtrio. Outros nutrem paixes, em que o ego se manifesta, alm de tais prticas, tambm, por meio de negatividades como o orgulho, o egosmo, a vaidade, a vingana, a inveja, dentre outras. Essas pessoas sentem prazer diante da bajulao que adoram receber, do sofrimento de um desafeto, da queda de algum que alvo de um caluniador invejoso, da submisso sofrida por outrem etc. O culto das negatividades do ego, no obstante gerar um prazer momentneo, exaure o Ser Espiritual, pois, diferentemente do prazer essencial portador de energias sutis refazedoras, as energias egoicas so demasiado grosseiras e acabam por desvitalizar e danificar o perisprito, bem como o corpo fsico. Essa postura gera grandes desequilbrios nos chakras, inibindo-os ou congestionando-os. claro que agir assim gera muito sofrimento, mas s aps experiment-los, pelo distanciamento do amor, no qual nos colocamos voluntariamente devido nossa ignorncia, vamos nos tornar conscientes de que a vida muito mais do que os prazeres grosseiros ligados ao ego. Lembremos que a nossa destinao o amor e a felicidade, que existe uma Essncia Divina amorosa a ser cultivada em os mesmos e que somos filhos de Deus. Quando o Ser Espiritual cai em si e busca o auto encontro, o retorno Casa Paterna, ao amor do qual se distanciou, torna-se um Ser Consciencial. Quando nos identificamos com as mscaras do ego, agimos como o filho mais velho, que aparentemente dedicado. Percebemos pela parbola que renega o irmo que retorna, revelando, com isso, as negatividades - egosmo, orgulho, vaidade, cime, inveja, revolta, cobia e outras - que estavam ocultas em sua aparente bondade, provindo todas do pseudoamor. Esse filho permaneceu com o Pai por obrigao, e no por escolha, conforme fez mais tarde o filho prdigo arrependido.Faamos agora a exegese de cada versculo da parbola. Jesus diz: - E o mais moo deles disse ao pai: Pai, d-me a parte da fazenda que me pertence. Podemos interpretar o filho mais moo como sendo o menos experiente, o menos vivido, com capacidade menor de discernimento. Aqui temos a representao dos recursos - as ddivas da vida que Deus nos concede em cada reencarnao - para evoluirmos ("parte da fazenda que me pertence") e o livre-arbtrio, para usarmos esses recursos como nos aprouver. O que representa a "fazenda"? Representa todos os bens que Deus nos oferece para evoluirmos, a comear por nosso corpo. Tudo o que existe no Universo pertence a Deus. At os nossos corpos pertencem a Deus, porque no fomos ns quem os criamos. Quando renascemos no mundo, o fazemos atravs de um pai e de uma me que doam duas clulas, as quais, aps se unirem, se reproduzem e formam o nosso corpo a partir de leis biolgicas criadas por Deus. O corpo fsico, a cada reencarnao, uma "fazenda" que recebemos para usar bem. Temos tambm, por emprstimo divino. o ar para respirar, a gua para saciar a nossa sede, os alimentos, os bens materiais, enfim tudo de que necessitamos para evoluir durante a experincia reencarnatria. Contudo, malbaratamos muitas vezes esses bens, agindo com prodigalidade, perdendo momentaneamente a oportunidade de evoluir. Trazemos como doao divina todos os recursos necessrios nossa evoluo e somos responsveis pelo uso que deles fazemos. Temos todos os bens do Universo nossa disposio para evoluir, mas esses bens todos pertencem a Deus; ns somos apenas usufruturios.E ele repartiu por eles a fazenda. A equanimidade divina fica muito clara neste versculo. Quem que pediu a fazenda? Foram os dois filhos? No, s o mais novo a pediu, mas o Pai repartiu por eles a fazenda. Seria justo se ele a desse apenas para um dos filhos? No seria justo. Ento, deu para os dois, apesar de um s ter feito o pedido. O que Jesus est querendo dizer que Deus justo. Se nos parece haver desigualdades em situaes especficas, estamos com uma interpretao equivocada do real significado desses episdios, certamente no levando em considerao as Leis Divinas, especialmente a Lei da Reencarnao e a Lei de Causa e Efeito. s vezes renascemos em situaes de carncias vrias: a afetiva, a proveniente da falta de uma famlia, a que advm da ausncia de mm pai ou de uma me que abandona o filho, a da falta de sade, a que remete ausncia de bens materiais etc. Isso acontece para aprendermos a valorizar os bens que detnhamos e malbaratamos, conforme estudaremos mais tarde, ainda analisando a parbola. Assim, a carncia de hoje , bem entendida, resultado do abuso de ontem. Como Deus sempre equnime, se alguma coisa falta em nossa vida podemos ter a certeza de que no porque Ele nos escolheu para o sofrimento, ou para sermos pobres, infelizes a fim de provarmos a nossa f, como dizem as pessoas no reencarnacionistas. Se nascemos nessas condies, isso de deve ao fato de, em algum momento de nossa vida espiritual, termos abusado dos bens recebidos. Tomamos fazenda, smbolo de todos os bens divinos, e a usurpamos, seja usando de forma egosta, seja subtraindo os bens de outras pessoas, por exemplo, para ret-los de maneira egostica e egocntrica. Devemos saber, porm, naturalmente, como da lei, que aquilo que usamos mal ou que tiramos dos outros retorna para ns sob a forma de carncia. Consequentemente, quando vemos como diferenas de recursos entre as criaturas, miramos, na realidade, apenas as aparncias. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longnqua e ali desperdiou a sua fazenda, vivendo dissolutamente. Qual o significado de ajuntando tudo? Essa expresso remete ao uso do livre-arbtrio como o faria um Ser Espiritual autossuficiente, que no precisa do Pai para fazer aquilo que lhe aprouver, como se tambm ele fosse onipotente. Percebamos que essa uma iluso que muitas vezes a criatura humana vitaliza, como se pudesse, distante de Deus, viver bem. Como dissemos, os bens so todos divinos. Agindo egoisticamente a criatura faz mau uso do livre-arbtrio, produzindo o seu desequilbrio existencial. O filho mais novo apropria-se de todos os bens e parte para uma terra longnqua. Qual o significado de terra longnqua? Significa afastamento da Casa do Pai, isto , da Essncia Divina e dos ideais de espiritualidade e religiosidade. Como a Casa do Pai representa o Ser Essencial que somos, estar em casa significa estar em comunho com nossa essncia e com Deus (o Pai na parbola). Aqui Jesus chama novamente a ateno para o uso do livre-arbtrio, que sempre acontece com a permisso divina. Percebamos que o Pai no tenta, em momento algum, demover o filho do seu desejo de partir, de se afastar do seu convvio amoroso. claro que o Pai sabia que o filho estava cometendo um equvoco, mas Deus respeita sempre o nosso livre-arbtrio, mesmo quando estamos errados, pois sabe que, cedo ou tarde, retornaremos ao Seu convvio. Vemos aqui, ainda, nessa atitude do filho mais novo, o profundo egosmo gerador do mau uso do livre-arbtrio. Ele ajunta tudo, sem se importar com o Pai, e vai para uma terra longnqua para viver dissolutamente, desperdiando todos os bens de que dispunha. Hoje, dnamos ser isso a prtica do materialismo sensualista que nos distancia da nossa espiritualidade. Com o egosmo, que significa literalmente culto ao ego, distanciamo-nos, intensamente, da Casa do Pai, a nossa essncia de amor e de Deus. Afastados na terra longnqua, vamos passando a vivenciar o desamor por ns mesmos, pelo prximo, pela prpria vida. Passamos, muitas vezes, encarnaes inteiras assim, vivendo no puro egosmo, buscando somente os prazeres egoicos, sensuais e efmeros, desperdiando os recursos de que Deus nos dotou para a evoluo. Nessa condio, vivemos apenas para gozar a vida, querendo somente o nosso bem-estar em detrimento do dos outros, como se fosse essa a finalidade da existncia. Percebamos que, em realidade, esse , na verdade, buscar um pseudobem, pois praticando o desamor ningum consegue o verdadeiro bem. O Ser Espiritual que age assim est no nvel de conscincia de sono, evoluindo na horizontal da vida e de forma subconsciente. E o movimento de rebeldia que induz a criatura a se afastar do seu movimento natural - o de ser um aprendiz da Vida, praticando o dever consciencial de evoluir na vertical da vida - e de ser grato a Deus pelas oportunidades de iluminao que Ele a todos concede. Nesse caminho, as consequncias so sempre funestas, pois no nos possvel usar mal o livre-arbtrio, desperdiando os recursos divinos que recebemos para evoluir nas diversas encarnaes, sem danos a ns mesmos. Por isso, quando o filho mais novo parte para uma terra longnqua para cultuar o materialismo sensualista, ajuntando tudo egoisticamente, para viver desregradamente, desperdia todos os recursos, esbanja os bens materiais, a sade e perde tudo. Por qu? Porque passa a viver dissolutamente. Ento, ele dissolve os bens que tinha, no apenas os materiais, mas principalmente os espirituais. Se observarmos a parbola superficialmente, concluiremos que Jesus s est falando de coisas materiais, mas muito mais do que isso. No se trata apenas de desperdcio material, pois o filho mais novo desperdiou todos os bens e oportunidades que estavam sua disposio, buscando, nas terras longnquas, o prazer pelo prazer sem usufruir dos recursos para o necessrio crescimento espiritual. No esse o objetivo da vida? O sentido da vida existe no cultivo do sentimento do aprendiz, praticando o dever consciencial de evoluir, usando todos os recursos divinos para aprender sempre, com gratido a Deus. Nesse processo contnuo de aprendizado, objetivo maior da vida, ir para terras longnquas, significa desperdiar todas as oportunidades que a Vida nos oferece. Todas as vezes que vamos para terras longnquas nos afastamos de Deus e dos bens divinos que existem nossa disposio para evoluirmos. Percebamos que o filho mais novo usou o seu livre-arbtrio para escolher o que lhe parecia o melhor. Todo Ser Espiritual, quando reencarna no planeta, pode escolher viver em comunho com o Criador, utilizando os recursos divinos para o seu equilbrio e aprimoramento, ou pode usar todos esses recursos para ir para terras longnquas e praticar atividades que redundaro em um mal. E como se a pessoa, ao invs de seguir pelo rumo correto, a estrada certa, pegasse um atalho. O atalho para ir para terras longnquas aparentemente mais convidativo. Talvez o filho prdigo tenha, pensado: - Aqui na Casa do Pai no acontece muita coisa, l fora e que bom. Na Casa do Pai est muito montono, mas em terras longnquas terei prazer. Se pensarmos assim, vamos nos enveredar por um atalho sedutor, mas que sempre vai terminar em um abismo. O filho mais novo, apesar de ignorante, poderia permanecer na Casa do Pai, adquirindo as virtudes de uma forma amorosa? Poderia, conforme nos revela a questo 115 de O Livro dos Espritos, citada anteriormente, pois os que no vo para terras longnquas so os que aceitam submissos a meta de adquirir o conhecimento da Verdade. Os que murmuram, blasfemando contra a Providncia Divina, so os que se distanciam da Casa do Pai, produzindo o mal para si mesmos e para seu prximo, conforme orientam as seguintes questes de O Livro dos Espritos:120. Todos os Espritos passam pela fieira do mal para chegar ao bem? "Pela fieira do mal, no; pela fieira da ignorncia."121. Porque que alguns Espritos seguiram o caminho do bem e outros o do mal?"No tm eles o livre-arbtrio? Deus no os criou maus; criou-os simples e ignorantes, isto , tendo tanta aptido para o bem quanto para o mal. Os que so maus, assim se tornaram por vontade prpria."634. Por que est o mal na natureza das coisas? Falo do mal moral. No podia Deus ter criado a Humanidade em melhores condies?"J te dissemos: os Espritos foram criados simples e ignorantes. Deus deixa que o homem escolha o caminho. Tanto pior para ele, se toma o caminho mau: mais longa ser sua peregrinao. Se no existissem montanhas, no compreenderia o homem que se pode subir e descer; se no existissem rochas, no compreenderia que h corpos duros. preciso que o Esprito ganhe experincia; preciso, portanto, que conhea o bem e o mal. Eis por que se une ao corpo. Portanto, seguir o caminho do mal, indo para terras longnquas, usar mal o livre-arbtrio, diante da opo de ficar na Casa do Pai, superando a ignorncia e nos direcionando ativamente rumo Verdade, evoluindo pelo amor. Ao permanecer na Casa do Pai, a criatura cumprir o dever assinado em sua conscincia, conforme diz a resposta da questo 115, j referenciada: [...] A cada um [Deus] deu determinada misso, com o fim de esclarec-los e de os fazer chegar progressivamente perfeio, pelo conhecimento da verdade, para aproxim-los de si. Nesta perfeio que eles encontram a pura e eterna felicidade. [...] Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa meta que lhes foi assinada [...]. Aqueles que enveredam para terras longnquas so os que, cedo ou tarde, vo se deparar com a dor e o sofrimento, conforme os benfeitores dizem na resposta da questo supracitada: [...] Outros s a suportam murmurando e, pela falta em que desse modo incorrem, permanecem afastados da perfeio e da prometida felicidade. Ao agirem assim, dissolvem os bens divinos que foram oferecidos para que evolussem pelo amor e no pela dor. Todas as vezes que malbaratarmos as oportunidades de evoluir pelo amor a dor e o sofrimento se apresentam em seu lugar, conforme exarado nos prximos versculos, que estudaremos. Na "Parbola da Porta Estreita", que tem ntima ligao com a primeira parte da parbola ora estudada, Jesus nos convida ao caminho que conduz Vida, caminho que, inicialmente, o filho mais novo no quis percorrer, somente o fazendo mais tarde. Estudemos a anotao de Mateus no captulo 7:13 e 14: Entrai pela porta estreita, porque larga a porta, e espaoso, o caminho que conduz perdio, e muitos so os que entram por ela; e porque estreita a porta, e apertado, o caminho que leva vida, e poucos h que a encontrem. Podemos elaborar alguns questionamentos: por que essa porta to estreita? Por que poucos conseguem passar por ela? O que tem depois da porta estreita? Se a porta larga leva ao caminho espaoso da perdio, o que representa essa porta? Jesus faz o convite usando o verbo no imperativo Entrai pela porta estreita - porque a maioria das pessoas est buscando a porta larga. O que est depois dessa porta larga? O caminho espaoso que conduz perdio, simbolizando uma vida centrada na inverso de valores, no materialismo sensualista, na busca das iluses, da aquisio da felicidade por meio do fazer e ter coisas, e ao parecer ser aquilo que no se . Tais buscas conduzem o ser ao desequilbrio e vazio existenciais e s doenas relacionadas com a falta de sentido de vida. Entrar pela porta larga foi o que o filho prdigo fez, buscando a felicidade fora de si, nos gozos puramente materiais. Se questionarmos as pessoas que esto entrando pela porta larga, elas diro que tambm esto buscando a felicidade, que colocam fora si mesmas, nas coisas, nos bens, nos relacionamentos, em corpo perfeito trabalhado em por fora, por obra de uma plstica invejvel, enfim, em questes puramente materiais. Com isso, distanciam-se elas cada vez mais da verdadeira felicidade, que est alm da farta estreita no apertado caminho que leva vida. Para entrar pela porta estreita, necessrio um movimento de autoconscincia. Poucos h que a encontram, exatamente porque moda so poucos os que buscam viver de forma autoconsciente uma lida com "V" maisculo, espiritualmente saudvel. Entrar pela porta estreita representa para ns uma dificuldade maior, e por isso necessitamos de uma vontade firme, de um processo de motivao real para empreendermos todos os esforos necessrios ao. Contudo, seguir por esse caminho nos traz muita satisfao e felicidade, pois significa a libertao de uma vida sem sentido. Portanto, entrar pela porta estreita para passar pelo apertado caminho que leva vida significa despertar-nos para a essncia da vida, evoluindo verticalmente pelo bom uso do livre-arbtrio, amando e cumprindo as Leis Divinas presentes na prpria conscincia, rumo ao equilbrio existencial. Em Joo, 12:35, Jesus nos d outra orientao sobre a vida: Andai enquanto tendes a luz para que as trevas no vos apanhe. Jesus orienta para o aproveitamento do tesouro do tempo para buscarmos o verdadeiro sentido da vida e adquirirmos a autoconscincia e entrarmos pela "porta estreita". Muitas pessoas que esto entrando pela porta larga dizem que aproveitar a vida gozar tudo aquilo que ela proporciona c; prazeres, pois esto focadas nos valores falseados do ego. O que ira acontecer com elas? As trevas da ignorncia dos valores espirituais,, essenciais vo alcan-las, porque no aproveitaram o tempo para buscar os verdadeiros tesouros. Aproveitar a vida, na verdade, utilizar todos os recursos que temos para viver a Essncia Divina que ns somos, desenvolvendo valores espirituais que iluminam internamente para que, a partir dessa auto iluminao, jamais as trevas nos apanhem. Quando chamados para a espiritualizao de suas vidas, muitos dizem assim: - Depois que eu ganhar bastante dinheiro, eu penso nessas coisas. Pensando assim, provam que a busca da evoluo espiritai e desenvolvimento da Essncia Divina so essas coisas que colocam sempre distantes de si mesmos, enquanto tentam fugir do ser que so, como se isso fosse possvel. Dizem outros: - Quando eu tiver uma vida estabilizada financeiramente, comearei a cuidar mais dessas coisas. um ledo engano, pois a pessoa fica projetando para o futuro algo que a vida convida a realizar no presente. Quem que garante que ela vai ter tempo depois para buscar a luz? E necessrio, pois, aproveitar o tempo, aqui e agora, evitando expresses como: - quando eu isso, quando eu aquilo, quando eu... vou vivenciar mais o espiritual. Se aproveitarmos o momento presente para desenvolver a luz em ns mesmos, estaremos bem em qualquer que venha a ser o nosso futuro. O tempo um verdadeiro tesouro. Se o utilizarmos bem, ele estar sempre a nosso favor. Se o utilizarmos mal, entraremos num crculo vicioso, por no o usarmos bem, mais tarde perderemos ainda mais tempo lamentando t-lo perdido e no aproveitado as oportunidades. fundamental aprender com os erros ao invs de os lamentar. E importantssima a boa utilizao do tempo no presente, pois nisso est um grande presente oferecido por Deus para nossa evoluo. Vejamos o que Jesus exprime, ao dizer: Andai enquanto tendes a luz para que as trevas no vos apanhe. Que luz essa de que Jesus fala? a luz interior? Ou outra luz? A luz interior no perdemos em momento algum, no ? Ento no da luz interior que Ele est falando, poiessa jamais perdemos. O que podemos perder so as oportunidades do presente, do prprio tempo, enquanto temos a luz. Ele est falando dos dias claros, dos ensejos de espiritualizao, a fim de que as trevas da ignorncia no nos apanhem. s vezes, diante de uma orientao como essa, comeamos; a entrar em ansiedade, querendo acelerar o tempo. Porm, importante no entrarmo