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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE EDUCAÇÃO SANDRA ISABEL CHAVES A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO ESCOLAR: TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO - AUTISMO Fortaleza 2011

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Page 1: A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA … · Os primeiros estudos sobre autismo foram realizados por Leo Kanner e ... biopsicossocial (biológico, psicológico e social). Na medida

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

SANDRA ISABEL CHAVES

A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO

ESCOLAR: TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO -

AUTISMO

Fortaleza 2011

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SANDRA ISABELCHAVES

A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO

ESCOLAR: TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO -

AUTISMO

Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará como requisito do Curso de Especialização lato sensu Formação Continuada de Professores para o Atendimento Educacional Especializado para obtenção do título de especialista em atendimento educacional especializado.

Orientador: Professor Dr. Claudio R. M. Benite

Fortaleza 2011

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SANDRA ISABELCHAVES

A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO

ESCOLAR: TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO -

AUTISMO

Este exemplar corresponde à redação final aprovada do Trabalho de Conclusão de Curso de SANDRA ISABEL CHAVES.

Data da aprovação: 01/10/2011

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Estar junto é se aglomerar com pessoas que não conhecemos. Inclusão é estar com, é interagir com o outro. (Mantoan, 2006).

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Resumo

Este trabalho foi desenvolvido visando analisar o atendimento educacional especializado de um aluno da rede pública municipal de Goiânia, com diagnóstico de autismo, cursando o primeiro e segundo anos da educação de jovens e adultos, realizado por meio de uma pesquisa participativa. Tal análise objetivou elaborar um plano de atendimento educacional especializado que atenda às necessidades do aluno de forma a assegurar melhores condições para a continuidade dos estudos, proporcionando ao mesmo a suplementação para o desenvolvimento de habilidade de leitura e aprimoramento da escrita, desenvolvimento das funções básicas da linguagem e do raciocínio lógico. O desenvolvimento dos estudos foi norteado pelas diretrizes das Políticas Públicas Nacionais de Inclusão que definem a oferta do atendimento educacional especializado (AEE) como uma complementação do trabalho realizado na sala comum e deve estar relacionada às principais necessidades do aluno no que diz respeito à aprendizagem. As etapas que compõe este TCC são: Proposição de um caso, Análise e Clarificação do Caso Silva, Proposta para Solução do Problema, Fundamentação teórica: Transtorno Global ou Invasivo do Desenvolvimento. e a elaboração do Plano de Atendimento Educacional Especializado.

Palavras-chave: TGD, Autismo, Atendimento Educacional Especializado

(AEE) e Educação Especial.

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Abstract

This work was developed to analyze the specialized educational assistance in Goiânia’s public schools students, diagnosed with autism, attending the first and second year of the educational program of youth and adults, conducted through a participatory research. This analysis aimed to develop a plan for specialized educational services that meets the needs of the student to ensure better conditions for further study, providing the same supplementation for the development of skills for reading and writing improvement, development of the basic functions of language and logical reasoning. The development of the studies was guided by the guidelines of the National Public Policy for Inclusion which define the demand of Specialized Educational Services (ESA) as a complement to the work done in the common room and must be related to the main student needs in relation to learning. The steps done in this work include: Proposition of a case, analysis and clarification of the Silva case, Proposal for Solving the Problem and Theoretical Foundation intitulated: Global Disorder or Pervasive Development. Besides of a proposal of a plan of Specialized Educational Services.

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Sumário

Introdução ........................................ .............................................. 8

Proposição de um caso ............................. ................................... 9

Análise e Clarificação do Caso Silva .............. ........................... 11

PROPOSTA PARA SOLUÇÃO DO PROBLEMA ................................................................................................. 11

Fundamentação teórica: Transtorno Global ou Invasiv o do Desenvolvimento ................................... ...................................... 13

Metodologia ....................................... .......................................... 18

Plano de Atendimento Educacional Especializado .... ............... 19

OBJETIVOS DO PLANO ........................................................................................................................... 19

ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO............................................................................................................ 19

ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NO ATENDIMENTO AO ALUNO .............................................................. 19

SELEÇÃO DE MATERIAIS A SEREM PRODUZIDOS PARA O ALUNO ...................................................................... 20

ADEQUAÇÕES DE MATERIAIS .................................................................................................................. 20

SELEÇÃO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS QUE NECESSITAM SER ADQUIRIDOS .................................................. 20

TIPOS DE PARCERIAS NECESSÁRIAS PARA APRIMORAMENTO DO ATENDIMENTO E DA PRODUÇÃO DE MATERIAIS ....... 21

PROFISSIONAIS DA ESCOLA QUE RECEBERÃO ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR DE AEE SOBRE SERVIÇOS E RECURSOS

OFERECIDOS AO ALUNO ......................................................................................................................... 21

AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................................................................. 21

REESTRURAÇÃO DO PLANO ..................................................................................................................... 22

Considerações Finais .............................. ................................... 23

Referências ....................................... ........................................... 24

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Introdução

Este trabalho de conclusão de curso (TCC) apresenta um estudo de

caso, realizado por meio de pesquisa participativa. Estudou-se o caso Silva,

adolescente, com diagnóstico de autismo, que frequenta uma escola pública

municipal no período noturno e no contra turno, é atendido no Programa de

Atendimento Educacional Especializado (PAEE), no Centro de Atendimento

Especializado Peter Pan.

Relata-se a trajetória do aluno desde 2000, quando iniciou seus

atendimentos no programa ABRICOM, em 2009 quando foi transferido para

Unidade Peter Pan e em 2010 quando iniciou seu atendimento na rede regular

de ensino. Silva apresenta características comuns a outros indivíduos com

autismo. Suas potencialidades são a participação nas atividades

desenvolvidas, o gosto pelas atividades de música e dança. Apresenta

dificuldades no processo de aprendizagem, na comunicação e na linguagem.

A partir do conhecimento do caso faz-se propostas para a minimização

das dificuldades, tais como: atividades de memória auditiva, de memória visual,

adequação de materiais didáticos pedagógicos, organização de rotina escolar;

dentre outros.

As reflexões teóricas foram consolidadas nos estudos de Brasil (2007),

Camargos (2002), Júnior e Cunha (2009), Júnior (2010), Mantoan (1998), Orrú

(2010), Paula e Costa ( 2007), dentre outros.

A partir dos estudos teóricos e da realização do estudo de caso, faz-se

um Plano de Atendimento Educacional Especializado, com duração prevista

para cinco meses, com os objetivos de proporcionar ao aluno a suplementação

para o desenvolvimento de habilidade de leitura e aprimoramento da escrita,

desenvolver as funções básicas da linguagem e desenvolver o raciocínio

lógico. No Plano do AEE são relacionadas propostas para as atividades a

serem desenvolvidas com o aluno; a organização do atendimento, sugestões

de seleção de materiais a serem produzidos ou adquiridos, sugestão de

avaliação dos resultados e uma proposta para reestruturação do plano,

apontando para novas parcerias.

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Proposição de um caso

Silva, P.H. tem 17 anos. É aluno de uma escola municipal de Goiânia,

estado de Goiás, matriculado na educação fundamental, primeira e segunda

séries, noturno, educação de adolescentes, jovens e adultos(EJA). No Contra

turno é atendido no Programa de Atendimento Educacional Especializado

(PAEE) na Associação Pestalozzi de Goiânia – Unidade Peter Pan, as

segundas e quartas-feiras, no período matutino.

O aluno teve seus primeiros atendimentos em 2000 permanecendo até

2007, na Associação Pestalozzi, Unidade Renascer. O relatório datado de vinte

e um de dezembro de 2007 da referida Instituição diz: “ao passar por consulta

neuropediatra da unidade, trouxe hipótese diagnóstica de autismo”.

Conforme descrição de tal relatório, o aluno Silva, P.H. foi atentido no

programa “Abrindo os Canais de Comunicação do Autismo – ABRICOM”, de

2000 a 2007, frequentando as salas de aula TEACCH, (Tratamento e

Educação para Autistas e Crianças com Déficits relacionados à Comunicação),

método desenvolvido na década de sessenta no Departamento de Psiquiatria

da Faculdade de Medicina na Universidade da Carolina do Norte, nos Estados

Unidos, implantado em salas especiais e baseado na adaptação do ambiente

para facilitar a compreensão da criança em relação ao seu local de trabalho e

ao que se espera dela (Brasil, 2003).

Segundo o referido relatório, o aluno participa também dos programas

de atividades pedagógicas, natação, informática, psicomotricidade, artes e

cozinha educativa.

Em 2009, foi transferido para Unidade Peter Pan, outra unidade da

Associação Pestalozzi, com atendimentos de motricidade geral, modalidade

esportiva e informática acessível.

Em 2010 participou, na mesma unidade, dos ambientes de letramento,

ambiente de raciocínio lógico, ambiente de geo/história, ambiente de arte com

enfoque em música. Neste mesmo ano, o referido aluno iniciou seu

atendimento na rede regular de ensino.

O último relatório, datado do segundo semestre de 2010, apresenta

informações relevantes de Silva. A seguir fragmentos desse

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No ambiente de letramento o aluno apresenta boa compreensão e

participação. É interessado, realiza atividades com comando e auxílio da

professora, ainda não reconhece as letras ao som silábico, confunde as vogais

e as cores, copia corretamente o que é proposto.

Com relação ao ambiente de raciocínio lógico o aluno é assíduo e

pontual, apresenta uma boa tolerância a frustração, equilíbrio emocional,

apresenta um bom tempo de espera, cumpre normas e regras. Recorta e faz

colagens, desenha, colore e pinta no limite estabelecido.

No ambiente de Geografia e História, além de ser caprichoso e

interessado, está melhorando o tempo de concentração.

No ambiente de artes, com enfoque em música, apresenta alteração na

linguagem como: a ecolalia, a descontextualização do uso das palavras e

gestos estereotipados.

Na escola comum, em entrevista realizada com o professor, este

apontou características destacadas pelo PAEE, da Associação Pestalozzi em

relação a Silva: é interessado, realiza as atividades, ainda não está

alfabetizado, copia as atividades do quadro, gosta de colorir, apresenta ecolalia

e acrescentou que o mesmo tem boa coordenação motora, é interativo, tem

bom relacionamento e é assíduo.

É apaixonado pela mãe e é perfeccionista, “gosta de colocar tudo no

lugar”. Adora arrumar a sala e principalmente os objetos escolares que estão

nas carteiras dos colegas. Gosta de ver-se no reflexo do vidro da janela da

sala. No recreio é participativo, gosta de lanchar e participa das atividades de

recreação. Em atividades como festa junina, dançou quadrilha e demonstrou-se

muito a vontade com ótimo desempenho. Segundo o professor, o aluno solicita

e dirige-se ao banheiro sozinho e ainda reforçou a boa apresentação e

higienização do mesmo.

O Professor entrevistado se preocupa com a falta de aprendizagem de

Silva e demonstra interesse em aprofundar seus conhecimentos para atender

melhor este e demais alunos com necessidades educacionais especiais.

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Análise e Clarificação do Caso Silva

Os primeiros estudos sobre autismo foram realizados por Leo Kanner e

Hans Aspeger e trouxeram importantes contribuições, pois até meados de 1960

o autismo foi considerado como um transtorno emocional, causado por mães e

pais incapazes de dar afeto a seus filhos (Júnior e Cunha, 2010).

Conforme os autores citados, indivíduos com autismo apresentam

anormalidades qualitativas nas relações sociais e afetivas, comunicação e

linguagem (restrita e repetitiva) – ecolalia, dificuldade em desenvolver alguma

atividade fora da rotina, apresentam facilidade em interagir através de

objeto/imagem, além de apresentar hipersensibilidade a estímulos.

A maioria destas características é percebida em Silva. Suas

potencialidades são a participação nas atividades desenvolvidas, o gosto pelas

atividades de música e dança e sua assiduidade na escola comum.

As dificuldades apontadas pelo professor e pela família estão

relacionadas ao processo de aprendizagem, a comunicação e a linguagem.

Proposta para Solução do Problema

• Desenvolver atividades de memória auditiva (percepção, sensação,

descriminação e reconhecimento), para sons ambientais, musicais, até

chegar aos sons da fala;

• Desenvolver atividades de memória visual, levando-o a desenvolver a

atenção e a concentração;

• Adequação dos materiais didáticos pedagógicos valorizando sons

músicas, imagens, fotografias, passaporte da comunicação, objetos de

referência, potencializando audição e a concentração;

• Organizar e prever a rotina da escola para que o aluno participe sem

surpresas;

• Possibilitar o acesso do professor da sala comum a formação específica

do Atendimento Educacional Especializado;

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• Estimular a família a participar dos processos desenvolvidos na escola

comum e no PAEE, com o objetivo de garantir avanços e a

independência do aluno.

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Fundamentação teórica: Transtorno Global ou Invasiv o do

Desenvolvimento

Segundo Junior (2010), que atua na área de psiquiatria, o significado do

Transtorno Invasivo do Desenvolvimento foi trazido dos Estados Unidos e

reconhecido pela Organização Mundial de Saúde desde o século XIX. A partir

desse período começou-se a trabalhar com a idéia de transtorno no Brasil. Os

transtornos Invasivos do Desenvolvimento também conhecido como

Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) representam uma categoria na

qual estão agrupados transtornos que têm em comum as funções do

desenvolvimento afetadas.

O conceito de TGD para o autor se resume na possível desordem ou

quebra do desenvolvimento e funcionamento do psiquismo. São

comprometimentos que tendem a afetar o ser humano de maneira

biopsicossocial (biológico, psicológico e social). Na medida em que os estudos

acerca deste transtorno foram tomando proporções maiores surgiu à

necessidade de classificá-los por especificações genéticas o que acarretou na

criação de sub-transtornos: Síndrome de Rett, Autismo, Síndrome de Asperger,

Transtorno Desintegrativo da Infância. Estes transtornos apresentam de forma

comum a mesma desordem ou quebra do desenvolvimento e funcionamento do

psiquismo, porém cada um passou a apresentar características diferenciadas,

conforme segue.

Para Júnior e Cunha (2010), na Síndrome de Rett ocorre a estagnação

do desenvolvimento, desaceleração do crescimento do perímetro cefálico,

tendência ao isolamento social e possíveis irregularidades respiratórias e

epilepsia. Já a Síndrome de Asperger consiste em um prejuízo persistente na

interação social e no desenvolvimento de padrões repetitivos de

comportamento, interesse e atividade. Os Transtornos Desintegrativo da

Infância foi no primeiro momento denominado “dementia infantil”. Essa

definição, entretanto, não corresponde ao quadro, já que as características de

perda de memória e de habilidades executivas não são proeminentes e não há

causa orgânica do prejuízo. É um transtorno extremamente raro, que foi

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introduzido na categoria em função da perda das habilidades sociais e

comunicativas proeminentes.

O Autismo também faz parte do grupo de TGD cujas características são:

anormalidades qualitativas na interação social recíproca e nos padrões de

comunicação, por repertório de interesses e atividades restritas, repetitivas e

estereotipadas (Mendes, 2011).

É certo que o autismo é um distúrbio de desenvolvimento, com etiologias

múltiplas e de origem neurobiológica. Para Júnior e Cunha (2010), Camargos

(2002) e outros, o autismo é uma doença congênita que pode se manifestar

desde o nascimento (sendo o autismo clássico) ou até o dois anos de idade

(regressivo).

De acordo com a APA (2002) este transtorno de desenvolvimento afeta

1:1000 crianças, tendo incidência maior no sexo masculino (3:1/4:1). Não

existe ainda um exame de sangue ou um teste que possa ser feito para se

diagnosticar o autismo durante a gestação ou após o nascimento, por ser este

um distúrbio comportamental.

Júnior (2010) visando auxiliar no diagnóstico, no agrupamento dos

sujeitos, no auxílio em projetos científicos e estratégias de intervenção destaca

três características. A primeira característica revela dificuldades no

desenvolvimento neuropsicomotor e na comunicação da criança autista. A

segunda característica acarreta danos nas relações sociais e na terceira e

ultima classificação a criança apresenta estereotipias motoras e na fala.

Para Camargos (2002) existe uma visão tríade que resulta na presença

de sintomas a cerca da interação social, linguagem e comportamentos

imaginativos. Neurologicamente o autismo tem apresentado alterações

microscópicas na organização e proliferação celular localizada nos circuitos do

sistema límbico, cerebelar, hipocampo, lobo temporal e lobo frontal. Sendo

assim, no autismo essas alterações afetam as habilidades de forma grave e

debilitada.

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Para o autor as anormalidades se tornam presentes antes dos três anos

de idade. A criança tende a assumir rotinas particulares e rituais de caráter

não-funcional que podem vir associados freqüentemente com uma série de

outros problemas como medo, fobias, alterações do sono e da alimentação e

ataques de birra e agressão.

Tais prejuízos são freqüentemente severos originando assim um déficit

em quatro áreas: pobreza de jogos imaginários, não utilização e compreensão

dos gestos, não utilização da linguagem com objetos de comunicação social e

presença de respostas estereotipadas ou de ecolalia (Rutter, 1967 apud

Camargos, 2002).

Diante dessa realidade, a metodologia TEACCH é uma alternativa

pedagógica. Conforme Leon e Lewis (1997), o TEACCH é um programa de

atendimento que envolve basicamente a Psicologia Comportamental e a

Psicolingüística. Tem como objetivo apoiar o autista a chegar à idade adulta

com o máximo de autonomia possível, ajudando-o a adquirir habilidades de

comunicação para que possam se relacionar com outras pessoas e, dentro do

possível dar condições de escolha ao indivíduo. (Assumpção, 1995).

O método TEACCH é utilizado para auxiliar no desenvolvimento das

atividades diárias, gerando maior qualidade de vida para eles e seus familiares.

Para Mendes (2011), este método de trabalho proporciona ambientes que

oferecem previsibilidade, de forma que o professor consiga manipular e

controlar todas as ações do educando autista.

A autora destaca a utilização de cartões com estímulos visuais e áudio-

cinestésico-visuais, com o intuito de desenvolver a comunicação. Tais cartões

substituem a comunicação oral quando há inexistência de linguagem oralizada,

sendo assim, a maioria das atividades são aplicadas individualmente e tem

como objetivo desenvolver a linguagem receptiva do educando autista.

Quando se trabalha com ações pedagógicas para o atendimento com

autistas, é necessário que os educadores tenham em mente não só as

características que compõem o quadro de autismo, mas práticas que sejam

embasadas em teorias de desenvolvimento e da aprendizagem.

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Neste sentido, a educação inclusiva constitui um paradigma educacional

que avança em relação à idéia de equidade formal ao contextualizar as

circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.

Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de

ensino evidenciam a necessidade de confrontar as práticas

discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a educação

inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade

contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da

exclusão. A partir dos referenciais para a construção de sistemas

educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes

especiais passa a ser repensada, implicando uma mudança estrutural

e cultural da escola para que todos os alunos tenham suas

especificidades atendidas (Brasil, 2007, p.1).

Com o autista a abordagem educacional deve ser focada na constituição

do sujeito, em que o desenvolvimento da linguagem seja estimulada a partir do

processo de interação social.

Concorda-se com Orrú (2010) que:

Embora os sistemas suplementares ou alternativos de comunicação

sejam de grande utilidade como um apoio para o trabalho junto a

pessoas que apresentam déficits no desenvolvimento da linguagem,

cognitivo e emocional, como nos casos de deficiência mental e

autismo, é essencial a atuação de um educador que mantenha

diálogo e ação mediadora constante com seus alunos. Logo, a

diferença do resultado obtido durante o processo de ensino e

aprendizagem da criança com autismo está na proposta da

abordagem utilizada, pois os símbolos em si mesmos não têm vida

própria (p.5).

A oferta do atendimento educacional especializado se configura como

uma complementação do trabalho realizado na sala comum e deve estar

relacionado às principais necessidades do aluno no que diz respeito à

aprendizagem. É imprescindível que a escola comum estabeleça uma relação

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com escola que oferece o AEE, caso o mesmo não seja oferecido na própria

escola, de forma a proporcionar uma real suplementação do que é proposto

para o aluno atendido.

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Metodologia

O método é a observação sistemática dos fenômenos da realidade

através de uma sucessão de passos, orientados por conhecimentos teóricos,

buscando explicar a causa desses fenômenos, suas correlações e aspectos

não-revelados, ou seja, o caminho percorrido para a realização da pesquisa.

Esta pesquisa desenvolveu-se a partir da necessidade da autora do

aprofundamento teórico e de questões relacionadas à prática sobre o autismo.

Quais são suas principais características? Como é o trabalho desenvolvido na

escola comum? Quais são os trabalhos desenvolvidos no AEE?

Estas questões suscitaram a necessidade de uma pesquisa teórica e de

campo. Iniciamos os trabalhos no Centro de Atendimento Especializado (CAE)

Peter Pan, com a definição do sujeito da pesquisa e contato com a escola

comum, onde o referido aluno estuda.

A partir desse primeiro contato nas duas instituições envolvidas,

iniciamos a observação do aluno e o estudo do portifólio do aluno, no

CAE/Peter Pan. Em seguida, a visita na escola comum onde entrevistamos o

professor da sala de aula e a mãe de Silva. Permeando todo o processo da

coleta dos dados aconteceram os estudos teóricos e a elaboração deste TCC,

conforme orientações da Faculdade de Educação da Universidade Federal do

Ceará.

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Plano de Atendimento Educacional Especializado

Silva tem 17 anos, está matriculado em uma escola municipal, no turno

noturno em classe de 1ª e 2ª série de Educação de Jovens e Adultos, EJA.

Objetivos do Plano

• Proporcionar ao aluno a suplementação para o desenvolvimento de

habilidade de leitura (letramento) e aprimoramento da escrita (uma vez

que o aluno já possui habilidade de escrita) demonstrada por cópia;

• Desenvolver as funções básicas de linguagem, de forma contextualizada

e lúdica, para ampliar o vocabulário do aluno e facilitar o processo de

alfabetização do mesmo;

• Desenvolver o raciocínio lógico por meio de atividades de vida diária que

envolvem os mesmos.

Organização do Atendimento

• Período de atendimento: de agosto a dezembro de 2011.

• Frequência: duas vezes por semana

• Tempo de atendimento: uma hora e meio alternando atividades de

letramento e de raciocínio lógico matemático.

• Composição do atendimento: individual (para letramento) e coletivo

(para as outras atividades).

Atividades a Serem Desenvolvidas no Atendimento ao Aluno

a) Para ampliação do vocabulário, contextualização das situações de

comunicação, por meio de contagem de histórias (escrita, ilustrada,

dramatizada e recontada);

Obs.: Selecionar histórias que tenham temáticas de interesse do aluno, de forma a despertar no mesmo empenho na realização da atividade proposta.

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b) Verificar as hipóteses de leitura e escrita do aluno e propor atividades de

letramento com textos e outros materiais escritos do cotidiano do aluno

para alfabetizá-lo;

c) Jogos e outros materiais para estímulo às funções básicas de linguagem

(cor, forma, tamanho, quantidade, intensidade, entre outros.

d) Atividades de Raciocínio Lógico envolvendo situações do cotidiano do

aluno: compras, horas, localização e transporte até a escola, endereço.

Seleção de Materiais a Serem Produzidos para o Aluno

• Escala Cuisenaire

• Relógios diversos

• Textos

• Revistas

• Jogos Pedagógicos

• Materiais para simulação de atividades diversas (família, fantoches,

gravuras)

Adequações de Materiais

Não há necessidade de adequações do material.

Seleção de Materiais e Equipamentos que Necessitam ser Adquiridos

• Escala Cuisenaire

• Relógios diversos

• Jogos Pedagógicos

• Materiais para simulação de atividades diversas (família, fantoches,

gravuras)

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Tipos de Parcerias Necessárias para Aprimoramento d o Atendimento e da Produção de Materiais

Confecção de materiais diversos, como pequenos textos com

ilustrações, recortes de jornais, revistas e outros materiais escritos para

alfabetização pode ser feito pelo próprio professor.

Profissionais da Escola que Receberão Orientação do Professor de AEE sobre Serviços e Recursos Oferecidos ao Aluno

• Professor de sala de aula comum – orientações quanto às atividades

suplementares de letramento e alfabetização de forma a apoiar sua ação

em sala de aula;

• Professor da Educação Física – evitar jogos e atividades que envolvam

o contato físico direto com o aluno, para evitar desestruturação

emocional do mesmo;

• Colegas de turma – sem necessidade de orientações específicas, aluno

com bom relacionamento em sala de aula;

• Diretor escolar – buscar junto à Secretaria Municipal apoio para a

implantação da sala de recursos multifuncionais na própria escola de

forma a possibilitar o AEE aos alunos

• Equipe pedagógica – planejar com a equipe estudos sobre: Autismo e

outros Transtornos Globais do Desenvolvimento.

• Orientação da família da importância da frequência tanto às aulas

quanto ao AEE, trabalhar em parceria com a mesma de forma a

possibilitar maior independência e autonomia ao aluno.

Avaliação dos resultados

a. Indicação de formas de registro

• O plano de AEE será registrado e compartilhado com o professor de sala

de aula comum, sendo avaliado mensalmente e redimensionado a partir

dos resultados alcançados em cada objetivo proposto.

b. Resultados obtidos diante dos objetivos do Plano de AEE.

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• Avaliar o desenvolvimento do aluno quanto à memória auditiva

(percepção, sensação, descriminação e reconhecimento), para sons

ambientais, musicais, até chegar aos sons da fala;

• Avaliar a modificação do tempo de atenção e concentração de Silva;

• Observar a participação de Silva nas atividades proposta na rotina de

sala de aula.

Reestruração do plano

• Caso seja necessário, propor novas atividades relacionadas à ampliação

do vocabulário, na medida em que o aluno apresentar melhora no

desempenho linguístico.

• Promover o contato com outros grupos de alunos do AEE, no

desenvolvimento de atividades lúdicas em que os alunos tenham

interesses comuns.

• Estabelecer novas parcerias, com instituições especializadas de forma a

garantir outros atendimentos ao aluno.

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Considerações Finais

Minha trajetória acadêmica e profissional é marcada pela inquietude,

pela busca e ampliação constante de conhecimento. A escolha deste tema A

educação especial na perspectiva da inclusão escolar: transtorno global do

desenvolvimento – autismo, não foi diferente. De todas as possibilidades este

foi o assunto que se apresentava como maior desafio, em especial em relação

ao Plano de AEE, objeto central das disciplinas desta Pós – Graduação.

No desenvolvimento desta Especialização e na minha jornada

profissional, percebe-se os avanços no processo de inclusão por meio das

diretrizes das políticas públicas, na disponibilização de material de apoio pelo

site do MEC em especial, na formação de docentes para esta prática, que tem

suas especificidades e necessidades singulares a cada caso e a cada

atendimento.

Em especial no desenvolvimento deste curso percebemos o trabalho

integrado da escola comum com o CAE Peter Pan no atendimento à Silva. O

empenho do professor da escola comum para melhorar o seu fazer pedagógico

e a necessidade da formação específica também foram destaque.

Em relação a Silva, seu prazer com a escola é demonstrado pela

assiduidade e participação nas atividades, o que confirma o importante papel

da escola como centro acadêmico e de integração social.

O fato é que, a partir da década de 90 vem-se fortalecendo ações

efetivas que objetivam garantir uma educação de qualidade para todos; e

desenvolver na instância da escola, por meio do planejamento participativo, o

compromisso explícito com a educação inclusiva.

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