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1 A educação ambiental e o desenvolvimento sustentável na produção agrícola Jucilaine Neves Sousa Wivaldo - PPGDE Suelen Ferreira Matoso Couto - UFLA - PPGDE Álvaro Ricardo Guerreiro - UFLA- PPGDE Resumo: O presente trabalho apresenta uma revisão dos conceitos de Desenvolvimento Sustentável, Sustentabilidade, Agricultura Sustentável e Educação Ambiental. A metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica, com base na análise de diferentes estudiosos da área busca compreender a Educação Ambiental como instrumento eficaz na viabilização de uma produção agrícola sustentável. Posto que a concepção de desenvolvimento sustentável e sustentabilidade estimulam a reformulação do conceito da agricultura convencional, fazendo com que esta se desenvolva sob um viés sustentável sem comprometer as gerações futuras, pois trabalha o equilíbrio, entre, a qualidade de vida dos indivíduos e a manutenção dos recursos naturais. A Educação Ambiental é considerada uma educação emancipatória por congregar a sensibilização ambiental, a cidadania e a participação popular, elementos essenciais para a quebra dos paradigmas das técnicas convencionais. Sendo assim, a Educação Ambiental é de extrema importância na disseminação de práticas ecologicamente corretas na produção no ambiente rural. Palavras chave: Agricultura Sustentável; Sustentabilidade; Políticas Públicas Abstract: This paper presents a review of the concepts of Sustainable Development, Sustainability, Sustainable Agriculture and Environmental Education. The methodology used is the bibliographical research, based on the analysis of different scholars in the area, seeking to understand Environmental Education as an effective instrument in the viability of a sustainable agricultural production. Given that the concept of sustainable development and sustainability stimulate the reformulation of the concept of conventional agriculture, making it develop under a sustainable bias without compromising future generations, because it works the balance between the quality of life of individuals and the maintenance Of natural resources. Environmental Education is considered an emancipatory education for gathering environmental awareness, citizenship and popular participation, essential elements for the breakdown of paradigms of conventional techniques. Thus, Environmental Education is of extreme importance in the dissemination of ecologically correct practices in production in the rural environment. Keywords: Sustainable Agriculture; Sustainability; Public policy 1 INTRODUÇÃO O despertar para esse tema surgiu da necessidade e da curiosidade de se refletir sobre novas estratégias de intervenção na natureza que não a agrida tanto, ou quase nada. Sendo assim, é preciso estudar as diversas mudanças climáticas que agricultura acarreta no sistema e buscar possíveis soluções, que pelo menos amenizem o que já foi denegrido. E isso só será viável criando meios e ou ações que sejam capazes de IX EPEA Encontro Pesquisa em Educação Ambiental Juiz de Fora - MG 13 a 16 de agosto de 2017 Universidadre Federal de Juiz de Fora IX EPEA -Encontro Pesquisa em Educação Ambiental

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    A educação ambiental e o desenvolvimento sustentável na produção

    agrícola

    Jucilaine Neves Sousa Wivaldo - PPGDE

    Suelen Ferreira Matoso Couto - UFLA - PPGDE

    Álvaro Ricardo Guerreiro - UFLA- PPGDE

    Resumo: O presente trabalho apresenta uma revisão dos conceitos de Desenvolvimento

    Sustentável, Sustentabilidade, Agricultura Sustentável e Educação Ambiental. A

    metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica, com base na análise de diferentes

    estudiosos da área busca compreender a Educação Ambiental como instrumento eficaz

    na viabilização de uma produção agrícola sustentável. Posto que a concepção de

    desenvolvimento sustentável e sustentabilidade estimulam a reformulação do conceito

    da agricultura convencional, fazendo com que esta se desenvolva sob um viés

    sustentável sem comprometer as gerações futuras, pois trabalha o equilíbrio, entre, a

    qualidade de vida dos indivíduos e a manutenção dos recursos naturais. A Educação

    Ambiental é considerada uma educação emancipatória por congregar a sensibilização

    ambiental, a cidadania e a participação popular, elementos essenciais para a quebra dos

    paradigmas das técnicas convencionais. Sendo assim, a Educação Ambiental é de

    extrema importância na disseminação de práticas ecologicamente corretas na produção

    no ambiente rural.

    Palavras chave: Agricultura Sustentável; Sustentabilidade; Políticas Públicas

    Abstract: This paper presents a review of the concepts of Sustainable Development,

    Sustainability, Sustainable Agriculture and Environmental Education. The methodology

    used is the bibliographical research, based on the analysis of different scholars in the

    area, seeking to understand Environmental Education as an effective instrument in the

    viability of a sustainable agricultural production. Given that the concept of sustainable

    development and sustainability stimulate the reformulation of the concept of

    conventional agriculture, making it develop under a sustainable bias without

    compromising future generations, because it works the balance between the quality of

    life of individuals and the maintenance Of natural resources. Environmental Education

    is considered an emancipatory education for gathering environmental awareness,

    citizenship and popular participation, essential elements for the breakdown of

    paradigms of conventional techniques. Thus, Environmental Education is of extreme

    importance in the dissemination of ecologically correct practices in production in the

    rural environment.

    Keywords: Sustainable Agriculture; Sustainability; Public policy

    1 INTRODUÇÃO

    O despertar para esse tema surgiu da necessidade e da curiosidade de se refletir

    sobre novas estratégias de intervenção na natureza que não a agrida tanto, ou quase

    nada. Sendo assim, é preciso estudar as diversas mudanças climáticas que agricultura

    acarreta no sistema e buscar possíveis soluções, que pelo menos amenizem o que já foi

    denegrido. E isso só será viável criando meios e ou ações que sejam capazes de

    IX EPEA Encontro Pesquisa em Educação Ambiental

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    transformar, de ressignificar de fato a relação humana com o meio ambiente. É preciso

    desenvolver nos seres humanos o sentimento de pertença em relação à natureza, eles

    devem se sentir de fato parte da natureza, uma extensão do mundo que os cercam, talvez

    aí esteja a forma para uma sociedade mais sustentável.

    Trabalhos de pesquisas sobre essa temática em questão é de grande importância

    no contexto atual, visto que todos sofrem com as diversas transformações climáticas e

    suas consequências, o que requer ações e medidas as modificações negativas que

    poderão ser fatais para o ser humano.

    Assim, o referido estudo buscou dar resposta a seguinte problemática: o que

    fazer para desenvolver uma produção agrícola sustentável? O objetivo principal da

    pesquisa é elaborar e mostrar com base em bibliografias que a partir da educação

    ambiental é possível desenvolver uma produção agrícola sustentável e ter na prática um

    projeto ambiental ativo, consciente e modernizador para nortear a relação homem e

    meio ambiente. E para chegar a respostas relevantes para o problema e possíveis para as

    questões colocadas em pautas foi escolhida a pesquisa bibliográfica, reproduzida com

    base em materiais publicados em livros, artigos, dissertações e teses. A pesquisa

    bibliográfica “constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos

    quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema” (CERVO,

    BERVIAN E SILVA, 2007, p. 61).

    Em um primeiro momento será analisado o termo desenvolvimento sustentável,

    este compreende o padrão de comportamento que deve ser adotado pela sociedade, a

    fim de que o ser humano continue a desfrutar do meio ambiente de maneira consciente,

    e para que os futuros descendentes também tenham essa possibilidade.

    Outro ponto fundamental para compreensão da importância do tema em estudo é

    a necessidade urgente da implantação da Agricultura Sustentável, modelo de produção

    agrícola diferente da agricultura convencional. Visto que, a Agricultura Sustentável

    emerge tendo como visão central de construir um ambiente rural sustentável, compatível

    e consciente no manejo e uso dos elementos da natureza.

    A Educação Ambiental compõe o terceiro momento dessa análise, uma vez que

    através da educação contínua e permanente será possível desenvolver indivíduos

    comprometidos com a preservação da natureza. Dessa forma, ao estimular a criação de

    sujeitos socioambientais, capazes de pensar a natureza como sua extensão, terá se em

    médio prazo, menos deterioração do meio ambiente, posto que aqueles que lidam com

    os bens oferecidos pela natureza estarão sensibilizados da necessidade de seu uso

    consciente e sustentável. Ou seja, uma sociedade sustentável passa diretamente pelas

    “trilhas” da educação ambiental.

    2 DESENVOLVIMENTO

    2.1 Desenvolvimento Sustentável e Sustentabilidade

    Existem diferentes concepções sobre o termo desenvolvimento sustentável,

    segundo diversos autores. Dentre elas: o “desenvolvimento sustentável significa atender

    às necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de

    atender suas próprias necessidades” (COMISSÃO MUNDIAL PARA O MEIO

    AMBIENTE E O DESENVOLVIMENTO – CMMAD, 1988, p.28). Outra visão

    apontada é: “o desenvolvimento sustentável deve conciliar, por longos períodos, o

    crescimento econômico e a conservação dos recursos naturais” (EHLERS, 1999, p.113).

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    “O desenvolvimento sustentável também é entendido como processo em constante

    mudança quanto à dinâmica dos investimentos, inovações (que devem cumprir

    demandas atuais e futuras) e exploração dos recursos” (SACHS, 1990, p. 474). Portanto,

    é possível compreender que desenvolvimento sustentável é um padrão a fim de agregar

    economia à sociedade e ao meio ambiente, ou seja, ação necessária para conciliar

    crescimento econômico, inclusão social e proteção ambiental.

    Para “a erradicação da pobreza e da miséria deve ser um objetivo primordial de

    toda humanidade” (EHLERS,1999, p. 111) e que o desempenho sustentável depende de

    elementos sociais, econômicos e ambientais e estão concomitantemente relacionados.

    Enfatiza que a técnica é fundamental para a execução do desenvolvimento sustentável,

    assim como menciona que alguns dos propósitos a serem obtidos através do

    desenvolvimento sustentável em relação à produção agrícola são:

    a manutenção por longo prazo dos recursos naturais e da

    produtividade agrícola; o mínimo de impactos adversos ao ambiente;

    retornos adequados aos produtores; otimização da produção com

    mínimo de insumos externos; satisfação das necessidades humanas de

    alimentos e renda; atendimento das necessidades sociais das famílias e

    das comunidades rurais (VEIGA, 1994, p. 7).

    Para Gliessman (2000) há diversos conceitos desenvolvidos por distintos

    estudiosos sobre sustentabilidade, mas a ideia universal é o entendimento da sua base

    ecológica. Ainda para o autor: “no sentido mais amplo a sustentabilidade é uma versão

    do conceito de produção sustentável - a condição de ser capaz de perpetuamente colher

    biomassa de um sistema, porque sua capacidade de se renovar ou ser renovado não é

    comprometido” (GLIESSMAN, 2000, p. 52). Dessa forma, a sustentabilidade está

    relacionada ao desenvolvimento econômico e material da sociedade sem degradar a

    natureza, fazendo uso dos recursos naturais de maneira mais consciente e assim, outras

    gerações poderão desfrutar desses bens.

    Diante desse contexto, percebe-se que as considerações de desenvolvimento

    sustentável e sustentabilidade se aproximam e compactua com a necessidade da criação

    de alternativas que conciliem valores ambientais e humanos. O desenvolvimento ao

    utilizar o termo sustentável em suas ações visa definir os limites para operar em

    conformidade com o desenvolvimento econômico e a produtividade capitalista, com a

    preservação da natureza e os recursos estabelecidos por essa. É, portanto, a utilização

    racional dos elementos naturais com ênfase na qualidade de vida, não perdendo de vista

    a preocupação com os problemas ambientais. A sustentabilidade tem como foco central

    determinar o equilíbrio entre a evolução da qualidade de vida dos indivíduos, e a certeza

    da finitude dos recursos ambientais, tudo isso com base na criação de novas

    possibilidades de manejo do meio ambiente que sejam mais viáveis e socialmente

    justas.

    2.2 Agricultura Sustentável

    Com o passar dos anos o modelo convencional de agricultura revelou-se

    insustentável, tanto pelo aprofundamento das desigualdades como pelos diversos

    impactos ambientais como desmatamento, diminuição da diversidade, degradação dos

    solos agrícolas e contaminação química dos recursos naturais, dentre outras

    consequências (ALTIERI, 2000).

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    A agricultura convencional

    é aquele sistema agrícola que possibilita uma produção alimentar em

    grande escala (...) a homogeneização da produção e do ambiente” e

    ainda (...) preocupa-se em controlar e não em conviver com os

    chamados insetos e ervas daninhas. Ela busca excluir outros fatores

    ecológicos e naturais, através do uso de técnicas que possuem em sua

    base a utilização de produtos químico-sintéticos, engenharia genética

    industrial, biotecnologia, manejo mecânico intensivo de solos

    (SCHORR, 1996, p. 14).

    Esse modelo convencional apesar de produzir em grande escala tem em sua

    produção alimentícia usos excessivos de resíduos tóxicos. No entanto, é real que a

    produção agrícola é de suma importância para o desenvolvimento humano, por ser uma

    atividade diretamente ligada à alimentação do homem. Mas por outro lado, não se pode

    perder vista a necessidade de que cuidados sejam tomados em relação às técnicas

    utilizadas nesse processo de produção agrícola. Tal realidade já é colocada para

    sociedade, bem como para os grandes e pequenos produtores, mostrando para esses

    segmentos o desafio de reformular tais técnicas (empregadas na agricultura

    convencional) que degradam o meio ambiente, e contaminam a própria produção de

    alimentos. O que impulsiona os primeiros passos na execução de uma agricultura

    sustentável e revela como é indispensável implantá-la na realidade dos indivíduos que

    vivem da terra.

    E é dessa necessidade de produzir sob a ótica do desenvolvimento sustentável

    que o setor agrícola passou a conciliar sua produção com as questões ambientais e

    assim, produzir com mais qualidade tendo como foco a saúde da população

    (KAMIYAMA, 2011).

    Acompreensão da agricultura sustentável vem do entendimento do que propõe o

    desenvolvimento sustentável, ou seja, pode compreendê-la como a produção de

    alimentos com base no “desenvolvimento que garanta a satisfação das necessidades das

    gerações presentes e as possibilidades das gerações futuras de satisfazerem suas

    próprias necessidades” (LUZZARDI, 2006, p. 63).

    A autora Kamiyama (2011) ressalta que a concepção de agricultura sustentável

    surgiu em 1980 em função de a agricultura convencional provocar degradação ao solo,

    bem como desaparecimento da biodiversidade por causa do uso desajustado e

    inconsciente de fertilizantes e agrotóxicos. Outro ponto característico dessa década,

    apontado por Luzzardi (2006), são os problemas ambientais que fez com que os

    estudiosos reformulassem essa agricultura no sentido de combinar produção,

    conservação ambiental e viabilidade econômica.

    Ao citar o Brasil, Kamiyama (2011) afirma que alguns estudiosos foram

    contrários ao modelo vigente da época e desenvolveram um olhar diferencial sobre a

    agricultura sustentável propondo um novo tipo de padrão produtivo. Um dos

    pesquisadores apontado por essa autora, bem como pela por Fagnani (1997), é Adilson

    Paschoal, que no ano de 1979, escreveu o livro com o tema “Pragas, praguicidas e crise

    ambiental”, o qual abordou que o crescente aumento de uso de agrotóxicos não só

    eliminava as pragas fatais, mas como também as naturais. Além disso, fazia com que

    determinadas pestes adquirissem resistência aos defensivos agrícolas utilizados nas

    lavouras.

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    Outro autor citado pelas autoras, José Lutzemberger, que no ano de 1976,

    publicou o “Manifesto ecológico brasileiro: Fim do futuro?”. Este por sua vez continha

    o julgamento sobre o uso da agricultura convencional e apresentou nova visão sobre ela,

    porém mais ecológica. A terceira autora mencionada por Kamiyama (2011) é Ana

    Maria Primavesi que escreveu no ano de 1980 o livro “Manejo Ecológico do Solo”, esse

    destacava a relevância de se ter um manejo que respeite os recursos naturais. Esse livro

    é apontado como “a base científica da Agricultura Sustentável e para o movimento

    agroecológico brasileiro” (KAMIYAMA, 2011, p. 22).

    Os impactos causados pelo modelo convencional de produção agrícola têm

    causado uma efervescência mundial para execução da Agricultura Sustentável na prática

    cotidiana dos agricultores. Embora haja diversas dificuldades para alcançar esse

    objetivo, por motivos como, falta de conhecimento sobre “ciência e tecnologias em

    sistemas de cultivo agroecológico por parte dos agricultores (as) e dos profissionais que

    ensinam, pesquisam e difundem conhecimentos sobre a agricultura e pecuária”

    (LUZZARDI, 2006, p. 67); fazem uso de resultados súbitos sem análises profundas;

    intimidação a benefícios econômicos; desinteresse aos problemas maléficos do modelo

    convencional; escassez de mão-de-obra no espaço rural; degradação química, física e

    biológica do solo; carência de máquinas e equipamentos adequados e, ainda, pobreza de

    pesquisas e programas governamentais para incentivá-las (LUZZARDI, 2006).

    A concepção de agricultura sustentável apresenta diferentes classificações e

    diferenciações por diversos estudiosos. O conceito de agricultura sustentável pode ser

    entendido:

    o manejo e a conservação da base de recursos naturais e a orientação

    da mudança tecnológica e institucional, de maneira a assegurar a

    obtenção e a satisfação contínua das necessidades humanas para as

    gerações presentes e futuras. Tal desenvolvimento sustentável (na

    agricultura, na exploração florestal, na pesca) resulta na conservação

    do solo, da água e dos recursos genéticos animais e vegetais, além de

    não degradar o ambiente, ser tecnicamente apropriado,

    economicamente viável socialmente aceitável (EHLERS, 1999, p.

    101).

    Observa-se com a fala do autor, que é fundamental determinar um padrão de

    produção agrícola que utilize de modo racional, consciente os recursos naturais sem

    causar dano ambiental.

    É evidente que há urgência de se repensar uma nova forma de produção agrícola,

    já que o modelo convencional não atende ao requisito de preservar o meio ambiente,

    conforme descrição abaixo:

    o futuro do Brasil está ligado à sua terra. O manejo adequado de seus

    solos é a chave mágica para a sua prosperidade e bem estar geral. A

    natureza em seus caprichos e mistérios condensa em pequenas coisas,

    o poder de dirigir as grandes; nas sutis, a potência de dominar as mais

    grosseiras; nas coisas simples, a capacidade de reger as complexas

    (PRIMAVESI, 1984, p. 80).

    Diante disso, para transformar agricultura convencional em agricultura

    alternativa ou sustentável faz-se necessária mudança no caráter social, político e técnico

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    da produção. Os primeiros compõem como “suporte organizacional, que organiza

    internamente o apoio ao movimento” e, já o elemento técnico que “permite combinar

    rendimentos econômicos e equilíbrio na gestão de recursos naturais”

    (BRANDENBURG, 1999, p. 271). Para produção da agricultura sustentável é essencial

    “maior eficiência dos sistemas de produção agrícola deve ser compatível e coerente com

    cada realidade ecológica” (COSTA, 1993, p. 58). Este autor ainda ressalta que é

    fundamental o emprego correto e racional dos recursos naturais, e ao se tratar da escolha

    das atividades animais e vegetais deve selecionar aqueles ecologicamente corretos, bem

    como atentar para distinção precisa e consciente das técnicas e das normas manipuladas

    na produção.

    Para constituir na prática a agricultura sustentável é preciso implantar a reforma

    agrária, pois para ele, esta "permitirá o acesso à terra a todos os trabalhadores sem terra

    ou com terra insuficiente para assegurar o seu desenvolvimento sob o prisma da

    equidade, sustentabilidade e competitividade" (SANTOS, 2001, p. 228). Segundo

    Luzzardi (2006) para alcançar agricultura sustentável são fundamentais transformações

    sociais e econômicas no meio rural, que é a promoção do acesso mais fácil a terra e

    outros bens aos pequenos agricultores.

    Outro ponto levantado e essencial na efetivação da agricultura sustentável

    segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) e o

    INCRA (Instituto de Colonização e Reforma Agrária) é a execução política, científica e

    tecnológica “especialmente em sistemas, integrando agricultura e pecuária, em produtos

    tradicionais” e nos produtos dependentes de muita mão-de-obra (FAO/INCRA, 1994, p.

    10). E completa, sugere-se também, segundo essa, a reformulação dos serviços de

    extensão rurais, a acessão da integração vertical agricultura-pecuária, o estímulo à

    rotação de culturas, a instigação de práticas de controle integrado de pragas, aumento da

    adubação orgânica, a preservação do solo através de práticas culturais como a cobertura

    verde e é fundamental construir e defender a realização de sistemas agro-florestais.

    Para que a produção agrícola seja sustentável é preciso:

    ter efeitos negativos mínimos no ambiente e não liberaria substâncias

    tóxicas ou nocivas na atmosfera, água superficial ou subterrânea;

    preservaria e recomporia a fertilidade, preveniria a erosão e manteria a

    saúde ecológica do solo; usaria água de maneira que permitisse a

    recarga dos depósitos aquíferos e satisfizesse as necessidades hídricas

    do ambiente e das pessoas; dependeria, principalmente, de recursos de

    dentro do agroecossistemas, incluindo comunidades próximas, ao

    substituir insumos externos por ciclagem de nutrientes, melhor

    conservação e uma base ampliada de conhecimento ecológico;

    trabalharia para valorizar e conservar a diversidade biológica, tanto

    em paisagens silvestres quanto em paisagens domesticadas; garantiria

    igualdade de acesso a práticas, conhecimento e tecnologias agrícolas

    adequados e possibilitaria o controle local dos recursos agrícolas

    (GLIESSMAN, 2000 p. 53-54).

    Já para a efetivação da agricultura sustentável é preciso:

    uma combinação de cultivos mais diversificada, não de monoculturas,

    mas de lavouras com pecuária e pastagens, com plantação de feno e

    gramíneas com leguminosas combinadas, como o cultivo de aveia e

    cevada; uma redução, em todos os países, principalmente os países

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    industrializados, dos subsídios das políticas públicas, hoje dirigidos a

    cultivos que têm impactos adversos ao meio ambiente, em benefício

    de cultivos que têm impacto benigno no meio ambiente; um

    redirecionamento dos incentivos ao uso de insumos predatórios, pois

    se há externalidades ou efeitos colaterais no seu uso, estas devem ser

    corrigidas com tributação (LOPES, 1994, p. 98).

    Para alcançar um projeto de agricultura sustentável bem sucedido, de acordo

    com Luzzardi (2006), faz-se necessário comprometimento e aprimoramento dos

    técnicos e agricultores, divulgação do produto ecológico e a associação dos agricultores

    através de cooperativas. O autor ainda ressalta que existem agricultores que precisam

    ser conscientizados, pois utilizam a produção agrícola de base ecológica pela ausência

    de crédito, e não pela sensibilização ambiental. Informá-los sobre a real importância

    dessa causa proporcionaria benfeitorias ao solo, às plantas e à saúde, para que assim os

    alimentos sejam cultivados de maneira correta e compatível com o meio ambiente.

    3 METODOLOGIA

    A metodologia utilizada na produção da referida pesquisa consistiu na revisão e

    levantamento de artigos, livros, teses e leis ambientais que tratam sobre assunto.

    A busca foi feita por meio das expressões encontradas nos títulos e nos resumos

    dos artigos ou teses, bem como por meio de palavras chaves: educação ambiental e

    agricultura sustentável, desenvolvimento sustentável e produção agrícola, educação

    ambiental e sustentabilidade.

    Após diversas leituras e análise dos conteúdos a definição final da escolha dos

    autores e títulos foi elaborada com o intuito de dar respostas e embasar que através da

    educação ambiental é possível constituir uma agricultura sustentável, então se optou por

    aqueles que melhor embasavam sobre essa temática.

    Na avaliação e estudo do conteúdo foram descartados aqueles textos que não

    atendiam a proposta de trabalho, já os que ressaltavam sobre os elementos como

    educação ambiental e o desenvolvimento da agricultura sustentável foram utilizados

    para a construção do trabalho. Alguns artigos apesar de terem mais de 20 anos de

    publicação ainda assim fazem considerações relevantes para os dias atuais e são

    extremamente relevantes para estudos de educação ambiental e produção agrícola

    sustentável.

    4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

    4.1 A Educação Ambiental como instrumento para produção agrícola sustentável

    De acordo com Jesus (1993) o ser humano desde a evolução da espécie Homo

    sapiens estabeleceu um controle excessivo e degradador sobre o meio ambiente e

    sempre retirou dele meios para satisfazer suas necessidades humanas, por constituir-se

    um ser social que age sobre a natureza para transformá-la em bem útil e fundamental

    para manter sua subsistência. Sendo assim, Moroni e Ravera (1984) afirma que essa

    forma humana de se relacionar com a natureza trouxe como conseqüência uma crise

    ambiental vivida pela sociedade atual, e é necessário muito mais do que

    “desenvolvimento e aplicação de novos avanços tecnológicos” para enfrentá-la.

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    E para complementar essa crítica, isso pode até minimizar e ajudar por um

    período de tempo sob as questões ambientais, no entanto “não influenciarão sobre os

    aspectos básicos e profundos da crise” (BENAYAS, 1992, p. 25). Já que, para este autor

    isso está relacionado ao que ele chama de “crise cultural profunda de escalas de valores

    que regem os comportamentos do ser humano frente ao ambiente” (BENAYAS, 1992,

    p. 25). Pode-se compreender que é necessária a transformação na maneira como o ser

    humano tem se relacionado com a natureza, ou seja, é preciso quebrar paradigmas

    culturais enraizados na população, e que se mantiverem nesse ciclo de perpetuação

    serão fatais para o meio ambiente e para as gerações futuras.

    A Educação Ambiental tem sua origem fundamentada em propostas educativas

    originárias de percepções teóricas e matrizes ideológicas diversas. É apontada como de

    extrema importância para criação de uma sociedade ambientalmente consciente e com

    ações voltadas para a preservação ambiental. Entende-se que essa é uma ação educativa

    constituída através do processo de intervenção na natureza diretamente ligada nas

    múltiplas áreas da vida, das forças sociais para o enfrentamento da questão ambiental.

    Tem como objetivo central construir caminhos sob a ótica sustentável, renovando a

    apreensão e a maneira de tratar o reino vegetal e animal (LOUREIRO, 2008).

    A Educação Ambiental, para Luzzardi (2006) tem sua emersão na busca de

    reduzir e de transformar a realidade da destruição ambiental e social. Sua visão

    norteadora é inovadora e emancipatória, por difundir uma nova concepção de relação

    entre o homem e a natureza. O que pode ser observado nas palavras dessa autora:

    a educação ambiental surge com a finalidade de (re) integrar o ser humano no complexo ecossistêmico a que está inserido. Pensar

    desta maneira, no entanto, requer mudanças, sobretudo nas diferentes

    formas de pensar e agir individual e coletivamente. Bem como refletir

    sobre qual o tipo de sociedade se quer considerar como sustentável

    (LUZZARDI, 2006, p. 55).

    Dessa forma, a mesma configura-se como instrumento da educação para

    proporcionar ao indivíduo uma compreensão ampla, o que requer prática constante a

    fim de propagar ações e capacidades reflexivas. Assim, o ser humano terá consciência

    para se envolver com as questões da sociedade e com as ambientais (CERVANTES,

    1992).

    De acordo com Luzzardi (2006), a Educação Ambiental deve abranger não

    somente a formação de gerações que conviva com a incerteza e o futuro, mas produzir

    um pensamento crítico e livre capaz de reformular novas estratégias para enfretamento

    das mudanças, da diversidade, engajado a construir e reconstituir as novas

    configurações ambientais a partir da criação de múltiplas expectativas e análises. O

    autor ainda aponta que a compreensão de Educação Ambiental vai além do saber de

    elementos ecossistêmicos e ecológicos, mas está diretamente ligada aos valores

    culturais da coletividade.

    Dentro desse contexto de criar novas perspectivas e conhecimentos, segundo o

    autor surge um novo modelo a ser almejado que é a Agricultura Sustentável, a fim de

    contribuir e transformar os processos e as técnicas da agricultura convencional em

    produção agrícola sustentável.

    Frente aos grandes problemas ambientais causados pelo modelo convencional de

    agricultura faz-se necessário unir a definição de Agricultura Sustentável às ideias da

    Educação Ambiental:

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    compreendendo um instrumento de exercício da cidadania em um

    contexto de construção de uma nova racionalidade ambiental, tendo

    como base a participação dos agricultores e agricultoras, a equidade, o

    direito à pluralidade e autodeterminação das comunidades locais,

    compreendendo a biodiversidade como patrimônio coletivo e

    instrumento de inclusão social. Ao mesmo tempo, concepções e

    práticas de democratização e inclusão social revelam que trabalhos

    dessa natureza, permitem desenvolver posturas mais críticas em

    relação ao espaço vivido e valores que propiciam cidadãos mais

    solidários, conscientes e afetivos (LUZZARDI, 2006, p. 56).

    Para o autor a execução da agricultura sustentável está diretamente ligada à

    promoção de uma educação ambiental que incentive a mudança ética e política na

    sociedade através da transformação da vida individual e coletiva. Mas para vencer o

    mito que o indivíduo tem posse sobre a natureza é fundamental construir uma educação

    emancipatória voltada para o cultivo do elo entre cultura, linguagem e consciência,

    atentando também para o poder por configurar elemento de linguagem, todas essas

    características devem estar entrelaçadas com o exercício efetivo da cidadania. Assim,

    compreende-se que:

    a Educação Ambiental Emancipatória se conjuga a partir de uma

    matriz que compreende a educação como elemento de transformação

    social inspirada no diálogo, no exercício da cidadania, no

    fortalecimento dos sujeitos, na criação de espaços coletivos de

    estabelecimento das regras de convívio social, na superação das

    formas de dominação capitalista, na compreensão do mundo em sua

    complexidade e da vida na sua totalidade (LOUREIRO, 2008, p. 15).

    Diante desse contexto, o maior desafio da educação é conciliar o novo projeto de

    sociedade, a partir da reformulação das questões políticas, sociais, econômicas, culturais

    e ambientais. E assim, educar os indivíduos para apreender que as relações sociais estão

    inter-relacionadas, cada um é sujeito de sua própria ação, e que toda ação há uma

    reação, ou seja, as ações de uns adicionadas às de outros podem ter consequências

    positivas ou negativas a longo prazo, e sendo assim, todos são responsáveis. Assim, de

    acordo com o Luzzardi (2006), a compreensão do que é pessoal e grupal possibilitará o

    funcionamento de um espaço social mais respeitável no sentido de alcançar uma

    sociedade sustentável ().

    A junção dos objetivos da Agricultura Sustentável e Educação Ambiental têm

    como foco central configurar como instrumento de cidadania para criação de uma nova

    consciência ambiental e estimular “a participação dos agricultores e agricultoras, a

    equidade, o direito à pluralidade e autodeterminação das comunidades locais,

    compreendendo a biodiversidade como patrimônio coletivo e instrumento de inclusão

    social” (LUZZARDI, 2006, p. 66).

    O autor coloca que a produção de trabalhos de conscientização ambiental

    estimula a compreensão e práticas de democratização e inclusão social que se traduzem

    em indivíduos comprometidos com o local onde habitam e são apoderados por

    princípios de solidariedade, consciência e afetividade com o meio que fazem parte.

    Então, consequentemente acarretará mudança na relação entre técnicos e agricultores,

    assim como na adesão e conservação de técnicas que beneficiam a sustentabilidade.

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    Vale ressaltar, para esse autor que a educação não se traduz apenas na tomada de

    informações por parte do indivíduo, mas é de suma importância essa aquisição de

    conhecimento sob processo constante de movimento, de análise e avaliação para que

    estejam sempre renovando as ideias, as estratégias de ação. Portanto, para o autor:

    trata-se de um processo que envolve transformações no sujeito que

    aprende e incide sobre sua identidade e posturas diante do mundo. A

    internalização de um ideário ecologista emancipatório não se dá

    apenas por um convencimento racional sobre a urgência da crise

    ambiental, mas, sobretudo implica uma vinculação afetiva com os

    valores éticos e estéticos desta visão de mundo (LUZZARDI, 2006, p.

    67).

    Assim, todas as ações para construir uma agricultura amparada no equilíbrio

    entre meio ambiente e homem envolve transformação política, social e econômica, bem

    como políticas públicas voltadas para as questões socioambiental sendo a educação

    ambiental um instrumento essencial.

    5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

    O estímulo para o desenvolvimento desse trabalho baseou-se na análise de como

    construir uma sociedade que tenha uma produção agrícola sustentável. Assim, o artigo

    através do desenvolvimento analítico mostrou a relação entre Educação Ambiental e a

    necessidade de transformação das técnicas utilizadas no ambiente de produção rural, já

    que o modelo convencional utilizado, apesar de produzir em grande escala faz usos

    excessivos de agrotóxicos que comprometem a saúde humana e a biodiversidade.

    A Educação Ambiental é um instrumento para viabilizar a execução da

    agricultura sustentável, sendo necessário que seja uma educação permanente, contínua,

    transformadora e emancipatória para que a sociedade como um todo compreenda a

    importância de uma produção agrícola em harmonia com a natureza.

    Com base no desenvolvimento do artigo, apreende-se que é substancial conciliar

    os princípios da Educação Ambiental com os da Agricultura Sustentável, assim, poderá

    desenvolver tanto um sistema econômico quanto agrícola que respeite a natureza e a

    perpetuação desta para as futuras gerações.

    Observa-se que a educação deve ser absorvida como elemento essencial para a

    vida, pois transforma as pessoas, e através do conhecimento adquirido serão capazes de

    modificarem o mundo, de mudar seus espaços de convivência. Dentro dessa

    perspectiva, a educação ambiental é instrumento elementar para a execução de uma

    produção agrícola sustentável. No entanto, faz-se necessário a divulgação, a construção

    de mais materiais sobre tal temática. É fundamental trabalhar para que um número

    maior de artigos sejam desenvolvidos, mais questões ambientais dessa natureza sejam

    problematizadas, reformuladas, reavaliadas. Mas, é preciso que o estudo realizado não

    fique preso às revistas cientificas, e ao meio acadêmico. Há urgência que o material

    desenvolvido chegue aos agricultores, aos órgãos que os fiscalizam e os orientam, para

    que as ideias analisadas saiam do papel e estendam à prática cotidiana dos produtores. E

    ao tomarem posse do conhecimento aqui proposto, novos sujeitos serão reconstruídos,

    nova consciência de agricultura será executada, serão convencidos da relevância da

    prática da agricultura sustentável e vencidos os preconceitos contrários a essa.

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    Para pensar em estratégias de produção agrícola sustentável é necessário

    amparar-se na educação ambiental como uma abordagem teórica socioambiental e

    crítica de formação política de cidadãos estimulando a participação ativa e efetiva para

    formulação e implementação de políticas públicas rurais com um olhar sustentável e

    atenta as gerações futuras.

    AGRADECIMENTOS

    Agradecemos a FAPEMIG pelo apoio financeiro.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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