a doutrina do homem

34
 A Doutrina do Homem

Upload: revharoldo

Post on 01-Nov-2015

226 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

doutrinário

TRANSCRIPT

Gn 1.27

A Doutrina do Homem

Gnesis 1.27O homem, a imagem e semelhana de Deus

Por que Deus criou o homem?Para a glria de Deus. Jo 17.5, 24; Is 43.7; Ef 1.11-12; 1Co 10.31Qual o propsito da existncia humana?Cumprir com o objetivo de nossa criao. Jo 10.10; Sl 16.11; Rm 5.1-3; Fp 4.4; 1Ts 5.16-18; Tg 1.2; 1Pe 1.6, 8,9Perguntas Normativas O que significa ser a imagem e semelhana de Deus?Significa que o homem tem traos do criador e o representa. Gn 1.26 O que ocorreu na queda do homem?Vrios elementos de sua semelhana com Deus se perderam. Ec 7.29 Perguntas Normativas Qual o plano de Deus para ns, em Cristo?Nossa gradual recuperao da semelhana com Deus.Cl 3.10; 2Co 3.18; Rm 8.29; Ef 4.24Quando isso se dar completamente?Na volta de nosso Senhor, Jesus Cristo.1Co 15.49; Cl 1.15; Rm 8.29; 1Jo 3.2 Perguntas Normativas 1. O significado de imagem de Deus. De todas as criaturas que Deus fez, s de uma delas, o homem, diz-se ter sido feita imagem de Deus. O que isso significa? Podemos usar a seguinte definio: o fato de ser o homem imagem de Deus significa que ele semelhante a Deus e o representa.O homem a imagem de Deus criada. Deus criou o homem do p da terra e soprou em suas narinas o flego de vida e ele passou a ser alma vivente. Deus criou homem e mulher sua imagem e conforme a sua semelhana. Certamente essa semelhana no fsica, pois Deus Esprito. O homem um ser moral e espiritual. Deus lhe deu uma conscincia, uma espcie de tribunal interior, com uma noo inata de certo e errado. O homem o nico ser capaz de relacionar-se com o seu criador de forma inteligente. Somos a obra prima de Deus. Somos a coroa da criao. Nossa origem divina. Nosso destino a glria. Fomos criados para glorificar a Deus e goz-lo para sempre. (f)2. A queda: a imagem de Deus se distorce, mas no se perde. Podemos nos perguntar se possvel conceber que o homem, mesmo depois de pecar, ainda como Deus. Essa pergunta respondida ainda no incio de Gnesis, onde Deus d a No a autoridade de estabelecer a pena de morte para o homicdio logo depois da enchente; Deus diz: Se algum derramar o sangue do homem, pelo homem se derramar o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem (Gn 9.6). Mesmo sendo os homens pecadores, ainda resta neles bastante semelhana a Deus, tanto que assassinar outra pessoa (derramar o sangue uma expresso do Antigo Testamento que significa tirar a vida humana) atacar a parte da criao que mais se parece com Deus.E revela uma tentativa ou desejo (se isso fosse possvel ao homem) de atacar o prprio Deus.O homem a imagem de Deus deformada. A imagem criada tornou-se imagem deformada pelo pecado. Com a queda de Ado, toda a raa foi mergulhada no pecado. Por um s homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte e a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. O pecado, porm, no destruiu a imagem de Deus no homem, mas deformou-a. Agora, por causa do pecado, no refletimos com toda clareza a imagem de Deus (1 Co 13.12; 2 Co 3.18). Somos como um poo de guas turvas que no refletem mais a beleza da lua. O pecado atingiu todas as reas da nossa vida: nosso corpo e nossa alma, nossa razo e nossos sentimentos (Rm 7.18). Somos um ser ambguo e contraditrio. O bem que queremos fazer no o praticamos e o mal que no queremos, esse o fazemos. Nossas palavras, aes e desejos esto contaminados pelo pecado. O homem tornou-se praticante do pecado e escravo dele. Seu estado de depravao total. O homem natural no conhece a Deus, no discerne as coisas de Deus, pois est morto em seus delitos e pecados. (f)3. A redeno em Cristo: a recuperao gradual da imagem de Deus. No entanto, animador abrir o Novo Testamento e ver que nossa redeno em Cristo significa que podemos, mesmo nesta vida, gradualmente crescer cada vez mais na semelhana de Deus. Por exemplo, Paulo diz que como cristos temos uma nova natureza, que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou (Cl 3.10). medida que vamos crescendo no verdadeiro conhecimento de Deus, da sua Palavra e do seu mundo, comeamos a pensar cada vez mais os pensamentos que o prprio Deus tem. (f)4. Na volta de Cristo: a completa restaurao da imagem de Deus. A admirvel promessa do Novo Testamento que, assim como somos hoje como Ado (sujeitos morte e ao pecado), tambm seremos como Cristo no futuro (moralmente puros, jamais sujeitos morte de novo): Assim como trouxemos a imagem do que terreno, devemos trazer tambm a imagem do celestial (1Co 15.49). A plena medida da nossa criao imagem de Deus no se v na vida de Ado, que pecou, nem na nossa prpria vida hoje, pois somos imperfeitos. O homem no pode salvar nem restaurar a si mesmo, pois est morto em seus delitos e pecados. Mas, Deus no desistiu do homem. Para cumprir um plano eterno e perfeito, Deus enviou seu Filho ao mundo como Salvador do mundo.Agora, todos aqueles que nele crem so perdoados, justificados e salvos. Por intermdio da obra de Cristo na cruz por ns somos reconciliados com Deus e pela ao do Esprito Santo em ns, a imagem divina restaurada em ns. O projeto eterno de Deus transformar-nos imagem de Cristo. O Esprito Santo, o aplicador da redeno, realiza essa obra e nos transforma de glria em glria na imagem de Cristo, a expresso exata do ser de Deus. A imagem criada por Deus e deformada pelo pecado restaurada por Cristo pela ao do Esprito Santo. O mesmo Deus que criou o homem sua imagem e semelhana e no desistiu dele depois da sua trgica queda, est trabalhando para restaurar essa mesma imagem. Pela redeno que temos em Cristo, tornamo-nos membros da famlia de Deus, sendo adotados como filhos de Deus e seus benditos herdeiros. Podemos erguer nossa voz e gritar: Onde abundou o pecado, superabundou a graa! (f)5. Aspectos especficos da nossa semelhana a Deus. Embora tenhamos argumentado acima que seria difcil definir todos os aspectos em que somos semelhantes a Deus, podemos assim mesmo mencionar vrios aspectos que nos revelam mais parecidos com Deus do que todo o restante da criao. (f)As Semelhanas do Homem em Relao a DeusMoralidadeEspiritualidadeInteligncia SensibilidadeCapacidade de Relacionamento

ASPECTOS MORAIS

(1) Somos criaturas moralmente responsveis pelos nossos atos perante Deus. Correspondente a essa responsabilidade, temos (2) um senso ntimo de certo e errado que nos separa dos animais (que tm pouco ou nenhum senso inato de moralidade ou justia, mas simplesmente reagem ao medo do castigo ou esperana da recompensa). ASPECTOS MORAIS

Quando agimos segundo os parmetros morais divinos, nossa semelhana a Deus se espelha numa (3) conduta santa e justa perante ele, mas, por outro lado, nossa dessemelhana a Deus se revela sempre que pecamos.ASPECTOS ESPIRITUAIS(4) No temos somente corpos fsicos, mas tambm espritos imateriais, e podemos portanto agir de modos significativos no plano de existncia imaterial, espiritual. Isso significa que temos (5) uma vida espiritual que possibilita que nos relacionemos pessoalmente com Deus, que oremos a ele e o louvemos, e ouamos as palavras que ele nos diz. ASPECTOS ESPIRITUAIS

Animal nenhum jamais passou uma hora absorto em orao intercessria pela salvao de um parente ou de um amigo! Vinculado a essa vida espiritual est o fato de possuirmos (6) imortalidade; no cessaremos de existir, mas viveremos para sempre.ASPECTOS MENTAIS. (7) Temos a capacidade de raciocinar e pensar logicamente e de conhecer o que nos distingue do mundo animal. Os animais s vezes exibem conduta admirvel na soluo de complicaes e problemas no mundo fsico, mas certamente no se ocupam do raciocnio abstrato no h algo como a histria da filosofia canina. ASPECTOS MENTAIS.Por exemplo, nem nenhum animal desde a criao evoluiu na compreenso de problemas ticos ou no uso de conceitos filosficos, etc. (8) O uso que fazemos da linguagem complexa, abstrata, nos distingue dos animais. Percebemos isso de forma muito clara no aprendizado das crianas, eles conseguem distinguir os significados das palavras, isso prova do uso da linguagem. (9) Outra diferena intelectual entre seres humanos e animais que temos uma noo de futuro distante, at um senso ntimo de que sobreviveremos nossa morte fsica, senso que a muitos proporciona o desejo de tentar mostrar-se retos diante de Deus antes de morrer (Deus ps a eternidade no corao do homem, Ec 3.11).

(10) Nossa semelhana a Deus tambm se percebe na criatividade humana em reas como a arte, a msica e a literatura, e na engenhosidade cientfica e tecnolgica. No devemos pensar que essa criatividade se restringe aos msicos ou artistas mundialmente famosos; tambm se reflete de maneira muito bela nas peas ou brincadeiras inventadas pelas crianas, na destreza que h no preparo de uma refeio, na decorao de um lar ou no cultivo de um jardim, e na criatividade exibida por todo ser humano que conserta algo que simplesmente no funcionava bem. (11) No aspecto das emoes, nossa semelhana a Deus se percebe numa grande diferena de grau e complexidade. claro que os animais tambm exibem algumas emoes, mas na complexidade das emoes que vivenciamos, novamente somos bem diferentes do resto da criao. ASPECTOS RELACIONAISAlm da capacidade nica de nos relacionarmos com Deus, h outros aspectos relacionais ligados imagem de Deus. Embora os animais sem sombra de dvida tenham alguma noo de comunidade, (12) a profundeza de harmonia interpessoal que se vivencia no casamento humano, numa famlia humana que funcione segundo os princpios divinos, ...ASPECTOS RELACIONAISe numa igreja em que a comunidade de crentes ande em comunho com o Senhor e uns com os outros, muito maior do que a harmonia interpessoal vivenciada pelos animais. Na nossas relaes familiares e na igreja tambm somos superiores aos anjos, que no se casam nem geram filhos nem vivem na companhia dos filhos e filhas remidos de Deus.ASPECTOS RELACIONAIS(13) No prprio casamento, espelhamos a natureza de Deus no fato de os homens e as mulheres gozarem de igualdade de importncia mas diversidade de papis, desde que Deus nos criou. (14) O homem como Deus no seu relacionamento com o restante da criao. Especificamente, o homem recebeu o direito de reger a criao, e quando Cristo voltar receber at autoridade para julgar os anjos (1Co 6.3; Gn 1.26, 28; Sl 8.6-8).(f)