a discussão acerca do estado civil do companheiro - por antonio rulli neto e renato a. azevedo

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A discussão acerca do estado civil do companheiro

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A discusso acerca do estado civil do companheiro 14/06/2010 Autor: Antonio Rulli Neto e Renato A. Azevedo 1. Estado civil Maria Helena Diniz explica que estado civil "a soma das qualidades da pessoa n atural, permitindo sua apresentao na sociedade numa determinada situao jurd ica, para que possa usufruir dos benefcios e das vantagens dela decorrentes e s ofrer os nus e as obrigaes que dela emanam. O estado civil da pessoa rege-se por ordem pblica e, por constituir um reflexo da personalidade, indivisvel, indisponvel, imprescritvel e irrenuncivel".[1] Para Clvis Bevilqua, o "estado das pessoas o seu modo particular de existir. "[2] Estado civil uma "qualidade pessoal".[3] O estado civil tambm pode ser "quali dade da pessoa que deriva do casamento".[4] O estado civil, como a prpria expresso demonstra, tem a finalidade de individu alizar uma situao em que a pessoa natural se encontra e suas condies. Quando tratamos de pessoa jurdica, por exemplo, falamos de estado falimentar[5] para definir uma situao jurdica e financeira. Assim como para a pessoa natural, de limitamos uma situao ftica existente. Ao atribuirmos tais qualidades, classificamos essas pessoas em relao s demais , ou seja, se d notcia a terceiros das condies de algum. Isso porque, como sabido, os relacionamentos familiares geram efeitos pessoais e patrimoniais. Assim, se a pessoa casada, no pode casar-se novamente (Cdigo Civil, art. 1.5 21, inc. VI), por exemplo. No fosse apenas isso, sendo casada, tem deveres para com a outra, alm claro dos efeitos patrimoniais, pois, em regra, o que se ad quire na constncia de casamento de ambos. Por isso, se um dos cnjuges assume obrigao e no cumpre pode acabar com seus bens constritos, mas nem sempre o o utro cnjuge responder da mesma maneira. No podemos deixar de lembrar a rpida evoluo no campo do direito de famlia ( rea em que se pode perceber mais clere e claramente as mudanas - talvez em me nos de trinta anos), campo em que o efetivismo na busca da dignidade (e direito felicidade[6]) amplamente sentido - veja-se o reconhecimento nos ltimos ano s de unies homoafetivas,[7] famlias mosaico, famlias caleidoscpio.[8] 2. Os efeitos prticos Pelo que j dissemos, podemos perceber que o estado civil refere-se bem mais a s ituaes patrimoniais e pessoais que quaisquer outras. O prprio casamento, no qual veio gravitando o direito de famlia, no mais o seu centro. E a verdade que o casamento, alm das questes religiosas, romnti cas e espirituais, das quais no trataremos, sempre teve como efeitos aqueles me smos patrimoniais e pessoais. Esses efeitos so comuns em todas as unies, sejam elas constitudas por casamen to ou no. O casamento nada mais do que uma forma de unio com regramento prestabelecido no Cdigo Civil. Os efeitos das unies so o propsito de se indivi dualizar o estado civil. Por isso no faz mais sentido ter o casamento como marco sinalizador exclusivo d o estado civil.[9] Ainda quase um tabu, o casamento permanece como esse marco da famlia, o que, no mundo real, no o que sempre acontece.[10] H outras formas de unio alm do casamento que do ensejo a famlias. A viso c

entrista do casamento e o desprezo s outras formas de unio chega a ser abomina velmente discriminatria.[11] Os efeitos dessas unies no decorrem do estado ci vil das partes, mas do vnculo afetivo e da natureza da relao entre os companh eiros. Conquanto no possamos confundir unio estvel e casamento, ambos so unies fam iliares e tm efeitos muito semelhantes. Mas se inexiste um estado civil para aq ueles que se unem, que no so casados, como proceder? O possvel estado de comp anheiro no previsto em Lei, mas sua omisso pode ser considerada m-f. Vejase e.g. recente julgado do Superior Tribunal de Justia: PENHORA. BEM DADO EM HIPOTECA. DEVEDOR QUE VIVIA EM UNIO ESTVEL. DESCONHECIMEN TO DO CREDOR. VALIDADE DA HIPOTECA. 1. Os efeitos patrimoniais da unio estvel so semelhantes aos do casamento em comunho parcial de bens (Art. 1.725 do nov o Cdigo Civil). 2. No deve ser preservada a meao da companheira do devedor que agiu de m-f, omitindo viver em unio estvel para oferecer bem do casal em hipoteca, sob pena de sacrifcio da segurana jurdica e prejuzo do credor[12] Foi o mesmo entendimento do Tribunal de Justia de Mato Grosso: APELAO CVEL. PENHORA. HIPOTECA. EMBARGOS DE TERCEIRO. UNIO ESTVEL. COMPANHE IRA DO EXECUTADO. INTERVENIENTE GARANTIDORA. ALEGAO DE M-F DO EXECUTADO E DA EMBARGANTE. RESGUARDO DA MEAO. RECURSO PROVIDO. SENTENA REFORMADA. A companh eira do devedor que figura como interveniente garantidora no ato de constrio d a dvida e da hipoteca devedora solidria, no ostentando por absoluta incompa tibilidade a condio de terceiro para afastar a sua meao no imvel hipotecado por ocasio da penhora, mormente se o credor, com manifesta boa-f, desconhecia a existncia da unio estvel entre o devedor e a companheira embargante, ante a omisso do fato pelo primeiro nos contratos firmados, quando reiteradamente de clarou-se solteiro.[13] E, ainda, em sede de Justia do Trabalho: Embargos de Terceiro. Unio estvel. Meao da companheira. Se a unio estvel m anteve-se ao longo do pacto laboral, inequvoco que a companheira do scio da Reclamada beneficiou-se, ainda que indiretamente, dos lucros do empreendimento. Lembre-se que o regime da comunho parcial de bens (art. 1725 do CC) importa a c omunicao de todos os bens que sobrevierem ao casal na constncia do casamento (art. 1.658 do CC), inclusive aqueles adquiridos a ttulo oneroso (art. 1.660, I , do CC). [14] Como explica Jos Carlos Teixeira Giorgis, "quando um solteiro, separado, divorc iado ou vivo estabelece uma intimidade duradoura e pblica, deveria adotar o es tado de companheiro, que restaria encarnado em sua vida social, negcios, contra tos empresariais ou de locao, em todas as situaes que exijam seu perfil jur dico, at mesmo para assegurar eventuais direitos de terceiros; e no falecimento de sua parceira, culminaria o luto com a viuvez; ou retornaria ao estado de sol teiro, caso ocorresse a dissoluo judicial da unio entretida, eis que inexiste nte a figura de ex-companheiro. Embora sedutora e bem alinhada no mbito exegti co, a posio no est deificada na doutrina majoritria, eis que os companheiro s somente tm aptido em se relacionar exatamente pela ausncia de impedimentos matrimoniais; o que no desvanece o estado original de solteiro, separado judici almente, divorciado ou vivo, termos que se ligam, como se insiste, no acontecim ento nupcial e no fora dele. Imagine-se homem casado, mas h muito separado de fato, que intente unio estvel com outrem, seu estado civil seria o de casado o u companheiro? A concluso prevalente que no se institui um novo estado com a adoo do companheirismo, embora seu batismo constitucional; mas praxe que se p ode aceitar para preservao da dignidade do relacionamento, embora sem eficcia absoluta". [15]

O problema que se apresenta o de como se noticiar isso. Especialmente por no existir estado civil prprio nem legal, ou, em razo de os estados civis ainda e starem ligados figura central do casamento (casado, separado, divorciado...). O Tribunal de Justia do Rio de Janeiro no admitiu a existncia do estado civil de companheiro: EMBARGOS DE TERCEIRO. Possibilidade de penhora de bem indivisvel obtido durante a unio estvel. Necessidade, todavia, de se respeitar a meao da companheira, eis que no h prova de a dvida ter sido assumida em proveito da famlia. Irre levncia de o fiador ter se declarado solteiro quando da assuno do encargo, mo rmente porque em nosso ordenamento jurdico no existe o estado civil de companh eiro. Proteo do patrimnio da companheira, que se funda em princpio geral de direito segundo o qual ningum pode dispor de mais do que possui, principalmente em razo do carter personalssimo da fiana. Recurso provido, em parte, para q ue se a garanta metade do preo obtido em hasta pblica.[16] O Tribunal de Justia de So Paulo tem entendimento no sentido da quebra da boaf, devendo-se declarar o estado perante terceiros: Locao de imveis - Embargos de terceiro - Improcedncia - Apelao - Prelimina r de no conhecimento do recurso - Rejeio - Inexistncia de ofensa ao art. 514 , II, do CPC - Desnecessidade de impugnao de ponto por ponto da sentena - Fia na - Outorga uxria - Ausncia - Unio estvel - Desnecessidade - Falta de prev iso legal - Imvel penhorado registrado apenas em nome da fiadora, executada Prevalncia do Registro Pblico e do contrato de locao, j que a fiadora foi q ualificada como solteira - Bem de famlia - Fiador - Penhora - Validade - Imvel pertencente a fiador de execuo locatcia, ainda que nico, penhorvel (art. 3", inc. VII, da Lei n" 8.009/90) - Apelao conhecida e no provida. [17] EMBARGOS DE TERCEIRO - Bem de Famlia - Terceiro que alega viver em unio estve l com executada que teve imvel penhorado - Afirmao suficiente para caracteriz -lo como parte legtima para propor ao - Ausncia de comprovao quanto exi stncia de entidade familiar - Situao que depende de provas fticas diante da inexistncia de certido matrimonial - Companheira que se declara como solteira no ato de constituio da hipoteca - Impossibilidade de o credor hipotecrio ter cincia do estado civil ftico da devedora - Princpio da lealdade - Validade d a hipoteca - Recurso improvido.[18] H, contudo, deciso com entendimento de que demonstrada a unio estvel, cabve l a discusso acerca do bem, tendo sido negligente o credor ao no certificar ta l estado: Anulatria de hipoteca e ineficcia de dao em pagamento posterior do imvel hi potecado e de adjudicao compulsria do bem. Procedncia. Negligncia do credor hipotecrio ao no confirmar estado civil de "desquitado" afirmado pelo devedor hipotecrio, quando vivia em unio estvel com a autora, que no participou min imamente da constituio dos gravames. Sociedade de direito, porque entidade fam iliar, provada nos autos. Nulidade de negcio jurdico (hipoteca) alicerado em falso ideolgico e sem a solenidade essencial configurada na anuncia da meeira do imvel (CCivil de 1.916, art. 145, IV; atual 166, V). Ineficcia da dao em pagamento posterior sobre o mesmo bem. Extino do processo afastada e provido o apelo desde logo (CPC, 515, 3). [19] Tentando-se resolver a situao, como veremos adiante, foi apresentado Projeto d e Lei no qual se cria o estado civil de convivente, mas que nos parece ainda no solucionar completamente a situao. 3. O Projeto de Lei

Em 2003 foi apresentado pelo Deputado Fernando Lucio Giacobo (PL-PR), Projeto de Lei n.1.779/03, que tinha como finalidade definir o estado civil das pessoas qu e vivem sob o regime de unio estvel. A unio estvel est regulada pelo art. 1.723 do Cdigo Civil: "Art. 1.723. reconhecida como entidade familiar a unio estvel entre o homem e a mulher, configurada na convivncia pblica, contnua e duradoura e estabelec ida com o objetivo de constituio de famlia". Ou seja, a unio estvel exclusivamente a entidade familiar estabelecida entre homem e mulher, com convivncia pblica, contnua e duradoura, estabelecida com o objetivo de constituio de famlia. Pelo texto expresso do Cdigo Civil, as unies homoafetivas no estariam compreendidas como unio estvel. De qualquer maneira, pelo Projeto, seria acrescido ao artigo 1.723 do Cdigo Civ il o 3, pelo qual os companheiros adotariam o estado civil de conviventes. O Deputado fundamenta seu Projeto explicando que "a unio estvel, embora tenha origem exclusivamente no mundo dos fatos, encontra-se regulamentada nos artigos 1.723 a 1.727 do Cdigo Civil (Lei n 10.406/2002). Tal regulamentao envolve t anto as relaes pessoais entre os companheiros, 'configurada na convivncia pb lica, contnua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituio de fam lia' (art. 1.723, caput, CC), quanto s relaes patrimoniais, instituindo o art . 1.725 que, 'salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se s relae s patrimoniais, no que couber, o regime da comunho parcial de bens.' O Deputado ainda explica que "no plano patrimonial que, em face do regime de ben s institudo para a unio estvel, mediante contrato escrito firmado pelo casal ou por determinao legal - neste ltimo caso equivalente ao regime da comunho parcial - terceiros que com os companheiros tratam ou contratam, para proteo d e seus interesses." O Projeto continua tramitando na Cmara[20]. Todavia, conquanto correto o posici onamento do Deputado, sendo coerente com o sistema j existente, ainda ficariam de fora as pessoas em outras formas de unio. O problema continuaria. Isso porque, as outras formas de unio, notadamente a de pessoas do mesmo sexo, vm crescendo. No incio, tambm as unies estveis eram em nmero bem menor do que as existentes na atualidade. O aumento de nmero de pessoas em unio estvel foi responsvel at mesmo pela evoluo legislativa. Vale a ressalva de que o art. 226 da Constituio Federal, expresso quanto uni o estvel, no proibiu as outras formas de unio. Como dissemos, a proteo patrimonial de terceiros continua incompleta, pois a a lterao legislativa atingiria apenas uma parte dos casos. 4. Uma questo de segurana jurdica, boa-f e o estado civil Os efeitos das unies no decorrem do estado civil das partes, como dito, mas da s relaes materiais e assistenciais decorrentes delas. Citamos aqui Maria Berenice Dias que sintetiza a idia central do problema: "No sendo definida a unio estvel como estado civil, quem assim vive no obrigad o a identificar-se como tal. No falta com a verdade ao se declarar solteiro, se parado, divorciado ou vivo. No entanto, est mascarando a real situao de seu patrimnio. Os bens amealhados durante a unio no so de sua propriedade exclus iva, instalando-se um condomnio. Desse modo, a falta de perfeita identificao da sua situao pessoal e patrimonial pode induzir outros a erro e gerar prejuz os ou ao parceiro ou a terceiros."[21]

Por isso, pouco importa o estado civil, alm da relao com os aspectos patrimon iais e assistenciais. Quanto aos terceiros, segurana jurdica e segurana n as relaes obrigacionais, o que realmente importa so as disposies acerca de comunicao patrimonial. Se unido por casamento, unio estvel ou unio homoafet iva, pode haver situao de incomunicabilidade de bens (regime de separao de b ens, CC art. 1.687), comunho parcial (CC, art. 1.658), regulao por contrato o u pacto antenupcial (CC, art. 1.653) etc. H uma diferena entre papeletas que preenchemos para receber mala direta dos ne gcios jurdicos. No primeiro tem-se apenas a finalidade de criar grupos de pess oas para direcionar propaganda. No segundo, o assunto mais srio, mas somente ser bem utilizado se acompanhado da situao de comunicabilidade patrimonial. O que importa na proteo de terceiros nas relaes jurdicas o regime patrimo nial de unio, somente assim, a informao ter algum valor. Do contrrio dizer que casado, significa uma meia-informao, faltando o principal. Vejamos, por exemplo, as hipteses de outorga uxria, sem a qual se pode questio nar a validade no negcio celebrado, verificando, ainda, os arts. 107, 219, 220, 1.647, 1.648, 1.649 e 1.650, do Cdigo Civil. Neles, o regime patrimonial que importa, sendo diferente no caso de separao de bens, como se l no art. 1.647 (com nossos destaques): Art. 1647. Ressalvado o disposto no art. 1648, nenhum dos cnjuges pode, sem aut orizao do outro, exceto no regime da separao absoluta: I - alienar ou gravar de nus real os bens imveis; II - pleitear, como autor ou ru, acerca desses bens ou direitos; III - prestar fiana ou aval; IV - fazer doao, no sendo remuneratria, de bens comuns, ou dos que possam in tegrar futura meao. Pargrafo nico. So vlidas as doaes nupciais feitas aos filhos quando casare m ou estabelecerem economia separada. O Cdigo, apesar do permissivo acima expressado, no exclui a pretenso rescis o de contratos de fiana e doao, ou a invalidao do aval, realizados pelo ou tro cnjuge com infrao do disposto nos incisos III e IV do art. 1.647, qualque r que seja o regime de bens, nos termos do art. 1.642. Falar em estado civil de companheiro claro que resolve em parte o problema, ma s deixa de fora, por exemplo, as unies de pessoas de mesmo sexo. Conquanto ente ndamos que exista tal estado[22], ainda que no de maneira expressa em lei, o pr oblema continua. O que nos parece mais correto, seria estabelecer, quando necessrio, a informa o - se em unio e o regime patrimonial da unio. Justifica-se: se no h unio (em sentido amplo), no h regime; e quanto ao reg ime, s h efeitos se houver comunho de bens. A exceo contida no art. 1.647 justifica o que se diz acima, ds que, havendo r egime de separao absoluta de bens, fica uma das partes autorizada a praticar a tos individualmente (art. 1.687, CC[23]). Se houver contrato de unio estvel, c om disposio expressa acerca da incomunicabilidade de bens (art. 1.725, CC[24]) , ocorrer o mesmo. A segurana jurdica aos terceiros ser realmente levada em considerao se expr esso o regime de bens da relao. No mesmo sentido fica a questo da boa-f que deve ter sido observada quando da declarao.

A unio, seja ela estvel, homoafetiva ou estabelecida por casamento, ter efeit os semelhantes. Por isso, sejamos honestos, quase exceo bisbilhotice, da man eira que hoje est colocada, pouco ajudar terceiros. Na dvida, informe ou form alize publicamente, ou corra o risco de ser interpretado como ato de m-f, sem, ainda, um entendimento unssono dos tribunais. Antonio Rulli Neto membro do IBDFAM, advogado, professor e doutor pela Faculda de de Direito da Universidade de So Paulo e pela PUC-SP. Renato A. Azevedo membro do IBDFAM, advogado, bacharel em Direito pela Faculda de Autnoma de Direito de So Paulo. Bibliografia ARAJO, Luiz Alberto David, A proteo constitucional do transexual, So Paulo, Saraiva, 2000. BEVILQUA, Clvis, Cdigo Civil dos Estados Unidos do Brasil, Rio de Janeiro, Fr ancisco Alves, 1946. COELHO, Fbio Ulhoa. Manual de Direito Comercial: Direito de Empresa. 20 ed. S o Paulo: Saraiva, 2008. DIAS, Maria Berenice, Direito das Famlias. So Paulo: RT, 2008. __________________, Homoafetividade. Porto Alegre, Livraria do Advogado. DINIZ, Maria Helena, Dicionrio Jurdico. 2 ed. So Paulo: Saraiva, 2005 EVANGELISTA, Anderson. Homossexual tem direito de se casar no Brasil. Universo J urdico. Disponvel em < http://www.uj.com.br/publicacoes/doutrinas/default.asp? action=doutrina&iddoutrina=5148>. acesso em junho de 2009. GIORGIS, Jos Carlos Teixeira, http://www.oabcaxias.org.br/site/coluna_detalhe.p hp?id=22&secao=7, acesso em 21/07/2009. RIOS, Roger Raupp, Direito da Antidiscriminao. Porto Alegre: Livraria do Advog ado Editora, 2008 Decises citadas: Recurso Especial n. 952.141-RS (2006/0103778-0). Relator: Ministro Humberto Gome s de Barros, j. 28.06.2007. TJ-MT; APL 25707/2008; Primavera do Leste; Primeira Cmara Cvel; Rel. Des. Jos Mauro Bianchini Fernandes; Julg. 01/12/2008; DJMT 11/12/2008; Pg. 10. V. ainda , Apelao Cvel n 70014932081, do Tribunal de Justia do Rio Grande do Sul. TRT/SP - 00236200602602001 - AP - Ac. 4T 20081004650 - Rel. Sergio Winnik - DOE 28/11/2008. TJ/RJ - Apelao Cvel n 2008.001.21471, Relator Desembargador Carlos Eduardo d a Fonseca Passos, 1 Cmara Cvel, j. 14.5.2008. TJ/SP - Apelao Cvel n 1.232.132-0/7 Relator Desembargador Romeu Ricupero, 36 Cmara de Direito Privado, j. 14/05/2009. TJ/SP - Apelao n 7225002-1, Relator Des. Candido Alem, 16 Cmara de Direito Privado, j. 02/06/2009. TJ/SP - Apelao n 1284630-3, Relator Des. Soares Levada, 11 Cmara de Direito Privado, j. 12/02/2009.

[1] DINIZ, Maria Helena, Dicionrio Jurdico. 2 ed. So Paulo: Saraiva, 2005, p . 474, verbete Estado Civil. [2] Clvis Bevilqua, Cdigo Civil dos Estados Unidos do Brasil, Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1946. [3] Maria Berenice Dias, Direito das Famlias. So Paulo: RT, 2008, p. 160. [4] Giorgis, http://www.oabcaxias.org.br/site/coluna_detalhe.php?id=22&secao=7,

acesso em 14.07.2009. [5] O estado falimentar caracterizado por pressupostos objetivos previstos na Lei 11.101/2005, que descreve as hipteses (v. sobre o tema Fbio Ulhoa Coelho. Manual de Direito Comercial: Direito de Empresa. 20 ed. So Paulo: Saraiva, 200 8. p. 313-314). [6]V., sobre o tema, Luiz Alberto David Arajo, A proteo constitucional do tra nsexual, So Paulo, Saraiva, 2000. [7] Maria Berenice Dias. Homoafetividade. Porto Alegre, Livraria do Advogado, de ntre outros. [8] Famlias sem o retrato tradicional j so reconhecidas pelos tribunais brasi leiros, veja-se mosaico e o paralelismo afetivo (famlias simultneas). [9] Maria Berenice Dias, op. cit., p. 162. [10] V. Anderson Evangelista. Homossexual tem direito de se casar no Brasil. Uni verso Jurdico. Disponvel em < http://www.uj.com.br/publicacoes/doutrinas/defau lt.asp? action=doutrina&iddoutrina=5148>. acesso em junho de 2009. [11] A no discriminao um direito. Veja-se a respeito a obra de Roger Raupp Rios, especialmente no tocante s abordagens sociolgicas do preconceito, p. 17 e seguintes e a respeito dos critrios proibidos de discriminao e condio pes soal, p. 54 e seguintes (Roger Raupp Rios, Direito da Antidiscriminao. Porto A legre: Livraria do Advogado Editora, 2008). [12] Recurso Especial n. 952.141-RS (2006/0103778-0). Relator: Ministro Humberto Gomes de Barros, j. 28.06.2007. [13] TJ-MT; APL 25707/2008; Primavera do Leste; Primeira Cmara Cvel; Rel. Des. Jos Mauro Bianchini Fernandes; Julg. 01/12/2008; DJMT 11/12/2008; Pg. 10. V. ainda, Apelao Cvel n 70014932081, do Tribunal de Justia do Rio Grande do Su l. [14] TRT/SP - 00236200602602001 - AP - Ac. 4T 20081004650 - Rel. SERGIO WINNIK - DOE 28/11/2008 [15] Giorgis, http://www.oabcaxias.org.br/site/coluna_detalhe.php?id=22&secao=7. [16] TJ/RJ - Apelao Cvel n 2008.001.21471, Relator Desembargador Carlos Edua rdo Da Fonseca Passos, 1 Cmara Cvel, j. 14.5.2008. [17] TJ/SP - Apelao Cvel n 1.232.132-0/7 Relator Desembargador Romeu Ricuper o, 36 Cmara de Direito Privado, j. 14/05/2009. [18] TJ/SP - Apelao n 7225002-1, Relator Des. Candido Alem, 16 Cmara de Dir eito Privado, j. 02/06/2009. [19] TJ/SP - Apelao n 1284630-3, Relator Des. Soares Levada, 11 Cmara de Di reito Privado, j. 12/02/2009 [20] http://www2.camara.gov.br/internet/deputados/chamadaExterna.html?link=http: //www.camara. gov.br/internet/deputado/dep_detalhe.asp?id=522180. [21] Idem, p. 162. [22] Poderamos admitir o estado civil de companheiro com fundamento no art. 1, inc. III e 226, par. 3, da Constituio e art. 1.725 do Cdigo Civil. [23] Art. 1.687. Estipulada a separao de bens, estes permanecero sob a admini strao exclusiva de cada um dos cnjuges, que os poder livremente alienar ou g ravar de nus real. [24] Art. 1.725. Na unio estvel, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se s relaes patrimoniais, no que couber, o regime da comunho parcial de bens.