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?a oC .? /' .77'/ <:f/ ;?.< c C:r o ~s/)~C? Institui a politica Municipal dos Direitos da Cidadania, contra as Discriminações e Violência, cria Conselho e dá outras provi- dências. o PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: CAPÍTULO I Da politica Municipal dos Direitos da Cidadania Art. 1 º - Compreende-se como Politica Municipal dos Direitos da Cidadania contra as Discriminações e Violência as atividades empreendidas no âmbito do Município, isoladas ou coordenadas entre si, que visem a promover a observância dos di- reitos dos cidadãos e das liberdades fundamentais da pessoa huma- na. Art. 2!l - Ao Poder Público Municipal incumbe, de forma articulada com entidades da sociedade civil, governamentais e não governamentais, formular estratégias e instrumentos capazes de tornar efetivos os direitos individuais e coletivos previstos na Constituição Federal e nas convenções e tratados internacio- nais, ratificados pelo Governo Brasileiro. Art. 3!l - Na formulação da Politica Municipal de garantia aos Direitos da Cidadania e contra as Discriminações e Violência observar-se-ão os seguintes aspectos: I participação dos cidadãos na vida politica brasileira, na forma das Constituições da República e do Estado, da Lei Orgânica do Municipio e das leis, bem como nos negócios públicos do Municipio; 11 liberdade de expressao, reunião, informação e auto-organização da sociedade civil; 111 - exercicio de qualquer culto ou religião; IV - orientação e defesa dos direitos dos segmentos etários, étnicos, raciais, religiosos e sexuais, contra as dis- I .. - ,crlmlnaçoes; I I L

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;?.< c C:r o~s/)~C?

Institui a politica Municipal dosDireitos da Cidadania, contraas Discriminações e Violência,cria Conselho e dá outras provi-dências.

o PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE.Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu

sanciono a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO IDa politica Municipal dos Direitos da Cidadania

Art. 1º - Compreende-se como Politica Municipaldos Direitos da Cidadania contra as Discriminações e Violênciaas atividades empreendidas no âmbito do Município, isoladas oucoordenadas entre si, que visem a promover a observância dos di-reitos dos cidadãos e das liberdades fundamentais da pessoa huma-na.

Art. 2!l - Ao Poder Públ ico Munic ipal incumbe, deforma articulada com entidades da sociedade civil, governamentaise não governamentais, formular estratégias e instrumentos capazesde tornar efetivos os direitos individuais e coletivos previstosna Constituição Federal e nas convenções e tratados internacio-nais, ratificados pelo Governo Brasileiro.

Art. 3!l - Na formulação da Politica Municipal degarantia aos Direitos da Cidadania e contra as Discriminaçõese Violência observar-se-ão os seguintes aspectos:

I participação dos cidadãos na vida politicabrasileira, na forma das Constituições da República e do Estado,da Lei Orgânica do Municipio e das leis, bem como nos negóciospúblicos do Municipio;

11 liberdade de expressao, reunião, informaçãoe auto-organização da sociedade civil;

111 - exercicio de qualquer culto ou religião;IV - orientação e defesa dos direitos dos segmentos

etários, étnicos, raciais, religiosos e sexuais, contra as dis-I .. -,crlmlnaçoes;II

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v - direito, no âmbito municipal, a que todos pos-sam expressar suas atividades e valores culturais;

VI - direito ao trabalho, ~ educaç~o, ~ sa~de, ~assistência social, ~ moradia, ~ recreaç~o e lazer, ao meio am-biente saudável;

VII - direito de fixar residência no Municlpio, en-trar em seu território ou deixá-lo livremente;

VIII - proteção, na forma da legislação federal, aosestrangeiros perseguidos politicos pelo governo de seu pais, quebusquem viver no Municipio;

IX respei to ~ dignidade humana dos portadoresde deficiência fisica ou mental, visando a sua incorporaç~o ~vida social normal;

X respei to ~ dignidade humana dos portadoresdo vlrus HIV, doentes da AIDS e de qualquer doença que seja ob-jeto de discriminaç~o ou preconceito.

CAPÍTULO 11Do Conselho Municipal dos Direitos da Cidadania

contra as Discriminações e ViolênciaArt. 4º - Fica instituldo, em caráter permanente,

o Conselho Municipal dos Direitos da Cidadania contra as Discri-minações e Violência - CMDC, com o objetivo de propor, orientare coordenar diretrizes, pollticas e ações p~blicas que assegurem,através de instrumentos ao seu alcance, o gozo dos direitos huma-nos, da cidadania e das liberdades fundamentais por todos os mu-nicipes, sem distinções.

Art. 5 º - Ao Conselho Municipal dos Direi tos da.Cidadania contra as Discriminações e Violência compete:

I - participar do estabelecimento da polltica mu-nicipal a respeito dos direitos da cidadania e acompanhar a exe-cução das ações programadas;

11 - apresentar informes periódicos ~s entidadescompetentes sobre violações, no Municlpio, dos direitos humanose de práticas discriminatórias e violentas, propondo, conformeo caso, medidas reparadoras;

111 - investigar, colher depoimentos, tomar provi-dências e propor medidas coercitivas a fim de apurar violações de

'direi tos, representando ~s autoridades competentes, e adotar a-:ções voltadas ~ cessaç~o de abusos e lesões a esses direitos;I

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IV - propugnar pela orientação e defesa dos direi-tos dos segmentos étnicos, raciais, religiosos e sexuais contraas discriminações;

V - oportunizar orientação a refugiados que che-guem ao Municipio;

VI - organizar ou patrocinar eventos locais e cam-panhas, com o objetivo de ampliar, difundir e proteger os direi-tos da cidadania, bem como combater práticas discriminatóriasem nivel nacional e internacional;

VII - prestar assistência e colaboração a comissõesde direi tos humanos insti tuidas nos Poderes Legislati vos Esta-duais e Municipais, assim como às demais entidades afins que a-tuem no setor;

VIII - promover campanhas destinadas a suplementarfundos para realizar suas funções;

IX - estabelecer campanhas que visem ao acesso doscidadãos à educação, à saúde, à moradia, à terra produtiva e aotrabalho;

X - fomentar atividadesa) prisões arbitráriasabuso de autoridade;b) maus tratos, torturas, sevicias e humilhaçõesquaisquer pessoas em qualquer lugar ou situação;c) discriminações intentadas contra a mulher;d) discriminações intentadas contra os homosse-

públicas contra:e quaisquer outras

e) intolerância religiosa;f) preconceito e discriminação de raça;g) atentados aos direi tos das crianças, dos ado-

lescentes e dos velhos;h) violações dos direi tos das minorias étnicas,

em especial das populações indigenas;i) trabalho escravo;j) condições subhumanas de trabalho e subemprego;l) baixa qualidade de atendimento de pessoas in-

ternadas em manicômios e hospitais, instituições asilares e casasgeriátricas, creches, orfanatos, internatos e presidios;

m) utilização de dados existentes em instituiçõespúblicas ou privadas que ofendam os direitos dos cidadãos;

n) abuso e violência sobre o exercicio da prosti-I tuição.I 'II

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o) violaçãoHIV e doentes da AIDS, bemobjeto de discriminação ou

p) violaçãoq) violação

,dos direi tos dos portadores do virus

como de qualquer outra doença que sejapreconceito;dos direitos dos deficientes físicos;dos direitos dos deficientes mentais.

Da Composição do Conselho Municipal dos Direitosda Cidadania contra as Discriminações e Violência

Art. 6º - O Conselho será integrado por represen-tantes dos seguintes órgãos públicos e entidades privadas:

I - um representante do Gabinete do Prefeito;11 - um representante da Secretaria do Governo Mu-

IV - um representante da Câmara Municipal;V - um representante da Comissão de Cidadania e

Direitos Humanos da Assembléia Legislativa/RS;VI - um representante da OAB/RS (Ordem dos Advoga-

dos do Brasil/Secção Rio Grande do Sul);VII - um representante da ARI (Associação Riogran-

dense de Imprensa);VIII - um representante do Movimento de Justiça e

Direitos Humanos;IX - um representante da UAMPA (União das Associa-

ções de Moradores de Porto Alegre);X - um representante da ANAÍ (Associação Nacional

de Apoio ao Índio);XI - um representante do GAPA (Grupo de Apoio e

prevenção da AIDS);XII - um representante do Movimento Negro;

XIII - um representante do Movimento de Mulheres;XIV - um representante do Movimento de Homossexuais;

XV - um representante do Movimento de Prostitutas,Travestis e Michês;

XVI - um representante do Conselho Estadual do Ido-

XVII um representante do Conselho Municipal dosIDireitos da Criança e do Adolescente;I XVIII - um representante de entidades de defesa dosIdeficientes físicos e um representante dos deficientes mentais;I

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XIX - um representante da Central Única dos Tralha-dores e outro da Confederação Geral dos Trabalhadores;

XX - um representante da Federação das AssociaçõesComerciais do Rio Grande do Sul;

XXI - um representante do Clube dos Diretores Lojis-Parágrafo único - O número de membros do Conselho

poderá ser aumentado por proposta da maioria absoluta dos repre-sentantes neste artigo referidos.

CAPÍTULO IVDa Constituição dos Órgãos Diretivos do

Conselho Municipal dos Direitos da Cidadaniacontra as Discriminações e ViolênciaArt. 72 - Os membros do Conselho e seus suplentes

serão indicados ou eleitos pelos órgãos e entidades que represen-tam, e o seu mendato será de 2 (dois) anos, permitida uma recon-dução por igual período.

Art. 82 - A ausência não justificada do represen-tante a três sessões consecutivas do. -Conselho resul tará na suaautomática exclusão, devendo o faltoso ser substituído pelo res-pectivo suplente.

Art. 92 - O Conselho será presidido por um de seusrepresentantes, eleito por maioria de votos, presentes dois ter-ços de seus membros, para um mandato de dois anos.

Art. 10 - O Conselho elegerá ainda um SecretárioExecutivo, observada a regra do artigo anterior.

Art. 11 - O Conselho reunir-se-á ordinariamenteuma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que convocado peloseu Presidente ou por solici tação de, no mínimo, 1/3 (um terço)de seus membros efetivos, com a indicação da matéria a ser incluída na convocação. -

Art. 12 - Consoante as circunstâncias, matériasou denúncias a examinar, o Conselho poderá determinar sejam cons-tituídas comissões especiais que promoverão diligências, tomadasde depoimentos, requerimentos de informações e documentos exis-tentes em órgãos e entidades públicas ou privadas, sediadas noMunicípio.

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Art. 13 - As decisões do Conselho assumirão a for-ma de resolução e serão remetidas às autoridades públicas compe-tentes para as devidas providências, cabendo ao Conselho, atravésde representantes designados, acompanhar as medidas adotadas.

Art. 14 - O Conselho e seus órgãos executivos de-senvolverão suas atividades junto a prédios públicos municipais,competindo ao Poder Executivo Municipal fornecer-lhe a infra-es-trutura necessária para o desempenho de suas atribuições.

CAPÍTULO VDas Disposições Finais

Art. 15 - A remuneração das sessões do Conselhoobservará o disposto na legislação municipal, podendo servidorespúblicos municipais ser colocados à sua disposição, sem perdade seus vencimentos e vantagens.

Art.e funcionamento doorçamentária 0200 e

16 As despesas necessárias àConselho deverão ser consignadas

0201 - Gabinete do Prefeito.

instalaçãona unidade

Art. 17 - O Conselho, no prazo de 45 (quarentae cinco) dias, a contar da data de sua instalação, elaborará oregimento interno que definirá a sua estrutura, funcionamentoe a competência dos órgãos de direção.

Parágrafo único - A aprovação e alteração do regi-mento interno dependerão do voto da maioria absoluta dos membrosefetivos do Conselho.

Art. 18 - Fica o Poder Executivo Municipal autori-zado a abrir os crédi tos adicionais necessários para ocorrerem asdespesas decorrentes da aplicação desta Lei Complementar.

Art. 19 - Esta Lei Complementar entra em vigorna data de sua publicação.

Art. 20 - Revogam-se as disposições emPREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE,

contrário.07 de julho

:Reg~~Icer;l1fjal~z~ecre+;~~ o

Luiz Henrique de A meida Mota,Secretário Munic'.al de Saúde.

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CMDC - CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA_ A

CIDADANIA CONTRA AS DISCRIMINAÇOES E VIOLENCIA.

Art. 1° - O presente Regimento Interno tem por fm.alidnde defmir a estrutura,funcionamento e a competência dos órgãos do CONSELHO MUNICIrAL DOSDIREITOS DA CIDADANIA CONTRA AS DISCRIMINAÇÕES EVIOLÊNCIA - CMDC, nos tennos da Lei.

Ali. 2° - O CMDC. criado pela Lei Complementar nO 32~, de 07 de julho de1994 é órgão de caráter permanente deliberativo, nonnativo, flSca1izador e consultivoda Política Mwticipal dos Direitos da Cidadania contra as Discriminações eViolência, vinculado administrativamente ao Gabinete do Prefeito, nos tennos da Lei.

Ali. 3° - O C~lDC tem como objetivo propor, articular e coordenar diretrizes,políticas e ações públicas que assegurem, através de instrwnentos ao seu alcance, ogozo dos direitos hwnanos, da cidadania e das liberdades fundamentais por todos osmunfcipes, sem distinções.

Ali. 4° - São competências do CMDC as constantes no art. 5° da LeiComplementar n° 325194, abaixo citadas:

I - participar do estabelecimento da política mwlicipal a respeito dos direito~ dacidadania e acompanhar a execução das ações Progntli..•••~:,.;;;

II - apresentar infonnes periódicos às entidades competentes sobre violações,110 Ivlunicípio, dos direitos hVili.Ul0S e de práticas discriminatórias e violentas,propondo, comonne o caso, medidas reparadoras;

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lU - investigar, colher depoimentos, tomar providências e propor medidascoercitivas a fim de apurar violações de direitos, representando às autoridadescompetentes, e adotar ações voltadas à cessação de abusos e lesões a esses direitos;

TV - propugnar pela orientRçfto e defesa dos direitos dos segmentos étnicos,raciais, religiosos e se~'11aiscontm as discriminações;

V - oportunizar orientação n refugiados que cheguem ao Mwricípio;VI - organizar ou patrocinar eventos locais e campanhas, com o objetivo de

ampliar, difundir e proteger os direitos da cidadania, bem como combater práticasdiscriminatórias em niveluacional e internacional.;

VII - prestar assistên.cia e colaboração a comissões de direitos humanosinstituídas nos Poderes Legislntivos Estaduais e Municipais, assim como às demaisentidades afins que atuem 110 setor,

vm - promover campanhas destinadas a suplementar fundos para realizar suasfunções; ,

IX - estabelecer campanhas que visem ao acesso dos cidadãos à educaçffo, àsaúde, à mo~ à terra produtiva e ao trabalho;

X - fomentar atividades públicas contra:

a) prisões arbitrárias e quaisquer outras ações que configurem g,buso deautoridade ;

b) maus tratos, torturas, sevícias e hwnilltações realizadas por quaISquerpessoas em qualquer lugar ou situação.;

c) discriminações intentadas contra a mulher;d) discriminações intentadas contra os homossexuais;e) intolerância religiosa;f) preconceito e discriminação de raça;g) atentados aos direitos das crianças, dos adolescentes e dos velhos;h) violações dos direitos das minorias étnicas, em especial das populações

indígenas;i) trabalho escravo;j) condições sub-hwnanas de trabalho e sub-emprego;1) baixa qualidade de atendimento de pessoas intcmadas em manicômios e

hospitais, instituições asilares e casas geriátricas, creches, orfanatos, internatos epresídios;

m) utilização de dados existentes em instituições públicas ou privadas queofendam os direitos dos cidadãos~

n) abuso e violência sobro o exercício da prostituição;o) violação dos direitos dos portadorc:> do vírus HIV e doentes da AIDS, bem

eume':ieq~quer outra doença que seja objeto de discriminação ou preconceito; c,' -,'

p) violação dos direitos dos deficiente físicos;q) violação dos direitos dos deficientes mentaj5~

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Art. 5° - O CMOC será integrado pelos representantes dos órgãos públicos eentidades privadas constantes no alt. 6° da Lei Complementar nO 325194, abaixocitados:

I - wn representante do Gabinete do Prefeito;II - um representante da Secretaria do Governo Municipal;III - um representante da Procuradoria-Geral do Município;IV - um representante da Câmara Municipal;V - um representante da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da

Assembléia LegislativalRS;VI - um.representante da Ordem dos Advogados do Brasil - Sessão Rio Grande

do Sul (OABIRS);VII - wn representante da A~sociação Riograndense de Imprensa (ARl);VIII - um representante do Movimento de Justiça e Direitos Humanos;IX - wn representante da União das Associações de Moradores de Porto Alegre

(UAMPA);X - um representante da Associação Nacional de Apoio ao índio (ANAÍ);XI - um representante do Grupo de Apoio a Prevenção da AIOS (GAP A);XII - um.representante do Movimento Negro;xm -um representante do Movimento de Mulheres;XIV - um representante do Movimento de Homossexuais;XV - um representante do Movimento de Prostitutas, Travestis e Michês;XVI - um representante do Conselho Estadual do Idoso;XVII - um rcpresentunte do Conselho I\1unicipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente;xvm - um representante de entidades de defesa dos deficientes fisicos e um

representante de entidades de defesa dos deficientes mentais;XIX - um representante da Central Única dos Trabalhadores <CUf) e um

representante da Confederação Geral dos TrabaIhadores (CG1);XX - um representante da Federação das Associações Comerciais do Rio

Grande do Sul;XXI - um representante do Clube dos Diretores Lojistas.

Parágrafo Único - O número de membros do CMDC poderá 'ser aumentado porproposta da maiG!·;~·;;hs•.•h~:.,..;. -:.. '~}Jreselltantes neste artigo referidos.

Art.6° - Todos os Conselheiros portarão uocun1entos de identificação doCMDC.

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Art. ,. -oCMDC terá Q seguinte organização interna:I - Plenário;11- Presidência;III - Secretaria Executiva;IV - Comissões Especiais elou Grupos de Trabalho

Art. ao - O Plenário do CMDC é seu órgão deliberativo máximo e composto deconselheiros representantes (titulares e suplentes) que serão indicados ou eleitos pelosórgãos e entidades que representam" nos termos da Lei.

§ 1° - O mandato dos conselheiros representantes será de 2 (dois) anos,permitida U1tUl recondução por igual período.

§ 2° - Os conselheiros representantes (titulares e suplentes) serão indicadosmediante correspondência específica dirigida ao CMDC, em prazo pre.<fetenn~lladoaté a primeira reunião de cada novo mandato.

§ 3° - No caso de afastamento temporário ou defmitivo do titular,automaticamente assumirá o suplente com direito à voto.

§ 4° - Os órgãos t., entidades que desejarem integrar o CMDC deverãoencaminhar solicitação escrita neste sentido à Presidência do Conselho para adoçãodos encaminhamentos cabíveis e decisão do Plenário.

§ so - Os membros suplcnte~ terão assegurado o direito de voz nas reuniões,mesmo na presença dos titulares.

§ 6° - A ausência lula justificada do representante a três sessões ordináriasconsecutivas do CMDC resultará na sua automática exclusão, devendo o faltoso sersubstituido pelo respectivo suplente.

Art. 9° - Compete aos conselheiros integrantes do Plenário:a) comparecer às reuniões ordinárias e extraordinárias do CMDC, justificando,

se possível, previamente a fiLltasque oconmem;b) elaborar o Regimento Interno do CMDC e submetê-Io à aprovação do

mesmo;

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c) requerer que constem em pauta assuntos que devnm ser objetos de discussãoe deliberação do CMDC, bem como preferência para exame de matéria urgente;

d) votar e ser votado para integrar a direção do CMDC, nos termos dos artigos90 e 1ao da Lei Complementar nO325/94;

e) representar o CMDC quando designado por seu Plenário elou Presidência;f) requerer a convocação de reuniões extraordinárias do Plenário nos termos do

3rt. 11 da Lei Complementar nO325194;g) apresentar projetos de re~olução e fonnular moções e proposições no âmbito

de competência do CMDC;h) propor e deliberar sobre a criação de comissões especiais pcnnanentes elou

provisórias.i) propor alterações parciais ou total deste Regimento Interno.j) propor e deliberar, na primeira sessão de cada exercício, sobre comissão

diretiva provisória, no período entre final de mandato e eleição de novo Presidente eSecretário Executivo.

Art. 10 - O Plenário do CMDC é soberano para proceder a destituição dosconselheiros eleitos para seus órgãos diretivos quando a atuação dos mesmos forprejudicial ao desenvolvimento das atividades do órgão, respeitando o critério damaioria de votos, presentcs dois terços de seus membros.

Art. 11 - O CMDC será presidido por wn dos seus representantes, nos termosdo art. 90 da Lei Complem~tar n° 325194.

§ 1°- O Presidente será eleito na terceira reunião ordinária, a cada iníeio demandato, não havendo impedimento para reeleição.

§ 2° - No caso de impedimento provisório do Presidente, o Secretário Executivoassumirá as atribuições da Presidência.

§ 3° - No caso de impedimento pernUluente, o Plenário deverá eleger novoPresidente, nos termos do Art. 9°, nJinca "d" deste Regimento, concluindo o mandatoemc~o.

Art. 12 - Compete à Presidência do CMDC:o) coordenar as sessõc~ ordinárias uelU como convocar as.~Cl~e.c:l

cXll1lOrainárias,quando for o caso.b) convocar, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas os

membros do CMDC pam se fuzerem presentes aos atos necessários ao bomdesempenho do Conselho, ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 2~ desteRegimento Interno.

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c) comunicar às entidades e aos órgãos quando da ausência, injustificada, por 3(três) sessões, dos representantes designados;

d) representar o CMDC e delegar representantes, quando necessário, sendo quena hipótese de delegação permanente deve haver aprovação provia do CMDC;

e) l1UU1teros contatos que o CMDC entender necessários, junto aos órgãos doPoder Público, em nível municipal, estadual e federal ou com entidades nãogovernamentais;

f) solicitar do Executivo I"'lunicipal as providências e recursos necessários aoatendimento dos serviços do CMOC;

g) apresentar, anualmente, relatório do Cr.fDC para conhecimento e aprovaçãodos demais membros, bem como cncruninluí-lo ao Executivo e Legislativo Municipal;

h) representar judicial e extrnjuilicialmente o eIv1DC;i) encaminhar os infonncs periódicos previstos no m. 5D

, ítem 11, da LeiComplementar nO32S194;

j) comuniear as entidades e órgãos do CMDC o prazo previsto no parágrafo 2°do artigo 80 deste Regimento, com nntecedênc.ta mínima de 30 (trinta) dias antes dofinal do mnndato.

1) cwnprir e fazer cumprir n., deliberações do CMDC;

An. 13 - O CMDC elegerá wn Secretário Executivo, nos tennos do art. 10 daLei Complementar nO32S/94.

§ lD- O Secretário será eleito, jWltamente com o Presidente, na terceira reuníão

ordinária, a cada início de mandato.

§ 2° - No caso de impedimento provisório do Secretário Executivo, o Presidentepoderá delegar um representante do CMDC, ouvido o Plenário, panl ~umprir asatribuições da Secretaria. No caso de pennanecer o impedimento, haverá nova eleição,observada a regra do artigo 11, parágrafo 3° deste Regimento Interno.

a) elaborar atas das reuniões do CMDC;b) organizar a correspondência dirigida ao CMDC, bem co;:nono início de cada

rewtilio prestar contas de corre:,;polldência recebida c expedida;c) atualizar e organizar fichários, notas da imprensa, documentos no âmbito das

atribuições do CMDC; ,d) dar publicidade às entidades do cronograma de atividades do CMDC;e) ser o elo de ligação entre o pletiúrio do CMDC e as comissões especiais,

criand(,; uma forma de comunicação entre os conselheiros participantes das comissões;f) divulgar a existência das comissões especiais e o seu horário de

fhncionamento;

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g) fornecer subsídios para que as comissões especiais tenham condições defuncionamento;

h) solicitar junto ao Poder Público MWlicipal o suporte material necessáriopara o funcionamento do CMDC e das comissões especiais, ouvido o Presidente;

i) executar as deliberações do CMDC;j) confeccionar docwnento de identificação do CMDC;

Parágrafo Único - Para realizar as atividades descritas neste artigo, a SecretariaExecutiva solicitará apoio administrativo apregoado no art. 16 e no art. 18 da LeiComplementar n° 325194.

Art. 15 - O Cl\IDC poderá detenn inara constituição de comissões especiaisnos termos do alt. 12 da Lei Complementar n° 325/94.

§ 2° - As comissões especiais temporárias terão vigência e objetivodeterminados pelo Plenário.

Art.16 - Compete às Comissões Especiais:a) acompanhar a discussão das questões que lhe forem propostas;b) remeter ao CMDC as conclusões acerca do tema para que este delibere;c) infonnar à Secretnria Executiva do andamento do seu trabalho;d} solicitar à secretaria Executiva que acompanhe o seu trabalho quando

necessário, bem como requerer a mesma o material para o desempenho de suasfunções;

e) eleger wn relator responsável pelas atas das reWlÍões da comissão;f) elaborar ante-projctos, por solicitação do CMDC ou por iniciativa própria;

Art. 17 - As comissões podcrao convidar representantes de entidades oupessoas da sociedade civil para assessorá-Ias lJas discussões dos assuntos que lhe sãopertinentes.

Art. 18 - As relmiões das comissões serão abertal; à participação dosconselheiros que compõem o CMDC.

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Art. 19 - O CMOC e seus órgãos executivos terão por sede as dependênciascedidas pela Prefeitura Mwticipal de Porto Alegre, nos termos do art. 14 da LeiComplementar nO 325/94.

Art. 20 - O C:MDC rewlir-se-á ordinariamente na primeira quinta-feira de cadamês, e extraordinariamente, nos tennos do alt. 11 da Lei Complementar n° 325/94.

Art. 21 - Os conselheiros poderão manifestar-se sobre todos os assuntosrespeitando a ordem de pauta e de inscrição.

Parágrafo Único - A inscrição deverá ser requerida ao coordenador da reunião.

Art. 22 - As reuniões plenárias do CMDC funcionarão da seguinte forma:a) abertura e verificação do número de presentes com direito a voto;b) leitura, discussão e aprovação da ata da reunião anterior,c) leitura. do expediente, comunicações, requerimentos, moções, indicações,

proposições e asSWltos gerais;d) discussno e deliberação plenária sobre a matéria em pauta;e) indicação de pauta da reunião subseqüente.

Art. 23 - As reuniões ordinárias terüo duração de duas horas, podendo serprorrogadas por 30 (trinta) minutos, por deliberação do CMDC.

Art. 24 - As reuniões ordinárias do CMOC somente serão desconvocadas,antecipadamente, por, motivos relevantes c por deliberação expressa do plenário, pormaioria simples dos conselheiros presentes com direito a voto.

Parágrafo Único - Nos cnsos de descollvocação das reuniões plenárias doCMDC todos os conselheiros deverão obrigatoriamente receber notificaçãoantecipada, da Presidência, da suspensão e a nova data de realização da respectivareunião.

Art. 2S - As convocações para as reuniões ordinárias dar-5e-ia através daafixação, lIa sala da Secretaria Executiva, da data, local e pauta, com 5 (cinco) dias deantecedência. Para as rewuões extraordinárias os conselheiros deverão ser convocadospor escrito, com 48 (quarenta c oito) horas de antecedência, sendo que deverá fazerparte da convocação a pauta da reunião.

Parágrafo Único - Em casos emergenciais o Presidente poderá convocar rewúiioeA.1:raordináriadispensando o prazo previsto no caput desse artigo.

Art. 26 - As decisões do CMDC assumirão a forma de resolução, nos tenno~do art. 13 da. Lei Complementar n° 325/94, somente quando 2/3 (dois terços) dos

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conselheiros estiverem presentes à reunião e a maioria simples aprovar oencaminhamento prevalecente.

§ 1° - Na deliberação de matéria que verse sobre o aumento do número demembros do Conselho, prevnle<'.eo defmido 110S termos do art. 6°, parágrafo único daLei Complementar n° 325194.

§ 2° - Na detibemção de matéria que verse sobre diretrizes políticas do CMDC,alteração da lei que o constitui, exume de recurso de decisão de outra instância ou dopróprio Conselho, aprovação e alteração do seu Regimento Interno; a aprovaçãodeverá ser por maioria absoluta dos membros efetivos do Conselho.

Art. 27 - Estando presente à reunião o titular e o suplente da entidade ou órgão,na hora de deliberações apenas o titular tem direito a voto, resguardado o direito a vozde ambos.

Ali. 28 - Nas rewliões plenárias do CMDC, além dos conselheiros titulares esuplentes, poderão fazer uso da palavra representantes de órgãos ou entidades epessoas, de fonna individual, desde que devidmnente convidadas pelo Cl\1DC.

Art. 29 - Nas felUUÕeSordinárias pQ(k. o', o plenário do CMDC discutir edeliberar sobre matéria estrauha a Ordem do Dia, se algwn conselheiro o solicitar,justificando a urgência e a necessidade inerente de apreciação, desde que a providênciaseja devidamente aprovada por maioria simples dos conselheiros presentes com direitol\ voto.

Ali. 30 - As rewüões plenárias do CMDC serão inteiramente abertas a todosos interessados nos asSWltos ligados aos direitos da cidadania contra asdiscriminações e a violência.

Parágrafo Único - O plenário do CMDC poderá realizar reuniões reservadas.desde que solicitadas por qualquer um do~ seus membros e aprovado por 213 (doisterços) dos presentes com direito a voto.

Ali. 31 - Pela presença nas reuniões plenárias do CMDC, os conselheiros farãojus a remunernç:.iü nos tennos do art. 15 da Lei Complementar nO325/94.

Art. 32 - Os servidOIcs públicos municipais poderão ser colocados adisposição do CMDC, sem perda de seu, vencimentos e vantagens.

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Art. 33 - Os conselheiros do CMDC que não sejam servidores públicosmWlicipais, quando em representação do Conselho, terão direito à diária~ observandoo disposto na legislação lUw1icipal,ou ao ressarcimento de despesaCJefetundnn.

Parágrafo Único - Os conselheiros do CMDC, nos seus deslocamentos emrepresentação do Conselho, ter30 direito ao ressarcimento de despesas com passagens,mediante comprovação, quando utilizarem-se de veículo não-oficial.

Art. 34 - O CI\1DC poderá solicitar a colaboração de entidades, pessoas elouespecialistas para purticiparcm da elabomçno de estudos, proferirem palestras ouprestarem esclarecimentos que se fil..eremnccc~súrios.

Art. 35 - O CMDC poderá contratar er.tudos técnicoR e serviços indispensáveisao conelo desempenho de suas atribuições específicas, junto às áreas pública eprivada, de confonnidade com a legislação reguladora do asSWltO.

Art. 36 - O presente Regimento Intenlo poderá ser alterado parei;]l outotalmente através d!~proposta expressa de qualquer l.UU dos conselheiros do CI\·IDC.

An. 37 - A aprovação e alteração deste Rcgh11ento lutemo dar-se-á nos tennosdo 3rt. 17, parágmto único da Lei Complementar n° 325194 e parágrafo segundo doArt. 26 do mesmo Regimento.