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DIÁRIO DA REPÚBLICA Quinta-feira, 30 de Agosto de 2001 Número 201 I A S É R I E Esta 1. a série do Diário da República é constituída pelas partes A e B Sumario201A Sup 0 SUMÁRIO Assembleia da República Lei Orgânica n. o 4/2001: Sexta alteração à Lei n. o 29/82, de 11 de Dezembro (Lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas), alte- rada pelas Leis n. os 41/83, de 21 de Dezembro, 111/91, de 29 de Agosto, 113/91, de 29 de Agosto, 18/95, de 13 de Julho, e 3/99, de 18 de Setembro .............. 5556 Ministério da Justiça Decreto-Lei n. o 235/2001: Fixa o regime aplicável para o não cumprimento da obrigação, a cargo das sociedades, cooperativas e titu- lares dos estabelecimentos individuais de responsabi- lidade limitada de aumento do respectivo capital até aos valores mínimos fixados pelo Decreto-Lei n. o 343/98, de 6 de Novembro ..................... 5557 Decreto-Lei n. o 236/2001: Estabelece o regime de celebração de casamentos civis fora do horário de funcionamento dos serviços e aos sábados, domingos e feriados ..................... 5558 Decreto-Lei n. o 237/2001: Dispensa de escritura pública a realização de deter- minados actos relativos a sociedades (alterando o Código das Sociedades Comerciais, o Código do Nota- riado e o Decreto-Lei n. o 513-Q/79, de 26 de Dezem- bro) e confere competência às câmaras de comércio e indústria, bem como aos advogados e solicitadores, para efectuarem reconhecimentos e certificar ou fazer e certificar traduções de documentos ............... 5559 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Decreto-Lei n. o 238/2001: Procede à inclusão de 13 substâncias activas no anexo I ao Decreto-Lei n. o 94/98, de 15 de Abril, que adopta normas técnicas de execução referentes à colocação dos produtos fitofarmacêuticos no mercado, trans- pondo para a ordem jurídica nacional as Directivas n. os 2000/80/CE e 2001/28/CE, da Comissão, respec- tivamente de 4 de Dezembro e 20 de Abril .......... 5561 Decreto-Lei n. o 239/2001: Aprova um regime excepcional de despesas públicas para o Programa de Luta contra o Nemátodo da Madeira do Pinheiro ............................. 5569 Ministério da Educação Decreto-Lei n. o 240/2001: Aprova o perfil geral de desempenho profissional do educador de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário .............................. 5569 Decreto-Lei n. o 241/2001: Aprova os perfis específicos de desempenho profissio- nal do educador de infância e do professor do 1. o ciclo do ensino básico ................................ 5572

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DIÁRIO DA REPÚBLICA

Quinta-feira, 30 de Agosto de 2001 Número 201

I AS É R I E

Esta 1.a série do Diárioda República é constituída

pelas partes A e B

Sumario201A Sup 0

S U M Á R I OAssembleia da República

Lei Orgânica n.o 4/2001:

Sexta alteração à Lei n.o 29/82, de 11 de Dezembro(Lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas), alte-rada pelas Leis n.os 41/83, de 21 de Dezembro, 111/91,de 29 de Agosto, 113/91, de 29 de Agosto, 18/95, de13 de Julho, e 3/99, de 18 de Setembro . . . . . . . . . . . . . . 5556

Ministério da JustiçaDecreto-Lei n.o 235/2001:

Fixa o regime aplicável para o não cumprimento daobrigação, a cargo das sociedades, cooperativas e titu-lares dos estabelecimentos individuais de responsabi-lidade limitada de aumento do respectivo capital atéaos valores mínimos fixados pelo Decreto-Lein.o 343/98, de 6 de Novembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5557

Decreto-Lei n.o 236/2001:

Estabelece o regime de celebração de casamentos civisfora do horário de funcionamento dos serviços e aossábados, domingos e feriados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5558

Decreto-Lei n.o 237/2001:

Dispensa de escritura pública a realização de deter-minados actos relativos a sociedades (alterando oCódigo das Sociedades Comerciais, o Código do Nota-riado e o Decreto-Lei n.o 513-Q/79, de 26 de Dezem-bro) e confere competência às câmaras de comércioe indústria, bem como aos advogados e solicitadores,para efectuarem reconhecimentos e certificar ou fazere certificar traduções de documentos . . . . . . . . . . . . . . . 5559

Ministério da Agricultura,do Desenvolvimento Rural e das Pescas

Decreto-Lei n.o 238/2001:

Procede à inclusão de 13 substâncias activas no anexo Iao Decreto-Lei n.o 94/98, de 15 de Abril, que adoptanormas técnicas de execução referentes à colocaçãodos produtos fitofarmacêuticos no mercado, trans-pondo para a ordem jurídica nacional as Directivasn.os 2000/80/CE e 2001/28/CE, da Comissão, respec-tivamente de 4 de Dezembro e 20 de Abril . . . . . . . . . . 5561

Decreto-Lei n.o 239/2001:

Aprova um regime excepcional de despesas públicaspara o Programa de Luta contra o Nemátodo daMadeira do Pinheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5569

Ministério da Educação

Decreto-Lei n.o 240/2001:

Aprova o perfil geral de desempenho profissional doeducador de infância e dos professores dos ensinosbásico e secundário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5569

Decreto-Lei n.o 241/2001:

Aprova os perfis específicos de desempenho profissio-nal do educador de infância e do professor do 1.o ciclodo ensino básico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5572

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5556 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 201 — 30 de Agosto de 2001

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Lei Orgânica n.o 4/2001

de 30 de Agosto

Sexta alteração à Lei n.o 29/82, de 11 de Dezembro (Lei de DefesaNacional e das Forças Armadas), alterada pelas Leis n.os 41/83,de 21 de Dezembro, 111/91, de 29 de Agosto, 113/91, de 29de Agosto, 18/95, de 13 de Julho, e 3/99, de 18 de Setembro.

A Assembleia da República decreta, nos termos daalínea c) do artigo 161.o da Constituição, para valercomo lei geral da República, a lei orgânica seguinte:

Artigo 1.o

O artigo 31.o da Lei n.o 29/82, de 11 de Dezembro(Lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas), passaa ter a seguinte redacção:

«Artigo 31.o

Exercício de direitos fundamentais

1 — Os militares em efectividade de serviço dos qua-dros permanentes e em regime de voluntariado e decontrato gozam dos direitos, liberdades e garantias cons-titucionalmente estabelecidos, mas o exercício dos direi-tos de expressão, reunião, manifestação, associação epetição colectiva e a capacidade eleitoral passiva ficamsujeitos ao regime previsto nos artigos 31.o-A a 31.o-Fda presente lei, nos termos da Constituição.

2 — Os militares em efectividade de serviço são rigo-rosamente apartidários e não podem aproveitar-se dasua arma, do seu posto ou da sua função para qualquerintervenção política, partidária ou sindical, nisto con-sistindo o seu dever de isenção.

3 — Aos cidadãos mencionados no n.o 1 não são apli-cáveis as normas constitucionais referentes aos direitosdos trabalhadores cujo exercício tenha como pressu-posto os direitos restringidos nos artigos seguintes,designadamente a liberdade sindical, nas suas diferentesmanifestações e desenvolvimentos, o direito à criaçãode comissões de trabalhadores, também com os respec-tivos desenvolvimentos, e o direito à greve.

4 — No exercício dos respectivos direitos os militaresestão sujeitos às obrigações decorrentes do estatuto dacondição militar e devem observar uma conduta con-forme a ética militar e respeitar a coesão e a disciplinadas Forças Armadas.»

Artigo 2.o

São aditados à Lei n.o 29/82, de 11 de Dezembro(Lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas), osartigos 31.o-A a 31.o-F, com o seguinte teor:

«Artigo 31.o-A

Liberdade de expressão

1 — Os cidadãos referidos no artigo 31.o têm o direitode proferir declarações públicas sobre qualquer assunto,com a reserva própria do estatuto da condição militar,desde que as mesmas não incidam sobre a condução

da política de defesa nacional, não ponham em riscoa coesão e a disciplina das Forças Armadas nem des-respeitem o dever de isenção política e sindical ou oapartidarismo dos seus elementos.

2 — Os cidadãos referidos no artigo 31.o estão sujeitosa dever de sigilo relativamente às matérias cobertas pelosegredo de justiça ou pelo segredo de Estado e, ainda,por quaisquer outros sistemas de classificação de maté-rias, e, ainda, quanto aos factos de que se tenha conhe-cimento, em virtude do exercício da função, nomeada-mente os referentes ao dispositivo, à capacidade militar,ao equipamento e à actividade operacional das ForçasArmadas, bem como os elementos constantes de centrosde dados e demais registos sobre o pessoal que não devamser do conhecimento público.

Artigo 31.o-B

Direito de reunião

1 — Os cidadãos referidos no artigo 31.o podem,desde que trajem civilmente e sem ostentação de qual-quer símbolo das Forças Armadas, convocar ou par-ticipar em qualquer reunião legalmente convocada quenão tenha natureza político-partidária ou sindical.

2 — Os cidadãos referidos no artigo 31.o podem, con-tudo, assistir a reuniões, legalmente convocadas, comesta última natureza se não usarem da palavra nem exer-cerem qualquer função no âmbito da preparação, orga-nização, direcção ou condução dos trabalhos ou na exe-cução das deliberações tomadas.

3 — O exercício do direito de reunião não pode pre-judicar o serviço normalmente atribuído ao militar, nema permanente disponibilidade deste para o mesmo, nemser exercido dentro das unidades, estabelecimentos eórgãos militares.

Artigo 31.o-C

Direito de manifestação

Os cidadãos referidos no artigo 31.o, desde que este-jam desarmados e trajem civilmente sem ostentação dequalquer símbolo nacional ou das Forças Armadas, têmo direito de participar em qualquer manifestação legal-mente convocada que não tenha natureza político-par-tidária ou sindical, desde que não sejam postas em riscoa coesão e a disciplina das Forças Armadas.

Artigo 31.o-D

Liberdade de associação

1 — Os cidadãos referidos no artigo 31.o têm o direitode constituir qualquer associação, nomeadamente asso-ciações profissionais, excepto se as mesmas tiveremnatureza política, partidária ou sindical.

2 — O exercício do direito de associação profissionalé regulado em lei própria.

Artigo 31.o-E

Direito de petição colectiva

Os cidadãos referidos no artigo 31.o têm o direitode promover ou apresentar petições colectivas dirigidas

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N.o 201 — 30 de Agosto de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5557

aos órgãos de soberania ou a quaisquer outras auto-ridades, desde que as mesmas não incidam sobre a con-dução da política de defesa nacional, não ponham emrisco a coesão e a disciplina das Forças Armadas nemdesrespeitem o dever de isenção política e sindical ouo apartidarismo dos seus elementos.

Artigo 31.o-F

Capacidade eleitoral passiva

1 — Os cidadãos referidos no artigo 31.o que, emtempo de paz, pretendam concorrer a eleições para osórgãos de soberania, de governo próprio das RegiõesAutónomas e do poder local, bem como para deputadoao Parlamento Europeu, devem, previamente à apre-sentação da candidatura, requerer a concessão de umalicença especial, declarando a sua vontade de ser can-didato não inscrito em qualquer partido político.

2 — O requerimento é dirigido ao chefe de estado--maior do ramo a que o requerente pertencer, sendonecessariamente deferido, no prazo de 10 ou 25 diasúteis, consoante o requerente preste serviço em terri-tório nacional ou no estrangeiro, com efeitos a partirda publicação da data do acto eleitoral respectivo.

3 — O tempo de exercício dos mandatos electivosreferidos no n.o 1 conta como tempo de permanênciano posto e como tempo de serviço efectivo para efeitosde antiguidade, devendo os ramos das Forças Armadasfacultar aos militares as condições especiais de promo-ção quando cessem a respectiva licença especial, sendoos demais efeitos desta regulados por decreto-lei.

4 — A licença especial cessa, determinando o regressoà efectividade de serviço, quando do apuramento defi-nitivo dos resultados eleitorais resultar que o candidatonão foi eleito.

5 — No caso de eleição, a licença especial cessa, deter-minando o regresso à efectividade de serviço, nos seguin-tes casos:

a) Renúncia ao exercício do mandato;b) Suspensão por período superior a 90 dias;c) Após a entrada em vigor da declaração de

guerra, do estado de sítio ou do estado de emer-gência, salvo quanto aos órgãos de soberaniae ao Parlamento Europeu;

d) Termo do mandato.

6 — Nas situações em que o militar eleito exerça omandato em regime de permanência e a tempo inteiro,pode requerer, no prazo de 30 dias, a transição volun-tária para a situação de reserva, a qual é obrigatoria-mente deferida com efeitos a partir da data do iníciodaquelas funções.

7 — No caso de exercício da opção referida nonúmero anterior, e não estando preenchidas as con-dições de passagem à reserva, o militar fica obrigadoa indemnizar o Estado, nos termos do Estatuto dos Mili-tares das Forças Armadas.

8 — Determina a transição para a situação de reservaa eleição de um militar para um segundo mandato, comefeitos a partir da data de início do respectivo exercício.

9 — Salvo o caso previsto na alínea c) no n.o 5, osmilitares que se encontrem na reserva fora da efecti-vidade de serviço e que exerçam algum dos mandatos

electivos referidos no n.o 1 não podem, enquanto duraro exercício do mandato, ser chamados à prestação deserviço efectivo.

10 — Transita para a reserva o militar eleito Presi-dente da República, salvo se, no momento da eleição,já se encontrasse nessa situação ou na reforma.»

Artigo 3.o

Aplicação aos militarizados

Ao exercício dos direitos de associação, expressão,reunião, manisfestação e petição colectiva, por partedos agentes militarizados na efectividade de serviço, éaplicável, com as necessárias adaptações, o regime pre-visto para a Polícia Marítima na Lei n.o 53/98, de 18de Agosto.

Disposições finais

Artigo 4.o

Aplicação ao serviço militar obrigatório

Mantém-se em vigor o disposto no n.o 12 do artigo 31.oda Lei n.o 29/82, de 11 de Dezembro.

Aprovada em 17 de Julho de 2001.

O Presidente da Assembleia da República, Antóniode Almeida Santos.

Promulgada em 17 de Agosto de 2001.

Publique-se.

O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendada em 20 de Agosto de 2001.

O Primeiro-Ministro, António Manuel de OliveiraGuterres.

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Decreto-Lei n.o 235/2001

de 30 de Agosto

O Decreto-Lei n.o 343/98, de 6 de Novembro, paraalém de ter procedido a uma adaptação dos instrumen-tos regulamentares do ordenamento jurídico portuguêsà introdução do euro, veio igualmente consagrar umaaproximação da legislação portuguesa à legislaçãovigente noutros ordenamentos europeus no que respeitaaos valores mínimos dos capitais das sociedades, dascooperativas e dos estabelecimentos individuais de res-ponsabilidade limitada.

Conforme resulta do mesmo diploma, a adaptaçãodos valores dos capitais das referidas entidades e patri-mónios aos novos mínimos estabelecidos, expressos emeuros, terá de ser efectuada até 1 de Janeiro de 2002,não tendo, porém, sido previstas as consequências donão cumprimento de tal obrigação.

Verifica-se, assim, a necessidade de dotar aquelecomando de adequada eficácia, objectivo a que se dácumprimento com o presente diploma, em termos simi-lares aos que foram estabelecidos no Código das Socie-

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dades Comerciais e no Código Cooperativo, relativa-mente aos valores mínimos de capital social que aquelesdiplomas vieram consagrar.

Impondo-se, todavia, uma ponderação temporal, pre-vê-se que os procedimentos previstos no presentediploma apenas sejam desencadeados após a informaçãodo Registo Nacional de Pessoas Colectivas às conser-vatórias do registo comercial e decorrido o prazo detrês meses após a notificação das entidades para regu-larizar as suas situações.

Assim:Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da

Constituição, o Governo decreta, para valer como leigeral da República, o seguinte:

Artigo único

Capital mínimo

1 — As sociedades que não tenham procedido aoaumento do capital social até aos montantes mínimosprevistos nos artigos 201.o e 276.o, n.o 3, do Códigodas Sociedades Comerciais, devem ser dissolvidas arequerimento do Ministério Público, mediante partici-pação do conservador do registo comercial.

2 — As cooperativas que não tenham procedido àactualização do capital social para o montante mínimoprevisto no artigo 18.o, n.o 2, do Código Cooperativodevem ser dissolvidas por iniciativa do MinistérioPúblico, oficiosamente, mediante participação do con-servador do registo comercial, ou a requerimento doInstituto António Sérgio do Sector Cooperativo ou dequalquer interessado.

3 — Os estabelecimentos individuais de responsabi-lidade limitada cujos titulares não tenham procedidoao aumento do capital do estabelecimento até ao mon-tante mínimo previsto no artigo 3.o, n.o 2, do Decreto-Lein.o 248/86, de 25 de Agosto, devem entrar em processode liquidação, promovido pelo Ministério Público,mediante participação do conservador do registo comer-cial.

4 — Para efeito do disposto nos números anteriores,o Registo Nacional de Pessoas Colectivas remete a cadaconservatória do registo comercial uma relação das enti-dades relativamente às quais, em 1 de Julho de 2002,se não mostre inscrito o respectivo aumento de capital.

5 — A participação do conservador do registo comer-cial só terá, porém, lugar caso se não mostre regularizadaa situação no prazo de três meses após a notificaçãodas entidades referidas nos n.os 1, 2 e 3.

6 — A notificação referida no número anterior é efec-tuada pela conservatória do registo comercial, por cartaregistada, para a sede constante do registo.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 19de Julho de 2001. — António Manuel de Oliveira Guter-res — Guilherme d’Oliveira Martins — António Luís San-tos Costa.

Promulgado em 11 de Agosto de 2001.

Publique-se.

O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 16 de Agosto de 2001.

O Primeiro-Ministro, António Manuel de OliveiraGuterres.

Decreto-Lei n.o 236/2001

de 30 de Agosto

Considerando que em Portugal existe uma forte tra-dição social de celebração de casamentos aos fins-de--semana, importa encontrar uma solução legal que per-mita uma aproximação crescente dos serviços do registocivil aos interesses e anseios dos cidadãos.

Na concretização deste propósito, o presente diplomaestabelece as condições para que, em qualquer caso,seja satisfeito o interesse dos cidadãos na celebraçãode casamento civil fora do período normal de funcio-namento das conservatórias.

Nesse sentido, o presente diploma estende aos aju-dantes das conservatórias do registo civil a competênciapara celebrar casamentos aos sábados, domingos e feria-dos, bem como nos dias úteis mas fora do horário defuncionamento dos serviços.

De forma a assegurar a efectiva prestação do serviço,permite-se ainda o recurso a conservador, notário ouajudante do registo civil de outros serviços do mesmoconcelho ou concelho limítrofe, em regime de substi-tuição e por designação do director-geral dos Registose do Notariado, sempre que subsista a falta de dispo-nibilidade do conservador ou do substituto por ele desig-nado para a realização de casamento civil.

Foram observados o procedimentos decorrentes daLei n.o 23/98, de 26 de Maio.

Assim:Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da

Constituição, o Governo decreta, para valer como leigeral da República, o seguinte:

Artigo 1.o

Objecto

A celebração de casamentos civis fora do horário defuncionamento dos serviços e aos sábados, domingose feriados, nas conservatórias ou em qualquer outrolugar a que o público tenha acesso, pode ter lugar sempreque o acto seja expressamente solicitado e acordadocom os nubentes.

Artigo 2.o

Competência

A competência para a celebração de casamentos nostermos previstos no artigo anterior é atribuída ao con-servador e, sucessivamente, ao respectivo adjunto, aossubstitutos do conservador, pela ordem por que foramdesignados, e aos demais ajudantes da conservatória,por ordem de categoria funcional e de classe pessoal.

Artigo 3.o

Substituição

1 — Quando o casamento não seja celebrado peloconservador, deve o mesmo designar o respectivo subs-tituto para esse efeito, de acordo com a ordem de pre-ferência estabelecida no artigo anterior.

2 — Sempre que não haja disponibilidade para a cele-bração de casamento nos termos do número anterior,deve o conservador ou o seu substituto informar e reme-ter o pedido ao director-geral dos Registos e do Nota-

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N.o 201 — 30 de Agosto de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5559

riado, podendo ser designado, em regime de substitui-ção, conservador, notário ou ajudante de serviços deregisto civil do mesmo concelho ou concelho limítrofe.

Artigo 4.o

Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no 30.o dia apósa data da sua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 19de Julho de 2001. — António Manuel de Oliveira Guter-res — Guilherme d’Oliveira Martins — António Luís San-tos Costa — Alberto de Sousa Martins.

Promulgado em 11 de Agosto de 2001.

Publique-se.

O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 16 de Agosto de 2001.

O Primeiro-Ministro, António Manuel de OliveiraGuterres.

Decreto-Lei n.o 237/2001

de 30 de Agosto

Na área da justiça, constitui um objectivo assumidono Programa do XIV Governo Constitucional reduziro número de actos sujeitos a escritura pública, bem comodesburocratizar o sistema de notariado, mediante a sim-plificação e redução do número de actos que carecemde certificação.

O Decreto-Lei n.o 36/2000, de 14 de Março, marcouo início do processo de simplificação, mediante a dis-pensa de escritura pública para um conjunto de actos,entre os quais se inclui a dissolução de sociedades, aconstituição de sociedades unipessoais por quotas e aconstituição do estabelecimento individual de respon-sabilidade limitada.

Por sua vez, o Decreto-Lei n.o 64-A/2000, de 22 deAbril, consagrou a dispensa de escritura pública rela-tivamente aos arrendamentos sujeitos a registo, aosarrendamentos para o comércio, indústria ou profissãoliberal, bem como quanto ao trespasse e à cessão deexploração do estabelecimento comercial.

Orientado pelo mesmo objectivo de redução donúmero de actos sujeitos a escritura pública e tendoainda presente o propósito de simplificação da activi-dade notarial, entende o Governo alterar o Código dasSociedades Comerciais, por forma a abranger:

O penhor de participações sociais;A transmissão de parte social, nas sociedades em

nome colectivo, desde que não detenham bensimóveis;

A unificação de quotas;A partilha ou divisão de quotas entre contitulares.

Prevê-se ainda que, aquando da celebração do con-trato social, o depósito das entradas em dinheiro, járealizadas, possa ser comprovado por declaração dossócios, sob sua responsabilidade.

Paralelamente, o presente diploma vem permitir queo pacto social constitutivo de sociedades de advogadosconste de escrito particular, excepto quando haja entra-das de bens imóveis.

Por outro lado, e na prossecução dos objectivos deli-neados quanto à introdução de formas alternativas deatribuição de valor probatório a documentos, prevê-seque os reconhecimentos com menções especiais e a tra-dução ou a certificação da tradução de documentos pos-sam ser efectuados pelas câmaras de comércio e indús-tria, bem como por advogados e solicitadores.

Foram ouvidas as organizações representativas dostrabalhadores dos registos e do notariado, bem comoas entidades representativas das associações profissio-nais, de consumidores, das câmaras de comércio e indús-tria, subscritoras do protocolo de acção celebrado como Governo com o objectivo de simplificar e desburo-cratizar a prática dos actos notariais.

Assim:Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da

Constituição, o Governo decreta, para valer como leigeral da República, o seguinte:

Artigo 1.o

Alteração do Código das Sociedades Comerciais

Os artigos 23.o, 182.o, 202.o, 219.o, 221.o e 277.o doCódigo das Sociedades Comerciais, aprovado peloDecreto-lei n.o 262/86, de 2 de Setembro, passam a tera seguinte redacção:

«Artigo 23.o

Usufruto e penhor de participações

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — O penhor de participações sociais só pode ser

constituído dentro das limitações estabelecidas para atransmissão entre vivos de tais participações e deve cons-tar de escrito particular.

4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 182.o

Transmissão entre vivos de parte social

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — A transmissão da parte de um sócio efectua-se

por escritura pública quando a sociedade tiver bensimóveis.

3 — O disposto nos números anteriores aplica-se àconstituição dos direitos reais de gozo sobre a partedo sócio.

4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 202.o

Entradas

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — O depósito exigido pelo número anterior pode

ainda ser comprovado por declaração dos sócios, pres-tada sob sua responsabilidade.

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5560 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 201 — 30 de Agosto de 2001

5 — Da conta aberta em nome da sociedade só pode-rão ser efectuados levantamentos:

a) Depois de o contrato estar definitivamenteregistado;

b) Depois de outorgada a escritura, caso os sóciosautorizem os gerentes a efectuá-los para finsdeterminados;

c) Para liquidação provocada pela inexistência ounulidade do contrato ou pela falta de registo.

Artigo 219.o

Unidade e montante da quota

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — A unificação pode ser efectuada por documento

particular e deve ser registada e comunicada à sociedade.6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 221.o

Divisão de quotas

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — Os actos que importem divisão de quota devem

constar de escritura pública, excepto a partilha ou divi-são entre contitulares, que pode constar de documentoparticular.

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 277.o

Entradas

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — O depósito exigido pelo número anterior pode

ainda ser comprovado por declaração dos sócios, sobsua responsabilidade.

5 — Da conta aberta em nome da sociedade só pode-rão ser efectuados levantamentos:

a) Depois de o contrato estar definitivamenteregistado;

b) Depois de outorgada a escritura, caso os accio-nistas autorizem os administradores ou direc-tores a efectuá-los para fins determinados;

c) Para liquidação provocada pela inexistência ounulidade do contrato ou pela falta do registo;

d) Para a restituição prevista nos artigos 279.o,n.o 6, alínea h), e 280.o»

Artigo 2.o

Alteração do Decreto-Lei n.o 513-Q/79, de 26 de Dezembro

O artigo 3.o do Decreto-Lei n.o 513-Q/79, de 26 deDezembro, que estabelece o regime das sociedades civisde advogados, passa a ter a seguinte redacção:

«Artigo 3.o

Pacto social e menções obrigatórias

1 — O pacto social constitutivo da sociedade de advo-gados deve conter obrigatoriamente as seguintes men-ções:

a) O nome, o domicílio profissional e o númerode inscrição na Ordem dos Advogados asso-ciados;

b) A razão social;c) A sede social;d) O montante do capital social, a natureza e valor

das participações que o representam e os res-pectivos titulares;

e) A declaração da realização total ou parcial docapital;

f) As participações de indústria de cada sócio erespectivos regimes;

g) O modo de repartição dos resultados, distin-guindo-se a quota-parte dos mesmos correspon-dente às participações de capital e a correspon-dente às participações de indústria;

h) A forma de designação dos órgãos sociais.

2 — O pacto social constitutivo da sociedade deveconstar de escrito particular, excepto quando haja entra-das de bens imóveis, caso em que deve constar de escri-tura pública.

3 — O acto constitutivo da sociedade só pode ser rea-lizado depois de aprovado o projecto de pacto socialnos termos do artigo anterior.»

Artigo 3.o

Alteração ao Código do Notariado

O artigo 80.o do Código do Notariado, aprovado peloDecreto-Lei n.o 207/95, de 14 de Agosto, passa a tera seguinte redacção:

«Artigo 80.o

Exigência de escritura

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — Devem especialmente celebrar-se por escritura

pública:

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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N.o 201 — 30 de Agosto de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5561

h) A divisão e a cessão de participações sociaisem sociedades por quotas, bem como noutrassociedades titulares de direitos reais sobre coisasimóveis, com excepção das anónimas;

i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .j) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .»

Artigo 4.o

Entrada em vigor do artigo 35.o do Código das Sociedades Comerciais

O artigo 35.o do Código das Sociedades Comerciaisentra em vigor na data de entrada em vigor do presentediploma.

Artigo 5.o

Reconhecimentos com menções especiais

1 — As câmaras de comércio e indústria, reconhe-cidas nos termos do Decreto-Lei n.o 244/92, de 29 deOutubro, os advogados e os solicitadores podem fazerreconhecimentos com menções especiais, por seme-lhança, nos termos previstos no Código do Notariado.

2 — Podem ainda as entidades referidas no númeroanterior certificar, ou fazer e certificar, traduções dedocumentos.

3 — É aplicável, com as necessárias adaptações, o dis-posto no artigo 2.o do Decreto-Lei n.o 28/2000, de 13de Março.

Artigo 6.o

Força probatória

Os reconhecimentos e as traduções efectuados pelasentidades previstas no artigo anterior conferem ao docu-mento a mesma força probatória que teria se tais actostivessem sido realizados com intervenção notarial.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 19de Julho de 2001. — António Manuel de Oliveira Guter-res — António Luís Santos Costa.

Promulgado em 17 de Agosto de 2001.

Publique-se.

O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 23 de Agosto de 2001.

O Primeiro-Ministro, António Manuel de OliveiraGuterres.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS

Decreto-Lei n.o 238/2001

de 30 de Agosto

O Decreto-Lei n.o 94/98, de 15 de Abril, relativo àcolocação dos produtos fitofarmacêuticos no mercado,transpôs para o direito interno a Directivan.o 91/414/CEE, do Conselho, de 15 de Julho. Aqueledecreto-lei contém um anexo I a preencher à medida

que forem inscritas na Lista Positiva Comunitária (LPC)as substâncias activas avaliadas a nível comunitário paraas quais foi possível presumir-se que a utilização dosprodutos fitofarmacêuticos que as contenham, ou os seusresíduos, não têm efeitos prejudiciais para a saúdehumana ou animal, nem uma influência inaceitável sobreo ambiente, mediante determinadas condições aí descri-tas.

O anexo I do Decreto-Lei n.o 94/98, de 15 de Abril,veio sendo preenchido através do Decreto-Lein.o 377/99, de 21 de Setembro, e do Decreto-Lein.o 78/2000, de 9 de Maio, que transpuseram, respec-tivamente, as Directivas n.os 97/73/CE, de 15 de Dezem-bro, 98/47/CE, de 25 de Junho, e 1999/1/CE, de 21 deJaneiro, da Comissão, e as Directivas n.os 1999/73/CE,de 19 de Julho, rectificada no Jornal Oficial das Comu-nidades Europeias, de 21 de Agosto de 1999, e1999/80/CE, de 28 de Julho, ambas da Comissão.

Para além destas, foram posteriormente publicadasas Directivas n.os 2000/10/CE, 2000/49/CE, 2000/50/CE,2000/66/CE, 2000/67/CE e 2000/68/CE, da Comissão,respectivamente de 1 de Março, 26 de Julho e 23 deOutubro, igualmente respeitantes à inclusão de substân-cias activas na LPC.

Entretanto, foi publicada a Directiva n.o 2000/80/CE,da Comissão, de 4 de Dezembro, que procedeu, nãosó à inclusão de nova substância activa no anexo I daDirectiva n.o 91/414/CEE, como também à codificaçãode todas as directivas de inclusão acima mencionadas,revogando-as, apresentando essas inclusões sob um novomolde. Mais recentemente, a Directiva n.o 2001/28/CE,da Comissão, de 20 de Abril, aprovou a inclusão deoutra substância activa em conformidade com essemolde.

Deste modo, torna-se necessário proceder à devidatransposição para a ordem jurídica nacional das duasdirectivas referidas em último lugar, integrando-se, parao efeito, todas as substâncias activas em causa no anexo Ido Decreto-Lei n.o 94/98, de 15 de Abril, de acordocom o previsto no n.o 7 do artigo 6.o deste diploma.

Assim:Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da

Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.o

Âmbito de aplicação

O presente diploma transpõe as Directivasn.os 2000/80/CE, da Comissão, de 4 de Dezembro, e2001/28/CE, da Comissão, de 20 de Abril, determinandoassim a substituição do anexo I do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, pelo anexo ao presente diploma, doqual faz parte integrante.

Artigo 2.o

Revisão de autorizações com base na substância activa imazalil

1 — As autorizações de colocação no mercado emvigor de produtos fitofarmacêuticos contendo a substân-cia activa imazalil são revistas em conformidade comas disposições do Decreto-Lei n.o 94/98, de 15 de Abril,

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5562 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 201 — 30 de Agosto de 2001

tendo em consideração as respectivas características econdições de inclusão no seu anexo I.

2 — A revisão referida no número anterior, no querespeita à avaliação e decisão à luz dos princípios uni-formes enunciados em anexo ao Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, aditado pelo Decreto-Lei n.o 341/98,de 4 de Novembro, e com base num processo que satis-faça as exigências do anexo III do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, apenas terá de se realizar:

a) Até 1 de Janeiro de 2003, no caso de produtosfitofarmacêuticos que contenham apenas ima-zalil como substância activa e não se destinema aplicação foliar ao ar livre;

b) No caso de produtos fitofarmacêuticos que con-tenham imazalil e outra substância activaincluída no anexo I do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, e não se destinem a aplicaçãofoliar ao ar livre, até ao final do 4.o ano a contarda data de entrada em vigor da directiva comu-nitária que inclua a última dessas substânciasno anexo I da Directiva n.o 91/414/CEE, do Con-selho, de 15 de Julho.

Artigo 3.o

Revisão de autorizações com base na substância activa azoxistrobina

1 — As autorizações de colocação no mercado emvigor de produtos fitofarmacêuticos contendo a substân-cia activa azoxistrobina são revistas em conformidadecom as disposições do Decreto-Lei n.o 94/98, de 15 deAbril, tendo em consideração as respectivas caracterís-ticas e condições de inclusão no seu anexo I.

2 — No caso de produtos fitofarmacêuticos que con-tenham azoxistrobina e outra substância activa incluídano anexo I do Decreto-Lei n.o 94/98, de 15 de Abril,a revisão referida no número anterior apenas terá dese realizar até ao final do prazo mais alargado indicadonas directivas comunitárias que as incluam no anexo Ida Directiva n.o 91/414/CEE, do Conselho, de 15 deJulho.

Artigo 4.o

Revisão de autorizações com base na substância activacresoxime-metilo

1 — As autorizações de colocação no mercado emvigor de produtos fitofarmacêuticos contendo a substân-cia activa cresoxime-metilo são revistas em conformi-dade com as disposições do Decreto-Lei n.o 94/98, de15 de Abril, tendo em consideração as respectivas carac-terísticas e condições de inclusão no seu anexo I.

2 — No caso de produtos fitofarmacêuticos que con-tenham cresoxime-metilo e outra substância activaincluída no anexo I do Decreto-Lei n.o 94/98, de 15de Abril, a revisão referida no número anterior apenasterá de se realizar até ao final do prazo mais alargadoindicado nas directivas comunitárias que as incluam noanexo I da Directiva n.o 91/414/CEE, do Conselho, de15 de Julho.

Artigo 5.o

Revisão de autorizações com base na substância activa espiroxamina

1 — As autorizações de colocação no mercado emvigor de produtos fitofarmacêuticos contendo a substân-

cia activa espiroxamina são revistas em conformidadecom as disposições do Decreto-Lei n.o 94/98, de 15 deAbril, tendo em consideração as respectivas caracterís-ticas e condições de inclusão no seu anexo I.

2 — No caso de produtos fitofarmacêuticos que con-tenham espiroxamina e outra substância activa incluídano anexo I do Decreto-Lei n.o 94/98, de 15 de Abril,a revisão referida no número anterior apenas terá dese realizar até ao final do prazo mais alargado indicadonas directivas comunitárias que as incluam no anexo Ida Directiva n.o 91/414/CEE, do Conselho, de 15 deJulho.

Artigo 6.o

Revisão de autorizações com base na substância activa azimsulfurão

1 — As autorizações de colocação no mercado emvigor de produtos fitofarmacêuticos contendo a substân-cia activa azimsulfurão são revistas em conformidadecom as disposições do Decreto-Lei n.o 94/98, de 15 deAbril, tendo em consideração as respectivas caracterís-ticas e condições de inclusão no seu anexo I.

2 — A revisão referida no número anterior, no querespeita à avaliação e decisão à luz dos princípios uni-formes enunciados em anexo ao Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, aditado pelo Decreto-Lei n.o 341/98,de 4 de Novembro, e com base num processo que satis-faça as exigências do anexo III do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, no caso de produtos fitofarmacêuticosque contenham azimsulfurão e outra substância activaincluída no anexo I desse decreto-lei, apenas terá dese realizar até ao final do prazo mais alargado indicadonas directivas comunitárias que as incluam no anexo Ida Directiva n.o 91/414/CEE, do Conselho, de 15 deJulho.

Artigo 7.o

Revisão de autorizações com base na substância activa fluroxipir

1 — As autorizações de colocação no mercado emvigor de produtos fitofarmacêuticos contendo a substân-cia activa fluroxipir são revistas em conformidade comas disposições do Decreto-Lei n.o 94/98, de 15 de Abril,tendo em consideração as respectivas características econdições de inclusão no seu anexo I.

2 — A revisão referida no número anterior, no querespeita à avaliação e decisão à luz dos princípios uni-formes enunciados em anexo ao Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, aditado pelo Decreto-Lei n.o 341/98,de 4 de Novembro, e com base num processo que satis-faça as exigências do anexo III do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, apenas terá de se realizar:

a) Até 1 de Dezembro de 2004, no caso de pro-dutos fitofarmacêuticos que contenham apenasfluroxipir como substância activa;

b) No caso de produtos fitofarmacêuticos que con-tenham fluroxipir e outra substância activaincluída no anexo I do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, até ao final do 4.o ano a contarda data de entrada em vigor da directiva comu-nitária que inclua a última destas substânciasno anexo I da Directiva n.o 91/414/CEE, do Con-selho, de 15 de Julho.

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N.o 201 — 30 de Agosto de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5563

Artigo 8.o

Revisão de autorizações com base na substância activametsulfurão-metilo

1 — As autorizações de colocação no mercado emvigor de produtos fitofarmacêuticos contendo a substân-cia activa metsulfurão-metilo serão, até 31 de Dezembrode 2001, revistas em conformidade com as disposiçõesdo Decreto-Lei n.o 94/98, de 15 de Abril, tendo emconsideração as respectivas características e condiçõesde inclusão no seu anexo I.

2 — A revisão referida no número anterior, no querespeita à avaliação e decisão à luz dos princípios uni-formes enunciados em anexo ao Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, aditado pelo Decreto-Lei n.o 341/98,de 4 de Novembro, e com base num processo que satis-faça as exigências do anexo III do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, apenas terá de se realizar:

a) Até 1 de Julho de 2005, no caso de produtosfitofarmacêuticos que contenham apenas met-sulfurão-metilo como substância activa;

b) No caso de produtos fitofarmacêuticos que con-tenham metsulfurão-metilo e outra substânciaactiva incluída no anexo I do Decreto-Lein.o 94/98, de 15 de Abril, até ao final do 4.o anoa contar da data de entrada em vigor da directivacomunitária que inclua a última destas substân-cias no anexo I da Directiva n.o 91/414/CEE,do Conselho, de 15 de Julho.

Artigo 9.o

Revisão de autorizações com base na substância activapro-hexadiona-cálcio

1 — As autorizações de colocação no mercado emvigor de produtos fitofarmacêuticos contendo a subs-tância activa pro-hexadiona-cálcio são revistas em con-formidade com as disposições do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, tendo em consideração as respectivascaracterísticas e condições de inclusão no seu anexo I.

2 — A revisão referida no número anterior, no querespeita à avaliação e decisão à luz dos princípios uni-formes enunciados em anexo ao Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, aditado pelo Decreto-Lei n.o 341/98,de 4 de Novembro, e com base num processo que satis-faça as exigências do anexo III do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, apenas terá de se realizar:

a) Até 1 de Janeiro de 2002, no caso de produtosfitofarmacêuticos que contenham apenas pro--hexadiona-cálcio como substância activa;

b) No caso de produtos fitofarmacêuticos que con-tenham pro-hexadiona-cálcio e outra substânciaactiva incluída no anexo I do Decreto-Lein.o 94/98, de 15 de Abril, até ao final do prazomais alargado indicado nas directivas comuni-tárias que as incluam no anexo I da Directivan.o 91/414/CEE, do Conselho de 15 de Julho.

Artigo 10.o

Revisão de autorizações com base na substância activa triasulfurão

1 — As autorizações de colocação no mercado emvigor de produtos fitofarmacêuticos contendo a substân-cia activa triasulfurão serão, até 31 de Janeiro de 2002,

revistas em conformidade com as disposições do Decre-to-Lei n.o 94/98, de 15 de Abril, tendo em consideraçãoas respectivas características e condições de inclusão noseu anexo I.

2 — A revisão referida no número anterior, no querespeita à avaliação e decisão à luz dos princípios uni-formes enunciados em anexo ao Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, aditado pelo Decreto-Lei n.o 341/98,de 4 de Novembro, e com base num processo que satis-faça as exigências do anexo III do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, apenas terá de se realizar:

a) Até 1 de Agosto de 2005, no caso de produtosfitofarmacêuticos que contenham apenas tria-sulfurão como substância activa;

b) No caso de produtos fitofarmacêuticos que con-tenham triasulfurão e outra substância activaincluída no anexo I do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, até ao final do 4.o ano a contarda data de entrada em vigor da directiva comu-nitária que inclua a última destas substânciasno anexo I da Directiva n.o 91/414/CEE, do Con-selho, de 15 de Julho.

Artigo 11.o

Revisão de autorizações com base na substância activa esfenvalerato

1 — As autorizações de colocação no mercado emvigor de produtos fitofarmacêuticos contendo a substân-cia activa esfenvalerato serão, até 31 de Janeiro de 2002,revistas em conformidade com as disposições do Decre-to-Lei n.o 94/98, de 15 de Abril, tendo em consideraçãoas respectivas características e condições de inclusão noseu anexo I.

2 — A revisão referida no número anterior, no querespeita à avaliação e decisão à luz dos princípios uni-formes enunciados em anexo ao Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, aditado pelo Decreto-Lei n.o 341/98,de 4 de Novembro, e com base num processo que satis-faça as exigências do anexo III do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, apenas terá de se realizar:

a) Até 1 de Agosto de 2005, no caso de produtosfitofarmacêuticos que contenham apenas esfen-valerato como substância activa;

b) No caso de produtos fitofarmacêuticos que con-tenham esfenvalerato e outra substância activaincluída no anexo I do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, até ao final do 4.o ano a contarda data de entrada em vigor da directiva comu-nitária que inclua a última destas substânciasno anexo I da Directiva n.o 91/414/CEE, do Con-selho, de 15 de Julho.

Artigo 12.o

Revisão de autorizações com base na substância activa bentazona

1 — As autorizações de colocação no mercado emvigor de produtos fitofarmacêuticos contendo a substân-cia activa bentazona serão, até 31 de Janeiro de 2002,revistas em conformidade com as disposições do Decre-to-Lei n.o 94/98, de 15 de Abril, tendo em consideraçãoas respectivas características e condições de inclusão noseu anexo I.

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5564 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 201 — 30 de Agosto de 2001

2 — A revisão referida no número anterior, no querespeita à avaliação e decisão à luz dos princípios uni-formes enunciados em anexo ao Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, aditado pelo Decreto-Lei n.o 341/98,de 4 de Novembro, e com base num processo que satis-faça as exigências do anexo III do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, apenas terá de se realizar:

a) Até 1 de Agosto de 2005, no caso de produtosfitofarmacêuticos que contenham apenas ben-tazona como substância activa;

b) No caso de produtos fitofarmacêuticos que con-tenham bentazona e outra substância activaincluída no anexo I do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, até ao final do 4.o ano a contarda data de entrada em vigor da directiva comu-nitária que inclua a última destas substânciasno anexo I da Directiva n.o 91/414/CEE, do Con-selho, de 15 de Julho.

Artigo 13.o

Revisão de autorizações com base na substância activalambda-cialotrina

1 — As autorizações de colocação no mercado emvigor de produtos fitofarmacêuticos contendo a substân-cia activa lambda-cialotrina serão, até 1 de Julho de2002, revistas em conformidade com as disposições doDecreto-Lei n.o 94/98, de 15 de Abril, tendo em con-sideração as respectivas características e condições deinclusão no seu anexo I.

2 — A revisão referida no número anterior, no querespeita à avaliação e decisão à luz dos princípios uni-formes enunciados em anexo ao Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, aditado pelo Decreto-Lei n.o 341/98,de 4 de Novembro, e com base num processo que satis-faça as exigências do anexo III do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, apenas terá de se realizar:

a) Até 1 de Janeiro de 2006, no caso de produtosfitofarmacêuticos que contenham apenas lamb-da-cialotrina como substância activa;

b) No caso de produtos fitofarmacêuticos que con-tenham lambda-cialotrina e outra substânciaactiva incluída no anexo I do Decreto-Lein.o 94/98, de 15 de Abril, até ao final do 4.o anoa contar da data de entrada em vigor da directivacomunitária que inclua a última destas substân-cias no anexo I da Directiva n.o 91/414/CEE,do Conselho, de 15 de Julho.

Artigo 14.o

Revisão de autorizações com base na substância activa fene-hexamida

1 — As autorizações de colocação no mercado emvigor de produtos fitofarmacêuticos contendo a substân-cia activa fene-hexamida são revistas em conformidadecom as disposições do Decreto-Lei n.o 94/98, de 15 deAbril, tendo em consideração as respectivas caracterís-ticas e condições de inclusão no seu anexo I.

2 — A revisão referida no número anterior, no querespeita à avaliação e decisão à luz dos princípios uni-formes enunciados em anexo ao Decreto-Lei n.o 94/98,

de 15 de Abril, aditado pelo Decreto-Lei n.o 341/98,de 4 de Novembro, e com base num processo que satis-faça as exigências do anexo III do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, apenas terá de se realizar:

a) Até 1 de Agosto de 2002, no caso de produtosfitofarmacêuticos que contenham apenas fene--hexamida como substância activa;

b) No caso de produtos fitofarmacêuticos que con-tenham fene-hexamida e outra substância activaincluída no anexo I do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, até ao final do prazo mais alar-gado indicado nas directivas comunitárias quea s i n c l u a m n o a n e x o I d a D i r e c t i v an.o 91/414/CEE, do Conselho, de 15 de Julho.

Artigo 15.o

Aplicação e acesso aos relatórios finais de avaliação

1 — Na revisão das autorizações e na aplicação dosprincípios uniformes, enunciados em anexo ao Decre-to-Lei n.o 94/98, de 15 de Abril, aditado pelo Decreto-Lein.o 341/98, de 4 de Novembro, são tidas em conta asconclusões da versão final do relatório de avaliação decada substância activa referida neste diploma, nomea-damente os seus apêndices I e II, elaborado no ComitéFitossanitário Permanente da Comissão Europeia, cujasdatas estão indicadas na col. «Condições específicas»do anexo I ao Decreto-Lei n.o 94/98, de 15 de Abril.

2 — Salvo no que respeita às informações confiden-ciais na acepção do artigo 14.o do Decreto-Lei n.o 94/98,de 15 de Abril, o acesso das partes interessadas aosrelatórios de avaliação referidos no número anterior éfeito mediante pedido específico, sob a forma de reque-rimento, dirigido ao director-geral de Protecção dasCulturas.

Artigo 16.o

Norma revogatória

São revogados o Decreto-Lei n.o 377/99, de 21 deSetembro, e o Decreto-Lei n.o 78/2000, de 9 de Maio.

Artigo 17.o

Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia seguinteao da sua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 19de Julho de 2001. — Jaime José Matos da Gama — LuísGarcia Braga da Cruz — José Apolinário Nunes Por-tada — António Fernando Correia de Campos — JoséSócrates Carvalho Pinto de Sousa.

Promulgado em 17 de Agosto de 2001.

Publique-se.

O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 23 de Agosto de 2001.

O Primeiro-Ministro, António Manuel de OliveiraGuterres.

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30deAgostode2001

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5565ANEXO

«ANEXO I

(Decreto-Lei n.o 94/98, de 15 de Abril)

Substâncias activas inscritas na Lista Positiva Comunitária cuja utilização em produtos fitofarmacêuticos é autorizada

Número Nome comum; números de identificação Designação IUPAC Pureza (1)Data de inclusãona Lista Positiva

Comunitária

Termo de inclusãona Lista Positiva

ComunitáriaCondições específicas

1 Imazalil — n.o CAS 73790-28-0, 35554-44-0;n.o CIPAC 335.

(B)-1-(b-aliloxi-2,4-diclorofeniletil)imida-zol

ou

éter (B)-alil 1-(2,4-diclorofenil)-2-imi-dazol-1-iletílico.

975 g/kg 1-1-99 31-12-2008 A) Só são autorizadas as utilizações como fungicida.B) Para as seguintes utilizações, aplicam-se as con-

dições especiais a seguir enunciadas:

i) Tratamento pós-colheita de frutos, produtoshortícolas e batatas: autorizado apenas seexistir um sistema de descontaminação ade-quado ou se uma avaliação de risco tiverdemonstrado que a descarga da solução detratamento não constitui um risco inaceitá-vel para o ambiente, nomeadamente paraos organismos aquáticos;

ii) Tratamento pós-colheita de batatas: auto-rizado apenas se uma avaliação de risco tiverdemonstrado que a descarga dos resíduosresultantes do processamento de batatas tra-tadas não constitui um risco inaceitável paraos organismos aquáticos;

iii) Aplicações foliares ao ar livre: apenas sãoautorizadas se uma avaliação de risco tiverdemonstrado que as mesmas não apresen-tam efeitos inaceitáveis para a saúdehumana ou animal ou no ambiente.

C) Data de conclusão do relatório de avaliação noComité Fitossanitário Permanente da ComissãoEuropeia: 11 de Julho de 1997.

2 Azoxistrobina — n.o CAS 131860-33-8;n.o CIPAC 571.

(E) -2-{2- [6-(2-c ianofenoxi)p ir imi-din-4-iloxi]fenil}-3-metoxiacrilato demetilo.

930 g/kg (isómero Z:máx. 25 g/kg).

1-7-98 1-7-2008 A) Só são autorizadas as utilizações como fungicida.B) No processo de decisão de acordo com os prin-

cípios uniformes, é conferida especial atenção aoimpacte nos organismos aquáticos, devendo ascondições de autorização incluir medidas ade-quadas de redução do risco.

C) Data de conclusão do relatório de avaliação noComité Fitossanitário Permanente da ComissãoEuropeia: 22 de Abril de 1998.

3 Cresoximetilo — n.o CAS 143390-89-0n.o CIPAC 568.

(E)-2-metoxiimino-2-[2-(o-tolixime-til)fenil]acetato de metilo.

910 g/kg . . . . . . . . . . . . 1-2-99 31-1-2009 A) Só são autorizadas as utilizações como fungicida.B) No processo de decisão de acordo com os prin-

cípios uniformes, é dada particular atenção à pro-tecção das águas subterrâneas que se encontremem condições de vulnerabilidade.

C) Data de conclusão do relatório de avaliação noComité Fitossanitário Permanente da ComissãoEuropeia: 16 de Outubro de 1998.

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de2001Número Nome comum; números de identificação Designação IUPAC Pureza (1)

Data de inclusãona Lista Positiva

Comunitária

Termo de inclusãona Lista Positiva

ComunitáriaCondições específicas

4 Espiroxamina — n.o CAS 118134-30-8;n.o CIPAC 572.

8-terc-butil-1,4-dioxaspiro[4,5]decan--2-ilmetil(etil)(propil)amina.

940 g/kg (combinaçãodos diasterómerosA e B).

1-9-99 1-9-2009 A) Só são autorizadas as utilizações como fungicida.B) No processo de decisão de acordo com os prin-

cípios uniformes:

i) Será dada particular atenção à segurança dooperador, sendo assegurado que as condi-ções de autorização incluam medidas de pro-tecção adequadas;

ii) Será dada particular atenção ao impacte nosorganismos aquáticos, sendo assegurado queas condições de autorização incluam, se forcaso disso, medidas de redução do risco.

C) Data de conclusão do relatório de avaliação noComité Fitossanitário Permanente da ComissãoEuropeia: 12 de Maio de 1999.

5 Azimsulfurão n.o CAS 120162-55-2n.o CIPAC 584.

1-(4,6-dimetoxipirimidin-2-il)-3-[1-metil--4-(2-metil-2H-tetrazol-5-il)-pirazol--5-isulfonil]-ureia.

980 g/kg . . . . . . . . . . . . 1-10-99 1-10-2009 A) Só são autorizadas as utilizações como herbicida.B) Não são autorizadas aplicações por pulverização

aérea.C) No processo de decisão de acordo com os prin-

cípios uniformes, é dada particular atenção aoimpacte nos organismos aquáticos e nas plantasterrestres não visadas, sendo assegurado que ascondições de autorização incluam, se for casodisso, medidas de redução do risco (por exemplo,no caso da orizicultura, períodos mínimos deretenção das águas antes da descarga.)

D) Data de conclusão do relatório de avaliação noComité Fitossanitário Permanente da ComissãoEuropeia: 2 de Julho de 1999.

6 Fluroxipir — n.o CAS 69377-81-7;n.o CIPAC 431.

Ácido 4-amino-3,5-dicloro-6-fluoro-2-piri-diloxiacético.

950 g/kg . . . . . . . . . . . . 1-12-2000 30-11-2010 A) Só são autorizadas as utilizações como herbicida.B) No processo de decisão de acordo com os prin-

cípios uniformes:

i) São tidas em conta as informações adicionaissolicitadas no ponto 7 do relatório deavaliação;

ii) É dada particular atenção à protecção daságuas subterrâneas;

iii) É dada particular atenção ao impacte nosorganismos aquáticos, sendo assegurado queas condições de autorização incluam, se forcaso disso, medidas de redução do risco.

C) Data de conclusão do relatório de avaliação noComité Fitossanitário Permanente da ComissãoEuropeia: 30 de Novembro de 1999.

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5567Número Nome comum; números de identificação Designação IUPAC Pureza (1)

Data de inclusãona Lista Positiva

Comunitária

Termo de inclusãona Lista Positiva

ComunitáriaCondições específicas

7 Metsulfurão-metilo — n.o CAS 74223--64-6; n.o CIPAC 441.

2-(4-metoxi-6-metil-1,3,5-triazin-2-ilcarba-moilsulfamoil)benoato de metilo.

960 g/kg . . . . . . . . . . . . 1-7-2001 30-6-2011 A) Só são autorizadas as utilizações como herbicida.B) No processo de decisão de acordo com os prin-

cípios uniformes:

i) É dada particular atenção à protecção daságuas subterrâneas;

ii) É dada particular atenção ao impacte nosorganismos aquáticos, sendo assegurado queas condições de autorização incluam, se forcaso disso, medidas de redução do risco.

C) Data de conclusão do relatório de avaliação noComité Fitossanitário Permanente da ComissãoEuropeia: 16 de Junho de 2000.

8 Pro-hexadiona-cálcio — n.o CAS 127277--53-6; n.o CIPAC 567.

3,5-dioxo-4-propionilciclohexanocar oxi-lato de cálcio.

890 g/kg . . . . . . . . . . . . 1-10-2000 1-10-2010 A) Só são autorizadas utilizações como reguladordo crescimento de plantas.

B) Data de conclusão do relatório de avaliação noComité Fitossanitário Permanente da ComissãoEuropeia: 16 de Junho de 2000.

9 Triasulfurão — n.o CAS 82097-50-5;n.o CIPAC 480.

1-[2-(2-cloroetoxi)fenilsulfonil]-3-(4-me-toxi-6-metil-1,3,5-triazin-2-il)ureia.

940 g/kg . . . . . . . . . . . . 1-8-2001 31-7-2011 A) Só são autorizadas as utilizações como herbicida.B) No processo de decisão de acordo com os prin-

cípios uniformes:

i) É dada particular atenção à protecção daságuas subterrâneas;

ii) É dada particular atenção ao impacte nosorganismos aquáticos, sendo assegurado queas condições de autorização incluam, se forcaso disso, medidas de redução do risco.

C) Data de conclusão do relatório de avaliação noComité Fitossanitário Permanente da ComissãoEuropeia: 13 de Julho de 2000.

10 Esfenvalerato — n.o CAS 66230-04-4;n.o CIPAC 481.

(S)-2-(4-clorofenil)-3-metilbutirato de(S)a-ciano-3-fenoxibenzilo.

830 g/kg . . . . . . . . . . . . 1-8-2001 31-7-2011 A) Só são autorizadas as utilizações como insec-ticida.

B) No processo de decisão de acordo com os prin-cípios uniformes, é dada particular atenção aoimpacte potencial nos organismos aquáticos eartrópodes não visados, sendo assegurado queas condições de autorização incluam, se for casodisso, medidas de redução do risco.

C) Data de conclusão do relatório de avaliação noComité Fitossanitário Permanente da ComissãoEuropeia: 13 de Julho de 2000.

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de2001Número Nome comum; números de identificação Designação IUPAC Pureza (1)

Data de inclusãona Lista Positiva

Comunitária

Termo de inclusãona Lista Positiva

ComunitáriaCondições específicas

11 Bentazona — n.o CAS 25057-89-0;n.o CIPAC 366.

2,2-dióxido de 3-isopropil-(1H)-2,1,3-ben-zotiadiazin-4-(3H)-ona.

960 g/kg . . . . . . . . . . . . 1-8-2001 31-7-2011 A) Só são autorizadas as utilizações como herbicida.B) No processo de decisão de acordo com os prin-

cípios uniformes, é dada particular atenção à pro-tecção das águas subterrâneas.

C) Data de conclusão do relatório de avaliação noComité Fitossanitário Permanente da ComissãoEuropeia: 13 de Julho de 2000.

12 Lambda-cialotrina-n.o CAS 91465-08-6;n.o CIPAC 463.

Mistura na proporção 1:1 de:

(Z)-(1R,3R)-3-(2-cloro-3,3,3-trifluo-ropropenil)-2,2-dimetilciclopropa-nocarbxilato de (S)-a-ciano--3-fenoxibenzilo; e

(Z)-(1S,3S)-3-(2-cloro-3,3,3-trifluo-ropropenil)-2,2-dimetilciclopro-panocarbxilato de (R)-a-ciano--3-fenoxibenzilo.

810/kg . . . . . . . . . . . . . 1-1-2002 31-12-2011 A) Só são autorizadas as utilizações como insec-ticida.

B) No processo de decisão de acordo com os prin-cípios uniformes:

i) É dada particular atenção à segurança dooperador;

ii) É dada particular atenção ao impacte poten-cial nos organismos aquáticos e artrópodesnão visados, sendo assegurado que as con-dições de autorização incluam, se for casodisso, medidas de redução do risco;

iii) É dada particular atenção aos resíduos nosalimentos, nomeadamente aos respectivosefeitos agudos.

C) Data de conclusão do relatório de avaliação noComité Fitossanitário Permamente da ComissãoEuropeia: 19 de Outubro de 2000.

13 Fene-hexamida — n.o CAS 126833-17-8;n.o CIPAC 603.

N-(2,3-dicloro-4-hidroxifenil)-1-metilci-clohexanocarboxamida.

» 950 g/kg . . . . . . . . . . 1-6-2001 31-5-2011 A) Só são autorizadas utilizações como fungicida.B) Na aplicação dos princípios uniformes, é confe-

rida especial atenção ao impacte potencial nosorganismos aquáticos, sendo assegurado que ascondições de autorização incluam, se necessário,medidas de redução do risco.

C) Data de conclusão do relatório de avaliação noComité Fitossanitário Permamente da ComissãoEuropeia: 19 de Outubro de 2000.

(1) Os relatórios de avaliação das substâncias activas fornecem dados complementares sobre a identidade e as especificações das mesmas.»

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N.o 201 — 30 de Agosto de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5569

Decreto-Lei n.o 239/2001

de 30 de Agosto

O nemátodo da madeira do pinheiro — Bursaphelen-chus xylophilus (Steiner et Bührer) Nickle et al. — é umdos organismos com maior potencial destrutivo para afloresta de coníferas, tendo sido detectado em Portugalem 1999. Este organismo tem sido responsável por forteslimitações no comércio internacional de madeira, sendoconsiderado de quarentena para a União Europeia.

Atendendo a que o género Pinus engloba as espéciescom maior expressão territorial da floresta portuguesa,dando suporte a uma fileira de grande relevância paraa economia nacional e considerando os compromissosassumidos por Portugal perante a Comissão Europeia,consubstanciados na Decisão n.o 2000/58/CE, de 11 deJaneiro, e posteriormente na Decisão n.o 2001/218/CE,de 12 de Março, foi desencadeado um processo quese exige célere e rigoroso, pautando-se por uma inter-venção pronta, expedita e eficaz.

Neste sentido, foi criado o Programa de Luta contrao Nemátodo da Madeira do Pinheiro — PROLUNP,constituindo uma equipa de projecto com a missão degarantir, articular e gerir os meios adequados à aplicaçãodas medidas extraordinárias necessárias para controlocom vista à erradicação do nemátodo da madeira dopinheiro do território nacional.

A duração do PROLUNP encontra-se condicionadapela existência das circunstâncias excepcionais do pro-blema que esteve na origem da sua constituição, sendoprevisível que não ultrapasse o horizonte temporal dospróximos três anos.

Os condicionalismos legais e técnicos das acções deprospecção e erradicação de árvores e sobrantes doabate, que representam risco para a disseminação donemátodo pelo território nacional, impõem um períodobastante limitado de tempo disponível para a sua rea-lização, que não permite a observância dos prazos fixa-dos para os diversos tipos de procedimentos a seguirem circunstâncias normais.

Sendo aconselhável que a implementação do PRO-LUNP seja concretizada num contexto flexível, com aconcentração de recursos na coordenação, gestão e exe-cução das acções no terreno, justifica-se a adopção deum regime especial para a realização de despesas, desig-nadamente as respeitantes a acções de prospecção eerradicação, o que constitui o objecto do presentediploma.

Assim:Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da

Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo único

Acção de prospecção e erradicação do PROLUNP

1 — Fica o Ministério da Agricultura, do Desenvol-vimento Rural e das Pescas, através da Direcção-Geralde Protecção das Culturas e da Direcção-Geral das Flo-restas, autorizado a proceder a ajuste directo, até aoslimites comunitários, na aquisição dos bens e serviçosdestinados a acções de prospecção e erradicação do Pro-grama de Luta contra o Nemátodo da Madeira doPinheiro (PROLUNP).

2 — A autorização é válida até ao final do ano eco-nómico de 2003.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 26de Julho de 2001. — Jaime José Matos da Gama — Gui-lherme d’Oliveira Martins — Luís Manuel Capoulas San-tos.

Promulgado em 17 de Agosto de 2001.

Publique-se.

O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 23 de Agosto de 2001.

O Primeiro-Ministro, António Manuel de OliveiraGuterres.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Decreto-Lei n.o 240/2001de 30 de Agosto

O regime de qualificação para a docência na educaçãopré-escolar e nos ensinos básico e secundário encontrao seu enquadramento jurídico estabelecido nos arti-gos 30.o e 31.o da Lei de Bases do Sistema Educativoe legislação complementar, designadamente o Decre-to-Lei n.o 194/99, de 7 de Junho, que estabeleceu osistema de acreditação de cursos que conferem qua-lificação profissional para a docência, e os Decretos-Leisn.os 6/2001, de 18 de Janeiro, e 7/2001, da mesma data,que fixaram os princípios orientadores da organizaçãoe gestão do currículo dos ensinos básico e secundário.

De acordo com o referido regime, os educadores deinfância e os professores são detentores de diplomasque certificam a formação profissional específica comque se encontram habilitados, através de cursos que seorganizam de acordo com as necessidades do respectivodesempenho profissional, e segundo perfis de qualifi-cação para a docência, decorrentes do disposto na refe-rida Lei de Bases.

Nos termos do artigo 8.o do Decreto-Lei n.o 194/99,de 7 de Junho, o reconhecimento da adequação dosreferidos cursos às exigências de qualidade do desem-penho profissional tem como quadro de referência quero regime jurídico de formação inicial de educadorese professores fixado na Lei de Bases e respectiva legis-lação complementar, quer as orientações curricularespara a educação pré-escolar e os currículos dos ensinosbásico e secundário, quer ainda o perfil geral de desem-penho do educador de infância e do professor e os perfisde desempenho específico de cada qualificação docente,bem como os padrões de qualidade da formação inicial,fixados pelo INAFOP para a respectiva acreditação ecertificação.

Deste modo, a definição dos perfis de competênciaexigidos para o desempenho de funções docentes cabeao Governo, nos termos do n.o 2 do artigo 31.o daLei de Bases do Sistema Educativo.

Tais perfis, ao caracterizarem o desempenho profis-sional do educador e do professor, evidenciam, se con-siderados integradamente, as respectivas exigências deformação inicial, sem prejuízo da indispensabilidade daaprendizagem ao longo da vida para um desempenhoprofissional consolidado e para a contínua adequaçãodeste aos sucessivos desafios que lhe são colocados.

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5570 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 201 — 30 de Agosto de 2001

Constituem, por isso, um quadro orientador fundamen-tal quer para a organização dos cursos que conferemhabilitação profissional para a docência quer para acre-ditação de tais formações.

Às instituições de formação compete definir os objec-tivos dos cursos de formação inicial que preparam paraa docência, bem como organizar e desenvolver o ensino,a aprendizagem e a avaliação necessários à formaçãodos futuros docentes, cabendo-lhes, igualmente, certi-ficar a habilitação profissional dos seus diplomados,garantindo que estes possuem a formação necessáriaao exercício da docência.

À instituição de acreditação, por seu lado, competeajuizar se o curso organizado pela instituição de for-mação proporciona a preparação necessária ao desem-penho profissional e, em caso afirmativo, reconhecê-locomo curso que confere habilitação profissional paraa docência.

Pelo presente diploma, define-se o perfil de desem-penho comum aos educadores de infância e aos pro-fessores dos ensinos básico e secundário, deixando, paramomento posterior, a definição dos perfis de desem-penho próprios de cada qualificação para a docência,a aprovar através de diplomas específicos para o efeito.

Assim:No desenvolvimento do regime jurídico estabelecido

pela Lei de Bases do Sistema Educativo, aprovada pelaLei n.o 46/86, de 14 de Outubro, e alterada pela Lein.o 115/97, de 19 de Setembro, e nos termos da alínea c)do n.o 1 do artigo 198.o da Constituição, o Governodecreta, para valer como lei geral da República, oseguinte:

Artigo 1.o

Objecto

É aprovado o perfil geral de desempenho profissionaldo educador de infância e dos professores dos ensinosbásico e secundário, publicado em anexo ao presentediploma e que dele faz parte integrante.

Artigo 2.o

Finalidade

O perfil de desempenho profissional referido noartigo anterior, constitui o quadro de orientação a quese encontram subordinadas:

a) A organização dos cursos de formação inicialde educadores de infância e de professores dosensinos básico e secundário, bem como a cer-tificação da correspondente qualificação profis-sional para a docência;

b) A acreditação dos mesmos cursos, nos termoslegais.

Artigo 3.o

Remissão

Os perfis específicos de desempenho profissional doeducador de infância e dos professores dos ensinosbásico e secundário constam de diplomas próprios, quedefinirão o desempenho de cada qualificação profissio-nal para a docência.

Artigo 4.o

Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia seguinteao da sua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 26de Julho de 2001. — António Manuel de Oliveira Guter-res — Júlio Domingos Pedrosa da Luz de Jesus.

Promulgado em 17 de Agosto de 2001.

Publique-se.

O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 23 de Agosto de 2001.

O Primeiro-Ministro, António Manuel de OliveiraGuterres.

ANEXO

Perfil geral de desempenho profissional do educadorde infância e dos professores dos ensinos básico e secundário

I

Perfil geral de desempenho

O perfil geral de desempenho do educador de infânciae dos professores dos ensinos básico e secundário enun-cia referenciais comuns à actividade dos docentes detodos os níveis de ensino, evidenciando exigências paraa organização dos projectos da respectiva formação epara o reconhecimento de habilitações profissionaisdocentes.

II

Dimensão profissional, social e ética

1 — O professor promove aprendizagens curriculares,fundamentando a sua prática profissional num saberespecífico resultante da produção e uso de diversos sabe-res integrados em função das acções concretas da mesmaprática, social e eticamente situada.

2 — No âmbito do disposto no número anterior, oprofessor:

a) Assume-se como um profissional de educação,com a função específica de ensinar, pelo querecorre ao saber próprio da profissão, apoiadona investigação e na reflexão partilhada da prá-tica educativa e enquadrado em orientações depolítica educativa para cuja definição contribuiactivamente;

b) Exerce a sua actividade profissional na escola,entendida como uma instituição educativa, àqual está socialmente cometida a responsabi-lidade específica de garantir a todos, numa pers-pectiva de escola inclusiva, um conjunto deaprendizagens de natureza diversa, designadopor currículo, que, num dado momento e noquadro de uma construção social negociada eassumida como temporária, é reconhecido comonecessidade e direito de todos para o seu desen-volvimento integral;

c) Fomenta o desenvolvimento da autonomia dosalunos e a sua plena inclusão na sociedade,tendo em conta o carácter complexo e diferen-ciado das aprendizagens escolares;

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N.o 201 — 30 de Agosto de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5571

d) Promove a qualidade dos contextos de inserçãodo processo educativo, de modo a garantir obem-estar dos alunos e o desenvolvimento detodas as componentes da sua identidade indi-vidual e cultural;

e) Identifica ponderadamente e respeita as dife-renças culturais e pessoais dos alunos e demaismembros da comunidade educativa, valorizandoos diferentes saberes e culturas e combatendoprocessos de exclusão e discriminação;

f) Manifesta capacidade relacional e de comuni-cação, bem como equilíbrio emocional, nasvárias circunstâncias da sua actividade profis-sional;

g) Assume a dimensão cívica e formativa das suasfunções, com as inerentes exigências éticas edeontológicas que lhe estão associadas.

III

Dimensão de desenvolvimento do ensinoe da aprendizagem

1 — O professor promove aprendizagens no âmbitode um currículo, no quadro de uma relação pedagógicade qualidade, integrando, com critérios de rigor cien-tífico e metodológico, conhecimentos das áreas que ofundamentam.

2 — No âmbito do disposto no número anterior, oprofessor:

a) Promove aprendizagens significativas no âmbitodos objectivos do projecto curricular de turma,desenvolvendo as competências essenciais eestruturantes que o integram;

b) Utiliza, de forma integrada, saberes próprios dasua especialidade e saberes transversais e mul-tidisciplinares adequados ao respectivo nível eciclo de ensino;

c) Organiza o ensino e promove, individualmenteou em equipa, as aprendizagens no quadro dosparadigmas epistemológicos das áreas do conhe-cimento e de opções pedagógicas e didácticasfundamentadas, recorrendo à actividade expe-rimental sempre que esta se revele pertinente;

d) Utiliza correctamente a língua portuguesa, nassuas vertentes escrita e oral, constituindo essacorrecta utilização objectivo da sua acção for-mativa;

e) Utiliza, em função das diferentes situações, eincorpora adequadamente nas actividades deaprendizagem linguagens diversas e suportesvariados, nomeadamente as tecnologias deinformação e comunicação, promovendo a aqui-sição de competências básicas neste últimodomínio;

f) Promove a aprendizagem sistemática dos pro-cessos de trabalho intelectual e das formas deo organizar e comunicar, bem como o envol-vimento activo dos alunos nos processos deaprendizagem e na gestão do currículo;

g) Desenvolve estratégias pedagógicas diferencia-das, conducentes ao sucesso e realização de cadaaluno no quadro sócio-cultural da diversidadedas sociedades e da heterogeneidade dos sujei-tos, mobilizando valores, saberes, experiênciase outras componentes dos contextos e percursospessoais, culturais e sociais dos alunos;

h) Assegura a realização de actividades educativasde apoio aos alunos e coopera na detecção eacompanhamento de crianças ou jovens comnecessidades educativas especiais;

i) Incentiva a construção participada de regras deconvivência democrática e gere, com segurançae flexibilidade, situações problemáticas e con-flitos interpessoais de natureza diversa;

j) Utiliza a avaliação, nas suas diferentes moda-lidades e áreas de aplicação, como elementoregulador e promotor da qualidade do ensino,da aprendizagem e da sua própria formação.

IV

Dimensão de participação na escola e de relaçãocom a comunidade

1 — O professor exerce a sua actividade profissional,de uma forma integrada, no âmbito das diferentesdimensões da escola como instituição educativa e nocontexto da comunidade em que esta se insere.

2 — No âmbito do disposto no número anterior, oprofessor:

a) Perspectiva a escola e a comunidade como espa-ços de educação inclusiva e de intervençãosocial, no quadro de uma formação integral dosalunos para a cidadania democrática;

b) Participa na construção, desenvolvimento e ava-liação do projecto educativo da escola e dosrespectivos projectos curriculares, bem comonas actividades de administração e gestão daescola, atendendo à articulação entre os váriosníveis e ciclos de ensino;

c) Integra no projecto curricular saberes e práticassociais da comunidade, conferindo-lhes relevân-cia educativa;

d) Colabora com todos os intervenientes no pro-cesso educativo, favorecendo a criação e odesenvolvimento de relações de respeito mútuoentre docentes, alunos, encarregados de edu-cação e pessoal não docente, bem como comoutras instituições da comunidade;

e) Promove interacções com as famílias, nomea-damente no âmbito dos projectos de vida e deformação dos seus alunos;

f) Valoriza a escola enquanto pólo de desenvol-vimento social e cultural, cooperando comoutras instituições da comunidade e partici-pando nos seus projectos;

g) Coopera na elaboração e realização de estudose de projectos de intervenção integrados naescola e no seu contexto.

V

Dimensão de desenvolvimento profissionalao longo da vida

1 — O professor incorpora a sua formação como ele-mento constitutivo da prática profissional, construindo-aa partir das necessidades e realizações que conscien-cializa, mediante a análise problematizada da sua práticapedagógica, a reflexão fundamentada sobre a construçãoda profissão e o recurso à investigação, em cooperaçãocom outros profissionais.

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2 — No âmbito do disposto no número anterior, oprofessor:

a) Reflecte sobre as suas práticas, apoiando-se naexperiência, na investigação e em outros recur-sos importantes para a avaliação do seu desen-volvimento profissional, nomeadamente no seupróprio projecto de formação;

b) Reflecte sobre aspectos éticos e deontológicosinerentes à profissão, avaliando os efeitos dasdecisões tomadas;

c) Perspectiva o trabalho de equipa como factorde enriquecimento da sua formação e da acti-vidade profissional, privilegiando a partilha desaberes e de experiências;

d) Desenvolve competências pessoais, sociais eprofissionais, numa perspectiva de formação aolongo da vida, considerando as diversidades esemelhanças das realidades nacionais e inter-nacionais, nomeadamente na União Europeia;

e) Participa em projectos de investigação relacio-nados com o ensino, a aprendizagem e o desen-volvimento dos alunos.

Decreto-Lei n.o 241/2001

de 30 de Agosto

Pelo Decreto-Lei n.o 240/2001, de 30 de Agosto, foidefinido o perfil geral de desempenho profissional doeducador de infância e do professor dos ensinos básicoe secundário.

Importa, agora, dar início à aprovação dos perfis dedesempenho específicos de cada qualificação profissio-nal para a docência, começando pelos relativos ao edu-cador de infância e ao professor do 1.o ciclo do ensinobásico.

A orientação e as actividades pedagógicas na edu-cação pré-escolar são asseguradas, nos termos do n.o 2do artigo 30.o da Lei de Bases do Sistema Educativo,por educadores de infância. Estes profissionais têm, tam-bém, vindo a desempenhar funções em instituiçõessociais que acolhem crianças até aos 3 anos de idade.Embora o perfil definido no presente diploma vise orien-tar, apenas, a organização da formação do educadorde infância para a educação pré-escolar, não se excluique tal formação habilite igualmente para o desempenhode funções naquele nível etário.

De acordo com o disposto na alínea a) do n.o 1 doartigo 8.o da referida Lei de Bases, o ensino no 1.ociclo é globalizante e da responsabilidade de um pro-fessor único, o qual pode ser coadjuvado em áreasespecializadas.

Assim:No desenvolvimento do regime jurídico estabelecido

pela Lei de Bases do Sistema Educativo, aprovada pelaLei n.o 46/86, de 14 de Outubro, e alterada pela Lein.o 115/97, de 19 de Setembro, e nos termos da alínea c)do n.o 1 do artigo 198.o da Constituição, o Governodecreta, para valer como lei geral da República, oseguinte:

Artigo 1.o

Objecto

São aprovados os perfis específicos de desempenhoprofissional do educador de infância e do professor do1.o ciclo do ensino básico, os quais constituem, respec-

tivamente, os anexos n.os 1 e 2 do presente diplomae que dele fazem parte integrante.

Artigo 2.o

Finalidade

Os perfis de desempenho referidos no artigo anteriorconstituem, em conjugação com o perfil geral do edu-cador de infância e dos professores dos ensinos básicoe secundário, o quadro de orientação a que se encontramsubordinadas:

a) A organização dos cursos de formação inicialde educadores de infância e de professores do1.o ciclo do ensino básico, bem como a certi-ficação da correspondente qualificação profis-sional para a docência;

b) A acreditação dos mesmos cursos, nos termoslegais.

Artigo 3.o

Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia seguinteao da sua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 26 deJulho de 2001. — António Manuel de Oliveira Guterres —Júlio Domingos Pedrosa da Luz de Jesus.

Promulgado em 17 de Agosto de 2001.

Publique-se.

O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 23 de Agosto de 2001.

O Primeiro-Ministro, António Manuel de OliveiraGuterres.

ANEXO N.o 1

Perfil específico de desempenho profissionaldo educador de infância

I

Perfil do educador de infância

1 — Na educação pré-escolar, o perfil do educadorde infância é o perfil geral do educador e dos professoresdo ensino básico e secundário, aprovado em diplomapróprio, com as especificações constantes do presentediploma, as quais têm por base a dimensão de desen-volvimento do ensino e da aprendizagem daquele perfil.

2 — A formação do educador de infância pode, igual-mente, capacitar para o desenvolvimento de outras fun-ções educativas, nomeadamente no quadro da educaçãodas crianças com idade inferior a 3 anos.

II

Concepção e desenvolvimento do currículo

1 — Na educação pré-escolar, o educador de infânciaconcebe e desenvolve o respectivo currículo, através daplanificação, organização e avaliação do ambiente edu-cativo, bem como das actividades e projectos curricu-lares, com vista à construção de aprendizagens inte-gradas.

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2 — No âmbito da organização do ambiente educa-tivo, o educador de infância:

a) Organiza o espaço e os materiais, conceben-do-os como recursos para o desenvolvimentocurricular, de modo a proporcionar às criançasexperiências educativas integradas;

b) Disponibiliza e utiliza materiais estimulantes ediversificados, incluindo os seleccionados a par-tir do contexto e das experiências de cadacriança;

c) Procede a uma organização do tempo de formaflexível e diversificada, proporcionando aapreensão de referências temporais pelas crian-ças;

d) Mobiliza e gere os recursos educativos, nomea-damente os ligados às tecnologias da informaçãoe da comunicação;

e) Cria e mantém as necessárias condições de segu-rança, de acompanhamento e de bem-estar dascrianças.

3 — No âmbito da observação, da planificação e daavaliação, o educador de infância:

a) Observa cada criança, bem como os pequenosgrupos e o grande grupo, com vista a uma pla-nificação de actividades e projectos adequadosàs necessidades da criança e do grupo e aosobjectivos de desenvolvimento e da aprendi-zagem;

b) Tem em conta, na planificação do desenvolvi-mento do processo de ensino e de aprendiza-gem, os conhecimentos e as competências deque as crianças são portadoras;

c) Planifica a intervenção educativa de forma inte-grada e flexível, tendo em conta os dados reco-lhidos na observação e na avaliação, bem comoas propostas explícitas ou implícitas das crianças,as temáticas e as situações imprevistas emer-gentes no processo educativo;

d) Planifica actividades que sirvam objectivos abran-gentes e transversais, proporcionando aprendiza-gens nos vários domínios curriculares;

e) Avalia, numa perspectiva formativa, a sua inter-venção, o ambiente e os processos educativosadoptados, bem como o desenvolvimento e asaprendizagens de cada criança e do grupo.

4 — No âmbito da relação e da acção educativa, oeducador de infância:

a) Relaciona-se com as crianças por forma a favo-recer a necessária segurança afectiva e a pro-mover a sua autonomia;

b) Promove o envolvimento da criança em acti-vidades e em projectos da iniciativa desta, dogrupo, do educador ou de iniciativa conjunta,desenvolvendo-os individualmente, em peque-nos grupos e no grande grupo, no âmbito daescola e da comunidade;

c) Fomenta a cooperação entre as crianças, garan-tindo que todas se sintam valorizadas e inte-gradas no grupo;

d) Envolve as famílias e a comunidade nos pro-jectos a desenvolver;

e) Apoia e fomenta o desenvolvimento afectivo,emocional e social de cada criança e do grupo;

f) Estimula a curiosidade da criança pelo que arodeia, promovendo a sua capacidade de iden-tificação e resolução de problemas;

g) Fomenta nas crianças capacidades de realizaçãode tarefas e disposições para aprender;

h) Promove o desenvolvimento pessoal, social ecívico numa perspectiva de educação para acidadania.

III

Integração do currículo

1 — Na educação pré-escolar, o educador de infânciamobiliza o conhecimento e as competências necessáriasao desenvolvimento de um currículo integrado, noâmbito da expressão e da comunicação e do conheci-mento do mundo.

2 — No âmbito da expressão e da comunicação, oeducador de infância:

a) Organiza um ambiente de estimulação comu-nicativa, proporcionando a cada criança opor-tunidades específicas de interacção com os adul-tos e com as outras crianças;

b) Promove o desenvolvimento da linguagem oralde todas as crianças, atendendo, de modo par-ticular, às que pertencem a grupos social e lin-guisticamente minoritários ou desfavorecidos;

c) Favorece o aparecimento de comportamentosemergentes de leitura e escrita, através de acti-vidades de exploração de materiais escritos;

d) Promove, de forma integrada, diferentes tiposde expressão (plástica, musical, dramática emotora) inserindo-os nas várias experiências deaprendizagem curricular;

e) Desenvolve a expressão plástica utilizando lin-guagens múltiplas, bidimensionais e tridimen-sionais, enquanto meios de relação, de infor-mação, de fruição estética e de compreensãodo mundo;

f) Desenvolve actividades que permitam à criançaproduzir sons e ritmos com o corpo, a voz einstrumentos musicais ou outros e possibilita odesenvolvimento das capacidades de escuta, deanálise e de apreciação musical;

g) Organiza actividades e projectos que, nos domí-nios do jogo simbólico e do jogo dramático, per-mitam a expressão e o desenvolvimento motor,de forma a desenvolver a capacidade narrativae a comunicação verbal e não verbal;

h) Promove o recurso a diversas formas de expres-são dramática, explorando as possibilidades téc-nicas de cada uma destas;

i) Organiza jogos, com regras progressivamentemais complexas, proporcionando o controlomotor na actividade lúdica, bem como a socia-lização pelo cumprimento das regras;

j) Promove o desenvolvimento da motricidade glo-bal das crianças, tendo em conta diferentes for-mas de locomoção e possibilidades do corpo,da orientação no espaço, bem como da motri-cidade fina e ampla, permitindo à criança apren-der a manipular objectos.

3 — No âmbito do conhecimento do mundo, o edu-cador de infância:

a) Promove actividades exploratórias de observa-ção e descrição de atributos dos materiais, daspessoas e dos acontecimentos;

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b) Incentiva a observação, a exploração e a descri-ção de relações entre objectos, pessoas e acon-tecimentos, com recurso à representação cor-poral, oral e gráfica;

c) Cria oportunidades para a exploração das quan-tidades, com recurso à comparação e estimativae à utilização de sistemas convencionais e deprocessos não convencionais de numeração emedida;

d) Estimula, nas crianças, a curiosidade e a capa-cidade de identificar características das verten-tes natural e social da realidade envolvente;

e) Promove a capacidade de organização temporal,espacial e lógica de observações, factos e acon-tecimentos;

f) Desperta o interesse pelas tradições da comu-nidade, organizando actividades adequadas parao efeito;

g) Proporciona ocasiões de observação de fenó-menos da natureza e de acontecimentos sociaisque favoreçam o confronto de interpretações,a inserção da criança no seu contexto, o desen-volvimento de atitudes de rigor e de compor-tamentos de respeito pelo ambiente e pelasidentidades culturais.

ANEXO N.o 2

Perfil específico de desempenho profissional do professordo 1.o ciclo do ensino básico

I

Perfil do professor do 1.o ciclo do ensino básico

O perfil de desempenho do professor do 1.o ciclodo ensino básico é o perfil geral do educador e dosprofessores dos ensinos básico e secundário, aprovadoem diploma próprio, com as especificações constantesdo presente diploma, as quais têm por base a dimensãode desenvolvimento do ensino e da aprendizagemdaquele perfil.

II

Concepção e desenvolvimento do currículo

1 — O professor do 1.o ciclo do ensino básico desen-volve o respectivo currículo, no contexto de uma escolainclusiva, mobilizando e integrando os conhecimentoscientíficos das áreas que o fundamentam e as compe-tências necessárias à promoção da aprendizagem dosalunos.

2 — No âmbito do desempenho referido no númeroanterior, o professor do 1.o ciclo:

a) Coopera na construção e avaliação do projectocurricular da escola e concebe e gere, em cola-boração com outros professores e em articu-lação com o conselho de docentes, o projectocurricular da sua turma;

b) Desenvolve as aprendizagens, mobilizando inte-gradamente saberes científicos relativos às árease conteúdos curriculares e às condicionantesindividuais e contextuais que influenciam aaprendizagem;

c) Organiza, desenvolve e avalia o processo deensino com base na análise de cada situaçãoconcreta, tendo em conta, nomeadamente, adiversidade de conhecimentos, de capacidades

e de experiências com que cada aluno iniciaou prossegue as aprendizagens;

d) Utiliza os conhecimentos prévios dos alunos,bem como os obstáculos e os erros, na cons-trução das situações de aprendizagem escolar;

e) Promove a integração de todas as vertentes docurrículo e a articulação das aprendizagens do1.o ciclo com as da educação pré-escolar e asdo 2.o ciclo;

f) Fomenta a aquisição integrada de métodos deestudo e de trabalho intelectual, nas aprendi-zagens, designadamente ao nível da pesquisa,organização, tratamento e produção de infor-mação, utilizando as tecnologias da informaçãoe da comunicação;

g) Promove a autonomia dos alunos, tendo emvista a realização independente de aprendiza-gens futuras, dentro e fora da escola;

h) Avalia, com instrumentos adequados, as apren-dizagens dos alunos em articulação com o pro-cesso de ensino, de forma a garantir a sua moni-torização, e desenvolve nos alunos hábitos deauto-regulação da aprendizagem;

i) Desenvolve nos alunos o interesse e o respeitopor outros povos e culturas e fomenta a iniciaçãoà aprendizagem de outras línguas, mobilizandoos recursos disponíveis;

j) Promove a participação activa dos alunos naconstrução e prática de regras de convivência,fomentando a vivência de práticas de colabo-ração e respeito solidário no âmbito da forma-ção para a cidadania democrática;

l) Relaciona-se positivamente com crianças e comadultos, no contexto da especificidade da suarelação com as famílias e com a comunidade,proporcionando, nomeadamente, um clima deescola caracterizado pelo bem-estar afectivo quepredisponha para as aprendizagens.

III

Integração do currículo

1 — O professor do 1.o ciclo do ensino básico pro-move a aprendizagem de competências socialmente rele-vantes, no âmbito de uma cidadania activa e responsável,enquadradas nas opções de política educativa presentesnas várias dimensões do currículo integrado deste ciclo.

2 — No âmbito da educação em Língua Portuguesa,o professor do 1.o ciclo:

a) Desenvolve nos alunos as competências de com-preensão e de expressão oral, mobilizandoconhecimentos científicos relativos aos proces-sos através dos quais se desenvolve a linguageme se realiza a comunicação interpessoal;

b) Promove a aprendizagem de competências deescrita e de leitura, mobilizando conhecimentoscientíficos acerca dos processos de produção ede compreensão de textos escritos e das suasrelações com a comunicação oral;

c) Incentiva a produção de textos escritos e integraessa produção nas actividades de aprendizagemcurricular, levando os alunos a mobilizar diver-sas estratégias para a aprendizagem da escrita,servindo-se de materiais e de suportes variados;

d) Incentiva os alunos a utilizar diversas estratégiasde aprendizagem e de desenvolvimento da lei-

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tura em variados tipos de textos e com diferentesfinalidades;

e) Fomenta nos alunos hábitos de reflexão con-ducentes ao conhecimento explícito de aspectosbásicos da estrutura e do uso da língua, de modoa que as suas competências linguísticas se vãodesenvolvendo de forma contextualizada e eminteracção comunicativa;

f) Promove nos alunos de diferente língua maternaa aprendizagem da língua portuguesa comosegunda língua.

3 — No âmbito da educação em Matemática, o pro-fessor do 1.o ciclo:

a) Promove nos alunos o gosto pela matemática,propiciando a articulação entre a matemáticae a vida real e incentivando-os a resolver pro-blemas e a explicitar os processos de raciocínio;

b) Implica os alunos na construção do seu próprioconhecimento matemático, mobilizando conhe-cimentos relativos ao modo como as criançasaprendem matemática e aos contextos em queocorrem essas aprendizagens;

c) Promove nos alunos a aprendizagem dos con-ceitos, das técnicas e dos processos matemáticosimplicados no currículo do 1.o ciclo, designa-damente na compreensão e representação dosnúmeros e das operações aritméticas, na com-preensão do processo de medição e dos sistemasde medida, no conhecimento de formas geo-métricas simples, na recolha e organização dedados e na identificação de padrões e regu-laridades;

d) Desenvolve nos alunos a capacidade de iden-tificar, definir e discutir conceitos e procedimen-tos, bem como de aprofundar a compreensãode conexões entre eles e entre a matemáticae as outras áreas curriculares;

e) Proporciona oportunidades para que os alunosrealizem actividades de investigação em mate-mática, utilizando diversos materiais e tecno-logias e desenvolvendo nos educandos a auto-confiança na sua capacidade de trabalhar coma matemática.

4 — No âmbito da educação em Ciências Sociais eda Natureza, o professor do 1.o ciclo:

a) Desenvolve nos alunos uma atitude científica,mobilizando os processos pelos quais se constróio conhecimento;

b) Utiliza estratégias conducentes ao desenvolvi-mento das seguintes dimensões formativas daaprendizagem das ciências:

Curiosidade, gosto de saber e conhecimentorigoroso e fundamentado sobre a realidadesocial e natural;

Capacidade de questionamento e de reconhe-cimento do valor e dos limites da evoluçãoda ciência;

Capacidade de articulação das realidades domundo social e natural com as aprendi-zagens escolares;

Compreensão das conexões ciência-tecnolo-gia-desenvolvimento, recorrendo, nomea-damente, à construção de objectos simples,ao uso de modelos e à resolução deproblemas;

c) Promove a aprendizagem integrada de conteú-dos e de processos das ciências sociais e danatureza;

d) Promove a apropriação de referentes espaciais,temporais e factuais, que permitam aos alunosconstruir a sua identidade e situar-se no tempoe no espaço local, nacional e mundial, comrecurso a elementos da história, da geografiae dos contextos sociais;

e) Envolve os alunos em actividades de índoleexperimental e de sistematização de conheci-mentos da realidade natural, nomeadamente osrelativos à natureza da matéria, ao sistema solar,a aspectos do meio físico, aos seres vivos e aofuncionamento, saúde e segurança do corpohumano;

f) Desenvolve aprendizagens no domínio das ciên-cias, conducentes à construção de uma cidada-nia responsável, nomeadamente no âmbito daeducação para a saúde, ambiente, consumo, res-peito pela diferença e convivência democrática.

5 — No âmbito da Educação Física, o professor do1.o ciclo:

a) Promove o desenvolvimento físico-motor dascrianças, numa perspectiva integrada, visandoa melhoria da qualidade de vida e a promoçãode hábitos de vida activa e saudável;

b) Organiza situações de aprendizagem que favo-reçam o envolvimento lúdico e a capacidade deatingir objectivos e vencer dificuldades, tendoem conta o desenvolvimento de atitudes res-ponsáveis e de respeito pelas diferenças indi-viduais manifestadas na actividade física;

c) Desenvolve estratégias que valorizem o papele os benefícios formativos da actividade física,em articulação com outras experiências deaprendizagem curricular.

6 — No âmbito da Educação Artística, o professordo 1.o ciclo:

a) Promove, de forma integrada, o desenvolvimentodas expressões artísticas e das competências cria-tivas e utiliza estratégias que integrem os pro-cessos artísticos em outras experiências de apren-dizagem curricular;

b) Desenvolve a aprendizagem de competênciasartísticas essenciais e de processos de pensa-mento criativo, utilizando os materiais, instru-mentos e técnicas envolvidos na educação artís-tica, no âmbito do currículo do 1.o ciclo;

c) Desenvolve nos alunos a capacidade de apreciaras artes e de compreender a sua função na socie-dade, valorizando o património artístico eambiental da humanidade.

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5576 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 201 — 30 de Agosto de 2001

AVISO1 — Os preços das assinaturas das três séries do Diário da República (em papel) para 2001, a partir do dia 15 de Março,

corresponderão ao período decorrente entre o início da recepção das publicações e 31 de Dezembro. A INCM não se obrigaa fornecer os exemplares entretanto publicados.

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