a cultura do coqueiro

Upload: rafael-brites

Post on 11-Feb-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    1/19

    A Cultura do Coqueiro

    Sumrio

    Importncia econmica da cocoicultura no BrasilExigncias climticas do coqueiroSolosAdubao do coqueiroCultivares de coqueiroProduo e obteno de mudasPlantioIrrigaoTratos culturaisManejo de plantas infestantesDoenas e mtodos de controlePragas e mtodos de controleNormas gerais para uso de defensivos agrcolas na cultura do coqueiroColheita e ps-colheita do cocoAspectos da comercializao e mercados do cocoCoeficientes tcnicos e custos de produo da cocoicultura irrigada no BrasilRefernciasExpediente

    Pragas e mtodos de controle

    O coqueiro rica fonte de alimento para diversas espcies de insetos e caros.Estes organismos uma vez na planta so hospedeiros especficos, seja, dafolhagem, das flores, dos frutos, do estipe ou das razes causando danos quevariam de atraso no desenvolvimento, perda ou atraso na produo morte daplanta. Algumas dessas espcies tem preferncia pela planta jovem por seustecidos mais tenros, enquanto outras preferem as mais velhas e em produo. Ossurtos de pragas em palmeiras, como o coqueiro, so favorecidos por diversosfatores, dentre os quais: a produo contnua e mensal de folhas e a permanncia

    prolongada dessas estruturas vegetais na planta fazendo com que nessa cultura aplanta tenha sempre sua copa formada por folhas jovens, folhas em estgio dematurao (intermedirias) e folhas em senescncia (mais velhas); a emissocontnua e mensal de inflorescncias que do origem aos cachos dos frutos, cachosestes presentes na planta em diferentes graus de maturao; e ao no sincronismodas emisses florais dentro da plantao, o que torna o coqueiro bastantesuscetvel ao de diversas espcies-praga. Associado a esses fatores, naturais daplanta, os surtos so tambm favorecidos pela ocorrncia dos fatores ambientais,pela utilizao de tratos culturais inadequados, e pela utilizao indiscriminada deum grande nmero de defensivos agrcolas no combate s pragas.

    Pragas principais

    http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/importancia.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/importancia.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/exigencias.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/exigencias.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/solos.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/solos.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/adubacao.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/adubacao.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/cultivares.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/cultivares.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/plantio.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/plantio.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/irrigacao.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/irrigacao.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/tratos.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/tratos.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/manejo.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/manejo.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/doencas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/doencas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/pragas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/pragas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/normas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/normas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/colheita.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/colheita.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/aspectos.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/aspectos.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/coeficientes.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/coeficientes.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/bibliografia.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/bibliografia.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/expediente.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/expediente.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/expediente.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/bibliografia.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/coeficientes.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/aspectos.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/colheita.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/normas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/pragas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/doencas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/manejo.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/tratos.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/irrigacao.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/plantio.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/cultivares.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/cultivares.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/adubacao.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/solos.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/exigencias.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/importancia.htm
  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    2/19

    Broca-do-olho-do-coqueiro ou bicudo Rhynchophorus palmarum Linnaeus,1764 (Coleoptera: Curculionidae)

    Caractersticas:

    Larva cabea castanho-escura, corpo recurvado, sendo mais volumoso no meio eafilado nas extremidades, subdividido em 13 anis, com colorao branco-creme esem pernas (poda). Desenvolve-se no interior da planta formando galerias nostecidos tenros da regio apical da planta.

    Adulto besouro preto-opaco, com 3,5cm a 6,0cm de comprimento; possui bicorecurvado (rostro) e forte, que mede aproximadamente 1,0cm; as asas externas(litros) so curtas, deixando exposta a parte terminal do abdome e possuem oitoestrias longitudinais. Os machos diferem das fmeas por apresentarem plosrgidos em forma de escova na parte superior do rostro. Possui habito gregrio emaior atividade durante o dia. Os adultos so atrados pelo odor de fermentaoliberado por palmeiras com ferimentos, doentes ou em senescncia.

    Injrias so causadas tanto pelas larvas, que se alimentam dos tecidos tenrosda planta, constroem inmeras galerias e destroem o broto terminal (palmito),como pelos adultos, que so transmissores do nematide causador da doenaconhecida por anel vermelho. A planta atacada apresenta, inicialmente, a folhacentral mal formada e esfacelada em decorrncia da entrada do adulto,posteriormente, as folhas mais novas mostram sinais de amarelamento,murchamento, e finalmente se curvam, indicando a morte da planta. O coqueirotorna-se suscetvel ao ataque desta praga a partir do terceiro ano de plantio.

    Tticas de Controle:

    Controle cultural

    Eliminar todas as plantas mortas pela ao da praga ou da doena anelvermelho.

    Queimar ou enterrar os coqueiros erradicados, visando evitar a atrao dosbesouros ao local.

    Evitar ferimentos nas plantas sadias durante os tratos culturais e a colheita.

    Pincelar os ferimentos da planta com piche ou inseticida.

    Controle mecnico

    Coletar e destruir larvas, pupas e adultos encontrados nas plantas mortas.Coletar e eliminar os adultos capturados nas armadilhas atrativas.Controle comportamental

    Controle comportamental

    Utilizar armadilhas atrativas modelo Pet ou Balde para monitorar a

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    3/19

    populao da praga. Para promover o controle da praga recomenda-seaumentar a quantidade de armadilhas usadas no monitoramento dapopulao, proporcionalmente, ao incremento obtido na captura mensal dapraga, a partir de um incremento de 20% da populao. Manter umadistncia mnima de 100m entre armadilhas.

    Uso de iscas vegetais impregnadas com inseticidas elimina a mo-de-obraexigida para a destruio manual dos insetos capturados.Controle biolgico

    Controle biolgico

    O uso de iscas vegetais contaminadas com esporos do fungo Beauveriabassiana uma alternativa de controle de R.palmarum que a EmbrapaTabuleiros Costeiros vem testando com sucesso. Esta prtica permite

    aumentar a infeco do agente microbiano sobre a broca-do-olho dentro docoqueiral. Aps imerso na suspenso de esporos do fungo, as iscas soacondicionadas em armadilhas de auto-contaminao, que consiste embaldes plsticos contendo o feromnio da praga e com orifcios laterais quepermitem a entrada e a sada dos besouros. Estes recipientes sodistribudos em pontos estratgicos fora da plantao e de preferncia sobarbustos. Com a distribuio quinzenal de seis armadilhas de auto-contaminao em uma rea de 10ha obteve-se uma reduo de 72% e 73%na populao da praga no 1 e 2 ano de liberao do fungo.

    Broca-do-estipe, broca-do-tronco ou rhina Rhinostomus barbirostrisFabricius, 1775 (Coleoptera:Curculionidae)

    Caractersticas:

    Larva poda e com o corpo cilndrico pouco recurvado e os ltimos quatrosegmentos abdominais atrofiados; desenvolve-se dentro do estipe e pode chegar a5,0cm de comprimento.

    Adulto besouro preto de 1,5cm a 5,0cm de comprimento; o macho possui rostromais longo do que a fmea e coberto por plos avermelhados. Possui hbito

    noturno, permanecendo abrigado nas axilas das folhas mais baixas durante o dia.

    Injrias a praga ataca principalmente coqueiro adulto. A infestao constatadapela presena de serragem ou de pequenas formaes de resina endurecida noorifcio de entrada da larva e pelo aparecimento de manchas longitudinaisenegrecidas no estipe, provocadas por escorrimento da seiva. A larvas formaminmeras galerias no interior do estipe que reduzem ou interrompem o fluxo deseiva, causando reduo na produo de frutos (70 a 100%), amarelecimento dasfolhas, enfraquecimento da planta e sua predisposio queda pelo vento. Ataquesevero no estipe, na regio prxima copa da planta, provoca a quebra de folhasainda verdes, que ficam penduradas ao redor do estipe e a queda da copa e

    conseqente morte da planta.

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    4/19

    Tticas de Controle:

    Controle cultural

    Erradicar plantas quebradas pela ao do vento (o estipe que restou em pe a coroa foliar cada ao solo) ou plantas severamente infestadas pela praga.

    Queimar ou enterrar os coqueiros erradicados (partes infestadas), visandoreduzir os focos de multiplicao da praga.Controle mecnico

    Detectar os locais de posturas e destru-las mediante raspagem com faco.

    Coletar e destruir as larvas, pupas e insetos adultos encontrados nas plantasmortas.

    Controle qumico

    Injetar soluo concentrada de inseticida de contato nos orifcios de entradadas larvas ou de sada dos adultos.

    Para minimizar a ao dos insetos adultos recomenda-se a pulverizao dacopa do coqueiro infestado com inseticida de contato na proporo de 3 a 5litros de soluo/planta, dirigindo o jato da calda para a regio dos cachos edas axilas foliares.

    Broca-do-pednculo-floral-do-coqueiro Homalinotus coriaceus Gyllenhal,1836 (Coleoptera:Curculionidae)

    Caractersticas:

    Larva poda, 4,0cm a 5,0cm de comprimento, cabea castanho-escura, corporecurvado, delgado e branco. Aps a ecloso, a larva penetra no pednculo floral e

    forma uma galeria lateral dirigindo-se base do cacho, entre o estipe e a faceinterna da bainha. Nesta regio a larva retira tecido fibroso para construir o seucasulo, deixando sulcos superficiais no estipe, os quais denunciam a presena dapraga.

    Adulto besouro de hbito noturno, medindo 2,5cm a 3,0cm de comprimento,colorao preta e com o corpo recoberto por pequenas escamas pardacentas,litros estriados longitudinalmente e granulados. O adulto passa o dia abrigado nasaxilas foliares das folhas intermedirias da planta.

    Injrias a galeria aberta pela larva no pednculo floral impede o fluxo de seiva,provocando abortamento das flores femininas, queda dos frutos imaturos e at

    perda total do cacho. Os adultos ao se alimentarem de flores femininas e frutosnovos, tambm provocam a queda destas estruturas. O coqueiro torna-se

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    5/19

    suscetvel a esta praga com a emisso de suas primeiras inflorescncias.

    Tticas de Controle:

    Controle cultural

    Realizar a limpeza da copa do coqueiro por ocasio da colheita, procedendo-se a remoo e queima das folhas e dos cachos secos, dos pednculos doscachos colhidos, das espatas florais velhas e do ingao.Controle mecnico

    Coletar e destruir as larvas, pupas e insetos adultos encontrados nosresduos orgnicos retirados da planta.

    Quando possvel, realizar a coleta manual e a eliminao dos besouros

    normalmente encontrados nas axilas das folhas intermedirias da planta(entre as de nos 8 e 12), e principalmente na folha da inflorescncia aberta.Controle qumico

    Recomenda-se efetuar pulverizaes trimestrais com inseticidas de contato eingesto nas plantas atacadas (3 a 5 litros de soluo/planta) dirigindo-se o

    jato para a regio das inflorescncias abertas, dos cachos e das axilasfoliares.

    Broca-do-pecolo ou broca-da-rquis foliarAmerrhinus ynca Sahlberg,1823 (Coleoptera:Curculionidae)

    Caractersticas:

    Larva desenvolve-se dentro da rquis foliar, chegando a atingir 2,7cm decomprimento.

    Adulto besouro de hbito diurno, com 2cm de comprimento, coloraoamarelada, com matiz acinzentado e inmeros pontos pretos brilhantes e salientes,principalmente sobre as asas e no pronoto.

    Injrias a larva penetra na rquis foliar e forma galerias longitudinais queprovocam amarelecimento, enfraquecimento e quebra das folhas atacadas,resultando em atraso no desenvolvimento da planta e reduo na produo.

    Tticas de Controle:

    Controle cultural e mecnico

    Poda das folhas atacadas, seguida de queima. No caso de plantas commuitas folhas broqueadas, recomenda-se que a poda seja gradativa, ou

    seja, proporcional a emisso de folhas novas.

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    6/19

    Controle qumico

    Para controle de adultos deve-se efetuar duas pulverizaes na copa da

    planta, com produtos de contato e ingesto a intervalos de 20 dias edirigidas para a regio onde se encontra o besouro (normalmenteinflorescncias e base da rquis foliar).

    Para controle das larvas, em plantas de baixo porte, deve-se fazer um aplicao do produto qumico diretamente nos orifcios construdos pelaslarvas, adotando-se os seguintes procedimentos: a) com o auxlio de umferro de ponta fina fazer um furo na rquis da folha, acima do local deoviposio, at encontrar o canal da larva; b) encontrando o canal, injetarum inseticida misturado com gua, que tenha a propriedade de agir porcontato e liberao de gases; e (c) em seguida fechar o orifcio com sabo.

    Broca-da-coroa-foliar; broca-do-dendezeiro Eupalamides daedalus Cramer,1775 (Lepidoptera:Castniidae)

    Caractersticas:

    Larva possui colorao branco-leitosa e cabea castanho-brilhante, fortementeesclerificada, mede no final de seu desenvolvimento de 11cm a 13cm decomprimento, e tem hbito minador, ou seja, penetra no estipe na regio dacoroa foliar da planta, abrindo galerias para o interior da planta no sentidoascendente e em diagonal.

    Adulto mariposa grande, com asas de colorao marrom-escura e reflexosvioleta, tendo faixa transversal e pontuaes brancas nas asas anteriores eenvergadura variando de 17,0cm a 20,5cm nas fmeas e de 17,0cm a 18,5cm nosmachos. Tem hbito diurno e crepuscular (voa no incio da manh e no final datarde).

    Injrias larvas formam galerias dentro da coroa foliar, resultando em perda defolhas, cicatrizes no estipe e morte da planta e provocam quebra de folhasintermedirias que ficam penduradas na planta.

    Tticas de Controle:

    Controle Mecnico

    realizado pela captura dos adultos, usando redes entomolgicas e coletade larvas e pupas encontradas nas axilas foliares durante a colheita.Controle qumico

    Recomenda-se pulverizar a coroa da planta com inseticidas de contato ousistmico dirigindo o jato da soluo para a regio dos cachos e das axilas

    foliares, utilizando-se, em mdia, 7L da soluo por planta com copa foliaracima de 10m de altura.

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    7/19

    Controle Biolgico

    Pouco se conhece sobre agentes naturais que tenham ao efetiva decontrole sobre a populao de E. daedalus, no Brasil. Existe evidncias deuma formiga e de um microhimenptero predando ovos e dos

    fungos Beauveria bassiana eMetarhizium anisopliae parasitando ninfas.

    Lagarta-das-folhas, Brassolis sophorae (Linnaeus, 1758) (Lepidoptera:Nymphalidae)

    Caractersticas:

    Larva cabea castanho-avermelhada, corpo com listras longitudinais marrom-escuras e claras, recoberto por fina pilosidade, podendo atingir de 6,0cm a 8,0cmde comprimento. As lagartas vivem em grupo na copa do coqueiro, dentro de um

    ninho (saco) construdo pela unio de vrios fololos, onde permanecem abrigadasdurante o dia. As lagartas so facilmente detectadas pelo desfolhamento da planta,presena de ninhos e de excrementos no cho.

    Pupa crislida de colorao verde-clara ou marrom, medindo 2,0cm a 3,0cm decomprimento e fixada pelo abdome nas axilas foliares, tronco e restos de culturadeixados no solo sob o coqueiro.

    Adulto borboleta grande, de 6,0cm a 10,0cm de envergadura; suas asasanteriores e posteriores so marrons, atravessadas por uma faixa laranja, que nafmea se apresenta mais larga na asa anterior e em forma de Y; na face inferiordas asas posteriores encontram-se trs ocelos circundados de preto e marrom.

    Injrias desfolhamento causado pelas lagartas, podendo restar apenas asnervuras centrais dos fololos e a rquis de cada folha. As plantas atacadas sofrematraso no crescimento pela reduo da rea fotossinttica, refletindo-se na quedaprematura de frutos e atraso na produo.

    Tticas de Controle:

    Controle mecnico

    Enquanto a altura da planta assim o permitir, recomenda-se a coleta dosninhos e a destruio das lagartas abrigadas no seu interior.

    Controle biolgico Deixar no campo os ninhos que tiverem lagartas parasitadas pelo fungo

    Beauveria. Pulverizar somente a copa dos coqueiros infestados com lagartas, utilizando-

    se formulao comercial de Bacillus thuringiensis ou suspenso de esporosdo fungoBeauveria spp.

    Controle qumico

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    8/19

    Considerando a alta eficincia de controle conferida pelos entomopatgenosmencionados acima, recomenda-se que os inseticidas qumicos sejam utilizadossomente em casos de elevada infestao, dando-se preferncia para produtosseletivos aos inimigos naturais da praga.

    Barata-do-coqueiro ou falsa-barata-do-coqueiro Coraliomela brunneaThumberg, 1821 (Coleoptera: Chrysomelidae) e Mecistomela marginataThumberg, 1821 (Coleoptera: Chrysomelidae)

    Caractersticas:

    C. brunnea besouro de 2,5cm de comprimento, avermelhado com listra preta nomeio do pronoto, litros rugosos, com antenas pretas e patas pretas e vermelhas.

    M. marginata besouro de 3,4cm de comprimento, de colorao preto-

    esverdeada, com as bordas dos litros e o pronoto amarelo-castanho e as demaispartes pretas.

    Larva chata e convexa no dorso, tem colorao parda, trs pares de patas curtase o corpo formado por 11 segmentos, dos quais o primeiro e o ltimo so os maisdesenvolvidos. As larvas so encontradas entre os fololos fechados da folha flecha,enquanto os adultos, de hbito diurno, ficam nas folhas abertas, onde se acasalam.Nos horrios mais quentes do dia, os adultos se abrigam nas axilas das folhas.

    Injrias praga importante do coqueiral jovem. As larvas alimentam-se do tecidotenro da folha central fazendo perfuraes nos fololos, que resultam no atraso dodesenvolvimento e da entrada do coqueiro em produo. Infestaes severas

    podem destruir completamente as folhas centrais da planta jovem e causar suamorte.

    Tticas de controle:

    Controle mecnico

    Em baixa infestao recomenda-se a catao manual e destruio de larvas,pupas e adultos encontrados na folha central (flecha) da planta.

    Controle biolgico

    Pulverizar a copa das plantas e a flecha com uma suspenso de esporos dofungo Beauveria bassiana, visando o controle de insetos adultos e larvas.Controle qumico

    Pulverizar somente as plantas infestadas, utilizando-se inseticidas decontato mediante jato dirigido para a folha central da planta.

    Traa das flores e frutos novos, Hyalospila ptychis Dyar, 1919

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    9/19

    (Lepidoptera: Phycitidae)

    Caractersticas:

    Larva lagarta branca, com listras longitudinais pardacentas ou rosadas, alm de

    pontos pretos alinhados transversalmente; tem cabea amarela e no primeirosegmento do trax uma placa dorsal semicircular amarela, subdividida ao meio.

    Injrias As lagartas desenvolvem-se nas inflorescncias recm-abertas docoqueiro, danificando as flores femininas, perfurando as brcteas dos frutos novose penetrando neles. Alimentam-se dos tecidos do mesocarpo, fazendo galerias queinterrompem o fluxo de seiva. Grande parte dos frutos atacados no completa oamadurecimento, caindo ainda bem pequenos. Frutos que atingem a maturao sedeformam, perdem peso e o valor comercial. A infestao notada pelo acmulode dejees com fios de seda na superfcie da flor ou do fruto pequeno.

    Tticas de Controle:

    Controle cultural

    Proceder a limpeza da copa das plantas e o coroamento do solo ao redor daplanta.

    Controle Mecnico

    Semanalmente coletar e destruir, por queima ou enterrio, todos os frutosimaturos cados no cho e aqueles que secam e ficam presos nasinflorescncias.

    Controle qumico

    Efetuado somente em caso de alta infestao e quando atingido o nvel decontrole comprovado pela presena da praga.

    Pulverizar somente as plantas infestadas, utilizando-se inseticidas de

    contato e ingesto .

    Dirigir o jato do pulverizador para as inflorescncias recm-abertas e oscachos novos (referentes s folhas no 10 a 16), molhando-se bem asregies dos cachos e axilas das folhas.

    Gorgulho-das-flores-e-dos-cocos-novos Parisoschoenus obesulusCasey1922 (Coleoptera: Curculionidae)

    Caractersticas:

    Larva- tem colorao branco-leitosa, com cabea castanho-escura; desenvolve-se

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    10/19

    embaixo das brcteas dos frutos e flores e, em alguns casos, nas bainhas foliares epednculos florais.

    Adulto besouro pequeno, colorao variando de castanho-claro-avermelhado apreto, com densa pilosidade dourada sobre o corpo, com estrias longitudinais sobreos litros e desenho em forma de T no dorso.Injrias as larvas alimentam-se dos tecidos mesocrpicos dos frutos pequenos,fazendo galerias sob as brcteas e provocando a queda prematura dos frutos.

    Tticas de Controle:

    Utilizar as mesmas medidas de controle recomendadas para o controle datraa-das-flores-e-frutos-novos.

    caro-da-necrose-do-coqueiroAceria guerreronis Keifer, 1965 (sin.

    Eriophyes) (Acari: Eriophyidae) e caro da mancha-anelar docoqueiroAmrineus cocofolius, Flechtmann, 1994 (Acari: Eriophyidae)

    Na Tabela 1 so apresentadas as principais caractersticas dessas duas espcies decaros; aspecto morfolgico; parte da planta atacada; local de maior atividade dacolnia; perodo de ocorrncia; bem como as injrias capazes de provocar adepreciao do valor comercial dos frutos e/ou perdas.

    Tabela 1. Caractersticas morfolgicas e do comportamento dos caros do coqueiroAceriaguerreronis eAmrineus cocofolius

    Caractersticas caro da necrose caro da mancha anelar

    Aspecto *microscpico, forma alongada evermiforme, colorao branco-leitosa a amarelada, com apenasquatro patas na parte anterior egarras plumosas.

    *microscpico, com a regio anteriordo corpo mais larga e a posterior maisafilada, colorao amarelada.

    Parte da plantaatacada

    *folhas centrais de mudas noviveiro e de plantas com at doisanos de plantio.*frutos novos e emdesenvolvimento.

    *folhas mais velhas de mudas emviveiro, e*frutos.

    Local de maioratividade dacolnia na planta

    *sob as brcteas dos cachosdas folhas no 9 a no 14.

    *na superfcie do fruto dos cachos dasfolhas no 13 a 16 que ficam opacoscom aspecto de poeira esbranquiada.

    Perodo deocorrncia

    *todo o ano, com maioresinfestaes na poca seca.

    *na poca seca.

    Injrias

    *ocasionadas pela escarificaodas clulas epidrmicas e sucode seiva.*nas folhas centrais da mudaprovoca clorose, leses castanho-escuras no sentido longitudinal dasnervuras e necrose do broto ougema Terminal, causandodeformao das folhas, atraso nodesenvolvimento e/ou morte da

    planta jovem.*nos frutos surgem cloroses

    *ocasionadas pela escarificao dasclulas epidrmicas e suco deseiva.*os frutos atacados perdem o brilho,se tornam opacos e acinzentados, emseguida surgem pequenas pontuaesmarrons, que evoluem para necrosesque circundam o fruto no seu dimetroequatorial, formando uma cinta ouanel.

    *as necroses do m aparncia aofruto, reduzindo seu valor comercial

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    11/19

    triangulares a partir das brcteas,que evoluem para necrosescastanho-escuras, rachadurassuperficiais longitudinais ou estrias,com exsudao de goma e aspectospero.

    *ataque severo nos frutos causaqueda prematura ou ento,reduo de tamanho, perda depeso e reduo no volume degua, alm de deformaes quedepreciam o produto no mercadode coco verde.

    *em reas com alta infestao, anecrose chega a cobrir totalmente asuperfcie do fruto.

    Fonte: FERREIRA (2002).

    Tticas de Controle:

    caro-da-necrose:

    Controle cultural e mecnico

    Identificar as plantas em produo severamente infestadas e nelas retirartodos os cachos com frutos danificados e/ou deformados, as palhas epanculas secas, procedendo-se em seguida a queima ou enterrio destesmateriais.

    Retirar da rea e destruir todos os frutos cados que apresentarem sinais deataque do caro.

    Efetuar adubao conforme anlise de solo ou foliar, evitando-se excesso de

    nitrognio (Alencar, et al. 2000).

    Controle biolgico

    A Embrapa Tabuleiros Costeiros vem testando, no Estado do Sergipe, o uso dofungoHirsutella thompsoniiem formula es oleosas e em meio lquido paracontrole do caro da necrose mediante pulverizaes em plantas infestadas, com

    jato direcionado para os cachos das folhas no 10 a 16.

    Controle qumico

    Para plantas de viveiro e plantas jovens no campo recomenda-se pulverizartodas os coqueiros com acaricida quando forem detectados os primeirossinais de ataque, dirigindo-se o jato para as folhas centrais da planta.

    Para coqueiros em produo, no h necessidade de pulverizar toda aplanta. Recomendam-se trs pulverizaes a intervalos de 15 dias e comalternncia de produtos (acaricida de contato ou sistmico), dirigindo-se o

    jato da pistola para as inflorescncias e cachos de frutos mais novos(referentes s folhas no 10 a 16). A nova seqncia de pulverizaes deve-se iniciar somente aps trs meses do ltimo tratamento e quando foremdetectados novos sinais de ataque da praga. Utilizar 3 litros de soluo porplanta.

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    12/19

    No uso de acaricidas sistmicos, a colheita dos frutos para consumo innatura deve ser realizada no mnimo 30 dias aps a ltima aplicao doproduto.

    caro da mancha anelar

    Controle cultural

    Realizar a coleta e a destruio de frutos muito danificados. Efetuar adubao conforme anlise de solo e foliar, evitando-se excesso de

    nitrognio.

    Controle biolgico

    O emprego do fungo Hirsutella thompsonii para controle desta esp cietambm est sendo pesquisado pela Embrapa Tabuleiros Costeiros.Controle qumico

    Recomendam-se duas pulverizaes quinzenais com alternncia de produtos(acaricida de contato ou sistmico), dirigindo-se o jato da pistola para oscachos de frutos das folhas nos 10 a 16.

    Pragas secundrias

    Cochonilha transparente,Aspidiotus destructor Signoret, 1869(Homoptera: Diaspididae)

    Caractersticas:

    Adulto inseto sugador; de corpo pequeno e arredondado e com a coloraoamarelo-alaranjada; a fmea pe seus ovos e os distribuem em volta de seu corpoe os recobre com uma escama cerosa semi-transparente; abriga-se na face inferiordos fololos, iniciando o ataque pela extremidade das folhas mais velhas; macho

    alado.

    Injrias na planta jovem a cochonilha causa clorose seguida de secamento,parcial ou total, dos fololos das folhas, a partir das mais velhas, provocando areduo da rea foliar, e, em conseqncia, atraso no desenvolvimento da planta eretardo no incio da produo do coqueiral, afetando o rendimento da plantao. Nocoqueiro adulto, alm das folhas causa clorose tambm nas inflorescncias e nosfrutos, provocando abortamento de flores femininas, queda prematura edepreciao do valor dos frutos no mercado de coco verde.

    Tticas de Controle:

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    13/19

    Controle cultural e mecnico

    Realizar a limpeza da copa das plantas, procedendo-se a remoo e queimadas folhas atacadas, dos pednculos dos cachos colhidos, das espatas floraisvelhas e do ingao.

    Controle biolgico

    Vrias espcies de joaninhas e vespas parasitides contribuem para ocontrole natural da praga, sendo necessrio adotar medidas que favoreama multiplicao e permanncia destes agentes na plantao como, amanuteno da cobertura no solo com plantas que forneam flores emabundncia.

    Controle qumico

    Quando atingir o nvel de controle determinado, utilizar produtos qumicos(Tabela 3) com baixa toxicidade aos inimigos naturais da cochonilha.

    Para mudas no viveiro recomenda-se o uso de inseticidas granulados, quedevem ser incorporado ao solo e distribudo ao redor da planta numadistncia de pelo menos 5cm.

    Para alta infestao em plantas no campo deve-se recorrer pulverizaolocalizada dos coqueiros infestados, mediante aplicaes quinzenais nasfolhas ou nos frutos infestados at se constatar a morte da cochonilha.

    Pulgo-preto-do-coqueiro - Cerataphis lataniae Boisduval, 1867(Homoptera: Aphididae)

    Caractersticas:

    Adulto - um afdeo de forma circular, com dimetro variando entre 1,5mm e2,0mm, preto, esfrico e circundado por uma franja de cera branca. De locomoolenta, fixa-se em determinado ponto da planta para sugar a seiva. H ocorrncia deforma alada que propicia a propagao da praga na plantao. Excreta substnciasdoces que atraem vespas, moscas e formigas. As maiores populaes soregistradas na estao seca.

    Injrias - Em coqueiros jovens, provoca atraso no desenvolvimento da planta, econseqentemente, retardo do incio de produo. Em coqueiros safreiros, provocaabortamento de flores femininas, queda de frutos pequenos e/ou frutos emdesenvolvimento. Em ambos os casos, observa-se a ocorrncia de fumagina naplanta atacada. Os maiores danos do pulgo so decorrentes do ataque inflorescncia em formao, retardando seu desabrochamento. Esse tipo de ataqueestimula a explorao das flores por pequenos curculiondeos e microlepidpteros.Em coqueiro-ano o ataque desse pulgo manifesta-se com mais severidade do quenas demais variedades.

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    14/19

    Tticas de Controle:

    Controle Qumico

    Em casos de alta incidncia da praga pulverizar as plantas infestadas comprodutos sistmicos. As pulverizaes devero ser dirigidas para as folhas,incluindo as mais novas ou para as inflorescncias recm-abertas e cachosatacados.

    Raspador-do-fololo, Delocrania cossyphoides Gurin, 1844 (Coleoptera:Chrysomelidae)

    Caractersticas:

    Larva esbranquiada, semitransparente e achatada, com expanses lateraissemelhantes a espinhos em cada segmento abdominal.

    Adulto besouro pequeno, de colorao vermelho-clara, corpo achatadoventralmente, com bordos laterais prolongados cobrindo as patas.

    Injrias larvas e adultos alimentam-se raspando a epiderme da face inferior dosfololos das folhas mais novas, as quais secam e adquirem colorao marrom-prateada. Ataques dessa praga so mais comuns em coqueiros jovens, muitoembora, danos severos possam tambm ocorrer em plantas adultas. O secamentocausado nos fololos das folhas novas de uma planta jovem provoca reduo darea foliar, e, em conseqncia, atraso no desenvolvimento da planta e retardo noincio da produo do coqueiral. Na planta adulta, reduz a produo chegando aanula-la completamente, ao tempo que predispe a planta a outros fatores queculminam em sua morte.

    Tticas de Controle:

    Controle qumico

    Quando atingir o nvel de controle determinado, utilizar produtos de contatoou sistmicos dirigindo-se o jato da soluo para a face inferior dos fololosdas folhas danificadas. No caso de uso de produtos sistmicos, a colheitados frutos para consumo in natura deve ser realizada no mnimo 30 diasaps a ltima aplicao do produto. Realizar aplicao localizada somentepara as plantas ou reas altamente infestadas.

    Em coqueirais safreiros, localizados em reas povoadas e de turismo, o usode produtos sistmicos deve ser feito com muita cautela, sendo maisindicado o tratamento, via injeo caulinar ou raiz, devendo a colheitados frutos para consumo in natura ser realizada somente 90 dias apstratamento das plantas.

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    15/19

    Broca-do-bulbo, Strategus aloeus (Linnaeus, 1758) (Coleoptera:Scarabaeidae)

    Caractersticas:

    Larva esbranquiada, mede 5,0 a 6,0cm de comprimento, tem o abdmenabaulado e transparente na regio posterior e trs pares de patas na regioanterior. Desenvolve-se em madeiras em processo de decomposio.

    Adulto besouro castanho-escuro, com 6,0cm de comprimento; possui hbitonoturno e atrado por fontes luminosas; cava um buraco de aproximadamente50cm de profundidade na rea do coroamento da planta, onde se abriga durante o

    dia. O macho possui na cabea trs chifres recurvados para trs. A fmea faz suapostura em madeiras em decomposio.

    Injrias o adulto perfura o coleto de plantas jovens, formando uma galeriaascendente em direo aos tecidos tenros da regio do meristema apical, que aoser destrudo provoca murchamento das folhas novas e a morte da planta.Infestaes severas ocorrem em reas recm-desmatadas ou prximo elas e noincio do perodo chuvoso.

    Tticas de Controle:

    Controle cultural

    Remover e destruir todos os restos de madeira em processo dedecomposio dentro ou prximo da plantao.

    Para restos de madeira enleirados dentro do coqueiral recomenda-se oplantio localizado de leguminosas para ocult-los.

    Arrancar e destruir rapidamente as plantas danificadas pela praga.Controle mecnico

    Retirar os insetos adultos do interior dos orifcios feitos na planta ou no solo,com auxlio de arame grosso e de ponta afiada e, em seguida elimin-losmanualmente.

    Controle qumico

    Pulverizar ou polvilhar inseticida de contato dentro dos orifcios feitos peloinseto no solo ou no coleto da planta.

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    16/19

    Outras pragas do coqueiro

    Na Tabela 2, registra-se a ocorrncia de outras pragas que so encontradas naplantao causando menores prejuzos cultura do coqueiro, muito embora,tambm possam ocorrer, em algumas regies de cultivo, em surtos capazes decausar prejuzos econmicos.

    Tabela 2. Outras pragas associadas ao coqueiro.

    Praga Caractersticas Injrias/sinaisLagarta urticanteAutomeris cinctistriga

    mariposa marrom-clara, com duasmculas negras nas asas posteriores;lagartas verdes

    lagartas causamdesfolhamento eatraso no desenvolvimento daplanta

    Lagarta desfolhadoraOpsiphanes invirae

    borboleta marrom-avermelhada, comfaixas alaranjadas nas asas; lagartacom cabea rosada e final do abdomeem forma de cauda bfida

    lagartas causamdesfolhamento eatraso no desenvolvimento daplantaovem

    Lagarta verde docoqueiroSynale hylaspes

    borboleta preta, com manchasbrancas nas asas;lagarta verde coberta com p brancoe que fecha o fololo para se proteger

    lagartas causamdesfolhamento nasplantas jovens

    Inseto rodilhaHemisphaerota tristis

    besouro pequeno, esfrico, azulado;larva se cobre com espiralavermelhada de dejees

    adultos e larvas danificam asfolhas intermedirias e maisvelhas

    Minador do fololoTaphrocerus cocois

    besouro pequeno, preto e compontuaes prateadas nas asas; larvase desenvolve entre as duas faces dofololo

    Larvas danificam folhas maisvelhas e intermedirias

    Vaquinha do frutoHimatidium neivai

    Besouro pequeno, vermelho brilhante,corpo achatado; larva branca, compernas escondidas

    adulto e larva raspam asuperfcie de frutos grandes,que fica amarronzada

    CupinsHeterotermes sp.Nasutitermes sp.

    Insetos amarelados que vivem emcolnias e se alimentam de madeiraviva ou seca; formam ninhos no solo edepois no coqueiro broqueado

    atacam mudas no viveiro eplantas jovens; penetram nocoleto e causam secamentodas folhas e da flecha

    Formigas savasAtta cephalotesA. laevigattaA. sexdens sexdens

    Formigas avermelhadas, com trspares de espinhos no dorso; cortamplantas e carregam folhas para ninhopara o cultivo do fungo que lhe servede alimento; ninho com terra solta

    provocam desfolhamentoparcial ou total das plantasovens, ocasionando atraso noseu desenvolvimento

    Gafanhoto docoqueiroEutropidacriscristata

    Mede 11cm de comprimento, asasanteriores verde-pardacentas e asasposteriores azuladas

    causa desfolhamento docoqueiro

    Esperana Cinza-amarronzada, com antenasmuito longas, fmeas com grandeovipositor, hbito noturno

    perfuram as flores femininas eos frutos geralmente nasleses causadas pelo caro danecrose

    Tripes Inseto muito pequeno, alongado,preto, com faixa longitudinal prateadano dorso

    raspam a superfcie dos frutosque adquirem uma coloraoprateada

    carovermelhoTetranychusmexicanus

    No visvel a olho nu, vive emcolnias sob teias de seda naepiderme inferior do fololo

    causa descolorao ebronzeamento nas folhas maisvelhas do coqueiro

    caro da folhaRetracrusohnstoni

    Microscpico, regio anterior do corpomais larga e a posterior mais afilada,

    provoca manchas clorticasvisveis em ambos lados do

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    17/19

    cor amarelada e com excrescnciasbrancas; vive no fololo

    fololo, evoluindo paramanchas ferruginosas

    Fonte: FERREIRA (2002).

    Inseticidas e acaricidas usados para controle das pragas do coqueiroA crescente demanda pela proteo ambiental tem sinalizado para a adoo demtodos alternativos de controle de pragas no que se refere a proteo dascolheitas, sem contudo, excluir a utilizao dos produtos qumicos, desde que,utilizados de forma racional e de preferncia, orientado por tcnicos do setor.Inseticidas e acaricidas, mais comumente, usados para controlar a ao das pragasna cultura do coqueiro so apresentados na tabela 3, onde esto indicados os grupoqumicos, as classes toxicolgica e ambiental ao qual pertencem, a praga-alvo aque se destinam e a situao referente ao registro de cada um deles para uso. Valeobservar que poucos so os produtos oficialmente registrados no Brasil para usoem coqueiro, muito embora, inmeros trabalhos de pesquisa tenham demonstrado,

    ao longo dos anos, a eficincia de vrias molculas no controle de caros, brocas,raspadores, sugadores, entre outros. Importante advertncia se faz ao uso deprodutos clorados ou com molculas de cloro, a despeito dos resultadossatisfatrios alcanados pela pesquisa. Convm alertar que produtos dessanatureza esto proibidos em quase todo o mundo, inclusive no Brasil, peloMinistrio de Agricultura e do Abastecimento, em publicao no Dirio Oficial daUnio, de 20 de fevereiro de 1987, por se tratar de produtos extremamenteperigosos para o homem e para o meio ambiente.

    Tabela 3. Inseticidas e acaricidas usados para controle de pragas da cultura do coqueiro.

    Nometcnico

    Grupo qumico Modo deao

    Quantida-de I.a./10 lgua

    Praga-alvo Classestoxicolgi-ca e ambi-ental 1

    SituaodeRegistro

    Abamectin Avermectina de contato eingesto

    - caro danecrosecaro damanchaanelar

    III / I no

    Carbofuran Carbamato Sistmico - broca do olho I / II noCarbosulfan Carbamato Sistmico 2 g broca da

    coroa foliar

    II/II sim

    Carbosulfan Carbamato Sistmico

    -

    caro danecrosecaro damanchaanelartraa dosfrutos novosgorgulho dasflores e frutosraspador dofololo

    II / II no

    Azocyclotin Organoestnico de contato - caro da

    manchaanelar

    I / I no

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    18/19

    Bacillusthuringiensis

    Inseticidabiolgico

    de ingesto 0,32 g lagarta dasfolhas eoutras

    IV / I sim

    Bifenthrin Piretride de contato eingesto

    - caro damanchaanelar

    III / III no

    Carbaryl Carbamato de contato eingesto

    -

    lagarta dasfolhas eoutrasraspador dofololobroca dobulbobroca dacoroa foliar

    III / II no

    Chlorfenapyr Anlogo depirazol

    de contato eingesto

    - caro damanchaanelar

    III / II no

    Cyhexatin Organoestnico de contato - caro damanchaanelar

    III / II no

    Diafentiuron Feniltiouria de contato eingesto

    - caro damanchaanelar

    I / II no

    Dimetoato Organofosforado Sistmico - cochonilhatransparente

    I/II

    Enxofre Inorgnico de contato - caro danecrosecaro damanchaanelar

    IV / IV no

    Fenpropathrin Piretride de contato eingesto

    - caro damanchaanelar

    I / II no

    Fenpyroximate Pirazol de contato - caro danecrosecaro damanchaanelar

    II / I solicitado

    Hexythiazox Triazolidinacarbo

    xamida

    de contato eingesto

    - caro danecrose

    III / ? no

    Lufenuron Benzoiluria Ingesto - caro da

    manchaanelar

    IV / II no

    Malathion Organofosforado de contato eingesto

    7,5 g* cochonilhatransparente

    III / ? sim

    Malathion Organofosforado de contato eingesto

    -

    broca doestipebroca dopednculofloralbroca dobulboraspador do

    fololo

    III / ? no

  • 7/23/2019 A Cultura Do Coqueiro

    19/19

    Metil paration Organofosforado de contato eingesto

    -

    barata docoqueiroraspador dofololobroca dobulbo

    broca doestipe

    II/II no

    Monocrotofs Organofosforado sistmico,de contatoe ingesto -

    caro danecrosecaro damanchaanelarbroca dacoroa foliar

    II/I no

    Pyridaben Piridazinona de contato - caro damanchaanelar

    I / I no

    leo vegetal steres decidos graxos de contato 100 mL cochonilhatransparentepulgo

    IV / IV semrestrio

    leo mineral Hidrocarbonetosalifticos

    de contato 100 mL cochonilhatransparentepulgo

    IV / III semrestrio

    Tetradifon Organofosforado de contato - caro danecrosecaro damanchaanelar

    III / ? solicitado

    Trichlorfon Organofosforado de contato eingesto

    20,8 g lagarta dasfolhas

    II/? sim

    Trichlorfon Organofosforado de contato eingesto

    -

    falsa barataraspador dofololotraa dosfrutos

    II / ? no

    Fonte: FERREIRA (2002).

    1Classe toxicolgica: I extremamente txico, faixa vermelha; II altamente txico, faixaamarela; III medianamente txico, faixa azul; IV pouco txico, faixa verde.Classe ambiental: I produto altamente perigoso; II muito perigoso; III produto perigoso; IV

    produto pouco perigoso. Fonte: Agrofit (2002).

    i.a. ingrediente ativo.

    adicionar 100mL de leo mineral na calda.