cultura do coqueiro

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CULTURA DO COQUEIRO CULTURA DO COQUEIRO ( ( Cocos nucifera Cocos nucifera L.) L.)

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Page 1: Cultura Do Coqueiro

CULTURA DO CULTURA DO COQUEIROCOQUEIRO

((Cocos nuciferaCocos nucifera L.) L.)     

Page 2: Cultura Do Coqueiro

ORIGEM: sudeste asiático

BRASIL: 1553 portugueses vindo de Cabo Verde, para Bahia e

posterior dispersão por todo litoral nordestino e daí para todo o Brasil.

CONSIDERADO A ÁRVORE DA VIDA: mais de 100 produtos e subprodutos coco ralado, o leite de coco e a água de coco. A casca do coco: fabricação de cordas, tapetes, chapéus e

encosto de veículos. O óleo: óleo de mesa, margarina, glicerol, cosméticos,

detergentes sintéticos, sabão, velas e fluidos para freio de avião.

Page 3: Cultura Do Coqueiro

Principais países produtores:Principais países produtores:Filipinas e a Indonésia: 13 milhões de toneladas cadaFilipinas e a Indonésia: 13 milhões de toneladas cada Índia: 9 milhões de toneladas. Índia: 9 milhões de toneladas.Brasil (4º maior produtor mundial): 2,7 milhões de toneladas;Brasil (4º maior produtor mundial): 2,7 milhões de toneladas;

Apesar de ser o quarto maior produtor desta fruta, o Brasil Apesar de ser o quarto maior produtor desta fruta, o Brasil não figura na lista dos grandes exportadores da mesma. não figura na lista dos grandes exportadores da mesma.

Os preços médio do coco exportado apresentam grande Os preços médio do coco exportado apresentam grande variação por se tratarem, no caso das exportações para os variação por se tratarem, no caso das exportações para os Estados Unidos, de coco sem casca.Estados Unidos, de coco sem casca.

PRODUÇÃO / MERCADO MUNDIALPRODUÇÃO / MERCADO MUNDIAL

Page 4: Cultura Do Coqueiro

CONSIDERAÇÕES

A maior parte da produção é destinada à obtenção de óleo a partir da copra (albúmen desidratado a 6% de umidade):

produto com altos teores em ácido láurico (39% a 54 %);rico em ácidos graxos de cadeias curtas fortemente saturadas;largamente empregado na indústria alimentícia em mistura com outros óleos vegetais;utilizado também na produção de margarinas.

Observa-se nos últimos anos, uma estabilização da produção de óleo de coco no mercado internacional, ao tempo em que cresce a produção de óleo de dendê, que além de alcançar maior produtividade (5 mil kg/ha), apresenta também altos índices de ácido láurico, compensando desta forma o aumento da demanda mundial deste produto.

Page 5: Cultura Do Coqueiro

Exportação Brasileira de Coco por País de Destino 2006

Países Valor (US$ FOB) Volume (Kg)

HOLANDA 60.712 152.600

CANADA 22.013 13.230

ITALIA 19.061 27.101

ALEMANHA 17.694 4.000

PORTUGAL 14.791 36.640

URUGUAI 1.014 4.090

FRANCA 212 146

ARGENTINA 120 200

Total 135.617 238.007

Fonte: Secex/Datafruta-Ibraf

-1-1200.198.188008011900012006122006P1falsecod_pais

Page 6: Cultura Do Coqueiro

A área colhida de coco no Brasil apresentou um crescimento quase contínuo A área colhida de coco no Brasil apresentou um crescimento quase contínuo de 1994 a 2001, com exceção de 1994 e 95 e a produção acompanhou o de 1994 a 2001, com exceção de 1994 e 95 e a produção acompanhou o

mesmo comportamento. Em 2001 a área colhida ultrapassou 266 mil ha e a mesmo comportamento. Em 2001 a área colhida ultrapassou 266 mil ha e a produção 1,3 bilhão de frutos (Figura 1).produção 1,3 bilhão de frutos (Figura 1).

Atualmente o Brasil possui em torno de 50 mil hectares de coqueiro anão,  praticamente em quase todos os Estados da Federação.

Os maiores produtores:

Espírito Santo: 14 mil há

Bahia: 12 mil há

Ceará: 5 mil ha produzindo.

Page 7: Cultura Do Coqueiro

Área Plantada - Hectare Brasil

Lavouras

Permanentes

2006 2005 2004 2003 2002

Coco-da-baía

- 292.200 288.142 281.630 280.835

Page 8: Cultura Do Coqueiro

Área Colhida - Hectare

Brasil

Lavouras Permane

ntes2006 2005 2004 2003 2002

Coco-da-baía

- 290.515 285.243 280.382 276.598

Page 9: Cultura Do Coqueiro

Quantidade Produzida

Brasil

Lavouras Permane

ntes2006 2005 2004 2003 2002

Coco-da-baía (Mil frutos)

- 2.079.291 2.078.226 1.985.661 1.928.236

Page 10: Cultura Do Coqueiro

O nordeste produziu 71,2 % do O nordeste produziu 71,2 % do total seguido pelo norte com 15,0 total seguido pelo norte com 15,0

% e sudeste com 14,9 %.% e sudeste com 14,9 %.

A área colhida foi distribuída em A área colhida foi distribuída em 87,7 % para o nordeste, 7,7 % para o 87,7 % para o nordeste, 7,7 % para o

norte e 4,7 % para o sudestenorte e 4,7 % para o sudeste

Page 11: Cultura Do Coqueiro

Produtividade: Produtividade: sudeste: 14.900 frutos/ha, sudeste: 14.900 frutos/ha,

seguida pelo norte com 9.700 seguida pelo norte com 9.700 frutos/háfrutos/há

A produtividade média A produtividade média

brasileira: 5.000 frutos/ha brasileira: 5.000 frutos/ha (bastante influenciada pela (bastante influenciada pela

produção nordestina que possui produção nordestina que possui baixíssima produtividade média, baixíssima produtividade média,

de 4.100 frutos/há).de 4.100 frutos/há).

Page 12: Cultura Do Coqueiro

Determinantes da produtividade:Determinantes da produtividade:

1º) elevada produtividade no sudeste 1º) elevada produtividade no sudeste e norte: áreas novas e com uso e norte: áreas novas e com uso intenso de tecnologia, variedade anã intenso de tecnologia, variedade anã (mais produtiva) e irrigação (mais produtiva) e irrigação

2º) baixa produtividade no nordeste:2º) baixa produtividade no nordeste:possui três tipos de plantios: possui três tipos de plantios: a) Faixa litorânea – grande área com a) Faixa litorânea – grande área com variedade gigante, menos produtiva e variedade gigante, menos produtiva e sem uso de tecnologia(extrativismo); sem uso de tecnologia(extrativismo); b) Plantios novos na faixa litorânea – b) Plantios novos na faixa litorânea – com variedade anã, adoção de com variedade anã, adoção de tecnologia e sem irrigação: tecnologia e sem irrigação: produtividade na faixa de 12.000 produtividade na faixa de 12.000 frutos/ha e frutos/ha e c) No semi-árido e demais regiões c) No semi-árido e demais regiões com uso de irrigação: elevada com uso de irrigação: elevada produtividade, acima de 20.000 produtividade, acima de 20.000 frutos/ha. frutos/ha.

A Bahia liderou a produção A Bahia liderou a produção brasileira com 31,7 % da brasileira com 31,7 % da produção total em 2001, seguido produção total em 2001, seguido pelo Pará, Ceará, e Espírito pelo Pará, Ceará, e Espírito Santo com 14,8; 14,7 e 11,1%, Santo com 14,8; 14,7 e 11,1%, da produção respectivamenteda produção respectivamente

Page 13: Cultura Do Coqueiro

PRODUÇÃO MATOGROSSENSEPRODUÇÃO MATOGROSSENSE

Em MT, a produção de coco vem crescendo ano a ano:Em MT, a produção de coco vem crescendo ano a ano:

1995: 461 toneladas (71 ha)1995: 461 toneladas (71 ha) 1996: 1.486 toneladas (265 ha)1996: 1.486 toneladas (265 ha) 1997: 3.306 toneladas (447 ha)1997: 3.306 toneladas (447 ha) 1998: 7.248 toneladas (688 ha)1998: 7.248 toneladas (688 ha) 1999: 9.091 toneladas (992 ha)1999: 9.091 toneladas (992 ha) 2000: 17.133 toneladas (1.631 ha).2000: 17.133 toneladas (1.631 ha).

A produção do Estado deve quadruplicar em menos de três A produção do Estado deve quadruplicar em menos de três anos.anos.

Page 14: Cultura Do Coqueiro

-

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

Mil

Fru

tos

Bahia

Pará

Ceará

Mato Grosso

FONTE: AGRIANUAL/2003.FONTE: AGRIANUAL/2003.

Figura 1: Evolução na produção de coco nos Estados da Bahia, Figura 1: Evolução na produção de coco nos Estados da Bahia, Pará, Ceará e Mato Grosso (período de 1995-2002).Pará, Ceará e Mato Grosso (período de 1995-2002).

Page 15: Cultura Do Coqueiro

FONTE: AGRIANUAL/2003.FONTE: AGRIANUAL/2003.

Figura 2: Evolução da área de plantio de coco nos Estados da Bahia, Figura 2: Evolução da área de plantio de coco nos Estados da Bahia, Pará, Ceará e Mato Grosso (período de 1995-2005).Pará, Ceará e Mato Grosso (período de 1995-2005).

-

10

20

30

40

50

60

70

80

90

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

Mil

hecta

res

Bahia

Pará

Ceará

Mato Grosso

Page 16: Cultura Do Coqueiro

Fruta destinada à bebida da água (consumo “in natura”);Fruta destinada à bebida da água (consumo “in natura”);Fruta destinada à industrialização, para extração da polpa.Fruta destinada à industrialização, para extração da polpa.

Grupo de Coco do Vale-GCV (Vale do São Francisco):Grupo de Coco do Vale-GCV (Vale do São Francisco):Expressivo crescimento dos plantios entre os anos de 1996 e 2001:Expressivo crescimento dos plantios entre os anos de 1996 e 2001:ÁÁrea de cultivo do coco Anão rea de cultivo do coco Anão elevou para cerca de elevou para cerca de 57 mil hectares57 mil hectares, ( 33 mil , ( 33 mil no Nordeste, 10 mil hectares no Vale do São Francisco: no Nordeste, 10 mil hectares no Vale do São Francisco:

em formação 33 mil háem formação 33 mil háem início de produção 21 mil háem início de produção 21 mil háem produção, apenas 3 mil ha.em produção, apenas 3 mil ha. Atualmente em produção: 280 milhões de unidades de cocos-verdes/ano, Atualmente em produção: 280 milhões de unidades de cocos-verdes/ano, equivalentes a 420 mil toneladas. equivalentes a 420 mil toneladas.

Com a entrada em produção de toda a área atualmente cultivada, prevê-se o Com a entrada em produção de toda a área atualmente cultivada, prevê-se o

ingresso no mercado, nos próximos anos, de cerca de ingresso no mercado, nos próximos anos, de cerca de 1,19 bilhões de 1,19 bilhões de cocos/safracocos/safra, equivalendo a 1,8 milhões de toneladas/ano, ou seja, cerca de , equivalendo a 1,8 milhões de toneladas/ano, ou seja, cerca de

4,3 vezes4,3 vezes o volume atualmente produzido o volume atualmente produzido..

MERCADO NACIONALMERCADO NACIONAL

Page 17: Cultura Do Coqueiro

ALTERNATIVAS DE MERCADO PARA A PRODUÇÃO CRESCENTE DOS ALTERNATIVAS DE MERCADO PARA A PRODUÇÃO CRESCENTE DOS PRÓXIMOS ANOS:PRÓXIMOS ANOS: *INTRODUÇÃO DE MÁQUINAS DE EXTRAÇÃO DE ÁGUA-DE-COCO com *INTRODUÇÃO DE MÁQUINAS DE EXTRAÇÃO DE ÁGUA-DE-COCO com o produto servido diretamente ao consumidor;o produto servido diretamente ao consumidor;

*EXPORTAÇÃO DE COCO-VERDE É OUTRA ALTERNATIVA*EXPORTAÇÃO DE COCO-VERDE É OUTRA ALTERNATIVAA estratégia a ser adotada pelos produtores é de exportar coco-verde, A estratégia a ser adotada pelos produtores é de exportar coco-verde, inicialmente, para alavancar o consumo de água-de-coco envasada. inicialmente, para alavancar o consumo de água-de-coco envasada.

Segundo SINDCOCO-Sindicato Nacional dos Produtores de Coco:Segundo SINDCOCO-Sindicato Nacional dos Produtores de Coco: * *Crescimento da ordem de 300% consumo de sucos de frutas na EuropaCrescimento da ordem de 300% consumo de sucos de frutas na Europa , , após acidente em fábrica de refrigerantes, no ano de 1999, na Bélgica. após acidente em fábrica de refrigerantes, no ano de 1999, na Bélgica. Abre perspectivas para água-de-coco,especialmente a envasada, Abre perspectivas para água-de-coco,especialmente a envasada,

Page 18: Cultura Do Coqueiro

*ENVASAMENTO:*ENVASAMENTO: informações do setor indicam expansão: informações do setor indicam expansão: 1) 1) a ampliação das fábricas tradicionais;a ampliação das fábricas tradicionais; 2) a construção de novas unidades; 2) a construção de novas unidades; 3) crescimento de pequenas e médias agroindústrias. 3) crescimento de pequenas e médias agroindústrias.

Este processo permite equilibrar a oferta de água-de-coco ao Este processo permite equilibrar a oferta de água-de-coco ao longo do ano, na medida em que retira do mercado coco-verde longo do ano, na medida em que retira do mercado coco-verde em época de concentração de oferta, contribuindo para a em época de concentração de oferta, contribuindo para a equalizar os preços do produto.equalizar os preços do produto.O potencial anima os produtores. O potencial anima os produtores.

O país consome cerca de 72 bilhões de litros de O país consome cerca de 72 bilhões de litros de bebidas industrializadas, dos quais somente 660 bebidas industrializadas, dos quais somente 660 milhões de litros são de água de coco. Deste total, milhões de litros são de água de coco. Deste total, cerca de 80% são de cocos in natura. cerca de 80% são de cocos in natura. Após o envase industrial, a água de coco Após o envase industrial, a água de coco industrializada, dura doze meses sem perder as industrializada, dura doze meses sem perder as características.características.

Page 19: Cultura Do Coqueiro

Coco gigante: Coco gigante: fase de fase de grande procuragrande procura. . A produção atende a menos de 60% da demanda, o que força as A produção atende a menos de 60% da demanda, o que força as empresas a importarem a fruta “in natura”empresas a importarem a fruta “in natura” ou a polpa de países asiáticos.ou a polpa de países asiáticos.

A saída para este momento que vive a cultura do coco é o planejamento A saída para este momento que vive a cultura do coco é o planejamento estratégico dos próximos pomares que serão formados. estratégico dos próximos pomares que serão formados.

**Uma das saídas que pode dar certo é o plantio de coco híbrido. Uma das saídas que pode dar certo é o plantio de coco híbrido. Vantagens:Vantagens:1ª) Produção de frutos de dupla finalidade, água e polpa, o que permite 1ª) Produção de frutos de dupla finalidade, água e polpa, o que permite ao produtor se adequar às variáveis do mercado consumidor. ao produtor se adequar às variáveis do mercado consumidor. 2ª) O coco híbrido começa a produzir no quarto ano após o plantio, o 2ª) O coco híbrido começa a produzir no quarto ano após o plantio, o anão após o terceiro ano. anão após o terceiro ano. 3ª) Além disso, o coco híbrido, como o gigante permite o aproveitamento 3ª) Além disso, o coco híbrido, como o gigante permite o aproveitamento da casca e fibras para múltiplos fins. Como por exemplo, a utilização da da casca e fibras para múltiplos fins. Como por exemplo, a utilização da fibra para confecção de assento para automóveis.fibra para confecção de assento para automóveis.

Page 20: Cultura Do Coqueiro

Potencial Físico e Financeiro de compra e consumo per Potencial Físico e Financeiro de compra e consumo per

capita de Coco no mercado interno de Mato Grossocapita de Coco no mercado interno de Mato Grosso. . Consumo Potencial Consumo Potencial PotencialPotencial

Produto Produto per capita per capita Físico Físico FinanceiroFinanceiro– Kg/mês t/ano Kg/mês t/ano R$ 1,00 R$ 1,00

Coco in naturaCoco in natura 0,138 0,138 4.151,12 4.151,12 4.649.256,00 4.649.256,00 Água de coco Água de coco 0,041 0,041 1.237,82 7.303.140,00 1.237,82 7.303.140,00 Doce de coco Doce de coco 0,009 0,009 284,00 1.155.468,00 284,00 1.155.468,00 Bala de coco Bala de coco 0,019 0,019 578,83 2.558.436,00 578,83 2.558.436,00

TOTALTOTAL 6.251,776.251,77 15.666.300,0015.666.300,00

FONTE: SEBRAE-MTFONTE: SEBRAE-MT

Page 21: Cultura Do Coqueiro

CONCLUSÕES SOBRE O MERCADO DO COQUEIROCONCLUSÕES SOBRE O MERCADO DO COQUEIRO

A cultura do coco no Brasil evoluiu significativamente nos últimos A cultura do coco no Brasil evoluiu significativamente nos últimos anos.anos.

As exportações não evoluiram da maneira que a produção cresceu, As exportações não evoluiram da maneira que a produção cresceu, mas o consumo interno da fruta aumentou significativamentemas o consumo interno da fruta aumentou significativamente

As importações da fruta para o processamento da polpa declina ano a As importações da fruta para o processamento da polpa declina ano a ano.ano.

Oferta da fruta será enorme para os próximos anos (a maior parte dos Oferta da fruta será enorme para os próximos anos (a maior parte dos plantios está em formação e o consumo interno certamente não irá plantios está em formação e o consumo interno certamente não irá acompanhar este aumento da oferta).acompanhar este aumento da oferta).

Necessidade de abrir espaço para outros cultivares: híbrido. Necessidade de abrir espaço para outros cultivares: híbrido.

Agregar valor à produção de água de coco, como por exemplo: Agregar valor à produção de água de coco, como por exemplo: • industrialização da água e um plano de marketing visando a industrialização da água e um plano de marketing visando a

substituição do refrigerante convencional por um produto de melhor substituição do refrigerante convencional por um produto de melhor qualidade para a saúde.qualidade para a saúde.

Page 22: Cultura Do Coqueiro

BOTÂNICABOTÂNICA Família: PalmaeFamília: Palmae

SISTEMA RADICULAR FASCICULADO

Não possui raiz principal;

Produz a vida toda de 2 a 10mil raízes grossas (8 a 10mm);

Função: fixação no solo;

RADICELAS

Do sistema fasciculado saem Raízes secundárias, e Terciárias e destas as radicelas (1 a 3mm diâmetro).

Função: absorção

DISTRIBUIÇÃO:

70 a 90% das raízes totais encontram-se a 1m a partir da estipe (caule) e a uma profundidade entre 0,2 a 0,6m

Page 23: Cultura Do Coqueiro

CAULECAULE Tipo estipe, muito Tipo estipe, muito

desenvolvido e desenvolvido e bastante resistentebastante resistente

Na parte terminal do Na parte terminal do tronco é tenra e tronco é tenra e comestível (palmito), e comestível (palmito), e no seu ápice o ponto de no seu ápice o ponto de crescimentocrescimento

Com dilatação na base: Com dilatação na base: gigante e híbridosgigante e híbridos

Sem dilatação na base: Sem dilatação na base: anõesanões

Page 24: Cultura Do Coqueiro

FOLHAFOLHA Tipo penada, constituída pelo Tipo penada, constituída pelo

pecíolo, que continua pela pecíolo, que continua pela ráquis, onde se prende ráquis, onde se prende numerosos folíolos.numerosos folíolos.

Folha madura: 6 mFolha madura: 6 m

Coqueiro gigante emite 12 a Coqueiro gigante emite 12 a 14 folhas por ano.14 folhas por ano.

Coqueiro Anão: 18 folhasCoqueiro Anão: 18 folhas

Permanecem vivas por 3 a 3,5 Permanecem vivas por 3 a 3,5 anos, apresentando uma copa anos, apresentando uma copa com 25 a 30 folhas (Child, com 25 a 30 folhas (Child, 1974)1974)

Page 25: Cultura Do Coqueiro

INFLORESCÊNCIAINFLORESCÊNCIA

Paniculadas, axilares, Paniculadas, axilares, protegidas por espatas protegidas por espatas (brácteas grandes), que se (brácteas grandes), que se abre liberando a abre liberando a inflorescência;inflorescência;

Formada pelo pedúnculo, Formada pelo pedúnculo, espigas e floresespigas e flores

Cada espiga contém flores Cada espiga contém flores femininas na sua base e femininas na sua base e numerosas flores masculinas numerosas flores masculinas nos dois terços terminaisnos dois terços terminais

Coqueiro gigante: polinização Coqueiro gigante: polinização cruzada (flores masculinas cruzada (flores masculinas abrem e disseminam pólen abrem e disseminam pólen antes das femininas estejam antes das femininas estejam receptivasreceptivas

Coqueiro anão: auto-Coqueiro anão: auto-fecundação (flores femininas fecundação (flores femininas e masculinas amadurecem e masculinas amadurecem quase ao mesmo tempoquase ao mesmo tempo

Page 26: Cultura Do Coqueiro

FRUTOFRUTO

É uma drupaÉ uma drupa Formado por:Formado por: EpicarpoEpicarpo MesocarpoMesocarpo (espesso e (espesso e

fibroso)fibroso) EndocarpoEndocarpo (camada dura) (camada dura) Semente Semente (camada fina (camada fina

marrom (tegumento) entre o marrom (tegumento) entre o endocarpo e o albúmen endocarpo e o albúmen sólido);sólido);

Albúmen sólidoAlbúmen sólido (camada (camada carnosa, branca e oleosacarnosa, branca e oleosa

Albúmen líquidoAlbúmen líquido Embrião (próximo a um dos Embrião (próximo a um dos

orifícios do endocarpo e orifícios do endocarpo e envolvido pelo albúmen sólido.envolvido pelo albúmen sólido.

Page 27: Cultura Do Coqueiro

Quantidade Composição

Química

  Polpa

  Leite

Calorias 589,80 kcal 38,60 kcal

Água 14,00 g 90,80 g

Carboidratos 27,80 g 7,00 g

Proteínas 5,70 g 0,40 g

Lipídios 50,50 g 1,00 g

Cinzas 2,00 g 0,80 g

Vitamina B1 (Tiamina) 173,00 mcg 2,00 mcg

Vitamina B2 (Riboflavina) 102,00 mcg 4,00 mcg

Niacina 0,10 mg 0,07 mg

Vitamina C (Ácido ascórbico)

8,20 mg 10,40 mg

Quadro 3 – Composição Química em 100g de coco

Page 28: Cultura Do Coqueiro

Quantidade Composição

Química

  Polpa

  Leite

Fósforo 191,00 mg 10,00 mg

Cálcio 43,00 m g 20,00 mg

Ferro 3,60 m g -

Magnésio 9,00 m g -

Enxofre 13,00 m g -

Silício 0,50 m g -

Quadro 4 - Sais minerais contidos em 100g de coco

Page 29: Cultura Do Coqueiro

EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS:EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS:

Clima tropical,Clima tropical,

Temperatura: Temperatura: 27ºC (ótima), abaixo de 17° podem afetar o 27ºC (ótima), abaixo de 17° podem afetar o

desenvolvimento da planta.desenvolvimento da planta.

Luminosidade:Luminosidade: 2.000 horas de luz/ano (mínimo 120 horas por mês)l;2.000 horas de luz/ano (mínimo 120 horas por mês)l;

Pluviosidade: Pluviosidade: precipitações acima de 1500mm (bem distribuídas)precipitações acima de 1500mm (bem distribuídas) Pluviosidades mensais não inferiores a 130mmPluviosidades mensais não inferiores a 130mm IDEAL: Lençol freático pouco profundo (1 a 4m) ou IDEAL: Lençol freático pouco profundo (1 a 4m) ou

suprimento irrigação.suprimento irrigação.

Page 30: Cultura Do Coqueiro

SOLOS:SOLOS: Os solos mais adequados são de textura arenosa e areno-Os solos mais adequados são de textura arenosa e areno-

argilosa, com lençol freático entre 1 e 4m de profundidade. argilosa, com lençol freático entre 1 e 4m de profundidade. Evitar solos argilosos e sujeitos a encharcamento.Evitar solos argilosos e sujeitos a encharcamento.

Page 31: Cultura Do Coqueiro

O coqueiro é constituído de uma única espécie (Cocos nucifera), e pode ser dividido em três grupos: • Gigantes • Intermediários (híbridos) • Anões

Cada grupo contém um número de variedades. As variedades são geralmente nomeadas de acordo com a sua suposta localidade de origem. As variedades gigantes apresentam de modo geral, fecundação cruzada; seu crescimento é rápido e fase vegetativa longa (cerca de sete anos).

GRUPOS DE VARIEDADES

Page 32: Cultura Do Coqueiro

As principais variedades existentes no Brasil são:       Coqueiro-Gigante • Gigante da Praia do Forte      -GBrPF     -Bahia  • Gigante do Oeste Africano    -GOA       -Costa do Marfim • Gigante de Renell,                 -GRL  -Taiti • Gigante da Malásia               -GML         -Malásia       Coqueiro-Anão • Amarelo-da-Malásia        -AAM    -Malásia • Vermelho-da-Malásia      -AVM     -Mal&aacutte;sia • Vermelho-dos Camarões -AVC      -República dos Camarões • Verde do Brasil                -AVeB    -Rio Grande do Norte • Amarelo do Brasil            -AAB      -Parraíba • Vermelho do Brasil           -AVB      -Paraíba

PRINCIPAIS VARIEDADES EXISTENTES NO BRASIL

Page 33: Cultura Do Coqueiro

GIGANTEGIGANTE

planta de porte alto planta de porte alto (35 m de altura; (35 m de altura;

pouco produtiva (60-80 pouco produtiva (60-80 frutos/planta/ano);frutos/planta/ano);

início de produção: 7º início de produção: 7º ano pós-plantio;ano pós-plantio;

frutos utilizados na frutos utilizados na indústria de indústria de processamento na processamento na forma de coco ralado, forma de coco ralado, leite de coco, flocos, leite de coco, flocos, etc.etc.

Page 34: Cultura Do Coqueiro

ANÃ ANÃ planta de porte baixo (12 m de planta de porte baixo (12 m de

altura); altura); planta muito produtiva (200 a 250 planta muito produtiva (200 a 250

frutos/planta/ano); frutos/planta/ano); início de produção: 3º ano pós-início de produção: 3º ano pós-

plantio; plantio; frutos são utilizados na forma de frutos são utilizados na forma de

"coco-verde", em função da "coco-verde", em função da excelente qualidade de sua água.excelente qualidade de sua água.

Variedades:Variedades:

Page 35: Cultura Do Coqueiro

cruzamento entre o coqueiro cruzamento entre o coqueiro anão (planta mãe) e o coqueiro anão (planta mãe) e o coqueiro gigante (planta polinizadora); gigante (planta polinizadora);

plantas de porte intermediário plantas de porte intermediário (20 m de altura);(20 m de altura);

produzem de 150 a 160 produzem de 150 a 160 frutos/planta/ano; frutos/planta/ano;

início de produção: 4º ano pós-início de produção: 4º ano pós-plantio; plantio;

os frutos podem ser utilizados os frutos podem ser utilizados tanto pela indústria de tanto pela indústria de processamento do coco-seco, processamento do coco-seco, quanto na forma de coco-verde quanto na forma de coco-verde (água de coco).(água de coco).

HÍBRIDOSHÍBRIDOS

Page 36: Cultura Do Coqueiro

PROPAGAÇÃOPROPAGAÇÃO

CARACTERÍSTICAS DA PLANTA MATRIZ:CARACTERÍSTICAS DA PLANTA MATRIZ:Tronco reto; Tronco reto; Precoces e em plena produção;Precoces e em plena produção;cicatrizes foliares pouco espaçadas;cicatrizes foliares pouco espaçadas;grande número de folhas(30 a 35);grande número de folhas(30 a 35);cachos com muitos frutos;cachos com muitos frutos;pedúnculo curto e numerosas folhas femininas.pedúnculo curto e numerosas folhas femininas.

Page 37: Cultura Do Coqueiro

PREPARO DAS SEMENTES:PREPARO DAS SEMENTES:COLHEITA: Colher as sementes completamente COLHEITA: Colher as sementes completamente secas, com 12 meses após a abertura da inflorescência;secas, com 12 meses após a abertura da inflorescência;MATURAÇÃO: Após colhidas são estocadas para MATURAÇÃO: Após colhidas são estocadas para completar a maturação, sendo: 10 dias para anões e 21 completar a maturação, sendo: 10 dias para anões e 21 dias para gigante.dias para gigante.GERMINAÇÃO: As sementes germinam bem, tanto a GERMINAÇÃO: As sementes germinam bem, tanto a pleno sol quanto na sombra. pleno sol quanto na sombra. Recomenda-se germinadores constituídos da mistura Recomenda-se germinadores constituídos da mistura de pó-de-serra curtido mais areia (50% de cada). de pó-de-serra curtido mais areia (50% de cada). Entalhe: fazer próximo a inserção do fruto no cacho: Entalhe: fazer próximo a inserção do fruto no cacho: auxilia a hidratação da semente e facilita a germinação auxilia a hidratação da semente e facilita a germinação

Page 38: Cultura Do Coqueiro

SISTEMA TRADICIONAL DE PRODUÇÃO DE MUDASSISTEMA TRADICIONAL DE PRODUÇÃO DE MUDAS

GERMINADOUROGERMINADOURO

Canteiros de 1,0 a 1,5m de largura Canteiros de 1,0 a 1,5m de largura com comprimento variávelcom comprimento variável

Densidade: Densidade: *Gigante = 20 a 25 sementes/m*Gigante = 20 a 25 sementes/m22

*Anã e Híbrida e 25 a 30 *Anã e Híbrida e 25 a 30 sementes/msementes/m22

Posição no Canteiro: horizontal ou Posição no Canteiro: horizontal ou vertical, cobertas com 2/3 da vertical, cobertas com 2/3 da altura da sementealtura da semente

Irrigação: 6 a 7 mm/dia (6 a7 litros Irrigação: 6 a 7 mm/dia (6 a7 litros de água/mde água/m2) em 2 turnos (início da ) em 2 turnos (início da manhã e final da tarde)manhã e final da tarde)

Page 39: Cultura Do Coqueiro

SISTEMA TRADICIONAL DE PRODUÇÃO DE MUDASSISTEMA TRADICIONAL DE PRODUÇÃO DE MUDAS

ADUBAÇÃO NO ADUBAÇÃO NO GERMINADOR/10m²GERMINADOR/10m²

- 20 kg esterco de curral curtido- 20 kg esterco de curral curtido - 100 g cloreto de potássio- 100 g cloreto de potássio - 200 g superfosfato simples- 200 g superfosfato simples - 50 g micronutrientes (FTE BR 12- 50 g micronutrientes (FTE BR 12)

Germinação:Germinação:Anão: 40 dias; Anão: 40 dias; Híbrido:70 dias;Híbrido:70 dias;Gigante: 100 dias)Gigante: 100 dias) Após germinação permanecem até Após germinação permanecem até

atingir 15 a 20cm de alturaatingir 15 a 20cm de altura

Page 40: Cultura Do Coqueiro

VIVEIROVIVEIRORAIZ NUA OU SACOLAS RAIZ NUA OU SACOLAS

PLÁSTICAS (40X40CM P/ ANÃO E PLÁSTICAS (40X40CM P/ ANÃO E

60X60CM P/ GIGANTE60X60CM P/ GIGANTE’’

REPICAGEM: Plântulas com 15 a REPICAGEM: Plântulas com 15 a 20cm de altura e 1 broto vão para 20cm de altura e 1 broto vão para viveiro;viveiro;

Obs.:Fazer poda das raízes antes da Obs.:Fazer poda das raízes antes da repicagem;repicagem;

Plantio das mudas no viveiro:Plantio das mudas no viveiro: Espaçamento 60 x 60 x 60cm em Espaçamento 60 x 60 x 60cm em

triângulo equilátero (31.944 triângulo equilátero (31.944 mudas/há);mudas/há);

Manter coleto da planta ao nível Manter coleto da planta ao nível do solodo solo

Irrigação (mesma do Irrigação (mesma do germinadouro)germinadouro)

Adubação: 200 g/planta de NPK, Adubação: 200 g/planta de NPK, sendo 1º mês = 30g; 3º mês = sendo 1º mês = 30g; 3º mês = 100g e 5º mês = 70g100g e 5º mês = 70g

PROPORÇÃO: uréia: 1,3 parte; PROPORÇÃO: uréia: 1,3 parte; superfosfato triplo: 1,0 parte; superfosfato triplo: 1,0 parte; cloreto de potássio: 1,1 parte.cloreto de potássio: 1,1 parte.

Page 41: Cultura Do Coqueiro

SISTEMA ALTERNATIVO DE PRODUÇÃO DE MUDASSISTEMA ALTERNATIVO DE PRODUÇÃO DE MUDAS

PRODUÇÃO DE MUDAS PRODUÇÃO DE MUDAS DIRETAMENTE NO DIRETAMENTE NO GERMINADOUROGERMINADOURO

ou seja, as sementes ou seja, as sementes germinadas são transferidas germinadas são transferidas diretamente para o local diretamente para o local definitivo de plantiodefinitivo de plantio

Redução de densidade:Redução de densidade: Coqueiro anão e híbrido: de Coqueiro anão e híbrido: de

30 para 15 e 20 sementes/m230 para 15 e 20 sementes/m2 Para Gigante: de 25 para 10 a Para Gigante: de 25 para 10 a

15 sementes/m215 sementes/m2 VANTAGENS DO SISTEMA:VANTAGENS DO SISTEMA: Menor índice de perdas no Menor índice de perdas no

campo;campo; Maior teor de reservas no Maior teor de reservas no

endosperma das sementesendosperma das sementes Menor área foliar da mudaMenor área foliar da muda

Page 42: Cultura Do Coqueiro

ADUBAÇÃO NO GERMINADOUROADUBAÇÃO NO GERMINADOURO

OPÇÃO SEM FERTILIZANTES OPÇÃO SEM FERTILIZANTES QUÍMICOS:QUÍMICOS:

Adubação orgânica de lastro Adubação orgânica de lastro no germinadouro: cama de no germinadouro: cama de galinha ou esterco de ovinos, galinha ou esterco de ovinos, associada a uma cobertura associada a uma cobertura morta das sementes com morta das sementes com bagaço de canabagaço de cana

Reduz custos com capinas, Reduz custos com capinas, evita queima do broto evita queima do broto terminal.terminal.

Adubação foliar à base de Adubação foliar à base de uréia (2%)uréia (2%)

Page 43: Cultura Do Coqueiro

TRANSPLANTE: mudas com 40 cm.TRANSPLANTE: mudas com 40 cm. (Média à partir do 5º mês com 3 folhas (Média à partir do 5º mês com 3 folhas

vivas)vivas)

Mudas em sacos de polietileno, sugere-Mudas em sacos de polietileno, sugere-se que as mudas sejam transplantadas se que as mudas sejam transplantadas para o saco quando estiverem com a para o saco quando estiverem com a altura aproximada de 15 cm ou altura aproximada de 15 cm ou apresentarem 3 folhas.apresentarem 3 folhas.

As mudas provenientes de sacos de As mudas provenientes de sacos de polietileno deverão ir para o campo polietileno deverão ir para o campo quando atingirem a altura aproximada quando atingirem a altura aproximada de 1 m. de 1 m.

Mudas plantadas em sacos de Mudas plantadas em sacos de polietileno têm se mostrado mais polietileno têm se mostrado mais vigorosas do que as mudas de raiz nua. vigorosas do que as mudas de raiz nua.

Page 44: Cultura Do Coqueiro

PLANTIO:PLANTIO:Covas de 60 x 60 cm 1 mês antes do plantio preparadas com:Covas de 60 x 60 cm 1 mês antes do plantio preparadas com: esterco de gado curtido (aproximadamente 5 litros)esterco de gado curtido (aproximadamente 5 litros) 800 gramas de superfosfato simples. A quantidade de calcário a\800 gramas de superfosfato simples. A quantidade de calcário a\

q1deverá ser determinada em função dos resultados de análise q1deverá ser determinada em função dos resultados de análise do solo.do solo.

As mudas antes de serem plantadas deverão ter suas raízes As mudas antes de serem plantadas deverão ter suas raízes cortadas e plantadas no centro da cova.cortadas e plantadas no centro da cova.

Adubação e coberturaAdubação e coberturaNormalmente, realizam-se duas adubações de cobertura, sendo Normalmente, realizam-se duas adubações de cobertura, sendo uma no início e outra após o período chuvoso. Além da adubação uma no início e outra após o período chuvoso. Além da adubação mineral, recomenda-se também uma cobertura orgânica, mineral, recomenda-se também uma cobertura orgânica, extremamente importante ao desenvolvimento do coqueiro. extremamente importante ao desenvolvimento do coqueiro.

Page 45: Cultura Do Coqueiro

ESPAÇAMENTOS RECOMENDADOSESPAÇAMENTOS RECOMENDADOSANÃO: 7,5 x 7,5 m(205 pls./há)ANÃO: 7,5 x 7,5 m(205 pls./há)HÍBRIDO: 8,5 x 8,5 m (160 pls./há)HÍBRIDO: 8,5 x 8,5 m (160 pls./há)GIGANTE: 9,0 x 9,0 m (142 pls./há)GIGANTE: 9,0 x 9,0 m (142 pls./há)

MARCAÇÃO DA ÁREA: MARCAÇÃO DA ÁREA:

Linha principal de plantio no sentido Linha principal de plantio no sentido Norte-Sul.Norte-Sul.

Consórcio entre plantasConsórcio entre plantasDo plantio até o segundo ano: Do plantio até o segundo ano: Cupuaçu, pimenta-do-reino, pupunha, Cupuaçu, pimenta-do-reino, pupunha, mandioca, maracujá, abóbora, banana, mandioca, maracujá, abóbora, banana, abacaxi, etc.abacaxi, etc.

Essas culturas devem ser cultivadas a Essas culturas devem ser cultivadas a uma distância dos coqueirais de uma distância dos coqueirais de aproximadamente 1,5 m para evitar aproximadamente 1,5 m para evitar concorrência por nutrientes e sombra. concorrência por nutrientes e sombra. Do segundo ano em diante, as culturas Do segundo ano em diante, as culturas deverão ser plantadas no meio das deverão ser plantadas no meio das ruas dos coqueiros e/ou entre plantas.ruas dos coqueiros e/ou entre plantas.

Page 46: Cultura Do Coqueiro

NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃONUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO

Remoção de nutrientes pelo híbrido PB-121 (‘Gigante-Remoção de nutrientes pelo híbrido PB-121 (‘Gigante-Oeste-Africano’ x ‘Anão-Amarelo-da-Malásia’ (GOA X AAM) Oeste-Africano’ x ‘Anão-Amarelo-da-Malásia’ (GOA X AAM) (Ouriver, 1984)(Ouriver, 1984)

Remoção do Cl só é menor que N e K, portanto é Remoção do Cl só é menor que N e K, portanto é considerado Macronutriente para o coqueiro.considerado Macronutriente para o coqueiro.

Exigências menores para: P, Ca, Mg e SExigências menores para: P, Ca, Mg e S

Tabela – Quantidades de nutrientes exportados pelo coco (casca, Tabela – Quantidades de nutrientes exportados pelo coco (casca, coque e albúmen em Kg há ano (Ouriver, 1984)coque e albúmen em Kg há ano (Ouriver, 1984)

Produção N P K Ca Mg S Cl

Copra t/há -------------------- Kg há ano -------------------------------

3.379 (119)* 51,72 7,54 87,46 3,95 5,67 4,57 47,03

*Número de frutos planta ano calculado, tomando como base o peso da copra de 200g fruto

Fonte: Ferreira, J.M.S. et al., 1998

Page 47: Cultura Do Coqueiro

Funções e Sintomas de deficiência dos nutrientes no coqueiroFunções e Sintomas de deficiência dos nutrientes no coqueiro

POTÁSSIO:Aparece nas folhas do meio da copa, e oposterior secamento das folhas velhas

Manchas cor de ferrugem nos dois ladosdo folíolo, evoluindo para necrose.

MAGNÉSIO:Aparece nas folhas velhas.Nas partes extremas do folíolo, eexpostas ao sol, o amarelecimento émais intenso, próximo à ráquispermanecem verdes.

Page 48: Cultura Do Coqueiro

Deficiência deBoro, reduçãodos folíolos

Page 49: Cultura Do Coqueiro

Funções e Sintomas de deficiência Funções e Sintomas de deficiência dos nutrientes no coqueirodos nutrientes no coqueiro

Page 50: Cultura Do Coqueiro

DETERMINAÇÃO DA NECESSIDADE DE ADUBAÇÃO DO COQUEIRODETERMINAÇÃO DA NECESSIDADE DE ADUBAÇÃO DO COQUEIRO

Coleta para Análise de soloColeta para Análise de solo projeção da copa, 20 sub-amostras por área homogênea de até 10ha.projeção da copa, 20 sub-amostras por área homogênea de até 10ha. 60 dias da última adubação, na profundidade 0-20cm e 20-40cm60 dias da última adubação, na profundidade 0-20cm e 20-40cmObs. Análise de micronutriente no solo quando não for possível análise foliarObs. Análise de micronutriente no solo quando não for possível análise foliar

Page 51: Cultura Do Coqueiro

Análise foliarAnálise foliar

Folhas amostradas: 4, 9 e 14 (níveis críticos), no meio da Folhas amostradas: 4, 9 e 14 (níveis críticos), no meio da copacopa

Determinação da folha a ser amostrada:Determinação da folha a ser amostrada: Divide o nº total de folhas por 2 e compara-se o resultado com Divide o nº total de folhas por 2 e compara-se o resultado com

as posições 4, 9 e 14. O resultado mais próximo determina a as posições 4, 9 e 14. O resultado mais próximo determina a folhafolha

Localização:Localização: aloca-se a posição 1 à folha aberta mais aloca-se a posição 1 à folha aberta mais recentemente e numerando sucessivamente as folhas mais recentemente e numerando sucessivamente as folhas mais velhas encontra-se a folha a ser amostrada.velhas encontra-se a folha a ser amostrada.

Page 52: Cultura Do Coqueiro

Análise foliarAnálise foliar

Amostra:Amostra: retira-se 3 folíolos de cada lado da parte central e retira-se 3 folíolos de cada lado da parte central e aproveita-se somente os 10cm centrais que são aproveita-se somente os 10cm centrais que são acondicionados em sacos de papel.acondicionados em sacos de papel.

Identificação da amostra:Identificação da amostra: local da coleta, a data, a idade da local da coleta, a data, a idade da planta e a posição da folha amostrada.planta e a posição da folha amostrada.

Nº Plantas amostradas:Nº Plantas amostradas: 15 plantas para coqueiro Anão e 20 15 plantas para coqueiro Anão e 20 para híbrido/ área homogênea.para híbrido/ área homogênea.

Época de coleta:Época de coleta: início da seca (cultivos de sequeiro), das 7 a início da seca (cultivos de sequeiro), das 7 a 11hs e 36 hs após precipitação.11hs e 36 hs após precipitação.

Page 53: Cultura Do Coqueiro

Os níveis críticos dos macronutrientesOs níveis críticos dos macronutrientes

Os níveis críticos dos micronutrientes na folha 14 em mg Kg: Os níveis críticos dos micronutrientes na folha 14 em mg Kg: B = 10; Mn = 100; Zn = 15; Cu = 3; Fe = 40B = 10; Mn = 100; Zn = 15; Cu = 3; Fe = 40

(Manciot, 1980; Magat, 1991, Ochs et al. 1993).(Manciot, 1980; Magat, 1991, Ochs et al. 1993).

Page 54: Cultura Do Coqueiro

ADUBAÇÃO: Localização dos fertilizantes na área do ADUBAÇÃO: Localização dos fertilizantes na área do coroamento conforme figura. coroamento conforme figura.

Page 55: Cultura Do Coqueiro

IRRIGAÇÃO: IRRIGAÇÃO:

Quando possível, deve-se Quando possível, deve-se usar a irrigação por micro usar a irrigação por micro aspersão, aplicando-se de aspersão, aplicando-se de 100 a 150 litros de 100 a 150 litros de água/planta/dia.água/planta/dia.

Page 56: Cultura Do Coqueiro

COLEOBROCASCOLEOBROCASBROCA-DO-OLHO-DO-COQUEIRO BROCA-DO-OLHO-DO-COQUEIRO

(Rhynchophorum (Rhynchophorum palmarumpalmarum)) adulto põe ovos em ferimentos;adulto põe ovos em ferimentos; a larva se alimenta de tecidos a larva se alimenta de tecidos

jovens e tenros, formando galerias jovens e tenros, formando galerias no tronco, levando a planta à morte;no tronco, levando a planta à morte;

vetor do nematóide vetor do nematóide ((Bursaphelenchus cocophilusBursaphelenchus cocophilus))

CONTROLECONTROLE Eliminação e queimaEliminação e queima das plantas atacadasdas plantas atacadas Armadilhas (Armadilhas (LannateLannate)) FungoFungo Beauveria bassianaBeauveria bassiana

PRINCIPAIS PRAGAS:PRINCIPAIS PRAGAS:

Page 57: Cultura Do Coqueiro

BROCA-DO-PEDÚNCULO FLORALBROCA-DO-PEDÚNCULO FLORAL(Homalinotus coriaceus)(Homalinotus coriaceus)Larva branca, recurvada e noturnaLarva branca, recurvada e noturnaPostura nas inflorescênciasPostura nas inflorescênciasQueda dos frutos e floresQueda dos frutos e floresCONTROLECONTROLELimpeza da copa, MalathionLimpeza da copa, MalathionBROCA-DO-ESTÍPE OU TRONCO BROCA-DO-ESTÍPE OU TRONCO (Rhinostomus barbirostris)(Rhinostomus barbirostris)CONTROLECONTROLEEliminação das plantas e queimaEliminação das plantas e queima

Page 58: Cultura Do Coqueiro

PRINCIPAIS PRINCIPAIS PRAGASPRAGAS

COLEOBROCASCOLEOBROCASBROCA-DA-RÁQUIS - BROCA-DA-RÁQUIS -

PECÍOLO PECÍOLO (Amerrhynus (Amerrhynus ynca)ynca)

Larva se alimenta da ráquisLarva se alimenta da ráquis CONTROLE: CONTROLE: Queima das Queima das

folhasfolhasBROCA-DO-BULBO BROCA-DO-BULBO (Strategus (Strategus

aloes)aloes) Besouro castanho-escuro Besouro castanho-escuro

(noturno)(noturno) CONTROLECONTROLE Arranquio e queima das Arranquio e queima das

plantas atacadasplantas atacadas ArmadilhasArmadilhas

Page 59: Cultura Do Coqueiro

OUTRAS PRAGASOUTRAS PRAGAS: : GORGULHO DAS PLANTAS E FRUTOS ; VAQUINHA GORGULHO DAS PLANTAS E FRUTOS ; VAQUINHA

DO FRUTO ; TRAÇA ; LAGARTA DAS FOLHAS (DO FRUTO ; TRAÇA ; LAGARTA DAS FOLHAS (Brassolis sophoraeBrassolis sophorae); RASPADOR ); RASPADOR

DO FOLÍOLO; COCHONILHAS, PULGÃO E ÁCARODO FOLÍOLO; COCHONILHAS, PULGÃO E ÁCARO

BARATA DO COQUEIROBARATA DO COQUEIRO ((Cariomella brunea) Cariomella brunea) também conhecida como também conhecida como seca do coqueiro. seca do coqueiro. . praga de alta reprodução. praga de alta reprodução. destrói as partes jovens . destrói as partes jovens da folha flexa do coqueiro.da folha flexa do coqueiro.. as larvas causam a . as larvas causam a morte da folha e da morte da folha e da planta.planta.. quando a folha seca, é . quando a folha seca, é retirada facilmente e retirada facilmente e apresenta cheiro apresenta cheiro característico.característico.. só ataca planta sjovens . só ataca planta sjovens de 1 a 2 anos.de 1 a 2 anos.

CONTROLE: Marshal CONTROLE: Marshal 200 ( 2,0 a 200 ( 2,0 a 3,0ml/litro)3,0ml/litro)Dipterex (30ml/litro).Dipterex (30ml/litro).

Page 60: Cultura Do Coqueiro

PRINCIPAIS DOENÇAS:PRINCIPAIS DOENÇAS:

MANCHA FOLIAR OU MANCHA FOLIAR OU HELMINTOSPORIOSE HELMINTOSPORIOSE ((Drechslera incurvataDrechslera incurvata))

Folhas com lesões Folhas com lesões pequenas, ovais, amarela e pequenas, ovais, amarela e depois marronsdepois marrons

CONTROLECONTROLE Adubação balanceadaAdubação balanceada Mancozeb, Maneb ou Mancozeb, Maneb ou

CaptanCaptan Dithane M45, Cercobin, Dithane M45, Cercobin,

Cicosin.Cicosin. Folicur: sistêmico Folicur: sistêmico

(1,0ml/litro) são aplicado (1,0ml/litro) são aplicado com espalhante adesivo.com espalhante adesivo.

Page 61: Cultura Do Coqueiro

PRINCIPAIS PRINCIPAIS DOENÇAS:DOENÇAS:

QUEIMA-DAS-FOLHAS QUEIMA-DAS-FOLHAS (Botryosphaeria (Botryosphaeria cocogena)cocogena)

Lesões em forma de Lesões em forma de “V” que evoluem até “V” que evoluem até basebase

CONTROLECONTROLE Cultural: eliminação e Cultural: eliminação e

queima das folhasqueima das folhas Químico: Benomyl + Químico: Benomyl +

CarbendazinCarbendazin Benlate (0,1%) Benlate (0,1%)

2ml/litro com 2ml/litro com espalhante adesivo ou espalhante adesivo ou óleo mineral óleo mineral (ASSISTIL).(ASSISTIL).

Page 62: Cultura Do Coqueiro

LIXA PEQUENA LIXA PEQUENA (Phylachora torrendiella)(Phylachora torrendiella)

Pontos negros pequenos Pontos negros pequenos isolados, em linhas ou em isolados, em linhas ou em losangoslosangos

CONTROLECONTROLE Biológico: Biológico: Acremonium Acremonium

spp; Septofusidium spp; Septofusidium elegantulumelegantulum

LIXA-GRANDE LIXA-GRANDE (Sphaeradothis (Sphaeradothis acrocomiae)acrocomiae)

Pontos grandes marronsPontos grandes marrons Facilmente destacam-se Facilmente destacam-se

das folhasdas folhas CONTROLECONTROLE Biológico: Biológico: Acremonium Acremonium

spp; Septofusidium spp; Septofusidium elegantulumelegantulum

Page 63: Cultura Do Coqueiro

MURCHA-DE-MURCHA-DE-PHYTOMONAS OU PHYTOMONAS OU HARTROT HARTROT (Phytomonas (Phytomonas sp)sp)

Amarelecimento das Amarelecimento das folhas velhasfolhas velhas

Coloração marromColoração marrom Raízes com extremidades Raízes com extremidades

azuisazuis Queda de frutos Queda de frutos

pequenos e grandespequenos e grandes Inflorescências ficam Inflorescências ficam

marronsmarrons VETOR: VETOR: Percevejos das espécies Percevejos das espécies

Lincus lobullingerLincus lobullinger CONTROLE:CONTROLE: Eliminação de coqueiros Eliminação de coqueiros

doentesdoentes Controle do insetor vetorControle do insetor vetor

Page 64: Cultura Do Coqueiro

PRINCIPAIS DOENÇAS:PRINCIPAIS DOENÇAS:

ANEL VERMELHO ANEL VERMELHO (Bursaphelenchus (Bursaphelenchus cocophillus)cocophillus)

Amarelo ouro das Amarelo ouro das folhas basaisfolhas basais

Folhas quebram e Folhas quebram e formam uma saiaformam uma saia

Planta morrePlanta morre Estipe com anel Estipe com anel

vermelhovermelho VETOR:VETOR: Broca-de-olho-do-Broca-de-olho-do-

coqueirocoqueiro CONTROLE:CONTROLE: Eliminação das Eliminação das

plantas doentesplantas doentes

Page 65: Cultura Do Coqueiro

PRINCIPAIS DOENÇAS:PRINCIPAIS DOENÇAS:

ANTRACNOSE ANTRACNOSE (Colletotrichum gloeosporioides)(Colletotrichum gloeosporioides) Manchas escuras nas folhasManchas escuras nas folhas Manchas escuras nas inflorescênciasManchas escuras nas inflorescências Queda de frutos pequenosQueda de frutos pequenos Rachadura nos frutos grandesRachadura nos frutos grandes Queda de frutos grandesQueda de frutos grandes CONTROLE:CONTROLE: Fungicida sistêmico + acaricidaFungicida sistêmico + acaricida

Page 66: Cultura Do Coqueiro

Colheita:Colheita:

MANUALMANUAL 60 a 100 plantas/dia (adulta)60 a 100 plantas/dia (adulta)PONTO DE COLHEITA:PONTO DE COLHEITA: É determinado à partir da abertura da É determinado à partir da abertura da

inflorescência e o destino do mercado inflorescência e o destino do mercado consumidor, sendo:consumidor, sendo:

Coco verde (água de coco), (6 a 8 meses)Coco verde (água de coco), (6 a 8 meses) Coco seco (indústria de processamento) (11 a 12 Coco seco (indústria de processamento) (11 a 12

meses)meses)

– – COMERCIALIZAÇÃOCOMERCIALIZAÇÃO- R$ 0,50 / fruto verde- R$ 0,50 / fruto verde

- R$ 0,45 a 0,55 / fruto seco- R$ 0,45 a 0,55 / fruto seco