a construção de indicadores de desempenho numa pme: um

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Universidade do Minho Escola de Economia e Gestão Adriana Marcela Araújo Faria abril de 2018 A construção de indicadores de desempenho numa PME: um contributo à gestão de desempenho Adriana Marcela Araújo Faria A construção de indicadores de desempenho numa PME: um contributo à gestão de desempenho UMinho|2018

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Universidade do MinhoEscola de Economia e Gestão

Adriana Marcela Araújo Faria

abril de 2018

A construção de indicadores de desempenho numa PME: um contributo à gestão de desempenho

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018

Adriana Marcela Araújo Faria

abril de 2018

A construção de indicadores de desempenho numa PME: um contributo à gestão de desempenho

Trabalho efetuado sob a orientação da Professora Doutora Carolina Feliciana de Sá Cunha Machado

Projeto de Mestrado

Mestrado em Gestão de Recursos Humanos

Universidade do MinhoEscola de Economia e Gestão

Nome: Adriana Marcela Araújo Faria

Endereço eletrónico: pg17235@ alunos.uminho.pt

Número de bilhete de identidade: 13573705

Titulo de projeto: A construção de indicadores de desempenho numa PME: um

contributo à gestão de desempenho.

Orientadora: Professora Doutora Carolina Feliciana de Sá Cunha Machado.

Ano de conclusão: 2018

Designação do Mestrado: Gestão de Recursos Humanos

É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO PARCIAL DESTE PROJETO (páginas 1-79), APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE;

Universidade do Minho, 30/04/2018

Assinatura: Adriana Marcela Araújo Faria

iii

Agradecimentos

À administração da organização e a todos os colegas que contribuíram para o

desenvolvimento deste projeto, manifesto a minha sincera gratidão pela cooperação,

disponibilidade e prontidão.

À professora Doutora Carolina Machado, minha orientadora, pelo interesse e

profissionalismo com que acompanhou e orientou este projeto, pelas certeiras e oportunas

observações, sugestões e pelos melhores e mais úteis ensinamentos transmitidos, estou-

lhe muito grata!

Aos meus pais por todo o apoio e motivação demonstrados em todos os meus projetos.

À minha madrinha e a outros envolvidos.

v

A construção de indicadores de desempenho numa PME: um contributo à gestão de desempenho

Resumo

Este projeto tem como objetivo definir indicadores de desempenho num contexto

organizacional. Sendo a análise de funções o processo base para a gestão de recursos

humanos, propõe-se a implementação de um sistema de descrição, análise e qualificação

de funções para desenvolver os níveis de performance organizacional. Partindo de uma

metodologia de investigação-ação e recorrendo à técnica de entrevista semiestruturada e

ao inquérito por questionário, foram identificadas competências transversais à

organização e competências específicas de cada família de funções. Assim, do projeto

resultou um manual de funções e um portfólio de competências organizacionais com a

descrição de indicadores comportamentais de desempenho que contribuirão para a

eficácia da avaliação de desempenho e eficiência organizacional.

Palavras-chave: Análise de funções, avaliação de desempenho, funções

vii

The construction of performance indicators in a PME: a contribution to performance

management

Abstract

The purpose of this project is to define performance levels in a organizational context. As

job analysis is a process based of human resource management, it was proposed an job

analysis system to develop performance indicators. Through action-research metodology

and using interview thecnique and questionnaire survey, transversal competencies and

specific competencies of each function have been identified. Therefore, this project

resulted an jobs description and an portfolio of competencies with descriptions of

behavioral performance levels.

Key-words: job analysis, apraisal performance, functions,

ix

Índice

Introdução ......................................................................................................................... 1

Capítulo I - A organização................................................................................................ 3

1.1. A estrutura organizacional ................................................................................. 3

1.2. Caracterização dos recursos humanos do grupo ................................................ 5

1.3. Práticas de recursos humanos ............................................................................... 7

1.4. O problema organizacional ................................................................................... 9

Capítulo II - Enquadramento teórico .............................................................................. 11

2.1 A análise de funções ............................................................................................. 13

2.1.2 Técnicas de recolha de informação ................................................................ 17

2.1.3 Erros comuns na análise de funções ............................................................... 18

2.1.4 Implementação da descrição e análise de funções ......................................... 21

2.1.5. Resultados da análise de funções .................................................................. 23

2.2. Indicadores de desempenho a partir da DAQF .................................................... 24

2.2.1. Identificação das competências ..................................................................... 26

2.2.2. Conceção de indicadores de desempenho ..................................................... 29

Capítulo III – Vertentes do caso ..................................................................................... 32

3.1. A amostra ............................................................................................................. 33

3.1.1 Caracterização da amostra .............................................................................. 34

3.2 - Técnicas de recolha de informação .................................................................... 35

Capítulo IV – Apresentação de proposta de solução ...................................................... 39

4.1. Descritivo funcional do grupo ............................................................................. 39

4.2. Implementação da descrição, análise e qualificação de funções ......................... 40

4.3 – Identificação das competências ......................................................................... 47

4.4 Descrição de competências .................................................................................. 59

Capítulo V – Conclusões e limitações ............................................................................ 72

Referências Bibliográficas .............................................................................................. 74

Apêndices ....................................................................................................................... 78

x

Lista de Abreviaturas

DAQF - Descrição, análise e qualificação de funções

IEFP - Instituto de Emprego e Formação Profissional

SIVA - Sociedade de importação de veículos automóveis, S.A

xi

Lista de figuras

Figura 1- Organograma organizacional ............................................................................ 5 Figura 2 - Proposta de novo descritivo de funções ......................................................... 42 Figura 3 - Exemplo de descritivo de função “Pintor” .................................................... 44 Figura 4-Competências genéricas do grupo ................................................................... 52

xii

Lista de gráficos

Gráfico n.º 1 -Caracterização dos recursos humanos segundo o sexo .............................. 5

Gráfico n.º 2 - Caracterização dos recursos humanos segundo antiguidade .................... 6

Gráfico n.º 3 - Caracterização dos recursos humanos segundo habilitações literárias ..... 6

Gráfico n.º 4 - Caracterização dos recursos humanos segundo funções .......................... 7

Gráfico n.º 5 - Distribuição da amostra segundo o sexo ................................................ 34

Gráfico n.º 6 - Distribuição da amostra segundo anos de serviço na empresa ............. 35

Gráfico n.º 7 -Distribuição da amostra segundo habilitações literárias .......................... 35

Gráfico n.º 8 -Competências específicas da família de funções administrativos ........... 53

Gráfico n.º 9 - Competências específicas da família de funções de vendas ................... 55

Gráfico n.º 10 - Competências específicas da família de funções Pós-venda ............... 56

Gráfico n.º 11 - Competências específicas da família de funções Líderes de equipa .... 58

xiii

Lista de Tabelas

Tabela 1 – Princípios da DAQF ..................................................................................... 47

Tabela 2 – Família de funções ........................................................................................ 48

Tabela 3 – Competências genéricas valorizadas ............................................................ 49

Tabela 4- Definição das core competences .................................................................... 52

1

Introdução

Ao longo dos anos, a descrição e análise de funções tem vindo a ser utilizada pelas

empresas como uma metodologia individual apenas com o objetivo de descrever

detalhadamente as tarefas e o contexto do cargo não sendo integrada na gestão e objetivos

organizacionais. Todavia, descrever e analisar funções passa por conhecer mais profundamente

a sua relação com a obtenção do produto final (bem/serviço) e revelar quais as

responsabilidades e requisitos que o trabalhador deve possuir a fim de ocupar um posto

correspondente a uma função específica (Silva & Reis, 2018). Não se trata apenas de criar um

retrato das tarefas, responsabilidades e objetivos de um cargo, mas, ainda, enunciar os

conhecimentos, capacidades e experiência que um indivíduo necessita de deter para

desempenhar as funções com sucesso.

Deste modo, as empresas necessitam de uma descrição e análise de funções estratégica

que contemple não só o conteúdo do trabalho, mas, ainda, as competências dos indivíduos de

modo a direcionar todas as práticas de gestão de recursos humanos na captação e

desenvolvimento das competências necessárias para atingir objetivos organizacionais (Brandão

& Guimarães, 2001). Assim, percebe-se que o sucesso de um recrutamento e seleção, gestão

de remunerações e desempenho, entre outras práticas de gestão de recursos humanos depende

da qualidade de informação contida nas respetivas descrições de funções.

Nomeadamente, no caso da gestão de desempenho, sendo o objetivo central alinhar as

atividades dos colaboradores com os objetivos estratégicos da organização (Caetano, 2008),

importa que as empresas detenham processos de descrição e análises de funções atualizados e

estratégicos, isto é, ajustados à realidade organizacional, definindo o contexto do trabalho e as

características do trabalhador e identificando os padrões de resultados que devem ser atingidos

pelos trabalhadores através das suas competências comportamentais e técnicas expondo, deste

modo, a conduta do comportamento ideal necessário para que a entidade possa atingir os

objetivos de negócio.

Neste sentido, teve-se como finalidade realizar uma investigação-ação numa

organização do setor de venda automóvel a fim de se identificar quais os indicadores

comportamentais que traduzem os elevados níveis de performance do grupo, recorrendo a

técnicas mistas de recolha de informação e partindo do processo base que é a descrição e análise

de funções, uma vez que a principal carência da entidade é a definição de indicadores

comportamentais de desempenho necessários à prossecução dos objetivos estratégicos.

2

O projeto está estruturado em quatro capítulos, sendo que o primeiro retrata a

caracterização e apresentação da empresa e o problema organizacional, o segundo capítulo

apresenta o enquadramento teórico onde foram abordados os principais eixos analíticos em

torno da temática, o terceiro capítulo descreve as opções metodológicas adotadas, o quarto

capítulo apresenta a análise crítica dos resultados acompanhado das medidas de melhoria para

superar a lacuna existente e o último capítulo expõe as conclusões e principais limitações a

que este projeto foi sujeito.

3

Capítulo I - A organização

A organização na qual decorreu o projeto é uma média empresa do ramo automóvel,

composta por 93 colaboradores, da qual fazem parte as empresas sede Volkswagen e sede

Audi/Seat e cuja principal atividade é a venda de automóveis novos do grupo Volkswagen,

Audi, Skoda e Seat, assim como, a manutenção e reparação de veículos e venda de peças e

acessórios.

O início da atividade do grupo foi em 1984 com a concessão das marcas

Volkswagen/Audi e, em 1997, as duas marcas foram divididas em estruturas individuais,

assinalando assim a inovação como forma de estar no negócio. Nessa altura, a organização

assumiu a representação exclusiva da Volkswagen, da Audi, da Skoda e concessão SEAT. Em

2014, foi inaugurado um novo espaço comercial de viaturas multimarcas seminovas e usadas.

O grupo tem como missão alcançar e manter uma reputação de qualidade dos serviços

prestados, procurando satisfazer e superar os requisitos e expectativas dos seus clientes, de

forma a continuar a ser uma organização de excelência, assegurando a rentabilidade do

negócio. Os principais valores assentam na competência, no rigor, profissionalismo e relação

interpessoal interna e externa e visam aumentar o seu volume de negócios nas várias áreas, por

via da satisfação do cliente e consequente aumento do seu número. Assim, os objetivos

primordiais do grupo são o reconhecimento pela excelência e qualidade dos produtos,

reconhecimento pela qualidade dos serviços fornecidos e prestados aos clientes e o

reconhecimento pela integridade moral e ética profissional de todos os seus colaboradores.

Com isto, o grupo compromete-se a satisfazer os clientes, através da qualidade do serviço, da

inteira responsabilidade pelo resultado qualitativo do trabalho e da partilha do sucesso

(Regulamento Interno, 2016).

1.1. A estrutura organizacional

A organização é constituída por um único proprietário e está estruturada em cinco

unidades: o setor administrativo, o financeiro e secretariado, vendas, pós-venda e o

departamento de informação, logística e marketing.

Tal como é característico nas pequenas e médias empresas portuguesas, esta não possui

um departamento de recursos humanos sendo que o técnico superior de recursos humanos

4

detém a posição de tesouraria cuja função está inserida no departamento

financeiro/secretariado.

A partir da figura n.º 1 observa-se que as unidades e os departamentos são divididos em

(Regulamento interno do grupo, 2016):

Conselho administrativo - constituído por um presidente executivo e dois vogais.

Departamento financeiro e secretariado - constituído pela função de diretor financeiro,

um cargo de contabilidade, um cargo de tesouraria, um cargo de controlo financeiro,

três cargos de secretaria comercial e um cargo de provedoria de clientes.

Departamento de vendas - constituído por um diretor geral de vendas, um cargo de

responsável comercial por marca, dois cargos de responsável de automóveis usados,

um cargo de responsável de solução de frotas e equipa de comerciais de cada marca.

Departamento pós-venda - constituído por diretor geral, um cargo de responsável do

setor de serviços pós-vendas para cada marca, um cargo de responsável do setor de

peças, operacionais de serviço de mecânica e chefes de oficina, operacionais de serviço

de gestão, coordenação e venda de peças de cada marca.

Departamento de informação, logística e marketing - constituído por gestor de

marketing, logística e informação e sua equipa e, ainda, pelo responsável de call center

e a equipa de call center.

5

Figura 1- Organograma organizacional

Fonte: Regulamento Interno, 2016

1.2. Caracterização dos recursos humanos do grupo

O gráfico n.º 1 evidencia que o grupo é constituído por 93 colaboradores dos quais 77%

são do sexo masculino (72 homens) e aproximadamente 23% do sexo feminino (21 mulheres).

Gráfico n.º 1 -Caracterização dos recursos humanos segundo o sexo

O gráfico n.º 2 demonstra que grande parte dos colaboradores trabalha na empresa há

mais de 11 anos, realçando-se, ainda, uma percentagem relativa de colaboradores novos que se

encontra a laborar há menos de 1 ano.

6

Gráfico n.º 2 - Caracterização dos recursos humanos segundo antiguidade

A média de idades dos colaboradores é de 41 anos. No que respeita às habilitações

literárias pode-se observar a partir do gráfico n.º 3 que 43% dos colaboradores possui o ensino

básico de escolaridade, tendo o 9.º ano completo (40 colaboradores) e 32% possui o ensino

secundário completo (30 indivíduos).

Gráfico n.º 3 - Caracterização dos recursos humanos segundo habilitações literárias

Quanto aos postos de trabalho, pode-se observar pelo gráfico n.º 4 que as funções de pós-

venda são as que possuem maior número de colaboradores (56% correspondente a 52

colaboradores), devendo-se ao facto de serem constituídas por funções mais operacionais e de

trabalho manual que estão distribuídas pelos diferentes polos, tais como, mecânicos,

eletricistas, chapeiros, lavadores, chefes de oficina, gestores de clientes, entre outros. Temos,

18%

16%

14%15%

21%

16%

< 1 ano

Até 1 ano

2 a 5 anos

6 a 10 anos

11 a 15 anos

> 16 anos

Antiguidade de serviço

Habilitações literárias

7

ainda, as funções administrativo/financeiras (17,2% correspondente a 16 funcionários),

seguidas de comerciais de várias marcas automóvel. Os cargos de marketing/comunicação são

os que possuem menos colaboradores.

Gráfico n.º 4 - Caracterização dos recursos humanos segundo funções

1.3. Práticas de recursos humanos

Sendo o grupo uma média empresa familiar e não possuindo um departamento de recursos

humanos, todas as decisões relativas às práticas de recursos humanos são da responsabilidade

dos diretores de departamento, tendo o apoio do presidente executivo. No entanto, a relação e

a exigência da comunidade de negócios e dos Serviços de Importação de Veículos Automóvel

(SIVA), impõe que a entidade formalize alguns processos de gestão de recursos humanos para

deter recursos capazes de dar resposta às exigências das marcas e gerarem valor para a

sustentabilidade do negócio.

No processo de recrutamento e seleção, a organização dá prioridade ao recrutamento

interno para preenchimento de vagas. Relativamente ao recrutamento externo, solicita o apoio

ao Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), publica anúncios de vagas nos sites

e redes sociais do grupo e nos jornais e tem em conta as candidaturas espontâneas. Ao nível da

seleção, as técnicas utilizadas são a análise e triagem de currículos, entrevistas individuais

dirigidas pelo responsável do departamento sendo que a decisão final é a cargo do superior de

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departamento, com consentimento do presidente executivo, contando, ainda, com um período

de experiência.

O acolhimento e integração é uma prática informal que decorre de forma ad hoc, todavia,

é fornecido ao novo colaborador o seu descritivo de função, as normas de procedimento

internas e as normas de qualidade e são-lhe apresentados o seu local de trabalho e colegas.

Existe um manual de acolhimento, contudo é muito extenso e não está formalizado.

No que respeita à formação e desenvolvimento, o grupo possui um plano anual de formação

interna e externa, formalizado e dirigido a todos os colaboradores. A formação administrada é

específica às áreas de trabalho, atualização de conhecimentos e na área comportamental. O tipo

de formação é teórico, em sala de aula, e em formato e-learning. É efetuado um diagnóstico de

necessidades de formação anual através de inquéritos por questionário aos colaboradores ou

consoante as exigências das marcas e é realizada uma avaliação de conhecimentos.

A avaliação de desempenho consiste na avaliação dos colaboradores, pelo superior

hierárquico, através do preenchimento de um formulário. Todavia, esta prática peca pela

informalidade e por não possuir critérios de medição específicos e claros que permitam

distinguir e reconhecer os desempenhos dos vários colaboradores em todos os níveis da

organização. Existe, ainda, uma entrevista individual para fornecimento do feedback de

desempenho a cada colaborador.

No que que respeita à gestão de recompensas, esta surge como fonte de atração e retenção

do capital humano. No grupo existem recompensas monetárias, tais como, prémios de

desempenho em dinheiro no fim do ano e não monetárias, tais como uma lembrança no natal,

prenda de natal a todos os filhos dos colaboradores, lavagem de automóveis grátis a todos os

colaboradores, entre outros.

Referente à gestão de carreiras, a possibilidade de progressão de carreira surge no caso de

preenchimento de uma vaga interna.

O processo de comunicação interno é formal e informal e surge como outra fonte de

retenção de capital humano, isto é, existe uma comunicação vertical ascendente formal, porém

todos os colaboradores comunicam entre si, as chefias superiores e os colaboradores

comunicam informalmente, existem convívios entre todos em época natalícia, Páscoa, São

Martinho, São João, aniversários, eventos do grupo abertos a toda a comunidade, existindo

algumas práticas de conciliação entre trabalho-família para todos os colaboradores.

9

1.4. O problema organizacional

Para superar a crise no ramo automóvel, o grupo remodelou a sua estrutura organizacional,

ajustou procedimentos de trabalho, redefiniu a sua estratégia de negócio e recrutou novos

colaboradores desde os cargos de chefia até aos de produção. Todavia, a organização, para

conseguir manter uma reputação de qualidade dos serviços prestados, satisfazer e,

principalmente, superar os requisitos e expectativas dos seus clientes, necessita, do mesmo

modo, de reestruturar a gestão de recursos humanos, uma vez que estes processos têm um

impacto positivo no desempenho organizacional (Gomes, Pinha e Cunha, Rego, Cunha,

Marques e Cabral Cardoso, 2008).

Neste sentido, a entidade pretende conceber uma gestão de desempenho que permita

analisar e avaliar o contributo dos colaboradores no desempenho das suas funções e

desenvolver comportamentos de melhoria, uma vez que este processo procura garantir o

sucesso estratégico organizacional sustentado na melhoria de comportamentos dos

colaboradores e na melhoria de aspetos organizacionais, tecnológicos e processuais de forma a

atingir elevados níveis competitivos (Gomes et al., 2008).

Após a análise aos documentos internos, observou-se que o modelo de avaliação de

desempenho em vigor consiste no preenchimento de um formulário assente em parâmetros de

avaliação subjetivos, sem critérios de medição e inadequados aos objetivos organizacionais.

Porém, um processo de gestão de desempenho deve definir os padrões de resultados e valores

organizacionais, desmultiplicando-os em comportamentos/ resultados individuais e grupais e

desafiando os colaboradores a atingi-los ou ultrapassá-los. Para tal, deve-se articular os

objetivos organizacionais com objetivos funcionais, com as expetativas, competências e

capacidades dos colaboradores, definir indicadores de desempenho decorrentes desses

objetivos e criar critérios de medição (Gomes et al., 2008).

Assim sendo, é imprescindível conhecer-se não só os objetivos organizacionais e os

funcionais, mas igualmente o contexto e conteúdo do trabalho e as competências necessárias

ao seu bom desempenho. Então, é crucial que estejam definidos e criados os perfis de todas as

funções da organização porque, a nível organizacional, estes demonstram e especificam como

os resultados são alcançados através da definição clara das responsabilidades e das tarefas a

executar, possibilitam definir os indicadores de desempenho satisfatórios que garantem os

padrões de qualidade a atingir e diferenciar os desempenhos eficazes dos menos eficazes

(Gomes et al., 2008). Já a nível individual, permitem que o colaborador compreenda

especificamente qual o comportamento a seguir para alcançar o bom desempenho, reduzindo

10

lacunas de desempenho e melhorando atitudes, contribuindo assim para uma maior satisfação

e produtividade (Siddique, 2004).

Neste contexto, revelou-se fundamental efetuar uma análise ao manual de funções do

grupo, concluindo-se que os descritivos de funções estão desatualizados, com conteúdos

ambíguos que não correspondem à natureza das funções e não contribuem para o cumprimento

dos objetivos organizacionais. Ademais, verificou-se que os descritivos funcionais são

utilizados para traçar perfis de recrutamento e para apoio no processo de seleção, entre outros.

Com efeito, percebe-se que a lacuna da organização é a inexistência de indicadores de

desempenho específicos que permitam avaliar o desempenho de cada colaborador e

desenvolver ações de melhoria.

Verifica-se, assim, a importância efetiva de desenvolver indicadores de desempenho

através de uma descrição, análise e qualificação de funções estratégica e atualizada que

contribua positivamente nas práticas internas de gestão de recursos humanos e para uma maior

eficácia da avaliação de desempenho do grupo, porque atualizando regularmente a descrição

de funções e os indicadores de desempenho através da análise de funções, elimina-se os

requisitos desnecessários à execução das tarefas e origina-se informação necessária para o

fornecimento do feedback de desempenho ao colaborador e superiores (Siddique, 2004). Além

disso, ao serem definidos os requisitos e especificações de cada função, os objetivos,

responsabilidades e tarefas, será possível, posteriormente, classificar o desempenho individual

numa escala, relativamente a vários padrões de desempenho mais ajustados aos objetivos

estratégicos e aos cargos, tendo em conta o potencial de desenvolvimento de carreira (Gomes

et al., 2008).

11

Capítulo II - Enquadramento teórico

A avaliação do desempenho é uma apreciação sistemática do desempenho de cada

pessoa no cargo e o seu potencial de desenvolvimento futuro (Chiavenato, 2009). Avaliar

significa comparar resultados alcançados com aqueles que eram esperados, de forma que

apenas o trabalho previamente planeado deve ser objeto de avaliação. Isto pressupõe uma

comparação entre o que se espera do indivíduo em termos de realização e a sua atuação efetiva,

tendo por base fatores de avaliação e contando com um sistema de medição capaz de neutralizar

a subjetividade (Chiavenato, 2009). De acordo com os tipos de problemas identificados, a

avaliação do desempenho pode contribuir para a determinação e desenvolvimento de uma

política adequada de recursos humanos às necessidades da organização.

Por sua vez, gerir o desempenho é alinhar os objetivos individuais com os objetivos

organizacionais, através do estabelecimento de um plano de ação para o colaborador no início

do ciclo de desempenho (Camara, Guerra e Rodrigues, 2016). Isto pressupõe a adoção de um

sistema de gestão por objetivos comportamentais e implica o acompanhamento do colaborador,

ao longo do ano, de modo informal e formal, com o intuito de corrigir eventuais desvios e

assegurar o seu sucesso. Deste modo, na avaliação tem-se um sistema que visa premiar ou

castigar a atuação do colaborador durante o período em análise, já o objetivo da gestão de

desempenho é otimizar a contribuição dada pelo colaborador para os resultados do negócio,

avaliando-o em função de um conjunto de parâmetros que ele conhece antecipadamente e não

de critérios subjetivos (Brandão e Guimarães, 2001).

Assim, a gestão de desempenho surge como alternativa às técnicas tradicionais de

avaliação porque é um processo que envolve atividades de planeamento, avaliação

propriamente dita e acompanhamento, em que o planeamento compreende o estabelecimento

de objetivos e metas a serem alcançados, análise dos recursos necessários e dos indicadores

sobre os quais será realizada a avaliação. A avaliação consiste em comparar resultados

alcançados com aqueles que eram esperados. E o acompanhamento possui a finalidade de

assegurar que a execução corresponda ao que foi planeado, o que pressupõe a necessidade de

identificar desvios que porventura ocorram na execução de tarefas planeadas, estabelecer

alternativas de solução e implementar ações para corrigir falhas detetadas (Guimarães, 1998,

referido por Brandão e Guimarães, 2001).

Neste seguimento, os sistemas de gestão de desempenho têm subjacente uma filosofia

de melhoria contínua que se traduz em alinhar os objetivos individuais com os objetivos do

negócio da empresa, recompensar o colaborador pelos êxitos obtidos, dar a oportunidade de

12

desenvolvimento para colmatar as insuficiências detetadas durante o ciclo avaliado e fornecer

o feedback de desempenho. Ou seja, proporcionar aos colaboradores elementos informativos

que lhes permitam compreender os erros e as ações positivas, as suas origens e as suas

consequências pois, desta forma, os avaliados ficam capacitados para compreender como

podem evitar os erros e melhorar desempenhos (Armstrong, 2009).

Percebe-se, então, que a gestão de desempenho mede os resultados em forma de

desempenho do colaborador em comparação com as expectativas expressas como objetivos,

sendo que os objetivos ou indicadores de desempenho são baseados de acordo com os

requisitos de função, melhoria de desempenho e planos de desenvolvimento pessoal. Os

requisitos funcionais são, entre outros, o conhecimento, as habilidades e as competências,

necessários para produzir os resultados esperados; já as necessidades de desenvolvimento e

melhoria de desempenho são identificadas definindo esses requisitos e analisando até que ponto

os níveis esperados de desempenho foram alcançados através de uma utilização eficaz dos

conhecimentos e das competências (Armstrong, 2009).

Neste sentido, para se operacionalizar os objetivos de desempenho, é necessário

identificar e descrever um conjunto de competências consideradas indispensáveis ao

desempenho da função para que o titular a consiga desempenhar com sucesso e em consonância

com a cultura e os objetivos da organização (Brandão e Guimarães, 2001). Este processo pode

ser desenvolvido quando existe uma descrição e análise de funções porque, em primeiro lugar,

com a descrição e análise das funções obtém-se informação relativa à descrição das tarefas e

responsabilidades de cada função, o que ajuda a determinar todos os requisitos de desempenho

necessários para executar uma função e, desta forma, descrever anúncios de recrutamento

baseados nas responsabilidades principais das funções e posteriormente selecionar o

funcionário mais adequado ao posto.

Em segundo lugar, estabelece-se os conhecimentos e competências necessárias para

exercer cada função, o que permite identificar lacunas entre as competências existentes na

empresa e as necessárias para o desempenho organizacional, criar um levantamento de

necessidades de formação, bem como criar programas de formação e de desenvolvimento dos

funcionários.

Em terceiro lugar, define-se os objetivos a alcançar, as responsabilidades e

especificidades de cada função, o que contribui para definir os indicadores e critérios de

desempenho mais ajustados aos cargos, mais eficientes e justos e tendo em conta o potencial

de desenvolvimento de carreira, permitindo, ainda, definir uma estrutura salarial mais

equitativa.

13

Em quarto lugar, circunscreve-se os critérios de complexidade de execução das tarefas

e a frequência das atividades, o que permite categorizar e qualificar funções sendo que ao serem

definidos os grupos profissionais em que as várias funções estejam articuladas entre si,

permitem traçar um plano de desenvolvimento profissional do indivíduo através da progressão

de um posto de trabalho para outro e criar diferentes graus de compensação de desempenho

(Gomes et al., 2008; Clifford,1994; Camara et al., 2016).

Em suma, através da análise de funções é possível identificar e descrever os deveres,

as responsabilidades, as tarefas de cada função, o contexto de trabalho e as especificações das

funções, o que contribuirá para o desenvolvimento de indicadores de desempenho mais

realistas e ajustados à organização e uma avaliação de desempenho mais eficaz (Gomes et al.,

2008).

2.1 A análise de funções

A análise de funções surgiu no início do séc. XX com o movimento da administração

científica e era designada como análise do trabalho (Singh, 2008). Este tipo de gestão,

defendida por Frederick Taylor, alegava que a forma de obter a máxima eficiência era na

fragmentação das tarefas, na exagerada simplificação da atividade e na consequente

especialização do operário, sendo que quanto mais simples e repetitivas as tarefas, maior a

eficiência do trabalhador (Chiavenato, 2009; Singh, 2008). Existia o pressuposto básico de que

o homem era um simples apêndice da máquina, um mero recurso produtivo. Então, o trabalho

era dividido e fragmentado em partes fracionadas para que cada pessoa fizesse apenas uma

sub-tarefa simples e repetitiva, recebendo uma incumbência parcial para executar de maneira

rotineira e tendo em vista o tempo-padrão de execução e os ciclos de produção.

Assim, a análise do trabalho era realizada através de observações ao trabalho das

pessoas, por um curto período de tempo, suficiente para obter a visão geral da função, no

sentido de satisfazer os requisitos tecnológicos, organizacionais e sociais, bem como os

requisitos pessoais de seu ocupante. Por seu turno, o desenho clássico de cargos era baseado

na estabilidade e permanência do processo produtivo a longo prazo, o que fez com que a

estrutura dos cargos fosse definitiva e feita para durar sempre (Chiavenato, 2009; Singh, 2008;

Gomes et al., 2008). Porém, outras teorias surgiram, tais como, a ênfase na estrutura (Teoria

Clássica) e, mais tarde, as teorias com o foco nas pessoas, surgindo os primeiros estudos sobre

relações humanas (Chiavenato, 2009).

14

Posteriormente, com os avanços dos estudos científicos e as exigências dos mercados,

a análise de trabalho passou a ser definida como a análise de funções e passou a englobar o

estudo dos requisitos individuais necessários para o desempenho do cargo, tendo em conta os

conhecimentos, competências e habilidades dos indivíduos necessárias ao desempenho das

tarefas. Então, além do trabalho, a análise de funções passou, ainda, a focar o colaborador e as

suas competências individuais que contribuem para o sucesso organizacional (Morgeson e

Dierdoff, 2011).

A análise de funções pode, então, ser desenvolvida pelo método orientado para o

trabalho, o orientado para o trabalhador e o misto. No método orientado para o trabalho, o

interesse da análise da função recai sobre a descrição específica das tarefas, descrição concreta

das responsabilidades de cada função, descrição detalhada das exigências ou especificidades

que englobam os requisitos da função, descrição do contexto onde se desenvolve o trabalho,

incluindo ferramentas e máquinas e na definição do grau de complexidade de desempenho

(Gomes et al., 2008; Singh, 2008). Por sua vez, no método orientado para o trabalhador, o foco

da análise recai sobre os atributos pessoais, experiência e competências do colaborador

necessários para o desempenho das tarefas. Este método assume que o trabalho pode ser

descrito em termos de quantidade de comportamentos gerais o que permite comparar as funções

entre si, padronizando-as (Gomes et al., 2008; Morgeson e Dierdoff, 2011).

Atualmente, as mudanças tecnológicas e dos mercados, a globalização e

competitividade, exigem que as organizações tenham que se adaptar às constantes mudanças

e, neste sentido, a análise do trabalho seja focada para funções estáticas e muito objetivas passa

a ser obsoleta. Hoje, as organizações são menos estruturadas à volta das funções e mais à volta

da gestão de equipas, abordagens de cooperação, relações de trabalho, adaptação à mudança

demográfica, global, económica, tecnologia, etc.. Logo, é preciso que os titulares das funções

obtenham conhecimentos, competências e habilidades, entre outros, que permitam às empresas

criar valor e ter uma competitividade sustentável (Levine e Sanchez, 2007).

É, então, neste contexto que Singh (2008) e Siddique (2004) sugerem que a análise de

funções seja estratégica com o objetivo de determinar as tarefas que serão desempenhadas, as

habilidades requeridas na execução e as competências necessárias ao desempenho bem-

sucedido porque, como a inovação na tecnologia e o aumento competitivo são mudanças

universais e aplicadas a todas as organizações, os conhecimentos, habilidades e competências

deverão ser exigidos aos titulares das funções, devendo existir uma conciliação entre a análise

de funções e a gestão de competências para que o modelo de análise não seja só orientado para

o trabalho.

15

Ademais, as funções devem ser analisadas no ambiente dinâmico, pois é preciso

assegurar que estas são ocupadas pelas pessoas certas nos locais certos com as competências

requisitadas. Deve-se integrar todos os setores e indivíduos da empresa para que o processo

seja integral e faça parte do planeamento estratégico e da tomada de decisão da gestão para

permitir às empresas planear atividades e tomar decisões relativas às práticas de recursos

humanos, assuntos administrativos e legais, entre outros (Siddique, 2004; Singh, 2008).

A análise de funções é, então, definida como o estudo de um conjunto de informações

sobre os comportamentos orientados para o trabalho e para o trabalhador, os comportamentos

que envolvem interação com máquinas, materiais e ferramentas e os requisitos individuais para

fazer face às mudanças dinâmicas do mercado (Sacket e Laczo, 2003).

De modo mais complexo, constitui um processo estruturado e sistemático de recolha,

análise, organização e sistematização de informações sobre o conteúdo das tarefas, das

responsabilidades, das operações e contexto envolvente a uma ou mais funções da organização,

bem como as competências necessárias para o seu desempenho, sendo que o objetivo final é

conhecer a função e o trabalho. Nesta linha de pensamento, importa definir que as tarefas são

“a coleção específica de elementos de trabalho e incluiu ações, objetos, propósito ou resultado

da ação” (Fine & Getkate, 1995, referidos por Morgeson & Dierdorff, 2011:8) e as

responsabilidades são “uma coleção de tarefas relacionadas que representam um conjunto de

comportamentos genéricos, aplicáveis a uma grande variedade de papéis no trabalho”

(Cunningham, 1996, referido por Morgeson & Dierdorff, 2011: 8).

Em suma, a descrição e análise de funções representa detalhadamente as atribuições ou

tarefas do cargo (o que o ocupante faz), a periodicidade da execução (quando faz), os métodos

e técnicas aplicados para a execução dessas atribuições ou tarefas (como faz) e os objetivos do

cargo (por que faz) (Gomes et al., 2008; Sousa, Duarte, Sanches, Gomes, 2006; Sacket e Laczo,

2003). Com efeito, a informação recolhida pela análise funcional dá origem a quatro fatores a

analisar, sendo eles, a descrição de comportamentos/ações observáveis, os resultados destas,

os requisitos comportamentais necessários para desempenhar a função e os atributos/aptidões

individuais para desempenhar as tarefas (Gomes et al., 2008).

Nesta linha teórica, para se desenvolverem os indicadores de desempenho a partir da

análise de funções, alguns autores como Siddique (2004) e Schippman, Battista, kehoe, Prien,

Ash, Carr, Hesketh, Pearlman e Sanchez (2000) propõem uma combinação entre a abordagem

da análise de funções e a abordagem das competências de modo a tornar o processo de

descrição e análise de funções mais estratégico, permitindo o desenvolvimento de capacidades

e competências críticas utilizadas de forma dinâmica em prol da melhoria do desempenho tanto

16

individual como grupal ou organizacional. Isto porque a análise de funções caracteriza a função

através de competências específicas e ao incluir o paradigma das competências definem-se

competências transversais necessárias a todos os funcionários, contextualizadas através da

missão e objetivos da organização, o que permite definir competências com valor para o

negócio e ajustadas às necessidades estratégicas (Hamel e Prahalad, 1990).

Além disso, a análise de funções descreve o conteúdo detalhado das funções e

juntamente com a gestão de competências é possível identificar dimensões de desempenho

aplicáveis a várias funções ou situações, determinando indicadores comportamentais. E torna,

ainda, possível criar uma linguagem universal comum que direciona o desempenho dos

colaboradores para resultados específicos a alcançar (Schippman et al., 2000).

Gomes et al. (2008) e Caetano (2008) referem, ainda, que esta união de abordagens

torna a avaliação de desempenho sujeita a uma menor probabilidade de erro e de arbitrariedade

e possibilita que a entidade detete e retenha quais os colaboradores com maior variedade de

competências capazes de lidar com as mudanças e desafios, garantindo a sua principal fonte de

competitividade e capacidade rápida de resposta.

2.1.1. Fontes de informação para análise de funções

As principais fontes para a recolha de informação são os documentos existentes nas

empresas, os titulares da função, os superiores hierárquicos diretos e os especialistas ou

analistas de funções.

Relativamente aos titulares de função, estes como executam o trabalho diariamente

possuem informações cruciais acerca do conteúdo das atividades executadas, do grau de

complexidade, da frequência das tarefas e das responsabilidades inerentes à função, estando

familiarizados com os requisitos e conteúdos das funções, conhecendo o que se faz, quando e

como se faz. Contudo, são necessários cuidados porque as caraterísticas das pessoas podem

afetar a informação fornecida, existindo indivíduos que possuem aptidão verbal reduzida

gerando interpretações subjetivas no processo (Levine e Sanchez, 2007). Ademais, poderá

haver tendência para os titulares da função quererem gerar boas impressões. Portanto, é preciso

escolher os indivíduos mais antigos, com mais experiência e questionar vários colaboradores

com as mesmas funções para validar a informação recolhida, porque através de um titular com

mais experiência obtém-se maior informação e especificidades das tarefas (Morgeson e

Dierdoff, 2011; Royer, 2010).

17

Quanto às chefias superiores diretas, estas como conhecem os subordinados, as tarefas

e os objetivos das funções, podem garantir quais os requisitos e responsabilidades necessários

para o desempenho das atividades e, além disso, têm uma visão diferente do trabalho. Estes

podem, ainda, verificar a informação obtida pelo discurso dos titulares da função. Todavia, é

preciso cuidado porque as chefias podem ser influenciadas pelas caraterísticas do funcionário

e não apenas pelas exigências do trabalho (Gomes et al., 2008).

Já os especialistas de funções, engenheiros de processos, gestor de qualidade e técnicos

de recursos humanos poderão deter familiaridade com os instrumentos de recolha de

informação e dominarem o vocabulário próprio da atividade o que ajuda na implementação do

processo de descrição e análise de função (Morgeson e Dierdoff, 2011; Gomes et al., 2008).

2.1.2 Técnicas de recolha de informação

Os métodos e técnicas da análise de funções mais utilizados pelos analistas são a análise

documental, a entrevista, o inquérito por questionário, observação direta e o método dos

incidentes críticos. No entanto, estes devem ser adaptados à organização e utilizados conforme

os propósitos da análise podendo estar sujeitos a condicionamentos (Peretti, 2004).

Quanto à análise documental, esta tem como objetivo analisar descritivos de funções já

existentes, o manual de acolhimento da entidade, relatórios de avaliação de desempenho,

procedimentos de qualidade, manuais de formação, regulamento interno da empresa, entre

outros, que fornecem informação das caraterísticas e especificidades das funções que servirão

de suporte para a descrição e análise de funções (Gomes et al.,2008).

Outra técnica possível de ser usada, respeita à entrevista que consiste numa conversa

informal ou formal, orientada por um guião previamente preparado, em que o analista consegue

recolher informação, diretamente dos executantes, sobre todos os aspetos da função (Gomes et

al., 2008). Como se trata de um contacto direto e verbal, permite discutir e esclarecer todas as

dúvidas acerca do conteúdo das funções e testar informações. No entanto, é uma técnica que

tem um custo elevado e com um grande consumo de tempo e poderá existir a desconfiança dos

colaboradores relativamente ao objetivo da entrevista, o que pode levá-los a responderem de

forma incorreta ou distorcida (Chiavenato, 2009).

Outra prática consiste no questionário, o qual é constituído por uma série estruturada

de perguntas relativas ao posto de trabalho e poderá ser utilizado para recolher informação

associada a atividades do trabalho ou para mapear competências relevantes para um contexto

organizacional (Brandão e Bahry, 2005). A sua aplicação é rápida e económica, porque tem a

18

facilidade de poder ser distribuído a todos os ocupantes da função, preenchido e devolvido por

eles, permitindo, ainda, padronizar informação das funções. Em contrapartida apresenta a

desvantagem de ser vulnerável às distorções de informação, não sendo indicado em funções

cujos colaboradores tenham dificuldades em interpretá-lo (Chiavenato, 2009; Gomes et al.,

2008).

Outra técnica possível é a observação, a qual tem como objetivo observar como os

colaboradores desempenham as suas tarefas, registando o que é feito, porque é feito e como é

feito. Pode ser uma observação participante quando o investigador atua como se fosse

integrante da equipa de trabalho ou não participante quando o investigador não compõe a

equipa e atua apenas como espetador (Brandão e Bahery, 2005). Deve ser uma técnica

complementar para corroborar a veracidade dos dados obtidos e verificar detalhes identificando

dados que podem ser omitidos pelos questionários e pelas entrevistas.

Por último, o método dos incidentes críticos consiste num inventário pormenorizado de

todas as anomalias e erros observados na execução das tarefas, bem como exemplos de

comportamento excelente que serão ponderados de acordo com a influencia que exercem nos

resultados obtidos. Os incidentes críticos são analisados através do levantamento de causas do

incidente, dos atos executados pelo trabalhador e das consequências visíveis do comportamento

crítico. Todos os incidentes são resumidos e classificados em categorias suficientes para

descrever a função em causa. As categorias finais são os comportamentos essenciais de uma

função (Peretti, 2004).

2.1.3 Erros comuns na análise de funções

Aquando a implementação de uma análise de funções, nas empresas é comum cometerem-

se erros de execução e planeamento que reduzem a qualidade e utilidade desta prática e que

geram uma má influência nas outras práticas de gestão de recursos humanos. Liang (2011)

refere que os tipos de erros a ocorrerem são:

1. Enfatiza-se os resultados e esquece-se do processo - num mundo caracterizado pela

mudança rápida, o círculo empresarial efetua uma gestão reativa e imediata com o

principal objetivo de obter resultados rápidos e práticos para dar resposta à

concorrência. Então, a descrição e análise de funções é executada com pouco rigor,

constituída por uma descrição ambígua do posto de trabalho e das tarefas com o

objetivo de maximizar instruções e ilustrar as responsabilidades do cargo, esquecendo-

19

se o processo e tornando-se ineficaz e ineficiente. No entanto, é necessário tempo para

observar as tarefas, registar os dados e verificar os comportamentos.

2. Enfatiza-se as situações e despreza-se a estratégia – Existe a tendência de se

descrever os conteúdos funcionais sem ter em conta a estratégia organizacional e, uma

vez que este processo condiciona todas as práticas de gestão de recursos humanos, é

necessário criar um alinhamento vertical e horizontal entre a descrição e análise de

funções, as práticas de gestão de recursos humanos e a estratégia de negócios para

promover resultados de eficácia e eficiência organizacional.

3. Enfatiza-se a tecnologia e despreza-se a filosofia – Ou seja, as organizações tendem

a utilizar métodos mistos de análise de funções para obter resultados rápidos e

esquecem-se de analisar quais os objetivos da análise de funções. Porém, antes de

qualquer etapa é necessário definir os propósitos da análise de funções e quais as

funções a analisar para posteriormente se escolher os métodos a administrar consoante

os resultados a atingir.

4. Enfatiza-se a forma e despreza-se a aplicação - não há a correta utilização dos

conteúdos da análise de funções, o que faz com que o processo se torne obsoleto,

desatualizado e arquivado, não promovendo resultados ou vantagens na organização.

5. Enfatiza-se o complexo e despreza-se a simplicidade – É comum os conteúdos

descritivos possuírem excesso de informação, sem especificação das características

individuais e organizacionais. Todavia, é necessário que os descritivos possuam

informação simples, clara, objetiva de modo a que seja compreendida por todos. Para

tal, é necessário que a implementação da análise de funções seja planeada e preparada.

6. Enfatiza-se o temporário e despreza-se a manutenção – Nas organizações, o

processo de análise de funções é implementado de forma rápida, apenas num dado

momento, esquecendo-se a manutenção do processo e a atualização dos dados ao longo

do tempo. Porém, a descrição e análise de funções é o pilar de todas as práticas de

gestão de recursos humanos, logo é crucial realizar uma revisão dos descritivos ao

longo dos anos ou quando existe uma mudança organizacional.

20

Perante o exposto, Clifford (1994) enuncia certos cuidados a ter em conta, aspetos cruciais

na implementação do processo de análise de funções, sendo eles,

i) comunicar claramente os objetivos do projeto e informar todos os indivíduos

acerca da sua implementação para uma maior validade e qualidade da

informação.

ii) envolver a gestão de topo no processo de implementação

iii) recolher informação sobre atividades orientadas para o trabalho (as tarefas

correntes e observáveis), sobre as atividades orientadas para o trabalhador

(tomadas decisões, competências e habilidades inerentes ao funcionário), sobre

os comportamentos envolvidos na interação com máquinas e equipamentos,

sobre o contexto da função e do trabalho e sobre os requisitos e exigências

individuais necessárias para se executar as tarefas (Gomes et al., 2008;

Rosinski, Klich, Filipkowska, Pettinger, 2014),

iv) é crucial especificar as tarefas/ atividades críticas da função e descrevê-las

porque estas tarefas serão os fatores críticos de sucesso da função e servirão de

patamares/decisões de indicadores de desempenho,

v) o entrevistador ou analista de funções deve questionar o titular sobre o que ele

faz e clarificar as dúvidas sobre a informação recolhida várias vezes para detetar

falhas nos discursos e eliminar informação repetida, devendo, ainda, ser claro,

simples, acessível e informal para gerar confiança aos titulares,

vi) deve-se limitar os factos observáveis e não observáveis, pois estes deverão ser

traduzidos em comportamentos manifestos e basear-se em descrições

comportamentais verificáveis e replicáveis (Gomes et al., 2008),

vii) é essencial analisar todas as funções e falar com três ou cinco titulares que

desempenham as mesmas funções, pois isto permite recolher informação de

várias perspetivas e pessoas diferentes e compilar várias formas/maneiras de

executar o trabalho,

21

viii) os gestores e superiores diretos devem rever a informação recolhida para

retificar e corroborar informação e todos os dados devem ser descritos,

redigidos, analisados e revistos (Rosinski, et al., 2014).

Assim, Bilhim (2006) e Peretti (2004) referem que se devem respeitar dois princípios

da descrição e análise das funções, sendo eles, analisar o que é feito na realidade e ter a

preocupação de conhecer o conteúdo do trabalho e de descrever as exigências de realização

(conhecimentos, responsabilidades, competências e condições de trabalho).

2.1.4 Implementação da descrição e análise de funções

Para Gomes et al., (2008) e Sousa et al., (2006), a operacionalização da descrição e análise

de funções envolve seis fases de implementação, sendo elas,

● Fase 0 (estratégia) – Em primeiro lugar, a gestão de topo deve definir os objetivos da

análise de funções, refletindo que estes devem estar associados aos objetivos da

organização e ao plano estratégico da empesa e que podem condicionar a escolha dos

métodos e técnicas.

● Fase 1 (planeamento) –É a etapa em que a gestão de topo deve definir qual a população-

alvo a estudar, ou seja, identificar quais as funções em que irá incidir a análise de

funções. Para isso, deve-se aceder aos descritivos de funções anteriores ou outro tipo

de documentos que permitam recolher informação já existente acerca das funções e que

permitam compreender as suas responsabilidades, caraterísticas, conteúdos, etc. Esta

escolha pode ser condicionada por limitações de recursos ou de ordem temporal. Daqui

resulta que (Gomes et al., 2008):

- É necessário elaborar o cronograma de trabalho especificando a calendarização das

atividades e os prazos.

- Se deve selecionar os métodos e técnicas de recolha de dados. Dependendo da

natureza e características dos cargos a serem analisados, escolhem-se os métodos ou as

técnicas de recolha de informação adequados, sendo, em geral, utilizadas várias

técnicas de análise, pois dificilmente os cargos apresentam natureza e características

semelhantes. A escolha deve recair sobre as técnicas ou métodos que apresentam

vantagens ou, pelo menos, as menores desvantagens em função dos cargos a analisar.

22

- Se deve analisar o enquadramento legal do processo pois existem aspetos legais que

regulamentam os procedimentos e conteúdos das funções.

● Fase 2 (preparação) – É a fase da gestão de topo selecionar os analistas que irão compor

a equipa de trabalho e que deverá ser constituída por gestores intermédios ou chefes de

departamento, devendo ser apoiados por especialistas internos na área de recursos

humanos ou consultores externos.

É, também, a fase em que se preparam os meios logísticos necessários para a análise de

funções. Deve-se preparar o material de trabalho, isto é, formulários de recolha de

informação, impressos, materiais, entre outros., importando colher e dados prévios

relativos a nomes dos ocupantes dos cargos a analisar, a relação das funções com os

departamentos e chefias. Depois, é altura de preparar o ambiente de trabalho,

esclarecendo informação e dúvidas à administração da empresa, aos gestores

intermédios e a todos os funcionários operacionais e administrativos.

● Fase 3 (execução/implementação) – é a fase em que se faz a colheita de informação

sobre as funções através do(s) método(s) de análise escolhido(s). Isto envolve recolher

informação direta com os titulares de funções sobre os objetivos da função, sobre as

responsabilidades inerentes ao cargo, sobre as atividades realizadas (tarefas) como,

quando e porque são feitas, sobre as máquinas, ferramentas e equipamentos utilizados,

sobre o contexto de trabalho envolvente, sobre as especificações da função e os

requisitos necessários ao desempenho da função.

De seguida, deve ser feita a análise e triagem dos dados obtidos, de forma a ser

organizada a informação para a criação de descritivos de função que inclui a descrição,

especificação e qualificação das funções.

Por último, surge a redação provisória dos descritivos funcionais pelo analista de cargos

e apresentação desta ao supervisor imediato para ratificação ou retificação. Após

validação, surge a redação dos produtos da descrição e análise de funções.

● Fase 4 (Utilização) – É a fase da utilização do produto final para alcançar os objetivos

e procede-se à elaboração de manuais de descrição e análise de funções.

● Fase 5 (Atualização) – Os manuais e os descritivos de funções deverão estar em

constante atualização para que não se tornem obsoletos, logo, deverão ser revistos

23

quando existir uma mudança na organização ou, pelo menos, uma vez por ano,

coincidindo com o momento de avaliação de desempenho.

2.1.5. Resultados da análise de funções

De acordo com Gomes et al. (2008), da análise de funções resultam a descrição e

especificação das funções, a categorização e qualificação das funções e, mais recentemente, a

descrição de competências exigidas ao bom desempenho de cada cargo.

O descritivo de funções consiste na identificação e definição de uma função quanto à

sua categoria, estrutura hierárquica, responsabilidades, tarefas e contexto de trabalho (Bilhim,

2006; Royer; 2010). De acordo com Chiavenato (2009) e Gomes et al., (2008) o descritivo de

funções deverá conter:

i) a identificação da função caracterizada por identificação da

unidade/departamento, o responsável a reportar, as funções subordinadas, a

dependência hierárquica, o substituto da função e a polivalência da função,

ii) um breve sumário com uma a três frases e que inclui a descrição dos objetivos

globais da função, principais responsabilidades e as relações com outros cargos

(subordinados e superiores),

iii) uma lista de 6 a 8 itens das principais responsabilidades inerentes à função,

iv) uma lista das principais tarefas tendo em conta que devem ser ações observáveis,

constituídas por frases pequenas, iniciadas com um verbo de ação para descrever

atividade e com uma linguagem simples e precisa,

v) as condições de trabalho, as exigências (físicas/mentais) da função e a

responsabilidade por máquinas e ferramentas de trabalho (Morgeson e

Dierdorff, 2011).

A especificação da função diz respeito aos requisitos mínimos da função e descreve os

atributos necessários para o bom desempenho da função, sendo divididas em (Gomes et al.,

2008; Morgeson e Dierdoff, 2011):

a) conhecimentos requisitados designados por uma coleção de informação organizada

ao nível concetual, factual e processual,

b) capacidades que refletem o nível de proficiência para desempenhar as tarefas com

sucesso

24

c) habilidades/aptidões que refletem a capacidade geral do indivíduo e a experiência

prévia exigida.

Deve-se assegurar que as descrições destes requisitos estão alinhadas às necessidades

da organização e atualizados com a legislação (Cardenas, 2011).

As categorias de funções consistem na agregação de funções em famílias, com base na

semelhança e as qualificações consistem em determinar os valores relativos de cada função

dentro da organização e que expressam a sua importância (Gomes et al., 2008). Por último, a

descrição de um conjunto de competências necessárias ao bom desempenho de cada função

consiste na identificação de características do indivíduo que estão intimamente ligadas com

elevado desempenho numa função (Gomes et al., 2008).

Não existe um consenso geral em relação à dimensão do descritivo de função, mas, esta

deve ser relativamente curta e deve ocupar entre uma a três páginas (Brannick, Levine &

Morgeson, 2007).

2.2. Indicadores de desempenho a partir da DAQF

Após a implementação da análise de funções é altura de utilizar os resultados obtidos

para a prossecução dos objetivos inicialmente traçados. Tendo como propósito a criação de

descritivos funcionais para o desenvolvimento de indicadores de desempenho, torna-se

necessário identificar os atributos comportamentais que promovem o bom desempenho

(Gomes et al., 2008).

Face ao exposto anteriormente, percebe-se que a conciliação da descrição e análise das

funções com a gestão de competências permite identificar competências e atributos

comportamentais cruciais na execução da função e permite, ainda, desenvolver critérios de

avaliação coerentes com os indicadores comportamentais, os quais correspondem aos padrões

de desempenho requeridos pela estratégia e pelas missões das funções que os colaboradores

ocupam numa organização (Ceitil, 2007).

De acordo com Marrelli, Tondora & Hoge (2005) como as competências são específicas

ao conteúdo funcional, as competências requisitadas para o sucesso na função não devem ser

definidas antes do conteúdo da função delineado. Tal como referido anteriormente, a análise

de funções tem como objetivo caracterizar as funções e assegurar que os descritivos funcionais

não são caracterizados por competências demasiado genéricas, logo, é necessário identificar e

definir as competências após o processo de descrição e análise de funções. De seguida, deve-

se definir os graus de proficiência das competências identificadas que devem ser descritos

25

progressivamente em níveis e definidos em termos de comportamentos observáveis, incluindo

fatores contextuais e de contingências.

Neste contexto, importa, antes de mais, contextualizar e definir o conceito de

competência. As primeiras discussões acerca do termo competência surgiram pela escola

americana, em que a designavam como um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes,

ou seja, o input para um desempenho superior (Vieira & Filenga, 2012). Já no debate iniciado

pela escola francesa acerca do tema, a competência era entendida sob a perspetiva de output,

em que o conceito é associado aos resultados e à produção que agregam valor à organização

(Vieira & Filenga 2012).

Percebe-se, então, que a competência pode ser vista como uma característica subjacente

de um indivíduo que apresenta uma relação causal com critérios de eficácia e desempenho

superior (Cascão, 2004). Portanto, nesta abordagem, as competências constituem motivos,

traços de personalidade, autoconceito, conhecimentos e habilidades, em que os motivos

conduzem os comportamentos a certas ações; a personalidade é uma caraterística pessoal que

permite responder a situações; o autoconceito enquadra atitudes, valores e imagem; os

conhecimentos são informação que a pessoa possui sobre uma área específica; e as habilidades

permitem realizar certa tarefa física ou mental (Cascão, 2004).

Noutra linha de pensamento, Fleury e Fleury (2004: 21) definem competência como um

output, ou seja, “um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar,

transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que agregam valor econômico à organização e

valor social ao indivíduo”. Portanto, a competência é associada à perspetiva de agregar valor à

empresa. Em consonância, Câmara et al. (2016: 309), defendem que a competência é um

“conjunto de qualidades e comportamentos profissionais que mobilizam os conhecimentos

técnicos e permitem agir na solução de problemas, estimulando os desempenhos profissionais

superiores, alinhados com a orientação estratégica da empesa”.

Assim, percebe-se que não há um consenso na definição do conceito, porém,

relativamente à perspetiva da competência como output, Ceitil (2007: 41) refere que as

competências são modalidades estruturadas de ação, requeridas, exercidas e validadas num

determinado contexto, sendo “suscetíveis de serem observadas, permitindo pela sua constância

e regularidade, sustentar avaliações relativamente objetivas e consistentes sobre a performance

profissional”. Então, neste sentido, as competências são consideradas resultados concretos de

um desempenho possíveis de serem medidos através de indicadores observáveis de

desempenho.

26

Em consonância, Caetano (2008) alega que a avaliação de desempenho deve incidir não

só sobre as atitudes e traços de personalidade do avaliado, mas também em responsabilidades,

conhecimentos e competências profissionais, entre outros. E, por forma a registar uma maior

validade e fidelidade da avaliação e superar erros psicométricos, “a cada dimensão da avaliação

deve ser atribuída uma escala na qual cada posição descreve comportamentos observáveis e

pertinentes relativamente à dimensão em causa que vão servir de âncoras aquando da análise

de desempenho” (Caetano, 2008: 58).

Gomes et al. (2008) referem, ainda, que para promover a eficácia organizacional, as

empresas devem identificar os comportamentos que manifestam uma relação de causalidade

com o bom desempenho para que sejam ilustrados exemplos comportamentais específicos das

organizações e que facilitam a identificação de padrões de resultados.

Similarmente, Ceitil (2007) menciona que as competências são definidas em função do

contexto e do trabalho onde são postas em prática. Logo, a competência deve estar associada

com atividades principais e não com atividades de suporte, objetivando melhor o desempenho

e deve ser mensurada segundo padrões predefinidos, sendo que esses padrões serão os

indicadores de desempenho. Portanto, as descrições de funções apresentam as tarefas

específicas que devem ser realizadas numa função e as competências constituem o modo como

essas tarefas devem ser realizadas para se traduzirem em elevados níveis de desempenho

(Ceitil, 2007). Assim, torna-se necessário identificar as competências necessárias ao elevado

desempenho da função e descrevê-las sob forma de indicadores comportamentais observáveis

para que sejam delineadas as aptidões e comportamentos necessários à execução e os objetivos

a atingir, de modo a que o titular corresponda ao que deles se espera (Vieira & Filenga, 2012).

2.2.1. Identificação das competências

Segundo Ceitil (2007), as competências identificadas serão de dois tipos: as transversais

a todas as funções e as específicas de cada função. Há outros autores que referem que as

competências podem, ainda, ser compostas por competências de negócio, técnico-profissionais

e sociais (Fleury e Fleury, 2004).

No que respeita às competências transversais designadas por core competences, são as

cruciais para o bom desempenho da organização e são transversais, isto é, são aplicáveis a

todos os colaboradores, seja qual for a função que ocupem (Ceitil, 2007). Já as competências

específicas são somente aplicáveis às funções que integram a mesma família de funções e que

27

se somam às transversais para constituir indicadores transversais e específicos (Camara et al.,

2016).

Hamel e Prahalad (1990) defendem, ainda, que as core competences expressam o real

potencial da organização, pois são uma combinação única entre as competências humanas e as

competências da organização que dão expressão ao carácter organizacional, porque sendo

desenvolvidas através das áreas específicas da empresa, são distintas de cada organização e,

portanto, difíceis de imitar pela concorrência, agregando valor à empresa e competitividade.

As competências podem, ainda, ser constituídas por clusters que agrupam as

competências em grupos. O cluster liderança envolvem características ligadas à visão, missão

da empresa, envolve fatores de mobilização e ações de mudança junto do colaborador (Camara

et al., 2016). O cluster de competências técnico-profissional engloba um grupo de

competências relativas aos conhecimentos técnicos (know-how), habilidades (skills) e

experiência profissional necessárias para que o indivíduo consiga desempenhar com sucesso

uma determinada função. O terceiro cluster corresponde às competências comportamentais que

abrangem qualidades pessoais, atitudes e comportamentos do indivíduo e que são difíceis de

detetar e quantificar (Camara, 2017).

Ainda sobre a identificação das competências, importa que a equipa de trabalho,

constituída por gestores de topo, gestores de cada departamento e por um facilitador interno de

recursos humanos ou externo identifique as core competences, descreva o seu conteúdo e

defina os indicadores de comportamento observáveis, tendo em conta a visão, missão e

estratégia da organização, pois estas competências estão ligadas aos valores e à cultura da

organização. Ademais, a equipa deverá corroborar e validar a informação relativa às

competências específicas. As core competences, após serem definidas, já não poderão mais

fazer parte do elenco das competências específicas das várias famílias de funções (Camara et

al., 2016; Camara, 2017).

Quanto à identificação das competências específicas, é importante analisar se existem

funções semelhantes e que possuam requisitos comuns, porque nesse caso, devem ser

identificadas a área funcional e os requisitos, a partir da descrição dos conteúdos funcionais

resultantes da descrição e análise de função, para serem definidas a categoria ou a família de

funções. A família de funções corresponde a um conjunto de funções com um certo grau de

homogeneidade no tipo de atividades e tarefas desenvolvidas e que requerem um naipe de

competências idêntico indispensáveis para um desempenho superior nos cargos inseridos nessa

família de funções (Camara et al., 2016). A segmentação da organização em famílias deve ter

conexões entre áreas funcionais distintas, mas com requisitos comuns. Quanto maior a

28

agregação das áreas em famílias de funções maior a transversalidade dos perfis funcionais e a

mobilidade dos quadros (Cascão, 2004).

Definidas as famílias de funções, deverão ser identificadas as competências específicas

de cada grupo através da descrição dos conteúdos funcionais, da descrição de tarefas e

responsabilidades apresentadas pela descrição e análise de funções, devendo ainda ser

validadas pelos gestores responsáveis de cada setor (Camara, 2017).

Para operacionalizar a identificação das competências, Campion, Fink, Ruggeberg,

Carr e Odman (2011) defendem que se deve:

i) Considerar o contexto organizacional de cada empresa para identificar as

competências de acordo com o ambiente interno e externo, pois existem fatores

internos e externos que condicionam os comportamentos dos funcionários na

execução das tarefas e, portanto, as competências não podem ser universais e iguais

em todas as organizações.

ii) alinhar as competências aos objetivos e estratégia organizacional, mostrando-se

assim necessário definir objetivos organizacionais que serão alinhados às

competências e que terão impacto nos níveis de proficiência ancorados.

iii) usar métodos rigorosos de análise de funções para se definir em primeiro lugar as

responsabilidades, conteúdos e especificidades da função e posteriormente as

competências, pois esta definição e descrição de conteúdos funcionais determina e

influencia a definição de core competences da organização o que leva à vantagem

competitiva (Bergenhenegouwen, Horn & Mooijman, 1996).

iv) Descrever e definir as competências de modo uniforme. Para tal deve ser utilizada

uma linguagem comum em toda a organização, o que inclui usar as mesmas

expressões, acrónicos, tecnologia, títulos, etc.

v) Distinguir as core competences, as específicas e definir as competências técnicas na

descrição e análise de funções de modo a especificar mais criteriosamente os

requisitos.

vi) Distinguir ou especificar as competências de liderança ou de gestão das outras

competências porque os desempenhos e requisitos das funções de liderança são

diferentes das funções operacionais.

vii) Associar às competências, níveis de proficiência descritos progressivamente em

graus, ilustrados em ações ou comportamentos numa função como resultado para

alcançar os objetivos organizacionais, que são cruciais para gerar valor e vantagem

29

competitiva e que incluem fatores contextuais e contingências (Vieira & Filenga,

2012).

Todas as competências deverão ser compostas por uma designação que as identifica,

uma breve definição do seu conceito, a indicação da categoria ou família de funções a que

pertence e que designa um conjunto de competências semelhantes, os níveis de proficiência

que correspondem à escala de classificação que explicita o nível de desempenho demonstrado

e, ainda, os indicadores de desempenho que são os comportamentos observáveis que

demonstram a posse da competência (Campion et al., 2011).

2.2.2. Conceção de indicadores de desempenho

Identificadas as core competences e as competências específicas, é altura de as definir e

descrever. Importa que seja uma definição e descrição minuciosa, pois daqui surgem os

indicadores de comportamento que vão servir de linhas orientadoras para a atualização das

competências. Ou seja, para que as competências possam ser manifestadas, descreve-se um

conjunto de comportamentos que permitam verificar a manifestação ou não dessa competência.

Esta descrição dos comportamentos tem que ser clara e objetiva, excluindo adjetivos, a fim de

minimizar interpretações ambíguas, devendo ser o mais sintética possível, tendo em conta que

deve representar um comportamento observável esperado, indicando o que o colaborador deve

ser capaz de fazer, sendo posteriormente transcrito em indicadores comportamentais de elevada

performance em que cada indicador numerado existirá apenas para um nível de exigência

(Ceitil, 2007).

Para a operacionalização dos indicadores de desempenho, em primeiro lugar, devem-se

identificar os níveis de proficiência de desempenho em que o titular de uma função deve deter

a competência. Segundo Cascão (2004), há uma relação entre competência e desempenho em

que a competência é inferida com os resultados evidentes, razão pela qual a competência

associa-se não apenas ao fazer, mas ao fazer bem. Esta ênfase na evidência de resultados

implica que aquilo que é realmente observado e avaliado, é uma extensão do desempenho para

a proficiência para o desempenhar bem a tarefa, o que oferece uma melhor descrição de

comportamentos, na medida em que poderá contemplar diferentes níveis de desempenho bem-

sucedidos, permitindo que a noção de melhoria não pare quando um nível de competência é

alcançado.

30

Os níveis de proficiência de desempenho representam, então, uma escala de exigência

aplicável a todas as competências e que deverão ter associados indicadores que caracterizam

cada grau de exigência (Camara et al., 2016). Os graus de exigência podem ser definidos por

escalas qualitativas ou quantitativas, podendo os níveis ter quatro, cinco, sete ou mais posições,

sendo que cada posição da escala exprime um grau de maior ou menor adequação do

desempenho do avaliado numa determinada dimensão que pode ir de comportamento

completamente inaceitável ou desempenho deficiente até comportamento excelente (Caetano,

2008).

Camara et al. (2016) recomendam que sejam utilizadas escalas pares para que se evite erros

de tendência central na avaliação de desempenho, isto é, em escalas ímpares o avaliador que

não queira fazer distinção do colaborador opta pelo grau central de classificação. Então, “é

preferível optar por uma escala par que possibilita uma distinção mais rigorosa dos diferentes

padrões de desempenho” (Camara et al., 2016: 394). Neste âmbito, os graus de classificação

podem corresponder a nível 1 – Inadequado (quando existe uma inadequação do colaborador à

função ou demonstra falta de competências), nível 2 – a aperfeiçoar /necessita de formação

(quando o colaborador atinge até 50% dos objetivos), nível 3- Bom (o colaborador atua

perfeitamente ao nível de exigência do cargo, atingindo 80% dos objetivos estabelecidos), nível

4 – Muito bom/Excelente (o colaborador atinge 100% dos objetivos ou excede em parte

significativa, atingindo 110%) (Camara et al., 2016).

Posteriormente, deparamos com a fase em que se identifica os indicadores de desempenho

para cada nível de exigência. Um indicador de desempenho é uma variável ou parâmetro que

reflete um estágio de desenvolvimento desejável, podendo ser utilizado para avaliação

quantitativa bem como qualitativa de organizações, processos de trabalho, de equipas e

indivíduos (Brandão e Guimarães, 2001).

Os indicadores deverão possuir dois tipos de informação, o que deve ser feito e como deve

ser bem feito, sendo que a informação recolhida pela descrição e análise de funções indica o

que deve ser feito, refletindo o indicador os comportamentos observáveis em níveis de

desempenho totalmente satisfatórios da competência (Cascio, 1992). Então, ao definir os

indicadores, deve-se incluir suficiente informação contextual a partir dos conteúdos funcionais

para dar significado à ação, ser-se claro, incluir um verbo de ação na descrição e não ser

duplicado noutras competências (Cascão, 2004).

Os indicadores devem, ainda, ter um alinhamento claro entre o desempenho esperado da

função e os objetivos da empresa e, ainda, um alinhamento entre os elementos críticos da

função e as dimensões avaliadas (Cascio, 1992). Logo, é necessário analisar na descrição das

31

tarefas quais os comportamentos que caracterizam um desempenho excelente e excecional e

redigi-los de modo a que não sejam ambíguos. Para tal, devem ser utilizados verbos de ação

no indicativo da terceira pessoa do singular, não devem ser escritos adjetivos e termos técnicos

na construção das frases para não haver dúvidas na interpretação, a sua redação deve ser

ajustada ao nível da exigência respetiva e os comportamentos devem ser observáveis no dia a

dia do trabalhador (Camara, 2017).

Assim sendo, quanto mais explícito e específico for o indicador, mais constitui um guia e

incentivo para a ação, porque sendo explícito, por oposição a uma intenção geral e abstrata,

fornece ao indivíduo informação que lhe permite regular a intensidade do esforço exigido para

o atingir, ao mesmo tempo que, sendo específico, define com clareza o foco de aplicação do

esforço e fornece a base normativa para que o indivíduo possa monitorizar, medir e avaliar o

seu grau de sucesso (Neves, Garrido e Simões, 2015).

Por fim, Caetano (2008) refere que a descrição dos indicadores de desempenho deve conter

um formato vertical, apresentando a identificação e definição da descrição da dimensão a

avaliar, expondo de seguida as descrições comportamentais, podendo aparecer, à sua esquerda,

ancorados, números de escala ou adjetivos numéricos (insuficiente, bom e excelente). A

principal vantagem consiste em obter um score global de avaliação ou scores de cada dimensão

comportamental em apreciação, o que facilitará a avaliação de desempenho e o feedback de

desempenho, uma vez que a cotação fica ancorada em comportamentos específicos que podem

ser comunicados com vista à melhoria (Caetano, 2008).

Concluindo, serão definidas competências transversais e específicas que caraterizam a

organização e desenvolvidos indicadores de desempenho alinhados aos objetivos estratégicos

e funcionais que contribuem para uma avaliação de desempenho mais estratégica, coerente e

justa. Tal como referido anteriormente, as competências técnico-profissionais são um pré-

requisito para o exercício da função e não requerem indicadores comportamentais observáveis

para a sua identificação e graduação (Camara et al., 2016).

32

Capítulo III – Vertentes do caso

Este projeto tem como objetivo principal contribuir para a melhoria da gestão de

desempenho do grupo, através da implementação de um sistema de descrição, análise e

qualificação de funções.

Tendo em conta os objetivos traçados, optou-se por uma investigação-ação em que o

investigador teve que analisar e compreender o conteúdo e o contexto específico dos cargos e

as tarefas inerentes a cada função, por forma a desenvolver indicadores de desempenho

específicos e mensuráveis para uma avaliação de desempenho mais eficaz.

Posto isto, o presente projeto enquadra-se numa investigação de cariz maioritariamente

qualitativo, tendo como suporte orientador o paradigma fenomenológico em que o investigador

procurou compreender os comportamentos, as atitudes e atividades que envolvem o contexto

das tarefas e do trabalho a partir do contexto organizacional. Todavia, e apesar do enfoque ser

mais orientado para este paradigma, de forma a obtermos uma visão mais completa da realidade

em estudo, socorremo-nos de uma combinação de técnicas de recolha de informação de

carácter qualitativo e quantitativo.

O problema ao qual se pretendeu dar resposta foi a carência de indicadores de desempenho

específicos que permitam medir o contributo de cada colaborador na organização. Assim, os

objetivos específicos foram desenvolver indicadores de desempenho através da implementação

da DAQF, contribuindo para a melhoria da gestão de desempenho e da eficácia organizacional,

até aqui inexistentes na organização. Com efeito, as variáveis em estudo foram o conteúdo

funcional dos cargos (variável independente) e as competências necessárias à execução das

tarefas (variável dependente).

Além disto, a pesquisa teve um caráter descritivo onde se pretendeu examinar um problema

e identificar as suas características mais pertinentes através de uma metodologia participativa

e colaborativa, onde não só se resolveu um problema real, mas interveio na transformação do

sistema, procurando facilitar a implementação de soluções que promovem a melhoria da ação

(Coutinho, Bessa, Dias, Sousa, Vieira e Ferreira, 2009).

Foram utilizadas técnicas mistas de recolha de informação, tais como, a técnica de análise

documental, a entrevista semiestruturada, o inquérito por questionário fechado e a observação

direta.

33

3.1. A amostra

O objeto de estudo que compôs o projeto foi uma organização do ramo automóvel

constituída pelas marcas automóvel Volkswagen, Audi, Seat e Skoda.

Tal como referido anteriormente, a descrição e análise de funções deve incidir sobre

todas as funções da organização (Clifford, 1994). Porém, importa antes de mais esclarecer que

por limitação de recurso temporal em implementar esta prática e, consequente decisão da

gestão de topo do grupo, o projeto abrangeu apenas as funções mais cruciais da organização.

Posto isto, uma vez que o grupo é constituído por vários polos, distribuídos por diferentes

localidades do país e que possuem funções idênticas, optou-se apenas por encetar contactos

junto dos serviços principais, abarcando 21 funções. O projeto é, assim, caracterizado por um

tipo de amostragem não aleatória intencional, onde se realizou uma investigação-ação no polo

Volkswagen e no polo Audi/Seat.

Foram analisadas as funções do setor financeiro/administrativo, sendo elas, a função de

gestor financeiro, controlador financeiro, provedora de clientes, contabilidade, tesouraria,

coordenador/a de campanhas, secretariado comercial, gestor de qualidade. No setor logístico,

informação e marketing, as funções de gestor/a de marketing e técnico de marketing. No que

respeita ao setor de vendas, a análise englobou a função de chefe de vendas e comerciais de

cada marca. Já no setor pós-venda, incidiu na função de gestor de peças, coordenador/técnico

de peças, chefe de oficina de Volkswagen, Audi e Seat, gestor de clientes, eletromecânico,

mecatrónico, pintor, lavador/preparador e chapeiro.

Por conseguinte, no que respeita às fontes de informação, este projeto teve em conta o

pressuposto de Clifford (1994), em que nas organizações que possuem grande número de

colaboradores que executam a mesma função, apenas é necessário envolver três ou cinco desses

colaboradores, sendo que todos os titulares de função envolvidos no processo devem trabalhar

na empresa há, pelo menos, 1 ano.

Portanto, a seleção dos indivíduos para constituir a amostra teve por base o critério de

antiguidade ser pelo menos um ano de trabalho e, no caso das funções em que existam vários

colaboradores a exercer o mesmo cargo, foram selecionados três a cinco desses colaboradores

com mais anos de prestação de serviço no grupo. Ademais, a seleção destes colaboradores teve,

ainda, em conta, a opinião dos seus superiores hierárquicos uma vez que estes conhecem

melhor os titulares de função. Então, foram entrevistados seis colaboradores da função

comercial, três colaboradores da função de mecânico, pintor, chapeiro, gestor de oficina, gestor

34

de clientes e técnico de peças, uma vez que estas possuem vários funcionários a executar as

mesmas tarefas.

O principal objetivo desta decisão foi assegurar que todos os colaboradores

selecionados dispõem de informação e experiência suficientes para caracterizar a sua função,

originando informação pertinente e objetiva para a redação de descritivos funcionais

estratégicos.

3.1.1 Caracterização da amostra

Face ao exposto, a amostra é constituída por 43 indivíduos, sendo que o gráfico n.º 5

demonstra que 80 % dos indivíduos são do sexo masculino (correspondente a 35 homens) e 20

% são do sexo feminino (correspondente a 8 mulheres).

Gráfico n.º 5 - Distribuição da amostra segundo o sexo

Relativamente à idade, a média é de 42 anos e quanto aos anos de serviço prestados na

empresa, o gráfico n.º 6 indica que 26% da amostra (11 indivíduos) trabalham entre dois a

cinco anos no grupo e que nove indivíduos (21%) já laboram há mais de dezasseis anos.

35

Gráfico n.º 6 - Distribuição da amostra segundo anos de serviço na empresa

Quanto às habilitações literárias, o gráfico n.º 7 aponta que 33% (14 indivíduos)

possuem o ensino básico correspondente ao 9.º ano de escolaridade e 30% (13 indivíduos)

possuem o ensino secundário completo correspondente ao 12.º ano de escolaridade.

Gráfico n.º 7 -Distribuição da amostra segundo habilitações literárias

3.2 - Técnicas de recolha de informação

Tendo em conta as variadas técnicas de recolha de informação apresentadas no

enquadramento teórico, afigurou-se mais indicado para a prossecução dos objetivos propostos

utilizar a análise documental, a entrevista individual, o inquérito por questionário e a

observação direta.

36

Neste projeto, a análise documental foi utilizada como a primeira técnica de recolha de

informação, em que se pretendeu realizar uma análise de documentos fornecidos pela

organização, mais concretamente descritivos funcionais anteriores, formulários de avaliação

de desempenho, relatórios, manual de qualidade, regulamento interno, entre outros. O principal

objetivo foi recolher informação já existente na empresa acerca das atividades e cargos, da

história do grupo, os seus valores, os seus objetivos e a constituição da estrutura organizacional,

na medida em que de outra forma era impossível obter estes dados.

Outra técnica administrada foi a entrevista individual. A entrevista possibilita obter

informações sobre todos os aspetos do cargo através das pessoas que melhor o conhecem, bem

como cruzar informações obtidas com ocupantes de outros cargos similares (Chiavenato,

2009).

As entrevistas foram administradas na modalidade de entrevista semiestruturada, tendo

como objetivo obter informação das principais responsabilidades inerentes às funções, das

atividades e tarefas do funcionário, da frequência e o grau de complexidade dessas tarefas, dos

requisitos necessários para desempenhar a função, das competências, das condições

envolventes do trabalho, assim como, perceber o que se faz, quando se faz e o motivo porque

se faz (Morgeson e Dierdorff, 2011). Na aplicação da análise de funções, estas entrevistas

permitiram, ainda, ao analista de funções, verificar e clarificar respostas na hora de aplicação

(Gomes et al., 2008).

Assim, a entrevista contou com o apoio de um guião previamente elaborado (cf.

Apêndice I), salvaguardando um desenvolvimento flexível e fluído e promovendo situações de

contacto menos formal, de modo a que os entrevistados se sentissem mais à vontade na partilha

de informação (Quivy, 1992). Para tal, de modo a dar resposta ao problema formulado e

objetivos propostos, o guião de entrevista teve por base o conteúdo e contexto funcional, sendo

constituído pela identificação da função, relações hierárquicas, objetivos da função,

polivalência, requisitos, inventário das principais responsabilidades, descrição das tarefas, grau

de complexidade de execução, competências necessárias para executar as tarefas,

responsabilidade por materiais e ferramentas e especificações da função.

Uma vez que a insegurança e a falta de confiança dos titulares de função poderiam

condicionar o sucesso da entrevista, o analista de cargos teve o cuidado em estabelecer um

clima de confiança, sendo que, antes de se iniciar as entrevistas, fez-se sempre uma breve

síntese, recordando os objetivos do estudo e iniciando o diálogo, no decorrer deste contexto.

Cada entrevista foi aplicada individualmente, nas instalações da organização, de acordo com

os horários estipulados pelos superiores hierárquicos, com autorização de áudio-gravação e no

37

período compreendido entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018, perfazendo um total de 41

entrevistas.

No entanto, para Quivy (1992) é uma técnica que consome muito tempo, difícil de

trabalhar e depende sempre da capacidade ou incapacidade que as pessoas têm para verbalizar

as suas próprias ideias. Para além de que a informação não fica imediatamente acessível,

havendo a necessidade de recorrer à análise de conteúdo. Assim sendo, na etapa seguinte

recorreu-se à transcrição integral das entrevistas e análise da informação através da análise de

conteúdo.

A finalidade da análise de conteúdo é efetuar inferências, com base numa lógica

explicitada sobre as mensagens cujas características foram sistematizadas. Então, o

investigador constrói categorias que ajudam a desmontar um determinado texto, descortinando

significados, imputáveis quer ao autor desses documentos, quer ao contexto em que tal

documento foi produzido (Bardin, 2007).

Numa primeira fase, o analista realizou uma pré-análise aos textos, organizando a

informação e efetuando uma leitura individual e superficial a cada entrevista. De seguida,

procedeu-se à fase de exploração do material em que se definiram as unidades de registo que

são um recorte que se faz a todo o contexto e que determinam o modo de codificação da unidade

de registo escolhida (Bardin, 2007). Como o intuito do projeto foi obter informação pertinente

e objetiva acerca do conteúdo de cada função, optou-se que a unidade de registo consistisse na

análise dos temas-eixo que decorreram do conjunto de questões propostas pelo guião de

entrevista. Foram definidos na matriz de análise de conteúdo dois temas que englobam as

categorias de análise enquadradas na análise de funções: a descrição da função e a especificação

da função, identificadas 4 categorias e 13 subcategorias (cf. Apêndice II).

No fim, toda a informação recolhida nas entrevistas permitiu criar descritivos de

funções provisórios que foram verificados pelas chefias ou superiores hierárquicos diretos com

o objetivo de se obter uma maior qualidade de informação e para garantir que as

responsabilidades e requisitos necessários à função estejam alinhados com as atividades atuais

do grupo.

Para além destas técnicas, o questionário também esteve presente como técnica de

recolha de informação. O Inquérito por questionário consiste numa série estruturada de

perguntas que possibilita quantificar uma multiplicidade de dados e proceder a numerosas

análises estatísticas tendo a vantagem de ser um método abrangente e mais económico

(Chiavenato 2009).

38

A administração do inquérito por questionário teve por objetivo identificar e validar as

competências transversais e as específicas das funções nomeadas pelos colaboradores aquando

das entrevistas. As core competences foram, ainda, discutidas em reuniões de brainstorming

entre gestores de topo e gestores de departamento, tendo sido criada pelo analista de cargo uma

ckeck list sumativa das core competences nomeadas.

Seguidamente, foram concebidos cinco tipo de questionários fechados, sendo que um

questionário foi constituído pelas core competences (cf. Apêndice III) com o objetivo de serem

assinaladas as competências que caracterizam o grupo e que serão transversais a todas as

funções. Os restantes questionários foram elaborados através das competências específicas das

funções com o objetivo de os colaboradores (cf. Apêndice IV) assinalarem as competências

das suas funções e, ainda, para as respetivas chefias superiores (cf. Apêndice V, VI, VII)

validarem as competências por função. De forma a criar uma linguagem comum e não gerar

ambiguidade, em cada questionário foi anexado um documento com a definição de cada

competência tendo como referência o dicionário de competências (Câmara, 2017). Todos os

questionários foram administrados diretamente, na modalidade de questionário fechado, nas

instalações da organização em janeiro de 2018, perfazendo um total de 43 inquéritos.

Foram ainda identificadas pelo analista de cargos e gestores de topo, quatro famílias de

funções: i) família de funções administrativas, ii) família de funções comerciais/vendas, iii)

família de funções de pós-vendas e iv) família de funções de líderes de equipas.

Por fim, foi utilizada a técnica de observação direta a alguns cargos. A observação pode

ser observação indireta, em que o investigador se dirige ao sujeito para obter informação

procurada, ou observação direta em que o próprio investigador observa e procede diretamente

à recolha de informação sem se dirigir aos sujeitos interessados (Quivy,1992). Na análise de

funções, a observação é direta, sendo que o analista observa o ocupante em pleno exercício das

suas funções, enquanto regista as tarefas que correspondem a determinada função. A

observação deve ser completada com procedimentos, normas de trabalho, entre outros (Peretti,

2004).

Neste projeto, a observação direta consistiu numa técnica de recolha de informação

complementar. Por motivos de ordem temporal em que este projeto estava incidido, a técnica

de observação direta contemplou apenas alguns cargos do departamento de pós-venda, uma

vez que estas funções requerem conhecimentos técnicos específicos que são desconhecidos ao

analista de cargo. Então, a observação a estes postos permitiu ao analista obter maior

compreensão das tarefas, uma visão mais realista das atividades e eliminar enviesamentos na

informação recolhida.

39

Capítulo IV – Apresentação de proposta de solução

Neste capítulo será feita uma análise crítica aos descritivos funcionais e à avaliação de

desempenho em vigor na organização e será apresentada a proposta de solução ao problema

organizacional exposto anteriormente.

4.1. Descritivo funcional do grupo

Como já referido anteriormente, o grupo constituído por quatro marcas automóvel é

condicionado pelas exigências da Sociedade de Importação de Veículos Automóveis (SIVA).

Neste sentido, todos os processos de gestão e gestão de recursos humanos estão vinculados às

exigências de qualidade e de procedimentos do importador. Neste panorama, o descritivo

funcional existente no grupo é constituído por um documento com os seguintes parâmetros:

1. Identificação da função: título da função, nome do titular, categoria,

departamento/unidade funcional, posto de trabalho do superior direto e do

superior imediato, substitutos da função, dependência funcional e contatos

internos e externo.

2. Especificações: as qualificações requeridas incluindo experiência

profissional e conhecimentos/formação específica;

3. Indicação de tarefas principais com frases ambíguas e desatualizadas;

4. Tarefas extra - organograma

5. Validação com assinatura de titular e responsável de departamento e data.

Observa-se que os descritivos funcionais existentes estão incompletos e desatualizados.

Todavia, sendo o principal objetivo da organização deter um sistema de gestão de desempenho

como um processo resultante do planeamento de objetivos e indicadores, de acompanhamento

e de avaliação, para comparar os resultados alcançados com aqueles que eram esperados

(Brandão e Guimarães, 2001), torna-se crucial a existência de indicadores de desempenho

específicos e descritivos funcionais atualizados e ajustados à realidade organizacional que

permitam identificar as capacidades dos colaboradores para o exercício das funções, tornando

o sistema de gestão de desempenho atual exequível e com resultados para a entidade.

Diante deste cenário, propõe-se a implementação de um sistema de descrição, análise e

qualificação de funções como solução ao problema organizacional, combinando a abordagem

de análise de funções com a gestão de competências para alinhar a DAQF com a cultura e a

estratégia organizacional, pois a identificação de competências permite ligar as práticas das

40

pessoas às estratégias da entidade bem como identificar os indicadores que têm valor para o

negócio, garantindo a manutenção do sucesso (Ramos e Bento, 2007) . Além disso, quanto à

avaliação de desempenho, esta abordagem permitirá refletir os comportamentos desenvolvidos

pelos colaboradores para obter um rendimento excelente numa função, melhorar o desempenho

das equipas e estimular a responsabilidade pelo exercício dos resultados pessoais e

organizacionais (Ramos e Bento, 2007). Para tal, o projeto seguiu a abordagem defendida por

Siddique (2004) no que respeita à execução de uma análise de funções dinâmica e estratégica,

focando não só a recolha de dados comportamentais de trabalho, caraterísticas verificáveis da

envolvente organizacional com a qual os indivíduos interagem, mas especificando, ainda, as

tarefas atuais, os conhecimentos e competências necessárias ao desempenho eficaz de uma

função para a obtenção de indicadores de desempenho.

Neste sentido, no contexto organizacional analisaram-se as competências pela

perspetiva dos comportamentos ou ações (Ceitil, 2007), ou seja, as abordagens aqui adotadas

têm por base as competências colocadas em ação pelos colaboradores que traduzam

comportamentos e resultados, sendo que os indicadores de desempenho aqui traçados são

constituídos por dimensões que descrevem os comportamentos possíveis de medição.

De seguida, será apresentada a proposta de solução ao problema organizacional.

4.2. Implementação da descrição, análise e qualificação de funções

A implementação da análise de funções no grupo assentou em cinco fases de

desenvolvimento enunciadas por Gomes et al (2008) e Sousa et al. (2006) e apresentadas de

seguida.

A primeira etapa designada como fase 0- Estratégia- decorreu no mês de outubro de

2017, em que se efetuou uma análise à documentação institucional, tal como o regulamento da

SIVA aplicado no grupo, os descritivos funcionais anteriores, formulário de avaliação de

desempenho, as normas de qualidade, e o organograma, tendo como intuito entender

concretamente quais os valores e princípios da entidade, a cultura organizacional, os objetivos

de negócio e compilar o máximo de informação existente acerca dos conteúdos funcionais.

Realizou-se uma primeira reunião entre a analista de funções, presidente do grupo, três

diretores de departamento (vendas, pós-vendas e administrativo/financeiro) e gestor da

qualidade, decidindo que as funções a incidir pela descrição e análise de funções eram as

funções dos serviços principais, sendo elas do polo sede Volkswagen e os pólos Audi e Seat.

41

Perante os objetivos e pressupostos enunciados anteriormente, afigurou-se importante

que o novo descritivo funcional teria de conter os seguintes elementos:

Identificação da função com o título da função, a unidade funcional a que pertence,

indicação do posto de trabalho do superior imediato e direto, o nome do titular da

função, substitutos da função, dependência funcional, indicação dos contactos internos

e externos, o posicionamento no organograma organizacional, descrição sumária da

função especificando o principal objetivo que o cargo deve atingir.

Uma descrição das principais responsabilidades da função com frases curtas, objetivas

e com verbos de ação (Dobbins e Ehmke, 2007).

Identificar as principais tarefas ou atividades executadas, sendo todas atividades

observáveis e descrevê-las com frases curtas, objetivas e verbos de ação (Dobbins e

Ehmke, 2007). Especificar o que se faz (tarefa), para que se faz (objetivo), como se faz

(recursos), o grau de complexidade de execução e as competências especificas das

funções para se definir os contributos de cada função em relação aos objetivos e

prioridades da empresa.

Elencar as especificações da função incluindo o cluster de competências técnico

profissional que engloba os requisitos mínimos de qualificação, experiência

profissional mínima requerida e as habilidades (Camara et al., 2016).

Incluir, ainda, as condições de trabalho, tendo em conta o esforço físico ou mental

exigido (se aplicável), as condicionantes ambientais -ruídos, temperatura, gases,

poeiras, entre outros (se aplicável) e a responsabilidade por materiais/equipamentos

(quando aplicável), porque tanto as características da força de trabalho como do

ambiente ou local de trabalho são diferentes e têm um impacto positivo ou negativo na

forma como o trabalho é desenvolvido (Prien, Goodstein, L., Goodstein, J. & Gamble,

2009).

Indicação das Funções extra-organograma.

Validar o documento com a assinatura do titular, responsável de departamento e data.

42

Importa referir que por exigência do importador SIVA não foi possível retirar elementos

já existentes no descritivo funcional do grupo. De seguida apresenta-se uma proposta do novo

formato dos descritivos funcionais do grupo:

Figura 2 - Proposta de novo descritivo de funções

01. Unidade Funcional: Centro de Custo:

02. Posto de Trabalho: Nome do Titular:

03. Posto de Trabalho do Superior Direto:

04. Posto de Trabalho do Superior Imediato:

05. Substituto do Titular na sua ausência: Titular substitui:

06. Dependência Funcional

07. Contactos requeridos para a função: (internos/externos)

08. Posição no organograma organizacional

09. Missão da Função (Finalidade e Principais objetivos da função)

10. Requisitos mínimos exigidos:

10.1 Habilitações literárias:

10.2. Experiência profissional:

10.3 Competências técnicas-profissionais/ conhecimentos específicos

11. Principais responsabilidades

DESCRIÇÃO DO POSTO DE TRABALHO

REVISÃO: DATA:

IMPRESSO PROPOSTO PÁGINA:

43

12. Principais tarefas da função:

N.º Tarefa

(o que faz?) Objetivos

(para que faz?) Recursos

(com o quê)? Grau de

complexidade

de execução

Competências

-chave

1

2

3

4

13. Condições de trabalho

13.1 Responsabilidade por materiais/máquinas de trabalho (quando aplicável)

13.2 Condicionantes físicas/sociais (ruídos, temperatura, poeiras, gases quando aplicável) 14.Funções extra-organograma

A etapa seguinte, designada por fase 1 –planeamento - decorreu entre outubro e

novembro de 2017, em que se efetuou outra reunião entre o analista de cargo, administrador,

três chefes de departamento e gestor de qualidade, com o intuito de se identificar as fontes de

informação a entrevistar, tendo em conta os critérios de seleção referidos no capítulo III da

metodologia.

Posteriormente, definiu-se que seriam utilizadas múltiplas fontes de evidência, já

mencionadas no capítulo III metodologia visto que permitem explorar um maior leque de

informações, alargando inclusive o âmbito de questões a serem analisadas (Barañano, 2008).

Foi, ainda, elaborado um cronograma com o plano de trabalhos e uma agenda para serem

administradas as entrevistas de acordo com os horários laborais.

Seguidamente, a fase 2 – preparação - decorreu no mês de dezembro 2017 e consistiu

na preparação e conceção do guião de entrevista, tendo por base os objetivos predefinidos pela

gestão. Foi, igualmente, a fase de comunicar a todos os funcionários e polos de serviço os

objetivos do projeto a implementar. Este processo consistiu na deslocação do analista de cargos

e gestor de qualidade às respetivas filiais para uma sessão de esclarecimento e informação

acerca dos objetivos do projeto, do processo a implementar e do cronograma de trabalhos.

A fase 3 –execução - iniciou-se em dezembro de 2017 até fevereiro de 2018. Incluiu a

recolha e triagem de dados, através da entrevista, diretamente dos incumbentes e chefias de

departamento sobre as atividades, responsabilidades e tarefas dos cargos, condições de

trabalho, as especificações de cada função e a identificação de conhecimentos, capacidades e

competências necessários para exercer cada posto de trabalho.

44

Após a recolha e triagem de dados das entrevistas deparámo-nos com a fase de

tratamento de informação recolhida através da análise de conteúdo às entrevistas, já referido

no capítulo III metodologia. A análise de conteúdo permitiu conceber e redigir novos

descritivos funcionais provisórios, tendo em conta os dados recolhidos pelas entrevistas aos

titulares de função e chefes de departamento. A redação dos descritivos de funções foi o

processo mais moroso, devido à necessidade de tratar e cruzar as informações e foram revistos

pelos superiores hierárquicos pois estes responsáveis conhecem os conteúdos das funções, o

ambiente de trabalho e os requisitos podendo validar a informação e corrigir respostas

enviesadas pelos detentores dessas funções (Prien et al., 2009; Silva & Reis, 2018). Desta etapa

surgiu o manual de funções que, por forma a não tornar o projeto demasiado “pesado”,

encontra-se anexado ao presente documento (cf. apêndice VIII). De referir uma vez mais que

para garantir o anonimato, determinada informação contida nos descritivos funcionais foi

ocultada, não sendo detalhada em anexo.

Figura 3 - Exemplo de descritivo de função “Pintor”

01. Unidade Funcional:

Oficina Centro de Custo:

Oficina 02. POSTO DE TRABALHO:

Pintor

NOME DO TITULAR:

XXXX 03. POSTO DE TRABALHO DO SUPERIOR DIRECTO:

Gestor Oficina

04. POSTO DE TRABALHO DO SUPERIOR IMEDIATO:

Gestor Após – Venda

05. SUBSTITUTO DO TITULAR NA SUA

AUSÊNCIA:

---------

TITULAR SUBSTITUI:

---------

06. DEPENDÊNCIA FUNCIONAL:

Direcção pós-Venda

07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

internos: gestor clientes, gestor oficina, peças, etc…

externos: -------------

45

08. Posição no organograma

09. Missão da função

Executar a pintura de partes ou da totalidade da carroçaria, procedendo ao tratamento

anticorrosivo, insonorizando e verificando a estanqueidade, escolhendo a sequência de

pintura adequada, preparando, afinando e aplicando tinta, organizando e controlando a

qualidade do trabalho.

10. Qualificações mínimas exigidas

10.1-Habilitações literárias: 9.º ano de escolaridade 10.2- Experiência profissional: mínimo 2 anos. 10.3-competências técnicas/ conhecimentos específicos: conhecimentos de normas

técnicas de preparação, identificação e afinação de cores, fichas técnicas e de toxicidade

dos produtos utilizados na repintura de veículos, técnicas de correção de defeitos de

pintura em veículos e composição de tintas.

11. RESPONSABILIDADES DA FUNÇÃO

1. Executar os trabalhos de manutenção/reparação de acordo com as preconizações do fabricante, quer no que respeita à ferramenta/equipamento, quer na incorporação de peças originais.

2. Registar todos os elementos necessários no software 3. Cumprir as normas internas de funcionamento, em especial o registo das horas e

materiais. 4. Coordenar a secção face ao serviço em curso, agenda de serviço e distribuição do

trabalho por outros produtivos da secção. 5. Coordenar a secção de pintura com a secção de carroçaria.

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Direção comercial

(VW e frotas)

Direção

pós-vendas

Equipa de serviço pós-venda

(Mecânico, pintor, eletricista, lavador,etc)

Direção administrativo/

financeiro

Direção Marketing/ logística e Informação

46

6. Gerir e executar a manutenção da secção de pintura 7. Articular informação com a receção / gestão de oficina, os trabalhos pedidos, bem

como a sugestão e orçamentação de trabalhos adicionais. 8. Cumprir com as normas e os procedimentos de qualidade, higiene e segurança no

trabalho.

12. Tarefas Principais

Obs: o grau de dificuldade varia entre 1 -pouco complexo, 2- moderadamente complexo e 3-muito complexo

N Tarefa

(o que faz?)

Objetivo

(para que faz?) Recursos

(com o quê?)

Grau de

dificuldade de

execução

Competências

chave

1 Preparar o veiculo

-Lixar o veiculo para retirar anomalias e

isola-lo com protetores de cor

Lixa, fita isoladora, plástico

2

-Adaptação à mudança

-Criatividade/

inovação

-Resolução de problemas

-Gestão do

tempo

-orientação para o cliente

2 Preparar a cor

Pesar, misturar e diluir tintas dentro

parâmetros da marca

Material pintura 1

3 Pintar Repor a cor inicial do veiculo

Tintas em spray/ estufa

1

4 Envernizar

Dar brilho à cor dentro dos parâmetros

exigidos da marca

Verniz e pinceis 1

5 Entregar o veiculo

Retirar os isolamentos protetores de pintura

equipamentos 1

6 Registar elemento

s

Efetuar o registos na check list de todos os

elementos efetuados/gastos na

tarefa

Programa 1

13. Condições de trabalho

13.1 Responsável por: tintas e fornecedores (encomendas e gestão de stock). 13.2 Condicionamentos físicos/ sociais: Sujeito a calor, cheiro e sprays

14. Funções adicionais do titular do Posto de Trabalho

Não tem.

Quanto à descrição e análise de funções, sendo esta a pedra basilar de todas as práticas

de gestão de recursos humanos, pretende-se que a DAQF implementada na organização seja

um contributo para a gestão de desempenho e, no futuro, para todas as outras práticas de gestão

de recursos humanos do grupo. Para tal, a DAQF implementada segue alguns princípios

seguidos por Clifford (1994) e apresentados de seguida.

47

Tabela 1 – Princípios da DAQF

Princípios de forma Princípios de conteúdo Princípios de processo

Abarca todas as funções

Dinâmico – atualização de cargos

Alinhamento vertical - articulado com todos os departamentos e

objetivos organizacionais

Formato simples pré-definido pela entidade. Objetivo e claro

Alinhamento horizontal –articulado com todas as funções (gestão de

topo, chefias intermédias e colaboradores)

Adaptável a todas as funções

Estratégico e atualizado (revisão efetuada com

mudanças organizacionais ou 2 em

2 anos)

Compatível com o sistema de qualidade interno e com as

exigências da SIVA

Design de fácil acesso

e dimensão até 3

páginas

Detalhado com descrição de tarefas, competências

exigidas e responsabilidades

Articulado com as restantes práticas

de gestão de recursos humanos

Fonte: Adaptado de Clifford (1994)

Tal como menciona Prien et al. (2009), os conteúdos funcionais podem ser condicionados

pelas mudanças tecnológicas, legais, exigências dos clientes e fornecedores, entre outros, o que

torna os descritivos de funções obsoletos rapidamente. Assim, propõe-se uma atualização de

todos os descritivos funcionais de 2 em 2 anos ou consoante as mudanças organizacionais,

continuando com um formato simples, objetivo e acessível às funções e departamentos.

A etapa seguinte designada fase 4 envolveu a utilização do produto final da análise de

função para prossecução dos objetivos propostos neste projeto, decorrendo entre março e abril

de 2018 e traduziu-se na construção de indicadores de desempenho a partir da descrição e

análise de funções.

4.3 – Identificação das competências

Com a elaboração dos descritivos funcionais provisórios, deparamo-nos com a etapa de

desenvolver os indicadores de desempenho.

Para uma gestão de desempenho ser mais eficaz, esta deve ser diferenciada para cada

grau hierárquico ou nível funcional, porque diferentes cargos exigem diferentes desempenhos

e requisitos, logo, os indicadores de desempenhos devem ser diferenciados de acordo com os

níveis de exigência funcionais (Cascão, 2004). Neste panorama, propõem-se indicadores de

48

desempenho diferenciados, isto é, indicadores de desempenho de nível

organizacional/transversais, de nível específico das funções e os de nível individual. Do mesmo

modo, para que a avaliação de desempenho se torne mais eficiente e proporcione resultados

para o grupo, propõe-se que esta possua parâmetros de avaliação diferentes para as funções de

gestão, funções de chefias, funções operacionais, funções técnicas, entre outras.

Então, pela DAQF foi possível identificar funções com aspetos técnicos em comum e

agrupá-las em quatro famílias de funções apresentadas de seguida e que terão indicadores de

desempenho específicos em comum.

Tabela 2 – Família de funções

Família de

funções Características Funções

Administrativos

Funções ligadas ao

planeamento, controlo

e gestão do negócio

Gestor/a financeiro, Controlador/a

financeiro,

Contabilidade, tesouraria, secretariado

comercial, provedor/a de clientes,

controlador/a de campanhas,

Vendas

Funções ligadas ao

desenvolvimento do

negócio

Comercial das várias marcas

automóvel

Pós - vendas

Funções

especializadas do

negócio

Mecânico, eletricista, pintor, lavador,

chapeiro, técnico/a de peças, gestor/a

de cliente, técnico/a de marketing,

Líderes equipas

Funções com

responsabilidade por

indivíduos/equipas

Gestor/a de qualidade,

Gestor/a de marketing/TIC

Chefe de oficina, chefe de vendas

Coordenador/a de peças

Posteriormente, a partir da DAQF e respetiva análise de conteúdo diagnosticou-se a

subdivisão das competências em genéricas e específicas, resultando na identificação de 13

unidades de registo para core competences e 11 unidades de registo para competências

específicas.

As core competences serão as competências transversais a todos os cargos

independentemente do setor e que serão as competências centrais que proporcionam a base

49

para que a organização defina para si própria o que está por detrás dos seus produtos finais

(Cascão, 2004) e as competências específicas serão as competências essenciais que os

colaboradores devem manifestar para obterem um bom desempenho. As competências foram

compiladas e concebidos cinco inquéritos por questionário já mencionados no capítulo III

metodologia.

Para a obtenção dos resultados verificou-se a frequência com que cada competência foi

mencionada nas entrevistas e nos questionários, visto que o número de menções realizadas a

respeito de determinado item é um indicativo da sua relevância (Brandão e Guimarães, 2001).

Por motivos que se prendem com a confidencialidade das declarações prestadas – assumida

antecipadamente perante os entrevistados – em nenhum momento será feita referência aos seus

nomes, sendo estes designados pela sigla E (Entrevistado).

Segundo os dados obtidos pelos inquéritos por questionário, a tabela n.º 3 permite

concluir que as competências genéricas mais assinaladas foram o rigor/ a atenção ao detalhe, o

relacionamento interpessoal, a capacidade de comunicação, o espírito crítico e a

autonomia/iniciativa.

Tabela 3 – Competências genéricas valorizadas

Competências genéricas N.º total de

evidências % % de casos

Cap. comunicação 43 12,9% 100%

Rigor/atenção ao detalhe 43 12,9% 100%

Relacionamento interpessoal 43 12,9% 100%

Espírito critico 43 12,9% 100%

Autonomia/iniciativa 43 12,9% 100%

Compromisso com a marca 38 11,4% 88,4%

Empenho/dedicação 37 11% 86,0%

Adaptação à mudança 12 3,6% 27,9 %

Inovação 8 2,4% 18,6%

Organização/planeamento 7 2,1% 16,3%

Ética profissional 7 2,1% 17,1%

Flexibilidade 6 1,8% 14,0%

Visão estratégica 3 0,9% 7,0%

Total 333 100% 774,4%

50

Observa-se, ainda, que as competências compromisso com a marca e a competência

empenho são, igualmente, consideradas importantes tendo uma cotação de 88,4% e 86%

respetivamente.

Estes resultados são corroborados pelos discursos dos incumbentes durante as

entrevistas ao afirmarem o rigor/ atenção ao detalhe como sendo uma das principais exigências

de todas as funções: “temos que ser atentos, rigorosos e cuidadosos neste trabalho” (E19),

“todos os processos exigem rigor tanto os administrativos como os operacionais” (E21), “tanto

o importador, como o cliente externo, como os processos legais exigem o rigor, a perfeição, a

disciplina, ser-se atento (E34). O exposto é corroborado por Câmara (2017), mencionando esta

competência como a capacidade de manipular corretamente os detalhes associados ao trabalho

cumprindo os prazos estabelecidos, a qualidade de trabalho que desenvolve, os compromissos

estabelecidos com clientes e colegas e cumprindo os regulamentos aplicáveis no trabalho

desenvolvido.

Sobressaem, do mesmo modo, as competências relacionamento interpessoal sendo

definida como “respeito mútuo pelos colegas e principalmente pelo cliente” (E31), “trato

cordial com superiores, colegas e cliente externo (E4), “há muito trabalho de equipa, respeito

e colaboração, evitando-se conflitos” (E8) e a competência capacidade de comunicação sendo

definida como “assertividade em expressar-se oralmente e por escrito” (E42).

Uma vez que o grupo pertence às empresas do ramo automóvel em contacto com

clientes externos e internos, colaboradores, pares e superiores, a capacidade de comunicação

torna-se exigência comum para todas as funções para compreender necessidades e expetativas

de modo a atingir objetivos , tal como se percebe pelos relatos: “é preciso adaptar o discurso

e a linguagem aos diversos tipos de interlocutores” (E41), “todos os setores interagem entre

si, os setores não são isolados e independentes (…) é preciso comunicar interna e

externamente para resolver problemas e tratar dos processos” (E1), “isto só funciona se todos

os polos comunicarem e se organizarem, por isso existem reuniões frequentes” (E3), “Temos

que compreender as necessidades do cliente e comunicar entre todos para atender os seus

desejos, é preciso passar as palavras para ações ” (E10).

Identicamente, autores como Câmara (2017) e Ceitil (2007) referem a importância da

comunicação nas empresas no sentido em que é preciso adaptar a linguagem às caraterísticas

dos interlocutores, acrescentando valor e ajuda a resolver os problemas.

Quanto às competências autonomia/iniciativa e espírito critico, são identificadas como

relevantes porque “é preciso autonomia para trabalhar e tomar decisões dentro das

51

responsabilidades” (E2), “desde o topo até aos colaboradores operacionais há delegação de

tarefas e decisões a tomar, por isso, exige-se a autonomia e iniciativa na resolução de

problemas e espírito crítico na análise dos mesmos” (E4)“autonomia e espírito crítico para

resolver problemas ”(E43), “as chefias devem fazer cíticas construtivas ao desempenho

quando necessário e os colaboradores têm de ser capazes de analisar criticamente o próprio

trabalho (E20).

A competência empenho/dedicação manifesta-se no “esforçamo-nos todos os dias, não

deixamos o trabalho por fazer e temos recompensas por isso” (E35), “há a compreensão por

parte da empresa pelas necessidades familiares e individuais, mas também há a nossa em

cumprir os deveres” (E30), “é preciso empenho, dedicação e não ser negligente para cumprir

as tarefas e sermos reconhecidos” (E16). Percebe-se que esta competência vem aliada à

competência iniciativa/autonomia em que se executa mais do que é exigido numa função,

evitando problemas e erros e criando novas oportunidades (Spencer & Spencer, 1993).

No que respeita à competência compromisso com a marca é vista como “a capacidade

para entender o contributo das tarefas para o funcionamento do serviço” (E9), “se todos

compreendermos as regras e executarmos as funções com responsabilidade, o trabalho

desenvolve-se e obtém-se melhores resultados” (E26), “todos tentamos cumprir com

responsabilidade e ética as tarefas e somos recompensados por isso” (E15). Esta competência

transversal é assim requerida como forma de alinhar o comportamento com as necessidades,

prioridades e objetivos da organização de modo a promover a missão da empresa (Spencer &

Spencer, 1993).

Portanto, no total os resultados evidenciam sete competências transversais que

obtiveram uma maior predominância de cotação. Contudo, por decisão da gestão de topo

afigurou-se importante acrescentar a assiduidade e pontualidade como parâmetro de exigência

a todas as funções, sendo caracterizada como o cumprimento de horários, por autonomia e sem

necessidade de controlo hierárquico, atuando de modo a não faltar ao trabalho, salvo em caso

de força maior.

Em suma, obtiveram-se oito competências transversais aliadas aos objetivos

estratégicos da entidade e que já não pertencerão ao leque das competências específicas

inerentes às funções.

52

Figura 4-Competências genéricas do grupo

Seguidamente, passou-se à definição das core competences identificadas, tendo em

conta os relatos dos entrevistados e a opinião da gestão de topo.

Tabela 4-Definição das core competences

Designação

das

Competências

Definição da competência

Autonomia/

iniciativa

Atuar de modo independente e proactivo no seu dia a dia, procurando

uma resposta imediata às solicitações.

Atenção ao

detalhe/rigor

Comportamentos minuciosos quanto aos pormenores, utilizando

eficazmente o tempo e os recursos.

Comunicação

Comunicar eficazmente, de modo formal e informal, expressando

conceitos, estratégias e informação de forma a captar a atenção do

ouvinte

Compromisso

com a marca

Reconhecer o contributo da atividade para o funcionamento da

empresa em geral, desempenhando as suas tarefas e atividades de

forma responsável, com espírito de equipa e de compromisso.

Empenho/

Dedicação

Traduz a vontade pessoal em alcançar desempenhos superiores e

demonstração de comportamentos como interesse e disponibilidade

no desempenho da função.

Competência

genéricas

Capacidade de comunicação

Relacionamento intepessoal

Espírito crítico

Empenho/ dedicação

Assiduidade/

pontualidade

Compromisso com a marca

Rigor/atenção ao detalhe

53

Cap. análise e

espírito crítico

Identificar, interpretar e avaliar diferentes tipos de dados, relacioná-

los de forma lógica e com sentido crítico

Relacionamento

interpessoal

Estabelecer e manter boas relações com os pares, colaboradores,

fornecedores, cliente externo e superiores hierárquicos.

Pontualidade/

Assiduidade

Cumprimento das regras regulamentares relativas ao funcionamento

do serviço, nomeadamente no que se refere ao registo de ponto e

cumprimento de horários de trabalho e à presença regular, sem faltas.

De seguida serão apresentados e analisados os resultados obtidos referentes às

competências específicas que no entender dos colaboradores são as necessárias para executar

as funções com sucesso. Identificaram-se as competências de nível de gestão e liderança para

a família de funções líderes de equipa e as competências comportamentais para as restantes

famílias de funções, sendo que as competências técnicas são um pré-requisito para o exercício

das funções já identificado nos descritivos funcionais.

Após a recolha e respetivo tratamento estatístico dos inquéritos obtiveram-se os

seguintes resultados de acordo com o que se apresenta nos gráficos que se seguem:

Gráfico n.º 8 -Competências específicas da família de funções administrativos

A partir do gráfico n.º 8 observa-se que as competências mais predominantes na família

de funções administrativos são a capacidade de organização e planeamento (19,23%), a

orientação para os resultados (19,23%), a gestão do tempo (19,23%), capacidade de

análise/resolução de problemas (19,23%) e a adaptação à mudança (17,31%).

0 2 4 6 8 10 12

adaptação à mudança

decisão

gestão do tempo

inovação/criatividade

liderança

negociação/persuação

organização/planeamento

orientação para cliente

orientação para resultados

resolução de problemas

supervisão

Total

54

Segundo os relatos dos entrevistados, a capacidade de organização e planeamento

refere-se à capacidade de “realizar as tarefas atempada e metodicamente planeando as

condições para executá-las” (E32), “estas funções exigem planeamento, preparação e

organização de tarefas e documentos” (E37), assim como, a gestão do tempo é identificada

como a capacidade de “priorizar as tarefas e executá-las atempadamente”, (E38), “capacidade

de executar as tarefas e cumprir com os prazos”(E39), “alinhar o cumprimento de tarefas com

os objetivos organizacionais definidos e necessidades do cliente” (E34).

Já a orientação para os resultados é identificada como importante na família de funções

administrativos, porque é preciso “concretizar com eficiência e eficácia as tarefas” (E42),

“existem processos legais e bancários que exigem cumprimento de objetivos” (E33), “realizar

as tarefas que são solicitadas priorizando e cumprindo com os objetivos” (E35). Ceitil (2007)

também a identifica como a capacidade em realizar atividades, prosseguindo objetivos

definidos considerados ambiciosos para a empresa e aproveitando oportunidades para os

superar.

Todos os entrevistados destas funções, alegaram, ainda, que é necessária a capacidade

de análise e resolução de problemas para resolver erros e problemas burocráticos,

administrativos e legais, antecipá-los ou evitar as reincidências. Ceitil (2007) menciona,

igualmente, que a manifestação de comportamentos orientados para identificar e resolver

problemas assumindo a disponibilidade e compromisso são necessários nas empresas para

implementar formas alternativas de resolução de problemas, visando garantir a performance

requerida.

Quanto à adaptação à mudança esta competência é necessária porque são funções

sujeitas a condicionantes externas, tais como, aspetos legais e económicos que condicionam o

trabalho e as decisões, o que implica capacidade de ajuste às transformações imprevistas.

Camara (2017) corrobora alegando que nas empresas é necessária capacidade em manter a

eficiência em situações anómalas ou em constante mudança.

No que respeita à família de funções de vendas, o gráfico n.º 9 em baixo exibe a

capacidade de negociação/persuasão (17,95%), a gestão do tempo (17,95%), a orientação para

o cliente (17,95%), capacidade de análise e resolução de problemas (17,95%) e a capacidade

de organização/planeamento (17,95%) como as principais competências exigidas às funções

deste setor.

55

Gráfico n.º 9 - Competências específicas da família de funções de vendas

A orientação para o cliente é vista como “entender as necessidades do cliente interno e

externo e satisfazê-las de acordo com as normas organizacionais” (E22) e foi identificada por

todos os comerciais de vendas porque este tipo de funções exige “acompanhar o processo de

venda junto do cliente, mantê-los informados” (E23), “estudar as carências do cliente,

conhecer muito bem o cliente e o mercado” (E24), “conhecer especificamente o mercado para

melhor servir o cliente externo” (E27).

A capacidade de negociação e persuasão, foi igualmente identificada por todos como

uma competência específica, porque ser-se vendedor implica “criar propostas realistas ao

cliente cumprindo com todos os compromissos tendo em consideração as partes envolvidas na

negociação” (E25) e “aliar os objetivos organizacionais com os objetivos do cliente” (E26).

Para Ceitil (2007) esta capacidade é definida como a capacidade de um indivíduo influenciar e

convencer todos os intervenientes a ter comportamentos adequados para cumprir os objetivos

e politicas da organização. Do mesmo modo, Camara (2017) realça que é a capacidade de um

indivíduo convencer os outros, com postura e argumentos, a partilharem os seus pontos de

vista, estabelecendo acordos com os parceiros com que se relacionam e envolvendo todos os

participantes na busca da melhor solução.

As competências organização e planeamento, gestão do tempo e capacidade de análise

e resolução de problemas vem de encontro ao que já foi mencionado para a família de funções

administrativos, no sentido em que é necessário planeamento de atividades e análise e

resolução de problemas para corrigir erros, propor soluções e, principalmente, prevenir e

antecipar dificuldades, de modo a executar as tarefas cumprindo com os prazos estipulados ao

cliente. Também Silva e Reis (2018) alegam que a capacidade de organização e planeamento

0 1 2 3 4 5 6 7 8

adaptação à mudança

gestão do tempo

inovação/criatividade

liderança

negociação/persuação

organização/planeamento

orientação para cliente

orientação para resultados

resolução de problemas

supervisão

tomada de decisão

Total

56

é importante para determinar previamente o que deve ser feito, como deve ser feito, quando

deve ser feito e com que meios deve ser feito.

Percebe-se que, de facto, um comercial do grupo, além de conhecer profundamente o

produto ou serviço, necessita de conhecer o mercado onde opera, as características dos seus

concorrentes e o público-alvo, por forma a poder adotar uma postura diferenciada para cada

negociação. É preciso organização e planeamento para preparar a melhor proposta e analisar

os mercados, assim como, colocar-se na posição do cliente para definir qual é a melhor opção

para apresentar a proposta de valor e oferecer algo que realmente faça a diferença.

Já na família de funções pós-venda, o gráfico 10 evidência que as competências

adaptação à mudança (19,3%), gestão do tempo (19,3%), capacidade de análise e resolução de

problemas (19,3%), orientação para o cliente (19,3%) e inovação/criatividade (17,5%) são as

mais predominantes.

Gráfico n.º 10 - Competências específicas da família de funções Pós-venda

Sendo este setor caraterizado por funções que exigem trabalho manual e mecânico,

observa-se a predominância de competências como adaptação à mudança entendida como

“adaptar o trabalho a cada problema apresentado” (E5), “flexibilidade em ajustar ações

perante novas situações” (E20), “diferentes problemas exigem diferentes ações de resposta e,

por isso, adaptação” (E7), “é preciso adaptar-se para evoluir” (E41), “diferentes marcas

automóvel exigem diferentes meios técnicos de trabalho e por isso é preciso adaptar-se às

situações”(E13), “ Cada carro é um problema diferente e com peças diferentes e com gastos

diferentes”(E11).

0 5 10 15 20 25

adaptação à mudança

gestão do tempo

inovação/criatividade

liderança

negociação/persuação

organização/planeamento

orientação para cliente

orientação para resultados

resolução de problemas

supervisão/coordenação

tomada de decisão

Total

57

A capacidade de análise e resolução de problemas surge no mesmo sentido da

competência adaptação em que as funções exigem uma capacidade de analisar os problemas e

solucioná-los através de diferentes técnicas, cumprindo com as normas internas e com o

compromisso ao cliente e, ainda, antecipar e prevenir novas reincidências “perante os

problemas é preciso detetá-los e corrigi-los” (E28), “detetar, corrigir e prevenir problemas

ou erros” (E29).

Quanto à orientação para o cliente esta é vista pelo setor pós-venda como “resolver os

problemas tendo em conta o compromisso e necessidades dos clientes” (E17), “a eliminação

do problema mecânico ou elétrico é efetuada consoante o consentimento ou não do cliente”

(E20). Mais uma vez verifica-se a necessidade de os colaboradores conhecerem o mercado, os

desejos e motivações dos clientes que preferem estas marcas automóveis para prestar o melhor

serviço e qualidade ao cliente.

A competência Inovação e criatividade surge aliada às competências anteriormente

assinaladas, no sentido em que é necessário ser-se criativo para encontrar soluções inovadoras

para os problemas não previstos, contribuindo para a mudança organizacional, “ter capacidade

de inovar ao aderir a novas técnicas ou tecnologias pertinentes para o desempenho” (E41).

Similarmente, Camara (2017) cita que a capacidade em inovar é importante para solucionar

problemas, lidar com falta de recursos e administrar situações imprevistas nas tarefas do dia-

a-dia.

A gestão do tempo é identificada pela necessidade de cumprir tempos internos

estipulados, cumprir com prazos de entrega de viaturas automóvel, priorizar tarefas.

Por sua vez, na família de funções líderes de equipa, destacam-se as competências

liderança (18,92%), capacidade de supervisão/coordenação de equipas (18,92%), a tomada de

decisão (18,92%), a capacidade de análise/resolução de problemas (18,92%) e

organização/planeamento (18,92%).

58

Gráfico n.º 11 - Competências específicas da família de funções Líderes de equipa

No que respeita à liderança, Ceitil (2007) menciona que liderar pressupõe apoio e

aprendizagem no desenvolvimento dos colaboradores, fornecendo feedback e focalizando o

desempenho individual. Do mesmo modo, Gomes et al. (2008) definem liderança como a

capacidade de ativar as pessoas através da comunicação dos objetivos e planos, estimulando

interesse e envolvimento e motivando-as a atingir um elevado desempenho.

Spencer e Spencer (1993) ainda referem que é a capacidade em gerir e motivar grupos

ou indivíduos, informá-los acerca das decisões tomadas e levá-los a agir.

Os relatos dos líderes de equipas vão de encontro ao enunciado pelos autores, no sentido

em que a liderança é manifestada na “capacidade de guiar as pessoas para os objetivos” (E8),

“incentivar as equipas e faze-las desenvolver o seu potencial” (E2), “comunicar com os

colaboradores e delegar tarefas” (E3), “motivar as pessoas e incentivá-las à melhoria” (E1),

“comunicar os resultados de desempenho e compreender ações” (E1).

A capacidade de supervisão/coordenação também é requerida aos líderes do grupo

porque é preciso “Supervisionar e orientar as equipas” (E9), “dinamizar as equipas de

trabalho para cumprir tarefas” (E10), “acompanhar os progressos e os erros” (E9). É preciso

construir a confiança entre colaboradores e as chefias de modo a orientá-los, tanto em

ambientes hostis como num bom clima organizacional, no cumprimento dos objetivos.

A capacidade de análise e resolução de problemas vem aliada à competência tomada de

decisão no sentido em que é preciso capacidade de análise e capacidade de decisão para a

resolução de problemas na gestão e delegação de tarefas, “é preciso avaliar duas ou mais

alternativas com raciocínio lógico e crítico” (E25), “ser-se responsável pelas decisões

tomadas e assumir riscos” (E30).

0 1 2 3 4 5 6 7 8

adaptação à mudança

gestão do tempo

inovação/criatividade

liderança

negociação/persuação

organização/planeamento

orientação para cliente

orientação para resultados

resolução de problemas

supervisão

tomada de decisão

Total

59

É exigida, ainda, a capacidade de organização e planeamento para planear atividades,

antecipar decisões e problemas, organizar e orientar processos e equipas

Percebe-se que este tipo de funções exige tomar decisões consideradas conclusões

sensatas, assumir riscos, requerendo um certo nível de resiliência para ultrapassar adversidades

e más decisões. Ao mesmo tempo, o trabalho em equipa e entre setores exige o relacionamento

interpessoal e a comunicação entre colaboradores, o que obriga aos líderes a orientar as

equipas, motivá-las, levando-as a perseguir o melhor caminho no cumprimento dos objetivos

e obtenção dos resultados.

Sintetizando, identificaram-se oito competências genéricas que serão traduzidas em

indicadores de desempenho de nível organizacional, cinco competências específicas para cada

família de funções que serão traduzidas em indicadores de desempenho de nível funcional e

sugere-se, também, a existência de um indicador de desempenho individual já existente no

grupo, o indicador individual de produtividade.

De seguida, surge a fase de definir o seu conteúdo e descrever os indicadores

comportamentais observáveis que caracterizarão os vários graus de proficiência em cada uma

das competências.

4.4 Descrição de competências

Perante o exposto no capítulo II, enquadramento teórico, percebe-se que o desempenho

organizacional é mensurado comparando-se os resultados obtidos pela organização com as

metas previamente estipuladas, utilizando-se escalas referenciais específicas e indicadores de

comportamentos (Brandão e Guimarães, 2001).

Tendo em conta o facto já mencionado de que as competências aqui assinaladas foram

analisadas pela perspetiva de um desempenho de sucesso em determinada tarefa, atividade ou

conhecimento adequado sobre determinado domínio ou habilidade (Schippman et al., 2000),

então, a descrição dessas competências deve representar um desempenho ou comportamento

esperado, indicando o que o profissional deve ser capaz de fazer pois, de acordo com Ceitil

(2007), medir o desempenho das pessoas tendo por base indicadores comportamentais

coerentes com os indicadores de desempenho organizacional, possibilita identificar os seus

pontos fortes e fracos e planear ações de melhoria de desempenho.

Importa definir, primariamente, os graus de proficiência em que o titular da função deve

deter essa competência. Propõe-se quatro graus de proficiência quantitativos associados a uma

escala qualitativa de demonstração de comportamento. Esta decisão teve como propósito evitar

60

que, no futuro, os avaliadores do grupo optem por graus centrais de avaliação. Portanto,

baseado em Camara (2017) propomos: para o nível de proficiência 1 (Mau) – demonstração de

competência inaceitável; para o grau de proficiência 2 (Razoável) - demonstração de

competência significativa/necessita de desenvolvimento; para o grau de proficiência 3 (Bom)

- boa demonstração da competência e, por fim, para o grau de proficiência 4

(Excelente/excecional) - corresponde a demonstração de competência excelente ou excecional.

Quanto à descrição das competências, esta deve ser baseada em comportamentos

observáveis, descritos com verbos e objetivos de ação, podendo ser acrescida uma condição na

qual se espera que o desempenho ocorra ou incluir um critério que indique um padrão de

qualidade considerado satisfatório (Brandão e Bahery, 2005).

Portanto, sugere-se uma avaliação de desempenho tendo como suporte a lista de

descrição das competências genéricas e específicas, sendo que sempre que o avaliador entenda

que o comportamento foi além da descrição apresentada, deverá assinalar a pontuação 4 -

“Demonstração excelente ou excecional”, ou, se o oposto se verificar, assinalar a pontuação 1

– “Demonstração insuficiente”. Assim, a cada competência corresponde uma escala horizontal

que descreve os vários níveis de desempenho.

O desenvolvimento de indicadores de desempenho teve por base uma pesquisa

bibliográfica do Dicionário de Competências de Camara (2017) e o recurso a reuniões

informais com a gestão de topo. Adaptando os conteúdos à realidade organizacional e contando

com o apoio da gestão de topo resultou a conceção dos indicadores de desempenho

apresentados de seguida.

61

Indicadores de desempenho transversais

Autonomia / iniciativa Atuar de modo independente e proactivo no seu dia a dia, procurando uma resposta imediata às solicitações.

Nível de

proficiência Indicadores de comportamento

Nível 4 - Demonstração

Excecional

Concretiza a 100% as atividades que lhe são atribuídas ou mais do que é requerido, implementando oportunidades de melhoria

Nível 3-

Boa demonstração Toma a iniciativa na resolução de problemas, reconhecendo os seus pontos fracos e agindo no sentido da sua melhoria

Nível 2 –

Necessita de desenvolvimento

Apenas concretiza as atividades que lhe são atribuídas

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável Não tem autonomia nas atividades laborais

Atenção ao detalhe/Rigor

Refere-se ao comportamento minucioso quanto aos pormenores, utilizando eficazmente o tempo e os recursos.

Nível de

proficiência Indicadores de comportamento

Nível 4 - Demonstração

Excecional

-Analisa e supervisiona detalhadamente os planos tendo em conta os resultados obtidos, reduzindo os erros em 40%

Nível 3-

Boa demonstração

-Elabora o trabalho de acordo com as regras da marca e melhora a qualidade reduzindo os erros em 20%

Nível 2 –

Necessita de desenvolvimento

-Apenas elabora o trabalho de acordo com as normas internas

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável

-Não verifica a informação com exatidão, não executa as tarefas com cuidado nem supervisiona os detalhes

62

Capacidade de análise e espírito crítico

Capacidade para identificar, interpretar e avaliar diferentes tipos de dados, relacioná-

los de forma lógica e com sentido crítico.

Nível de

proficiência Indicadores de comportamento

Nível 4 - Demonstração

Excecional

-Perante um problema pondera e questiona as diversas alternativas de resposta, propondo soluções em tempo considerado útil.

Nível 3- Boa

demonstração

-Questiona e analisa de forma racional a informação/ situação e reflete acerca das soluções

Nível 2 – Necessita de

desenvolvimento

-Analisa a informação/ situação mas não reflete/implementa possíveis soluções

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável

-Não analisa nem questiona as situações/informação/ problemas e não encontra soluções alternativas para os problemas

Comunicação

Comunicar eficazmente, de modo formal e informal, expressando conceitos,

estratégias e informação de forma a captar a atenção do ouvinte

Nível de

proficiência Indicadores de comportamento

Nível 4 - Demonstração

Excecional

Tem clareza e precisão na prestação de informação e esclarecimentos sobre as matérias do serviço e adapta a comunicação consoante a audiência

Nível 3- Boa

demonstração

Demonstra uma escuta ativa e clareza na comunicação oral e escrita

Nível 2 – Necessita de

desenvolvimento Possui dificuldades em comunicar com diferentes pessoas

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável

Não comunica com clareza e precisão e não adapta o discurso à audiência gerando conflitos

63

Compromisso com a marca

Reconhece o contributo da sua atividade para o funcionamento da empresa em geral,

desempenhando as suas tarefas e atividades de forma responsável, com espírito de

equipa e de compromisso.

Nível de

proficiência indicadores comportamento

Nível 4 - Demonstração

Excecional

Promove a organização e zela pelas instalações, equipamentos e materiais

Nível 3-

Boa demonstração

É um colaborador de confiança e credível tomando decisões tendo em conta os valores da empresa

Nível 2 –

Necessita de desenvolvimento

Assume uma postura neutra

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável

Toma decisões tendo em conta unicamente os seus interesses pessoais.

Empenho/dedicação

Traduz a vontade pessoal em alcançar desempenhos superiores e demonstração de

comportamentos como interesse e disponibilidade no desempenho da função.

Nível de

proficiência Indicadores de comportamento

Nível 4 -

Demonstração

Excecional

Responde com prontidão, interesse e disponibilidade às exigências

profissionais, influenciando o grupo de forma positiva e auto

superando-se.

Nível 3-

Boa

demonstração

Demonstra motivação e disponibilidade na prossecução das

atividades, conseguindo conciliar de forma eficaz os interesses

pessoais com os da empresa.

Nível 2 –

Necessita de

desenvolvimento

Pontualmente demonstra disponibilidade e interesse em alcançar

desempenhos superiores.

Nível 1 –

Demonstração

Inaceitável

Revela reduzido ou nenhum interesse e disponibilidade na

prossecução das atividades, evidenciando falta de motivação e

negligência.

64

Relacionamento interpessoal

Estabelecer e manter boas relações com os pares, colaboradores, fornecedores, cliente

externo e superiores hierárquicos.

Nível de

proficiência Indicadores de comportamento

Nível 4 - Demonstração

Excecional

Adapta-se a situações distintas, pessoas e grupos diversos não existindo conflitos, colaborando com os colegas e partilhando conhecimento com os outros, contribuindo para a manutenção e fortalecimento das relações

Nível 3-

Boa demonstração

Escuta os outros e colabora na obtenção de objetivos comuns efetuando um tratamento atencioso e não discriminatório

Nível 2 –

Necessita de desenvolvimento

Dificuldade em lidar com diferentes atitudes e comportamentos, não cooperando com os pares, colaboradores, clientes e superiores

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável Gera conflitos no local de trabalho

Pontualidade/ Assiduidade

Grau em que cumpre com as regras regulamentares relativas ao funcionamento do

serviço, nomeadamente no que se refere ao registo de ponto e cumprimento de horários

de trabalho e à presença regular, sem faltas.

Nível de

proficiência Indicadores de comportamento

Nível 4 -Demonstração

Excecional

No mês o colaborador nunca faltou e entrou ao serviço no horário previsto

Nível 3-

Boa demonstração

No mês o colaborador faltou com justificação e entrou no serviço no horário previsto

Nível 2 – necessita de

desenvolvimento

No mês o colaborador faltou 3 a 5 vezes e não entrou no serviço no horário previsto

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável

No mês o colaborador faltou 3 vezes sem justificação e não compareceu ao serviço

65

Indicadores de desempenho específicos

Adaptação à mudança

Capacidade de adaptar-se rapidamente a situações a curto e longo prazo e trabalhar

eficazmente em situações diferentes que impliquem alterações de processos e

metodologias de trabalho na função.

Nível de

proficiência Indicadores de comportamento

Nível 4- Demonstração

Excecional

Adere à mudança promovendo os ajustamentos necessários, reajustando os procedimentos de trabalho e antecipa o impacto das consequências

Nível 3-

Boa Demonstração

Aceita a mudança e implementa-a de modo autónomo, ajudando os outros a entenderem a mudança

Nível 2 –

Necessita de desenvolvimento

Aceita a mudança, mas manifesta preferência pelas formas e métodos passados.

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável

Resiste à mudança e não se reajusta a novas formas e métodos de trabalho.

Capacidade de análise e resolução de problemas

Comportamento orientado para a pro-atividade na identificação e resolução de

problemas assumindo a disponibilidade e compromisso para implementar formas

alternativas de resolução, visando garantir a performance requerida

Nível de

proficiência Indicadores de comportamento

Nível 4 - Demonstração

Excecional

Identifica e analisa os problemas, implementa as soluções e monitoriza o resultado evitando reincidências

Nível 3-

Boa Demonstração

Analisa os problemas e as várias opções de solução de forma autónoma e implementa as soluções encontradas com flexibilidade e dinamismo.

Nível 2 –

Necessita de desenvolvimento

Identifica os problemas, comunicando-os mas espera uma possível solução.

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável

Não identifica, nem analisa os problemas, mantendo uma postura passiva perante um problema.

66

Coordenação/supervisão

Orientar e dinamizar equipas e grupos de trabalho, com vista ao desenvolvimento de projetos e à concretização dos objetivos.

Nível de

proficiência Indicadores de comportamento

Nível 4 - Demonstração

Excecional

Define metas realistas contribuindo de forma decisiva para que os objetivos sejam alcançados e supervisiona o trabalho adequando a sua quantidade, garantindo a produtividade do trabalho e fornecendo feedback.

Nível 3-

Boa demonstração

Organiza, distribui e supervisiona o trabalho das equipas adequando a sua quantidade, garantindo a produtividade do trabalho

Nível 2 –

Necessita de desenvolvimento

Organiza e distribui o trabalho pelas equipas e não assume responsabilidades pelas decisões.

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável Não apoia as equipas no cumprimento de objetivos

Criatividade e inovação

Propor e fundamentar a adoção de soluções inovadoras que se mostrem adequadas à melhoria dos métodos e das práticas de organização do trabalho.

Nível de

proficiência

Indicadores de comportamento

Nível 4- Demonstração

Excecional

Resolve problemas não previstos sugerindo novas práticas de trabalho com o objetivo de melhorar a qualidade do serviço

Nível 3-

Boa demonstração

Propõe soluções alternativas resolvendo os problemas

Nível 2 –

Necessita de desenvolvimento

Apresenta novas ideias, mas tem dificuldade em concretizá-las

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável Não propõe soluções alternativas aos problemas

67

Gestão do tempo

Analisa as prioridades tendo em conta os objetivos e prazos estabelecidos levando à

produtividade contínua das ações propostas

Nível de

proficiência Indicadores de comportamento

Nível 4 - Demonstração

Excecional

Cumpre os prazos das tarefas em 100% ou antecipa o cumprimento, priorizando e definindo atividades .

Nível 3-

Boa demonstração Cumpre os prazos das tarefas em 80%, cedendo a sua posição na ordem dos trabalhos quando é mais vantajoso para a empresa

Nível 2 –

Necessita de desenvolvimento

Cumpre os prazos das tarefas em 50%

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável

Não gere as prioridades de trabalho e não cumpre com as tarefas atempadamente.

Liderança

Dinamizar e motivar a equipa com objetivos e padrões de desempenho superiores,

responsabilizando-os pelos resultados obtidos, fornecendo feedback e criando

oportunidades de desenvolvimento individual.

Nível de

proficiência Indicadores de comportamento

Nível 4 - Demonstração

Excecional

Delega responsabilidades, define planos de formação e ajustados aos colaboradores e fornece feedback de desempenho

Nível 3-

Boa demonstração

Delega responsabilidades, cria oportunidades de desenvolvimento das equipas, definindo planos de formação ajustados aos colaboradores e presta informação

Nível 2 –

Necessita de desenvolvimento

Mantêm os colaboradores informados e delega responsabilidades

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável

Não presta apoio e esclarecimentos de informação à equipa; Existência de resultados negativos nas equipas de trabalho.

68

Negociação/persuasão

Utiliza métodos apropriados para persuadir os outros, conseguindo o seu acordo ou

aceitação de uma ideia, explorando posições e alternativas que lhe permitam uma

argumentação objetiva de modo a atingir resultados percecionados como benéficos

Nível de

proficiência

Indicadores de comportamento

Nível 4- Demonstração

Excecional

Tem em consideração todas as pessoas envolvidas na negociação, não assumindo compromissos que não pode cumprir e atingindo acordos benéficos para ambas as partes em 95% dos casos.

Nível 3-

Boa Demonstração

Obtenção de acordos benéficos para ambas as partes em 75 % dos contratos, atingindo a satisfação positiva dos clientes em 75% dos assuntos

Nível 2 –

Necessita de desenvolvimento

Satisfação positiva dos clientes em 30% dos assuntos

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável Não efetua negociações eficazes em 75% das negociações.

Organização e planeamento

Estabelecer uma sequencia de ação para planear um objetivo especifico, fazendo uma

gestão de tempo e recursos de uma forma eficaz, impondo prazos realistas.

Nível de

proficiência Indicadores de comportamento

Nível 4 - Demonstração

Excecional

Organiza e planeia semanalmente o seu trabalho cumprindo com os objetivos estabelecidos, antecipando dificuldades e comunicando contratempos.

Nível 3-

Boa demonstração

Sistemático e cuidadoso na preparação e planeamento das suas tarefas, cumprindo-as em 100% segundo as prioridades definidas e dentro dos prazos previstos

Nível 2 –

Necessita de desenvolvimento

Não realiza 50% das suas atividades dentro dos prazos previstos

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável

Não planeia e organiza as atividades e projetos que lhe são distribuídos, não cumprindo prazos.

69

Orientação para o cliente

Procura entender as expetativas e necessidades dos clientes interno/ externo e fornecedores fazendo uso de todos os recursos, políticas e oportunidades disponíveis.

Nível de

proficiência

Indicadores de comportamento

Nível 4- Demonstração

Excecional

Demonstra respeito, abertura e flexibilidade ao trabalhar com os intervenientes, adaptando a informação de acordo com as necessidades e satisfação dos mesmos.

Nível 3-

Boa demonstração

Demonstra uma escuta ativa e um relacionamento de respeito com todos os intervenientes, respondendo às expectativas e exigências.

Nível 2 –

Necessita de desenvolvimento

Escuta o pedido do cliente, mas não dá seguimento à resolução do problema nem prioriza os pedidos.

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável

Não lida com críticas, reclamações e sugestões, mantendo uma posição defensiva para com o cliente.

Orientação para Resultados

Aprender e analisar as oportunidades que a dinâmica organizacional e de negócios

diariamente oferece, tendo em vista a melhoria continua do seu desempenho e equipa

na obtenção de resultados pretendidos.

Nível de

proficiência Indicadores de comportamento

Nível 4- Demonstração

Excecional

Procura informação sobre melhores práticas de atuação e aplica-as de forma adequada aos objetivos estratégicos da empresa, cumprindo prazos e estipulando metas desafiantes e realizáveis

Nível 3-

Boa demonstração Cumpre prazos e normas internas, revelando eficácia ao atingir dos resultados

Nível 2 –

Necessita de desenvolvimento

Demonstra uma atuação coerente com os resultados pretendidos.

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável

Não se adapta a novos formas e métodos de trabalho a fim de alcançar objetivos e não atinge consecutivamente os resultados

70

Após esta etapa, os descritivos funcionais foram atualizados com as respetivas

competências exigidas a cada posto de trabalho e revistos pelos superiores hierárquicos.

A partir destes resultados pretende-se que a avaliação de desempenho do grupo

tenha por base aos indicadores comportamentais e os níveis de proficiência aqui

apresentados.

Face ao exposto, percebe-se que a DAQF implementada, além de contribuir para

a melhoria da avaliação de desempenho do grupo ao definir critérios, competências,

requisitos e parâmetros de desempenho, contribui ainda para outras práticas internas de

gestão de recursos humanos, nomeadamente, o recrutamento e seleção, visto que os perfis

de funções criados permitirão ao grupo recrutar e selecionar o candidato de acordo com

as habilidades, competências, níveis de experiência pré-definidos em cada função, bem

como criar anúncios de emprego e entrevistas de avaliação psicológica ajustada aos

conteúdos do trabalho e, ainda, planear e preparar recursos.

Além disso, aperfeiçoará a formação interna do grupo no sentido em que é

possível avaliar as necessidades de formação e desenvolvimento dos funcionários, isto

porque ao definir o resultado esperado e ao avaliar o resultado real determina-se as

necessidades de formação, define-se os conteúdos formativos e adequa-se os métodos de

formação às necessidades e população-alvo.

Tomada de decisão

Seleciona e escolhe o caminho mais adequado à resolução de problemas numa determinada circunstância.

Nível de

proficiência Indicadores de comportamento

Nível 4 - Demonstração

Excecional

Identifica o problema e os critérios de solução, selecionando a melhor alternativa, verificando a eficácia da decisão e assumindo sempre a sua responsabilidade

Nível 3-

Boa demonstração

Identifica o problema e os critérios de solução, analisando a melhor alternativa e verificando a eficácia da decisão

Nível 2 –

Necessita de desenvolvimento

Possui frequentemente dificuldade em tomar decisões.

Nível 1 – Demonstração

Inaceitável

Identifica problemas, mas não analisa soluções nem toma decisões.

71

Uma vez que o grupo implementa a prática de gestão de recompensas, como foram

definidos indicadores de desempenho e identificados os fatores críticos de sucesso, a

DAQF permitirá, ainda, fixar salários e bónus mais ajustados aos cargos.

Outra prática não menos importante é a receção dos novos colaboradores, em que

será possível entregar a cada um o descritivo funcional do respetivo posto atualizado e

detalhado em responsabilidades do cargo, objetivos, tarefas a executar, relações internas

e desempenhos valorizados pela organização, sendo suporte base para um melhor

acolhimento na organização, assim como no conhecimento da cultura e valores.

72

Capítulo V – Conclusões e limitações

A falta de critérios claros para conseguir classificar, distinguir e reconhecer o

desempenho dos vários colaboradores, levou à organização a necessidade de reestruturar

a sua gestão de desempenho. Porém, a carência de definição de objetivos de desempenho

específicos e conteúdos de funções estruturados e detalhados dificulta a identificação do

contributo individual dos colaboradores e da definição de ações corretivas, por forma a

encaminhar os colaboradores na prossecução dos objetivos estratégicos. Do mesmo

modo, a não definição de competências e requisitos de cada cargo faz com que os

indivíduos não conheçam as suas responsabilidades e as expetativas da organização.

Perante este problema, propôs-se uma abordagem conjunta de análise de funções

e gestão de competências para identificar e definir os níveis de elevada performance do

grupo, contribuindo para uma avaliação de desempenho mais eficaz. A metodologia

utilizada para a prossecução dos objetivos deste projeto contou com o envolvimento de

todos os colaboradores, superiores hierárquicos e apoio da gestão de topo da organização,

onde se priorizou a comunicação e a opinião de todos os intervenientes. Assim, a

entrevista semiestruturada permitiu auscultar informação detalhada e precisa acerca das

funções e perceber de facto que existia falta de conhecimento dos objetivos das funções

e do seu contributo por parte dos incumbentes das funções.

Realça-se que as múltiplas fontes de recolha de informação, assim como, a

abertura, compreensão e confiança demonstradas por parte dos colaboradores

contribuíram para a obtenção de informação com qualidade. A disponibilidade e

prontidão também permitiram retirar dúvidas e enviesamentos de informação. Porém,

apesar de ser uma mais valia para os resultados do projeto conhecer a opinião da

administração do grupo acerca do contributo das funções, bem como das competências

necessárias ao bom desempenho, não foi possível entrevistar este setor organizacional

ficando-se apenas com a visão dos colaboradores.

Ademais, por limitações de ordem temporal em que decorreu o projeto, não foi

possível abarcar todas as funções constituintes da organização, englobando apenas as

mais importantes para o negócio por decisão da administração. Todavia, como o grupo

possui muitas funções idênticas nos vários polos, a reestruturação e atualização dos

conteúdos dos cargos aqui apresentados já refletiram resultados organizacionais.

Outra condicionante deveu-se ao facto de o grupo estar sujeito às exigências do

importador de veículos automóveis (SIVA), o que limitou a estratégia de atuação quanto

73

à reestruturação dos descritivos funcionais impossibilitando a mudança total dos

impressos.

A proposta de solução aqui apresentada permitiu desenvolver um sistema de

DAQF estruturado, organizado e estratégico que não existia na organização, contribuindo

para a restruturação do manual de funções atualizado e constituindo uma metodologia

que poderá ser utilizada, no futuro, pela organização, assim como, as técnicas de recolha

de informação criadas servirão de suporte para uma próxima atualização dos cargos de

modo a não se tornar um processo obsoleto.

Do mesmo modo, os descritivos funcionais concebidos são atualmente um

instrumento mais estratégico e proactivo que contempla e expõe os objetivos dos postos

de trabalho, as responsabilidades e tarefas detalhadas de cada cargo, os requisitos e

competências que cada indivíduo deve deter para desempenhar a função com sucesso

(Siddique, 2004), colmatando, portanto, a valência de conhecimento de informação de

conteúdo funcional por parte dos colaboradores bem como dos chefes superiores.

Para além disso, o projeto contribuiu para a conceção de indicadores de

desempenho através da identificação de oito competências genéricas que têm uma ligação

à estratégia de negócio e objetivos organizacionais e cinco competências específicas

inerentes a cada família de funções. Esta definição e operacionalização de competências

permitiram conceber indicadores de desempenho ancoradas a comportamentos e originou

um instrumento que cumpre os objetivos propostos inicialmente neste projeto e, ainda,

auxiliará o grupo na avaliação de desempenho dos colaboradores, no fornecimento de

feedback de desempenho e nos planos de ação de melhoria, entre outros.

74

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78

Apêndices

Apêndice I - Guião de entrevista

Apêndice II – Matriz de análise de conteúdo

Apêndice III – Inquérito por questionário competências core

Apêndice IV – Inquérito por questionário colaboradores

Apêndice V – Inquérito por questionário direção de vendas

Apêndice VI – Inquérito por questionário direção pós-vendas

Apêndice VII –Inquérito por questionário direção administrativo/financeiro

Apêndice VIII – Novos descritivos de Funções do grupo

Apêndice I - Guião de entrevista

79

O objetivo da entrevista é obter informações sobre a especificação do seu cargo e contexto de trabalho e, ainda, acerca das principais tarefas e responsabilidades para, posteriormente, ser concebido um descritivo funcional atualizado e adaptado ao contexto organizacional do grupo. Todas as respostas serão confidenciais e os resultados serão mantidos em anonimato.

1. Identificação da função

1.1-Qual é o titulo da função?

1.2-Qual é o departamento?

1.3-Qual é a designação atual?

1.4- Quem é o seu supervisor direto?

1.5 - Tem funções subordinadas? Se sim, quais?

1.6 –Pode substituir funções? Se sim, qual/quais?

1.7– Indique a posição no organograma organizacional.

2. Descrição da função

2.1 - Quais são os principais objetivos da função?

2.2 - Quais as principais responsabilidades do cargo? (8 itens)

2.3- Quais são as principais tarefas diárias e os objetivos de cada tarefa?

2.4 – Quais os recursos utilizados?

2.5 – Qual o grau de complexidade de cada tarefa?

2.6 - Com quem contacta diariamente a nível interno?

2.7- E a nível externo?

3. Competências funcionais

3.1 – Indique as principais competências específicas inerentes à função, de acordo com as tarefas assinaladas.

3.2- Indique quais pensa ser as competências transversais da organização?

4. Especificações da função

4.1 – Quais as habilitações literárias mínimas para exercer a sua função?

4.2 - Qual é a experiência profissional mínima para executar a função?

Apêndice I - Guião de entrevista

80

4.3 – É necessário algum conhecimento técnico e profissional?

4.4 – É necessário alguma formação especifica?

4.5 – Há a exigência de conhecimento de línguas? Se sim, quais?

5. Condições de trabalho

5.1 – A função exige algum requisito físico, mental ou auditivo?

5.2 – É sujeito a algum tipo de restrições físicas no local de trabalho? (por exemplo, temperatura, gases, poeiras, ruídos, viagens ao estrangeiro).

5.3 – A função exige alguma aptidão intelectual? Se sim, quais?

5.4 – É responsável por algum equipamento, utensílios ou máquinas? Se sim, quais?

Apêndice II - Matriz de análise de conteúdo

81

Tema Categoria Subcategoria Unidade registo Unidade de contexto contagem

Descrição da

função

Identificação da função

Titulo da função

Mecatrónico “mecânico” 3

Eletromecânico “eletricista” 1

Pintor “pintor” 3

Lavador/preparador “Lavador” 1

Chapeiro “Chapeiro" 3

Chefe de oficina “Chefe de oficina” 3

Gestor de clientes “Gestor de clientes” 3

Provedoria de clientes “provedora dos clientes” 1

Comercial “Vendedor” 6

Responsável comercial “Chefe de vendas” 1

Secretariado comercial “Secretária comercial” 3

Controlo financeiro “Controller Financeiro” 1

Controlo de campanhas “Controladora de

campanhas”

1

Tesouraria “tesoureira” 1

Contabilidade “contabilista” 1

Gestor de peças “gestor das peças” 1

Técnico de peças “assistentes de peças” 3

Técnico de marketing e comunicação “técnico marketing e TIC”

1

Gestor de qualidade “gestor da qualidade” 1

Gestor financeiro e administrativo

“gestor financeiro e

administrativo”

1

Gestor de marketing, comunicação e logística “Gestor de marketing e TIC”

1

Posição no organograma

organizacional

Direção “direção”

Departamento comercial “departamento de vendas”

Departamento pós-vendas “departamento pós-vendas”

Departamento administrativo/ financeiro

“administrativo”,

“financeiro”

Dependência funcional

Dependente da direção “dependo do diretor”

Dependente departamento de Vendas

“dependo do chefe de

vendas”

“do diretor comercial”

Dependente departamento Pós-vendas

“depende do chefe de

oficina”

“do diretor de pós-vendas”

Dependente departamento

Administrativo/financeiro

“dependo do gestor

financeiro”

Contactos Internos “todas as funções”

externos “Importador”, “clientes”,

“fornecedores”

Missão Objetivos organizacionais

“criar produtos de qualidade

ao cliente”,

Apêndice II - Matriz de análise de conteúdo

82

Tema Categoria Subcategoria Unidade registo Unidade de contexto Contagem

Descrição da

função

Identificação da função Missão Objetivos funcionais “reparação automóvel cumprindo

parâmetros”

Âmbito da função

Principais responsabilidades

Gestão da qualidade “controlo da qualidade”

Gestão da formação “coordenar e gerir formações”

Gestão dos clientes “gerir os processos dos clientes”

Gestão das vendas “gerir e controlar as vendas”

Gestão Logística “tratar da logística”

Gestão de ações de Marketing

e comunicação

“responsável pelo marketing e

comunicação”

Controlo de compras e retomas automóvel “gerir as retomas e compras”

Controlo de garantias automóvel “controlo de garantias”

Diagnóstico e reparação automóvel

“faço reparação mecânica”,

“reparação elétrica”,

Limpeza interior e exterior do automóvel

“lavar o interior e exterior do

carro e aspirar”

Gestão financeira e administrativa

“controlo financeiro”, “gestão

administrativa”, “controlo orçamental”

Gestão de stock “gerir stocks de peças, materiais

e encomendas”

Comunicação com o importador “contactos follow up SIVA”

Prospeção e fidelização de clientes

“vender automóveis”

“Angariar clientes”

Acompanhamento de reclamações “tratar e resolver reclamações”

Reconciliação bancária “tratar dos processos bancários,

créditos, etc”

Contabilidade “Elaborar e assegurar o plano

oficial contas”

Tesouraria “controlo de cobranças”,

“controlo contas da caixa”,

Gestão do call center “controlo e coordeno o call center

Tarefas-chave

Controlo de qualidade e SHST

“Assegurar o cumprimento de

normas qualidade interna”,

“Elaboração do mapa e objetivos

de Controlos Qualidade”,

“promover e dinamizar ações de

melhoria”

Liderar e motivar “gerir equipas”,

“feedback de desempenho”,

“acompanhamento”

Coordenar ações de formação

“Fixar os objetivos e conteúdos

para ações de formação”,

“selecionar os funcionários s

avaliação de conhecimentos”,

Implementar ações de publicidade e comunicação

“Elaborar, desenvolver e

operacionalizar o Plano de

Marketing da Concessão”

Apêndice II - Matriz de análise de conteúdo

83

Tema Categoria Subcategoria Unidade registo Unidade de contexto Contagem

Descrição da função

Âmbito da função Tarefas-chave

Controlo financeiro

“mapas de controlo de gestão”,

“controlo do fluxo de caixa”,

“lançamento de pagamentos”

“controlo de créditos”

Controlar o stock de

peças

“registo de encomendas e vendas

de peças”, “inventários”,

“pedidos de fornecimento

material/peças”

Contabilidade

“controlo de contas”,

“registos eletrónicos de

pagamentos”,

“Elaboração de obrigações

fiscais”,

“Elaboração e manutenção do

plano oficial de contas”

faturação

“Elaborar orçamentos e

facturação”, “receber

pagamentos”,

“Elaborar arquivos de faturas”,

Reuniões com o importador

“contactos mensais feedback com

a SIVA”,

“envio de mapas de gestão à

SIVA”,

“envios de relatórios de

processos ao SIVA”

Reparação automóvel

“pintar e lixar o carro”,

“reparação mecânica” ,

“reparação elétrica”, “bate-

chapa”

Preparação e lavagem automóvel

“isolamento do carro”, “limpeza

total do carro”, “lavagem”,

“aspiração”

Coordenar e assegurar

rentabilidade de call

center

“mobilizar funcionários para

atendimento”,

“organizar e estruturar base

dados atendimento”

Gerir a carteira de clientes

“assegurar a satisfação do

cliente”, “contactos para

renovação/manutenção”,

“marcação de serviço de

intervenção na viatura”

Especificações da função Requisitos

Qualificações

Formação académica “12.º ano”, “9.º ano”,

“licenciatura”

Experiência profissional

“3 anos”, “5 anos”,

“mínimo 1 ano”

Competências técnico-profissionais “conhecimentos específicos”

Laborais Requisitos físicos “esforço/perícia visual”,

Requisitos mentais/ psicológicos

“resistência ao stress”,

“relacionamento interpessoal”

Condições de trabalho Contexto físico “Ruido”, “Calor”, poeiras”,

“cheiro de tintas”

Apêndice II - Matriz de análise de conteúdo

84

Tema Categoria Subcategoria Unidade registo Unidade de contexto contagem

Especificações da função

Requisitos Responsabilidades Utensílios/ materiais “caixa de ferramentas”;

Máquinas/produtos “dinheiro da caixa”,

“cofre”, “tintas”

Competências

Transversais

Autonomia/iniciativa “Criar soluções para

problemas”, “propor

soluções e ideias”, “

43 entrevistados

Rigor/atenção ao detalhe

“ser-se rigoroso e

atento”, “atenção aos

pormenores”,

“precisão”

43 entrevistados

Espírito crítico “analisar as situações e 43 entrevistados

Relacionamento interpessoal

“espírito de equipa e

coletividade”, “respeito

ao cliente e colegas”

43 entrevistados

Comunicação “prestar informação

interna e externa”,

“esclarecer dúvidas,

43 entrevistados

Compromisso com a marca

“Saber o contributo da

função nos objetivos”,

“cumprir as normas e

ter responsabilidade”

38 entrevistados

Empenho/Dedicação 37 entrevistados

Específicas às funções

Planeamento “planear e prevenir”,

“antecipar”

9 entrevistados- administrativos

6 entrevistados-

setor vendas

7 entrevistados-lideres equipa

Organização “ser-se organizado e

metódico”, “

9 entrevistados-administrativos

6 entrevistados-

setor vendas

7 entrevistados – lideres de

equipa

Criatividade/inovação “utilizar varias técnicas

de soluções”,

“implementar ideias”,

18

entrevistados- Pós -Vendas

Orientação para o cliente

“pensar no cliente”,

“conhecer as

necessidades do

cliente”, “saber os

gostos deles”,

“satisfazer as

necessidades dos

clientes”

6 entrevistados-setor vendas

18

entrevistados-pós-vendas

Orientação para os resultados

-“obter qualidade com

menos recursos”,

“Cumprir objetivos com

qualidade”

9 entrevistados-administrativos

Apêndice II - Matriz de análise de conteúdo

85

Gestão do tempo

“Controlar o tempo”,

“gerir prioridades,

tempos e prazos”,

“Cumprir com prazos e

obter qualidade”

9 entrevistados –

Administrativos

6 entrevistados- setor vendas

18

entrevistados- Pós-Vendas

Adaptação à mudança

“Ajustarmo-nos ao tipo

de cliente”, “adaptar-

nos ao mercado”, “ser-

se flexível às mudanças

9 entrevistados-administrativos

18

entrevistados- Pós Venda

Negociação/ persuasão

“convencer o cliente”

“negociar condições”

6 entrevistados- setor vendas

Resolução de problemas

analisar e resolver

problemas”, “ criar

soluções”, “antecipar

problemas e resolve-

los”

5 entrevistados- Administrativos

6 entrevistados-

setor vendas

18 entrevistados–

Pós-Venda

5 entrevistados – lideres de

equipa

Liderança

“encaminhar as

equipas”,

“Liderar”, “Ser o

líder”, “delegar e

motivar as pessoas”,

“coordenar”

7 entrevistados - Lideres de

equipa

Tomada de decisão

“decidir”, “ tomar a

responsabilidade/

decisão de algo”,

7 entrevistados - Lideres de

equipa

coordenação/Supervisão “supervisionar”,

“controlar e

monitorização

7 entrevistados - Lideres de

equipa

Apêndice III- Inquérito por questionário competências genéricas

86

O presente questionário tem como finalidade a identificação de competências organizacionais que serão transversais a todas as funções na avaliação de desempenho. Assinale com uma cruz [x] apenas e só 10 competências que, na sua opinião, mais contribuem para a sustentabilidade organizacional e agregação de valor.

Competências

transversais Nada importante Muito importante

Organização

Planeamento

Adaptação à mudança

Iniciativa/ autonomia

Criatividade/ Inovação

Coordenação/ supervisão

Rigor/atenção ao detalhe

Empatia

Tomada de decisão

Resolução de problemas

Gestão do tempo

Melhoria continua

Visão estratégica

Relacionamento interpessoal

Compromisso com a marca

Comunicação oral/escrita

Espírito crítico/ cap. análise

Ética profissional

flexibilidade

Empenho/Dedicação

Apêndice IV- Inquérito por questionário Colaboradores

87

O presente questionário tem como objetivo identificar as competências da sua função para conceção de indicadores de desempenho. Identifique, por favor, com uma cruz [X] apenas e só 5 competências que na sua opinião são necessárias para executar as tarefas com sucesso.

Função: XXXXXX

Competências específicas Nada importante Muito importante

Organização/ planeamento

Adaptação à mudança

Iniciativa/ autonomia

Criatividade/ Inovação

Orientação para o cliente

Orientação para os resultados

Coordenação/ supervisão

Liderança

Empatia

Tomada de decisão

Cap. análise e resolução de problemas

Gestão do tempo

Visão estratégica

Apêndice V- Inquérito por questionário Direção de vendas

88

O presente questionário tem como finalidade a identificação de competências específicas de cada função do departamento de vendas, a fim de serem criados descritivos funcionais atualizados e, ainda, desenvolvidos indicadores de desempenho. Para cada função assinale com uma cruz [x] apenas e só 5 competências cruciais para executar cada função com sucesso, tendo em conta o desenvolvimento de indicadores de desempenho.

Função

Competência

Diretor de

vendas

Chefe

de

vendas

Comercial

Seat

Comercial

Audi

Comercial

Vw

Organização/

planeamento

Adaptação à

mudança

Iniciativa/ autonomia

Criatividade/ Inovação

Orientação para o

cliente

Orientação para os

resultados

Coordenação/

supervisão

Liderança

Empatia

Tomada de decisão

Resolução de

problemas

Gestão do tempo

Visão estratégica

Apêndice VI- Inquérito por questionário direção pós-vendas

89

O presente questionário tem como finalidade a identificação de competências específicas. Para cada função assinale com uma cruz [x]

apenas e só 5 competências cruciais para executar cada função com sucesso, tendo em conta o desenvolvimento de indicadores de desempenho.

Função

Competência

Diretor

De

pós-vendas

Chefe

de

oficina

Mecânico Eletricista Pintor Chapeiro Preparador/

lavador

Gestor

de

peças

Técnico

de

peças

Gestor

de

clientes

Organização/ planeamento

Adaptação à mudança

Iniciativa/ autonomia

Criatividade/ Inovação

Orientação para o cliente

Orientação para os

resultados

Coordenação/ supervisão

Liderança

Visão estratégica

Apêndice VI- Inquérito por questionário direção pós-vendas

90

Função

Competência

Diretor de

pós-vendas

Chefe

de

oficina

Mecânico Eletricista Pintor Chapeiro Preparador

lavador

Gestor

de

peças

Técnico de

peças

Gestor

De

clientes

Empatia

Tomada de decisão

Resolução de problemas

Gestão do tempo

Apêndice VII- Inquérito por questionário direção administrativo/financeira

91

O presente questionário tem como finalidade a identificação de competências específicas de cada função do departamento administrativo/financeiro, a fim de serem

criados descritivos funcionais atualizados e, ainda, desenvolvidos indicadores de desempenho. Para cada função assinale com uma cruz [x] apenas e só 5

competências cruciais para executar cada função com sucesso, tendo em conta o desenvolvimento de indicadores de desempenho.

Função

Competência

Gestor

Financeiro

Gestor

De

qualidade

Provedoria

de

clientes

Controlador

financeiro

Contabilida

de Tesouraria

Secretariado

comercial

Controlo

de

campanhas

Gestor

de

marketing

/TIC

Técnico

De

marketing

/TIC

Organização/

planeamento

Adaptação à

mudança

Iniciativa/ autonomia

Criatividade

Orientação para o

cliente

Orientação para os

resultados

Coordenação/

supervisão

Liderança

Visão estratégica

Apêndice VII- Inquérito por questionário direção administrativo/financeira

92

Função

Competência

Gestor

Financeiro

Gestor

de

qualidade

Provedoria

de

clientes

Controlador

financeiro

Contabilida

de Tesouraria

Secretariado

comercial

Controlo

de

campanhas

Gestor

de

marketing

/TIC

Técnico

De

marketing

/TIC

Empatia

Tomada de decisão

Resolução de

problemas

Gestão do tempo

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

93

Função: Mecânico Família funções: pós-vendas

01. Unidade Funcional:

Oficina Centro de Custo:

Oficina

02. POSTO DE TRABALHO: Técnico de Mecatrónica

NOME DO TITULAR: XXXXX

03. POSTO DE TRABALHO DO SUPERIOR DIRECTO: Gestor de Oficina

04. POSTO DE TRABALHO DO SUPERIOR IMEDIATO: Gestor Após-Venda

05. SUBSTITUTO DO TITULAR NA SUA AUSÊNCIA: Outro Mecatrónico

TITULAR SUBSTITUI: Outro Mecatrónico / Eletromecânico

06. DEPENDÊNCIA FUNCIONAL: Direção Após-Venda

07. CONTACTOS INTERNOS E EXTERNOS REQUERIDOS PARA A FUNÇÃO:

INTERNOS: Gestor de Oficina; Peças, etc… EXTERNOS : --------------

08. POSIÇÃO NO ORGANOGRAMA

09. MISSÃO DA FUNÇÃO

Proceder à manutenção, diagnóstico de anomalias e reparação nos diversos sistemas mecânicos de automóveis ligeiros de acordo com os parâmetros e especificações técnicas definidas pelos fabricantes

10. Qualificações mínimas exigidas 10.1-Habilitações literárias: 9.º ano de escolaridade ou 12.º 10.2-Experiência profissional: Mínimo 2 anos em funções similares ou curso de formação profissional. 10.3-Competências técnicas/ conhecimentos específicos: Conhecimentos de informática na ótica do utilizador.

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Direção

Comercial

(Vw e frotas)

Direção

pós-vendas

Equipa de serviço pós-venda

(Mecânico, pintor, eletricista, lavador,etc)

Direção administrativo/

financeiro

Direção Marketing/ logística e Informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

94

11. Responsabilidades da função

1. Diagnosticar as causas das avarias mecânicas.

2. Executar os trabalhos de manutenção/reparação mecânica de acordo com as preconizações do fabricante,

quer no que respeita à ferramenta/equipamento, quer na incorporação de peças originais.

3. Registar todos os elementos necessários no autoline, em particular os sintomas/anomalias relatados pelo

Gestor de Clientes.

4. Cumprir as normas internas de funcionamento, em especial o registo das horas.

5. Cumprir com as normas de Saúde, Higiene e Segurança no trabalho

12. Tarefas principais

N.º Tarefa

(o que faz?) Objetivo

(para que faz?) Recursos

(com o quê?)

Grau de

complexidade

de execução

Competências

chave

1 Analisar a

existência de avarias

Detetar avarias mecânicas Máquina de diagnóstico 2 Adaptação à

mudança

Gestão do tempo

Criatividade/ inovação

Resolução de

problemas

Orientação para o cliente

2 Substituir peças/filtros Reparação de anomalias Peças

mecânicas 3

3 Revisão do veiculo

Substituição/manutenção de óleos e correias

Ferramentas e óleos 1

4 Viagem de experiência

Testar a resolução de avarias e evitar reincidências

Viatura automóvel 1

5 Registo de atividades

Arquivar informaticamente todos os elementos/tarefas

gastos/efetuados

Computador, formulário 1

OBS. O grau de complexidade varia entre 1 -pouco complexo,2 - moderadamente complexo e 3- muito complexo

13. Condições de trabalho

13.1. Responsável por equipamentos/máquinas: ferramentas

13.2. Condicionamentos físicos/sociais: sujeito a ruídos

14. Funções adicionais do titular do Posto de Trabalho

Não tem.

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

95

Função: eletricista/ Família funções: pós-vendas

01. Unidade Funcional:

Oficina Centro de Custo: Oficina

02. Posto de Trabalho: Eletromecânico

Nome do Titular:

XXXX 03. Posto de Trabalho do Superior Direto: Gestor de Oficina 04. Posto de Trabalho do Superior Imediato: Gestor Após – Venda 05. Substituto do Titular na sua ausência:

Outro Mecatrônico / Eletromecânico

Titular substitui:

Outro Eletromecânico

06. Dependência Funcional: Direção Após-Venda 07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

INTERNOS: Gestor Clientes, Gestor Oficina, Peças. EXTERNOS : --------------

08. Posição no organograma

09. Missão da função

Desenvolver as atividades relacionadas com a instalação, montagem, regulação, manutenção e reparação em equipamentos eletromecânicos de acordo com as especificações técnicas do fabricante. 10. Qualificações mínimas exigidas

10.1 Habilitações literárias: 9.º ano de escolaridade

10.2. Experiência profissional: Mínimo 2 anos em funções similares ou curso de formação profissional

10.3 Competências técnicas/ conhecimentos específicos: Conhecimentos de eletrónica

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Direção

Comercial

(VW e frotas)

Direção

pós-vendas

Equipa de serviço pós-venda

(Mecânico, pintor, eletricista, lavador,etc)

Direção administrativo/

financeiro

Direção Marketing/ logística e Informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

96

11. Responsabilidades da função

1. Diagnosticar as causas das avarias eletrónicas. 2. Executar os trabalhos de manutenção/reparação de acordo com as preconizações do fabricante,

quer no que respeita à ferramenta/equipamento, quer na incorporação de peças originais. 3. Registar todos os elementos necessários no autoline, em particular os sintomas/anomalias

relatados pelo Gestor de Clientes. 4. Cumprir as normas internas de funcionamento, em especial o registo das horas. 5. Cumprir com as normas de Segurança, Higiene e Saúde no trabalho

12- Tarefas principais

N.º Tarefas

(o que faz?) Objetivo

(para que faz?) Recursos

(com o quê?)

Grau de

complexidade

de execução

Competências

chave

1 Diagnóstico

eletrónico das viaturas

Detetar e verificar avarias eletrónicas

Máquina de diagnóstico 2

-Adaptação à mudança

-Criatividade/

inovação

-Resolução de problemas

-Orientação para

o cliente

- Gestão tempo

2 Reparação e manutenção eletrónica

Reparar sistemas eletrónicos

Substituição de elementos eletrónicos e mecânicos

Ferramentas e máquinas 2

3 Revisão eletrónica

Manutenção eletrónica e mecânica

Ferramentas e máquina

diagnóstico 1

4 Registo de elementos Registo de elementos Programa

autoline 1

5 Controlo de carros de stand

Controlo de pressão de ar de pneus

Controlo de baterias/ carregadores

Máquina de ar 1

Obs: O grau de complexidade varia entre 1- pouco complexo, 2- moderadamente complexo e 3- muito

complexo

13. Condições de trabalho

13.1. responsável por materiais/máquinas: ferramentas

13.2 condicionantes físicos/ sociais: Sujeito a ruídos

14. Funções extra-organograma (grupos de trabalho, comissões, etc..)

Não tem.

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

97

Função: Pintor/ Família funções: pós-vendas 01. Unidade Funcional: Oficina

Centro de Custo: Oficina

02. Posto de Trabalho: Pintor

Nome do Titular: XXXX

03. Posto de Trabalho do Superior Directo: Gestor Oficina 04. Posto de Trabalho do Superior Imediato: Gestor Após – Venda 05. Substituto do Titular na sua ausência: ---------

Titular substitui: ---------

06. Dependência Funcional: Direcção Após-Venda 07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

INTERNOS: Gestor Clientes, Gestor Oficina, Peças, etc… EXTERNOS: ------------- 08. Posição no organograma

09. Missão da função

Executar a pintura de partes ou da totalidade da carroçaria, procedendo ao tratamento anticorrosivo,

insonorizando e verificando a estanqueidade, escolhendo a sequência de pintura adequada, preparando, afinando

e aplicando tinta, organizando e controlando a qualidade do trabalho.

10. Qualificações exigidas para a função:

10.1-Habilitações literárias: 9.º ano de escolaridade

10.2- Experiência profissional: Mínimo 2 anos.

10.3-Competências técnicas/ conhecimentos específicos: Conhecimentos de normas técnicas de preparação,

identificação e afinação de cores, fichas técnicas e de toxicidade dos produtos utilizados na repintura de

veículos, técnicas de correção de defeitos de pintura em veículos e composição de tintas.

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Direção comercial

(VW e frotas)

Direção

pós-vendas

Equipa de serviço pós-venda

(Mecânico, pintor, eletricista, lavador,etc)

Direção administrativo/

financeiro

Direção Marketing/ logística e Informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

98

11. Responsabilidades da Função

1. Executar os trabalhos de manutenção/reparação de acordo com as preconizações do fabricante,

2 Registar todos os elementos necessários no software, em particular os sintomas/anomalias

relatados pelo Gestor Clientes.

3 Cumprir as normas internas de funcionamento, em especial o registo das horas e materiais.

4 Coordenar a secção face ao serviço em curso, agenda de serviço e distribuição do trabalho por

outros produtivos da secção.

5 Coordenar a secção de pintura com a secção de carroçaria.

6 Gerir e executar a manutenção da secção de pintura, quanto a ferramenta, equipamentos

disponíveis e produtos.

7 Articular com a receção / gestão de oficina, os trabalhos pedidos, bem como a sugestão e

orçamentação de trabalhos adicionais.

8 Cumprir com as normas e os procedimentos de qualidade, higiene e segurança no trabalho

12. Tarefas Principais

Obs: o grau de complexidade varia entre 1 -pouco complexo, 2- moderadamente complexo e 3-muito complexo

N. Tarefa

(o que faz?) Objetivo

(para que faz?) Recursos

(com o quê?)

Grau de

complexidade

de execução

Competências

chave

1 Preparação do veiculo

-Lixar o veiculo para retirar anomalias e isola-lo com

protetores de cor

Lixa, fita isoladora, plástico

2 -Adaptação à mudança

-Criatividade/

inovação

-Resolução de problemas

-Gestão do

tempo

-orientação para o cliente

2 Preparação cor

Pesar, misturar e diluir tintas dentro parâmetros da

marca

Material pintura 1

3 Pintar Repor a cor inicial do veiculo

Tintas em spray/ estufa 1

4 Envernizar Dar brilho à cor dentro dos

parâmetros exigidos da marca

Verniz e pinceis 1

5 Entregar o veiculo

Retirar os isolamentos protetores de pintura equipamentos 1

6 Registar elementos

Efetuar o registos na check

list de todos os elementos efetuados/gastos na tarefa

Programa 1

13.Condições de trabalho

13.1 Responsável por máquinas/ferramentas: tintas, encomendas e stock.

13.2 Condicionamentos físicos/ sociais: sujeito a calor, cheiro e sprays 14.Funções adicionais do titular do Posto de Trabalho

Não tem.

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

99

Função: Bater-chapa (chapeiro)/ Família funções: pós-vendas 0.1 Unidade Funcional

Oficina Centro de Custo: Oficina

02. Posto de Trabalho: Chapeiro

Nome do Titular: XXXX

03. Posto de Trabalho do Superior Directo: Gestor de Oficina 04. Posto de Trabalho do Superior Imediato: Gestor Após –Venda 05. Substituto do Titular na sua ausência: ------

Titular substitui: -----

06. Dependência Funcional: Direcção pós-Venda 07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

INTERNOS: Gestor Clientes, Gestor Oficina, Peças. EXTERNOS: Peritos 08.Posição no organograma organizacional

09. Missão da função

Realizar intervenções nos veículos de maneira a assegurar o sucesso da reparação realizada de acordo com os métodos e os standards de qualidade e respeitando as regras de segurança

10. Qualificações mínimas da função

10.1- Habilitações literárias: 9.º ano de escolaridade

10.2-Experiência profissional: Mínimo 2 anos em funções similares ou curso de formação

profissional.

10.3-Competencias técnicas/conhecimentos específicos: Conhecimentos de métodos e técnicas de

bater a chapa.

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Direção

Comercial

(VW e frotas)

Direção

pós-vendas

Equipa de serviço pós-venda

(Mecânico, pintor, eletricista, chapeiro lavador,etc)

Direção administrativo/

financeiro

Direção Marketing/ logística e Informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

100

11. Principais responsabilidades da função

1. Executar os trabalhos de manutenção/reparação de acordo com as preconizações do fabricante,

2. Registar todos os elementos necessários, em particular os sintomas/anomalias relatados pelo Gestor Clientes.

3. Cumprir com as normas internas de funcionamento, em especial o registo das horas.

4. Coordenar sinistros

5. Elaborar orçamentos para companhias de seguros.

6. cumprir com as normas de Segurança, higiene e saúde no trabalho

12. Tarefas principais da função

N.

º

Tarefa

(o que faz) Objetivo

(para que faz) Recursos

(com o quê?)

Grau de

complexidade

de execução

Competências-

chave

1

Desmontar peças

automóvel

Remoção de peças automóvel velhas

Máquinas e ferramentas 2

-Adaptação à mudança

-Resolução de

problemas

-Criatividade/ inovação

-Orientação para o cliente

-Gestão do

tempo

2

Manutenção/ reparação de

peças

Análise e Reparação de peças

automóvel ferramentas 2

3

Requisição de peças

automóvel

Pedir orçamento de peças novas

Receção de peritos Pedir e receber peças

automóvel novas

Computador, listas e

formulários, telefone

1

4

Montagem de peças

automóvel

Montagem de peças automóvel novas nos

veículos ferramentas 1

5 Registo de elementos

Registar todos os procedimentos

eletronicamente na check list autoline

Computador e formulário

autoline 1

Obs: O grau de complexidade varia entre 1- pouco complexo, 2- moderadamente complexo e 3- muito complexo

13. Condições de trabalho

13.1. Responsável por equipamentos/máquinas Não se aplica

13.2. Condicionamentos físicos/sociais: sujeito a ruídos

14. Funções extra-organograma (grupos de trabalho, comissões, etc.)

Não tem.

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

101

Função: preparador e lavador/ Família funções: pós-vendas 01. Unidade Funcional: Oficina

Centro de Custo: Após Venda

02. Posto de Trabalho: Preparador / Lavador

Nome do Titular: XXXXX

03. Posto de Trabalho do Superior Directo: Gestor de Oficina 04. Posto de Trabalho do Superior Imediato: Gestor Após-Venda 05. Substituto do Titular na sua ausência: Lavador

Titular substitui: Lavador

06. Dependência Funcional: Direcção Após-Venda 07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

INTERNOS : Gestor de Oficina; Peças; Oficina; Gestor APV; Direcção Comercial EXTERNOS : Transportadora de VN 08.Posição no organograma

09. Missão da função

Proceder à lavagem, limpeza e polimento do interior e exterior de veículos automóveis, utilizando procedimentos e produtos adequados e respeitando as regras de proteção

10. Qualificações mínimas exigidas

10.1-Habilitações literárias: 9. º ano ou 12.º de escolaridade

10.2-Experiência profissional: Mínimo 2 anos em funções similares

10.3-Competências técnicas/ conhecimentos específicos: Conhecimentos básicos de mecânica e

conhecimentos de informática na ótica de utilizador

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Direção

Comercial

(VW e frotas)

Direção

pós-vendas

Equipa de serviço pós-venda

(Mecânico, pintor, eletricista, lavador,etc)

Direção administrativo/

financeiro

Direção Marketing/ logística e Informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

102

11. Responsabilidades da função

1. Receber os veículos novos a descarregar pela transportadora. 2. Verificar o estado dos V.N. a descarregar (elaboração do Check-list Receção de Viatura Nova). 3. Avisar o Sector Comercial, caso algum V.N. descarregado tenha falta de documentação (total /

parcial), danos ou falta de equipamento. 4. Avisar o Gestor de Oficina / Receção, caso algum Veículo Novo descarregado apresente danos

ou falta de equipamento. 5. Rececionar do Sector Comercial / Gestor de Oficina, as Ordens de Preparação de VN. 6. Preparar a entrega da VN, mediante instruções do Sector Comercial. 7. Cumprir na íntegra o Check-list (DAV40). 8. Cumprir os “Timing’s”, de forma a que a viatura esteja pronta 3 horas antes da sua entrega ao

Cliente. 9. Limpeza diária dos veículos do Stand. 10. Auxiliar na limpeza e preservação da oficina e equipamentos. 11. Cumprir com as normas de Segurança, higiene e saúde no trabalho

12. Tarefas Principais

N.

º

Tarefas (o que faz?)

Objetivo

(para que faz?) Recursos

(com o que?)

Grau de

complexidade

De execução

Competências

-chave

1 Lavar e aspirar

veículos novos e usados

Limpar os veículos Máquina e aspirador 1

-Adaptação à mudança

-Criatividade /

inovação

-Resolução de problemas

-Gestão do

tempo

-orientação para o cliente

2 Preparar veículo Polir o veículo e colocar matriculas

Máquina de lixar 1

3 Controlar pressão

de ar pneus de viaturas de stand

Garantir a adequada pressão

dos pneus

Máquina de pressão de ar 1

4 Registar atividades

Arquivar eletronicamente as

tarefas

Programa autoline

1

Obs: o grau de complexidade de execução varia entre 1- pouco complexo, 2- moderadamente e 3-muito complexo

13.Condições de trabalho

13.1. Responsável por equipamentos/máquinas: não se aplica

13.2. Condicionantes físicos/sociais: sujeito a ruídos

14. Funções extra-organograma (grupos de trabalho, comissões, etc..)

Não tem

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

103

Função: Chefe de oficina/ Família funções: líder de equipas

01. Unidade Funcional: Oficina

Centro de Custo: Oficina

02. Posto de Trabalho: Gestor de Oficina /

Nome do Titular: XXXX

03. Posto de Trabalho do Superior Directo: Gestor Após-Venda 04. Posto de Trabalho do Superior Imediato: Administrador 05. Substituto do Títular na sua ausência: Mecatrónico/ Gestor de Clientes

Titular substitui: Gestor de Clientes / Facturador

06. Dependência Funcional: Direcção Após-Venda 07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

Internos: Direcção Após - Venda; Recepção oficina; Técnicos Oficinais; Secção Comercial; Externos: Clientes; SIVA; Fornecedores; Outros

08. Posição no organograma

09. Missão da função

Orientar e coordenar a equipa da oficina, organizando os trabalhos de acordo com os recursos humanos e materiais disponíveis, garantindo o cumprimento dos objetivos com qualidade. 10. QUALIFICAÇÕES MÍNIMAS EXIGIDAS

10.1 – Habilitações literárias: Mínimo 9º ano de escolaridade.

10.2- Experiência profissional: Mínimo de 5 anos de experiência em funções similares.

10.3-Competências técnicas/conh. Específicos: Capacidade de liderança, bons conhecimentos

de Informática, resistência ao stress.

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Direção

Comercial

(VW e frotas)

Direção

pós-vendas

Equipa de serviço pós-venda

(Mecânico, gestor oficina, gestor clientes…)

Direção administrativo/

financeiro

Direção Marketing/ logística e Informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

104

11- Principais responsabilidades

1. Assegurar a manutenção, limpeza, funcionalidade e conservação dos equipamentos e instalações.

2. Controlar e coordenar as ações de oficina e ações de chamada. 3. Assegurar a rápida execução dos serviços com qualidade e transparência, 4. Assegurar a correta resolução das reclamações dos Clientes. 5. Efetuar os programas de controlo de Qualidade 02, 03 e 04, e implementar as medidas

corretivas definidas. 6. Participar na elaboração dos planos de melhorias da Concessão. 7. Dirigir, motivar e orientar os seus subordinados, de forma a ter uma equipa coesa, avaliando

as necessidades de formação e propondo ações de formação. 8. Controlar todas as viaturas para aferir a qualidade dos trabalhos efetuados. 9. Executar a viagem de experiência após diagnóstico (se necessário), e/ou reparação /

manutenção. 10. Fornecer elementos informativos à Equipa de Vendas sempre que sinta uma oportunidade de

negócio. 11. Controlar e acompanhar a faturação de toda unidade de serviço de mecânica, pintura e

carroçarias.

12. Tarefas principais

N. Tarefa

(o que faz?) Objetivos

(para quê?) Recursos

(como faz?)

Grau de

dificuldade de

execução

Competências

chave

1

Coordenar os trabalhos da

oficina

Assegurar e organizar o fluxo

de trabalho

Contacto presencial e

PC 2 Liderança

Tomada de

decisão

Cap. resolução de problemas

Organização e planeamento

Coordenação/

supervisão

2

Controlar expedição de

viaturas

Garantir cumprimento de

objetivos

Contacto presencial 1

3

Controlar a qualidade do

serviço

Evitar erros produção e

reincidências

Relatórios e contacto

presencial 1

4 Controlar ações-

chamada Evitar custos

desnecessários programa 3

5 Gerir recursos

humanos

Coordenar e motivar a equipa de

trabalho

Contacto presencial 2

Obs: o grau de dificuldade de execução varia entre 1-pouco complexo/simples, 2 – moderadamente complexo, 3 – muito complexo

13. Condições de trabalho

13.1. Responsável por materiais ou ferramentas: Não se aplica

13.2. Condicionantes físicos/mentais: Sujeito a barulhos, cheiros e poeiras

14. Funções extra-organograma ( grupos de trabalho, comissões, etc..)

Não tem

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

105

Função: Gestor de peças/ Família funções: líder equipas 01. Unidade Funcional: Peças

Centro de Custo: Peças

02. Posto de Trabalho: Gestor Coordenador de peças e Call center

Nome do Titular: XXXX

3. Posto de Trabalho do Superior Directo: Gestor / Direção pós-venda 04. Posto de Trabalho do Superior Imediato: Administrador 05. Substituto do Titular na sua ausência: Gestor/diretor PV

Titular substitui: Coordenador de peças

06. Dependência Funcional: Direcção Após - Venda 07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

Internos: Oficina; Dpto Comercial; Administração. Externos: Fornecedores; Importador; Clientes; Outros.

08. Posição no organograma organizacional

09. Missão da função

Assegura a organização e funcionamento eficaz do serviço nas diferentes empresas do grupo, motiva e gere relações de trabalho, assegurando o cumprimento de objetivos.

10.Qualificações mínimas exigidas

10.1- Habilitações literárias: 9.º ano de escolaridade.

10.2. Experiência profissional: Mínimo de 5 anos em funções de gestão de peças

10.3 Competências Técnicas/Conhecimentos específicos: conhecimentos de informática na ótica do

utilizador.

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(audi)

Direção Comercial

(VW e frotas)

Direção

pós-vendas

Gestor de Peças

Direção administrativo/

financeiro

Direção Marketing/ logística e Informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

106

11. Responsabilidades da função

1. Assegurar a rentabilidade do negócio das peças 2. Dirigir, motivar e orientar os subordinados por forma a ter uma equipa coesa capaz de atingir os

objetivos previstos. 3. Planear e assegurar a otimização do espaço assegurando um sistema racional de armazenamento 4. Elaborar os objetivos para o departamento e garantir o seu cumprimento. 5. Assegurar a ligação entre as várias seções de peças do grupo 6. Explorar o mercado na vertente de venda de peças ao exterior (para grandes volumes) 7. Elaborar e enviar mapas mensais para o importador de acordo com o preconizado por este. 8. Estabelecer a ligação entre a empresa e departamentos de peças do importador 9. Analisar propostas de fornecedores de peças 10. Implementar ações de marketing local, com a finalidade de promover a venda de peças e

acessórios 11. Coordenar o Call Center.

12. Tarefas principais

N.

º

Tarefa

(o que faz) Objetivo

(para que faz)

Recursos

(com o que?)

Grau de

complexidade

de execução

Competências-

especificas

1 Analisar as vendas

-Analisar os resultados das vendas para assegurar o cumprimento de

objetivos do setor

Programa Autoline

2

Liderança

Resolução de

problemas

Coordenação/ supervisão

Organização/ planeamento

-Tomada de decisão

2

Coordenar o serviço de

peças

-Assegurar a organização e funcionamento eficaz do serviço;

-motivar e gerir equipas

Contacto presencial 1

3

Visitar outro setor peças

nas empresas do

grupo

-Assegurar o funcionamento eficaz do serviço nas outras empresas.

Assegurar a ligação entre empresas e departamentos de peças

Contato presencial 1

4

Elaborar mapas

de gestão

-Criação de mapas de gestão mensais para importadores e

administração do grupo

Programa autoline

2

5 Atendimento

ao público

-Prestar esclarecimento aos clientes e acompanhar o nível de

satisfação dos clientes

Contacto presencial 1

6 Mobilizar

o call Center

-Assegurar a rentabilidade do call

center, motivando e gerindo a equipa.

Contacto presencial 1

Obs. O grau de complexidade varia entre:1 - pouco complexo, 2 -moderadamente complexo e 3 -muito complexo

13.Condições de trabalho

13.1. Responsável por máquinas/equipamentos: não se aplica

13.2. Condicionantes físicos/sociais: não se aplica

14. Funções adicionais do titular do Posto de Trabalho

Não tem

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

107

Função: Coordenador de peças/ Família funções: pós-vendas 01. Unidade Funcional: Peças

Centro de Custo: Peças

02. Posto de Trabalho: Coordenador de Peças / Facturador

Nome do Títular: XXXXX

3. Posto de Trabalho do Superior Directo: Gestor Coordenador de Peças 04. Posto de Trabalho do Superior Imediato: Gestor PV 05. Substituto do Títular na sua ausência: Gestor Coordenador de Peças / Técnico de Peças

Titular substitui: Técnico de Peças

06. Dependência Funcional: Direcção Após - Venda 07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

Internos: Oficina; Dpto Comercial; Administração. Externos: Fornecedores; Importador; Clientes; Outros.

08.Posiçao no organograma organizacional

09. Missão da função

Efetua a gestão de stock das peças automóvel, acompanha o inventário de peças e assegura o

atendimento ao cliente tendo em vista a sua satisfação

10. Qualificações mínimas exigidas

10.1- Habilitações literárias: 9.º ano de escolaridade.

10.2. Experiência profissional: Mínimo de 3 anos em funções similares.

10.3 Competências técnicas/conhecimentos específicos: conhecimentos de informática na ótica do

utilizador.

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Direção comercial

(VW e frotas)

Direção

pós-vendas

Gestor de peças

Técnico de peças

Gestor de pós-vendas

Direção administrativo/

financeiro

Direção Marketing/ logística e Informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

108

11. Responsabilidades da função

1. Assegurar o stock de peças adequado ao bom funcionamento da Oficina.

2. Planear e assegurar a otimização do espaço assegurando um sistema racional de armazenamento.

3. Colaborar com o Gestor de Oficina pois este é o seu principal Cliente.

4. Assegurar a conferência qualitativa e quantitativa de todas as encomendas recebidas.

5. Atender presencialmente clientes NORA.

6. Elaborar faturação de acordo com as peças / acessórios vendidos.

7. Contabilizar os documentos de caixa

12. Tarefas principais

N.

º

Tarefa

(o que faz) Objetivo

(para que faz) Recursos

(com o que?)

Grau de

complexidade

de execução

Competências-

chave

1 Receção de

peças

-Registar as peças no sistema eletrónico

Computador Programa autoline

1

- Adaptação à mudança

-Criatividade/

inovação

-Gestão do tempo

Cap. Resolução

de problemas

-Orientação para o cliente

2 Verificação de

peças

-separação/alocação de peças no arquivo e

controlo de stock de peças

Estantes 1

3 Registo de

encomendas

Receber e registar as encomendas

eletronicamente computador 1

4 Atendimento ao

público

-Receber os clientes e fornecedores

-Atender / analisar pedidos

-Prestar informações -efetuar faturação

Contacto presencial 2

5 Atendimento

telefónico

-Registar pedidos de clientes

-Prestar informação de elementos de peças

Telefone 2

Obs. O grau de complexidade varia entre: 1 -pouco complexo, 2 -moderadamente complexo e 3- muito complexo

13. Condições de trabalho

13.1. Responsabilidade por ferramentas/materiais: Caixa 13.2 Condicionamento físicos/sociais: não se aplica 14. Funções extra-organograma (grupos de trabalho, comissões, etc..)

Não tem

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

109

Função: Gestor de clientes/ Família funções: pós-vendas

01. UNIDADE FUNCIONAL:

Oficina Centro de Custo: Oficina

02. Posto de Trabalho: Gestor de Clientes /

Nome do Títular: XXXXX

03. Posto de Trabalho do Superior Directo: Gestor de Oficina

04. Posto de Trabalho do Superior Imediato: Gestor Após - Venda

05. Substituto do Títular na sua ausência: Gestor de Oficina / Sec. Administrativa e Financeira

Titular substitui: Gestor de Oficina

06. Dependência Funcional: Direção Após - Venda

07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

INTERNOS : Todos os Departamentos EXTERNOS : Clientes, Companhias de Seguros, Fornecedores, Importador, outros

08. Posição no organograma organizacional

09. Missão da função

O profissional deverá estabelecer a ponte entre clientes e a empresa com o objetivo de garantir a

maximização das vendas, através do planeamento, gestão e coordenação das atividades relacionadas

com comercialização e venda de produtos e/ou serviços

10 Qualificações mínimas exigidas.

10.1 Habilitações literárias: 12.º ano de escolaridade

10.2. Experiencia profissional 1 ano em funções similares (preferencial)

10.3 Competências técnicas/conhecimentos específicos: Conhecimentos avançados em informática

na ótica do utilizador e em contabilidade

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Direção

Comercial

(VW e frotas)

Direção

pós-vendas

Equipa de serviço pós-venda

(gestor de clientes, gestor oficina, eletricista, lavador,etc)

Direção administrativo/

financeiro

Direção Marketing/ logística e Informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

110

11. Principais responsabilidades da função

1. Planear e organizar o trabalho, mediante marcação de trabalhos e carga oficinal. 2. Assegurar a execução do trabalho com rapidez qualidade e transparência, mediante o correto preenchimento da OR. 3. Assegurar o contacto telefónico com os Clientes 4. Coordenar atividades c/ o gestor de Oficina. 5. Promover ativamente a venda de peças e acessórios, produtos e serviços. 6. Elaborar e manter o arquivo das faturas e OR’s. 7. Coordenar as relações com as Companhias de Seguros no tocante à Gestão de Proc. de Sinistro. 8. Cumprir as regras de segurança. Higiene e saúde no trabalho

12. Tarefas Principais

N.

º

Tarefa

(o que faz?) Objetivo

(para que faz?) Recursos

(Com o quê?)

Grau

complexida

de de

execução

Competência

s chave

1 Atendimento presencial

-Marcações de serviço, -receção de reclamações e pagamentos

presença 2

-Adaptação à mudança

-Criatividade

/ inovação

-Resolução de problemas

-Gestão do

tempo

-orientação para o cliente

2 Atendimento telefónico

-Marcações de serviço, receção de reclamações e execução de contactos de CRM

Telefone E autoline 2

3 Acompanha

r viaturas

-proteção de viaturas, -Codificação dos trabalhos executados. -Explicação de faturas e fornecimento de estimativas e orçamentos.

Viatura automóvel

Programa autoline

1

4 Efetuar

faturação

-Fecho de Ordens de Reparação; -Elaboração das faturas de acordo com as OR’s e os trabalhos efetuados; -Renovações do Serviço de Mobilidade. -Efetuar depósitos bancários. -Contabilizar os documentos de caixa.

Programa autoline

E

documentos

1

Obs: O grau de complexidade varia entre 1- pouco complexo,2- moderadamente complexo e 3- muito complexo.

13. Condições de trabalho

13.1. Responsável por equipamentos/máquinas: não se aplica

13.2.Condicionantes físicos/sociais: não se aplica

14. Funções extra-organograma (grupos de trabalho, comissões, etc..)

Não tem

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

111

Função: Gestor de Marketing/informação/ Família funções: líder equipa

01. UNIDADE FUNCIONAL: Sistemas de Informação, Comunicação e Logística

Centro de Custo: Sistemas de Informação, Comunicação e Logística

02. Posto de Trabalho:

Coordenador dos Sistemas de Informação, Comunicação e Logística / Gestor de Marketing

Nome do Titular: XXXX

03. Posto de Trabalho do Superior Directo: Administrador 04. Posto de Trabalho do Superior Imediato: Administrador 05. Substituto do Titular na sua ausência: XXXX

Titular substitui: ----

06. Dependência Funcional: Administração 07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

Internos: Administração; Direcção de Marketing Direcção Financeira….. Externos: Importador; Fornecedores; Clientes.

08. Posição no organograma

09. Missão da função

Implementar e explorar as estratégias de marketing, analisar as alterações e oportunidade de mercado,

prever e responder a problemas, procurar resolução de problemas, coordenar e analisar sistemas de

informação, comunicação e logística

10. Qualificações mínimas exigidas 10.1. Habilitações literárias: Licenciatura em Engenharia Informática e Marketing e Publicidade

10.2. Experiência profissional: Mínimo 1 ano em funções similares

10.3. Competências técnicas/conhecimentos específicos: sólidos conhecimentos de software e hardware

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Direção comercial

(Vw e frotas)

Direção

pós-vendas

Direção administrativo/

financeiro

Direção Marketing/ logística e Informação

Gestor de marketing, logística e informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

112

11. Responsabilidades da função

1. Coordenar os sistemas comunicação fixa; móvel e de dados da empresa,

2. Ser o interlocutor entre a empresa e o fornecedor dos serviços de comunicação e Importador.

3. Analisar sistematicamente os fluxos de comunicação e interligação dos vários sistemas.

4. Coordenar a compra de novos equipamentos, de comunicação e informação,

5. Coordenar os sistemas informáticos prevenindo a infeção dos sistemas causados por vírus e assegurando a existência de salvaguardas.

6. Assegurar o funcionamento do programa CRM - Gestão de Relação com clientes.

7. Elaborar, executar e acompanhar o plano de marketing anual

8. Implementar e assegurar a manutenção do Portal do grupo e sites das marcas 9. Divulgar informação interna e externa relativa à implementação das ações.

12. Tarefas Principais

N.º Tarefas

(o que faz?)

Objetivos

(para que faz?)

Recursos

(com o quê?)

Grau de complexidade de execução

Competências-especificas

1 Atualizar Redes

sociais

Assegurar o correto funcionamento do site

do grupo computador 1

-Liderança

-Coordenação/ supervisão

-Tomada de

decisão

-Gestão do tempo

-Resolução de

problemas

2 Analise de comunicação de

dados Verificar os logs diários

Programas informáticos

2

3 Verificação do CCRM

Coordenar o call center computador 2

4 Reencaminhar reclamações

Resolução/tratamento de reclamações

Programa autoline e

documentos 1

5 Verificar backups dos servidores

Assegurar a cópia dos dados informáticos de

todos os computadores

Base de dados e discos rígidos

2

6 Analisar contatos

Verificar os contactos vencidos

Programa autoline

1

7 Planear ações de marketing

Desenvolver o plano de ações marketing do

grupo

Computador e documentos

3

Obs: o grau de complexidade varia entre 1 -pouco complexo, 2 -moderadamente complexo e 3 -muito complexo

13.Condições de trabalho 13.1 Responsável por máquinas/equipamentos: equipamentos tecnológicos e digitais

13.2 Condicionantes físicos/sociais: não se aplica

14. Funções extra-organograma (grupos de trabalho, comissões, etc..)

1. Participação no Conselho da Qualidade.

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

113

Função: Técnico de TIC/ Família funções: pós-venda 01. Unidade Funcional: Sistemas de informação, Comunicação e Logística

Centro de Custo: Sistemas de Informação, Comunicação e Logística

02. Posto de Trabalho: Auxiliar de Sistemas de informação, Comunicação, logística,

Nome do Titular: XXXX

03. Posto de Trabalho do Superior Directo: Coordenador dos Sistemas de Informação, Comunicação, Logística

04. Posto de Trabalho do Superior Imediato: Administrador

05. Substituto do Titular na sua ausência: Coordenador de Sistema de informação, Comunicação e logística/ gestor marketing/ CCRM

Titular substitui: Coordenador de sistemas de Informação, Comunicação e logística

06. Dependência Funcional: Administração

07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função: INTERNOS: Administração, Direção de Marketing, Direção financeira, Contabilidade, Direção qualidade, Direção Após-venda; Oficina; peças; direção comercial EXTERNOS: Importador; fornecedores; clientes

08. Posição no organograma organizacional

09 – Missão da função

Colaborar na definição de estratégias de marketing, operacionalizar as politicas de gestão de marketing e

clientes e participar na elaboração de estudos de mercado permitindo o ajustamento permanente da atividade

da empresa às necessidades e satisfação dos clientes.

10. Qualificações mínimas exigidas

10.1 Habilitações literárias: 12.º ano de escolaridade

10.2. Experiência profissional: Mínimo 1 ano em funções similares.

10.3. Competências técnicas/ conhecimentos específicos: Conhecimentos de informática, marketing e

publicidade; conhecimentos de software e hardware, conhecimentos avançados em redes sociais

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(AUDI)

Direção comercial

(VW e frotas)

Direção

pós-vendas

Direção administrativo

/financeiro

Direção Marketing/ logística e Informação

Gestor de marketing, logística e informação

Técnico de marketing

Coordenador de

Call center

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

114

11. Responsabilidades da função

1. Coordenar a compra de novos equipamentos, de comunicação e informação, nomeadamente

hardware e software adaptado às necessidades da empresa e às evoluções, assim como fazer o seu

inventário

2. Gerir os sites do Grupo e Marca

3. Apoiar o CSICL na definição de quem são os utilizadores dos sistemas, os seus níveis de acesso e

respetivas password’s.

4. Apoiar o CSICL na prevenção a infeção dos sistemas causados por vírus

5. Apoiar o CSICL na verificação e eliminação de erros nos softwares de empresa

6. Gerir projetos centrais de contactos-segmentação

7. Atualizar as bases de dados de CCRM

8. Divulgar informação interna e externa relativa à implementação das ações marketing

9. Verificar e atualizar a publicidade ATL e BTL

10. Criar conteúdos digitais e adaptar os existentes

12. Tarefas principais da função

N.º Tarefas

(o que faz?) Objetivo

(para que se faz?) Recursos

(com o quê?)

Grau de complexidade de execução

Competências-chave

1 Verificar a rede social do grupo

Assegurar o correto funcionamento da rede

Redes sociais 1 -Orientação

para o cliente

-Adaptação à mudança

-Criatividade/

inovação

-Gestão do tempo

-Resolução de

problemas

2 Analisar

duplicados CRM Limpeza de clientes

duplicados CRM Computador 1

3 Verificar listas de

clientes Garantir a conformidade

da lista de clientes Base de dados 1

4 Criar conteúdos

digitais

Uso de instrumentos digitais nas campanhas

de marketing Computador 2

Obs. O grau de complexidade varia entre 1 - pouco complexo, 2 -moderadamente complexo e 3- muito complexo

13.Condições de trabalho 13.1. Responsável por máquinas/materiais: não se aplica

13.2 condicionantes físicos/sociais: não se aplica

14. Funções extra-organograma (grupos de trabalho, comissões, etc..) Não tem.

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

115

Função: Gestor Financeiro/administrativo/ Família funções: Líder de equipa 01. Unidade Funcional: Administração

Centro de Custo: Gestão Administrativa e Financeira

02. Posto de Trabalho: Diretor Financeiro Gestor de Financiamentos e Serviços

Nome do Titular: XXXX

03. Posto de Trabalho do Superior Directo: Administrador

04. Posto de Trabalho do Superior Imediato: Presidente do Conselho Executivo

05. Substituto do Titular na sua ausência: Presidente do Conselho Executivo

Titular substitui: ---------

06. Dependência Funcional: Administração 07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

INTERNOS : Todos os Departamentos EXTERNOS : Clientes, Instituições de Crédito,, Seguradoras, Outros.

08. Posição no organograma

09. Missão da função

Orientar e assegurar o cumprimento de objetivos dos departamentos contabilidade, financeiros e

administrativo, desenvolvendo normas internas, processos e procedimentos de finanças.

10. Qualificações requeridas para a Função:

10.1. Habilitações literárias: Licenciatura em Economia ou Gestão de Empresas

10.2 Experiência mínima: Mínimo 5 anos em funções similares

10.3 –Competências técnicas/Conh. Específicos: Conhecimento dos produtos financeiros e procedimentos

bancários.

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Direção comercial

(vw e soluções de frotas)

Direção

pós-vendas

Direção administrativo/

financeiro

Direção Marketing/ logística e Informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

116

11. Responsabilidades principais da função

1. Supervisionar a Contabilidade, a Tesouraria e o Controlo de Gestão.

2. Analisar, planear e controlar os orçamentos identificando e promovendo a correção dos desvios.

3. Participar na tomada de decisão de financiamento e investimento.

4. Controlar o fluxo financeiro do fundo de maneio, minimizando os encargos financeiros sem prejudicar o

desempenho operacional da empresa.

5. Controlar o crédito concedido e o ciclo de cobrança.

6. Definir os meios de orientação e monitorização da equipa (procedimento, reunião, formação, etc.).

7. Acompanhar os resultados obtidos (controlo, indicadores e objetivos, eficácia das ações de melhoria, etc).

8. Assegurar o cumprimento dos objetivos de Financiamentos e Serviços

9. Desenvolver material de suporte para as equipas comerciais (tais como simuladores, financiamentos,

garantias, etc).

12 Tarefas Principais:

Nº Tarefas

(o que faz?) Objetivos

(porque faz?) Recursos

(como faz?)

grau de complexidade de execução

competências-chave

1 Gestão de risco

financeiro corrigir e prevenir

desvios Pc,

relatórios 1 tomada

decisão

liderança

Supervisão/ coordenação

Resolução de

problemas

Organização e planeamento

2 administrar custos controlar créditos e

cobranças 1

3 Monitorizar equipas orientar e motivar recursos humanos

2

4 supervisionar a seção

contabilidade, tesouraria e secretaria comercial

assegurar o cumprimento de

objetivos 2

5 relacionar com financiadores

captar recursos financeiros

6 planeamento estratégico modelar/ajustar as ações do negócio

Obs: o grau de complexidade de execução varia entre 1-pouco complexo, 2-moderadamente complexo e 3- muito complexo

13. Condições de trabalho

13.1. Responsável por equipamentos ou máquinas: não aplicável

13.2. Condicionantes físicas/mentais: não aplicável

14. Funções extra-organograma (grupos de trabalho, comissões, etc..) Participação no Conselho da Qualidade

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

117

Função: Controller financeiro/Família funções: administrativos 01. Unidade Funcional:

Serviços Administrativos e Financeiros

Centro de Custo:

Serviços Administrativos e Financeiros

02. Posto de Trabalho:

Controller da área comercial

Nome do Titular:

XXXX

03. Posto de Trabalho do Superior Directo:

Director Financeiro

04. Posto de Trabalho do Superior Imediato:

Presidente do Conselho Executivo

05. Substituto do Titular na sua ausência:

Contabilidade

Titular substitui:

Contabilidade

06. Dependência Funcional:

Director Financeiro

07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

INTERNOS : Todos os Departamentos

EXTERNOS : Importador, Fornecedores, Clientes, outros

08. Posição no organograma

09. Missão da função Coordenar as atividades financeiras da empresa por meio de relatórios financeiros, mapas de controlo de gestão e da situação do fluxo de caixa.

10. Qualificações mínimas exigidas 10.1. Habilitações literárias: Licenciatura em contabilidade (preferencial)

10.2. Experiência profissional Mínimo 5 anos em funções similares

10.3. Competências técnicas/conhecimentos Específicos: bons conhecimentos de Informática na ótica

do utilizador e conhecimentos de software Primavera

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Direção comercial

(VW e soluções de frotas)

Direção

pós-vendas

Direção

administrativo/

financeiro

Tesouraria ContabilidadeControlo

financeiroControlo de campanhas

Secretariado comercial

Provedoria de clientes

Direção Marketing/ logística e Informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

118

11. Responsabilidades da função

1. Reconciliação bancária e intra-empresas.

2. Controlar e contabilizar a documentação interna e externa.

3. Arquivar geral da contabilidade.

4. Controlar diariamente a rotina informática, automática e manual.

5. Atendimento telefónico, dos assuntos relacionados com o desempenho da função.

6. Classificar e contabilizar documentos contabilísticos.

7. Analisar extratos bancários.

8. Elaborar mapas de controlo de stock e gestão.

9. Identificar oportunidades de melhorias (AP´s e Ac´s).

10. Cumprir das normas internas de funcionamento, bem como todas as normas de saúde, higiene e

segurança no trabalho e da qualidade.

12.Tarefas principais da função

N.º Tarefas

(o que faz) Objetivo

(para que faz?) Recursos

(Com o quê?)

Grau de Complexidade de execução

Competências chave

1 Tratamento de

correio eletrónico

-Receção de emails -Análise de correspondência

Triagem de informação computador 1

Organização/ planeamento

Gestão do tempo

Resolução de problemas

Orientação

para resultados

Adaptação à mudança

2 Impressão de documentos dos portais

-análise de faturas das marcas audi, seat e vw bank

Documentos e autoline

1

3 Controlo e

lançamento de faturas

-Verificação de faturas lançadas

-Verificação de faturas por lançar

-Liquidação de faturas entre empresas emac e BL motor

-análise de erros de faturação

Documentos e autoline

1

4

Lançamentos de

pagamentos marcas

-Verificação de contas a receber

-Verificação de contas a pagar -Analise de erros de

pagamentos

Programa autoline

1

5 Encerramento de processos

de vendas

Análise dos pagamentos de CRM

-Fecho de processos de vendas no autoline

Programa autoline

1

Obs: o grau de complexidade varia entre 1- pouco complexo, 2- moderadamente complexo e 3-muito complexo

13. Condições de trabalho

13.1-Responsável por máquinas/ferramentas: dinheiro de caixa

13.2 condicionantes físicos/sociais: não se aplica

14. Funções extra-organograma (grupos de trabalho, comissões, etc..)

Não tem

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

119

Função: Contabilidade/ Família funções: administrativos 01. UNIDADE FUNCIONAL:

Serviços Administrativos

Centro de Custo: Serviços Administrativos

02. Posto de Trabalho: Técnico Oficial de Contas Adjunto

Nome do Titular: XXXX

03. Posto de Trabalho do Superior Directo: Director Financeiro 04. Posto de Trabalho do Superior Imediato: Presidente do Conselho Executivo 05. Substituto do Titular na sua ausência: TOC Externo

Titular substitui: XXXXXX

06. Dependência Funcional: Direcção Administrativa e Financeira 07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

INTERNOS : Todos os Departamentos EXTERNOS : Importador, Fornecedores, Clientes, outros

08. Posição no organograma

09. Missão da função

Desempenhar tarefas contabilísticas e administrativas inerentes ao correto funcionamento da empresa,

nomeadamente nos domínios do planeamento, organização, execução e controlo de acordo com a legislação

aplicável.

10. Qualificações requeridas para a Função: 10.1. Habilitações literárias: Formação na área da contabilidade.

10.2. Experiência profissional: Mínimo 3 anos em funções similares.

10.3. Competências técnicas/conhec. Específicos: bons conhecimentos de Informática, Capacidade de

liderança e de relações interpessoais.

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Direção comercial

(vw e soluções de frotas)

Direção

pós-vendas

Direção administrativo/

financeiro

Tesouraria Contabilidade Controlo financeiro

Controlo de campanhas

Secretariado comercial

provedoria de clientes

Direção Marketing/ logística e Informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

120

11. Responsabilidades da função

1. Controlar e contabilizar a documentação interna e externa.

2.Classificar documentos contabilísticos e sua contabilização.

3.Análisar extratos bancários e outros.

4.Elaborar mapas de controlo de Gestão e Stock.

5.Assegugar obrigações Fiscais (IVA / IRS / IRC)

6. Elaborar e assegurar a manutenção do Plano Oficial de Contas e seu reajustamento

7. Controlar diariamente a rotina informática, automática e manual.

12. Tarefas Principais:

N.º Tarefa

(o que faz?)

Objetivos

(para quê?)

Recursos

(com o que?)

Grau de complexidade de execução

Competências- chave

1 Criar Plano oficial

de contas

Controlo periódico da situação económico-financeira empresa

Programa autoline

e primavera 2

Organização e planeamento

Orientação para

resultados

Gestão do tempo

Resolução de problemas

Adaptação à

mudança

2 Registo de

obrigações fiscais Controlo e cumprimento de

deveres fiscais. Programa financeiro

2

3

Contabilizar Organizar, classificar, contabilizar e lançar

documentos contabilísticos

Programa primavera

1

4 Criar mapas de

gestão

Controlo de tesouraria, controlo cobranças e

controlo bancário

Programa autoline e primavera

1

5 Gestão

documental

apoio a auditoria interna e externa Programa

primavera

2

Obs: o grau de complexidade de execução varia entre 1-pouco complexo, 2-moderadamente complexo e 3- muito complexo

13. Condições de trabalho 13.1. Responsável por ferramentas ou materiais: não aplicável

13.2. Condicionantes físicas/mentais: não aplicável

14. Funções extra-organograma (grupos de trabalho, comissões, etc..)

Não Tem

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

121

Função: Tesouraria/ Família funções: administrativos 01. Unidade Funcional: Serviços Administrativos e Financeiros

Centro de Custo: Serviços Administrativos e Financeiros

02. Posto de Trabalho: Tesouraria e Controlo de Cobranças

Nome do Titular: XXXXXX

03. Posto de Trabalho do Superior Directo: Director Financeiro 04. Posto de Trabalho do Superior Imediato: Presidente do Conselho Executivo 05. Substituto do Titular na sua ausência: contabilidade

Titular substitui: contabilidade

06. Dependência Funcional: Direção financeira 07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

INTERNOS : Todos os Departamentos EXTERNOS : Importador, Fornecedores, Clientes, outros

08 Posição no organograma

09. Missão da função

Prever e gerir a curto e a longo prazo as necessidades de fundos e excedentes de tesouraria, através do

processamento de pagamentos, cobranças, fluxo de caixas e gestão de contas

10. Qualificações mínimas requeridas: 10.1- Habilitações literárias- Licenciatura em contabilidade ou recursos humanos (preferencial).

10.2- Experiência profissional -Mínimo 3 anos em funções similares.

10.3-Competências técnicas/conhecimentos específicos -Conhecimentos de produtos financeiros e gestão

bancária, bons conhecimentos de Informática, conhecimentos de Legislação do Trabalho.

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Direção geral

(Vw e soluções de frotas)

Direção

pós-vendas

Direção administrativo/

financeiro

TesourariaContabilidade

Controlo financeiro

Controlo de campanhas

Secretariado comercial

Provedoria de clientes

Direção Marketing/ logística e Informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

122

11. Responsabilidades da função

1. Controlar e movimentar créditos, contas de caixa, contas a receber e a pagar.

2. Arquivar contabilidade.

3. Atender por telefone todos os assuntos relacionados com o desempenho da função.

4. Controlar a totalidade dos valores de garantias concedidos pelos Fabricantes bem como a respetiva

cobrança.

5. Controlar o valor dos apoios comerciais e bónus das Marcas bem como a respetiva cobrança.

6. Identificar oportunidades de melhorias (AP´s e Ac´s).

7. Efetuar a gestão administrativa de recursos humanos

12. Tarefas Principais

N. Tarefa

(o que faz?)

Objetivos

(para que faz?)

Recursos

(com o quê?)

Complexidade de execução

Competência especificas

1 Gerir tesouraria

Registo de entrada e saída de caixa, créditos ,cobranças, recibos e

pagamentos

Programa autoline

2

Organização planeamento

Orientação

para resultados

Gestão do

tempo

Resolução de prolemas

Adaptação à

mudança

2 Atendimento

telefónico Receção de contactos

exteriores telefone 1

3 Gestão salarial Gerir e administrar

salários Programa primavera

1

4 Gestão de

recompensas e benefícios

Registo de benefícios/prémios por

colaborador

Programa primavera

1

5 Gestão

indicadores rh

Controlo de absentismo, pontualidade, férias,

medicina de trabalho, etc.

Programa primavera

2

Obs: o grau de complexidade de execução varia entre 1-pouco complexo, 2-moderadamente complexo e 3- muito complexo

13. Condições de trabalho 13.1 Responsabilidade por materiais/ferramentas: dinheiro de caixa

13.2 Condicionamentos físicos: Não se aplica

14. Funções extra-organograma (grupos de trabalho, comissões, etc..)

Não tem

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

123

Função: Provedoria de clientes/ Família funções: administrativos 01. Unidade Funcional: Qualidade

Centro de Custo: Qualidade

02. Posto de Trabalho: Provedoria do Clientes / Coordenadora de Pedidos

Nome do Títular: XXXX

03. Posto de Trabalho do Superior Directo: Gestor APV 04. Posto de Trabalho do Superior Imediato: Administrador 05. Substituto do Titular na sua ausência: Coordenadora de Campanhas

Titular substitui: Coordenadora de Campanhas / Gestor de Oficina

06. Dependência Funcional: Administração 07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

Internos: Todos os departamentos Externos: Clientes, SIVA, outros…

08. Posição no organograma

09. Missão da função

Representar e defender os direitos dos clientes do grupo de modo imparcial, isento, independente e

confidencialmente, monitorizar os compromissos assumidos pelo Grupo, promover o debate interno sobre os

as expectativas dos clientes e solucionar situações complexas e de cariz estrutural que não tenham sido

previamente solucionadas pelos canais tradicionais de atendimento.

10. Qualificações mínimas exigidas 10.1. Habilitações literárias: 12º ano de escolaridade

10.2. Experiência profissional: 1 ano de experiência em funções similares (preferencial).

10.3. Competências técnicas/ conhecimentos específicos: Conhecimentos de informática na ótica do

utilizador

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Direção comercial

(vw e soluções de frotas)

Direção

pós-vendas

Direção administrativo/

financeiro

Tesouraria Contabilidade Controlo financeiro

Controlo de campanhas

secretariado comercial

Provedoria de clientes

Direção

Marketing/ logística e Informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

124

11. Responsabilidades da função

1. Efetuar acompanhamento telefónico aos Clientes APV e VN, averiguando a sua satisfação, inteirando-

se de eventuais queixas/reclamações, de modo a solucioná-las com a maior brevidade possível.

2. Tratar estatisticamente os resultados do acompanhamento telefónico

3. Agendar datas para encontros entre os clientes e a área técnica, em casos de reclamação difíceis.

4. Representar os Clientes na Concessão

5. Contactar, por escrito, os Clientes incontactáveis telefonicamente (após as várias tentativas do gestor

de clientes) ou que não compareceram à marcação efetuada anteriormente, afim de os avisar, que após

a receção da nossa carta, têm mais 8 dias para comparecer nas nossas instalações

6. Tratar estatisticamente Pedidos, Reclamações e programas de Controlo de Qualidade 02, 03 e 04.

7. Executar os contactos de CRM atribuídos e que visam a boa gestão (pró-activa) de uma determinada

carteira de clientes.

8. Coordenar as agendas de CRM do Gestor de Oficina e Gestor de Clientes

Tarefas Principais

N.º Tarefas (que faz?)

Objetivos (para que faz?)

Recursos (com o quê?)

Grau de complexidade de execução

Competências-chave

1 Comunicação follow-up

acompanhamento telefónico aos clientes APV e VN

telefone 1 -Organização/ planeamento -Resolução de problemas -Orientação para resultados -Gestão do tempo Adaptação à mudança

2 Avaliar a satisfação das vendas

averiguar a satisfação do cliente

inquéritos 1

3 Atendimento telefónico

Coordenar pedidos, Reclamações e Feedback.

telefone 1

4 Efetuar ações-chamada

Analisar viaturas homologadas

Programa autoline

2

5 Tratamento de reclamações

Resolução de reclamações evitando reincidências

Programa autoline

1

OBS: O GRAU DE COMPLEXIDADE VARIA ENTRE 1- POUCO COMPLEXO, 2- MODERADAMENTE COMPLEXO E 3 -MUITO COMPLEXO

13.Condições de trabalho

13.1-Responsável por máquinas/equipamentos: Não se aplica

13.2.Condicionamentos físicos/sociais: não se aplica

14. Funções extra-organograma (grupos de trabalho, comissões, etc..)

------------

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

125

Função: Secretaria comercial/ Família funções: administrativos 01. Unidade Funcional: Departamento Comercial

Centro de Custo: Comercial

02. Posto de Trabalho: Secretária Comercial

Nome do Titular: XXXX

03. Posto de Trabalho do Superior Directo: Chefe de Vendas 04. Posto de Trabalho do Superior Imediato: Administrador 05. Substituto do Títular na sua ausência: Outra Secretária Comercial / Vendedor

Titular substitui: Outra Sec. Comercial

06. Dependência Funcional: Direcção Comercial

07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função: INTERNOS: Administração; Chefe de Vendas; Equipa Comercial; Gestor Oficina; Gestor Peças, Gestora de Marketing; Gestor da Qualidade, Responsável Financeiro, Outros. EXTERNOS: SIVA, Clientes, Fornecedores, outras Concessões.

08. Posição no organograma

09. Missão da função Executar tarefas administrativas e de secretariado relacionado com a venda de produtos e/ou serviços

comerciais, de acordo com procedimentos preestabelecidos, tendo em vista a satisfação dos clientes.

10. Qualificações mínimas exigidas 10.1- Habilitações literárias: 12º Ano de escolaridade (Preferencial)

10.2- Experiência profissional: Mínimo de 1 ano em funções similares.

10.3- Competências técnicas/conhecimentos específicos: conhecimentos de Informática na óptica do

utilizador.

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Direção geral

(vw e soluções de frotas)

Direção

pós-vendas

Direção

administrativo/

financeiro

Tesouraria Contabilidade Controlo financeiro

Controlo de campanhas

Secretariado comercial

Provedoria de clientes

Direção Marketing/ logística e Inforção

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

126

11. Responsabilidades da função

1) garantir um atendimento telefónico eficiente e prestar os necessários esclarecimentos aos clientes.

2) assegurar os procedimentos administrativos e logísticos necessários à concretização da venda.

3) assegurar a manutenção do arquivo dos processos de venda.

4) requisitar seguros de viaturas de serviço.

5) elaborar e emitir ordens de preparação, orçamentos e faturação comercial

6) emitir inquérito dos vendedores após entrega da VN.

7) elaborar os preçários para os stand’s e propostas para clientes solicitadas pelos Vendedores / Chefe de

Vendas.

8)elaborar o mapa de Controlos Qualidade 01, mapa de comissões dos Vendedores, mapa de planeamento,

mapa de carteira de encomendas, mapas de viaturas novas em stock e mapas de retomas.

9) acompanhar a disponibilidade de stock das encomendas e assegurar a reserva de viaturas.

10) agendar e acompanhar o planeamento dos ensaios dinâmicos.

11) operacionaliza a introdução de dados no Info-Cliente.

12. Tarefas principais

Obs: o grau de complexidade varia entre 1- pouco complexo, 2- moderadamente complexo e 3- muito complexo

N.º Tarefas

(o que faz?)

Objetivos (para que faz?)

Recursos (com o quê?)

Grau de complexidade de execução

Competências- especificas

1 Gerir mapas e

stock

-Atualização do stock -Gerir e criar mapas de cobranças

de tesouraria comercial -Elaboração de mapas de

comissões e mapa de carteira de encomendas

Programa autoline e

documentos

1

-Organização/

Planeamento

Adaptação à mudança

-Resolução de

problemas

-Orientação para os

resultados

-Gestão do tempo

2 Controlo financeiro

-Pedidos de apoio à SIVA -faturação e controlo de custos

-Abertura de clientes -Apoiar e assistir no

financiamento externo -Apoio e controlo de operações de

crédito e retoma

Base de dados no computador

1

3 Gerir

encomendas -Receção, controlo e logística de

encomendas Base de dados 2

4 Gerir

processos

-Gestão de processos via-verde/ scuts

-Preparar e ordenar todo o processo entrega de viaturas

-Tratamento e arquivo de processos de finalização de

contratos

Fichas de clientes

arquivos

2

5 Atendimento

telefónico -Prestar informação e esclarecer

dúvidas aos clientes Telefone 1

13. Condições de trabalho

13.1 Responsável por máquinas/equipamentos: carteira de clientes

13.2 Condicionantes físicas/sociais: não se aplica

14. Funções extra-organograma (grupos de trabalho, comissões, etc..)

Não tem.

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

127

Função: Controlo de compras/ Família funções: administrativos

01. UNIDADE FUNCIONAL: Serviços Administrativos e Financeiros

Centro de Custo: Serviços Administrativos e Financeiros

02. Posto de Trabalho: Controller de Compras/campanhas

Nome do Titular: XXXXX

03. Posto de Trabalho do Superior Directo: Director Financeiro 04. Posto de Trabalho do Superior Imediato: Presidente do Conselho Executivo 05. Substituto do Titular na sua ausência: Contabilidade

Titular substitui: -- -- --

06. Dependência Funcional: Direcção Administrativa e Financeira 07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

INTERNOS : Todos os Departamentos EXTERNOS : Importador, Fornecedores, Clientes, outros

08. Posição no organograma

09. Missão da função

Deve acompanhar os pedidos de compras, controlar os processos de compras e prestar apoio à secretaria

comercial

10. Qualificações mínimas exigidas 10.1- Habilitações literárias: Formação na área da contabilidade (preferencial).

10.2- Experiência profissional: Mínimo 3 anos em funções similares.

10.3- Competências técnicas/ conhecimentos específicos: bons conhecimentos de Informática na ótica do

utilizador

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Direção comercial

(vw e soluções de frotas)

Direção

pós-vendas

Direção administrativo/

financeiro

Tesouraria ContabilidadeControlo

financeiroControlo de campanhas

Secretariado comercial

Provedoria de clientes

Direção Marketing/ logística e Informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

128

11. Responsabilidades da função

1. Controlar e distribuir o correio diário.

2. Controlar as compras.

3. Executar o arquivo geral da contabilidade.

4. Atendimento telefónico, dos assuntos relacionados com o desempenho da função.

5. Identificar oportunidades de melhorias (AP´s e Ac´s).

6. Cumprir com as normas internas de funcionamento, bem como todas as normas de saúde, higiene e

segurança no trabalho e da qualidade.

12. Tarefas principais da função

N.º

Tarefa (o que faz?)

Objetivos (para que faz?)

Recursos (com o quê?)

Grau de complexidade de execução

Competência-chave

1 Verificação de

processos

-Pedido de matriculas automóvel -verificação da conformidade dos

processos compras

Programa autoline

2

-Organização/ planeamento

-Gestão do tempo

-Orientação para

resultados

-Resolução de problemas

Adaptação à mudança

2 Contactar com

vendedores

-Receção de processos de vendas, - Faturação de veículos

-envio de processos de vendas

Telefone e email

2

3 Contactar com

financeira -Aprovar contactos

- receber pagamentos Telefone e

email 1

4 Gestão de

stock Verificação de stock de faturas

Programa autoline

1

5 Arquivar Gestão de arquivo dos processos

de venda documentos 1

6 Faturação de

veículos

-Criação do processo de viatura na

base de dados -Preparação da viatura para faturar

-envio de viatura para a oficina

Viatura automóvel e documentos

2

7 Controlo de

compras -Verificação/controlo das faturas

lançadas das 4 marcas

Programa autoline

2

Obs. O grau de complexidade varia entre 1- pouco complexo, 2- moderadamente complexo e 3- muito complexo

13. Condições de trabalho 13.1 Responsável por máquinas/materiais: não se aplica

13.2 Condicionantes físicos/sociais: não se aplica

14. Funções extra-organograma (grupos de trabalho, comissões, etc..)

Não tem

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

129

Função: Gestor de qualidade/ Família funções: Líder de equipas 01. Unidade Funcional:

Qualidade

Centro de Custo:

Qualidade

02. Posto de Trabalho:

Gestor da Qualidade

Nome do Títular:

XXXXX 03. Posto de Trabalho do Superior Directo:

Administrador

04. Posto de Trabalho do Superior Imediato:

Administrador 05. Substituto do Títular na sua ausência:

Gestor APV

Titular substitui:

Gestor APV

06. Dependência Funcional:

Administração 07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

Internos: Administração; Direcção Após-Venda; Oficina; Peças; Direcção Comercial;

Externos: SIVA; Fornecedores; Clientes; Outros

08. Posição no organograma organizacional

09. Missão da função

Verificar os procedimentos, instruções de trabalho e impressos antes da sua sujeição a aprovação, participar

na abordagem do processo e sistémica da gestão da organização como forma de atingir a melhoria contínua,

identificando os problemas críticos e soluciona-los evitando a reincidência

10. Qualificações mínimas exigidas

10.1-Habilitações literárias: 12º ano de escolaridade ou licenciatura em eng. Qualidade

10.2-Experiência profissional: Mínimo de 1 ano em funções similares

10.3-Competências técnicas/conhecimentos específicos: conhecimentos informáticos na ótica do

utilizador, conhecimentos de implementação de Sistemas de Garantia da Qualidade, Formação na área da

Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho, e defesa ambiental

Conselho Administração

gestor

de

qualidade

Direção

comercial

Direção

Pós - venda

Direção administrativa/

financeira

Direção

informação/ logística e marketing

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

130

11. Responsabilidades da função Assegurar que é estabelecido, implementado e mantido um Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com

a norma NP EN ISO 9001;

Colaborar na definição da Política e Objetivos da Qualidade;

Acompanhar os objetivos relativos à Qualidade a médio e longo prazo, em função da Política da Qualidade,

participar na tomada de ações corretivas

Analisar as causas e solucionar as não conformidades próprias ao Sistema de Gestão da Qualidade;

Gerir a documentação do sistema de Gestão da Qualidade (elaboração/revisão),

Representar interna e externamente grupo para os aspetos ligados ao Sistema de Gestão da Qualidade;

Coordenar a tomada de ações corretivas e preventivas e verificar o seu seguimento.

Colaborar com os responsáveis dos vários setores da Empresa em todos os assuntos relacionados com a

Qualidade

Promover e dinamizar ações de melhoria.

Responsável pela elaboração e respectivo follow-up dos planos de melhoria dos inquéritos telefónicos

(Qmetrics e interno), CQ 01, 02, 03 e 04, carro fantasma, e viagens de experiência

12.Tarefas principais

Obs: o grau de complexidade varia entre 1- pouco complexo, 2- moderadamente complexo e 3-muito complexo

N.º Tarefas

(O que faz?)

Objetivos

(para que faz?)

Recursos

(com o quê?)

Grau de complexidade de execução

Competências-chave

1 Coordenar e

gerir formação

-Assegurar a execução da

formação interna na empresa

Base de

dados,

documentos

1

Liderança

Coordenação/

supervisão

Tomada de

decisão

Resolução de

problemas

Organização/

planeamento

2 Controlar a qualidade

-Auditar internamente processos pós-venda;

-Auditar internamente as funções

-Verificação de serviços de HSST nas instalações -Verificar e analisar os

requisitos de equipamentos automóvel

Normas de procedimentos

Documentos,

Programa

interno

3

3

Promover

melhoria

continua

-Identificar e solucionar

problemas de forma a não

reincidirem

-Sugerir melhorias

-Analisar resultados

Relatórios 2

4

Gestão

documental da

qualidade

-Atualizar documentação no

sistema de qualidade interno

Programa e

documentos 3

13.Condições de trabalho

13.1Responsável por máquinas/equipamentos: não se aplica

13.2Condicionantes físicos/sociais: não se aplica

14. Funções extra-organograma (grupos de trabalho, comissões, etc..)

Participação no Conselho da Qualidade

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

131

Função: Vendedor/ Família funções: vendas

01. Unidade Funcional:

departamento comercial

Centro de Custo:

comercial

02. Posto de Trabalho:

Vendedor Nome do Titular:

XXXXX

03. Posto de Trabalho do Superior Directo:

Chefe de Vendas

04. Posto de Trabalho do Superior Imediato:

Administrador 05. Substituto do Titular na sua ausência:

Outro Vendedor

Titular substitui:

outro vendedor

06. Dependência Funcional:

Direcção Comercial

07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função: INTERNOS: Chefe de Vendas, Secretaria Comercial, Chefe de Oficina, Responsável de Marketing, Responsável da Qualidade. Responsável Finance, outros EXTERNOS: Clientes, Comerciantes de usados, Outros.

08. Posição no organograma

09. Missão da função Explorar todo o potencial do seu mercado e sempre que possível desenvolvê-lo, assegurando todos os

contactos com os clientes desde a venda do automóvel até à venda de acessórios e fomentar uma relação

proveitosa e duradoira com os clientes de forma a promover a sua fidelização assegurando a boa imagem

da marca e do concessionário na região onde opera.

10. Qualificações mínimas exigidas:

10.1-Habilitações literárias: 9º Ano ou 12.º ano de Escolaridade

10.2-Experiência profissional: um ano em função Similar.

10.3-Competencias técnicas/ Conhecimentos específicos: Técnicas de venda, bons conhecimentos de

informática na ótica do utilizador.

Conselho

Administrativo

Direção comercial

Audi)

Responsável de vendas

(Audi)

Equipa comercial

Responsável de vendas

(Seat)

Direção comercial

(vw e soluções de frotas)

Responsável de vendas

(VW)

Responsável de vendas

(usados e solução de frotas)

Direção

pós-vendas

Direção administrativo

/financeiro

Direção Marketing/ logística e Informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

132

11. Responsabilidades da função 1) fazer a prospeção de novos clientes através da marcação de reuniões a empresas e de visitas a clientes.

2) acompanhar e satisfazer as necessidades dos clientes em carteira de acordo com os procedimentos de

vendas;

3) desenvolver as operações logísticas necessárias ao correto funcionamento do stand, assegurando a

manutenção e conservação do equipamento promocional

4) alertar o Chefe de Vendas e chefe de oficina para eventuais anomalias no stand que estejam fora do

senso comum das diretrizes da Marca ou da Legislação vigente

5) cumprir integralmente as escalas de serviço bem como participar nas ações de exterior definidas pela

chefia.

6) colocação de eventuais retomas em conformidade com o procedimento da Organização

12. Tarefas diárias

N.º Tarefa

(o que faz?)

Objetivos

(Para que faz?)

Recursos

(como quê?)

Grau de complexidade

Competências específicas

1 Contactar clientes

-Projeção de clientes -Fidelização de clientes

-Análise de satisfação de atendimento

Telefone, email, presença

2

Persuasão/

negociação

Orientação

para o

Cliente

Organização/

Planeamento

-Resolução de

problemas

-Gestão do tempo

2

Receção/

controlo de

viaturas

-Receção da viatura -Registo fotográfico da

viatura Análise de conformidade

da viatura -Registo no autoline

-entrega de viatura ao

cliente

Máquina fotográfica e programa autoline

1

3 Atendimento ao público

-Prestar informações e esclarecimento de dúvidas

aos clientes -fidelização e prospeção

de clientes

documentação 1

4 Elaboração de

propostas

-Criação de proposta -Apresentação da proposta

-assinatura de acordo

Programa autoline

Normas SIVA

1

5 Gestão

documental

-Registar no autoline os processos de venda

-atualizar a base de dados programa autoline 2

6 Controlo do

stand

-Assegurar que as viaturas do stand estão em

conformidade com as normas

Normas de procedimento

1

7 Eventos (extra)

-Prestar apoio na preparação do evento

-assegurar a deslocação de veículos.

Viaturas automóvel

1

OBS:o grau de complexidade varia entre 1- pouco complexo, 2- moderadamente complexo e 3- muito complexo

13. Condições de trabalho

13.1 Responsável por máquinas/equipamentos: carteira de clientes

13.2 condicionamentos físicos: não se aplica

14. Funções extra-organograma (grupos de trabalho, comissões, etc..)

Não Tem

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

133

Função: Chefe de vendas/ Família funções: vendas 01. Unidade Funcional: Comercial

Centro de Custo: Comercial

02. Posto de Trabalho:

Chefe de Vendas

Nome do Titular:

XXXXX

03. Posto de Trabalho do Superior Directo:

Administrador

04. Posto de Trabalho do Superior Imediato:

Administrador

05. Substituto do Titular na sua ausência:

Administrador

Titular substitui:

Qualquer Vendedor / Gestor de Marketing

06. Dependência Funcional:

Administração

07. Contactos Internos e Externos requeridos para a Função:

Internos: Administração; Equipa Comercial; Secretaria Comercial; Direcção Após-Venda; Gestor de

Oficina; Gestor de Peças; Gestor de Marketing, Gestor da Qualidade, Responsável Finance., etc.

Externos: SIVA; Fornecedores; Financeiras; Clientes; etc.

08. Posição no organograma

09. Missão da função

Liderar, motivar, gerir e desenvolver os vendedores, definindo objetivos, distribuindo tarefas e agindo

como interface de comunicação com as restantes áreas da empresa para cumprir os seus objetivos.

10.Qualificações mínimas da função:

10.1-Habilitações literárias: 12.º ano de escolaridade

10.2- Experiência profissional: Mínimo de 5 anos de experiência na área comercial.

10.3- Competências técnicas/ Conhecimentos específicos: bons conhecimentos de informática na

ótica do utilizador, conhecimentos do mercado automóvel, conhecimentos técnicos de automóveis

Conselho

Administrativo

Direção comercial

(Audi)

Responsável de vendas

(Audi)

Responsável de vendas

(Seat)

Direção comercial

(vw e soluções de frotas)

Responsável de vendas

(VW)

Responsável de vendas

(usados e solução de frotas)

Direção

pós-vendas

Direção administrativo/

financeiro

Direção Marketing/ logística e Informação

Apêndice VIII- Novos descritivos de funções

134

11. Principais responsabilidades da função

1) planear atividades de ações comerciais, planos de ação Comercial e ciclos de fidelização.

2) recolher, sistematizar e analisar a informação sobre o mercado, concorrência e potenciais clientes

3) apoiar na elaboração dos objetivos do concessionário, garantindo o cumprimento dos objetivos VW Bank.

4)controlar os prazos de recebimento da faturação de viaturas novas e usadas

5) analisar todos os indicadores internos e externos sobre qualidade e satisfação do cliente na área comercial:

6) gerir os recursos humanos do sector de vendas da equipa de vendas, SGI e SAV,

7) assegurar a manutenção, limpeza, exposição e animação do stand e em conformidade com as regras da

Marca.

8) colaborar com o setor pós-Venda na resolução de problemas relacionados com reclamações de clientes.

9) manter contactos com o departamento de formação do Importador (SIVA) por forma a que haja uma boa

coordenação de todas as atividades de formação

10) analisando os desvios entre objetivos realizados e objetivos definidos, apresentando soluções.

12. Tarefas principais da função

N.º Tarefas

(o que faz?)

Objetivos

(para que faz?)

Recursos

(com o quê?)

Grau de complexidade de execução

Competências -chave

1 Reunir com equipa de

vendas

-Acompanhar e controlar atividades -Controlar/ assegurar o cumprimento dos objetivos -Verificar os processos de vendas em curso e finalizados -Planear e organizar as atividades -Delegar tarefas

documentação

normas de procedimento

1

Liderança

Organização/ planeamento

Coordenação/ supervisão

Resolução de problemas

Tomada de decisão

2 Gestão de stock e encomendas

-Assegurar a gestão eficaz do stock com o importador SIVA -Planear e controlar as encomendas da SIVA

Autoline

2

3 Gestão

operacional do negócio

-Pedir apoios/orçamentos para a gestão do setor comercial -Acompanhar /apoiar nos objetivos organizacionais e comerciais -assegurar/controlar a rentabilidade das vendas

Autoline

Normas de

procedimentos SIVA

2

Colaborar com

o chefe de oficina

-Assegurar a conformidade das viaturas -acompanhar a entrega das viaturas

documentação 1

5 Gestão do

concessionário

-Assegurar o correto funcionamento do stand de acordo com as exigências da marca

Documentos e equipamentos 1

Obs: O grau de complexidade de execução varia entre 1- pouco complexo, 2 – moderadamente complexo, 3- muito

complexo

13. Condições de trabalho 13.1 Responsável por equipamentos/máquinas: Stand

13.2. condicionantes físicos/sociais: não se aplica

14. Funções extra-organograma (grupos de trabalho, comissões, etc..)

1. Participação no Conselho da Qualidade