a constituição do japão

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  • 8/14/2019 A Constituio do Japo

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    A CONSTITUIO DO JAPO

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    Crditos da Traduo

    Nome do tradutor: Osvaldo Johnson Takahara

    Origem dos textos na verso inglesa:

    - A Constituio do Japo: Dieta Nacional

    - A Lei da Nacionalidade: Ministrio da

    Justia do Japo

    Modo de traduo: Livre

    Ano da traduo: 2008

    03 de dezembro de 2009

    12:25

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    ndice

    1. A Constituio do Japo

    Prefcio ............................................................................................ 4~5

    CAPTULO I: Do Imperador ........................................................ 6~7CAPTULO II: Da Renncia Guerra ............................................ 8CAPTULO III: Dos Direitos e Deveres do Povo ........... 9~15CAPTULO IV: Da Dieta Nacional ........................................ 16~21CAPTULO V: Do Gabinete ................................................... 22~24CAPTULO VI: Do Judicirio ................................................. 25~25CAPTULO VII: Da Fazenda .................................................... 27~28

    CAPTULO VIII: Do Governo Autnomo Local ....................... 29CAPTULO IX: Das Emendas .......................................................... 30CAPTULO X: Da Lei Suprema ....................................................... 31CAPTULO XI: Das Disposies Complementares ..... 32~33

    2. A Lei da Nacionalidade

    Questes sobre a Cidadania Japonesa ........................... 36~37A Lei da Nacionalidade ......................................................... 38~47

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    A Constituio do Japo

    Data da Promulgao: 3 de novembro de 1946.

    Data da Vigncia: 3 de maio de 1947.

    Prefcio

    Ns, o povo do Japo, agindo atravs dos nossos representantes

    devidamente eleitos pela Dieta Nacional, determinamos que vamos

    garantir para ns mesmos, e nossa posteridade, os frutos da

    cooperao pacfica com todos os povos e as bnos da liberdade

    por todo este Pas, e que resolvemos que nunca mais ns seremos

    visitados pelos horrores da guerra atravs da ao do Governo,

    proclamamos que o Poder Soberano reside no povo e firmementeestabelecemos esta Constituio.

    O governo uma instituio fidedigna sagrada do povo, cuja a

    autoridade derivada do povo, e os poderes que so exercidos pelos

    representantes do povo, e os benefcios de que goza o povo. Este

    um princpio universal humanitrio sobre o qual se assenta esta

    Constituio.

    Rejeitamos e revogamos todas as constituies, leis, decretos, eportarias que estejam em conflito com esta Constituio.

    Ns, o povo do Japo, desejamos a paz por todo o tempo e

    estamos profundamente conscientes dos elevados ideais em manter

    as relaes humanas e determinamos a preservao da nossa

    segurana e existncia, confiando na justia e f dos povos em paz e

    amor ao mundo.

    Desejamos ocupar um lugar honrado numa sociedadeinternacional lutando pela preservao da paz, bem como o

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    banimento da tirania e da escravatura, da opresso e da intolerncia,

    de uma vez por toda, da Terra.

    Ns reconhecemos que todos os povos do mundo tm o direito

    de viver em paz, livres do medo e da perseguio. Ns acreditamos

    que nenhuma nao responsvel por si s, mas que as leis demoralidade poltica so universais; e que a obedincia a tais leis

    incumbncia a todas as naes, que sustentariam sua prpria

    soberania e justificariam sua soberana relao com outras naes.

    Ns, o povo do Japo, solenemente, prometemos com nossa

    honra nacional, realizar estes elevados ideais e propsitos com todos

    os nossos recursos.

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    CAPTULO I:

    DO IMPERADOR

    Artigo 1:

    O Imperador o smbolo do Estado e da unidade do povo,derivando de sua posio a vontade do povo em quem reside opoder soberano.

    Artigo 2:O Trono Imperial ser dinstico e sucedido em conformidade

    com a Lei da Casa Imperial aprovada pela Dieta Nacional.

    Artigo 3:

    O Gabinete , portanto, responsvel sobre o conselho e aaprovao do Imperador em assuntos de Estado.

    Artigo 4:

    O Imperador apenas poder desempenhar tais atos emassuntos de Estado como esto previstos nesta Constituio e Eleno deve ter competncias relacionadas com o governo. 2) OImperador poder delegar a execuo dos seus atos em assuntosde Estado que sejam previstos por lei.

    Artigo 5:

    Quando, em conformidade com a Lei da Casa Imperial, umaRegncia for estabelecida, o Regente deve executar seus atos emassuntos de Estado em nome do Imperador. Neste caso, um dosartigos do Artigo precedente ser aplicvel.

    Artigo 6:O Imperador deve nomear o Primeiro-Ministro, como tambm

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    ser designado pelo Imperador, a nomeao do Juiz-Chefe da CorteSuprema, tal como designado pelo Gabinete.

    Artigo 7:

    O Imperador deve, com o conselho e aprovao do Gabinete,executar os seguintes atos em assuntos de Estado em nome dopovo:

    (1) Promulgao de emendas da Constituio, leis, ordens deGabinete e de tratados.

    (2) Convocao da Dieta Nacional.

    (3) Dissoluo da Casa dos Representantes.(4) Proclamao da eleio geral de membros da Dieta Nacional.(5) Comprovao da nomeao e demisso dos ministros de

    Estado e de outros funcionrios, como previsto por lei, edelegar todos os poderes e credenciais a embaixadores eministros.

    (6) Atestao Geral e anistia especial, comutao de pena,

    prorrogao, e a restaurao de direitos.(7) Concesso de honras.(8) Comprovao da ratificao dos instrumentos diplomticos e

    de outros documentos, como previsto por lei.(9) Receber embaixadores e ministros estrangeiros.(10) O desempenho de funes cerimoniais.

    Artigo 8:Nenhuma propriedade pode ser doada Casa Imperial ou

    recebida pela Casa Imperial; nem pode qualquer oferenda ser feita,portanto, sem a autorizao da Dieta Nacional.

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    CAPTULO II:

    DA RENNCIA GUERRA

    Artigo 9:

    Sinceramente aspirantes a uma paz internacional baseada najustia e na ordem, o povo do Japo renuncia para sempre a guerracomo um direito soberano da Nao e a ameaa ou uso da foracomo meio de resoluo dos litgios internacionais. 2) A fim deconcretizar o objetivo do pargrafo precedente, as foras terrestres,martimas e areas, bem como qualquer outro potencial de guerra,nunca sero mantidos. O direito de beligerncia do Estado no serreconhecido.

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    CAPTULO III:

    DOS DIREITOS E DEVERES DO POVO

    Artigo 10:As condies necessrias para ser um cidado japons devem

    ser determinadas por lei.

    Artigo 11:

    O povo no deve ser impedido de gozar de qualquer dos

    direitos humanos fundamentais. Estes direitos humanosfundamentais garantidos ao povo, por esta Constituio, seroconferidos ao povo desta e das futuras geraes como direitoseternos e inviolveis.

    Artigo 12:

    As liberdades e os direitos garantidos ao povo, por estaConstituio, devem ser mantidos atravs do esforo constante dopovo, que deve se refrear de qualquer abuso desses direitos eliberdades e ser sempre responsvel em utiliz-los pelo o bem-estar pblico.

    Artigo 13:

    Todas as pessoas devem ser respeitadas como indivduos. Seu

    direito vida, liberdade, e a busca da felicidade devem, medidaem que no interfiram com o bem-estar pblico, ser de supremaconsiderao na legislao e em outros assuntos governamentais.

    Artigo 14:

    Todas as pessoas so iguais perante a lei e no dever haverqualquer discriminao por razes polticas, econmicas ou sociais,

    por causa de etnia, credo, sexo, posio social ou origem familiar. 2)Nobres e nobreza no devem ser reconhecidos. 3) Nenhum

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    privilgio deve acompanhar qualquer prmio de honra,condecorao ou qualquer distino, nem tal atribuio deve servlida alm da vida do indivduo que a detm agora ou doravantevenha receb-la.

    Artigo 15:

    Toda pessoa tem o direito inalienvel de escolher os seusfuncionrios pblicos e de demiti-los. 2) Todos os funcionriospblicos so servidores de toda a comunidade e no de um gruponico qualquer. 3) Votao universal adulta garantida no que dizrespeito eleio de funcionrios pblicos. 4) Em todas as eleies,o sigilo do voto no deve ser violado. Um eleitor no deve serresponsabilizado, pblica ou privadamente, pela escolha que tenhafeito.

    Artigo 16:

    Toda pessoa tem o direito petio pacfica pela a indenizaode danos, pela remoo de funcionrios pblicos, pelapromulgao, revogao ou alterao de leis, decretos eregulamentos ou de outros assuntos, no podendo qualquerpessoa, de forma alguma, ser discriminada por patrocinar talpetio.

    Artigo 17:

    Toda pessoa pode processar o Estado, ou uma entidadepblica, para ressarcimento, tal como previsto pela lei, caso eletenha sofrido danos causados por ato ilegal de qualquer servidorpblico.

    Artigo 18:

    Ningum deve ser mantido em qualquer espcie de

    escravido. A servido involuntria, exceto como punio por umcrime, proibida.

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    Artigo 19:

    As liberdades de pensamento e de conscincia no devem servioladas.

    Artigo 20:A liberdade religiosa garantida a todos. Nenhuma

    organizao religiosa deve receber qualquer privilgio do Estado,nem exercer qualquer autoridade poltica. 2) Ningum obrigado aparticipar em quaisquer atos religiosos, celebraes, ritos ouprticas. 3) O Estado e seus rgos devem abster-se de ensinoreligioso ou de qualquer outra atividade religiosa.

    Artigo 21:

    A liberdade de reunio e de associao, bem como discursos,imprensa e todas as outras formas de expresso so garantidas. 2)Nenhuma censura deve ser mantida, nem o segredo, de quaisquermeios de comunicao, deve ser violado.

    Artigo 22:

    Todas as pessoas devem ter a liberdade de escolher e demudar de residncia e de escolherem sua profisso, medida emque no interfiram com o bem-estar pblico. 2) A liberdade detodas as pessoas de se deslocarem para um pas estrangeiro e delevarem sua nacionalidade deve ser inviolvel.

    Artigo 23:

    A liberdade acadmica garantida.

    Artigo 24:

    O casamento deve ser baseado apenas no mtuoconsentimento de ambos os sexos e que deve ser mantido atravs

    da cooperao mtua com a igualdade dos direitos de esposo eesposa como uma base. 2) No que diz respeito escolha do

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    cnjuge, os direitos de propriedade, herana, a escolha dedomiclio, divrcio e outros assuntos relativos ao casamento e famlia, as leis devem ser aprovadas do ponto de vista do indivduoe da dignidade fundamental da igualdade dos sexos.

    Artigo 25:

    Todas as pessoas devem ter o direito de manter os padresmnimos de salubridade e de vida culta. 2) Em todas as esferas davida, o Estado deve usar seus esforos para a promoo eampliao do bem-estar social e segurana e da sade pblica.

    Artigo 26:Todas as pessoas devem ter o direito de receber uma educao

    igual correspondente sua capacidade, conforme previsto por lei. 2)Todas as pessoas so obrigadas a receber, todos, os meninos e asmeninas, sob a sua tutela, educao comum, tal como previsto porlei. Essa escolaridade obrigatria deve ser gratuita.

    Artigo 27:

    Todas as pessoas devem ter o direito e a obrigao detrabalhar. 2) Padres de salrios, horrios, horas de descanso e deoutras condies de trabalho sero estipulados por lei. 3) Ascrianas no devem ser exploradas.

    Artigo 28:

    Aos trabalhadores, o direito de organizar e de negociar e deagir coletivamente garantido.

    Artigo 29:

    O direito compra ou a deter propriedade inviolvel. 2)Direitos de propriedade devem ser definidos por lei, em

    conformidade com o bem-estar pblico. 3) A propriedade privadapode ser tomada para uso pblico mediante justa indenizao

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    correspondente.

    Artigo 30:

    As pessoas esto sujeitas tributao, conforme previso legal.

    Artigo 31:

    Ningum pode ser privado da vida ou da liberdade, nemqualquer outra sano penal deve ser imposta, exceto de acordocom o procedimento estabelecido por lei.

    Artigo 32:

    A ningum pode ser negado o direito de acesso s Cortes.

    Artigo 33:

    Ningum deve ser detido, salvo mediante mandado emitidopor um funcionrio judicirio competente, em que especifique aofensa pela qual a pessoa acusada, a menos que ela seja detidacometendo o delito.

    Artigo 34:Ningum deve ser preso ou detido sem ser, de uma s vez,

    informado das acusaes contra ele ou sem o imediato privilgio deter um advogado; nem ele deve ser detido sem motivo suficiente, equanto busca de qualquer pessoa, tal causa deve serimediatamente apresentada em audincia pblica sua presena e presena de seu advogado.

    Artigo 35:

    O direito de todas as pessoas de permanecerem seguras emsuas casas, documentos e efeitos contra as entradas, buscas eapreenses, no deve ser prejudicado; salvo mediante mandadoemitido por uma causa adequada e sobre tudo com a descrio do

    local a ser pesquisado e as coisas a serem apreendidas, ou exceo do previsto pelo Artigo 33. 2) Cada busca ou apreenso

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    ser feita atravs de mandados separados, emitidos por umfuncionrio judicirio competente.

    Artigo 36:

    A inflio de tortura por qualquer funcionrio pblico e depenas cruis so absolutamente proibidas.

    Artigo 37:

    Em todos os casos criminais, o arguido deve gozar do direito aum julgamento rpido e pblico por um tribunal imparcial. 2) A eleser permitida plena oportunidade de examinar todas astestemunhas, e ele tem o direito de processo compulsrio para aobteno de testemunhas em seu nome s custas pblicas. 3) Emtodas as vezes que o arguido tiver a assistncia de advogado quelhe compete, se o acusado for incapaz de pagar o mesmo pelosseus prprios esforos, ser-lhe- atribudo sua utilizao por partedo Estado.

    Artigo 38:

    Ningum obrigado a testemunhar contra si mesmo. 2) Umaconfisso feita sob coero, tortura ou ameaa, aps prolongadapriso ou deteno, no deve ser admitida como elemento deprova. 3) Ningum ser condenado ou punido, nos casos em que anica prova contra ele seja a sua prpria confisso.

    Artigo 39:

    Ningum deve ser considerado penalmente responsvel porum ato que era legal na hora em que foi cometido, ou de que elehavia sido absolvido, nem deve ele ser posto em duplaincriminao.

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    Artigo 40:

    Qualquer pessoa pode, caso ele seja absolvido depois que eletenha sido preso ou detido, pedir ao Estado por uma indenizao,tal como previsto pela lei.

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    CAPTULO IV:

    DA DIETA NACIONAL

    Artigo 41:A Dieta Nacional o rgo mais elevado de Poder do Estado, e

    ser o nico rgo feitor de leis do Estado.

    Artigo 42:

    A Dieta Nacional ser composta de duas Casas, a saber: a Casa

    dos Representantes e da Casa dos Conselheiros.Artigo 43:

    As duas Casas devem ser constitudas por membros eleitos,representantes do povo. 2) O nmero de membros de cada Casadeve ser estipulado por lei.

    Artigo 44:

    A qualificao dos membros de ambas as Casas e dos seuseleitores sero estipulados por lei. No entanto, no dever haverqualquer discriminao em razo da etnia, credo, sexo, posiosocial, origem familiar, educao, bens ou rendimentos.

    Artigo 45:

    A durao do mandato dos membros da Casa dosRepresentantes de quatro anos. No entanto, o prazo serencerrado antes do prazo integral no caso da Casa dosRepresentantes ser dissolvida.

    Artigo 46:

    A durao do mandato dos membros da Casa dos

    Conselheiros ser de seis anos, e a eleio da metade dos membrosdeve ocorrer de trs em trs anos.

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    Artigo 47:

    Distritos eleitorais, mtodos de votao, bem como outrasquestes relativas aos mtodos de eleio dos membros das duasCasas sero estipulados por lei.

    Artigo 48:

    Nenhuma pessoa est autorizada a ser um membro de ambasas Casas em simultneo.

    Artigo 49:

    Os membros das duas Casas devem receber adequadopagamento anual do Tesouro Nacional em conformidade com a lei.

    Artigo 50:

    Salvo em casos previstos por lei, os membros das duas Casasdevem ser isentos de priso, enquanto a Dieta Nacional estiver em

    sesso, e se qualquer membro for preso, antes da abertura dasesso, ser libertado durante o prazo da sesso mediante pedidoda Casa.

    Artigo 51:

    Os membros das duas Casas no devem ser responsabilizadosfora da Cmara de discursos, por debates ou votos emitidos no

    interior da Casa.

    Artigo 52:

    Uma sesso ordinria da Dieta Nacional deve ser convocadauma vez por ano.

    Artigo 53:

    O Gabinete pode determinar a convocar sessesextraordinrias da Dieta Nacional. Quando um quarto ou mais do

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    total dos membros da Casa que fizer a exigncia, o Gabinetedeterminar essa convocatria.

    Artigo 54:

    Quando a Casa dos Representantes dissolvida, deve haveruma eleio geral dos membros da Casa dos Representantes dentrode quarenta (40) dias a contar da data de dissoluo, e a DietaNacional deve ser convocada no prazo de trinta (30) dias a contarda data da eleio. 2) Quando a Casa dos Representantes dissolvida, a Casa dos Conselheiros fechada ao mesmo tempo. Noentanto, o Gabinete pode, em qualquer situao de emergncianacional, convocar a Casa dos Conselheiros, em sesso deemergncia. 3) As medidas tomadas em tais situaes comomencionado na ressalva do pargrafo anterior so provisrias etornar-se-o nulas e sem efeito a menos que acordado pela Casados Representantes, no prazo de dez (10) dias, aps a abertura daprxima sesso da Dieta Nacional.

    Artigo 55:

    Cada Casa deve julgar os litgios relacionados qualificao deseus membros. No entanto, a fim de negar uma cadeira a qualquermembro, necessrio aprovar uma resoluo por uma maioria dedois teros, ou mais, dos membros presentes.

    Artigo 56:

    Negcios no podem ser transacionados em qualquer uma dasCasas, a menos que um tero ou mais do total de membros estejapresente. 2) Todos os assuntos sero decididos, em cada Casa, pormaioria dos presentes, exceto como noutros lugares previstos naConstituio e, em caso de empate, o oficial presidente deve decidira questo.

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    Artigo 57:

    A deliberao em cada Casa deve ser pblica. No entanto, umareunio secreta pode ser realizada, quando uma maioria de doisteros, ou mais, dos membros presentes aprova uma resoluodessa situao. 2) Cada Casa deve manter um registro dosprocedimentos. Este registro ser publicado e feita circulao geral,exceto as partes dos procedimentos da sesso secreta que possamser consideradas para exigir tal sigilo. 3) Mediante exigncia de umquinto, ou mais, dos membros presentes, os votos dos membrossobre qualquer assunto devem ser registrados em ata.

    Artigo 58:

    Cada Casa deve escolher o seu prprio presidente e outrosfuncionrios. 2) Cada Casa deve estabelecer regras relativas s suasreunies, procedimentos internos e de disciplina, e pode punir osmembros de conduta desordenada. No entanto, a fim de expulsarum membro, uma maioria de dois teros, ou mais, dos membros

    presentes deve aprovar uma resoluo a esse respeito.

    Artigo 59:

    Uma lei torna-se uma lei aps a passagem pelas duas Casas,salvo se previsto pela Constituio. 2) Um projeto de lei, que aprovado pela Casa dos Representantes, e mediante o qual a Casados Conselheiros toma uma deciso diferente da da Casa dos

    Representantes, torna-se uma lei se for aprovada uma segunda vezpela Casa dos Representantes, por maioria de dois teros, ou mais,dos membros presentes. 3) A proviso do pargrafo precedente noimpede a Casa de Representantes da convocao para a reunio deuma comisso conjunta das duas Casas, previstas pela lei. 4) O fatoda Casa dos Conselheiros de tomar medidas definitivas dentro desessenta (60) dias aps a recepo de uma lei aprovada pela Casa

    dos Representantes, excludo o perodo de recesso, pode serdeterminado pela Casa dos Representantes, a fim de constituir uma

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    rejeio da referida lei pela Casa dos Conselheiros.

    Artigo 60:

    O oramento deve primeiro ser apresentado Casa dosRepresentantes. 2) Aps a apreciao do oramento, quando a Casados Conselheiros torna uma deciso diferente da da Casa dosRepresentantes, e quando no possvel concluir um acordo atmesmo atravs de uma comisso conjunta das duas Casas, previstapor lei, ou, no caso de incumprimento por parte da Casa dosConselheiros de tomar ao final no prazo de trinta (30) dias,excludo o perodo de recesso, aps a recepo do oramentoaprovada pela Casa dos Representantes, a deciso da Casa dosRepresentantes ser a deciso da Dieta Nacional.

    Artigo 61:

    O segundo pargrafo do Artigo anterior aplica-se tambm aprovao da Dieta Nacional exigida para a celebrao de tratados.

    Artigo 62:

    Cada Casa poder realizar investigaes em relao aogoverno, e pode exigir a presena e o depoimento de testemunhas,bem como a produo de registros.

    Artigo 63:

    O Primeiro-Ministro e outros ministros de Estado podem, aqualquer tempo, aparecer em qualquer uma das Casas, quer paraefeitos de falar em projetos, independentemente de serem ou nomembros da Casa. Eles devem aparecer quando a sua presena fornecessria a fim de dar respostas ou explicaes.

    Artigo 64:

    A Dieta Nacional deve criar uma Corte de Julgamento

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    (impeachment) dentre os membros das duas Casas, para efeitos de julgar os juzes contra os quais os procedimentos de remootenham sido institudos. 2) As questes relacionadas com ojulgamento (impeachment) devem ser previstas por lei.

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    CAPTULO V:

    DO GABINETE

    Artigo 65:O Poder Executivo deve ser investido no Gabinete.

    Artigo 66:

    O Gabinete composto de Primeiro-Ministro, que a suacabea, e de outros ministros de Estado, tal como previsto por lei. 2)

    O Primeiro-ministro e os outros ministros de Estado devem ser civis.3) O Gabinete deve, no exerccio do Poder Executivo, sercoletivamente responsvel para com a Dieta Nacional.

    Artigo 67:

    O Primeiro-Ministro deve ser designado dentre os membros daDieta Nacional por uma resoluo da Dieta Nacional. Esta

    designao deve preceder todos os outros negcios 2) No caso daCasa dos Representantes e da Casa dos Conselheiros discordarem ese nenhum acordo puder ser alcanado, mesmo atravs de umacomisso conjunta das duas Casas, prevista por lei, ou se a Casa dosConselheiros no conseguir realizar a designao no prazo de dez(10) dias, excludo o perodo de recesso, depois da Casa dosRepresentantes ter feito a designao, a deciso da Casa dos

    Representantes ser a deciso da Dieta Nacional.

    Artigo 68:

    O Primeiro-Ministro deve designar os ministros de Estado. Noentanto, a maioria do seu nmero deve ser escolhido dentre osmembros da Dieta Nacional. 2) O Primeiro-Ministro pode removeros ministros de Estado, como ele escolher.

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    Artigo 69:

    Se a Casa dos Representantes aprovar uma resoluo no-confidente, ou rejeitar uma resoluo confidente, o Gabinete deverenunciar en masse, a menos que a Casa dos Representantes sejadissolvida no prazo de dez (10) dias.

    Artigo 70:

    Quando h uma vaga no cargo de Primeiro-Ministro, ouaquando da primeira convocatria da Dieta Nacional, depois deuma eleio geral dos membros da Casa dos Representantes, oGabinete deve renunciar en masse.

    Artigo 71:

    Nos casos mencionados nos dois artigos anteriores, oGabinete deve continuar as suas funes at o momento em queum novo Primeiro-Ministro seja nomeado.

    Artigo 72:

    O Primeiro-Ministro, representando o Gabinete, submetefaturas, relatrios nacionais sobre assuntos gerais e relaesexternas Dieta Nacional e exerce o controle e superviso dosvrios ramos administrativos.

    Artigo 73:

    O Gabinete deve, para alm de outras funes administrativasgerais, exercer as seguintes funes:

    (1) Administrar a lei fielmente; conduo dos assuntos do Estado.

    (2) Gerir os assuntos externos.

    (3) Concluir tratados. No entanto, deve obter prvia, ou,

    dependendo das circunstncias, subsequente aprovao daDieta Nacional.

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    (4) Administrar o funcionalismo pblico, em conformidade comas normas estabelecidas por lei.

    (5) Preparar o oramento, e apresent-lo ao Gabinete para odespacho de ordens a fim de cumprir com as disposies dapresente Constituio e da lei. No entanto, ele no pode incluirdisposies penais em tais despachos de Gabinete, salvo seforem autorizados por essa lei.

    (6) Deliberar sobre anistia geral, anistia especial, a comutao depena, prorrogao, e a restaurao de direitos.

    Artigo 74:Todas as leis e despachos ministeriais devem ser assinados

    pelo competente ministro de Estado e rubricado pelo Primeiro-Ministro.

    Artigo 75:

    Os Ministros de Estado, no devem, durante o seu mandato de

    Gabinete ser objeto de uma ao judicial sem o consentimento doPrimeiro-Ministro. Desde que o direito de tomar essa ao no sejaprejudicado.

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    CAPTULO VI:

    DO JUDICIRIO

    Artigo 76:Todo o Poder Judicirio est investido na Suprema Corte e nas

    Cortes Inferiores, conforme estipulado por lei. 2) Nenhum tribunalextraordinrio deve ser estabelecido, nem deve, a qualquer rgoou agncia do Executivo, ser dado poder judicirio final. 3) Todos osjuzes so independentes no exerccio da sua conscincia, e devemser vinculados apenas presente Constituio e s leis.

    Artigo 77:

    A Suprema Corte investida de poder de criar regras sob asquais determina as regras de procedimentos e conduta, e dequestes relacionadas com advogados; a disciplina interna dostribunais e administrao da justia. 2) Procuradores pblicos

    sero sujeitos ao poder de deciso da Suprema Corte. 3) A SupremaCorte pode delegar o poder de criar normas de tribunais inferioresa esses mesmos tribunais.

    Artigo 78:

    Juzes no devem ser demitidos, exceto atravs de julgamento(impeachment) pblico, a no ser que seja declarado mental oufisicamente incompetente para desempenhar funes oficiais.

    Nenhuma ao disciplinria contra juzes deve ser administrada porqualquer rgo ou agncia do Executivo.

    Artigo 79:

    O Supremo Tribunal composto de um Juiz-Chefe e talnmero de juzes conforme determinado por lei; todos esses juzes,excetuando o Chefe dos juzes, sero nomeados pelo Conselho deMinistros. 2) A nomeao dos juzes do Supremo Tribunal serrevista pelo povo em geral primeira eleio dos membros da Casa

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    dos Representantes na sequncia da sua nomeao, e ser revistanovamente em geral primeira eleio dos membros da Casa dosRepresentantes aps um lapso de dez (10) anos, e da mesmamaneira depois.

    Artigo 80:

    Os juzes dos tribunais inferiores so nomeados pelo Conselhode Ministros a partir de uma lista de pessoas nomeadas pelaSuprema Corte. Todos esses juzes ocuparo o cargo por um prazode dez (10) anos com privilgio de renovao, desde que possamser aposentados no alcance da idade estipulado por lei. 2) Os juzesdos tribunais inferiores devem receber, a intervalos regulares fixos,uma compensao adequada que no deve ser diminuda durante adurao do mandato.

    Artigo 81:

    A Suprema Corte o tribunal de ltima instncia com poderespara determinar a constitucionalidade de qualquer lei, ordem,regulamento ou ato oficial.

    Artigo 82:

    Julgamentos devem ser conduzidos e declaradospublicamente. 2) Quando uma Corte determina por unanimidadesobre os riscos da publicidade para a ordem pblica ou moral, uma

    sesso pode ser realizada privadamente, mas julgamentos dedelitos polticos, envolvendo delitos de imprensa ou nos casos emque os direitos das pessoas, tal como garantida no Captulo III, dapresente Constituio, estiverem em questo devem ser sempreconduzidos publicamente.

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    CAPTULO VII:

    DA FAZENDA

    Artigo 83:O poder de administrar as finanas nacionais deve ser exercido

    como a Dieta Nacional determinar.

    Artigo 84:

    Nenhum novo imposto deve ser imposto nem modificado os

    existentes, exceto por lei ou sob tais condies conforme a leiprescrever.

    Artigo 85:

    Nenhum dinheiro deve ser gasto, nem deve o Estadocomprometer-se, salvo conforme autorizado pela Dieta Nacional.

    Artigo 86:O Gabinete deve preparar e submeter Dieta Nacional para

    sua considerao e deciso de um oramento de cada ano fiscal.

    Artigo 87:

    A fim de fornecer para imprevistos de deficincias nooramento, um fundo de reserva pode ser autorizado pela Dieta

    Nacional para ser gasto mediante a responsabilidade do Gabinete, oqual deve obter aprovao posterior da Dieta Nacional para todosos pagamentos do fundo de reserva.

    Artigo 88:

    Todos os bens da Casa Imperial devem pertencer ao Estado.Todas as despesas da Casa Imperial devem ser inclusas no

    oramento pela Dieta Nacional.

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    Artigo 89:

    Nenhum dinheiro pblico ou outros bens devem ser gastos ouapropriados para a utilizao, benefcio ou manuteno de qualquerinstituio religiosa ou associao, ou para qualquer instituiocaridosa, educativa ou benevolente que no estejam sob o controleda autoridade pblica.

    Artigo 90:

    O final das contas das despesas e receitas do Estado seroauditados anualmente por um Conselho de Auditoria e apresentado

    pela Dieta Nacional, juntamente com a declarao de auditoria,durante o ano fiscal imediatamente aps o perodo de vigncia. 2) Aorganizao e competncia do Conselho de Auditoria devem serdeterminado por lei.

    Artigo 91:

    A intervalos regulares e, pelo menos, anualmente, a Dieta

    Nacional divulga ao povo sobre o estado das finanas nacionais.

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    CAPTULO VIII:

    DO GOVERNO AUTNOMO LOCAL

    Artigo 92:Regulamentaes concernentes organizao e ao

    funcionamento das entidades pblicas locais devem ser estipuladospor lei em conformidade com o princpio da autonomia local.

    Artigo 93:

    As entidades pblicas locais devem estabelecer assembleias deacordo com seus rgos, em harmonia com a lei. 2) Os servidoreschefes-executivos de todas as entidades pblicas locais, osmembros das respectivas assembleias, bem como outrosfuncionrios locais que possam ser determinados por lei, so eleitospor voto popular direto no mbito das suas vrias comunidades.

    Artigo 94:

    Entidades pblicas locais devem ter o direito de gerir os seusbens, negcios e administrao e de promulgar seus prpriosregulamentos dentro da lei.

    Artigo 95:

    Uma lei especial, aplicvel apenas a uma entidade pblica

    local, no pode ser promulgada pela Dieta Nacional sem oconsentimento da maioria dos eleitores do local entidade pblicaem causa, obtidos em conformidade com a lei.

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    CAPTULO IX:

    DAS EMENDAS

    Artigo 96:As emendas presente Constituio devem ser iniciadas pela

    Dieta Nacional, atravs de concordantes votos de dois teros, oumais, da totalidade dos membros de cada Casa, e devem ento serapresentadas ao povo, para ratificao, que exigiro o votoafirmativo de uma maioria de todos os votos expressos deladecorrentes, num referendo especial ou eleio, tal como a DietaNacional deve especificar. 2) As emendas, quando assim foremratificadas, sero imediatamente promulgadas pelo Imperador, emnome do povo, como parte integrante da presente Constituio.

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    CAPTULO X:

    DA LEI SUPREMA

    Artigo 97:Os direitos humanos fundamentais garantidos pela presente

    Constituio para o povo do Japo so frutos da velha luta dohomem de ser livre, pois eles tm sobrevivido a muitos exigentestestes de durabilidade e so conferidos a esta e futuras geraesem confiana, a serem mantidos inviolveis por todos os os tempos.

    Artigo 98:

    Esta Constituio a lei suprema da Nao e nenhuma outralei, portaria, decreto imperial ou outro ato do governo, ora,contrrios s provises desta, devero ter fora jurdica ou validade.2) Os tratados firmados pelo Japo e leis estabelecidas das naesdevem ser fielmente observados.

    Artigo 99:

    O Imperador ou Regente, bem como os Ministros de Estado,os membros da Dieta Nacional, juzes, e todos os outrosfuncionrios pblicos tm a obrigao de respeitar e defender estaConstituio.

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    CAPTULO XI:

    DAS DISPOSIES COMPLEMENTARES

    Artigo 100:Esta Constituio dever ser exercida a partir do dia em que o

    perodo de seis meses tiver decorrido a contar da data da suapromulgao. 2) A promulgao de leis necessrias execuo dapresente Constituio, a eleio dos membros da Casa dosConselheiros e que o processo para a convocao da Dieta Nacionale de outros procedimentos preparatrios, necessrios para aexecuo da presente Constituio, podero ser executados antesda data prescrita no pargrafo anterior.

    Artigo 101:

    Se a Casa dos Conselheiros no for constituda antes da dataefetiva da presente Constituio, a Casa dos Representantes deve

    funcionar como a Dieta Nacional, at que a Casa dos Conselheirosseja constituda.

    Artigo 102:

    A durao do mandato da metade dos membros da Casa dosConselheiros, durante o primeiro termo, servindo ao abrigo destaConstituio, ser de trs anos. Os deputados abrangidos por esta

    categoria sero determinados em conformidade com a lei.

    Artigo 103:

    Os Ministros de Estado, os membros da Casa dosRepresentantes, e de juzes empossados data efetiva da presenteConstituio, e todos os outros funcionrios pblicos que ocupamcargos correspondentes a essas posies que so reconhecidos por

    esta Constituio, no sofrero consequncias, automaticamente,em funo de suas posies durante a execuo da presente

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    Constituio, salvo indicao em contrrio por lei. Quando, porm,sucessores forem eleitos ou designados ao abrigo das disposiesda presente Constituio, estes devem perder as suas posiescomo uma coisa natural.

    A Constituio do Japo, 3 de novembro de 1946.

    Regozijo-me que as bases, para a construo de um novoJapo, foram estabelecidas de acordo com a vontade do povo do

    Japo, e decido sancionar e promulgar as alteraes da ConstituioImperial japonesa efetuada na sequncia da consulta com oConselho Privado, bem como a deciso da Dieta Imperial feita emconformidade com o Artigo 73 da referida Constituio.

    Assinado:

    HIROHITO, selo do Imperador, Este terceiro dia do dcimoprimeiro ms do primeiro ano de vinte de Showa (3 de novembrode 1946).

    Rubricado:

    Primeiro-Ministro esimultaneamente, Ministro dasRelaes ExterioresYOSHIDA Shigeru,Ministro de EstadoBaro SHIDEHARA Kijuro,Ministro de Justia

    KIMURA Tokutaro,Ministro de Assuntos Internos

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    OMURA Seiichi,Ministro da EducaoTANAKA Kotaro,Ministro da Agricultura e Floresta

    WADA Hiroo,Ministro de EstadoSAITO Takao,Ministro das ComunicaesHITOTSUMATSU Sadayoshi,Ministro do Comrcio e IndstriaHOSHIJIMA Jiro,

    Ministro do Bem-EstarKAWAI Yoshinari,Ministro de EstadoUEHARA Etsujiro,Ministro dos TransportesHIRATSUKA Tsunejiro,Ministro das Finanas

    ISHIBASHI Tanzan,Ministro de EstadoKANAMORI Tokujiro,Ministro de EstadoZEN Keinosuke.

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    A LE I DA N ACION ALIDADE

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    Questes sobre a Cidadania Japonesa

    A cidadania est no centro de muitas das questes abordadasno Japo. uma rua de dois sentidos, porque, por exemplo, o pasde um dos pais pode reconhecer a dupla nacionalidade e o pas deoutro pode no faz-lo.

    Para obter informaes sobre a forma de como as crianasadquirem a cidadania e de reconhecimento da dupla cidadania paraos pases alm de Japo, deve-se estudar a lei de cada pasenvolvido.

    Duas formas comuns de reconhecimento de cidadania so jussanguinis(direito do sangue) e jus soli(direito do solo). Jussanguinis que significa que se os seus pais so cidados de umdeterminado pas, voc pode adquirir a cidadania. Jus soli significaque voc est a adquirir a cidadania por ter nascido no pas emquesto.

    At 1985, o Japo ignorava qualquer outra nacionalidade queum cidado japons tivesse. Por exemplo, o ex-presidente do Peru,Alberto Fujimori, que fugiu para o Japo em 2000 a fim de escaparda perseguio penal, no Peru, era um cidado de duplanacionalidade antes da nova lei. Ele nasceu em 1938, no entanto, eleno foi obrigado a escolher oficialmente a nacionalidade japonesa ea renunciar sua nacionalidade peruana.

    O Japo "supe" que ele, e todos aqueles que foram bi ouplurinacionais antes de 1985, optou por ser japons. A Lei deNacionalidade que qualquer pessoa nascida em 1985 ou depois,deva escolher a sua cidadania at o vigsimo segundo aniversrio.At ento, a dupla nacionalidade era livremente permitida. Depoisdisso, muitas pessoas tomaram uma posio de "no pergunte, no

    diga", que alegadamente pode trabalhar a no ser que voc tenteobter um emprego relacionado ao governo. Isso tambm pode

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    exigir do outro pas a cooperar com as duas coisas, como carimbaro passaporte quando voc entra em um outro pas da cidadania.Por exemplo, os Estados Unidos exigem que os cidados usem oseu passaporte americano para entrar no pas, mas os oficiais

    carimbam o passaporte japons, tambm. Observe que a ordem emque voc apresenta os seus passaportes pode influenciar, e casoapresente o passaporte japons primeiro, voc ser induzido adeixar suas impresses digitais (qualquer pessoa tem o direito de serecusar a faz-lo), mesmo que seja cidado daquele pas.

    Parece haver um visto especial para a categoria de

    descendentes de emigrantes japoneses (Nikkeijin) at a terceiragerao de pases como Brasil, Estados Unidos, Filipinas e China.

    Esta categoria permite a longo prazo residncia e emprego dequalquer tipo, ainda que no confira cidadania.

    Devido a vrios crimes cometidos por Nikkeijin, com aumentono ndice nos ltimos anos (dados de 2007), alguns polticos japoneses dizem que iro impor restries adicionais ou talvez

    verificaes de antecedentes criminais (dentro da jurisdio japonesa: pedir Atestado de Antecedentes Criminais do Brasil ilegal).

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    A Lei da Nacionalidade

    A lei da nacionalidade (Lei No. 147 de 1950, alterada pela LeiNo.268 de 1952, a Lei no.45 de 1984, a Lei no.89 de 1993 e Lei No.147 de 2004).

    Do Propsito desta Lei

    Artigo 1:

    As condies necessrias para ser um cidado japons serodeterminadas pelas disposies da presente lei.

    Da Aquisio de Nacionalidade por Nascimento

    Artigo 2:

    A criana deve, em qualquer um dos casos a seguir, serjaponesa:

    1. Quando, no momento de seu nascimento, o pai ou a

    me detiver a cidadania japonesa;2. Quando o pai (ou a me), que morreu antes donascimento da criana, era um cidado japons nomomento de sua morte;3. Quando ambos os pais so desconhecidos ouquando a criana seja aptrida e que tenha nascido noJapo.

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    Da Aquisio de Nacionalidade por Legitimao

    Artigo 3:

    Uma criana (excluindo a criana que j era uma vez japonesa)abaixo de vinte anos de idade que tenha adquirido a condio defilho legtimo por motivo de casamento de seu pai e da me e doseu reconhecimento, pode adquirir a nacionalidade japonesa,fazendo a notificao ao Ministro da Justia, se o pai ou a me quetenha efetuado o reconhecimento era, no momento do nascimentoda criana, um cidado japons, e tal pai ou me for presentementejapons ou era, no momento de sua morte (do genitor japons), umcidado japons.

    2. Uma criana que faa a notificao, de acordo com opargrafo precedente, dever adquirir a nacionalidade japonesa, nomomento da notificao.

    Da NaturalizaoArtigo 4:

    Uma pessoa que no seja um cidado japons (a seguirdesignado por "um estrangeiro") pode adquirir a nacionalidadejaponesa por naturalizao.

    2. A autorizao do Ministro da Justia deve ser obtida para anaturalizao.

    Artigo 5:

    O Ministro da Justia no deve permitir a naturalizao de umestrangeiro a menos que ele preencha todas as condies

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    Artigo 6:

    O Ministro da Justia pode permitir a naturalizao de umestrangeiro, mesmo que o estrangeiro no satisfaa as condies

    estabelecidas no item 1 do ltimo pargrafo primeiro do Artigoanterior, desde que o dito estrangeiro caia no mbito de qualquerum dos seguintes itens, e esteja, atualmente, domiciliado no Japo:

    1. Algum que tenha tido um domiclio ou residnciano Japo por trs anos consecutivos, ou mais, e queseja o filho de uma pessoa que era um cidado japons

    (excluindo a adoo de uma criana);2. Algum que tenha nascido no Japo e que tenha tidoum domiclio ou residncia no Japo por trs anosconsecutivos ou mais, ou cujo pai ou me (excluindopai e me por adoo) tenha nascido no Japo;3. Algum que tenha tido uma residncia no Japo pordez, ou mais, anos consecutivos.

    Artigo 7:

    O Ministro da Justia pode permitir a naturalizao de umestrangeiro que seja o cnjuge de um cidado japons, apesar doestrangeiro no cumprir com as condies estabelecidas nos itens 1e 2 do pargrafo primeiro do Artigo 5, se o referido estrangeiro teve

    um domiclio ou residncia no Japo por trs anos consecutivos, oumais, e est, atualmente, domiciliado no Japo. A mesma regra aplicvel no caso em que um estrangeiro que seja o cnjuge de umcidado japons, ter sido casado com o cidado japons por trsanos ou mais e teve um domiclio no Japo por um ano consecutivoou mais.

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    Artigo 8:

    O Ministro da Justia pode permitir a naturalizao de umestrangeiro, mesmo que o estrangeiro no cumpra com as

    condies estabelecidas nos itens 1, 2 e 4 do pargrafo primeiro doquinto Artigo, desde que o estrangeiro se inclua no mbito dequalquer um dos seguintes itens:

    1. Aquela que seja uma criana (excluindo a crianaadotada) de um cidado japons e tenha um domicliono Japo;

    2. Aquela que seja uma criana adotada por um cidadojapons e que tenha tido domiclio no Japo por umano consecutivo, ou mais, e era um menor de acordocom a legislao do seu pas natal, no momento daadoo;3. Aquele que tenha perdido a nacionalidade japonesa(exceto aquele que tenha perdido a nacionalidade

    japonesa aps a naturalizao do Japo) e tenha umdomiclio no Japo;4. Aquela que tenha nascido no Japo e no tevequalquer nacionalidade desde o momento donascimento, e teve um domiclio no Japo por trs anosconsecutivos, ou mais, desde ento.

    Artigo 9:

    No que diz respeito a um estrangeiro que tenha especialmenteprestado servio meritrio ao Japo, o Ministro da Justia pode, noobstante da proviso do Artigo quinto, pargrafo primeiro, permitira naturalizao do estrangeiro, com a aprovao da Dieta Nacional.

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    Artigo 10:

    O Ministro da Justia pode, por ocasio da naturalizao, fazeruma comunicao nesse sentido por anncio pblico no Dirio

    Oficial.2. A naturalizao deve entrar em vigor a partir da data da

    publicao do anncio, ao abrigo do pargrafo anterior.

    Da Perda da Nacionalidade

    Artigo 11:

    Um cidado japons pode perder nacionalidade japonesa,quando ele ou ela adquire uma nacionalidade estrangeira por suaprpria escolha.

    2. Um cidado japons tendo uma nacionalidade estrangeirapode perder a nacionalidade japonesa, se ele ou ela escolher anacionalidade estrangeira, de acordo com as leis do pas estrangeiroem questo.

    Artigo 12:

    Um cidado japons que tenha nascido em um pasestrangeiro e tenha adquirido a nacionalidade estrangeira pornascimento pode perder a nacionalidade japonesa, retroativamente,a partir da data de nascimento, a menos que o cidado japonsindique claramente a sua vontade de reservar a nacionalidadejaponesa, de acordo com as disposies das Normas do Registro deFamlia (Lei No. 224 de 1947).

    Artigo 13:

    Um cidado japons tendo uma nacionalidade estrangeirapodem renunciar nacionalidade japonesa, tornando notificao ao

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    Ministro da Justia.2. A pessoa que fez a notificao de acordo com o pargrafo

    anterior pode perder nacionalidade japonesa no momento danotificao.

    Da Escolha de Nacionalidade

    Artigo 14:

    Um cidado japons tendo uma nacionalidade estrangeiradeve escolher uma das duas nacionalidades antes de ele ou elaatingir vinte e dois anos de idade, se ele ou ela tenha adquiridoambas nacionalidades e antes do dia em que ele ou ela atinja vinteanos de idade ou, no prazo de dois anos aps o dia em que ele ouela adquiriu a segunda nacionalidade, se ele ou ela adquiriu essanacionalidade depois do dia em que ele ou ela atingiu aos vinteanos de idade.

    2. A escolha da nacionalidade japonesa pode ser feita por selivrar da nacionalidade estrangeira ou pela declarao prevista pelasNormas de Registro de Famlia, na qual ele ou ela jurando que eleou ela escolhe para ser um cidado japons, e que ele ou elarenuncie a nacionalidade estrangeira (a seguir denominada"Declarao de escolha").

    Artigo 15:

    O Ministro da Justia pode, por escrito, exigir a um cidadojapons tendo uma nacionalidade estrangeira, que tenha falhado nocumprimento do prazo indicado no pargrafo primeiro do ltimoArtigo precedente, que escolha uma das nacionalidades que ele ouela possui.

    2. O anncio previsto no pargrafo anterior poder ser feitopor meio de anncio no Dirio Oficial, no caso em que a pessoa queest a receber o aviso esteja desaparecida ou em quaisquer outras

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    circunstncias em que seja impossvel enviar a nota para a pessoaem causa. Neste caso, o anncio deve ser considerado comoentregue pessoa em causa no dia seguinte ao dia em que oanncio for publicado no Dirio Oficial.

    3. A pessoa a quem o anncio tenha sido enviado, de acordocom os ltimos dois pargrafos, deve perder a nacionalidadejaponesa ao trmino do perodo de um ms aps o dia em que eleou ela receba o aviso, a no ser que ele ou ela escolha anacionalidade japonesa dentro deste prazo. Isto no se aplica, noentanto, ao caso da pessoa em causa no ser capaz de escolher anacionalidade japonesa dentro desse prazo, devido a uma

    calamidade natural ou de qualquer outra causa no imputvel a eleou ela e ele ou ela tenha feito essa escolha no prazo de duassemanas depois em que ele ou ela tornou-se capaz de o fazer.

    Artigo 16:

    Um cidado japons que tenha feito a declarao de escolha

    deve esforar-se por si mesmo para desistir da nacionalidadeestrangeira.

    2. No caso em que um cidado japons que tenha feito adeclarao de escolha, mas ainda possui uma nacionalidadeestrangeira, voluntariamente, tenha tornado funcionrio pblico nopas estrangeiro (exceto em um ofcio em que uma pessoa que notenha a nacionalidade desse pas seja capaz de tom-la), o Ministro

    da Justia pode declarar que ele ou ela perca a nacionalidadejaponesa, se o Ministro considerar que assumir tais cargos pblicosseria substancialmente contradizer a sua escolha de nacionalidadejaponesa.

    3. A audincia relativa a declarao nos termos do ltimopargrafo anterior sero conduzidos publicamente.

    4. A declarao prevista no pargrafo 2 deste Artigo deve ser

    feita por anncio pblico no Dirio Oficial.5. A pessoa contra quem a declarao foi feita, ao abrigo do

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    pargrafo 2 deste Artigo, deve perder a nacionalidade japonesa nodia da publicao do anncio, nos termos do ltimo pargrafoanterior.

    Da Reaquisio de Nacionalidade

    Artigo 17:

    Uma pessoa com menos de vinte anos de idade que tenhaperdido a nacionalidade japonesa, de acordo com Artigo 12, podereadquirir a nacionalidade japonesa, por notificar ao Ministro daJustia, se ele ou ela tiver um domiclio no Japo.

    2. Uma pessoa que tenha recebido um aviso nos termos dopargrafo 2 do Artigo 15 e perdeu a nacionalidade japonesa, aoabrigo do pargrafo 3 do dito Artigo, pode readquirir anacionalidade japonesa, notificando ao Ministro da Justia no prazode um ano depois ele ou ela ter tornado consciente do fato de queele ou ela tenha perdido a nacionalidade japonesa, se ele ou elacumprir com a condio estabelecida no item 5 do pargrafoprimeiro do Artigo 5. No entanto, no caso em que ele ou ela sejaincapaz de fazer a notificao dentro do prazo, devido acalamidades naturais ou qualquer outra causa no imputvel a eleou ela, esse prazo ser de um ms depois que ele ou ela se tornecapaz de o fazer.

    3. A pessoa que fez a notificao de acordo com os ltimosdois pargrafos pode adquirir a nacionalidade japonesa, nomomento da notificao.

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    Da Notificao et cetera, pelo Representante LegalArtigo 18:

    No caso da pessoa que pretende adquirir, optar ou renunciar anacionalidade abaixo de quinze anos de idade, notificao daaquisio da nacionalidade nos termos do Artigo 3, pargrafo 1 ouArtigo 17, pargrafo 1, o pedido de permisso para naturalizao, adeclarao de escolha ou a notificao da renncia danacionalidade, deve ser feita, pelo representante legal da pessoa,em seu nome.

    Da Portaria Ministerial

    Artigo 19:

    Exceto nos casos previstos nesta Lei, os procedimentosrelativos aquisio ou renncia da nacionalidade, bem comooutras normas necessrias para o exerccio desta Lei sero prescritosna Portaria do Ministrio da Justia.

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    A CONSTITUIO DO JAPO&

    A LEI DA NACIONALIDADE